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AVALIAÇÃO DA ADEQUAÇÃO NUTRICIONAL EM ATLETAS DE NATAÇÃO

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UNIVERSIDADE PAULISTA
CAMILA COSTA DE MORAES (D477BE6)
AVALIAÇÃO DA ADEQUAÇÃO NUTRICIONAL EM ATLETAS DE NATAÇÃO
SOROCABA-SP
2020
CAMILA COSTA DE MORAES (D477BE6)
AVALIAÇÃO DA ADEQUAÇÃO NUTRICIONAL EM ATLETAS DE NATAÇÃO
Atividade Prática Supervisionada vinculada à
 disciplina de nutrição no esporte apresentada 
à Universidade Paulista - UNIP.
Professora Mariana Villas Boas
SOROCABA-SP
2020
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...............................................................................................3-6
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA…..............................................................7-12
 2.1 NUTRIÇÃO E DESEMPENHO NO ESPORTE………………….....................7-11
 2.2 RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS PARA ATLETAS DE NATAÇÃO.....11-13
3. DISCUSSÃO………….....................................................................................14
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................15
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................16
6. ANEXOS……………………………………………………...…………….......17-20
6.1 ARTIGO: AVALIAÇÃO DA ADEQUAÇÃO DO CONSUMO DE CARBOIDRATO EM ATLETAS DE NATAÇÃO………………………..................................................17
6.2 ARTIGO: HÁBITOS E CONSUMOS ALIMENTARES DE ATLETAS NADADORES….....................................................................................................18
 6.3 ENTREVISTA COM ATLETAS………………...........………………………..19-20
2
2
1. INTRODUÇÃO
No âmbito de nutrição existem diversas crenças relacionadas ao desempenho de atletas. Um grande exemplo é a ingestão exagerada de carnes que era diretamente associada à formação de músculos e geração de força. Essa é uma crença que continua a vigorar nos dias de hoje entre treinadores e atletas por acreditarem que alimentos ricos em proteína animal podem aumentar o desempenho nos esportes que exigem força e resistência (VAN ERP-BAART et al., 1989).
A natação é um esporte olímpico que é incluído nos jogos de 1896 (SHAW et al., 2014). Esse esporte se caracteriza por elevadas exigências físicas, não só durante as competições, mas também nos períodos de treinamento. As demandas são variáveis e exigem força muscular, habilidade neuromuscular, potência anaeróbia, e resistência. Segundo as pesquisas de hoje, as exigências nutricionais são específicas para cada sessão de treinamento individual, microciclo ou macrociclo, e são necessárias para a alta performance e manutenção da saúde do atleta (BURKE; MUJIKA, 2014; SHAW et al., 2014; PYNE et al., 2014).
O exercício é fundamentado por uma integrada série de sistemas para produção de energia, que incluem metabolismo anaeróbico (creatina fosfato e via glicolítica) e metabolismo anaeróbio (oxidação de CHO e Gorduras), em geral utilizando substratos energéticos que podem ter sua origem endógena e exógena, sendo que a compreensão desses sistemas é de fundamental importância para realizar o planejamento nutricional (ACSM, 2016). Apesar disso, a adequação das necessidades nutricionais é pouco utilizada em nadadores brasileiros.
Na última década houve um aumento expressivo no número de estudos, revisões e consensos na área da nutrição esportiva (ACSM, 2016). Esses estudos comprovam que a saúde dos atletas bem como sua performance podem ser beneficiadas por uma modificação dietética (STELLINGWERFF; MAUGHAN; BURKE, 2011). Além disso, os mesmos estudos apontam que a principal causa do mau desempenho é a nutrição inadequada.
A literatura aponta que os objetivos e requisitos nutricionais não são estáticos. O programa de treinamento dos atletas é periodizado e a preparação para o máximo desempenho em provas específicas é atingido através da integração de diversos tipos de exercícios ao longo do calendário (STELLINGWERFF; BURKE, 2011; ACSM 2016). Logo os requisitos nutricionais devem ser periodizados, considerando as demandas energéticas e nutricionais, as quais podem variar dependendo do volume, intensidade e do tipo de exercício (SHAW et al., 2014).
