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Projeto de Interiores para o Morar - Unidade 3

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Prévia do material em texto

QUARTOS
Professora:
Me. Larissa Siqueira Camargo
Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho 
Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha
Head de Planejamento de Ensino Camilla Cocchia
Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo
Supervisão de Projetos Especiais Daniel F. Hey
Projeto Gráfico Thayla Guimarães 
Design Educacional Marcus Vinicius Almeida da Silva Machado 
Editoração Produção de materiais 
Ilustração Marta Kakitani, Bruno Pardinho 
Qualidade Textual Produção de Materiais
DIREÇÃO
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
As imagens utilizadas neste livro foram 
obtidas a partir do site shutterstock.com
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação 
a Distância; CAMARGO, Larissa Siqueira. 
 
 Projeto de Interiores para o Morar. Larissa Siqueira Camargo; 
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
 31 p.
“Pós-graduação Universo - EaD”.
 1. Projeto. 2. Interiores. 3. EaD. I. Título.
 ISBN: 978-85-459-1388-7
CDD - 22 ed. 745
CIP - NBR 12899 - AACR/2
01
02
03
sumário
06| DIMENSÕES ADEQUADAS
14| LAYOUT
21| ESCOLHAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 • Apresentar as indicações de dimensões adequadas para o projeto de quarto. 
 • Compreender a importância de uma boa solução de layout para o projeto 
de um quarto.
 • Apresentar informações sobre a escolha de materiais para o projeto de in-
teriores de quarto.
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 • Dimensões adequadas
 • Layout
 • Escolhas
QUARTOS
INTRODUÇÃO
introdução
Olá, futuro profissional da área de interiores. Sabemos que para muitos, o quarto 
é o seu refúgio, local de descanso, onde se encontra a privacidade necessá-
ria para a realização de atividades pessoais, mas que também acumula o uso 
para outras atividades, e por isso deve dispor do necessário para tais (GURGEL, 
2008). Quando é o quarto de casal, deve atender ao perfil dos dois usuários, e 
encontrar esse denominador comum será o maior desafio do profissional res-
ponsável pelo projeto, mas, também, a melhor oportunidade de mostrar as 
qualidades de seu trabalho. Para quartos infantis e jovens, existe uma grande 
diferença entre as necessidades de uso, e, ao mesmo tempo, é preciso pensá-
-lo de forma a atender durante diferentes períodos.
Desta maneira, em nossos estudos, conheceremos os princípios do projeto 
de interiores específicos para quartos, seja qual for o futuro usuário do ambiente, 
um casal, um bebê, uma criança ou um jovem, compreendendo as pontualidades 
de cada uma das situações. Para tanto, convido você a conhecer mais a respeito 
das dimensões adequadas aplicadas ao ambiente, desde medidas de mercado 
para colchões, aos espaços a serem deixados livres para o uso adequado dos 
mobiliários, além das indicações de medidas para o projeto de guarda-roupa.
Seguidamente, passamos ao estabelecimento da disposição de mobiliários e 
equipamentos no ambiente, montando assim um layout adequado, compatível 
com as especificações quanto às dimensões, considerando a necessidade das 
diferentes ocupações para um quarto, de acordo com a faixa etária. Finalizando 
o conteúdo relacionado ao projeto de interiores de quartos, discutiremos sobre 
as escolhas aplicadas no processo, desde materiais, passando pelo piso, parede 
e mobiliários, as cores definidas, buscando sempre o atendimento da função 
principal do ambiente, que é o de descanso.
Desta maneira, desejo que sinta-se inserido(a) nos conhecimentos, assim, 
tornando-se melhor preparado(a) para a elaboração de projetos de interiores 
de quartos. Boa leitura!
Pós-Universo 6
dimensões
adequadas
Pós-Universo 7
Na busca pela qualidade deste ambiente, tão importante para o descanso e aten-
dimento à necessidade básica do ser humano de dormir, naturalmente precisamos 
de boas soluções em circulação e adequação das dimensões, já que esses princípios 
garantem o conforto e a funcionalidade do ambiente. Para se estabelecer o layout, 
logicamente é necessário que se conheça dimensões de circulação e de elementos 
a serem inseridos, e somente com essa base, a solução proposta será assertiva.
Para Camargo (2014), a cama é o componente principal de um quarto, conside-
rando sua função mais importante e, de acordo com Gurgel (2013), o tamanho da 
cama é variável, dependendo das dimensões do colchão, sendo que existem os de 
uso individual e os duplos. 
