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Fichamento O Pastor Pacificador (1)

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POIRIER, Alfredo. O pastor pacificador: um guia bíblico para a solução de conflitos na Igreja. São Paulo: Vida Nova, 2011.
- “Os pastores lutam nas frentes de guerra espiritual que envolve o mundo. Com bastante frequência suas maiores batalhas se dão dentro da própria igreja, onde eles se veem pegos pelo fogo cruzado dos conflitos pessoais, teológicos e congregacionais. Esses conflitos intermináveis acabam por deixar muitos pastores – e suas famílias – tão exaustos e feridos que eles perdem sua alegria pelo ministério ou chegam a deixar o pastorado” (Ken Sande). (2011, p. 1)
- “De maneira solidamente espiritual um pastor veterano explica nesta obra como a igreja local, por meio de seus líderes, pode vir a ser a comunidade de paz e segurança que é chamada para ser, em vez do lugar de hostilidades que muitas vezes é” (J. I. Packer). (2011, p. 1)
- “Leia-o antes da próxima tempestade e estará bem mais preparado para enfentá-la” (Michael Horton). (2011, p. 1)
- “Uma perspectiva inteiramente bíblica e teologicamente consistente sobre o ministério de reconciliação no contexto da igreja local” (Timothy George). (2011, p. 1)
- “Ideal para conferências de pastores e programas de treinamento para missionários, denominações e equipe pastoral” (Manfred Kohl). (2011, p. 2)
- “A pacificação está no coração do que representa ser um cristão” (David Powlison). (2011, p. 2)
INTRODUÇÃO
- O motivo que leva muitos a entrar no pastorado é Cristo. E o motivo que leva muitos a deixá-lo são os conflitos. Os pastores mencionaram a gestão de conflitos como a área de treinamento mais necessária da qual sentiram falta durante seu período de estudos em seminários e institutos bíblicos. (2011, p. 11)
- Igrejas, institutos bíblicos e seminários ofereçam tão pouco ou nenhum treinamento pastoral sobre como lidar com todo esse conflito. (2011, p. 12)
- Têm sido criados grupos cristãos para solução de conflito. Esses ministérios têm procurado lidar com a questão do conflito a partir de uma perspectiva e metodologia decididamente cristãs. (2011, p. 13)
- O evangelho é o motor que move a pacificação. (2011, p. 13-14)
- Ainda existe uma imensa necessidade de desenvolvermos mais a teoria e prática da solução de conflitos a partir de uma perspectiva cristã que seja baseada na Bíblia e integrada teologicamente no corpo mais amplo do pensamento e do ensino cristão. (2011, p. 14)
- Tratar das questões do coração, como a raiva, a amargura, a falta de perdão e de arrependimento que alimentam o conflito. (2011, p. 14)
- Precisamos é de uma teoria para a solução de conflitos que seja desenvolvida e praticada no contexto da igreja local. Uma teoria cristã para a solução de conflitos deve ter raízes teológicas e ser integrada na vida da igreja. (2011, p. 15)
- Os conflitos por que passamos são apenas intromissões em nosso ministério, acidentes e empecilhos ao evangelho, ou são instrumentos que Deus usa para nosso aprendizado – são os próprios meios que ele usa para que possamos enxergar nossa miserável condição e a riqueza de seu poder e sua sabedoria, justiça e misericórdia (Tg. 1:2-5)? (2011, p. 16)
- Devemos ter uma visão de ministério que seja mais holística, ampliando o ministério da Palavra de forma a incluir não somente a pregação, mas também aconselhamento, ensino e preparação do povo de Deus para a busca da paz. (2011, p. 16)
- A Bíblia exorta todos a que busquem a paz uns com os outros (Sl. 34:14; Mt. 5:9,43-45; Mc. 9:50; Lc. 6:35-38; Rm. 12:18; 14:19; 2 Co. 13:11; Gl. 5:22; Ef. 4:2-6; Cl. 3:15; 1 Ts. 5:13; 2 Tm. 2:22; Hb. 12:14; Tg. 3:16-18; 1 Pd. 3:11). (2011, p. 16)
- Práticas de pacificação: confissão, perdão, negociação, mediação, arbitragem e disciplina na igreja. (2011, p. 17)
CAPÍTULO 1 – ESPERANÇA PARA UM HEREGE
- Naquele dia fatídico descobri que eu já não me importava mais com coisa nenhuma. Estava farto de conflitos, do pecado, de fofocas, das ameaças, das divisões e discórdias dentro da igreja. (2011, p. 19)
- O que eu faço, meu Deus? Eis o tipo de pergunta que os pastores se fazem todo o tempo. Por acaso já passou por sua cabeça sair da igreja em que está hoje para pastorear uma igreja com menos problemas? Alguma vez já orou para que pessoas difíceis de sua congregação simplesmente sumissem da igreja? (2011, p. 19-20)
- O seminário não me preparou para lidar com conflitos no ministério. Aprendemos como ninguém a fazer a exegese de textos bíblicos, mas aprendemos pouquíssimo sobre como fazer a exegese de pessoas. (2011, p. 20)
- O que eu faço meu Deus? Na minha vida, só encontrei a resposta para essa pergunta quando me voltei para Cristo, o pacificador. A Bíblia inteira fala de conflitos e de Cristo, o grande pacificador. (2011, p. 20)
- Tenho consciência de que foi chamado para ser não só pastor, mas um pastor pacificador, mas devo confessar, com toda sinceridade, que odeio conflitos. É fácil o papel de mediador quando há um conflito entre Deus e um ser humano. Mas é algo bem diferente colocar-se como mediador entre duas pessoas tomadas pela raiva. (2011, p. 20)
- Lembre-se do quanto nós, líderes de igreja, temos pavor de trabalho em equipe. A necessidade essencial de planejar, de colocar na balança interesses e conflitos, de olhar para as necessidades dos outros, de traçar um curso de ação tentando, ao mesmo tempo, antecipar o inesperado. E ainda temos que fazer tudo isso junto com pessoas que, assim como nós, escutam pouco, falam muito, ficam iradas com facilidade, são briguentas, lentas para aprender, têm a cabeça dura, a mente estreita, são precipitadas e simplesmente “não conseguem entender coisíssima nenhuma”. (2011, p. 22)
- Como pastores somos chamados a pregar, ensinar, administrar e nos envolver em missões. Jesus era pregador e mestre. Também administrava pessoas e se dedicou a uma missão definida. (2011, p. 23)
- Como pastores e líderes, precisamos e devemos ser parte da vida daqueles a quem pastoreamos. Não podemos fugir da realidade; não podemos temer o envolvimento. Nem evitar conflitos. (2011, p. 23)
- As bênçãos (graça, misericórdia e paz) são alcançadas e sustentadas em verdade e amor. Cristo é a definição do verdadeiro amor. (2011, p. 24-25)
- Em vez de fugir do mundo, Jesus Cristo abre os braços para nós, pecadores, rebeldes, em toda nossa imoralidade, indecisão, inconstância, hesitação, fingimentos, mentiras, trapaças, adultérios e idolatrias. Ele nos salva de tudo isso! Ele conciliou conflitos, reconciliando-nos com Deus e uns com os outros. (2011, p. 26)
- Esta é uma declaração digna de crédito: Jesus Cristo veio a este mundo para destruir as obras do demônio e para sofrer e morrer em lugar dos pecadores. E por sua morte somos curados. É isso que significa ortodoxia. É a verdade em ação, a verdade em amor. A ortodoxia regenera o coração, o meu e o seu. (2011, p. 27)
- Jesus é o fundamento da pacificação por meio de sua morte reconciliadora. O evangelho de Jesus é a mensagem de por meio de sua morte reconciliadora. O evangelho de Jesus é a mensagem de pacificação, de reconciliação que nós, pastores, trazemos às pessoas em conflito. (2011, p. 28)
CAPÍTULO 2 – OS CAMINHOS DO CONFLITO
- Definiremos conflito como “uma diferença de opinião ou propósito que frustra as metas ou os desejos de alguém”. Ou seja, o conflito acontece quando meus desejos ou temores, minhas expectativas ou metas entram em rota de colisão com os desejos, temores, expectativas ou metas de outra pessoa. (2011, p. 31)
- O conflito não é necessariamente uma consequência do pecado, embora certamente costume ser uma ocasião para que o pecado aconteça. (2011, p. 31)
- Os “capítulos pacíficos” (Gn. 1-2 e Ap. 21-22) são como meros suportes entre os quais se encontra um mundo em conflito. (2011, p. 32)
- Quatro ocasiões que tipicamente geram disputas no contexto da igreja local: questões de lealdade dividida, de autoridade, criação de barreiras e assuntos de caráter pessoal. (2011, p. 32)