O planejamento nutricional a elaborar deve ser individualizado considerando o aspecto e especificidade do evento esportivo, as metas de desempenho, as preferências alimentares do atleta, e as fases do treinamento (PYNE; 2014). Todas as fases de treinamento devem ter um acompanhamento rigoroso, em especial àquelas com períodos de maior intensidade e com treinamentos mais longos, tendo como objetivo manter a massa corporal e maximizar os ganhos de forma saudável. Sendo que qualquer deslize pode significar perdas de massa muscular, disfunção hormonal, densidade óssea inadequada, risco de fadiga, lesões e desenvolvimento de doença.
Recentemente, o posicionamento do American College of Sports Medicine (2016), revelou que aferição periódica da composição corporal é reconhecida como uma das metas, sendo associados com a ótima performance. Deve-se priorizar a saúde dos atletas e seu desempenho a longo prazo, evitando práticas que levem a uma baixa disponibilidade de energia, e o stress cognitivo. Os estudos mais atuais indicam que a necessidade de energia, proteína e carboidrato devem ser estimadas em relação a massa corporal do atleta, permitindo recomendações dimensionadas para a composição corporal do mesmo.
As orientações e recomendações nutricionais devem considerar o momento da ingestão de nutrientes e o suporte contínuo ao longo do dia, evitando considerar apenas metas diárias gerais. Quanto a disponibilidade de energia, deve-se considerar a ingestão energética, em relação ao gasto energético total, estabelecendo uma base importante para a saúde e estratégias nutricionais esportivas (ACSM, 2016).
Outro fator de grande importância, é o interesse pelos atletas do consumo a suplementos esportivos e alimentos funcionais, que devem ser prescritos e aconselhados por nutricionistas (BURKE; MUJIKA, 2014; ACSM, 2016). 
Dentre os esportes, a natação é uma modalidade predominantemente técnica, em que as necessidades nutricionais são extremamente elevadas já que combina exercícios de resistência e força, além de necessitar de uma elevada demanda cardiovascular em um ambiente livre da massa corporal (WANIVENHAUS et al., 2012). Quatro tipos de nados são reconhecidos nas competições da modalidade: Estilo livre, Peito, Borboleta, costas, ou a combinação deles (medley). As competições olímpicas tem duração entre 20s e 16 minutos em média, e independente do tipo do nado realizado, os competidores dependem de um bom tempo de treinamento no estilo livre. A resistência e a intensidade são sustentadas por diversas fontes de energia dos sistemas anaeróbio e aeróbio, que influenciam diretamente no desempenho do atleta (SHAW et al., 2014).
O enfoque nutricional recomendado por Stellingwerff et al (2011) para cada fase de treinamento dos atletas é: Fase de preparação geral: Alta ingestão energética, suficiente para suprir as demandas do treinamento, e para as alterações na composição corporal, além da recuperação do organismo; fase específica: nutrientes para sustentar o treinamento de alta intensidade e específico; Fase da competição: nutrientes para sustentar as provas de alta intensidade evitando ganho de peso com a diminuição dos treinamentos; Fase transitória: Nutrição para pessoas sedentárias ou ativas.
Na fase da preparação geral, os treinamentos consistem em predominância aeróbia, com intensidades moderadas e maiores volumes de treino, em que a gordura parece ser o combustível predominante, mas grande quantidade de carboidratos também é oxidada. Além disso, devido ao gasto de energia elevado, deve haver uma melhora gradual da composição corporal dos atletas (STELLINGWERFF; MAUGHAN; BURKE, 2011).
Durante a fase específica é mantida a capacidade aeróbia que foi desenvolvida no ciclo anterior havendo um maior foco na capacidade anaeróbia, e potência aeróbia (STELLINGWERFF; MAUGHAN; BURKE, 2011).
Já a fase de Competição se caracteriza por baixo volume de treinamento resultando na diminuição do gasto energético total, ainda queas provas e testes sejam de alta intensidade. Nesta a principal finalidade é que o atleta consiga uma prontidão física e psicológica para que se consiga a melhor performance (STELLINGWERFF; MAUGHAN; BURKE, 2011).
Por último a fase transitória que é caracterizada por baixo volume de treinamentos e com o objetivo de recuperação fisiológica e psicológica dos ciclos anteriores. Portanto, com as alterações de carga dos diferentes tipos de treinamento e variações do gasto energético ao longo de cada fase, as recomendações devem variar e levar em conta cada aspecto para a melhor performance e saúde do atleta (STELLINGWERFF; MAUGHAN; BURKE, 2011).
