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802Q - Estética do Projeto - Módulo 2

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28/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/6
 
Neste módulo abordaremos as idéias e propostas que determinaram o desenvolvimento da estética
moderna, suas transformações e sua crise.
 
Numa primeira aproximação, devemos levar em conta que aquilo que chamamos de modernidade aparece
como resultado do trabalho dos pensadores iluministas, ainda no século XVIII. Seu objetivo era
estabelecer os princípios de uma sociedade baseada na racionalidade e na ciência como instrumentos
capazes de libertar a humanidade das irracionalidades do mito, da superstição e do uso arbitrário do
poder. Esse projeto se apoiava na necessidade de transformação do mundo numa nova realidade
compatível com o processo de industrialização acelerado que se consolidava na Europa. Assim, liberdade
e racionalidade aparecem como idéias intimamente ligadas no projeto de uma sociedade moderna.
 
A partir do começo do seculo XX ja não era mais possível sustentar a idéia iluminista da essência racional
e imutavel da natureza humana. A racionalidade instrumental proposta como motor da nova sociedade
industrial acabou por reduzir a vida social, cultural, econômica, política e administrativa a um plano
meramente burocrático. Em tal contexto, consolida-se o papel social do artista, cuja tarefa seria a de
buscar a essência da humanidade para além das possibilidades da racionalidade. A estética, portanto
deveria ser pensada independentemente da razão prática e do pensamento científico, funcionando como
um possível elo entre estes dois fundamentos.
 
É nesta direção que vai se desenvolver a arquitetura moderna. No início dos anos 20, Mies van der Rohe
vê a arquitetura como a " vontade da época concebida em termos espaciais", numa postura convergente
com Walter Gropius e Le Corbusier que entendiam que a missão de "devolver a arte ao povo por meio da
produção de coisas belas", caberia também aos arquitetos e artistas modernos. Tratava-se de incorporar a
técnica, a velocidade e o movimento da produção industrial à produção arquitetônica: entra em cena
estética da era da máquina.
 
O movimento moderno na arquitetura nasce da fusão da racionalidade e do purismo: a lógica geométrica
das formas puras, o “espírito novo, o espírito da construção e da síntese guiado por uma clara
concepção…” como anunciava Le Corbusier pela revista “L’Espirit Nouveau”. Ao declarar que “a casa é uma
máquina de morar”, torna explícita sua posição em favor da estética mecanicista como referência para a
nova arquitetura que surge e na qual a forma deve, necessariamente, seguir a função.
 
Essa modernidade do período entre a primeira e segunda guerras mundiais, surgia da necessidade de
reconstruir as economias e cidades destruidas e ao mesmo tempo dar conta do descontentamento político
associados às mudanças sociais associadas ao crescimento urbano- industrial. Portanto, não seria de se
espantar que essa crença no progresso linear, nas verdades absolutas e no controle racional da ordem
social se estabelecesse como diretriz geral.
 
Na arquitetura e no urbanismo não seria diferente. As idéias divulgadas pelos CIAMs, Le Cobusier e Mies
van der Rohe estabelecem as diretrizes da arquitetura e urbanismo funcionalistas, corroboradas com a
publicação da Carta de Atenas, adotando a premissa de que a vida urbana deveria ser organizada a partir
de suas funções básicas: moradia, trabalho, recreação e circulação. A estética resultante não tardou a ser
aceita quase que irrestritamente, muito pela premente necessidade de atender às demandas sociais do
pós guerra, que tornaram as soluções padronizadas e uniformes, práticas e de baixo custo, uma opção
interessante. Assim, as virtudes do estilo internacional que então se estabelecia, atendiam ao mesmo
tempo tanto as premissas do idealismo progressista quanto as necessidades da burocracia estatal ligada
ao capital corporativo. 
As torres de vidro e concreto passaram a dominar a paisagem urbana das metrópoles.
 
Mas o ideal modernista logo se mostrou cada vez mais distante e desligado da reais necessidades de uma
sociedade cada vez mais diversificada. Indicação segura de tal situação, a publicação de " The death and
28/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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life of great American cities" de Jane Jacobs, que entre outras vozes que se levantaram com o mesmo
teor crítico, define de forma irrefutável a distância que se consolidava entre discurso e prática no projeto
moderno, conforme expresso na Carta de Atenas. As normas formuladas por esta eram de caráter
genérico e limitado, objetivando uma validade e aplicabilidade universais: a divisão funcional da cidade e
o adensamento populacional combinado com áreas verdes e edifícios formas simples tornaram-se o
modelo a ser seguido e acabaram por traçar uma clara limitação sobre as possibilidades de soluções
estéticas. 
 