- As pessoas também dividem sua lealdade em torno de programas, eventos, projetos e ministérios da igreja. (2011, p. 33)
- Criaram o diaconato – uma funçãode autoridade subordinada a quem se delega a incumbência de tomar conta dessa área do ministério. (2011, p. 34)
- Fofocas, inveja, atitudes mesquinhas, disputas por poder, ressentimento e amargura se alastram. E o conflito surge. (2011, p. 35)
- Os tipos mais comuns de conflito que consomem o tempo de um pastor são as questões pessoais convencionais, das quais Jesus trata quando nos instrui a remover a venda de nossos próprios olhos (Mt. 7:3-5). São conflitos causados por pecados pessoais que surgem em brigas de famílias e de casais, tensões e atritos entre amigos ou conflitos no campo profissional que envolvam membros da igreja. (2011, p. 35)
- O conflito traz caos, escuridão e confusão. (2011, p. 36)
- Infelizmente, os líderes são muitas vezes os últimos a confessar seus pecados e admitir sua necessidade de sabedoria e reconciliação. Achamos que os pecados contra os quais pregamos raramente são nossos. (2011, p. 37)
- Podemos confessar nossos pecados uns para os outros (Tg. 5:16) sem temer a condenação, com a grande esperança de que o Cristo que nos salvou e nos justificou está nos santificando e guiando para que vivamos como pacificadores reconciliados. (2011, p. 37)
- Pacto do Pacificador: “Como pessoas que se reconciliaram com Deus por meio da morte e ressurreição de Jesus Cristo, cremos que somos chamados a responder ao conflito de um modo que seja completamente diferente do modo pelo qual o mundo lida com os conflitos. Também cremos que o conflito traz oportunidades de glorificar Deus, servir outras pessoas, e crescer à semelhança de Cristo”. (2011, p. 38)
- O evangelho é o poder de Deus para salvar, reconciliar, e renovar pecadores santos ou justificados diariamente, em meio a nossas vidas confusas e caóticas, nos moldando e remodelando a fim de que sejamos uma comunidade pacificadora que serve a um Senhor pacificador. (2011, p. 38)
- Negação significa fingir que o conflito não existe (Pv. 24:11-12). (2011, p. 39)
- A Fuga acontece quando alguém procura escapar de seus conflitos. Uma resposta de fuga comum é quando as pessoas envolvidas no conflito tomam precauções para evitar ter que encarar a outra. (2011, p. 40)
- A fuga também é uma resposta comum daqueles que são submetidos à disciplina na igreja ou estão em vias de serem. Quando percebem as intenções da igreja, geralmente deixam de frequentá-la. Eles optam por sair da igreja para não se sujeitarem à correção. (2011, p. 40)
- A Agressão pode ser entendida de forma mais estrita como uma agressão física ou de forma mais ampla como uma ameaça de uso da força. (2011, p. 41)
- Em sentido amplo e informal, o Litígio inclui todas as formas de fofoca, difamação e julgamentos insensíveis pelos quais as pessoas “defendem suas causas” diante de outra, a fim de ganhar apoio contra seu oponente. É esse tipo de litígio que age como um catalisador para a formação de facções dentro da igreja. (2011, p. 42)
- A raiz do Homicídio se apresenta de duas formas explícitas (raiva e ódio): relacionamentos interpessoais abalados (Mt. 5:23-24) e disputas legais (Mt. 5:25-26). (2011, p. 42)
- As duas questões que afetavam seu coração (sua raiva e amargura), assim como as questões relacionadas à injustiça que ele sofrera (que apontavam para a necessidade de uma mediação e possível restituição). (2011, p. 42)
- Devemos avaliar nossos próprios padrões de resposta ao conflito. Qual é sua tendência ao enfrentar um conflito? Evitá-lo? Atacar? Fugir? Lutar? Calar-se ou gritar? Tende a culpar os outros pelo conflito? Ou tende a minimizar o problema? (2011, p. 43)
- O modo usado por Cristo são respostas de pacificação pessoais e respostas de pacificação assistidas. Respostas de pacificação do tipo pessoal: tolerância da ofensa, discussão reconciliação e negociação. Nestes cenários, as partes em conflito buscam resolver sua própria disputa sem recorrer a uma terceira parte para agir como mediador ou árbitro. (2011, p. 43)
- A pessoa que tolera uma ofensa não está cega à ofensa. (2011, p. 43)
- A discussão que leva à reconciliação lida com aquele tipo de ofensa pessoal que se resolve melhor quando é confessada e perdoada, permitindo que as partes se reconciliem. (2011, p. 44)
- A Bíblia nos diz para fazer mais do que apenas confrontar. Devemos instruir, aconselhar, exortar e ensinar, assim como censurar (Rm. 15:14; Gl. 5:21; Ef. 6:4; 1 Ts. 5:14,21; 1 Tm. 4:6). (2011, p. 44)
- A negociação envolve as questões substantivas que precisam ser resolvidas no conflito. (2011, p.44)
- A pacificação assistida envolve mediação, arbitragem e responsabilização ou disciplina aplicada pela igreja. (2011, p. 45)
- Como pastores cujo ministério é conformado com Cristo, nós também somos chamados para ser mediadores. Quando temos membros da igreja brigando entre si, nosso chamado nos constrange a intervir, a estar lado a lado com cada uma das partes e assisti-las no sentido de serem prontos a ouvir, tardias para falar e tardias par ase irar. Nosso dever é oferecer conselhos e sabedoria típicas dos que se chamam filhos de Deus. (2011, p. 45)
- Toda essa questão de disciplina por parte da igreja requer muita instrução e sabedoria. (2011, p. 46)
- As respostas de pacificação bíblicas passam de respostas mais privadas para respostas mais públicas. Nas respostas de fuga o foco está sobre mim. Nas respostas de ataque o foco está sobre o outro. E nas respostas de conciliação o foco está sobre nós. O efeito de cada resposta não-bíblica é a ruptura, senão a completa ruína do relacionamento. (2011, p. 46)
- A grande promessa e potencial da pacificação são relacionamentos reconciliados e fortalecidos. (2011, p. 47)
- Deve-se responder ao conflito de maneira bíblica, quebrar velhos hábitos e começar a criar um novo caminho na direção da paz. (2011, p. 47)
- Somente quando nós, líderes, confessamos nossos pecados e buscamos viver da graça que nos é dada no evangelho podemos liderar nosso povo e fazer o mesmo. (2011, p. 47)
CAPÍTULO 3 – O CORAÇÃO DO CONFLITO
- Os conflitos percorrem uma série de caminhos diferentes. Mas eles acontecem através de pessoas. Não são os mais variados caminhos que dão início aos conflitos, mas sim as pessoas. (2011, p. 49)
- Saber o que controla o coração das pessoas é saber o que controla os conflitos que enfrentam. (2011, p. 49)
- Em 2001 uma pesquisa do Barna Research Group norte americana feita sobre casamento e divórcio descobriu que em geral 33% de todas as pessoas convertidas casadas já passaram por um divórcio, o que, estatisticamente falando, é um número idêntico aos 34% de incidência de divórcios entre adultos não convertidos. (2011, p. 49)
- Habilidades não são suficientes. É preciso entender as pessoas. É preciso saber o que se passa no coração delas. (2011, p. 50)
- Na Bíblia o amor é definido como as atitudes e ações que refletem a imagem de Deus em Cristo (Jo. 13:34; Ef. 5:1-2; 1 Jo. 4:10). (2011, p. 50)
- Tiago 3 trata o tempo todo do perigo que a língua representa. O texto nos diz que a língua corrompe o corpo inteiro da pessoa e atiça fogo no curso de sua vida. (2011, p. 53)
- A Bíblia nos dá sábios conselhos sobre como devemos nos comunicar. Deus quer que nos tornemos hábeis naquilo que falamos. Mas de onde vêm as palavras que falamos? Quando os casais brigam, de onde vêm as mentiras certeiras, as mútuas acusações e condenações? E Cristo quem responde: tudo isso “procede do coração”. (2011, p. 53)
- A boca fala do que está cheio o coração (Mt. 15:18-19). É o coração que transforma a língua em fonte de bênção ou de maldição. (2011, p. 53)
- Meus prazeres são a causa do conflito. Somos taças que transbordam de arrogância, ambições, presunção e de desejos egoístas. (2011, p. 53-54)
- Uma coisa eles se recusavam a fazer: eles nunca olharam para si mesmos, para seus próprios corações e desejos. (2011, p. 54)
