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TRABALHO VIVENCIAS EDUCATIVAS

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12
VIVÊNCIAS EDUCATIVAS: A MUSICALIZAÇÃO NO CONSTRUTIVISMO DE PIAGET
Andrea Melo do Nascimento
Gilmara Mendonça Guedes
Jozinete de Souza Lima
Suanny Martins de Lima
Tutor Externo: Christiane Silva
	Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Licenciatura Plena em Pedagogia (PED2375) – Prática Interdisciplinar IV
09 /03/2020
RESUMO
As experiências vividas na Educação Infantil são de vital importância para a formação das crianças. É importante salientar que o conhecimento construído nesse período, tanto na escola, quanto no âmbito externo, é possível marcar positivamente ou não a vida do estudante. Entendemos então que, as instituições de ensino e corpo que faz parte dela, sabem que para uma educação consolidada e humanizada, que liberta o aluno de um estado “passivo permissivo”, para um estudante que busca novos saberes, é necessária uma construção de um novo momento, uma nova história, um novo jeito de ensinar. Oferecendo uma educação emancipa tório e de alta qualidade, atribuindo-se de uma nova postura na prática docente, revendo as metodologias usadas e desenvolvendo novas atitudes que beneficiarão os alunos no conhecimento e no desenvolvimento, aprimorando o aspecto da educação em sua vivência escolar com todos. A aprendizagem na visão construtivista é processada através de assimilação e acomodação, ou seja, o aluno recebe as informações que posteriormente serão utilizadas para adquirir mais conhecimento.
Palavras-chave: Educação Infantil. Lúdico. Construtivismo. Música: Musicalização
1. INTRODUÇÃO
O processo de ensino aprendizagem ocorre dentro da pedagogia construtivista através de relações do indivíduo com o meio, onde quanto mais intensas forem, melhores serão os resultados, podendo ser potencializadas com recursos pedagógicos diversos, como por exemplo, o uso da música. Práticas estas que podem ser substituídas por outras ferramentas em sala de aula.
	Dessa forma, o tema elencado dentro do campo de vivências pedagógicas é a Musicalização no Construtivismo de Piaget. Este teórico foi de suma importância no entendimento da maturação do indivíduo, em como ocorre a assimilação e acomodação de conceitos. Defendeu também que a criança passa por estágios ou fases na construção de novos esquemas mentais. Sendo assim, destaca-se a problemática desta pesquisa que circunda em como estimular a curiosidade e aprendizagem, e de que maneira a música associada às práticas pedagógicas podem contribuir para bons resultados, uma vez que o contato prático, através de situações problemas é a base central do construtivismo.
	Portanto, neste viés, foi feito uma revisão bibliográfica, sendo o teórico destacado e de maior expressividade do construtivismo, Jean Piaget. Seus conceitos foram explorados em várias fontes bibliográficas e veículos digitais dentro de áreas de conhecimento como a Psicologia da Educação e Aprendizagem, Lúdicas e Musicalização Infantil, Psicomotricidade entre outros.
Desta forma, o trabalho organiza-se no primeiro momento sobre a teoria construtivista, e suas concepções de aprendizagem. Seguido de um breve relato sobre Jean Willian Fritz Piaget. Posteriormente, como esta linha pedagógica está associada à tendência liberal renovada progressista e em que momento ela chega ao Brasil. E por fim, os aspectos e benefícios da musicalização na prática educativa como ferramenta de ensino, uma vez que a musicalização pode servir de exemplo para a busca de concentração, ajudando na retenção de conceitos, bem como de forma lúdica, agregar e tornar a aprendizagem mais divertida e eficiente. 
2. VIVÊNCIAS EDUCATIVA: A MUSICALIZAÇÃO NO CONSTRUTIVISMO DE PIAGET
2.1 TENDÊNCIA LIBERAL RENOVADA PROGRESSISTA
	
Toda e qualquer tendência pedagógica é concebida mediante á aspectos políticos e sociais vivenciados por uma dada civilização e com isso, podemos falar que, esse fenômeno político educacional é mutável, sempre dependerá de diferentes fatores sociais; no entanto esse texto tem por condutividade a tendência liberal renovada progressista, formulada por diversos teóricos dentre os mais importantes temos: Montessori, Decroly, Dewey no entanto falaremos do famoso Piaget.
