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802Q - Estética do Projeto - Módulo 5

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28/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/5
 
Como vimos, a ruptura do paradigma da cidade moderna é fundamental para que possamos entender quais as
diretrizes para a configuração da cidade contemporânea. O modelo moderno se fundamenta no idealismo da
crença no progresso, na racionalidade científica e na solução dos problemas sociais a partir de uma lógica
mecanicista radicalmente racional. Trata-se da cidade da era da máquina, planejada a partir do zoneamento
funcional, padronizada a partir da produção industrial, fundamentada na premissa de um homem- tipo, cujas
necessidades são universais.
Em correlação a tal paradigma resultam a obsolescência das formas urbanas antigas e históricas, a rejeição
ao passado, a busca pela eficiência, a segregação espacial/social urbana,a divisão da cidade em zonas
estritamente funcionais e o movimento mecânico da circulação entre elas e sua logística intrínseca. Esta
concepção da cidade não admite o imprevisto, o acaso, a mudança. Trata-se de uma tentativa de realizar uma
utopia planificada que prevê e organiza o tempo futuro, devidamente declarada na Carta de Atenas.
Portanto, seria de se esperar que a reação surgisse necessariamente na forma de uma ruptura de paradigma,
que longe de se colocar enquanto consenso, se expressa de forma polifonica e diversificada, refletindo o
contexto de pluralismo de um mundo em pleno ensaio de um processo que mais tarde se consolidaria como a
globalização. 
Assim, talvez fosse mais conveniente considerar essas primeiras manifestações como dissidências do
movimento moderno, uma vez que surgem no período de crise do paradigma da cidade industrial,
configurando perspectivas alternativas para um projeto de cidade contemporânea.
 
1. Archigram: a cidade “mutante”
A produção do grupo Archigram é um reflexo da interação de dois fenômenos importantes dos anos 60: de um
lado a velocidade do desenvolvimento tecnológico, sobretudo na comunicação, transportes e informação, e de
outro à afirmação da cultura pop como uma nova linguagem cultural, influenciada pelos novos meios de
comunicação. As grandes mudanças sociais, culturais e econômicas da época provocaram a necessidade de
encontrar alternativas espaciais correspondentes aos novos desafios. Esse novo contexto colocava em cheque
os fundamentos tradicionais da arquitectura a partir da rigidez, da estabilidade e da durabilidade. Os
princípios fundamentais apontavam agora pela mutabilidade, a instantaneidade, a efemeridade, a
obsolescência programada e a reciclagem, uma afronta consciente e crítica aos princípios do racionalismo
moderno.
Assim, o Archigram, grupo surgido na Inglaterra, defendia uma abordagem high-tech, explorando o universo
das estruturas infláveis, computadorizadas, ambientes descartáveis, cápsulas espaciais e imagens de
consumo de massa, explorando a fronteira entre o real e a ficção científica, um exercício de exploração da
potencialidades da era tecnológica. A cidade é vista como rede (um conceito pioneiro), lugar não estruturado
hierarquicamente e capaz de se expandir, transformar e mover-se indefinidamente. Assim a necessária
reformulação da arquitectura, compatível com as novas necessidades da vida urbana, era fundamentada na
mobilidade e na adaptabilidade.
Uma de suas propostas mais significativas é o projeto de Peter Cook, Plug-in City (1964), que propunha uma
cidade “tentacular”, estruturada a partir de uma mega-estrutura em rede com vias de comunicação,
abastecimento e transporte. Suporte de um sistema sofisticado de serviços, essa cidade-rede admite além das
unidades básicas de habitação, unidades inteligentes mutáveis, colocadas em nós estratégicos da rede,
oferecendo todo o tipo de serviços.
O planejamento da Plug-in-City inclui o crescimento e a transformação do espaço urbano, devidamente
previsto e programado para mudanças ao longo do tempo. Assim as unidades arquitetônicas são criadas para
serem reprogramadas e reutilizadas para se adequarem à mudança inerente à vida urbana.
 