- O conflito vem à tona e, com ele, todos os tipos de males – difamação, fofoca, a atitude de um culpar ao outro, malícia, ira, divisões e assim por diante – porque o mal está dentro dos nossos corações. Tiago vai dizer: “Olhem bem para vocês mesmos, paraseus desejos, prazeres, expectativas, motivações, alvos, necessidades, anseios, compulsões. Tudo isso mora dentro do seu coração”. (2011, p. 55)
- Como líderes, somos chamados a voltar os olhos das pessoas para si mesmas, para suas próprias atitudes e ações, pois a primeira lição de Tiago é que a pacificação de conflitos deve começar por fazer cada parte envolvida no conflito examinar seu próprio coração e seus próprios desejos. (2011, p. 55)
- Nosso desejos distorcem aquilo que vemos ou percebemos. Assim, vemos nossa relação conjugal a partir do ponto de vista daquilo que queremos, dos nossos desejos. (2011, p. 57)
- Um dos primeiros passos para a solução de conflitos é ajudar as pessoas a entender que não estão enxergando bem as coisas – que seus desejos estão distorcendo a percepção que elas têm sobre tudo aquilo que está acontecendo. (2011, p. 59)
- Tiago nos ensina que não há nada de errado com os desejos em si, o que está errado é a intensidade dos desejos, quando eles assumem tal proporção como se fossem deuses, quando começam a dominar nossa vida. (2011, p. 60)
- Quando estamos em conflito com os outros, não nos vemos como adúlteros ou como inimigos de Deus. (2011, p. 60)
- Tiago nos ensina que nossos conflitos revelam nossos verdadeiros desejos e estes, por sua vez, revelam que nosso coração está apaixonado por ídolos. E são a eles, aos ídolos dos nossos desejos, que mais amamos, e não a Deus. (2011, p. 61)
- A única coisa que pode nos libertar desse círculo vicioso de desejos é o evangelho. Todos os nossos relacionamentos, inclusive nosso relacionamento conjugal, precisam do evangelho. (2011, p. 62)
- O evangelho é a boa-nova que transforma vidas e reconcilia os que estão afastados. (2011, p. 62)
- O evangelho é o ar que respiramos na casa de Deus. O evangelho é a conversa que acontece nessa casa, na qual o Pai fala conosco, seus filhos, sobre sua grande dádiva, seu Filho. O evangelho é a história, sempre presente e poderosa, de uma promessa que transforma vidas, uma promessa para todos quanto a ouvirem e nela crerem. (2011, p. 62)
- Pregar o evangelho foi justamente o método que Tiago usou. Tendo exortado seus ouvintes por causa de seus desejos idólatras, que levavam a conflitos, Tiago agora afasta o olhar deles de si mesmos e de uns para os outros e o volta para a bondade e a graça de Deus, à medida que ele dá de si mesmo para nós no evangelho. (2011, p. 65)
- O propósito de Deus é redimir para si um povo que glorificará seu nome como o Deus da misericórdia, da justiça e da verdade. (2011, p. 66)
- A simples menção à graça deveria ressoar em nossos ouvidos como um trovão. Pois no calor da controvérsia, somos tentados a desistir. Na raiz dos conflitos, encontramos não apenas desejos excessivos, mas também desespero e falta de fé. (2011, p. 66)
- A Palavra do Evangelho, que fala sobre o que Deus já fez por nós em Cristo. Ele fala d propósito de Deus de nos salvar ao entregar seu próprio Filho, Jesus Cristo, assegurando assim para nós a libertação da condenação, bem como justificação, perdão dos pecados, aceitação, paz e reconciliação. (2011, p. 67)
- Precisamos começar a resolver nossos conflitos, a nos reconciliarmos, não por aquilo que nossos olhos podem ver, mas pelos olhos da fé na promessa do Deus que “nos dá maior graça”. (2011, p. 67)
- As pessoas em conflito devem começar por Deus, pois na essência dos problemas de relacionamento encontra-se um relacionamento abalado com Deus. (2011, p. 68)
- Deus é fonte de graça, auxílio, provisão, sabedoria, força e perdão. (2011, p. 68)
- A arrogância é o motor dos nossos conflitos. Eu preciso provar que a minha causa é justa. Preciso ganhar e você perder. (2011, p. 69)
- O arrependimento envolve uma série de mudanças no coração. O arrependimento é um chamado para que nos acheguemos a Deus. Achegar-se a Deus significa cultivar de forma ativa e deliberada uma comunhão com ele, e não com o mundo. (2011, p. 70)
- Nós devemos colocar um fim nas coisas que levam à morte e matar, purificar e nos desvencilharmos de pecados concretos e específicos. (2011, p. 71)
- Tiago nos guia ao longo do caminho para o arrependimento verdadeiro, gerado pelo evangelho. Ele finca as raízes do arrependimento na abundante graça de Deus para com os humildes. Ele torna doce o arrependimento ao falar das promessas de Deus. Ele trata de questões que afetam tanto as mãos quanto o coração, tanto nossas ações quanto nossas motivações. (2011, p. 71)
- Devemos compreender que os conflitos em que as pessoas estão envolvidas são conflitos que elas trazem dentro de si mesmas – conflitos que dominam seus corações, conflitos relacionados a desejos, exigências e ídolos. Todas essas coisas são fortalezas inexpugnáveis, que só poderemos conquistar por meio do evangelho de Jesus Cristo. (2011, p. 72)
CAPÍTULO 4 – A GLÓRIA DE DEUS NO CONFLITO
- Dimensão vertical da pacificação, observando quem é Deus como um Deus reconciliador. (2011, p. 73)
- Qual é a sua atitude diante de um conflito que diz respeito ao seu ministério? Você vê a pacificação como uma característica fundamental do chamado pastoral? Já se pegou murmurando acerca de conflitos na igreja, como se fossem desvios irritantes que afastam você do seu “real chamado”? (2011, p. 74)
- A criação começa com o Deus da paz. Deus, por natureza, é radicalmente pessoal e radicalmente relacional. (2011, p. 75)
- Como um atributo divino, a paz é uma realidade fundamental. O conflito, o pecado, a desordem e a confusão são aberrações que afetam a criação de Deus, que é boa. Mas quando Cristo voltar, assim como a criação começou em paz, a paz reinará novamente. (2011, p. 76)
- A Escritura nos diz que Deus ordena o conflito para seus propósitos de redenção. (2011, p. 77)
- O conflito testa nossa verdadeira teologia. Ele nos testa e sonda nossos corações, revelando aquilo em que nós realmente cremos e a que nos prendemos. (2011, p. 78)
- Aprender a ver o conflito pelos olhos de Deus, sempre cientes de como ele o está usando para nos tornar mais maduros e firmes em nossa fé. (2011, p. 79)
- As Escrituras ensinam que o conflito não é um empecilho, e sim uma oportunidade de glorificar a Deus e ver sua sabedoria e seu poder em ação, trazendo a paz, a virtude e a reconciliação. (2011, p. 79)
- O objetivo de Deus, em cada sermão que pregamos, em cada palavra que aconselhamos, é reconciliar as pessoas com ele, para que possam viver em paz. (2011, p. 80)
- A pacificação é inteiramente bíblica como realidade e ordem. (2011, p. 81)
- Deus se descreve como compassivo, gracioso, tardio em irar-se, abundante em amor e fidelidade, que usa de bondade com milhares e perdoa a maldade, a transgressão e o pecado. (2011, p. 85)
- A pacificação é a materialização do ministério pastoral assim como Cristo é a personificação (encarnação) do Deus da paz. Por palavras e ações, cada momento da vida de um pastor é um momento em que ele chama outros a se reconciliarem com Deus. (2011, p. 89)
- A tentação de desistir em face da oposição ou de sucumbir ao cinismo em face do pecado perpétuo está sempre presente. Mas o cinismo é apenas sinônimo de uma teologia incorreta: a teologia da descrença. A verdadeira fé, aquela que persevera na pacificação, é a fé cujos olhos estão voltados e fixados em Deus. (2011, p. 89)
CAPÍTULO 5 – A PACIFICAÇÃO NA FAMÍLIA DE DEUS
- A pacificação bíblica deve servir-se das riquezas da teologia bíblica da redenção, se pretendemos ser pacificadores eficazes e incentivadores da paz. (2011, p. 91)
