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SALAS Professora: Me. Larissa Siqueira Camargo Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha Head de Planejamento de Ensino Camilla Cocchia Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo Supervisão de Projetos Especiais Daniel F. Hey Projeto Gráfico Thayla Guimarães Design Educacional Marcus Vinicius Almeida da Silva Machado Editoração Produção de materiais Ilustração Marta Kakitani, Bruno Pardinho Qualidade Textual Produção de Materiais DIREÇÃO Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NEAD - Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 As imagens utilizadas neste livro foram obtidas a partir do site shutterstock.com C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; CAMARGO, Larissa Siqueira. Projeto de Interiores para o Morar. Larissa Siqueira Camargo; Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 31 p. “Pós-graduação Universo - EaD”. 1. Projeto. 2. Interiores. 3. EaD. I. Título. CDD - 22 ed. 745 CIP - NBR 12899 - AACR/2 01 02 03 sumário 06| SALA DE ESTAR OU LIVING 12| SALA DE REFEIÇÕES 18| SALA DE TV OU HOME THEATER OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Apresentar os conceitos aplicados a projetos de salas residenciais com fi- nalidade de living. • Demonstrar as indicações para as salas de refeições. • Apresentar os conceitos para o projeto de salas de TV. PLANO DE ESTUDO A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Sala de estar ou living • Sala de refeições • Sala de TV ou home theater SALAS INTRODUÇÃO introdução Olá, caro(a) aluno(a), convido você, neste material, a se inserir nos conceitos de projetos de interiores aplicados especificamente às salas residenciais. Entendemos por sala aqueles ambientes de uso comum em uma residência, normalmen- te onde acontece a maior parte da interação entre os moradores. Muito difícil uma casa que não tenha uma sala, e às vezes, muitas delas! A sala pode ser de estar, um living, onde são recepcionados os convidados, onde acontecem reuniões familiares e de amigos, onde os moradores desejam uma aparência elegante, já que é o primeiro impacto, o primeiro contato que um visitante terá com a residência. Pode ainda, este mesmo ambiente, ser também a sala da família, onde assistem televisão, conversam, tiram aquele cochilo. Integrada ou não à sala de estar, ainda temos a sala de refeições, ou de jantar, como muitos a chamam, que antes era utilizada poucas vezes, apenas em algumas ocasiões, e atualmente, é comum que seu uso seja diário, pelos moradores, nas refeições cotidianas, e assim, além da aparência, a manutenção passou a ser uma grande preocupação. Ainda temos a sala de televisão, ou home theater, separada do living, que ganha ares mais despojados, características mais pessoais e íntimas, ambiente desejado nos dias em que ficar em casa passa a ser desejo comum. E esse é um ambiente que merece bastante cuidado, já que precisa oferecer muito confor- to e boas soluções de instalação, sendo que são muitos os equipamentos que podem ser ali instalados. Além destas, ainda encontramos diferentes possibilidades de salas, cada vez menos comuns, mais ainda existentes em alguns casos, como sala de música, de brinquedos, de jogos, de troféus, entre outras possibilidades, que merecem, e precisam, de muita personalização e dedicação do profissional responsável pelo projeto. Desejo que projete muitas lindas, e mais que isso, funcionais salas, com solu- ções inovadoras, com muita personalidade e conforto. Bons estudos e sucesso! Pós-Universo 6 sala de estar ou living Pós-Universo 7 Como em qualquer projeto de interiores, o primeiro passo a ser tomado na elaboração do projeto de interiores de um living é estabelecer as atividades que ali serão desen- volvidas. Gurgel (2008, p. 23) diz que “receber amigos, assistir à tevê, ler, jogar cartas etc. Sejam quais forem as utilizações desse ambiente, identificá-las facilitará muito a tarefa de organizá-lo.” Para Grimley e Love (2016), esse é o ambiente que oferece maior liberdade ao designer ou arquiteto contratado para a elaboração do projeto, já que não apresenta itens obrigatórios a serem instalados, como em outros cômodos, mas, ao mesmo tempo, isso exige do profissional bastante destreza ao interpretar e traduzir o briefing do cliente. Normalmente