Essa tendência que também podemos rotular como “escola nova” título muito usado para identificar a tendência liberal renovada progressista surgiu ganhando força no Brasil na década de 1930. Trazendo um pensamento novo para a época, a escola teria que adaptar-se ao meio individual e social do sujeito, nesse cenário o professor é auxiliar na aprendizagem do aluno. 
O sujeito como indivíduo possui um sistema, um dado mecanismo de progressão possibilitando uma certa adaptação ao meio, e essa interação é primordial para novas experiências, por consequência, novas aprendizagens, satisfazendo o interesse tanto do aluno como da sociedade em que este está inserido. Em relação aos conteúdos de ensino, estes são estabelecidos tendo como base as experiências vivenciadas frente aos desafios cognitivos e situações problema, possibilitando o processo ensino – aprendizagem.
Os progressistas defendem o aprender a aprender, o aluno aprende construindo seu conhecimento pelas experiências vivenciadas não só na escola, mas em todo meio social onde o mesmo está inserido. Nessa mesma linha de pensamento, Jean Piaget, teórico que fundou umas das vertentes do construtivismo, a epistemologia genética, que retrata bem a conceito de interação e construção. O sujeito constrói seu conhecimento por meio da interação com o objeto de estudo, em outras palavras com o meio onde ocorre a experiência, vivenciando e construindo seus saberes.
	Segundo Piaget o desenvolvimento cognitivo se dá por interações entre o sujeito e o objeto de conhecimento.
A relação cognitiva sujeito/objeto é uma relação dialética porque se trata de processos de assimilação (por meio de esquemas de ação, conceitualizações ou teorizações, segundo os níveis) que procedem por aproximações sucessivas e através dos quais o objeto apresenta novos aspectos, características, propriedades, etc. que um sujeito também em modificação vai reconhecendo. Tal relação dialética é um produto da interação, através da ação, dos processos antagônicos (mas indissociáveis) de assimilação e acomodação. (DIALECTIQUE 1980)
Nossas interações constroem nosso conhecimento, é justamente esse pensamento que fundamenta a base central do construtivismo dentro das ideias Piaget, cada ser humano tem sua forma de ver o mundo, logo estamos falando de experiências distintas, cada ser tem sua singularidade definida.
O sujeito interage com o ambiente, o mesmo interage com o sujeito, é uma troca recíproca, mútua de saberes que ao final de tudo isso, existe uma modificação tanto no ambiente como na pessoa que interage. 
No tocante a musicalização em sala de aula, podemos construir uma ponte entre o sujeito e seu objeto de estudo, não necessariamente que a música seja o objeto a ser estudada ela será apenas a “interface” entre o sujeito representado pelo aluno e o objeto a ser estudada a música será a ferramenta, terá o papel da bússola que norteará o processo ensino-aprendizagem. Uma vez que o processo de musicalização nos leva a um grau de concentração, com isso, facilitando a capacidade de absorção e acomodação do conteúdo didático inserido em sala de aula.
2.2 CONSTRUTIVISMO
	O construtivismo é uma teoria surgida no século XX, tendo como representante mais importante Jean Piaget, do qual preconizava que o indivíduo aprende a partir de suas interações com o meio e quanto maiores e melhores são essas interações, maior serão os esquemas mentais construídos. 
	Entende-se no Construtivismo que. A Inteligência é um mecanismo de adaptação do organismo a uma nova situação proposta pelo meio que o cerca. E seu desenvolvimento ocorre por meio de estímulos e exercícios constantes (STEUCK,2013, pg. 71). Uma coordenação biológica entre corpo e mente, uma vez que nascemos com reflexos primitivos para garantir a sobrevivência como sugar, chorar e que, posteriormente, em cada estágio de desenvolvimento, adquirimos novos aportes psicológicos,desde a fala até o pensamento abstrato. Isso se dá através de quatro fatores de desenvolvimento. São eles: amadurecimento, experiência, interação social e equilíbrio.
	O amadurecimento se dá no aspecto fisiológico que associado à experiência desenvolve-se ações de raciocínio com objetos reais, e/ou abstratos, sendo potencializado na interação social para se alcançar um equilíbrio nos sistemas mentais ao se descobrir o mundo. O sujeito deve construir seus conhecimentos e ideias sobre o mundo, com seus próprios instrumentos de conhecer, passando por uma série de estágios de interação com a realidade (OLIVEIRA, 2014, pg. 89)
	A aprendizagem vai ser processada num pêndulo constante de assimilação e acomodação de informações. 