- Infelizmente, quando o mundo volta seus olhos para a igreja, encontra pouca evidência de que somos filhos de Deus, pois encontra pouca evidência de que somos pacificadores. A igreja parece mais um grupo de órfãos brigando entre si do que um grupo de filhos e filhas que se assentam pacificamente à mesma mesa, a mesa da família de Deus. (2011, p. 91-92)
- O fracasso da igreja na pacificação se deve amplamente ao nosso fracasso, como membros, em acreditar e nos apropriar da verdade bíblica de que a igreja é a família de Deus. (2011, p. 92)
- A pacificação éa característica que define a filiação. De todas as virtudes e ações cristãs, a pacificação é a que mais reflete o que significa ser um filho ou uma filha de Deus. (2011, p. 92)
- Devemos reconhecer o caráter fundamental da filiação, reconhecendo o seu significado não apenas para nossa teologia, mas também para nossa caminhada cristã. (2011, p. 93)
- A filiação tem uma importância imensa na compreensão da vida cristã. (2011, p. 94)
- Imitar a Deus é imitar a Cristo. (2011, p. 101)
- Quando nós, discípulos de Jesus, buscamos a pacificação, refletimos mais o que significa ser filho ou filha de Deus. Pois como nosso Pai celestial e seu glorioso Filho, nós nos gloriamos em ser compassivos, misericordiosos e em perdoar nossos inimigos. (2011, p. 101)
- Jesus Cristo é o único e singular Filho de Deus. Ele é o verdadeiro e obediente Filho de Deus. Ele nos serve de modelo de como um filho de Deus deve ser na vida: gentil, humilde, misericordioso e justo. (2011, p. 102)
- Nosso relacionamento, conforme os ensinamentos de Jesus e dos apóstolos, é um relacionamento de família. A igreja e nossos relacionamentos como uma família (Gl. 6:10; Ef. 2:19; 1 Tm. 3:15; 1 Pd. 4:17; Hb. 3:5-6). (2011, p. 102)
- No início da Carta de 1 Timóteo, Paulo chama afetivamente Timóteo de meu “filho” (1 Tm. 1:2,18). Então, devemos pensar no conselho de Paulo a Timóteo como um conselho de pai. Assim como um pai disciplina e treina seus filhos (Hb. 12:4-7), Paulo também disciplina e treina Timóteo. (2011, p. 103)
- O caráter da igreja como família também fica evidente no ensinamento subsequente de Paulo sobre o caráter e a qualificação necessários para administradores e diáconos. Esses homens são chamados para trazer ordem e governo à igreja. (2011, p. 103)
- Os pastores e líderes da igreja devem ter uma autoridade como a dos pais. (2011, p. 104)
- A passagem de 2 Timóteo 2:24-26 está falando conosco. Deus nos convida a sermos amáveis com todos, aptos para ensinar e não rancorosos com aqueles que se opõem a nós. (2011, p. 104)
- Se a igreja é uma família que tem Deus como Pai, e se somos irmãs e irmãos uns dos outros, então nossos conflitos uns com os outros são conflitos familiares (Mt. 5:22-24). (2011, p. 105)
- Quando celebramos a Ceia, encorajamos quaisquer cristãos que estejam recusando a se reconciliar com algum irmão que deixem de participar da Ceia e procurem imediatamente esse irmão, após o culto, e busquem se reconciliar. (2011, p. 106)
- Seu foco não está simplesmente em alguém que peca e é confrontado, mas em como restaurar nosso irmão desobediente no contexto da família do Pai. (2011, p. 106)
- Todos esses esforços de pacificação são feitos sob a benção, sabedoria, força e imitação de nosso Pai Celestial. (2011, p. 107)
- A filiação remodela a percepção que a pessoa tem da outra pessoa envolvida no conflito. A filiação motiva as pessoas em conflito, a reorientar seu foco na direção de Deus e para longe de si mesmas. (2011, p. 108-109)
- A igreja cristã sofre de falta de credibilidade em seu testemunho de Cristo quando mostra ao mundo sua impotência em resolver conflitos. Como podemos afirmar que o evangelho é o poder de Deus para a salvação de todos, quando nós frequentemente fracassamos em viver de acordo com seu poder redentor, mostrando-nos incapazes de conviver em harmonia? (2011, p. 110)
CAPÍTULO 6 – CONFESSANDO NOSSOS PECADOS UNS PARA OS OUTROS
- Pessoas em conflito se deixam facilmente cegar por atitudes e ações pecaminosas que obstruem sua visão. Impossibilitadas de verem as coisas como realmente são, elas se sentem justificadas naquilo que dizem e fazem aos outros. Não é de admirar que, em vez de buscar a reconciliação, essas pessoas, cegas pra seus atos, continuem a brigar, a culpar o outro e a lançar acusações. (2011, p. 111)
- Os pastores são chamados para a sutil habilidade e a delicada prática de ajudar irmãos e irmãs a remover as vendas de seus olhos, permitindo com isso que eles vejam a necessidade de confessar seu próprio pecado e conceder o perdão. (2011, p. 111)
- O alinhavar da reconciliação é feito por meio do processo de confissão e perdão. (2011, p. 112)
- O momento decisivo de uma mediação acontece quando uma das partes começa a se arrepender com sinceridade de coração. (2011, p. 112)
- O arrependimento verdadeiro é uma graça salvadora. (2011, p. 113)
- Um espírito arrependido e quebrantado que, segundo Deus, é o melhor e mais aceitável sacrifício. (2011, p. 113)
- O remorso resulta de temer ao homem, enquanto o arrependimento resulta de temer a Deus. (2011, p. 114)
- O verdadeiro arrependimento se arrepende da raiz do pecado – do pecado em nossos corações, e não apenas da manifestação externa de nosso pecado. (2011, p. 115)
- O arrependimento sincero transforma uma pessoa em um evangelista, um pacificador, um verdadeiro irmão no Senhor que ajuda outros irmãos quando eles pecam. (2011, p. 116)
- A raiva me leva ao modo imprudente como acuso alguém. Meus medos me convencem a ignorar os pedidos dessa pessoa de nos encontrarmos para conversar sobre isso. Minha ansiedade me leva a tomar o controle, coagir ou fugir. (2011, p. 117)
- Deus está no conflito, ele é soberano e reinará através do conflito. É Deus quem irá nos reconciliar e nos transformar. Essa grande verdade é motivo para nos alegrarmos, e não para nos desesperarmos. (2011, p. 119)
- O conflito gera insensibilidade. As ofensas nos deixam furiosos. Em meio ao conflito, tendemos a ficar irritados e ofendidos com os outros. Falamos sem pensar, demoramos a escutar e ficamos com raiva com facilidade, utilizamos nossas línguas como espadas imprudentes e passamos por cima das pessoas. Não deveria nos admirar, portanto, o fato de que Paulo aconselhe aqueles em conflito a serem gentis e bondosos. (2011, p. 120)
- Ironicamente, a pessoa que vai se confessar diante do outro também costuma subverter a própria intenção de se confessar, utilizando um tom de voz acusatório ou fazendo um pedido de perdão não verdadeiro. (2011, p. 122)
- Considero os sete pontos da confissão, elaborados por Ken Sande: 1. Dirija-se a todos os envolvidos; 2. Evite dizer se, mas e talvez; 3. Admita de forma específica; 4. Aceite as consequências; 5. Mude seu comportamento; 6. Peça perdão; 7. Dê tempo ao tempo. (2011, p. 123-127)
- O pecado não afeta somente a pessoa que ofendemos diretamente, mas também outras pessoas indiretamente envolvidas no conflito. Precisamos nos dirigir a todos os envolvidos: a Deus, à pessoa a qual ofendemos e aos que presenciaram tudo. (2011, p. 123-124)
- Confissões genéricas fazem parecer à parte ofendida que o ofensor não percebe a gravidade de sua ofensa. Ao confessar de forma honesta e específica, estamos informando a parte da qual buscamos perdão que reconhecemos a gravidade de nossa ofensa e o modo como pecamos contra ela e a machucamos. (2011, p. 125)
- Precisamos mudar nosso comportamento. Devemos colocar nossa confissão em ação, substituindo hábitos pecaminosos por hábitos piedosos, como Paulo diz em Efésios 4:31-32. (2011, p. 127)
- Uma confissão adequada precisa incluir um pedido sincero de perdão. (2011, p. 127)
- Diante de Deus, é minha responsabilidade confessar o meu pecado, enquanto a responsabilidade dele é perdoar. (2011, p. 128)
CAPÍTULO 7 – CONCEDENDO O PERDÃO VERDADEIRO
- Tolerar o pecado é antes de tudo julgar que a pessoa realmente cometeu um dano moral. O pecado cometido for julgado por aquilo que é: uma ofensa contra Deus e contra o próximo. (2011, p. 131)
- A santificação é uma transformação progressiva. (2011, p. 131)