esse é um ambiente onde o cliente prioriza a estética, desejando um resultado final onde a beleza seja o impacto principal, porém é preciso muito cuidado para que a necessidade do “belo” não impacte na funcionalidade, pois, cer- tamente, mesmo tendo ficado satisfeito com o resultado final, caso durante o uso o cliente sinta dificuldade de funcionalidade e problemas com o uso, não se sentirá satisfeito com o ambiente. Existem muitos mobiliários que podem ser utilizados e instalados no ambiente, normalmente peças de bastante valor estético, que agradam ao olhar, mas lembre-se é comum que o living seja um ambiente de circulação, que dá acesso a outras áreas e cômodos da residência, e enchê-lo de móveis e outros itens pode atrapalhar na circulação e fluxo diário das pessoas. Para Gurgel (2008, p. 23) é essencial que seja mantida uma “circulação livre de tro- peços”. A circulação deve fluir sem que hajam obstáculos, salvo quando o propósito é realmente o de forçar o trajeto por determinado caminho (GURGEL, 2013). Para que o layout seja estabelecido, é necessário primeiramente analisar o formato do ambiente, que deve ser utilizado como base para a determinação de distribuição de mobiliá- rio (GRIMLEY & LOVE, 2016). Uma sala retangular, com uma parede longa, permite a colocação de um estofado grande, enquanto uma sala de dimensões mais quadra- das, pode ficar melhor com uma disposição circular, por exemplo. Após o levantamento de dimensões e formatos do ambiente, interessante anali- sar, tendo como base o briefing do cliente, qual será o tipo de disposição e equilíbrio desejado ao ambiente, já que “uma sala de estar típica funciona bem quando é or- ganizada de acordo com diversos princípios alternativos” (GRIMLEY & LOVE, 2016, p. 100). Por exemplo, numa sala simétrica, quando os móveis são distribuídos a partir de um eixo comum, tende a ser um ambiente que atende melhor a pessoas com gostos mais clássicos, organizados, sendo também interessante para um conceito mais clean e minimalista de ambiente. Pós-Universo 8 Figura 1 - Sala simetrica Para uma sala com esse conceito de simetria, o centro natural do ambiente é utili- zado como base para a distribuição uniforme dos mobiliários, não necessariamente espelhados no ambiente, ou seja, o equilíbrio pode ser alcançado com peças dife- rentes, que apresentam o mesmo peso visual. Ainda é possível estabelecer a simetria a partir de um eixo duplo no ambiente, ou seja, ao invés de apenas imaginar uma linha central, estabelece-se duas linhas que se cruzam ao centro, e assim, a simetria é repetida, existindo verticalmente e horizontalmente (GRIMLEY & LOVE, 2016). Pós-Universo 9 Título: Sala simétrica e sala com eixo duplo Fonte: Grimley & Love, 2016, p. 100. Para as autoras, ainda existem duas possibilidades de distribuição de mobiliários que podem ser seguidas. A sala com uma distribuição de simetria local, ou seja, criando o efeito de simetria de forma localizada, em diferentes pontos do ambiente, o que pode causar a sensação de um ambiente maior, mantendo o equilíbrio e a harmonia do cômodo. Ou, finalmente para ambientes mais despojados e informais, o equilí- brio assimétrico, quando a distribuição dos mobiliários não é estabelecidade modo a se manter um peso visual exato. Título: Sala com simetria local e sala assimétrica Fonte: Grimley & Love, 2016, p. 101. Pós-Universo 10 Apesar de ser um ambiente que não apresenta uma lista obrigatória de mobiliários e equipamentos para instalação, dispõe de alguns itens mais comuns de serem uti- lizados independente da finalidade de uso do ambiente, que é o caso do sofá. De acordo com Gurgel (2008), são peças-chaves, importantes, e que se classificam como categoria de assentos fixos, já que não são transportados facilmente. Para Grimley e Love (2016), um sofá para uma pessoa – ou poltrona, neste caso – deve ter aproxi- madamente 90 cm de largura; para duas pessoas, 150 cm; para três pessoas, 180 cm; para quatro pessoas, 230 cm. Almofadas são peças decorativas que podem ajudar a compor um am- biente. No entanto, um número exagerado de peças pode tornar o sofá desconfortável. Modelos maiores podem ser utilizados como uma solução mais informal, permitindo sua utilização no chão. Capas nas almofadas pro- piciam lavagem mais fácil e troca de visual constante, sem grandes