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SEMINÁRIO-ETIOLOGIA DOS DISTÚRBIOS FUNCIONAIS DO SISTEMA MASTIGATÓRIO

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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURICIO DE NASSAU 
CURSO: BACHARELADO EM ODONTOLOGIA 
DISCIPLINA: DOR OROFACIAL
PROFESSORA: DAYLANA PACHECO DA SILVA
ETIOLOGIA DOS DISTÚRBIOS FUNCIONAIS DO SISTEMA MASTIGATÓRIO
Cândida Talita
Gilciara Naiara
Harnando Carvalho
Joelson Caldas
Karla Danielle 
Acadêmicos:
 ETIOLOGIA DOS DISTÚRBIOS FUNCIONAIS DO SISTEMA MASTIGATÓRIO (CAP. 7)
 
INTRODUÇÃO
 1. TERMINOLOGIA; P. 105
2. HISTÓRIAS DAS DESORDENS TEMPOROMANDIBULARES; P. 105
3. ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DESORDENS TEMPOROMANDIBULARES; P. 106
 3.1 TABELA 7-1 SINAIS E SINTOMAS DAS DESORDENS TEMPOROMANDIBULARES EM POPULAÇÕES ESTUDADAS; 107
 3.2 TABELA 7-2 ESTUDOS QUE INVESTIGARAM A RELAÇÃO ENTRE OCLUSÃO E SINAIS E SINTOMAS DAS DESORDENS TEMPOROMANDIBULARES; P. 108
4. DESENVOLVIMENTO DOS DISTÚRBIOS FUNCIONAIS DO SISTEMA MASTIGATÓRIO; P. 111
 4.1 FUNÇÃO NORMAL; P. 111
 4.2 EVENTOS; P. 112
 4.2.1 Eventos Locais; P. 112
 4.2.1 Eventos Sistêmicos; P. 112
 4.3 TOLERÂNCIA FISIOLÓGICA; P. 112
 4.3.1 Fatores Locais; P. 112
 4.3.2 Fatores Sistêmicos; P.112
 4.4 SINTOMAS TEMPOROMANDIBULARES; P. 112
5. CONSIDERAÇÕES ETIOLÓGICAS DAS DESORDENS TEMPOROMANDIBULARES; P. 113
 5.1 CONDIÇÃO OCLUSAL; P.113
 5.2 RELAÇÕES FUNCIONAIS DINÂMICAS ENTRE OCLUSÃO E DESORDENS TEMPOROMANDIBULARES; P. 114
 5.2.1 Efeitos dos Fatores Oclusais na Estabilidade Ortopédica; P. 114
 5.2.2 Efeitos das Mudanças Agudas na Condição Oclusal e Desordem Temporomandibular; P. 116
 5.2.3 Atividades do Sistema Mastigatório; P. 116
 5.2.4 Contatos Oclusais e Hiperatividade Muscula; P. 116
 5.2.5 Como as Interferências Oclusais Afetam os Sintomas Musculares? P. 118
 5.2.6 Resumo: Como a Oclusão se Relaciona com as Desordens Temporomandibulares; 119
SUMÁRIO
5.3 TRAUMA; P. 119
 5.4 ESTRESSE EMOCIONAL; P. 119
 5.5 ESTÍMULO DE DOR PROFUNDA; P. 120
 5.6 ATIVIDADES PARAFUNCIONAIS; P. 120
 5.6.1 Atividade Diurna; P. 120
 5.6.2 Atividade Noturna; P. 121
 5.6.2.1 Sono; P. 121
 5.6.2.2 Estágios do sono e eventos de bruxismo; P. 121
 5.6.2.3 Duração dos eventos de bruxismo; P. 121
 5.6.2.4 Intensidade dos eventos de bruxismo; P. 122
 5.6.2.5 Posição de dormir e eventos de bruxismo; P. 122
 5.6.2.6 Eventos de bruxismo e sintomas mastigatórios; P. 122
 5.6.3 Atividades Musculares e Sintomas Mastigatórios; P. 122
 5.6.3.1 Forças de Contato dos Dentes; P. 122
 5.6.3.2 Direção das Forças Aplicadas; P. 123
 5.6.3.3 Posição Mandibular; P. 123	
 5.6.3.4 Tipo de Contração Muscular; P. 123
 5.6.3.5 Influência dos Reflexos de Proteção; P. 123
 5.6.4 Etiologia dos Eventos de Bruxismo; P. 124
 5.6.5 Bruxismo em Crianças; P. 125
 