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A nutrição apropriada constitui o alicerce para o desempenho físico, proporciona o combustível para o trabalho biológico e as substâncias químicas para extrair e utilizar a energia potencial contida nesse combustível. Além disso, os nutrientes dos alimentos proporcionam os elementos essenciais para a síntese de novos tecidos e o reparo das células existentes (MCARDLE et. al, 1996, p.3).
2.1 NUTRIÇÃO E DESEMPENHO NO ESPORTE
Os nutrientes representados por carboidratos, lipídeos e proteínas fornecem a energia necessária para manter as funções corporais em repouso e durante várias formas de atividade física. Além de seu papel como combustível biológico, esses nutrientes, denominados macronutrientes, desempenham papéis importantes na manutenção da integridade estrutural e funcional do organismo (MCARDLE et. al, 1996, p.5).
A regulação efetiva de todos os processos metabólicos requer uma mistura de nutrientes alimentares no meio aquoso da célula. De significado especial na mistura metabólica são os micronutrientes, as pequenas moléculas de vitaminas e minerais que desempenham papéis altamente específicos no sentido de facilitar a transferência de energia e a síntese de tecidos (MCARDLE et. al, 1996, p.33).
Sob a maioria das condições, o exercício induz um acentuado aumento na liberação de glicose pelo fígado e sua subsequente utilização pelo músculo ativo. Ao mesmo tempo, a fonte predominante de energia proveniente dos carboidratos durante o exercício é o glicogênio armazenado dentro desse músculo (MCARDLE et. al, 1996, p.11-12).
Com um exercício extenuante, fatores neuro-humorais elevam a produção hormonal de adrenalina, noradrenalina e glucagon e reduzem a liberação de insulina. Essas ações exercem um efeito estimulante sobre a enzima glicogênio fosforilase que facilita a glicogenólise no fígado e no músculo ativo.Por causa da sua capacidade de fornecer energia sem oxigênio, o glicogênio muscular armazenado constitui o principal fornecedor de energia nos primeiros minutos do exercício, quando a utilização de oxigênio não satisfaz as demandas metabólicas. Com a progressão do exercício, a glicose carreada pelo sangue aumenta sua contribuição como combustível metabólico (MCARDLE et. al, 1996, p.11-13).
A maior contribuição dos carboidratos no exercício anaeróbico intenso ocorre por ser esse macronutriente capaz de fornecer energia rapidamente quando o suprimento de oxigênio e/ou sua taxa de utilização não satisfazem a necessidade de um músculo. Durante o exercício aeróbico pesado e cansativo a vantagem de uma dependência seletiva em relação ao metabolismo dos carboidratos reside em sua rapidez para a transferência de energia, em comparação com as gorduras e as proteínas (MCARDLE et. al, 1996, p.11-13).
No exercício moderado e prolongado a energia na transição de repouso para o exercício é fornecida pelo glicogênio armazenado nos músculos ativos. Durante os 20 minutos subsequentes o glicogênio hepático e muscular proporciona entre 40 a 50% da demanda energética, o restante é composto pela desintegração das gorduras e pelas proteínas. A medida que o exercício continua e as reservas de glicogênio são reduzidas, a glicose sanguínea passa a constituir a principal fonte de energia proveniente dos carboidratos (MCARDLE et. al, 1996 p.11-13).
Quando a produção de glicose pelo fígado não consegue acompanhar sua utilização pelos músculos a concentração plasmática de glicose diminui.
Ocorre fadiga se o exercício prossegue até o ponto em que o glicogênio hepático e muscular sofre uma redução intensa, até mesmo quando existe oxigênio suficiente para os músculos e a energia potencial proveniente das gorduras armazenadas continuam sendo quase ilimitada (MCARDLE et. al, 1996, p.11-13).
A gordura dietética funciona como carreadora e meio de transporte para as vitaminas lipossolúveis, sendo que a ingestão de aproximadamente 20g por dia pode desempenhar perfeitamente esse papel (MCARDLE et. al, 1996, p.19).