 2. O Movimento Metabolista 
Surgiu no Japão na década de 60 do século XX e buscou solucionar a questão da expansão urbana das
metrópoles em face da escassez de território a partir da tecnologia construtiva. A alternativa mais imediata
era a ocupação dos oceanos para o desenvolvimento de um espaço urbano afinado com as novas
possibilidades tecnológicas. A pré-fabricação era considerada a solução mais adequada e a elaboração de
sistemas de expansão utilizando adições sucessivas de componentes modulares, que fundamentou a
concepção de espaço de grande parte dos arquitetos. O conceito metabolista considerava que tanto o espaço
urbano como os edifícios e populações estariam sujeitos aos mesmos processos de crescimento e
transformação, numa analogia orgânica. O contexto daquele momento histórico incluia a rápida modernização
e capitalização das grandes cidades face à ineficiência do planejamento urbano, tornando caótica a vida
urbana e dando origem a uma sucessão de métodos emergenciais que buscavam resolver problemas
28/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/5
complexos com métodos sistemáticos de projeto. Ao mesmo tempo, surgia a valorização das necessidades e
desejos individuais, em contraste com o idealismo universalista proposto pelo projeto da modernidade. Os
projetos metabolistas consideram que por meio da sistematização dos métodos projetuais, cada indivíduo
poderia criar sua própria habitação de acordo com o seu gosto e capacidade econômica. Este ciclo de
adaptação das edificações ao gosto individual justificava o conceito metabolista de que vastas estruturas
modulares poderiam acompanhar ciclos de crescimento, mudança, expansão e retração. Os projetos
metabolistas tinham um ideal de expressar uma visão de sociedade em constante desenvolvimento e
mutação. Dentre as propostas principais, cidades oceânicas, aéreas (suspensas), com unidades diferenciadas
para alocação de residências, espaços produtivos que incluiam a agricultura, indústrias, centros comerciais e
de serviços.
 
3. A cidade da memória: Aldo Rossi
O pensamento de Rossi, parte de uma argumentação histórica aprofundada, apontando no sentido contrário à
ideia de planejamento urbano moderno. Numa crítica ao funcionalismo, Rossi recusa o princípio de que a
arquitetura está submetida às relações forma-função, apontando a forma como essência. Essa independência
da função apoia-se na categoria de permanência, presente tanto no monumento quanto no traçados de ruas
ou da malha urbana, para descrever a capacidade de transformação e variação das funções dentro numa
mesma forma. A ideia de permanência afirma o processo histórico como referência de uma tipologia
formal/estrutural constante. Para Rossi, o tipo é uma forma elementar não-redutível, é o registo de uma
estrutura persistente na morfologia urbana à medida que ela se desenvolve com o passar do tempo. Para
Rossi o tipo integra os traços da vida e do uso de gerações inteiras, elaborados ao longo de séculos,
mantendo-se durável e apto a transformar-se.
Desta forma, a cidade é assim valorizada como processo no qual diferentes tempos coexistem no espaço
urbano, e o que a enriquece é a sua constante transformação correlata à dinâmica cultural. Esse cidade
dinâmica compreende a continuidade e desenvolvimento tanto da cidade histórica como das suas expansões e
adaptações como partes da continuidade do processo histórico. A contribuição de Rossi aponta a crítica à
cidade moderna a partir da valorização dos centros históricos e a salvaguarda de monumentos como ponto de
partida para uma cidade contemporânea essencialmente humana.
 