CONCLUSÃO
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA		
INTRODUÇÃO
A oclusão por estar presente em quase todas as especialidades da odontologia, mostra sua relação com a saúde do paciente. Sabendo-se que uma parcela significativa da população sofre de desordens que podem estar relacionadas com fatores oclusais e/ou distúrbios funcionais do sistema mastigatório, então torna-se possível a relação dos aspectos oclusais na etiologia das desordens tempromandibulares.
 
TERMINOLOGIA
1934, James Costen
1959, Shore
Ramiford e Ash
 
2. HISTÓRIAS DAS DESORDENS TEMPOROMANDIBULARES
Alguns termos eles descreviam os possíveis fatores etiológicos:
 Distúrbio Aclusomandibular 
Mioartropatia da Articulação temporomandibular
Alguns termos enfatizam a dor:
Síndrome da dor e disfunção 
Síndrome da dor-disfunção miofascial
Síndrome da dor e disfunção temporomandibular
 Alguns acreditavam em termos amplos :
DTM
3. ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DESORDENS TEMPOROMANDIBULARES
De fato, se os fatores oclusais fossem o principal fator etiológico nas DTM ou se a oclusão não tivesse nenhuma relação com as DTM, dever-se-ia presumir que mais consenso nos achados seria encontrado. 
Além disso, pode-se concluir que se a oclusão fosse o principal fator etiológico das DTM, a profissão já teria confirmado isso há muitos anos atrás. 
Por outro lado, se a oclusão não tivesse nenhuma relação com as DTM, a Odontologia também teria, da mesma forma, confirmado esta conclusão. Aparentemente nenhuma dessas conclusões é verdadeira. Ao contrário, a confusão e a controvérsia a respeito da relação entre oclusão e DTM continuam. A mensagem geral é que nenhuma relação simples de causa e efeito explica a associação entre oclusão e DTM
4. DESENVOLVIMENTO DOS DISTÚRBIOS FUNCIONAIS DO SISTEMA MASTIGATÓRIO; P. 111
Não há uma única causa que justifique todos os sinais e sintomas;
Para simplificar como os sintomas das DTM se desenvolvem, a seguinte fórmula é sugerida:
4.1 FUNÇÃO NORMAL; P. 111
O sistema mastigatório é uma unidade complexa desenhada para desempenhar as funções de mastigar, deglutir e falar. 
São realizadas por um complexo sistema de controle neuromuscular.
Função normal + Evento > Tolerância Fisiológica => Sintomas de DTM 
4.2 EVENTOS; P. 112
4.2.1 Eventos Locais; P. 112
Qualquer mudança no estímulo sensorial ou proprioceptivo, como a colocação de uma coroa sem a oclusão adequada. 
4.2.1 Eventos Sistêmicos; P. 112
Para alguns pacientes, podem ocorrer de forma sistêmica, ou seja, todo o corpo e/ou o SNC está envolvido. Ex: aumento do estresse emocional.
 4.3 TOLERÂNCIA FISIOLÓGICA; P. 112
Capacidade que o individuo tem de responder ou tolerar a eventos, de variadas maneiras, com ou sem efeito adverso, que podem ser influenciados por:
4.3.1 Fatores Locais; P. 112
4.3.2 Fatores Sistêmicos; P.112
4.4 SINTOMAS TEMPOROMANDIBULARES; P. 112
Se a tolerância estrutural de qualquer componente for excedida, ocorrerá um colapso nas estruturas mais fracas ocasionando os sintomas mais comuns das DTM.
5. CONSIDERAÇÕES ETIOLÓGICAS DAS DESORDENS TEMPOROMANDIBULARES 
 5.1 CONDIÇÃO OCLUSAL
Um dos fatores contribuintes para as DTM que tem sido fortemente debatido por muitos anos. A relação de fatores oclusais em DTM, é um assunto extremamente crítico para a Odontologia.
5.2 RELAÇÕES FUNCIONAIS DINÂMICAS ENTRE OCLUSÃO E DESORDENS TEMPOROMANDIBULARES
É a perda da relação entre os seus componentes. A posição do disco em relação ao côndilo é definida como sendo a parte central do côndilo e centralizada na porção Posicionamento do côndilo em relação ao posicionamento do disco intra-articular ânterolateral.
5.2.1 Efeitos dos Fatores Oclusais na Estabilidade Ortopédica
A estabilidade ortopédica existe quando a MIH está em harmonia com a posição ME dos côndilos na fossa. Quando esta condição existe, as forças funcionais podem ser aplicadas aos dentes e articulações sem dano tecidual.
5.2.6 Resumo: Como a Oclusão se Relaciona com as Desordens Temporomandibulares
Em resumo, a condição oclusal pode afetar as DTM por meio de dois mecanismos. Um mecanismo está relacionado com a introdução de mudanças agudas na condição oclusal.
A segunda maneira através da qual a condição oclusal pode afetar as DTM é a presença de instabilidade ortopédica. A instabilidade ortopédica deve ser considerável e deve haver concomitância de uma sobrecarga significante 
5.3 TRAUMA
As	estruturas	faciais	pode	levar	a	distúrbios	funcionai no sistema mastigatório.
Segundo	as	evidências	o	trauma	tem	impacto	maior	na desordem	intracapsular	do	que	nas desordens musculares, e pode ser dividido em dois tipos:
Macrotrauma
Microtrauma
 
