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1
FCE- FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS
A MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DA CRIANÇA DE 03 A 06 ANOS.
Liliane Noronha Ribeiro 
Raquel Pábola Gonçalves 
RESUMO 
O presente trabalho visa mostrar a importância da Música no desenvolvimento cognitivo, motor e social na vida da criança. Para que isto ocorra faz-se necessário que o/a educador/a avalie sua prática pedagógica e aprofunde o conhecimento a respeito da criança com a qual trabalha. Como a música pode contribuir na formação do ser humano, e através das atividades musicais a criança poderá desenvolver seu conhecimento lingüístico e ter o domínio da linguagem simbólica tão presente nessa faixa etária. O artigo dialoga com os teóricos Piaget e Vygstoky acerca do desenvolvimento cognitivo na criança, e aponta como a música poderá ajudar no processo ensino-aprendizagem, na aquisição de conhecimento de mundo social e científico. A Música é uma linguagem que toca o ser humano independente dos sons tocados, Ao discutir a importância da música na educação infantil esta pesquisa pretende dar destaque aos modos como ela poderá contribuir para a formação da criança. Por meio da atividade musical pode-se trabalhar a expressão corporal, pois as crianças apreciam os sons diversos, Através da música desenvolve-se a linguagem aprende-se a explorar o meio que vivemos.
Palavras chaves. Música, socialização, ensino-aprendizagem, educação infantil
INTRODUÇÃO
O interesse em refletir sobre a contribuição da Música na Educação Infantil surgiu a partir de experiências em sala de aula. No decorrer da minha prática pedagógica como educadora infantil pude perceber o quanto a Música sensibiliza as crianças. Tenho por hábito usar essa técnica para mudar as atividades proposta no cotidiano escolar, ou até mesmo para ter a atenção das crianças quando se encontram agitadas. Sendo assim por meio deste justifica a realização do trabalho.
O trabalho tem como objetivo apresentar a Música como elemento que irá contribuir na interação pessoal e coletiva e na cognição da criança. Pretendo discutir a colaboração que a música dá no processo ensino-aprendizagem, no desenvolvimento lingüístico, na linguagem oral, no desenvolvimento psicomotor, e nas relações afetivas entre alunos-alunos e educadores/as. Pode-se dizer que a música é um recurso didático e contribui na formação plena e integral da criança. O/a pedagogo/a ao utilizar a música em sala de aula vai inserir a criança no mundo letrado e ao mesmo tempo a prazer de viver intensamente o jogo simbólico que é essencial na educação infantil.
A criança ao aprender através da música poderá aprender a conviver com o outro, a respeitá-lo e a ter uma proximidade harmoniosa com a educadora. Nas atividades musicais a criança vai aprender a valorizar os mais variados gêneros musicais, e ter a oportunidade de se autogovernar, aprimorar sua criatividade, em vencer a timidez e ter novos conhecimentos do mundo social.
Sabe-se que a criança esta sempre em movimento, suas ações, seus olhares estão o tempo todo em constante interação com tudo à sua volta. Ao propor a essa criança uma atividade musical ela poderá formular idéias novas acerca do mundo social, conviver com suas emoções e saber lidar com as situações pessoais ou coletivas.
Penso que a música não deve ser usada apenas para um descanso ou para dar um alivio ao/a educador/a, mas para produzir mudanças de atitudes, ações e ajudar na aquisição dos saberes na vida escolar da criança. Assim ao explorar a linguagem musical na Educação Infantil, procuro apresentá-la como suporte para colaborar no aprendizado da criança. E para tal atividade não é necessário sermos especialista em Música, mas educadores/as que almejam um ensino de qualidade para as crianças. 
A metodologia do presente artigo é uma pesquisa bibliográfica que se fundamenta em materiais e autores atualizados e envolvidos com o tema trabalhado que é a música.