A partir dessas dissidências e de novas perspectivas conceituais, todas originadas nos anos 60 do século XX,
abrem-se novas possibilidades para pensar a arquitetura e o espaço urbano contemporâneos.
Exercício1:
A cidade da era da máquina, planejada a partir do zoneamento funcional, padronizada a partir da produção
industrial, admitia imposições e prerrogativas baseadas na premissa de um homem- tipo, cujas necessidades
são universais. Em correlação a tal paradigma resultam na obsolescência das formas urbanas, a rejeição ao
passado, a busca pela eficiência, a segregação espacial/social urbana, a divisão da cidade em zonas
estritamente funcionais e o movimento mecânico da circulação entre elas e sua logística intrínseca. Esta
concepção da cidade tem por referência um modelo de vida urbana definida em termos satisfação de
necessidades-tipo que não admite o imprevisto, o acaso. Trata-se de uma tentativa de realizar uma utopia
planificada que prevê e organiza o tempo futuro, devidamente declarada na Carta de Atenas.
I. Seria de se esperar que a reação surgisse necessariamente na forma de uma ruptura de paradigmas que se
mostrou a partir da pluralidade das propostas pós-modernas.
II. A reação necessária encontra convergências na restruturação da economia mundial e políticas de
deslocalização de reterritorialização da produção que se consolidam com o processo de globalização.
III. Desta forma, a Carta de Atenas passa a continuar sendo a referência fundamental para o
desenvolvimento das diversas propostas urbanísticas identificadas como pós-modernas.
A)
Apenas a afirmação I está correta
B)
Apenas a afirmação II está correta
C)
28/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/5
Apenas a afirmação III está correta
D)
Apenas as afirmações I e II estão corretas
E)
Apenas as afirmações II e III estão corretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
A) 
D) 
Exercício 2:
As primeiras manifestações mais explícitas sobre a insuficiência das propostas do movimento moderno
implicam em visões alternativas para um projeto de cidade contemporânea. Dentre elas, a produção do
grupo Archigram é um reflexo da interação de alguns fenômenos importantes no contexto dos anos 60:
I. a velocidade do desenvolvimento tecnológico, sobretudo na comunicação, transportes e informação, e a
afirmação da cultura pop como uma nova linguagem cultural.
II. a aplicação das novas tecnologias construtivas e possibilidades de uso do concreto armado como solução
estrutural e estética.
III. a necessidade de revisitar as soluções estéticas historicamente consagradas pelos manuais de arquitetura,
especialmente do Renascimento.
A)
Apenas a afirmação I está correta
B)
Apenas a afirmação II está correta
C)
Apenas a afirmação III está correta
D)
Apenas as afirmações I e II estão corretas
E)
Apenas as afirmações II e III estão corretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A) 
Exercício 3:
28/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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A partir da década de 60 do século XX surge a necessidade de solucionar a questão da expansão urbana das
metrópoles em face da escassez de território a partir da tecnologia construtiva. No caso japonês, a alternativa
mais imediata era a ocupação dos oceanos para o desenvolvimento de um espaço urbano afinado com as
novas possibilidades tecnológicas. A pré-fabricação era considerada a solução mais adequada, e a elaboração
de sistemas de ampliação utilizando adições sucessivas de componentes modulares fundamentou a concepção
espacial de grande parte dos arquitetos. O conceito metabolista considerava que tanto o espaço urbano como
os edifícios e populações estariam sujeitos aos mesmos processos de crescimento e transformação e
considera
I. a rápida modernização e capitalização das grandes cidades face à ineficiência do planejamento urbano.
II. a valorização das necessidades e desejos individuais, em contraste com o idealismo universalista proposto
pelo projeto da modernidade.
III. a necessidade de estabelecer um programa de necessidades universal capaz de propor soluções de
construção industrializada para os países em desenvolvimento.
A)
Apenas a afirmação I está correta
B)
Apenas a afirmação II está correta
C)
Apenas a afirmação III está correta
D)
Apenas as afirmações I e II estão corretas
E)
Apenas as afirmações II e III estão corretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D) 
Exercício 4:
São características das propostas do grupo Archigram
A)
rigidez, estabilidade e durabilidade
B)
rigidez, estabilidade e efemeridade
C)
mutabilidade, instantaneidade e efemeridade
D)
rigidez, instantaneidade e efemeridade
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E)
mutabilidade, estabilidade e efemeridade
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
E) 
C)

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