- Deixar passar uma ofensa é uma expressão de justiça da parte de um pacificador, se a ofensa não for séria (Pv. 19:11; 12:16). (2011, p. 132)
- Em vez de adotar uma mentalidade corporativista que deixa passar as ofensas e falhas de nossos colegas líderes, nós deveríamos ser os mais abertos a críticas. (2011, p. 133)
- O dinheiro roubado da igreja foi resultado de uma necessidade física ou de um desejo de satisfazer algum prazer (Pv. 6:30-32)? Em outros casos, a motivação do pecado deve ser considerada.Ele foi cometido por ignorância ou com conhecimento da letra expressa da lei? (2011, p. 134)
- A ofensa é um pecado persistente, um pecado habitual ou resultado de dependência de um pecado em particular? (2011, p. 136)
- O perdão é um dos atos principais pelos quais Deus expressa a grandeza de sua glória (Ex. 34:7), e é a condição necessária da expiação de Cristo (Hb. 9:22). O único artigo na Oração do Pai Nosso ao qual Jesus acrescenta explicações é sobre o perdão (Mt. 6:12-14). O perdão é a base da nova aliança (Jr. 31:34; Hb. 8:12) e o próprio motivo das orações de Jesus e de Estevão por aqueles que os perseguiam (Lc. 23:34; At. 7:60). É a promessa que acompanha o chamado ao arrependimento e ao batismo (At. 2:38). (2011, p. 137)
- Em qualquer tipo de processo de pacificação, como a negociação, mediação ou a própria disciplina eclesiástica, o perdão divino deve ser constantemente ensinado e praticado, pois ele é absolutamente crucial para uma reconciliação verdadeira e duradoura entre as partes em conflito. (2011, p. 138)
- Vozes dominantes no evangelicalismo involuntariamente incentivam este tipo de crítica ao tratar o perdão cristão como uma forma de terapia de autoajuda. Elas enxergam o perdão não pelas lentes bíblicas de uma teologia centrada na reconciliação em Cristo, mas pela lente terapêutica do bem-estar psicológico de uma pessoa. Essa lente terapêutica coloca a pessoa, e não Deus, no centro do palco da reconciliação. (2011, p. 140)
- A forma terapêutica do perdão não apenas se limita tipicamente ao contexto do indivíduo, mas também minimiza a natureza do pecado. (2011, p. 141)
- O mais perturbador é que essa visão secular e terapêutica do perdão está sendo integrada à visão bíblica do perdão na igreja, se não a suplantando. (2011, p. 142)
- Jesus sempre leva o pecado a sério, como fica especialmente evidente em Mateus 18. (2011, p. 143)
- Ao introduzir seus ensinamentos sobre reconciliação e perdão com esse aviso contra o pecado e suas terríveis consequências, Jesus não nos permitiria ser tolerante com o perverso ou ser indiferente às preocupações do ofendido. O verdadeiro perdão não é desculpar ou ignorar o mal. Pelo contrário, o perdão bíblico, perdoar como Deus perdoa, é reconhecer a grave natureza do pecado em toda a sua depravação moral. (2011, p. 144)
- O perdão verdadeiro reconhece Deus como seu Criador, como Senhor sobre o perdão e como aquele que o concede, e sendo assim, busca agir de acordo com sua perfeita vontade. (2011, p. 145)
- Somos na essência da nossa identidade amantes de pessoas e restauradores de relacionamentos rompidos. Nós somos de fato guardiões do nosso irmão. (2011, p. 146)
- O perdão é teologia. Uma teologia construída tendo Deus como centro. (2011, p. 146)
- Nós perdoamos porque Deus nos perdoou primeiro. O perdão, então, diz respeito primeiramente e principalmente a Deus, pois sem Deus não existe perdão. (2011, p. 147)
- Como pastores pacificadores, devemos regularmente relembrar nossas ovelhas de que o perdão diz respeito primeiramente e principalmente a Deus. O perdão é possível quando o Espírito Santo trabalha em nosso coração, direcionando nossa fé para a pessoa e obra de Cristo, para a glória de Deus nosso Pai, que nos perdoou e nos adotou como filhos. (2011, p. 148)
- Perdoar para Deus significa que ele promete nos libertar de um débito e nos abençoar. (2011, p. 149)
- As quatro promessas-chave do perdão são as seguintes: eu não irei pensar sobre esse incidente; eu não irei trazê-lo à tona e usá-lo contra a outra parte envolvida; eu não irei conversar com outras pessoas sobre esse incidente; eu não irei permitir que esse incidente fique entre nós e atrapalhe nosso relacionamento pessoal. (2011, p. 151)
- À semelhança de nosso Senhor, não devemos nos deixar vencer pelo mal cometido por nosso ofensor, mas devemos vencer o mal com o bem (Rm. 12:21), demonstrando bondade, tolerância e paciência (Rm. 2:4). E devemos continuar a falar a verdade em amor, na esperança de que Deus trará arrependimento ao coração do ofensor e o levará a confessar seu pecado e a pedir o nosso perdão. (2011, p. 152)
- Em Lucas 17:3, Jesus instrui: “e se teu irmão pecar, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe”. Note o padrão que ele descreve: pecar, repreender; se arrepender, perdoar. (2011, p. 153)
- Como líderes da igreja, nosso chamado ao ministério da reconciliação na comunidade dos perdoados abrange todo um complexo de graças. O perdão não é uma ferramenta ou uma habilidade, mas um hábito sagrado a ser praticado em conjunto com outras graças: adoração, sacramentos, oração e disciplina. (2011, p. 154)
CAPÍTULO 8 – BUSCANDO O INTERESSE DOS OUTROS
- A confissão e o perdão são fundamentais para a reconciliação bíblica. (2011, p. 155)
- Conflitos giram em torno de pessoas antes de girarem em torno de problemas. (2011, p. 155)
- Os pastores pacificadores que são sábios antecipam o surgimento de conflitos em torno desses tipos de questões e, portanto, buscam evitá-los treinando seus líderes e os membros da igreja para negociar de um modo que cumpra um dos primeiros chamados do evangelho: o chamado para buscar os interesses dos outros (Fp. 2:3-4). (2011, p. 155)
- Negociar é deliberar com outra pessoa sobre uma questão de interesse comum a fim de chegar a um acordo. Enquanto as questões pessoais são tratadas com a confissão e o perdão, conduzindo a uma reconciliação, questões reais (ou materiais), são tratadas com deliberação e consenso (ou negociação), conduzindo a um acordo entre as partes. (2011, p. 156)
- A negociação competitiva é simplesmente um cabo de guerra no qual você agressivamente busca seus próprios interesses e deixa que os outros se preocupem com os deles. E algumas vezes classificada como uma negociação em que uma parte ganha e a outra perde. As pessoas que sempre têm que ter a última palavra negociam dessa forma. (2011, p. 157)
- A negociação cooperativa é uma parceria na qual você deliberadamente busca soluções que sejam benéficas para todos os envolvidos. Nós chamamos essa abordagem de estilo ganha-ganha de negociação. (2011, p. 158)
- Como cristãos devemos desenvolver um método de negociação baseado na Bíblia e teologicamente sólido, alicerçado na realidade de Deus, em sua lei moral e no evangelho de Cristo e que seja ensinado e praticado no contexto da igreja cristã. (2011, p. 159)
- A negociação bíblica se preocupava não apenas com os interesses dos outros, mas também com os interesses de Deus, buscando combinar a verdade da Palavra de Deus, a sede de Deus por justiça e misericórdia, e a fome de Deus por sabedoria. (2011, p. 159)
- O amor tira nossa atenção de nossos próprios interesses e direciona para os interesses dos outros. (2011, p. 160)
- A Bíblia está repleta de conselhos para pesarmos nossos caminhos e planejarmos a fim de fazer o bem (Pv. 14:8, 15, 22; Is. 32:8). (2011, p. 161)
- A Escritura nos convida a amar os outros de um modo específico: como irmãos e irmãs em Cristo. (2011, p. 163)
- ... levá-los a verem seus objetivos e laços comuns como crentes e a fonte comum de auxílio e sabedoria em Cristo (Mt. 7:7-12; Ef. 4:1-6; Cl. 3:8-17; Tg. 1:5; 1 Pd. 3:8). (2011, p. 164)
- Três níveis de uma disputa: questões, posições e interesses. (2011, p. 165)
- Como pastor pacificador que ensina a negociação, você deve convidar as pessoas a serem sábias conselheiras, discernindo os interesses do coração. (2011, p. 166)