Tipo Largura Comprimento
Berço 1 60 cm 130 cm
Berço 2 70 cm 130 cm
Berço 3 70 cm 150 cm
Solteiro 1 78 cm 188 cm
Solteiro 2 88 cm 188 cm
Viúva 128 cm 188 cm
Casal 138 cm 188 cm
Queen size 158 cm 198 cm
King size 186 cm 198 cm
Super king size 193 cm 203 cm
Tabela 1 - Dimensões padronizadas de colchões
Fonte: Adaptado de Grimley e Love (2016, p. 102). 
É bastante importante que se considere não apenas a área de ocupação da cama, mas 
também a necessidade de acesso à cama dos dois lados, para que, no caso de dois 
usuários, os mesmos possam deitar e levantar sem incomodar o parceiro. A circula-
ção ao redor desse móvel também é relevante, mas nem sempre isso é considerado, 
sendo que “muitas vezes, o espaço necessário para sua correta utilização é ignorado 
até mesmo por profissionais (arquitetos e designers).” (CAMARGO, 2014, p. 52). Boueri 
apresenta que a área que deve ser livre para acesso à cama é de no mínimo 50 cm, 
mesma apresentada por Gurgel (2013), sendo o ideal, ao menos 70 cm.
Pós-Universo 8
.60 .80 .90
Variável
.7
0 
 .6
0 
 .5
0
A
tiv
id
ad
es
: a
ce
ss
o 
à 
ca
m
a
.60 .80 .90
Atividades: Circulação
Uso do guarda-roupa
1.90a
1.70b
Figura 2 - Área ao redor da cama de casal
Fonte: Boueri (2008, p. 33).
No caso da cama de solteiro, ou mesmo, de uso individual, quando o ambiente tem 
dimensões reduzidas ou ainda, é necessário melhorar o aproveitamento dos espaços 
por algum motivo, a cama pode ser encostada na parede – ou outro elemento con-
templado no projeto – sem que ocorram prejuízos de uso (CAMARGO, 2014).
Pós-Universo 9
.60 .80 .90
1.90a
1.70b
Variável
.7
0 
 .6
0 
 .5
0
A
tiv
id
ad
es
: a
ce
ss
o 
à 
ca
m
a
.60 .80 .90
Atividades: Circulação
Uso do guarda-roupa
Figura 3 - Área ao redor da cama de solteiro
Fonte: Boueri (2008, p. 34).
Além de área de dormir, ou de repouso, o quarto também é normalmente utiliza-
do para o armazenamento de roupas, sapatos, acessórios, objetos pessoais e outros, 
e assim, as pessoas também trocam de roupa e se arrumam no ambiente, o que 
torna necessário a instalação de guarda roupa e/ou outros tipos de armários, como 
cômodas (PEDRO, 1999), sendo bastante comum o uso do guarda-roupa, e para isso: 
 “
[...] o espaço para a colocação do guarda-roupa deve ser condizente com o 
seu uso, já que é preciso abrir portas e manusear objetos à sua frente, sem 
que outros elementos atrapalhem, para isso, entre o armário e outro objeto, 
é necessário que exista entre 80 e 120 cm. (CAMARGO, 2014, p. 54)
Pós-Universo 10
Ao se dimensionar o tamanho do guarda-roupa, Szücs (2000) defende que se con-
sidere ao menos duas portas por pessoa, e, no caso de não existir outro armário para 
tal, não se pode esquecer do espaço para armazenamento de roupas de cama, mesa 
e banho. Muito importante que se estabeleça com o cliente o padrão de roupas a 
serem guardados, já que uma camisa necessita de diferentes situações de armaze-
namento comparado com um vestido de festa, por exemplo, e diferentes pessoas 
tendem a ter padrões diferentes de vestimentas. Sabendo qual o perfil de uso do 
casal, desenhe o guarda roupa de acordo com as peças de uso.Um projeto de interiores de um quarto completo deve contemplar também 
as divisórias do guarda-roupa. Você, como profissional, deve fazer as defini-
ções em parceria com o cliente e o marceneiro responsável pela execução.