1 DESENVOLVIMENTO
1.1 O que é música?
A música é uma linguagem universal, segundo dicionário Aurélio (2001) “Musica é a arte e ciência de combinar os sons de modo agradável ao ouvido” e uma linguagem de sensibilidade e do coração humano, ela envolve culturas diferenciadas, cada individuo tem sua maneira peculiar de tocar, cantar e de organizar os sons musicais(Aurélio 2001).
A Música é uma linguagem que toca o ser humano independente dos sons tocados, ela consegue transformar a visão de mundo que as crianças têm desde pequenas. Quando, ouvem os sons e na utilização das diferentes linguagens a criança compreende e consegue ser compreendida através da expressividade. 
De acordo com Swanwick (1979, p. 26), “de todas as artes a música é a mais abstrata”, como a criança tem a habilidade de encontrar emoção nas coisas a sua volta, e com a música não seria diferente. Os sons musicais pode parecer abstratos, mas para as crianças não é difícil absorver o conhecimento que a canção pode trazer em uma atividade musical.
Pode-se dizer que a música vincula-se as emoções e ao mundo verbal.
O referencial curricular nacional para educação infantil nos direciona para trabalhar e musicalidade com as crianças. Segundo o Rcnei diz:
Ao Utilizar as diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita) ajustadas às diferentes intenções e situações de comunicação de forma a compreender e ser compreendido, expressar suas idéias, sentimentos necessidades e desejos e avançar no seu processo de construção de significados, enriquecendo cada vez mais suas capacidades. ( Rcnei. 1998, p.63).
2. A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Ao discutir a importância da música na educação infantil esta pesquisa pretende dar destaque aos modos como ela poderá contribuir para a formação da criança. A música tem diversidades de formas e movimentos o que favorece afetivamente no desenvolvimento da linguagem da criança. Para Cage (1985) a música acontece através de uma escuta sensível a qual deve gerar sentidos e significados.
Segundo Mársico (1982 p. 24) afirma que “O desenvolvimento musical como todo desenvolvimento humano, parte de experiências concretas e aos poucos se orienta para o conhecimento abstrato da linguagem musical”. Pode dizer que o desenvolvimento musical é parecido com o desenvolvimento humano, ou seja, para a criança aprender com a música ela deverá ser motivada ao ato de aprender a conhecer.
Para que isto ocorra a experiência musical deve ser permeada pelos sons e pelo manuseio de instrumento que levará essa criança a aguçar sua curiosidade na descoberta dos variados sons que os mesmos possam produzir.
Assim para que o desenvolvimento musical aconteça faz-se necessário as experiências concretas.
De acordo com Howard (1922 pág. 17) o comportamento humano em relação á música efetua-se a partir das diversas possibilidades de fruí-la ou exercê-la que se oferecem ao homem. Entende-se que a música contribui no comportamento humano a partir da sensibilidade e interação do ser humano e o ato educativo em ouvir a música.
Segundo Copland (apud Jeandot, 1997 p.22)
Todos nós ouvimos a música de acordo com nossas aptidões variáveis, sobre certo aspecto, em três planos distintos; sensível, depressível e puramente musical. O que corresponde a ouvir, escutar e compreender. Essa razão pela qual o professor deve respeitar o nível de desenvolvimento em que a criança se encontra, adaptando as atividades de acordo com suas aptidões e seu estágio auditivo.
Portanto o/a educador/a deve ter um olhar apurado para perceber se sua criança consegue distinguir os sons se é sensível a musicalidade e como ela se expressa no ato de escuta. Podendo também desenvolver a linguagem oral trabalhada na poesia da música e se a criança diferencia os sons variados que a música proporciona.
Schneider 1997, p. 25 afirma que:
Uma música pode incluir todos esses tipos de sons. A música é antes de tudo uma forma sonora móvel. Isto não quer dizer que ela seja só movimento, mas sim seu conteúdo espiritual se encontra na forma de movimento. A forma não é um recipiente vazio o contorno linearde um vazio, mas é o espírito que surge e se manifesta desde o interior. A evolução da forma é o discurso da música. A arte do som tem sentido e conclusão, porém essa lógica é especificamente musical. Trata-se de uma linguagem que falamos e compreendemos, sem estarmos, no entanto, em condições de traduzir. 