		 FIGURA 01 – A APRENDIZAGEM	
 (
Assimilação
Acomodação
Equilibração
)Fonte: Autoras
		Assimilar refere-se a dar sentido àquilo que lhe é exposto. É uma significação semiótica, onde a criança guarda imagens e ações que servirão de referência para novas aquisições de conhecimento, como por exemplo: a música. Desde pequena a criança é exposta a vários estímulos auditivos, mas só após a sua maturação fisiológica, ou estágios de desenvolvimento, é que conseguirá distinguir o latido do cão com a melodia e ritmo das músicas. E mais ainda, posteriormente, aprender que existem vários estilos musicais e instrumentos para compor uma canção. 
	Ao novo conceito adquirido chamamos de acomodação: 
Na teoria construtivista, portanto, a acomodação acontece quando a criança não possui uma estrutura mental ou cognitiva da nova informação ou estímulo, quando não consegue assimilar o que lhe foi apresentado. A partir desta dificuldade, a criança, modifica um esquema já existente [...]. (STEUCK, 2013, pg. 73)
	
	Dessa forma, as estruturas mentais são concebidas gradualmente, onde ajustar se conceitos ou criam-se novos. Os níveis de desenvolvimento elevam à medida que assimilações e acomodações se repetem sucessivamente. (OLIVEIRA, 2014, pg. 91). A aprendizagem se dará num processo contínuo entre conhecer ou reconhecer, e agregar mais informações, sempre conexas, para que se forme uma trama de estruturas mentais. 
	Entre o assimilar e acomodar informações encontra-se um ponto de equilíbrio, chamado Equilibração. É um instrumento autorregulador para que a criança não só assimile conceitos e não os diferencie de coisas novas, bem como, não só acomode, e acredite que está recebendo somente novas informações. Esse processo garante uma relação eficaz com o meio-ambiente. 
	Para Piaget esta teoria é importante também. Para todos os adultos que lidam com crianças, pois ajudam a entender não só o desenvolvimento da inteligência, mas suas decorrências (STEUCK, 2013, pg. 65) e que a aprendizagem resulta da qualidade do convívio do sujeito com o meio que o cerca.
	As escolas que adotam estas linhas pedagógicas são cientes que o aprender será ativo, singular e participativo, pois se trata de seres complexos que possuem uma bagagem de informações diferenciadas uns dos outros e que a velocidade na assimilação e acomodação também será diferente. As ações educativas deveriam ser ação de estímulo à pesquisa, à experimentação (STEUCK, 2013, pg. 74) pensando numa pedagogia reflexiva, porém ativa. 
	A partir de situações problemas, o professor estimula a curiosidade dos alunos em descobrir novos conhecimentos. Ele não interfere, só media as atividades, pois entende que é um processo individualizado. Há então uma necessidade de menos alunos por turma, para que se consiga observar a todos e avaliar os desempenhos. Não há avaliações formais, somente uma avaliação diagnóstica, para saber qual a situação atual e acompanhar posteriormente sua evolução. 
	Segundo esta teoria o erro é importante, pois, o educando não deve absorver informações já constituídas, mas construí-las através da sua própria atividade. (OLIVEIRA, 2014, pg. 93) e por isso, através do erro, o professor identifica e reformula ações para que o aluno aprenda.
	A família deve estar presente e acompanhar a linha pedagógica em casa também, para que a criança não sofra com as diferenças, pois uma educação trabalhada dentro de uma consonância casa/escola surte resultados positivos na construção da autonomia e desenvolvimento do senso crítico e exploratório dos alunos.
2.3 JEAN WILLIAM FRITZ PIAGET
	Jean William Fritz Piaget Nasceu no dia 9 de agosto de 1886 e faleceu no dia 16 de setembro de 1980 com oitenta anos na cidade de Genebra, Suíça, quando criança tinha interesse pelo estudo de história natural, aos tinha 11 anos publicou seu primeiro trabalho cientifico na observação de um pardal albino, com 15 anos fez uns artigos para uma revista importante da época onde descobriu o interesse pela pesquisa cientifica e ao sábado era voluntária no Museu “História Natural,” estudou na Universidade de Neuchâtel onde fez biologia e filosofia, em 1918 fez doutorado em biologia, viajou para Zurich trabalhou numa clínica como psiquiatra experimental foi aluno de Jung. Piaget tinha conhecimento na área experimental e também na psicologia informal.