gastos. Fonte: Gurgel (2008, p. 24). saiba mais Mais um fator importante quanto ao sofás, ou aos assentos, é a distância entre eles, já que o uso destes normalmente é feito por pessoas que desejam conversar. Sendo assim, a distância frontal entre dois assentos deve estar entre 2,45 e 3,65 metros, de acordo com Grimley e Love (2016). Outro item bastante comum e significativo em uma sala de estar é a mesa de centro, também denominada mesa de café por alguns, e/ou a mesa lateral, que serve de apoio para objetos decorativos e também para o uso, como, por exemplo, ao se servir algo, como bebidas ou petiscos. A mesa pode ter diferentes dimensões e for- matos, mas tamanho suficiente para atender ao objetivo que se preza. Para Gurgel (2008), pode ter gavetas para que sejam guardados objetos, ser única ou um grupo associado, sendo indispensável que sua resistência suporte objetos necessários ao atendimento de seus usos. Pós-Universo 11 Mesinha de apoio redonda Entre 45 e 60 cm de diâmetro Mesa de café redonda 120 cm de diâmetro Mesinha de apoio quadrada Entre 45 e 80 cm Mesa de café retangular 60x120 cm Figura 2 - Modelos e dimensões de mesas de apoio e de centro, sala simétrica e sala com eixo duplo Fonte: Adaptado de Grimley & Love, 2016, p. 99. Além destes itens, para que o living atenda às funções desejadas pelos usuários e o resultado final que o designer ou arquiteto deseja, podem e devem ser utilizados outros itens, como puff, tapete, espelho, aparador, cortina, estante – quando neces- sário o armazenamento de algo –, entre outros elementos decorativos. Sendo que sempre deve ser observado a quantidade de itens, assim como suas cores, texturas e estampas, evitando os excessos e poluição visual. Pós-Universo 12 sala de refeições Pós-Universo 13 É comum que a sala de jantar seja no mesmo cômodo da sala de estar, principal- mente em apartamentos, por isso, deve ser pensada juntamente, como um único ambiente, e mesmo podendo e devendo apresentar características próprias, deve seguir uma linguagem que “converse” com o living. Quando for em outro ambiente, a preocupação entre a relação destes pode ser menor. Diferente do living, não apre- senta tantas possibilidades de uso, basicamente é um ambiente onde se realizam refeições, as únicas observações é quanto ao hábito de uso, podendo ser para todas a refeições, diariamente, entre os moradores da residência, ou com menor esporadi- cidade, com a participação de convidados (GRIMLEY & LOVE, 2016). Assim como no living, a sua definição de layout varia de acordo com o formato e dimensões do ambiente, sendo que essas referências são utilizados para a decisão de escolha da mesa de jantar a ser alocada, considerando que esse é o mobiliário mais importante e maior a ocupar o ambiente. Sendo a mesa de jantar a peça de maior im- portância, deve ser a primeira escolha na elaboração do projeto, assim, conhecendo o espaço, determine o formato e as dimensões da mesa adequados, considerando o uso confortável deste mobiliário. Camargo (2014) diz que é necessário, na busca do uso adequado e ergonômico da mesa de jantar, que além das dimensões do próprio móvel, sejam consideradas a área de ocupação da cadeira, assim como a área necessária para o seu uso, além da possibilidade de circulação de pessoas, mesmo quando a mesa está sendo usada. Para Panero e Zelnik (1979), o espaço disponível mínimo para o uso individual sobre uma mesa de refeições é de 61 cm de largura por 40 cm de profundidade, sendo o ideal por pessoa 76 cm de largura por 45 cm de profundidade. Grimley e Love (2016) dizem que a área por pessoa é determinada a partir do serviço de mesa, ou seja, o espaço necessário para que sejam dispostos os objetos necessários para a realização de uma refeição, e assim, apresentam que esse deve ser de 60 cm de largura e 38 cm de profundidade, bem próximo ao apresentado pelos outros autores. Para Boueri Filho (2008), a mesa de refeições deve ser afastada no mínimo entre 60 e 75 cm das paredes ou de outros objetos ao redor, considerando essa área indis- pensável para que uma pessoa sente ou levante da cadeira. Panero e Zelnik (1979) alegam que, além dessa distância, deve-se manter mais 40 cm para circulação, per- mitindo a possibilidade da passagem, mesmo quando a mesa esteja em uso. Pós-Universo 14 Mesa de Refeições | Detalhe 1 Mesa de Refeições | Detalhe 2 1.90b 1.20a .60d .75d .60d .75d .8 0c .1 00 c Va riá ve l Aplicações Dimensionais a. Espaço para a cabeça junto à borda da mesa b. Espaço para a cabeça a 0.60 da borda da mesa c. Largura para sentar e levantar Largura sentada 0.75 Largura mínima 0.65 d. Profundidade para sentar e levantar Profundidade sentada 0.55 .60 .4 0l .4 5 .7 5d . 