Ao desenvolver a consciência musical na educação infantil o/a educador/a deve, portanto, proporcionar aos alunos uma escuta sensível e ativa aos sons que são produzidos por objetos, sons da natureza e sons do corpo humano. Trabalhar a musicalização e proporcionar a criança construir seu espírito crítico.
Considera-se importante a música como um recurso didático e pedagógico no desenvolvimento da criança. Ao utilizar desse meio o/a educador/a possibilitará aos educandos a diversidade musical que as atividades musicais oferecem, e assim desenvolver o seu conhecimento lingüístico, linguagem oral e suas relações em seu grupo social.
2.1 Contribuições da música no processo ensino-aprendizagem.
Segundo Snyders (1994, p. 57) diz que, “há um prazer evidente na atividade musical”. Para o autor o ensino da música pode fazer ouvir e, portanto se fazer ouvir. Quando se propõe uma atividade musical o educador/a deve ter em mente que os alunos vão ouvir e desejam serem ouvidos. Nessa relação de escuta a criança vai desenvolver a cognição, a afetividade, a socialização com o grupo social e educadora. O autor citado acima ressalta que a música deve ser de caráter lúdico e que envolva as vivencias das crianças. Pois a musicalização exerce uma função fundamental no processo educacional nas crianças. Ao trabalhar a iniciação musical na educação infantil pode-se proporcionar sensações, e aguçar os sentidos, e ajudar a criança à elaborar o seu pensamento e desenvolver seu conhecimento Lingüístico e sua linguagem oral.
As crianças integram a música às demais brincadeiras e jogos, cantam enquanto brinca, acompanham com sons os movimentos de seus carrinhos, dançam e dramatizam situações sonoras diversa, conferindo personalidades e significados simbólicos aos objetos musicais à sua produção musical. O brincar permeia a relação que se estabelece com os matérias, mais do que sons podem representar personagens, como animais, carros, máquinas, super-heróis, etc.(Brasil, 1998 p.52)
Por meio da atividade musical pode-se trabalhar a expressão corporal, pois as crianças apreciam os sons diversos, movimentam-se, e a partir da relação entre o gesto e o ritmo, o sujeito-criança vai construindo o seu conhecimento musical e descobrindo os diferentes sons. Podendo assim fazer a interpretação coerente da linguagem na natureza e desenvolver sua inquietação diante das situações vivenciadas na sua trajetória educacional.
Uma vez reconhecida a contribuição da música na educação infantil o/a professor/a deverá incluí-la em seu planejamento diário. 
Para Alves (2005 p.41)“a música é um pássaro em vôo. É no seu vôo que ela é Bela”. A criança ao aprender a falar sente um grande prazer ao descobrir os sons da fala, e quando descobre os sons musicais provoca em si uma sensação prazerosa.
A educação musical na educação infantil objetiva a sensibilidade musical no desenvolvimento cognitivo, afetivo e nas relações interpessoais entre educador-aluno, e produz na criança uma mudança em seu jeito de ser e ver o mundo. Portanto a música poderá contribuir no desenvolvimento da criança dando a ela oportunidade de conhecimento e valorização da vida e deverá por isso, ser contemplada no currículo escolar com prioridade.
2.2 Contribuições da música no desenvolvimento da criança
Através da música desenvolve-se a linguagem aprende-se a explorar o meio que vivemos Ao aplicar uma atividade musical em sala de aula a criança exterioriza seus sentimentos. Sendo assim é fundamental o educador ter critério ao escolher o tipo de letra e poesia musical em sua prática educativa.
De acordo com alguns especialistas em educação musical. SEGUNDO Marsico (apud Mursell p.21).