5.4 ESTRESSE EMOCIONAL
O estresse emocional deve ser compreendido e avaliado pelo profissional de saúde, por representar um papel importante nas DTM.
É um evento sistêmico comum que pode influenciar a função mastigatória, e o aumento do nível de estresse emocional vivenciado pelopaciente, faz com que o organismo crie certas exigências para se reajustar ou se adaptar a determinada situação.
 5.5 ESTÍMULO DE DOR PROFUNDA
O estímulo de dor profunda pode causar alteração na função muscular. 
Pode excitar centralmente o tronco encefálico, produzindo uma co-contração protetora.
Isto representa uma maneira normal saudável pela qual o corpo responde à lesão ou ao risco de lesionar.
 
5.6 ATIVIDADES PARAFUNCIONAIS
Refere-se a qualquer atividade que não seja considerada funcional (mastigação, fala e deglutição). Isto inclui o bruxismo, o apertamento dentário e certos hábitos orais. 
Algumas destas atividades podem ser responsáveis por criar sintomas de DTM.
E podem se dividir em dois grupos gerais: 
1º Diurna;
2º Noturna.
5.6.2.2 Estágios do sono e Eventos de bruxismo
Os eventos de bruxismo parecem estar associados à mudança do sono profundo para o sono leve, mas os especialistas não têm certeza sobre o número e a duração dos eventos de bruxismo que podem causar sintomas musculares.
O número e a duração dos eventos; 
Intensidade;
Posição de dormir;
Sintomas mastigatórios. 
5.6.3 Atividades Musculares e Sintomas Mastigatórios
Uma vez que se começa a entender a atividade parafuncional, também se entende como este tipo de atividade muscular pode representar uma causa de alguns tipos de DTM.
A atividade funcional, por outro lado, não parece apresentar os mesmos fatores de risco. Cinco fatores comuns ilustrarão como estas atividades musculares diferentes representam diferentes fatores de risco para DTM. 
5.6.3.1 Forças de Contato dos Dentes
Ao avaliar o efeito de contato dos dentes sobre estruturas do sistema mastigatório, dois fatores devem ser considerados: a magnitude e a duração dos contatos. Um jeito razoável de comparar os efeitos dos contatos funcionais e parafuncionais é avaliar a quantidade de força aplicada aos dentes em quilogramas por segundo por dia para cada atividade.
5.6.3.2 Direção das Forças Aplicadas
Durante a mastigação e a deglutição, a mandíbula movimenta-se, principalmente, na direção vertical. Conforme ela se fecha e os contatos dentários ocorrem, as forças predominantes aplicadas aos dentes também acontecem na direção vertical. 
Durante as atividades parafuncionais (bruxismo), entretanto, forças pesadas são aplicadas aos dentes quando a mandíbula se movimenta de um lado para o outro. Este movimento produz forças horizontais.
 5.6.3.3 Posição Mandibular
A maior parte das atividades funcionais ocorre perto ou na MIH. Embora nem sempre a MIH seja a posição mais ME para os côndilos, ela é estável para a oclusão devido ao número máximo de contatos dentários que ocorrem. 
As forças da atividade funcional são, portanto, distribuídas para muitos dentes, minimizando o dano potencial para um único dente. Padrões de desgaste dos dentes sugerem que a maior parte da atividade parafuncional ocorre em posições excêntricas.
Tal atividade resulta na aplicação de forças pesadas em poucos dentes e com a articulação numa posição instável e, consequentemente, há um aumento na probabilidade de surgirem consequências patológicas nos dentes e articulações.
R.C. MIH (POSIÇÃO DE O.C)
R.C. POSIÇÃO DE O.E (PROSTRUSIVA, LATERALIDADE DIREITA/ESQUERDA)