- Os interesses são suas preocupações, desejos, expectativas, limitações, valores e assim por diante. Ensinar as pessoas a negociarem é ajudá-las a entender os verdadeiros interesses que estão motivando a outra parte. (2011, p. 166)
- O pacificador precisa descobrir valores em comum com os quais ambos os envolvidos no conflito podem concordar. (2011, p. 167)
- Por forma objetiva queremos dizer que as opções devem ser avaliadas com base em fatos por meio de padrões de julgamento imparciais, tais como: padrões bíblicos de justiça, padrões que sejam legítimos para ambos os lados. (2011, p. 169)
- A negociação bíblica busca os interesses dosoutros. (2011, p. 169)
- Existem duas razões ou ocasiões principais que motivam uma pessoa a apelar a outra para reconsiderar sua decisão: 1. O apelo é necessário para que alguém, superior a essa pessoa, possa fazer uma decisão sábia baseada em informações precisas ou novas. 2. A pessoa fez uma promessa a alguém e as circunstâncias são tais que a própria pessoa ou aqueles a quem representa sofreriam muito ou seriam levados a infringir a lei de Deus se a pessoa tentasse manter essa promessa. (2011, p. 170)
- Aqueles que estão em posição de autoridade devem se colocar no lugar de seus subordinados, tentando entender seus interesses e tendo empatia por seus desafios, medos e preocupações. (2011, p. 171)
- A postura de estar aberto a apelos respeitosos não nos torna sujeitos aos caprichos das pessoas, mas comunica a elas que estamos dispostos a ser um líder-servo. (2011, p. 171)
- Na negociação você eventualmente encontrará pessoas que se recusam com convicção a negociar ou até mesmo a falar com você. Elas se recusam a confessar seu pecado ou a responder a seus apelos. (2011, p. 173)
- Passagens (1 Pedro 2:18-25; Romanos 12:14-21) que orientaram nossa discussão sobre sofrer injustamente e como reagir em situações difíceis diante de pessoas difíceis e abusivas. (2011, p. 173)
- Negociar questões controvertidas, buscar o interesse dos outros e lidar com pessoas difíceis são coisas de que não se pode escapar neste mundo. Todos nós “negociamos” algo, em algum momento da vida. (2011, p. 175)
CAPÍTULO 9 – O PASTOR COM MEDIADOR
- A mediação trata sobre ser um mediador, um mediador orientado pela Bíblia, centrado na igreja e cujas raízes estão em Cristo. (2011, p. 177)
- Seu coração consegue ouvir o chamado imperativo para uma vida vigorosa como pacificadores; o chamado imperativo para procurar cuidadosamente fazer tudo o que leva a paz, para que tenhamos paz entre nós, para procurar viver em paz com todos? (2011, p. 178)
- De Gênesis 3 a Apocalipse 21, a Bíblia é um livro repleto de conflitos, do homem contra Deus, de Deus contra o homem, do homem contra o homem. A história da redenção é uma história de reconciliação, de uma reconciliação que tem tudo a ver com pacificação assistida. (2011, p. 178)
- O Messias é nosso Mediador em todas as disputas. Ele é o Príncipe da Paz que traz paz para um mundo em conflito. A mediação é a história da Bíblia. (2011, p. 179)
- O conflito está em toda a parte. Ele atinge até o apóstolo Paulo quando ele e Barnabé discutem sobre a adequação de Marcos para o ministério. (2011, p. 179)
- A história da redenção é uma história de conflito e reconciliação. (2011, p. 179)
- A reconciliação bíblica se passa num cenário de almas sombrias, faces avermelhadas, vozes alteradas, ira avassaladora, paixões exacerbadas, vingança e sangue. (2011, p. 180)
- A história da morte substitutiva e reconciliadora de Cristo é o drama supremo da pacificação bíblica. (2011, p. 181)
- Somos enviados como embaixadores da reconciliação e da paz (2 Co. 5:18-21). Pastorear é pacificar. Pastorear é mediar. Pregar é pacificar. Orar é pacificar. Ministrar os sacramentos é pacificar. Liderar é pacificar. Disciplinar é pacificar. Tudo que diz respeito ao pastorado é pacificar. (2011, p. 181)
- Em suas epístolas, Paulo escreve como um pastor que escreve para pessoas envolvidas em um conflito. Suas cartas eram o conselho de um mediador para pessoas que precisavam se reconciliar, um conselho permeado pelo evangelho da paz. (2011, p. 182)
- Desde o início, as cartas repletas de conselhos escritas por Paulo tratam da obra reconciliadora de Deus. Paulo termina suas cartas do mesmo modo. Ele frequentemente encerra suas cartas abençoando as igrejas com a expressão “o Deus da paz” (Rm. 15:33; 16:20; 2 Co. 13:11; Fp. 4:7-9; 1 Ts. 5:23; 2 Ts. 3:16). (2011, p. 183)
- Os coríntios estavam cegos para as suas “lealdades denominacionais” e seu caráter mundano, dos quais a inveja e as discussões que os afligiam eram meras evidências. Estavam cegos às suas falhas no exercício da disciplina, permitindo que o incesto no meio deles corresse à solta. E também estavam cegos para a grosseira anomalia de um irmão levar o outro aos tribunais seculares. (2011, p. 183-184)
- Como pastores mediadores, a primeira lição que aprendemos com os coríntios é que os mediadores são pessoas chamadas para trabalhar com os cegos, para guiá-los para fora da escuridão que obscurece a sua visão. (2011, p. 184)
- As cartas de Paulo são cartas de pacificação em que as próprias palavras fluem da sabedoria e da experiência de um experiente co-mediador, que sempre nos aponta para o Mediador maior, Jesus Cristo. (2011, p. 185)
- As cartas de Paulo, particularmente as cartas para a igreja de Corinto, são endereçadas a pessoas que incluem os inimigos do apóstolo. (2011, p. 185)
- Como pastores, devemos ver como todo esse discurso sobre pacificação e mediação, sobre ajudar pessoas em conflito, nos mostra que o conflito proporciona uma grande oportunidade para que falemos de novo do evangelho e possamos ouvi-lo de forma diferente. (2011, p. 187)
- Outra maneira pela qual Paulo media as discussões dos coríntios através do evangelho é mostrando-lhes como o evangelho nos torna humildes. Não é uma simplificação dizer que os conflitos são caudados pelo orgulho. (2011, p. 188)
- Enquanto cada um ficava se vangloriando de seu próprio líder, sou de Apolo, sou de Pedro, sou de Paulo, o apóstolo volta os olhos deles para o Salvador, Senhor e Mediador de todos eles, aquele em quem viviam, se moviam e existiam. (2011, p. 188)
- Como Paulo media uma disputa entre irmãos? Ele rapidamente busca desfazer a briga ao fazer com que as pessoas em conflito despertem para o fato de quem elas são. Elas não são inimigas, são irmãs em Cristo. (2011, p. 190)
- Cristo é nossa paz, nosso Mediador, que media nossos inúmeros conflitos e nos torna um em Cristo. Que imenso privilégio, portanto, cabe a nós, pastores, que devemos levar essa palavra de reconciliação para o meio de um conflito e, pela força misteriosa do evangelho, ver vidas transformadas, relacionamentos reconciliados, e laços de união fortalecidos. (2011, p. 191)
CAPÍTULO 10 – MEDIAÇÃO E ARBRITRAGEM
- A mediação e arbitragem são simplesmente uma extensão das diversas maneiras pelas quais ajudamos pessoas a solucionarem seus conflitos. (2011, p. 193)
- Quando examinamos as Escrituras toda e aprendemos que entre os “pecados relacionados ao dinheiro” não se inclui apenas o fato de deixar de dar o dízimo. Eles incluem também deixar de pagar o cartão de crédito ou suas dívidas aos credores, bem como deixar de cumprir as promessas, juramentos e contratos feitos em negócios. (2011, p. 195)
- Não temos consciência de como nem porque Cristo designou a igreja para o seu papel singular de solucionar conflitos entre os fiéis e de ser luz para o mundo. (2011, p. 195)
- Da mesma forma que a igreja abandonou o aconselhamento pastoral, passando-o para a jurisdição da psicologia moderna e para o movimento de aconselhamento, ela também abandonou seu papel de direito e jurisdição sobre as disputas civis entre cristãos. (2011, p. 196)
- Ele ordena que a igreja tenha um tribunal e um processo próprio para solucionar os conflitos que surgem entre a família de Deus. (2011, p. 197)