O desenvolvimento musical também se dá de modo contínuo, iniciando-se com experiência com concreta e encaminhando-se pouco a pouco para o conhecimento das abstrações correspondentes. Depende, porém, da existência, na natureza humana, de uma função que oreferido psicólogo chama de “musicalidade” Por musicalidade entende a capacidade para dar resposta a padrões rítmicos e melódicos que são as substâncias da arte musical. ( Mársico 1982.p.21
Cabe aos educadores em sua práxis educativa na musicalidade propor ritmos e melodias diferenciadas, pois a criança responde à música, e desenvolve-se o cognitivo, psicomotor. Pois o ser humano envolve-se em seus sentimentos, habilidades e utiliza os meios musicais para percebe-se, aprender e relacionar-se no tempo-espaço e assim vai construindo sua relação no mundo social. Portanto, a música é uma atividade educativa fundamental no desenvolvimento da criança.
Ao propor atividades musicais o/a educador/a preciso ter paciência para descobrir as aptidões de seus educandos, para tal o trabalho deve ser sistematizado e organizado, de forma que desenvolva sua capacidade de percepção do mundo. Segundo Brito (2003 apud Delalande).
As brincadeiras cantadas infantis são talvez uma das primeiras manifestações do jogo musical com regras. Trata-se de fazer entrar uma frase em um molde rítmico, e essa conduta é bastante comparável àquela que compete, quando a gente passeia na calçada em evitar andar sobre as linhas da pavimentação (conduta sofisticada encontrada no jogo da amarelinha). Mas organizar a música, ou organizá-la entre crianças quando ela é produzida é uma preocupação que toma sua verdadeira dimensão na criação coletiva. (Brito, 2003, p.40)
Na educação infantil percebe-se o prazer e encantamento que as crianças têm com relação às canções elas se entregam totalmente ao prazer musical. Segundo Brito (2003) aponta três fatores que caracterizam os músicos, que são; a expressão afetiva, a exploração das fontes e as pesquisas sonoras. Pode-se dizer que as crianças em suas experiências musicais também se mostram a expressão afetiva, exploram e pesquisam os sons através das atividades lúdicas em sala de aula.
Para Delalande (2003) a criança ao brincar vai apropriar se das regras que o jogo propõe e auxiliá-la acerca dos sons e conhecer melhor a maneira como elas se relacionam com os sons e músicas. Vale lembrar que cada criança é única em sua aprendizagem e individualmente elas constroem o seu percurso na construção do seu conhecimento em todo o seu processo educacional.
Segundo Mársico (1982 pág. 77) Quando se trabalha a música com a criança de 4 a 6 anos é importante lembrar que as estratégias adequadas não sejam somente fazer com que ela escute música clássica ou tenha qualquer habilidade motora em executar técnica em algum instrumentos.Mas estabelecer a relação de diversos sons e assim desenvolver um gosto mais apurado aos tipos de músicas.
Na Educação infantil devem-se proporcionar brincadeiras musicais para que a criança busque conhecimento e, desenvolver sua criatividade, descobrir sons e manifestar sua expressão artística. Nas ações pedagógicas o educador deve proporcionar à criança um ambiente estimulador e através dessa atividade a criança irá estabelecer vínculos afetivos e desenvolver-se emocional, pois ela precisa estar consigo mesma para que ocorra uma aprendizagem significativa.
Penso que a escola deve valorizar a introdução musical na educação infantil, o /a educador/a deve estar conscientes se desejam que o desenvolvimento cognitivo, emocional e as relações interpessoais possam ser plenos em seu processo educacional.
Para isto a educação infantil deve valorizar a música, pois nessa faixa etária é fundamental a exploração do corpo, do movimento e do cantar. E assim promover o desenvolvimento das habilidades, como força, equilíbrio, flexibilidade, lateralidade, as habilidades comportamentais como desinibição, e habilidades expressivas fluência verbal, e destreza manual.
Segundo Chamusca.
Brinquedo cantado na infância é como o leite materno para orecém-nascido; é algo fundamental para o desenvolvimento das relações interpessoais das crianças. Valorizando a descoberta individual e a descoberta coletiva, a imaginação, a fantasia e o potencial criativo. (chamusca, 2004.p. 93)
Penso que a música irá contribuir no desenvolvimento afetivo, cognitivo, intrapessoal, interpessoal da criança. Poderá ajudá-la a desenvolver suas competência e habilidade, cabendo ao educador/a buscar atividades que estimulem esse conhecimento e desenvolvimento.