Fonte: a autora.
atenção
Pós-Universo 11
Tabela 2 - Dimensões indicadas para divisões de guarda roupa 
DIVISÕES INTERNAS ALTURA LARGURA PROFUNDIDADE
E S PA Ç O S PA R A 
CABIDEIROS
Paletós, blusas, camise-
tas e jaquetas
90 a 100 
cm
Variável conforme 
estrutura do varão
50 cm sem portas e 60 
cm com portas 
Camisas sociais
100 a 110 
cm
Variável conforme 
estrutura do varão
50 cm sem portas e 60 
cm com portas 
Casacos, saias e 
camisões
115 a 120 
cm
Variável conforme 
estrutura do varão
50 cm sem portas e 60 
cm com portas 
Casacões e vestidos 
longos
140 a 160 
cm
Variável conforme 
estrutura do varão
50 cm sem portas e 60 
cm com portas 
Calceiro 70 cm
Variável conforme 
estrutura do varão
50 cm sem portas e 60 
cm com portas 
PRATELEIRAS
Camisas, camisetas e 
shorts
30 cm Múltipla de 30 cm 45 a 60 cm
Uso geral 30 cm Variável 45 a 60 cm
Sapatos
18 a 20 
cm
Múltipla de 25 cm 30 cm
Malhas de lã
30 a 40 
cm
Múltipla de 30 cm 45 a 60 cm
Cosméticos, higiene 
etc. 
10 a 25 
cm
Variável 12 a 20 cm
Livros
22 a 32 
cm
Variável 20 a 35 cm
Papéis, pastas e 
arquivos
35 cm Variável 30 cm
Som Variável Variável Mínimo 45 cm
GAVETEIROS
Malhas de lã
37 a 45 
cm
45 cm 45 a 60 cm
Uso geral
15 a 20 
cm
45 cm 45 a 60 cm
Lingerie, meias e jóias
10 a 15 
cm
45 cm 45 a 60 cm
Camisas 8 a 10 cm 45 cm 45 a 60 cm
Sapatos 20 cm Múltiplas de 25 cm 30 a 60 cm
PORTAS Variável 40 a 100 cm
MALEIROS 60 cm Variável Variável
Fonte: Adaptado de Gurgel (2013, p. 153). 
Pós-Universo 12
Figura 4 - Modelo de divisão de guarda roupa 
Pós-Universo 13
Outros mobiliários podem e costumam ser utilizados em um quarto, como, por 
exemplo, o criado mudo, que deve ser alocado ao lado da cama para ser utilizado 
de apoio, principalmente durante a noite. Essa peça pode ter diferentes formas, ser 
de variados materiais, e até, ser estabelecida a partir de um outro objeto que assume 
o papel de criado. Para algumas pessoas, é importante que tenha gavetas para ar-
mazenamento de pequenas coisas, enquanto outros clientes não fazem questão das 
gavetas. Assim, o criado pode ser uma uma peça composta por base e tampo, ou 
mesmo, ser uma mesa. Suas dimensões podem variar, de acordo com a área dispo-
nível, porém sua altura deve ser compatível com a cama, evitando alturas menores, 
o que torna o uso desconfortável, e também alturas muito superiores, o que pode 
causar acidentes.
Para dimensionar as portas do guarda-roupa, Gurgel (2013) apresenta as se-
guintes orientações:
 • De abrir: devem ter entre 40 e 60 cm de largura, o que permite 
um vão entre 80 e 120 cm, e se o ambiente permitir, as portas 
podem ser maiores, desde que ao serem abertas, não atrapa-
lhem a circulação.
 • Sanfonadas ou camarão: podem ou não utilizar trilhos, sendo que 
possibilitam uma abertura maior, indicadas para armários com 
profundidades não adequadas para portas de correr.
 • Correr: boa solução para espaços reduzidos, pois não ocupa 
espaço ao ser aberta, porém, a profundidade é maior do que a 
de um guarda roupa com porta de abrir, já que os trilhos ocupam 
espaço.
 • Sem porta: indicado para closets ou ambientes mais despojados, 
pode também ser fechado com uma cortina.
Fonte: Adaptado de Gurgel (2013, p. 157).
saiba mais 
Pós-Universo 14
layout
Pós-Universo 15
Além de basicamente dormir, é comum que outras atividades sejam realizadas no 
quarto, ler, relaxar, assistir à televisão, ouvir música, estudar, além de armazenar dife-
rentes coisas, e assim, além de basicamente cama, outros mobiliários e equipamentos 
são necessários no ambiente. Converse com seu cliente e estabeleça suas neces-
sidades para o ambiente a fim de decidir o que será necessário ser instalado, pois 
somente com esse dados é possível pensar e estabelecer o layout.