As demandas energéticas do exercício ligeiro a moderado são atendidas em grande parte pelos ácidos graxos liberados a partir dos locais de armazenamento dos triglicerídeos e levados ao músculo como ácidos graxos livres em ligação com a albumina sanguínea. A maior captação de ácidos graxos livres plasmáticos pelo membro treinado durante um exercício moderado. Essa maior mobilização e utilização de gorduras com o treinamento ajuda a conservar as reservas relativamente limitadas ao glicogênio nos músculos ativos (MCARDLE et. al, 1996, p.21).
Embora a principal função da proteína alimentar resida em sua contribuição para o fornecimento de aminoácidos destinados aos vários processos anabólicos, a proteína é catabolizada também para produção de energia (MCARDLE et. al, 1996, p.23-25).
A quantidade dietética recomendada (QDR) para proteínas assim como para as várias vitaminas e minerais de que o corpo necessita, representa os elementos padronizados para a ingestão de nutrientes, sendo enunciada como uma medida diária. Os níveis de QDR representam um excesso liberal, porém seguro, capaz de atender as necessidades nutricionais de praticamente todas as pessoas sadias (MCARDLE et. al, 1996, p.25).
Homens e mulheres que praticam atividades de potência consomem entre 0,5 e 4 vezes mais a QDR para proteínas. Grande parte desse excesso é na forma de líquidos, pós ou comprimidos de proteína “purificada”. Com frequência nesses preparados são encontradas proteínas pré digeridas para aminoácidos simples através de reações químicas em laboratório. Isso baseia-se na crença de que a molécula de aminoácidos simples é absorvida mais rapidamente, aprimorando o crescimento muscular induzido pelo treinamento. Entretanto isso não ocorre. Os aminoácidos são absorvidos rapidamente no intestino sadio quando fazem parte das moléculas de dipeptídeo e tripeptídeos mais complexas. O trato intestinal é preparado para lidar com esse tipo de molécula, uma solução concentrada de aminoácidos atrai água para dentro do intestino podendo causar irritação, cólicas e diarreia., suprimindo dessa forma a reação com a cadeia (MCARDLE et. al, 1996, p.27).
As vitaminas não contêm energia útil para o corpo, porém funcionam como elos essenciais e reguladores nas reações metabólicas que liberam a energia a partir do alimento. As vitaminas antioxidantes protegem a membrana plasmática por reagirem com os radicais livres porém os indivíduos fisicamente ativos que adotam uma dieta bem balanceada não necessitam de vitaminas adicionais, não há qualquer comprovação de que uma sobrecarga vitamínica possa aprimorar o desempenho na realização de exercícios (MCARDLE et. al, 1996, p. 34-37).
Enquanto as vitaminas ativam processos bioquímicos sem se tornarem parte dos produtos das reações que catalisam, os minerais costumam ser incorporados dentro das estruturas e das substâncias químicas do corpo. Não existe qualquer evidência de que a suplementação de minerais em indivíduos com ingestão adequada do micronutriente possa beneficiar o desempenho no exercício físico. Uma consequência importante do exercício prolongado especificamente em um clima quente é a perda de água e sais minerais, principalmente sódio e cloreto de potássio no suor (MCARDLE et. al, 1996, p.42-48).
As perdas excessivas de água e eletrólitos afetam a tolerância ao calor, exaustão térmica ou intermação (MCARDLE et. al, 1996, p.53).
A consequênciamais séria da transpiração profusa é a perda de líquido corporal, a quantidade perdida depende da intensidade da atividade física e da temperatura ambiente (MCARDLE et. al, 1996, p.52).
As principais preocupações no exercício realizado em um clima quente são a desidratação, a redução no volume plasmático com a hemoconcentração resultante.
A descompensação da perda de líquido por suor e o consumo em excesso de líquido pode causar a hiponatremia, caracterizado por cefaléia, confusão mental, mal estar náuseas e câimbras devido a perda de sódio através da transpiração prolongada juntamente com a diluição do sódio extracelular preexistente por conta da ingestão de líquidos (MCARDLE et. al, 1996, p.53).
Uma dieta ideal é aquela na qual o fornecimento de nutrientes necessários é suficiente para a manutenção, reparo e crescimento dos tecidos sem qualquer excesso de ingestão de energia (MCARDLE et. al, 1996, p.59).