3- O QUE É DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
Rappaport (1981) afirma o desenvolvimento cognitivo ocorre no sentido de o sujeito adquirir uma determinada visão de mundo que o cerca, que lhe permita um estado de adaptação e de equilíbrio que o ajudará a desenvolver suas estruturas cognitivas. Sendo que estas não lhe serão dadas diretamente pelo desenvolvimento biológico, mas resultará da integração de um substrato maturacional orgânico e da busca de maneiras melhores para responder às solicitações do ambiente físico e social.
Para isto o ambiente onde a criança convive certamente irá influenciar de maneira objetiva, Piaget (apud Rappaport 1981) o desenvolvimento é um processo de equilíbrio sucessivo e continuo. Sendo caracterizado por etapas as quais cada criança alcançará a seu tempo. Cabe então ao educador/a observar esse processo e respeitar o desenvolvimento individual dos alunos e realizar as intervenções necessárias.
Piaget (1993) aborda as fases que a criança deverá passar no desenvolvimento cognitivo.
A etapa pré-operatória é marcada em especial pelo aparecimento da linguagem oral, por volta dos dois anos. Ela permitirá a criança dispor. Além de inteligência prática construtiva na faze anterior da possibilidade de suas ações interiorizadas, chamadas de esquemas representativos ou simbólicos, ou seja, esquemas que envolvem uma idéia preexistente a respeito de algo. É capaz de formar, por exemplo, representações de avião, de papai, de sapato, de que não se deve bater com outra criança e etc. (Rappaport,1993, p. 43).
Para Piaget a etapa sensoriomotora ocorre do nascimento até os dois anos de idade. Tudo que a criança percebe é através da percepção sensorial,ela vai aplicando esquemas sensoriosmotores Esses são construídos por meio dos reflexos inatos para ela lidar no ambiente inserido.
Vencida essa fase a criança vai para a etapa pré-operatório, que é marcada pelo aparecimento da linguagem oral, novas possibilidades de lidar com o meio a qual está inserida. Outra marca dessa fase é o animismo, onde a criança atribui às coisas e animais, sentimentos e intenções próprias do ser humano. A criança com freqüência diz que as coisas são más, quando ela é machucada por determinado objeto inanimado.
Se para Piaget a construção do pensamento cognitivo passa por etapas, Vygotsky (1993) afirma que o processo de formação de pensamento é portanto despertado e acentuado pela vida social, e na comunicação que a criança estabelece com o adulto e assim a criança vai aprender e apreender o conhecimento e aprendizagem.
Vygotsky discute que a relação entre desenvolvimento e aprendizagem o processo cognitivo acontece com a maturação que ocorre antes da aprendizagem, sendo necessário haver um nível de desenvolvimento de forma de certos tipos de aprendizagem sejam possíveis. Para o autor o processo de desenvolvimento é a apropriação ativa do conhecimento disponível que a criança absorve em seu meio social, sendo necessário que ela aprenda e interaja em sua maneira de pensar e conhecer sua cultura social.
3.1- Considerações de Piaget e Vygotsky
Do ponto de vista de Piaget e Vygotsky, eles concordam que a criança é um ser ativo, atento, e que a todo o momento cria hipóteses sobre o seu ambiente. E se divergem quanto a maneira da criança conceber o seu processo cognitivo, as quais são:quanto ao papel dos fatores internos e externos no desenvolvimento da criança.
Piaget (1993) considera a maturação biológica enquanto Vygotsky pensa que o ambiente social é que vai ajudá-la em seu processo cognitivo. Piaget aceita que o fator interno e externo postula o desenvolvimento numa seqüência fixa de estágios.