ATIVIDADE PARAFUNCIONAL
 5.6.3.4 Tipo de Contração Muscular
A maioria das atividades funcionais consiste de contrações rítmicas e bem controladas e do relaxamento dos músculos envolvidos durante a função mandibular. Esta Atividade Isotônica permite o adequado fluxo sanguíneo para oxigenar os tecidos e eliminar os bioprodutos do metabolismo acumulados em nível celular.
Atividade Parafuncional, em contrapartida, geralmente resulta em contração muscular mantida por longos períodos. Este tipo de Atividade Isométrica inibe o fluxo sanguíneo normal dos tecidos musculares. E, como resultado, há um aumento do acúmulo dos bioprodutos do metabolismo nos tecidos musculares, criando sintomas de fadiga, dor e espasmo.
 5.6.3.5 Influência dos Reflexos de Proteção
Reflexos neuromusculares estão presentes durante as atividades funcionais, protegendo as estruturas odontológicas de serem danificadas. 
Durante as atividades parafuncionais, entretanto, os mecanismos de proteção neuromusculares parecem estar, de alguma forma, menos intensos, resultando em menor influência nas atividades musculares.
A maioria destas atividades prejudiciais ocorre durante o sono, na forma de bruxismo e apertamento. 
 5.6.4 ETIOLOGIA DOS EVENTOS DE BRUXISMO
No início, a odontologia estava quase convencida de que o bruxismo era diretamente ligado às interferências oclusais. Consequentemente, os tratamentos eram direcionados para a correção da condição oclusal. 
Um fator que parece influenciar a atividade de bruxismo é o estresse emocional. Estudos preliminares que monitoraram níveis de atividade de bruxismo noturno demonstraram uma forte relação temporal associada a eventos estressantes.
Certas medicações podem aumentar os eventos de bruxismo. Alguns estudos sugerem que há uma predisposição genética para o bruxismo. Outros relatam uma relação entre bruxismo e distúrbios do SNC.
 5.6.5 BRUXISMO EM CRIANÇAS
O bruxismo é um achado comum em crianças. Entretanto, o mesmo é raramente é associado aos sintomas. 
Embora as crianças frequentemente desgastem seus dentes decíduos, isto raramente está associado a qualquer dificuldade em mastigar ou queixas de disfunção mastigatória. Em um estudo de 126 crianças com bruxismo (de 6 a 9 anos), somente 17 ainda apresentavam bruxismo 5 anos após e nenhuma tinha sintomas. 
Por fim o bruxismo em crianças é um fenômeno autolimitante, não associado a sintomas significativos e não relacionado com um risco aumentado de bruxismo no adulto. 
Se a função mastigatória é um problema, a criança deve ser avaliada no consultório odontológico. Se a criança se queixa de dores de cabeça frequentes e significativas, um exame de DTM também é indicado para eliminar a disfunção mastigatória como possível causa.
CONCLUSÃO
Este capítulo apresentou informações sobre a epidemiologia e a etiologia das DTM. Para controlar as DTM, efetivamente, o clínico deve ser capaz de reconhecer e entender sua etiologia.
Desse modo, e devido ao caráter multifatorial e complexo da etiologia da disfunção, o diagnóstico e o tratamento deve ser feito individualmente, analisando a influência de cada fator presente naquele momento, considerando o indivíduo em particular.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
OKESON, Jeffrey P. Tratamento das desordens temporomandibulares e oclusão; [tradução Roberta Loyola Del Caro... et al.]. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2008.

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