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2.2 RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS PARA ATLETAS DE NATAÇÃO
A natação tem vários aspectos importantes que o diferenciam dos demais esportes. Uma diferença reside no fato de ser necessário disponibilizar energia para flutuar e ao mesmo tempo gerar o movimento horizontal pela utilização dos membros superiores e inferiores tanto em combinação quanto separadamente (MCARDLE et. al, 1996, p. 175).
Outras diferenças incluem as demandas para superar as forças de resistência que impedem o movimento anterógrado de um nadador através de um líquido e das dimensões, da forma e velocidade de um nadador (MCARDLE et. al, 1996, p.175).
Evidências recentes em relação ao aporte energético, sugerem que a ingestão diária é dependente da fase do treinamento, variando de 35-75 kcal/kg/dia (SHAW et al., 2014).
 As necessidades diárias de energia e macronutrientes preconizados pela literatura variam de 4-12g de carboidrato por kg de massa corporal; 0,8-1,7g de proteína por kg de massa corporal e 0,8-2g de lipídeos por kg de massa corporal conforme a fase de treinamento (MUJIKA; STELLINGWERFF; TIPTON, 2014;BURKE; MUJIKA, 2014;STELLINGWERFF;MAUGHAN; BURKE, 2011).
Portanto, evidencia-se a necessidade de um acompanhamento individual e continuamente adaptado durante a temporada competitiva (STELLINGWERFF; MAUGHAN; BURKE, 2011), uma vez que déficits na dieta de nadadores podem prejudicar a adaptação ao treinamento, comprometer o desempenho esportivo e influenciar negativamente no estado de saúde do atleta, induzindo a supressão dos sistemas metabólico, endócrino e imune (PYNE; VERHAGEN; MOUNTJOY, 2014).
Em relação às recomendações antes do exercício, é preconizado pela literatura que a refeição contenha em média 1 a 4g de carboidrato por kg de massa corporal para o fornecimento de níveis adequados de glicose e a maximização dos estoques de glicogênio (BURKE et al., 2011). Durante o exercício, a ingestão de carboidrato concede energia adicional, a qual previne a depleção do glicogênio e a fadiga, além de aumentar o rendimento (ACSM, 2016; BURKE et al., 2011). Dependendo do volume e intensidade do exercício, a quantidade de carboidrato pode variar de 30 a 60 g/h, podendo alcançar até 90g/h em casos específicos.
Após o exercício sugere-se o consumo de 1-1,2g/kg/h de carboidrato durante as primeiras 4 horas, associado à ingestão de 0,3g de proteína por kg massa corporal para a recuperação (BURKE et al.;BURKE; MUJIKA, 2014).
A recuperação pós-exercício é um tópico importante entre os atletas aquáticos e envolve interesse na qualidade, quantidade e época da ingestão de alimentos e líquidos após exercícios ou eventos competitivos para otimizar processos como reabastecimento, reidratação, reparo e adaptação. Processos de recuperação que ajudam a minimizar o risco de doença e lesões também são importantes. Recuperação entre treinos ou eventos competitivos pode ter dois objetivos separados: A restauração de perdas corporais e alterações causadas pela primeira sessão para restaurar desempenho para o próximo e a maximização das respostas adaptativas ao estresse fornecido pela sessão gradualmente tornar o corpo melhor nas características do exercício que são importantes para o desempenho. No entanto em alguns casos, a recuperação efetiva ocorre apenas quando os nutrientes são fornecidos, e um suprimento precoce de nutrientes pode também ser valioso em situações nas quais o período imediatamente após o exercício fornece um estímulo aprimorado para recuperação (BURKE; MUJIKA, 2014).
3. DISCUSSÃO
O presente trabalho teve por objetivo verificar a adequação nutricional na alimentação de atletas de natação verificando os nutrientes consumidos pelos atletas nos artigos selecionados e fazendo a comparação com a literatura disponível.
Ao analisar o conteúdo das pesquisas realizadas nos artigos verifica-se uma inadequação nutricional na dieta principalmente energética. O consumo de carboidrato Segundo Santinoni e Soares (2006) é reduzido, pois os atletas se privam do consumo de carboidrato por receberem informações distorcidas que esse nutriente levaria ao aumento da massa corporal, sem saber a sua importância, muitas vezes devido à falta de orientação nutricional.
A ocorrência de um consumo energético insuficiente é também um dos sintomas do supertreinamento ou overtraining, isto é, um treinamento excessivo que ultrapassa a capacidade do corpo de recuperação e adaptação, cuja ocorrência deve ser avaliada individualmente. 