Só se aprende experimentar, tateando por si mesmo trabalho
 ativamente, ou seja, em liberdade e despondo de todo tempo necessário. (PIAGET,1949, Pg39)
	Na França no ano de 1918 ele passou a trabalha no laboratório Binet e foi lá que descobriu o pensamento lógico e passou a observa as crianças diariamente, foi então que começou seu estudo sobre a mente humana e suas pesquisas do desenvolvimento e habilidade. No ano de 1921 voltou para a Suíça onde foi diretor do Instituto J. J Rousseau da Universidade de Genebras, que iniciou seu estudo na observação da criança brincando e registrando as palavras, ações e o raciocínio delas.
	Em 1925 casou-se com Valentina e teve três filhas. Foi observando suas filhas que desenvolveu, diversos estudo no campo cientifico, sua teoria do desenvolvimento epistemologia genéticos sobre a inteligência da criança, essa teoria do construtivismo explica como o conhecimento é adquirido em nosso psique desde a primeira infância até a maturidade humana. Com isso ele classificou o construtivismo em cinco fases como: a Fase do desenvolvimento, Organização e adaptação, Assimilação e acomodação, Esquema (estruturas mentais) e Equilibração. No desenvolvimento temos quatro fases (1-Sensório-Motor; 2-Pré-Operatório; 3-Período Operatório Concreto e 4-Período Operatório Abstrato ou formal). 
	Foi ele que modificou a pedagogia tradicional que afirmava que mente da criança era vazia e precisava ser preenchida por conhecimento, já no construtivismo do Piaget as crianças são as próprias construtoras ativa do conhecimento e testando sua teoria sobre o mundo, ele foi autor de vários livros e artigos dentro do construtivismo nós temos as tendências educacionais.
	De certa forma Piaget forneceu uma percepção do construtivismo que serve como base educacional até os dias atuais.
2.4 VIVÊNCIA EDUCATIVA: A MUSICALIZAÇÃO NO CONSTRUTIVISMO DE PIAGET
	Adotamos a prática da musicalização dentro da teoria construtivista de Jean Piaget, pois propõe uma construção do conhecimento, colocando o aluno como o centro da educação. A aprendizagem na visão construtivista é processada através de assimilação e acomodação, ou seja, o aluno recebe as informações que posteriormente serão utilizadas para adquirir mais conhecimento. 
I Música
.
	Bresser (2003) define música como uma linguagem universal, é coerente dizer que a música marca épocas e gerações, com um significado importante na história. A Prof.ª Fabiana Carbonera Malinverni de Melo diz que:
 Conforme dados antropológicos, as primeiras músicas seriam usadas em rituais, como: nascimento, casamento, morte, recuperação de doenças e fertilidade. Com o desenvolvimento das sociedades, a música também passou a ser utilizada em louvor a líderes, como a executada nas procissões reais do antigo Egito e na Suméria. Na Grécia Clássica o ensino da música era obrigatório, e há indícios de que já havia orquestrasnaquela época. Pitágoras de Samos, filósofo grego da Antiguidade, ensinava como determinados acordes musicais e certas melodias criavam reações definidas no organismo humano. (Lúdico e Musicalização na Educação Infantil, pag.101) 
Com isso podemos dizer que, a música rompe limites e fronteiras, tornando-se um idioma universal. Onde todos podem assimilar seus diferentes ritmos e melodias. Além de ser uma arte e até mesmo uma ciência, expressa a cultura e história de um povo. 
	A música é composta pela combinação dos seguintes itens; (Weigel1988) som: vibrações audíveis e regulares repetidas; ritmo: é a duração do som; melodia: ciclo rítmico e ordenado dos sons; harmonia: combinação da melodia dos sons.
 	Esses elementos têm cada um o seu papel apropriado para o nosso corpo, Lígia Karina Meneghetti Chiarelli em sua pesquisa cientifica (A Importância Da Musicalização Na Educação Infantil E No Ensino Fundamental) diz que “o ritmo musical induz o movimento corporal, a melodia estimula a afetividade; a estrutura musical (harmonia) contribui para a afirmação ou restauração da ordem mental. Sendo assim é importante o professor usar a musicalização para aprendizagem de forma lúdica; possibilitando o desenvolvimento intelectual e social. 