60 d .1 0l .2 0 .70 .80c Área de acesso comum Área individual de refeições Afastado da borda .20l.30 Afastado da borda .20l.30 Mesa de Refeições | Detalhe 1 Mesa de Refeições | Detalhe 2 1.90b 1.20a .60d .75d .60d .75d .8 0c .1 00 c Va riá ve l Aplicações Dimensionais a. Espaço para a cabeça junto à borda da mesa b. Espaço para a cabeça a 0.60 da borda da mesa c. Largura para sentar e levantar Largura sentada 0.75 Largura mínima 0.65 d. Profundidade para sentar e levantar Profundidade sentada 0.55 .60 .4 0l .4 5 .7 5d . 60 d .1 0l .2 0 .70 .80c Área de acesso comum Área individual de refeições Afastado da borda .20l.30 Afastado da borda .20l.30 Figura 3 - Dimensões para mesa de refeições Fonte: Boueri (2008, p. 20) . Além disso, existem outros fatores que determinam a necessidade de uma área maior para a mesa de jantar, como a utilização de cadeiras com braços, que são mais largas e ocupam mais espaço, ou o tipo da base da mesa, já que uma base central ou pés nas extremidades alteram a utilização e a qualidade deste uso (GRIMLEY & LOVE, 2016). Mesas com pés estreitos ou centrais são mais adaptáveis para acomodar “mais um lugar” quando necessário. Tampos redondos permitem melhor socialização durante a refeição, além de possibilitar que mais pessoas se juntem, eventualmente, ao grupo. [...] Tampos de vidro são ideais para salas de jantar pequenas. Sempre arredon- de os cantos. Fonte: Gurgel, 2008, p. 28. atenção Pós-Universo 15 Além da mesa, ou complementar ao uso da mesa, as cadeiras são básicas, e merecem todo o cuidado em sua escolha. Indispensável que elas sejam determinadas após a escolha da mesa, para que sejam adequadas, apresentando, principalmente, altura compatível (GURGEL, 2008). Para ambientes que são utilizados com frequência, é muito importante que as cadeiras não sejam muito pesadas e difíceis de manu- sear. Lembre-se de que será necessário movê-las cada vez que elas foram utilizadas. Observe a angulação do encosto, já que para que a cadeira seja confortávelé im- portante que a pessoa ao se sentar possa encostar as costas, sem precisar de muita inclinação. Observe também o revestimento, quando for o caso de um tecido, que apresente características de impermeabilidade ou lavavel, já que alimentos ou bebidas podem cair e manchá-las. Outro mobiliário comum em salas de refeições é o buffet, ou aparador. É uma peça utilizada de apoio ao serviço e para armazenar coisas a serem utilizadas no am- biente, como toalhas, guardanapos, talheres, louças, bebidas, entre outros. Pode ter portas e gavetas, fechamento em vidro, para que peças fiquem aparentes, ou todo fechado, isolando a visão. Pode ainda ser substituído por uma cristaleira ou por um móvel do tipo “guarda-comida”. O guarda comida é um mobiliário antigo, utilizado principalmente até o início do século XX. Normalmente é composto por duas peças, sendo um balcão e uma cristaleira que o sobrepõem. Era comum e utilizado praticamente por todas as classes sociais como peça única em uma cozinha. Atualmente, se tornou além de mobiliário uma peça de decoração, e além das remanes- centes do período, é fabricada de forma a imitar as características da época. Fonte: A autora. saiba mais Pós-Universo 16 Figura 4 - Sala ambientada com um móvel do tipo guarda comida Fonte: Shutterstok Um complemento comum nas salas de refeições é o tapete, porém a sua colocação neste ambiente deve levar em consideração principalmente a manutenção, já que está sujeito a receber resquícios de alimentos, assim, sua limpeza precisa ser fácil. Além disso, as cadeiras serão movimentadas sobre ele, de forma que é preciso ob- servar se os pés não enroscaram. Por isso, prefira os de pelos mais baixos, ou até sem pelos, apenas trama, e de materiais que permitam que seja lavado ou limpo. Interessante que a iluminação do ambiente permita mais de um cenário, ou seja, diferentes efeitos, dependendo da ocasião. O pendente ou lustre sobre a mesa é uma opção