- Mateus 18 e 1 Coríntios 6 não são meras sugestões ou alternativas, mas sim mandatos divinos. Não temos outra opção a não ser obedecer a Deus e nos dedicar como pastores a ser treinados e a treinar e preparar nossos membros para resgatar o verdadeiro ministério da reconciliação, que nos foi dado graciosamente pelo Senhor para nosso bem e para sua glória. (2011, p. 198)
- Paulo instrui a igreja de Filipo a ajudar Evódia e Síntique a que “entrem em acordo no Senhor”. Isto é, Paulo invoca uma pacificação assistida, pede que um mediador “as ajude” a se entenderem (Fp. 4:2-3). (2011, p. 199)
- A mediação é parte da agenda pastoral. (2011, p. 200)
- Grande parte desse aconselhamento foi moldada por minha decisão de apontar para o evangelho por muitas vezes, aplicando suas verdadescentrais a aspectos particulares do conflito ao logo de todo o processo. (2011, p. 201)
- Cristo nos deu a igreja (1 Tm. 3:5; 5:17), com presbíteros devidamente indicados, como o contexto específico para solucionar nossos conflitos, para restaurar a paz e a justiça, e para produzir os doces frutos da reconciliação (Mt. 18:15-20; Lc. 17:1-10; 1 Co. 6:1-8; Ef. 3:10; 1 Ts. 5:12-13; 1 Tm. 3:1-8; 5:17; Hb. 13:17). (2011, p. 201)
- A mediação é o processo pelo qual duas partes em conflito chamam um terceiro para ajudá-las a chegar a um acordo que solucione esse conflito. A palavra-chave aqui é ajudar. Mediadores cristãos na verdade ajudam a dar forma a um acordo final, ao ministrar às partes sábio aconselhamento bíblico. (2011, p. 202)
- Na igreja, os mediadores serão sempre o pastor e os líderes. (2011, p. 202)
- Mediadores auxiliam as partes em litígio de várias formas. Eles em geral são chamados para ajudar a encorajar as partes relutantes a aceitar um processo de mediação. Mediadores proporcionam às partes em conflito um novo grau de objetividade que elas perderam ao longo da disputa. Mediadores ajudam as partes em conflito ao abrir um canal de comunicação, esclarecer tópicos que estão confusos e ao melhorar a compreensão geral que cada parte tem do problema. (2011, p. 202-203)
- Há três objetivos específicos que o mediador precisa batalhar para alcançar: satisfação com o processo em si (1 Co. 14:40); satisfação pessoal (Mt. 7:12); satisfação com o produto da mediação (Pv. 28:5). (2011, p. 203)
- Cabe a você assegurar-se de que as partes claramente entendam o que envolve o processo de mediação, de que o processo em si transcorra com ordem e respeito, e que as partes sejam tratadas com igualdade (1 Co. 14:40). (2011, p. 203)
- O mediador age como um juiz, pedindo que as partes digam a verdade em amor e gentilmente repreendendo aquele que quebrar as regras básicas ao depor. (2011, p. 204)
- Em geral, o processo de mediação pode ser dividido em três fases: 1. A fase anterior à mediação (que envolve trazer as partes para a mediação); 2. A fase da mediação em si (que envolve a solução do conflito); 3. A fase posterior à mediação (que envolve assegurar a durabilidade, o cumprimento do acordo). (2011, p. 205)
- O benefício primordial da mediação, tanto para pastores quanto par aas partes envolvidas, está no fato de que conseguem alcançar uma nova visão da sabedoria e do poder do evangelho. O pecado de cada um, a santidade de Deus, a expiação de Cristo, a igreja como família, e sua própria participação no processo como pacificadores renova sua fé na realidade e relevância do evangelho. (2011, p. 206)
- Há muito trabalho a ser feito nessa área de arbitragem se quisermos ser obedientes a Deus e à sua Palavra, e pastorear seu povo com fidelidade. (2011, p. 207)
- As nossas igrejas são conhecidas na comunidade em que estão inseridas como locais de mediação e arbitragem de conflitos? (2011, p. 208)
- O fato de que tais contendas e discórdias existam entre irmãos é a acusação final que Paulo faz aos coríntios. Sus ações vão contra a própria natureza da igreja como família de Deus. (2011, p. 208)
- Que possamos recuperar a mesma paixão que Paulo tinha por Cristo e por sua igreja e, pela graça de Deus, busquemos instituir as políticas e práticas necessárias para solucionar nossos próprios conflitos por meio da mediação e da arbitragem. (2011, p. 209)
- A arbitragem é um processo pelo qual as partes concordam em relatar seu conflito a uma ou mais pessoas, a quem atribuíram autoridade para chegar a uma decisão final sobre a questão. (2011, p. 209)
- Quanto a mim, cresci na compreensão de como pastorear minhas ovelhas “onde quer que elas se encontrem”, nos detalhes muitas vezes confusos, mas de vital importância de suas vidas, encorajando-as a honrarem sua palavra, seus contratos, a confessarem seus pecados, a perdoar o outro e a glorificar a Deus. (2011, p. 210-211)
- Mediação e arbitragem são duas das principais formas de ajudar as pessoas da igreja a se reconciliarem. (2011, p. 211)
CAPÍTULO 11 – PRINCÍPIOS DE DISCIPLINA NA IGREJA
- Mediação e arbitragem são formas de ajudar as pessoas a fazerem as pazes entre si. Disciplina na igreja é outra forma possível de ajudar as partes em conflito a se reconciliarem. Mediação soa como pacificação, mas disciplina eclesiástica soa como punição. Reconciliação é um termo que parece amigável aos olhos das pessoas, mas disciplina não. (2011, p. 213)
- Não pensamos na disciplina como um aspecto normal da vida cristã, como uma síntese de uma vida cristã disciplinada composta de autodisciplina, constante e frequente encorajamento, admoestações, exortações, oração, pregação, ouvir a Palavra de Deus, arrepender-se, buscar a santidade e assim por diante. (2011, p. 214)
- Estamos todos sob disciplina, pois todo aquele que está em Cristo é um discípulo de Cristo, e discípulos são simplesmente pessoas que andam sob disciplina. (2011, p. 215)
- Como a igreja historicamente tratou essa área do ministério pastoral? Os reformadores deram um grande folego à retomada da disciplina na igreja. Para eles, a disciplina era uma questão de grande importância. (2011, p. 216)
- “Há três coisas sobre as quais a segurança da igreja se baseia e se sustenta: a doutrina, a disciplina e os sacramentos”. A disciplina para Calvino é um aspecto vital da verdadeira igreja. (2011, p. 218)
- Resgatar uma visão bíblica de igreja e da disciplina como um aspecto que nutre a igreja. (2011, p. 220)
- É esse Cristo ressuscitado que envia seus discípulos para discipular as nações. Discípulos são pessoas que vivem sob a disciplina de Cristo, do mesmo modo que o próprio Cristo vivia sob a disciplina do Pai durante sua jornada por este mundo. (2011, p. 221)
- À medida que procuramos ser discípulos de Cristo e obedecer ao “ide e fazei discípulos”, será um grande encorajamento para nós e algo que persuadirá os que nos ouvem se formos fiéis em lembrar e comunicar a essência do que significa o fato de Cristo ser nosso Senhor. (2011, p. 221)
- O batismo é a identificação de que somos um discípulo, alguém que vive sob a disciplina de Cristo. (2011, p. 222)
- Cristo, o Senhor, na Grande Comissão também disse a seus discípulos para que ensinassem os novos discípulos a obedecerem tudo que lhes havia ordenado. O ministério da Palavra é o principal meio de graça, seja ele ministrado comunitariamente (pela pregação e pelo ensino), em grupos (pelo estudo bíblico em grupos ou nos lares), ou mesmo individualmente. (2011, p. 222)
- Nós ensinamos e repreendemos; nós encorajamos e exortamos; nós corrigimos e instruímos. Todas essas atividades fazem parte do ministério de nutrir as pessoas com a Palavra e tem relação com a prática da disciplina. (2011, p. 223)
- A graça nos ensina a ter disciplina. Disciplina é mais do que uma questão individual. É uma questão comunitária que envolve todo o corpo de Cristo. Ensinar é disciplinar. O discipulado é a disciplina da igreja. (2011, p. 224)
- A disciplina na verdade começa pelas obrigações pastorais comuns de discipular o povo de Deus por meio da pregação, do ensino, do aconselhamento e do preparo dos santos (Ef. 4:11-13; Fp. 4:9; Cl. 3:16; 1 Tm. 4:13-16; 2 Tm. 3:16-4:2; Tt. 2:1-3:11). (2011, p. 224)