Vygotsky (1993 ) salienta o ambiente social e reconhece que se variar o ambiente o desenvolvimento também variará, para o autor não se pode aceitar uma única visão no desenvolvimento.
O conhecimento que a criança elabora acontece naturalmente, de acordo com o estágio em desenvolvimento. a qual apresenta características egocêntricas sobre sua visão de mundo.e progressivamente aproxima-se da concepção do mundo adulto.
Vygotsky (1993) discorda de Piaget de que o conhecimento da criança procede do individual para o social, para ele a criança é concebida num mundo social e que as suas interações com adultos ou crianças experientes podem ajudá-la na construção do seu processo educacional.
O papel da aprendizagem segundo Piaget (1993) ocorre a junção entre a aprendizagem e o desenvolvimento cognitivo. Ao contrário de Vygotsky, postula que o desenvolvimento e aprendizagem são processos que acontecem na reciprocidade de maneira que, quanto mais aprendizagem mais desenvolvimento.
Pode-se dizer que a aprendizagem ocorre em todas as atividades proposta pelo/a educador/a em todas as possibilidades oferecidas às crianças. No entanto não podemos desconsiderar a maturação biológica e nem o ambiente social. Ambos são importantes e podem contribuir no processo cognitivo da criança.
3.2 Desenvolvimento de crianças de três a seis anos segundo Piaget e Vygotsky
Piaget foi um dos investigadores mais influentes no campo da educação do Séc.XX na área da psicologia do desenvolvimento, para os autores citado acreditam que o a diferenciação do ser humano dos outros animais e a sua capacidade de ter um pensamento racional e abstrato.
Piaget acreditava que a maturação biológica estabelecia a pré-condições para o desenvolvimento cognitivo. As mudanças mais significativas são mudanças qualitativas (gênero) e não quantitativas (quantidades). Levando em consideração o meio em que a mesma vive. Piaget acreditava, que a experiência ativa com o mundo é essencial para crescimento cognitivo isto é, ele era um interacinista concreto. De acordo com o Piaget as crianças constroem seu mundo ao ordenar o material bruto fornecido por visões, sons e cheiros. Ele atribuía grande importância á maturação orgânica e a adaptação do sujeito.
A música tem uma grande Influência para o desenvolvimento cognitivo do individuo, pois a criança pode promover a criatividade e a afetividade e ajudar nos relacionamento sociais.
Lev Vygotsky (1896- 1934) desenvolveu a teoria sócio-cultural do desenvolvimento sócio-cultural estabeleceu mudanças cognitivas para a história da sociedade e a vida material produz mudanças constantemente na natureza humana.
Vygotsky abordou o desenvolvimento cognitivo por um processo de orientação. Em vez de olhar para o final do processo de desenvolvimento ele debruçou-se sobre o processo em si e analisou a participação do sujeito nas atividades sociais. As estruturas sociais e as relações sociais levam ao desenvolvimento das funções mentais. Para o autor citado, a aprendizagem na infância pode ocorrer através do jogo da brincadeira, e nas relações interpessoais.
O processo básico ocorre na ligação entre duas estruturas, uma social e uma pessoalmente construtiva, através de instrumentos ou sinais. Quando os signos culturais vão sendo internalizados pelo sujeito, e assim a criança adquire a capacidade de uma ordem de pensamento mais elevada.
Para Vygotsky(1993) a criança desenvolve seu cognitivo através da comunicação, assim para Piaget e Vygotsky é possível afirmar que ambos vêem a criança como um ser capaz de levantar hipóteses sobre o meio em que está inserido. Segundo o autor os fatores biológicos preponderam sobre os sociais, apenas no inicio da vida das crianças e as oportunidades que se abre para cada uma delas são muitas e variadas, adquirindo destaque em sua teoria, as formas pelas quais as condições e as interações humanas afetam o pensamento e o raciocínio.Vygotsky em (1993 p.52). O processo de formação de pensamento é, portanto despertado e acentuado pela vida social e pela constante comunicação que estabelece entre crianças e adultos, a qual permite a assimilação da experiência de muitas gerações.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considera-se importante desde a educação infantil que o/a educador/a realizar um trabalho de iniciação musical Para tal cabe a ele propor às crianças as experiências musicais usando CDs, dvs com musicais e oferecer a ela instrumentos musicais para serem explorado, e assim observar como a criança se relaciona com a música no cotidiano escolar e quais mudanças ocorrem no sujeito-criança.