bastante comum, mas cuidado com a altura da instalação, para que não fique na altura do olhar das pessoas, causando ofuscamento, nem tão alto ou baixo em relação à mesa, perdendo o efeito desejado. Importante também observar a propor- ção do tamanho da luminária em relação às dimensões da mesa. Pós-Universo 17 De 75 a 90cm Altura entre a mesa Lustre e pendente combinam com mesas redondas e quadradas. A escolha é sua! Tamanho ideal Composição de modelos 90cm 1/2 da largura da mesa 120cm centralizado com a mesa 3m mesa Entre altura permite que ilumine os convidados e deixe espaço livre para arranjos, velas e travessas. Pendure seu lustre ou pendente sobre o centro da mesa, mesmo que não seja o centro da sala. Escolha de acordo com o tamanho da mesa. Se a sua mesa é muito grande, você pode �xar mais de um, e misturar os modelos. Fica interessante usar modelos diferentes com um estilo semelhante. Figura 5 - Altura e dimensão de luminárias sobre mesa de refeições Fonte: Adaptado de http://www.leroymerlin.com.br/dicas/saiba-a-altura-correta-para-instalar- -lustres-e-pendentes-na-sala-de-jantar Pós-Universo 18 sala de tv ou home theater Pós-Universo 19 Nem sempre uma residência dispõe de um cômodo determinado para a finalidade de assistir televisão, e assim, é comum que o living tenha também essa função. Neste caso, é possível considerar de forma unificada as orientações para a montagem de um living, juntamente com a montagem de um home theater. De qualquer maneira, ainda existem os que preferem os ambientes separados, onde a atividade de assis- tir TV seja distinta da de receber, sendo que em alguns casos, onde não existe um ambiente específico, o(s) morador(es) opta(m) por abrir mão de um quarto para essa utilização. Home theater na verdade é o nome de um sistema de equipamento que melhora a qualidade do som da televisão, mas o termo passou a ser em- pregado para todo o ambiente utilizado para assistir televisão, e até para o móvel que serve de apoio para o equipamento. Fonte: a autora. saiba mais Pós-Universo 20 Para Gurgel (2008), o maior problema na elaboração do projeto de interiores para este ambiente está no fator equipamentos, ou seja, na instalação destes, já que como a função principal é a de assistir TV, são necessárias as instalações de, no mínimo, a tele- visão e, normalmente, são utilizados outros equipamentos de som, luz, climatização, entre outros, o que exige do profissional uma compatibilização de diferentes proje- tos. Além disso, a autora destaca que a tecnologia evolui e muda de forma rápida, mais acelerada do que as próprias tendências para projetos de interiores, e assim, o projeto precisa dispor de flexibilidade para possíveis alterações de equipamentos. Sendo então a televisão o componente mais importante neste ambiente, cabe que o início do projeto se estabeleça a partir de sua colocação. Desta maneira, a primeira observação é quanto à sua localização, pois deve-se observar onde estão disponí- veis ponto de tomada, para que seja ligada, e cabo de rede, pois, provavelmente o equipamento será ligado a antenas ou a um sistema de canais a cabo. Observe a in- cidência solar em relação à parede onde estão localizadas essas instalações, visto que o ideal é que a TV não receba luz solar diretamente, ou reflexos dela, já que a luz atrapalha sua visualização. Caso isso aconteça, avalie a necessidade de alterar a localização de sua instalação, mas lembre-se de que neste caso, as mudanças pre- cisarão de mais mão de obra, e em situações extremas, até rasgos na parede, o que pode não ser muito interessante e viável. Outro fator a ser considerado na decisão da instalação da TV é quanto à locali- zação do sofá em relação a ela. Converse com o cliente sobre o tamanho desejado para o aparelho, e verifique a distância que ficará entre ele e o sofá, ou, a pessoa que sentar e for assistir TV, já que existem distâncias adequadas e confortáveis para isso. Caso o desejo do cliente seja de uma TV com dimensões superiores ao tamanho do ambiente, converse e explique a respeito, para que, caso ele opte por manter, esteja ciente de que você, como profissional, o orientou (GURGEL, 2013). Tão importante quanto a distância, está a altura da instalação da TV, sendo que a referência para isto será sempre o olhar do espectador, ou seja, entre 1,10 e 1,60 