A adequação protéica está de normal a alta para a maioria dos grupos estudados. Este consumo protéico, talvez seja explicado pela falsa crença de que este tipo de nutriente aumenta a força,o desempenho e a resistência. Pode-se supor que as atletas femininas podem estar desenvolvendo um balanço nitrogenado negativo. Quanto aos atletas masculinos, a sua alta ingestão protéica pode estar sendo desviada para fonte energética.
Em alguns grupos foi encontrado um percentual de lipídios maior do que o recomendado, o motivo para esse fato é citado por alguns autores como Faber (1990). Atletas consomem um alto percentual deste nutriente, por acharem que o mesmo, além de fornecer energia mais imediata que os carboidratos, fornecem uma refeição com menor volume.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluiu-se, desta forma, que o acompanhamento nutricional deve ser realizado de forma rigorosa, o atleta deve ser regularmente acompanhado, orientado e avaliado sempre com muito critério, pois a desorientação e falta de informação, falsas crenças no ramo de nutrição é demasiadamente grande.
A demanda energética varia de acordo com o tipo de treinamento, sua frequência, clima. A dieta deve estar em sintonia com o atleta, pois natação é um esporte que exige um aporte energético apropriado e suficiente.
O reservatório energético de cada atleta deve ser avaliado e estudado de forma individualizada, pois a capacidade de armazenar energia nos músculos e no fígado de cada pessoa pode variar, por isso tanto critério na hora da avaliação.
O estudo presente neste trabalho traz o critério e a importância da ciência dentro da nutrição para os atletas de natação. Pois a quantidade dietética recomendada (QDR) deve ser capaz de atender as necessidades nutricionais do atleta. O atleta deve ter força e resistência e ao mesmo tempo, flutuar gerando força horizontal. 
Em todos os aspectos para o atleta, seja no treino, prática, disputas ou mesmo no dia, o nutricionista está presente, pois a alimentação na vida desses atletas é de extrema importância e necessidade, para se alcançar seus objetivos.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. Nutrition and Athletic Performance. Medicine & Science in Sports & Exercise, 2016.
BURKE, L. M.; MUJIKA, I. Nutrition for Recovery in Aquatic Sports. International journal of sport nutrition and exercise metabolism , 2014
FABER, M., SPINNLER-BENADE, A.J., DAUBTZER, A. Dietary intake, anthropometric measurements and plasma lipid levels in throwing field athletes. International Journal of Sports Medicine, Stuttgart, v.10, 1990.
MCARDLE, W. D.; KATCH, F. I. ; KATCH, V. L. Fisiologia do Exercício: Energia,Nutrição e Desempenho humano. 4ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996.
MUJIKA, I. , STELLINGWERFF, T. , TIPTON, K. Nutrition and Training Adaptations in Aquatic Sports. International Journal of Sport Nutrition and Exercise Metabolism, 2014.
PYNE, D. B.; SHARP, R. L. Physical and energy requirements of competitive swimming events. International journal of sport nutrition and exercise metabolism, 2014. 
SANTINONI, E. SOARES, E. Avaliação nutricional de remadores competitivos. Revista de Nutrição, Campinas, 2006.
STELLINGWERFF, T.; MAUGHAN, R.; BURKE, M. Nutrition for power sports: middle-distance running, track cycling, rowing, canoeing/kayaking, and swimming. Journal of Sports Sciences, 2011.
VAN ERP-BAART, A.M.J., SARIS, W.H.M., BIENKHORST, R.A., ELVERS, J.W.H. Nationwide survey on nutritional habits in elite athletes. Part I: Energy, carbohydrate, protein and fat intake. International Journal of Sports Medicine. Stuttgart, 1989.
WANIVENHAUS, F. et al. Epidemiology of Injuries and Prevention Strategies in Competitive Swimmers. Sports Health: A Multidisciplinary Approach, 2012.
6. ANEXOS 
6.1 ARTIGO : AVALIAÇÃO DA ADEQUAÇÃO DO CONSUMO DE CARBOIDRATO EM ATLETAS DE NATAÇÃO.
6.2 ARTIGO : HÁBITOS E CONSUMO ALIMENTARES DE ATLETAS NADADORES
6.3 ENTREVISTA COM ATLETAS

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