Ao ser contratado(a) para a elaboração do projeto de um quarto em uma edifi-
cação, conheça bem as instalações disponíveis, onde estão interruptores e tomadas, 
além de portas e janelas, para que a cama possa ser localizada na melhor posição, 
considerando a indicação de que próximo a ela exista um interruptor de controle 
da iluminação, oferecendo assim a possibilidade de acender e apagar a luz sem que 
seja necessário levantar da cama (GURGEL, 2013).
Mesmo a cama sendo o componente principal de um quarto, caso não exista 
o closet separado, será necessário a instalação de um guarda-roupa no ambiente. 
Dessa forma, analisar a melhor parede ou localização para tal garante a possibilida-
de de um móvel maior e com mais qualidade de uso, sem interferências de outros 
elementos. É comum que o guarda-roupa seja pensado na parede de maior dimen-
são, o que nem sempre é a melhor solução, por isso simule possibilidades.
Considerando que a indicação é que exista circulação livre ao redor da cama, a 
configuração mais comum de dormitório é a de posicionamento da cama no centro 
do ambiente, com sua cabeceira encostada em uma das paredes, o que deixa as 
outras paredes livres, e, dependendo da área, o guarda-roupa pode ser instalado na 
lateral ou nos pés da cama (GRIMLEY & LOVE, 2016).
Apesar deste partido, Gurgel (2013, p. 147) defende que “uma mesma área permite 
distintas variações de projeto”, sendo que no mesmo espaço existe a possibilidade 
de diferentes distribuições de mobiliários, e de acordo com a autora é indispensá-
vel que se explore o maior número de cenários até se encontrar a melhor proposta 
para a aquele cliente em específico.
Pós-Universo 16
Título:Um mesmo dormitório com diferentes possibilidades de configurações
Fonte: Gurgel (2013, p. 148). 
Pós-Universo 17
No caso de quartos para bebês, para o atendimento às necessidades de uso mais 
comuns, é necessário especificações adequadas, considerando as particularida-
des do “dono” do ambiente, o bebê. Vejamos que, para dormir, o mais comum é a 
escolha pelo berço, que pode ter diferentes dimensões, conforme vimos no tópico 
anterior, mas, em geral, tem em torno de 70 X 150 cm (os maiores). Além do berço, 
muitos clientes desejam que seja instalada também uma cama, que sirva de apoio 
para os pais, ou mesmo, possa ser utilizada posteriormente pela criança, assim, as 
duas peças são localizadas para que o restante do layout seja estabelecido. Sempre 
que possível, se as dimensões e o formato do cômodo permitirem, o indicado é que 
o berço tenha apenas a cabeceira encostada na parede, e assim, suas laterais e pés 
ficam livres para a aproximação. Já a cama, pode ter uma de suas laterais encostada 
na parede, sem prejuízo de uso. 
Além de dormir, trocar e armazenar também apresentam especificidades. As 
roupas dos bebês têm dimensões diferentes e necessitam de diferentes cuidados. 
O uso de cômodas é comum, pois permite que as peças sejam guardadas adequa-
damente, com fácil acesso quando necessário, além da superfície do móvel poder 
ser utilizada como trocador, oferecendo altura conveniente para um adulto execu-
tar a tarefa em pé. Importante que seja proposto próximo à peça o armazenamento 
de fraldas e outros utensílios necessários para a realização da tarefa (GURGEL, 2013).
Figura 5 - Quarto de bebê 
Pós-Universo 18
A consultora Marina Xandó apresenta algumas indicações quanto a poltro-
na de amamentação:
 • A poltrona deve ter um bom suporte à região lombar;
 • Faça um teste na própria loja: sente-se na poltrona, apoie os co-
tovelos e verifique se você se sente confortável;
 • Escolha um tecido de fácil limpeza para não ter problemas futuros;
 • O encosto traseiro deve apoiar suas costas completamente e 
deve ficar na altura da cabeça;
 • Quando sentar, certifique-se de que os joelhos fiquem encosta-
dos no limite do assento. Se os seus pés não alcançarem o chão, 
escolha um pufe confortável paraapoiá-los;
 • Lembre-se de que o bebê pode regurgitar e sujar a cadeira, então 
pense bem antes de escolher o tecido: couro pode ser uma boa 
opção;
 • Você vai se sentar nessa cadeira várias vezes por dia! Então uma 
boa dica é escolher poltronas que possuem almofadas soltas no 
assento, já que são as mais confortáveis;
 • Não se esqueça da decoração e leve em consideração o tamanho 
do quarto. Não adianta investir em uma poltrona muito grande 
que depois você não consiga mudá-la de lugar ou utilizá-la no res-
tante da casa (sim, isso é possível basta trocar o tecido e pronto);
 • Existem inúmeros modelos de poltronas: giratórias, com e sem 
balanço, clássicas, modernas, com almofadas, bolsos laterais, re-
vestimentos de couro etc. A melhor forma de escolher é sempre 
privilegiar o conforto e optar por aquela que pode ser usada 
futuramente.