mts de altura, conside- rando o meio do aparelho. Pós-Universo 21 1, 10 m - 1, 60 m 1,30m - 1,80m 1,60m - 2,20m 1,80m - 2,60m 2,10m- 2,90m 1,50m- 2,10m ? metros E a altura? A altura da tv é determinada a partir da altura média do olho do observador, quando sentado no sofá uraa? é detterrminadda ura mméédia doo obserrvaador, ntaddo nno sofáá 32’’ 37’’ Esqueminha 40’’ 46’’ 52’’ Figura 6 - Distância e altura adequada da televisão em relação ao espectador Fonte: http://www.papodedesign.com/2012/07/como-instalar-o-seu-home-theater.html No caso do cliente desejar que seja instalado um projetor, é indispensável que a ins- talação seja planejada, considerando que o aparelho, normalmente, será instalado no teto, salvo propostas de projetos personalizados com outras soluções. Calcule a di- mensão do ambiente, verifique e simule a projeção, verificando a qualidade de uso. Para o site Projeção em Foco¹, a escolha da tela de projeção deve ser tomada a partir de quatro referências: estilo, tamanho, formato e material utilizado. O estilo se refere ao tipo de tela, que pode ser fixa, opção de custo mais reduzido, mas menos utiliza- do em residências, já que uma solução estética para a fixa não é tão simples, porém, se a sala é exclusivamente para esse fim, o especialista do site indica a tela fixa como a melhor opção. Já a tela retrátil é mais complicada de ser instalada e tem o curso mais elevado, mas é a melhor opção para salas que não possuem a função exclusi- va de home theaters. O tamanho da tela deve ser decidido a partir do tamanho do ambiente e também daqualidade de projeção do projetor, já que não adianta uma grande tela para um projetor com qualidade baixa de projeção. Por isso, é necessá- rio decidir antes da tela qual será o projetor. Pós-Universo 22 O terceiro fator, formato, diz respeito ao formato de projeção. Existem diferentes pro- porções de formato, mas para o uso residencial de projeção são três os indicados: 4:3, 16:9 e 2.40:1. A escolha depende principalmente do tipo de uso, se for principal- mente para filmes, jogar videogame ou simplesmente assistir a canais de TV, a melhor opção é a tela 16:9. No caso de apresentações, o indicado é a tela 4:3, e para filmes de alta quali- dade, a tela 2.40:1. Em relação ao material, é interessante uma pesquisa no mercado para compreender o que está disponível, sendo que diferentes materiais apresen- tam diferentes características, como cor, luz, entre outros fatores.¹ Figura 7 - Sala Home theater com projetor e tela fixa Fonte: Shuterstock ID 464383445 Pós-Universo 23 Importante que no momento do projeto o cliente também já decida quanto aos equipamentos que deseja para a sala, já que são muitas as possibilidades e cada um exige diferentes instalações e especificações. Em se tratando do conjunto de equipa- mentos denominados home theater, que são para a emissão de som de qualidade, normalmente é composto por seis peças, sendo duas caixas surround, para serem instaladas atrás do sofá (ou assentos) uma de cada lado, podendo ser penduradas ou até embutidas, a caixa acústica central, que fica próxima à TV/tela, assim como o subwoofer, que deve ficar no chão, e as caixas acústicas frontais. Gurgel (2013) res- salta a importância de um bom projeto para essa instalação, e diz que caso ela não seja feita corretamente, o resultado final fica comprometido. Caixa acústica surround esquerda Caixa acústica frontal esquerda Subwoofer Caixa acústica frontal direita Caixa acústica central Caixa acústica surround direita Figura 8 - Sala Home theater com equipamentos de som Fonte: http://loucospordecoracao.com/como-criar-uma-sala-de-cinema-em-casa/ Pós-Universo 24 A iluminação do cômodo também é bem importante, por isso propor possibilidades de diferentes tipos de luz, para diferentes situações, é um grande diferencial. Bacana luzes de teto, e se possível, também em parede, proporcionando diferentes focos. Ter uma opção de luz mais amarela também torna o ambiente mais atrativo, assim como, uma luz mais baixa, com menos intensidade, para um filme ou um momento de relaxamento (GURGEL, 2008). O estofado ou as poltronas individuais para esse tipo de ambiente devem ser confortáveis, permitindo que as pessoas assistam sentadas ou deitadas. Quando a sala não é só de estar também, é permitido um sofá com maior profundidade, para