Para tal a proposta de trabalho com a música deve ser criativa e despertar a motivação na criança em seu desenvolvimento cognitivo. Levá-la a imaginar novas possibilidades de aprendizado e facilitar as atividades dos alunos. Entendo que a criança precisa ouvir e sentir a música em diferentes tons para despertar a sensibilidade, e sua compreensão de mundo e torna-se um ser capaz de entender e compreender o outro.
Espera-se que a música ajude a criança a ser mais sensível ao ato de aprender e a ouvir com atenção os diversos sons que os seres humanos produzem em sua relação de conhecimento e aprendizagem entre si.
Portando ao trabalhar a música o/a educador/a vai possibilitar aos alunos uma rica significativa em seu desenvolvimento cognitivo, a criança vai envolver-se nas brincadeiras e interagir melhor em sua relação pessoais com o educador e o outro. Pode-se dizer que mesmo que o/a educador/a não sejam especialistas em Música, ele deverá buscar cantar com seus alunos e trabalhar canções poéticas, visando sempre uma aprendizagem significativa.
Ao discutir a importância da Música na Educação infantil, cabe ao educador/a considerar o contexto social escolar das crianças. E procurar atividades musicais que proporcionem conhecimentos, ajude a trabalhar em grupo e a serem mais sociáveis. Penso que a música é um meio de envolver as crianças no processo de aquisição de conhecimentos.
Pode-se dizer que a Música é uma fonte de estímulo, equilíbrio para a criança, cabendo ao educador/a pesquisar canções que contemple o universo infantil e possas nutrir o desenvolvimento cognitivo da criança. Ao trabalhar a música o/a educador/a envolve juntamente com a criança nas brincadeiras cantada e o relacionamento professor-aluno.
REFERÊNCIAS
ALVES, Rubem. Educação dos sentidos e mais. Campinas, São Paulo. Editora Versus 2005.
BRITO. Teca Alencar de.Música na educação infantil - São Paulo. Peirópolis. 2003.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil. Brasília. MEC/SEF. 1998
CAGE, John. Silêncio: Palestras e Escritos. Middletown (EUA): Wesleyan University Press, 1961.
CHAMUSCA, Lu. Por que e para brincar de cantar na infância. In congresso Internacional de Educação Infantil e Séries Iniciais. Fortaleza: Futuro congressos e eventos. 2004/Ludicidade e Psicomotricidade/ Daniel Vieira da silva. Max Gunther/ Curitiba. IESDE Brasil. S.A 2007
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FERREIRA, A. B. de Holanda. Minidicionário da língua Portuguesa. Editora Nova Fronteira. 2002.
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LOUREIRO. Alicia Maria Almeida. O ensino de música na escola fundamental. Campinas/São Paulo. 2003. Coleção Papirus Educação.
MARSICO. Leda Osório. 1982. A criança e a música: Um estudo de como se processa o desenvolvimento musical da criança. Porto Alegre: Rio de Janeiro/. Editora Globo
PIAGET, J. A construção do real na criança. 3.ed. São Paulo: Ática, 1993.
RAPPAPORT.C. R. ET alii. Psicologia do Desenvolvimento. São Paulo. EPU, 1981.
SCHNEIDER, M. Ouvir música permite praticar mais exercício com menos esforço. Curitiba, 1997. 
SNYDERS. Georges. A escola pode ensinar as alegrias da música. 2º e. São Paulo. Editora Cortez. 1994.
SWANWICK, Keith. Ensinando Música Musicalmente. Tradução de Alda Oliveira e Cristina tourinho/ São Paulo: Moderna, 2005.
VYGOTSKY, L.S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

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