Essa diversidade social, aliada às mudanças tecnológicas na área das comunicação e transportes passam
a oferecer novas possibilidades de soluções, onde as diferenças passam a ser incorporadas como
ingredientes de processos interativos, heterogêneos, dispersos, descentralizados e desconcentrados. De
forma convergente, as novas tecnologias também passam a permitir a produção em massa de produtos
quase personalizados, em função de uma demanda cada vez mais intensa e diversificada. 
 
A arquitetura e o projeto urbano encontraram assim um contexto favorável para o desenvolvimento de
novas formas, agora livres da ortodoxia funcionalista e mais afinadas com a necessidade de expressão de
uma nova estética compatível com a diversidade e com diferentes "culturas do gosto". Isso também
implica a adoção de uma postura mais orientada ao mercado, para a comunicação e o marketing, e por
que não, apelando para os ícones da comunicação de massa como referência de partidos de projeto.
Contraponde-se aos dogmáticos princípios da arquitetura moderna, coloca-se a necessidade de " aprender
com Las Vegas" (Learning from Las Vegas) conforme o título da obra de Robert Venturi.
 
A metrópole passa a ser concebida como uma colagem desordenada de espaços urbanos e edifícios
arranjados de forma descontínua e desconexa onde diferentes períodos, estilos e propostas se
sobrepõem, como que anunciando um outro ecletismo, mas diverso, dinâmico e imaginativo como
princípio da estética pós-moderna: a efemeridade e o caos assumidos na fragmentação e na colagem
eclética presentes na prática da arquitetura e do urbanismo.
 
A partir daí estão postas as condicões para o desenvolvimento de uma estética pós-moderna. 
 
 
Exercício 1:
 É característica do projeto da modernidade
A)
o objetivo da emancipação humana através da razão e da ciência objetiva
B)
a crítica à razão e ao objetivismo científico como solução dos problemas humanos
C)
a crítica à ideologia liberal-burguesa
D)
a crítica à industrialização
E)
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a crença na religião como diretriz do desenvolvimento industrial moderno
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A) 
Exercício 2:
Entre os fatores que levaram ao declínio das expectativas em relação ao projeto da modernidade,
podemos citar
 
A)
o sucesso das pesquisas científicas e sua promoção do bem-estar social
B)
os acontecimentos recentes como os ataques terroristas ao território dos Estados Unidos 
C)
ao aumento de ocorrência de desastres naturais
D)
a persistência de conflitos bélicos, desigualdade social e pobreza crescente
E)
o desenvolvimento dos meios de comunicação
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D) 
Exercício 3:
No início dos anos 20, Mies van der Rohe vê a arquitetura como a "vontade da época concebida em
termos espaciais", numapostura convergente com Walter Gropius e Le Corbusier que resultaria
A)
No aparecimento do movimento neo-
clássico, buscando devolver as referências da estética platônica à arquitetura
B)
no surgimento da estética da era da máquina, correspondendo ao período heróico da arquitetura moderna
C)
na pós-modernidade, capaz de absorver a diversidade social vigente
28/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/6
D)
na ecletismo enquanto síntese da diversidade estética do período
E)
na volta aos ideais acadêmicos na arquitetura
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
B) 
Exercício 4:
O “espírito novo, o espírito da construção e da síntese guiado por uma clara concepção…” anunciava Le
Corbusier pela revista “L’Espirit Nouveau” no início do século XX, propondo os princípios da estética da
arquitetura moderna, que implicariam
A)
a fusão da racionalidade e do purismo a partir da lógica geométrica das formas puras
B)
a busca pela arquitetura ideal a partir dos estilos históricos
C)
a subordinação da arquitetura moderna aos conceitos acadêmicos
D)
a consolidação da arquitetura como ramo da engenharia
E)
o surgimento do ecletismo
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A) 
Exercício 5:
A modernidade, do período entre a primeira e segunda guerras mundiais, surgia a partir de necessidades
diretamente relacionadas ao contexto social de então. Entre elas estão
I. a reconstrução das economias e cidades destruídas.
II. enfrentar o descontentamento político associado às mudanças sociais associadas ao crescimento
urbano- industrial descontrolado.
III. assumir a necessidade de uma nova estética para a cidade.
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A)
Somente a afirmação I está correta
B)
Somente a afirmação II está correta
C)
Somente a afirmação III está correta
D)
As afirmações I e II estão corretas
E)
As afirmações II e III estão corretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D) 
Exercício 6:
Sobre a estética proposta pela arquitetura moderna pode-se afirmar que
A)
é uma continuidade da estética acadêmica do século XIX
B)
reflete as necessidades sociais resultantes da guerra fria
C)
corresponde a uma necessidade de reconstrução urbana sobre novos fundamentos no período após a
primeira guerra mundial
D)
é uma nova face do historicismo recorrente ao longo da história da arquitetura
E)
é o estilo vigente ao longo do século XIX
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
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D) 
C)

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