Fonte: <http://www.askmi.com.br/dicas-sobre-cadeira-de-amamentacao/>.
saiba mais 
Pós-Universo 19
A poltrona de amamentação também é um mobiliário comum para quartos de bebê, 
e oferece conforto às mamães em um ato muito importante para o bebê, mas é 
preciso que sua escolha seja adequada, suas dimensões e posições atendam à ne-
cessidade desse uso. O mercado hoje disponibiliza diferentes modelos, específicos 
ou não, que auxilia o momento.
Para o quarto de crianças e adolescentes, devemos pensar que diferentes faixas etárias 
carecem de distintas instalações. A partir dos 4 anos, no máximo, o berço já não tem 
mais função de uso, e a cama passa a ser utilizada. Os brinquedos e livros começam 
a fazer parte mais assiduamente da rotina, necessitando assim de uma área para 
serem alocados, por isso, a necessidade de armários e prateleiras aumenta. Muitas 
vezes ainda são instalados outros equipamento, como TV, som e computador, entre 
outros (GURGEL, 2013).
A partir dos 7 anos, de acordo com Gurgel (2013), a criança passa a levar para casa 
atividades escolares, necessitando assim de uma bancada de estudos, além de espaço 
para armazenamento dos materiais escolares. Outro fator destacado pela autora é 
do recebimento de amigos para brincar, estudar, ou mesmo, dormir em casa, assim, 
passa a ser interessante a instalação de mais uma cama ou uma cama auxiliar. Acima 
de 11 anos, ainda de acordo com Gurgel (2013), a criança passa a ter mais persona-
lidade, influenciando mais ativamente nas escolhas sobre seu quarto, ambiente que 
assume o papel de refúgio.
Num quarto de bebê, podemos dizer que a maior “bagunça” ocorre na área 
destinada à troca de fraldas e roupas. Para isso, é indispensável prever espaço 
suficiente, bem acessível e seguro para o bebê, e para acomodar tudo o que 
estiver envolvido nessa tarefa, ou seja, local para roupa suja, fraldas, algodão, 
cremes, cestos de lixo etc.
Fonte: Gurgel, 2008, p. 58.
atenção
Pós-Universo 20
Para quartos de adultos solteiro, o layout também é estabelecido a partir da cama, 
que pode ser uma de solteiro, viúva, ou mesmo de casal, caso seja esse o desejo do 
usuário e as dimensões permitirem. Além de cama, guarda-roupa e uma bancada 
de estudos, por exemplo, são outros elementos que podem ser inseridos, de acordo 
com o briefing estabelecido. No caso de o ambiente ser compartilhado por mais de 
uma pessoa, sendo necessários a instalação de mais camas, existem alternativas para 
que o ambiente seja melhor aproveitado em suas dimensões. A beliche é uma boa 
opção, sendo que existem diferentes possibilidades de projeto desse tipo de cama, 
que não precisa obrigatoriamente ser uma suspensa acima da outra; cabe a você 
profissional analisar o ambiente e levantar alternativas. Faça um bom estudo de cor-
relatos e converse com um marceneiro de confiança sobre a viabilidade.
Para as crianças, o quarto representa bem mais do que um espaço para 
dormir. É refúgio, brincadeira, é onde se recebem os amigos.
Fonte: Gurgel, 2008, p. 149.
reflita
Pós-Universo 21
escolhas
Pós-Universo 22
Figura 6 - Quarto com beliche personalizada
Reafirmando a função de uso principal do quarto, que é a de dormir, as especifica-
ções para o ambiente devem ser pautadas neste princípio. “Considerando-se que 
as pessoas passam, em média, de seis a oito horas por dia no dormitório, o espaço 
deve gerar uma sensação tanto de relaxamento como de segurança.” (GRIMLEY & 
LOVE, 2016, p. 102). Assim, justamente na busca dessas sensações são estabelecidos 
os princípios do projeto.