I I Musicalização
 É o método de construção da noção musical; tendo o objetivo de ampliar o gosto pela música, estimulando o desenvolvimento e a compreensão musical; por meio de brincadeiras, dança, histórias e cantigas; desenvolvendo audição, visão, tato a inteligência artística e a sensibilidade. O lúdico trabalha como item motivador para uma metodologia diferente, animada e atrativa.
	Precisa despertar no aluno desde os primeiros anos o gosto pela música, e as atividades de musicalização contribui para torná-lo sensível aos sons, possibilitando um contato com o mundo musical, que já existe desde o ventre materno; ele irá (Melo, Uniasselvi, 2011) “experimentar diversas sensações através do ouvir e produzir música, levando-o ao conhecimento dos termos musicais corretos, possibilitando o manuseio de instrumentos musicais e permitindo a livre expressão musical.” 
	Assim o aluno apreciará de forma afetiva e criativa, podendo ele mesmo formar ou imitar sons. “Para despertarmos a musicalização na criança, é necessário apresentar a música em sua própria linguagem através de momentos e atividades lúdicas. (Melo, Uniasselvi, 2011). Fazendo o uso da música com auxílio do lúdico ao cotidiano escolar; por exemplo (Melo, Uniasselvi, 2011): ouvir música, aprender uma canção, brincar de roda, realizar brinquedos rítmicos, histórias, dramatizações, jogos e brincadeiras. O professor poderá contribuir de forma significativa; não necessariamente irá ensinar um curso de música, mas para integra-lo e adquirir conhecimento inicial e consistente. 
	Fazendo o uso dos métodos do construtivismo junto com o uso da música podemos dizer que o aluno irá “desenvolver seu comportamento em relação à música progressivamente e adaptada ao estágio em que se encontram as suas estruturas cognitivas, respeitando as características comuns e as diferenças individuais” (LACÁRCEL MORENO, 1995, p.12). O professor deve “estimular a criança a perceber a música, os sentimentos gerados por ela uma forma de despertar o senso crítico, tornando capazes de pensar, sem preconceitos, sem alienação, de forma crítica e reflexiva.” (Melo Uniasselvi, 2011)
	Weigel (1988) e Barreto (2000) asseguram que as práticas podem colaborar de modo permanente como apoio no desenvolvimento cognitivo/ linguístico, psicomotor e sócio afetivo do aluno, da seguinte forma:
	Desenvolvimento cognitivo/ linguístico: as experiências rítmicas musicais que permitem uma participação ativa (vendo, ouvindo, tocando) favorecem o desenvolvimento dos sentidos. Trabalhando com os sons desenvolve sensibilidade auditiva; acompanhando com gestos ou dançando, estará aperfeiçoando a coordenação motora e a atenção; ao cantar ou imitar sons estará descobrindo suas capacidades e estabelecendo relações com o ambiente em que vive.
	Desenvolvimento psicomotor: as atividades musicais aprimoraram a habilidade motora; o ritmo desenvolve e equilíbrio do sistema nervoso. Isto porque toda manifestação musical ativa age sobre a mente, beneficiando a descarga emocional, a reação motora e aliviando as tensões. Qualquer movimento rítmico é resultado de um conjunto completo de atividades coordenadas. Por isso atividades como cantar fazendo gestos, dançar, bater palmas, pés, ajudam desenvolver o senso rítmico, a coordenação motora, fatores importantes também para a leitura e escrita.
	Desenvolvimento sócio afetivo: As atividades musicais coletivas favorecem o desenvolvimento da socialização, estimulando a compreensão, a participação e a cooperação. Além disso, ao expressar-se musicalmente demonstrará sentimentos, emoções, desenvolvendo um sentimento de segurança e auto realização.
	Conforme Melo (2011) as atividades musicais na escola podem ter objetivos profiláticos, nos seguintes aspectos:
	Físico: oferecendo atividades capazes de promover o alívio de tensões devidas à instabilidade emocional e fadiga.
	Psíquico: promovendo processos de expressão, comunicação e descarga emocional através do estímulo musical e sonoro.
	Mental: proporcionando situações que possam contribuir para estimular e desenvolver o sentido da ordem, harmonia, organização e compreensão.
	Ou seja, a musicalização de forma lúdica, utilizada como recreação ou não, além de contribuir, para o aprendizado e desenvolvimento intelectual, ainda ajuda na saúde física, mental e emocional do aluno. Fazer uso desse método é proporciona e contribui para a formação integral do ser.