- É no contexto do discipulado que devemos começar a ensinar as pessoas acerca da disciplina, pois discipulado significa simplesmente aprender a se tornar disciplinado nas graças de nosso Senhor Jesus Cristo. (2011, p. 226)
- A igreja exerce disciplina para honrar a Deus e a sua glória. (2011, p. 231)
- A igreja exerce as chaves do reino em prol da pureza, ou da sagrada saúde da igreja. (2011, p. 232)
- O propósito da disciplina é salvaguardar a doutrina da igreja, seus sacramentos e nossa vida no corpo de Cristo. (2011, p. 232)
- A igreja exerce as chaves do reino com a intenção de restaurar o irmão pecador. (2011, p. 233)
- Disciplinar é amar um irmão o bastante para não deixá-lo no pecado nem entregá-lo à miséria de sua escravidão. (2011, p. 233)
- A igreja de Cristo é o corpo formado pelos discípulosde Cristo. Discípulos são pessoas que vivem sob disciplina. (2011, p. 233)
CAPÍTULO 12 – PRÁTICAS DE DISCIPLINA NA IGREJA
- A humildade de coração é a atitude fundamental que devemos demonstrar em todas as nossas interações com os membros da igreja e especialmente nos muitos e diversos modos como disciplinamos as pessoas. (2011, p. 236)
- Irar-se, amaldiçoar, cobiçar, quebrar promessas feitas e fazer juramentos repletos de lacunas são todos pecados que pedem por disciplina. (2011, p. 238-239)
- Pastorear significa não apenas cuidar e nutrir, mas também liderar (direcionar o rebanho ao pasto), proteger (proteger de lobos), e disciplinar. A vara do pastor tem o significado tanto de proteção quanto de correção, afasta os lobos e traz de volta as ovelhas desgarradas. (2011, p. 240)
- Deus, agora ensina seus discípulos como pastorear, ele ensina o que significa prover, proteger, cuidar, nutrir e disciplinar seu povo. Significa ir atrás dos perdidos. Significa regozijar no difícil trabalho de restauração do pecador. (2011, p. 241)
- Um modo pelo qual administramos nossas casas é discipulando nossos filhos. (2011, p. 243)
- Deixar de disciplinar é sinal de ódio. (2011, p. 245)
- Disciplina traz tensão para os relacionamentos. (2011, p. 246)
- Pastores sábios manejam a Palavra de Deus com sabedoria e de forma apropriada. Eles utilizam-na para ensinar aqueles que precisam de instrução, para repreender aqueles que estão presos nas cadeias do pecado, para corrigir aqueles que se equivocam facilmente e para treinar os imaturos. (2011, p. 246)
- Pastores são pais e pais disciplinam seus filhos com sabedoria. (2011, p. 248)
- A restauração de um irmão em Cristo é um processo, e um processo lento por sinal. (2011, p. 249)
- Em 2 Tessalonicenses, quando trata de como a igreja deve censurar uma pessoa, Paulo fala não apenas com os presbíteros, mas também com todo o corpo de Cristo em Tessalônica, exortando-os para que observem atentamente quem não está obedecendo às instruções dos apóstolos. Ele diz a toda a igreja para que se afaste e não tenha contato com tais membros, para que eles possam sentir-se envergonhados e se arrependam (2 Ts. 3:6,14-15). Em 1 Coríntios Paulo convoca toda a assembleia a se reunir e expulsar o homem que estava cometendo incesto (1 Co. 5:4-5,13). (2011, p. 251)
- A censura para depor alguém de um cargo na igreja requer que toda a congregação seja avisada (2 Ts. 3:6-14; 1 Tm. 5:19-20). (2011, p. 253)
- A disciplina incentiva o discipulado. (2011, p. 254)
- Ensinamentos bíblicos claros sobre a disciplina na igreja e a prática pastoral gentil da disciplina não afastam os crentes; pelo contrário, isso atrai pessoas para as igrejas. (2011, p. 255)
CAPÍTULO 13 – EM DIREÇÃO A TORNAR-SE UMA IGREJA PACIFICADORA
- Processos de pacificação assistida: mediação, arbitragem e disciplina eclesiástica. (2011, p. 257)
- Para nos tornarmos igrejas pacificadoras precisamos de pastores pacificadores. E para nos tornarmos pastores pacificadores, primeiro precisamos aprender a sentar como Maria aos pés daquele que é o Príncipe da Paz. (2011, p. 259)
- Na morte existe a vida; na fraqueza, força; no arrependimento, renovação. (2011, p. 259)
- Para que uma igreja se torne uma verdadeira igreja pacificadora, a renovação deve começar no coração de líderes que escutem de uma nova maneira a boa-nova de que nosso Deus é um Deus que ressuscita os mortos, até mesmo pastores mortos. (2011, p. 260)
- João, Paulo, Pedro, Tiago, Judas e o autor de Hebreus todos usam diversos termos de afeto quando falam com seu povo. (2011, p. 262)
- A oração pastoral deve ser moldada pelo evangelho da paz. (2011, p. 263)
- Um dos elementos centrais da adoração é a leitura e pregação da Palavra de Deus (1 Tm. 4:13). (2011, p. 264)
- De acordo com as Escrituras, o conteúdo e o propósito da pregação é declarar o evangelho da paz. (2011, p. 264)
- “Chegando ao coração do conflito” (Tiago 4); “Confissão, perdão e disciplina na igreja” (Mateus 18); “Levar um irmão aos tribunais” (1 Coríntios 6); “A disciplina do Senhor” (Hebreus 12); “A importância da membresia” (Hebreus 13:7). (2011, p. 266)
- A Santa Ceia é outro momento oportuno na vida da igreja para lembrar a congregação da reconciliação que temos com Deus e uns com os outros, por meio do sangue pacificador de Cristo. (2011, p. 267)
- Nossa identidade como comunidade depende e surge de nossa união com Cristo em sua morte e ressurreição. (2011, p. 267)
- Se quisermos ter igrejas pacificadoras, devemos edificá-las tijolo por tijolo, treinando-as nas disciplinas da paz. (2011, p. 268)
- Como nós líderes, tipicamente reagimos ao conflito? Quão bem praticamos a pacificação bíblica? Nós vemos o conflito como uma oportunidade (Tg. 1:2-5)? Temos consciência da ordem bíblica de fazer qualquer esforço como pacificadores (Rm. 14:19; Ef. 4:3; Hb. 12:14; Sl. 34:14; Rm. 12:18; 1 Co. 1:10; Tg. 3:17-18)? (2011, p. 269)
- Adotar a pacificação como um novo estilo de vida não pode ser algo imposto de cima para baixo; é algo que deve ser ensinado e exemplificado primeiramente pelos pastores e líderes da igreja. (2011, p. 271)
- A membresia fornece a pastores uma outra plataforma a partir da qual podem promover o evangelho da paz e extrair suas implicações para a vida no corpo de Cristo. (2011, p. 272)
- A igreja deve restaurar é uma visão bíblica de membresia. (2011, p. 272)
- Ser um membro da aliança, a essência do verdadeiro compromisso de prestarmos contas uns aos outros no corpo de Cristo. (2011, p. 273)
- Cristo chama a igreja a ministrar o batismo, o rito de admissão (Mt. 28:18-20; 1 Co. 12:12-13). Os autores do Novo Testamento identificam as igrejas por seu número de membros e localização. (2011, p. 273)
- Cristo prescreve o processo de disciplina para restaurar um irmão desobediente até o ponto extremo, que significa excluir a pessoa da membresia por um ato formal e judicial de excomunhão (Mt. 18:15-20). (2011, p. 274)
- Os autores do Novo Testamento presumem que os cristãos possam reconhecer os líderes como alguém a quem voluntariamente se submeteram (1 Ts. 5:12-13; Hb. 13:17). (2011, p. 274)
- O primeiro passo que pedimos aos futuros membros é que participem da classe para novos membros que nossa igreja oferece. As lições ministradas na classe para novos membros devem informá-los adequadamente sobre coisas que possam ser características para eles, como a doutrina e a vida na igreja. (2011, p. 275)
- O conflito oferece oportunidades para glorificar a Deus, servir aos outros e crescer para ser como Cristo. (2011, p. 284)
- A pacificação funciona por que Cristo está vivo e ele é a nossa paz. Ele nos faz estarmos em paz; ele perdoa todo o nosso pecado; ele restaura nossas almas; purifica nossos corações; ele substitui hábitos pecaminosos por hábitos sagrados e ele faz de nós um povo, o seu povo, seus filhos e filhas. (2011, p. 287)
- Como líderes da igreja, devemos buscar exercitar a paciência, a bondade, o domínio próprio e a disciplina diante daqueles que se opuserem a nós. (2011, p. 287)
- O uso habitual dos meios comuns de graça, juntamente com políticas específicas e práticas de pacificação são os ingredientes que fazem uma igreja pacificadora. (2011, p. 287)