que os usuários se acomodem de forma mais à vontade; claro, verifique antes se o cliente gosta assim. Os estofados retráteis são uma alternativa bem interessante, es- pecialmente quando a sala é única na residência, já que com os assentos recolhidos atendem à necessidade do estar, e para a função de TV, basta abri-los. Almofadas são bem-vindas para apoiar as costas e a cabeça, o que for necessário para melhorar o bem-estar. Puffs são interessantes apoios, podem servir como extensão de assen- tos, apoio para os pés ou assentos extras, quando necessários. O móvel que servirá de apoio para a TV e outros equipamentos, pode ser um do tipo rack, baixo, com altura até a base da TV, ou alto, do tipo estante, onde poderão ser acondicionados mais objetos, o que é interessante para os que têm problemas com espaço e armazenamento. O MDF ou MDP são materiais interessantes e ade- quados, com resistência suficiente para o tipo de ambiente. Outros itens podem ser incorporados, ficando a critério do profissional responsável, que deverá ter como ob- jetivo atender a todas as necessidades do cliente. atividades de estudo 1. A sala de estar, também conhecida como living, pode ser utilizada para diferentes ati- vidades, dependendo dos hábitos dos moradores da residência. Sobre esse cômodo, leia as informações abaixo e analise. I) Uma sala de estar deve ser um ambiente que segue determinados padrões pro- jetuais, considerando seu perfil, assim, o equilíbrio simétrico deve ser aplicado em seu layout. II) As almofadas são peças decorativas com aspectos bastante despojados, por isso, não são indicadas para o uso em salas de estar. III) Apesar de não apresentar mobiliários e equipamentos obrigatórios em sua mon- tagem, o sofá é comum nas salas de estar. IV) As mesas de apoio ou de centro têm a finalidade de servir como decoração, mas também como apoio quando necessário. Está correto o apresentado em: a) I, II e III apenas. b) I, III e IV apenas. c) II, III e IV apenas. d) III e IV apenas. e) Nenhuma das alternativas. 2. A sala de refeições pode ser montada no mesmo ambiente da sala de estar, e neste caso, pensada de forma unificada. Sobre ela, leia as afirmativa e define a que está correta. a) O princípio do projeto de uma sala de refeições é sempre o tapete, que determi- na a área da mesa. b) As cadeiras para uma sala de jantar devem ser escolhidas antes da mesa, já que é um mobiliário que apresenta mais detalhes. c) O serviço de mesa é a área necessária para a movimentação de sentar e levan- tar de uma cadeira junto à mesa de refeições. d) Para a escolha de dimensão e formato de um lustre, é necessário saber o tamanho e formato da mesa. e) Nenhuma das alternativas. atividades de estudo 3. A sala de televisão, ou home theater, é um ambiente muito desejado por algumas pessoas, já que oferece qualidade para um hábito comum entre os brasileiros: assis- tir à TV. Sobre este cômodo, leia as informações e avalie. I) O nome, home theater, também é dado, ou originou-se, de um equipamento de som que oferece melhor qualidade para assistir TV. II) Considerando o objetivo de conforto e funcionalidade do ambiente, não existe necessidade e justificativa para o uso de elementos como almofadas e puffs. III) Sofás retráteis não devem ser utilizados, evitando que espaços sejam ocupados desnecessariamente. IV) A altura da televisão deve ser considerado a partir do olhar do espectador, cerca de a partir de 1,10 mts de altura. É verdade o que se apresenta em: a) I e II apenas. b) I, II e III apenas. c) I, III e IV apenas. d) I e IV apenas. e) IV penas. resumo E finalizamos aqui nosso estudo sobre o projeto de interiores de sala, ambiente de tantas possibi- lidades, e bastante comum na atuação de designers e arquitetos. Ressaltando o conceito de que um profissional, ao ser contratado para a elaboração de um projeto de interiores deve oferecer não somente propostas estéticas, mas de funcionalidade, encontramos aqui o desafio. Propor somente o belo para uma sala não basta, nem para o seu cliente, e tenho certeza que nem para você como profissional! Compreendemos em nossa leitura que ao projetar uma sala de estar, ou living, é necessário conhe- cer muito bem o seu uso, considerando que diferentes moradores podem apresentar diferentes formas de ocupação e atividades: receber, ler, dormir, assistir