III Sugestões de Musicalização 
· Atividades pedagógicas com temas musicais;
· Rodas de músicas com cantigas;
· Fábulas e contos musicais
· Brincadeiras com música;
· Atividade de reconhecimento sonoro, com barulho da chuva, trovões, buzinas de carros, latido de cachorro, canto dos pássaros e outros;
· Uso de músicas na rotina escolar, para cantar antes do lanche e no início da aula;
· Empregar a música de forma interdisciplinar em disciplinas como Português e Matemática;
· Histórias musicadas, acompanhadas de fantoches
· Trabalhar os níveis diferentes da fala: silêncio, cochicho, grito;
· Confecção de instrumentos sonoros;
· Apresentações musicais e teatrais.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
	Foi utilizado para a pesquisa o método qualitativo bibliográfico, para realização da investigação, buscamos então fontes que nos pudessem auxiliar neste artigo. Pode-se perceber uma gama de fontes neste assunto, tornando a pesquisa ainda mais profunda. 	Definimos o objeto de estudo como as fontes bibliográficas, coletando dados, dentre estes livros: “Educação musical: bases psicológicas e ação preventiva e Lúdica e musicalização na educação infantil”, “Psicologia da Educação e Aprendizagem” e “Pedagogia da educação Infantil” entre outros.
	Essas fontes foram eficientes, seus conteúdos ricos, abrangendo de forma ampla e clara, seus ensinos e aprendizados. Devido a gama de fontes, não houve dificuldade para a construção teórica desta pesquisa, a tornando acessível e produtiva. 
FONTE: Melo (2011)
5. CONCLUSÃO
Neste trabalho abordamos o assunto Vivência Educativas: A Musicalização no Construtivismo de Piaget é de suma importância para as experiências vividas na educação infantil, pois os conhecimentos são construídos nesse período, tanto no âmbito interno ou externo, seja na escola ou durante suas brincadeiras do dia-a-dia.
É importante também saber que para o estudante que busca novos conhecimentos é necessário um novo jeito de ensinar, pois podemos desenvolver novas práticas onde beneficiará no conhecimento e desenvolvimento do aluno, bem como ajudará em sua vivência. Lembrando que na construção de Jean Piaget o aluno é o centro do conhecimento.
Logo, podemos exemplificar, através da musicalização infantil, que outras áreas de conhecimento podem ser exploradas substituindo as ferramentas de aprendizagem. Hoje uma aula de música, amanhã uma história,em outro, uma brincadeira de roda. Cabe ao professor pesquisar a maior variedade de informações e assim aprofundar o conhecimento, pois o ensino e o aprendizado da música e outras áreas de conhecimento não ocorrem apenas na escola, mas em situações do dia-a-dia, o que provoca no aluno uma motivação de aprender de uma forma divertida.
Portanto, este trabalho não cessa a investigação a cerca do construtivismo, tão pouco na musicalização, mas serve como mais uma proposta e referência para pesquisas futuras
REFERÊNCIAS
WEIGEL, Anna Maria Gonçalves. Brincando de Música: Experiências com Sons, Ritmos, Música e Movimentos na Pré-Escola. Porto Alegre: Kuarup, 1988.
STEUCK, Cristina Dan na. Pedagogia da educação infantil. Cristina Dan na Steuck; Lúcia Cristiane Moratelli ianezzer. Indaial: Uniasselvi, 2013. Pagina:65,71,73,74. 
MELO, Fabiana Carbonera Malinverni. Lúdico e musicalização na educação infantil / Fabiana Carbonera Malinverni. Indaial: Uniasselvi, 2011.Página:101 
OLIVEIRA, Fernanda Germani de. Psicologia da educação e da aprendizagem. Indaial: Uniasselvi, 2014. Página 89,91,93.
PIAGET, Jean Alberto Munaro, tradução e organização. Daniele Saheb. ISBN 978-85-MEC/fundação
LACÁRCEL MORENO, Josefa. Psicologia de la música y educación musical. Madrid: Visor, 1995. Página 12.
BARRETO, Sidirley de Jesus. Psicomotricidade: educação e reeducação. 2. ed. Blumenau: Acadêmica, 2000.
BRÉSCIA, V. L. P. Educação musical: bases psicológicas e ação preventiva. São Paulo: Átomo, 2003.

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