à TV, se reunir, estudar etc. E claro, para cada atividade, uma nova necessidade de mobiliários e equipamentos. Mesmo assim, alguns são básicos para qualquer estar, como o sofá e uma mesa de apoio ou de centro. A sala de refeições, ou sala de jantar, que basicamente é utilizada para comer, também apresenta questões pontuais a serem consideradas, e justamente essas soluções serão o diferencial de seu projeto, como profissional, uma mesa bem pensada, de acordo com as dimensões e formato do ambiente, cadeiras adequadas para a mesa, materiais adequados para a manutenção necessá- ria, enfim, soluções adequadas e assertivas. E em se tratando da sala de televisão, ou home theater, não diminui o compromisso com sua qua- lidade de projeto: boas especificações, preocupaçãocom funcionalidade e manutenção, e claro, beleza e conforto. Equipamentos adequados, bem posicionados, um sofá propício, além de um olhar apurado garantem o sucesso de seu projeto. Para cada cliente, um projeto que seja personalizado dentro de seus desejos e necessidades. Seja certeiro e garanta o seu sucesso profissional, boa sorte! material complementar Tudo Sobre a Casa Autor: Anatxu Zabalbeascoa Editora: Gustavo Gili Sinopse: Anatxu Zabalbeascoa narra neste livro uma crônica amena e apaixonante dos fatos que determinaram a evolução da casa e dos nossos hábitos domésticos. Arquitetura, tecnologia e vida privada con- fluem nessa obra transdisciplinar que, partindo de uma análise social e antropológica, nos conta a história de seis espaços: banheiro, cozinha, dormitório, jardim, sala, sala de jantar, para revelar-nos a evolução do nosso próprio cotidia- no. Por suas páginas, desfilam não apenas Le Corbusier e Chippendale, o estilo império e os jardins suspensos da Babilônia, mas também inventores e decoradores, políticos e monar- cas, bem como nobres, burgueses e camponeses. O texto da autora flui ao lado das impressionantes ilustrações de Riki Blanco, minuciosamen- te criadas para este relato e conseguem captar e transportar o leitor a ambientes passados com precisão excepcional. Anatxu Zabalbeascoa (Barcelona, 1966), jornalista e historiadora especializada em arquitetu- ra, trabalha como crítica para o jornal El País. Também escreve periodicamente no blog Del tirador a la ciudad e é autora de vários livros sobre arquitetura, entre outros, Las casas del siglo (1998), Vidas construídas (1998) e Minimalismos (2001), todos publicados pela Editora Gustavo Gili. Na Web http://gnt.globo.com/programas/decora/ O arquiteto e designer Mauricio Arruda apresenta o programa Decora, no canal fechado GNT. No site do programa você pode assistir a alguns dos programas e ver as dicas a partir de am- bientes residenciais transformados por ele. Na Web http://www.welsyn.ind.br/dicas-sobre-projecao/aprenda-calcular-o-tamanho-de-tela-de- -projecao-ideal-r001/ O site da Welsyn, que é uma empresa especializada em telas de projeção, dispõe de calcu- ladoras automáticas para a definição do tamanho da tela de projeção, a partir de diferentes referências.. referências BOUERI FILHO, José Jorge. Projeto e dimensionamento dos espaços da habitação: espaço de atividade. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2008. CAMARGO, Larissa Siqueira. Qualidade Funcional de Quitinetes do Jardim Universitário em Maringá - PR. Dissertação de mestrado. Maringá: UEM, 2014. Disponível em: http://www.peu.uem.br/LarissaSiqueira.pdf. Acesso em 24 de set. 2017. GRIMLEY, Chris; LOVE, Mimi. Cor, Espaço e Estilo. São Paulo: Gustavi Gili, 2016. GURGEL, Miriam. Organizando Espaços: Guia de decoração e reforma de residências. São Paulo: SENAC, 2008. ______. Projetando Espaços: Guia de arquitetura de interiores para áreas residenciais. São Paulo: SENAC, 2013. PANERO, Julius; ZELNIK, Martin. Las dimensiones humanas en los espacios interiores. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 1979. Loucos por decoração. on-line. Disponível em: >http://loucospordecoracao.com/como-criar-u- ma-sala-de-cinema-em-casa/>. Acesso em: 18 out. 2017. ¹http://projecaoemfoco.com.br/tela-para-projetor/ resolução de exercícios 1. d. III e IV apenas. 2. d. Para a escolha de dimensão e formato de um lustre, é necessário saber o tamanho e formato da mesa. 3. d. I e IV apenas.
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