Pós-Universo 23
Para Gurgel (2013), as melhores opções para pisos de quartos, que oferecem 
maior aconchego, são os pisos em madeira, laminados ou vinílicos, já que são mais 
convenientes quanto à temperatura ao serem tocados. Se a opção for pelo piso frio, 
como o de cerâmica, a autora indica que sejam previstos tapetes próximos à cama. 
Ainda para a autora, o carpete pode ser interessante, ajudando na acústica e sensa-
ção de conforto, mas devem ser evitados em dormitórios de alérgicos. Quando o 
ambiente for muito alto, optar por um piso mais escuro é uma alternativa para me-
lhorar a sensação de aconchego.
Para as paredes, a tinta é a opção mais comum, sendo indicada a opção a base dágua, 
que emite menos odor e seca mais rapidamente após sua aplicação. A látex, feita 
com um polivinílico sintético, solúvel em água, oferece facilidade na limpeza de seus 
pingos pós-pintura e são também mais elásticas do que as de base à óleo, e assim, 
estão menos sujeitas à fissuras. Para esse ambiente, acabamentos foscos, semifoscos 
ou acetinados são os indicados, podendo se utilizar do acabamento brilhante para a 
proposta de algum efeito diferenciado (GRIMLEY & LOVE, 2016).
Outra opção bastante usável para o revestimento de paredes de quartos é o papel 
de parede, podendo ser à base de celulose, em papel, ou do tipo vinílico, quando 
possuem uma base plástica, o que o torna mais duradouro e fácil de limpar, conforme 
apresenta Grimley e Love (2016). O papel pode ser aplicado em uma única parede, 
especialmente quando for estampado, ou em todas as paredes, quando apresentar 
apenas texturas, ou mesmo, estampas em tom sobre tom.
A escolha das cores merece bastante cuidado, considerando todo o efeito que 
essas podem causar e as necessidades do ambiente. Para Gurgel (2013, p. 144):
 “
[...] Paredes em tons pastel, ligeiramente quentes, ajudam a criar uma atmos-
fera aconchegante, necessária neste ambiente. Evite tons e cores muito fortes 
e vibrantes, que agitam a mente, dificultando o processo de relaxamento. 
Tons de azul são refrescantes e ajudam a relaxar.
Ao especificar um tapete para o quarto, faça o teste do tato, toque o tapete 
com as mãos e, se possível, também com os pés. Escolha um modelo de 
fácil manutenção, que possa ser lavado em casa.
Fonte: adaptado de Gurgel (2008).
saiba mais 
Interessante compreender que a cor não precisa ser inserida na parede ou nos mobiliários, 
que podem ser em uma base neutra, e sim em elementos que compõem o ambiente, dessa 
forma evita-se o excesso, não causando grandes impactos ou o enjoo com o tempo de uso.
Figura 7 - Quarto com detalhes em azul
Fonte: Shutterstock
Atenção especial à escolha de cores em quartos infantis. É comum a pro-
posta de quartos temáticos, cheio de personagens e cores, porém, essa 
aplicações costumam ser bastante estimulantes e nem sempre isso é inte-
ressante para uma criança, especialmente hiperativas e com histórico de 
dificuldade de concentração.
Fonte: A autora.
atenção
atividades de estudo
1. Sendo a cama o elemento mais importante no projeto de um quarto, é muito im-
portante para um profissional conhecer as dimensões de mercado desse móvel. 
Sobre as dimensões de cama, escolha a alternativa que complete as lacunas 
abaixo, respectivamente.
Cama de casal: ____ cm X _____ cm
Cama de solteiro menor: ______ cm X _____ cm
Cama king size: _____ cm X _____ cm
a) 130 - 188; 88 - 188; 196 - 198.
b) 180 - 188; 70 - 180; 198 - 198.
c) 138 - 188; 78 - 188; 186 - 198.
d) 70 - 188; 186 - 198; 130- 188.
e) 198 - 198; 130 - 188; 70 - 188.
2. Diferentes etapas da vida apresentam diferentes necessidades para o quarto, assim, 
analise as informações abaixo e analise.
I) O quarto de criança entre 4 e 11 anos tem como função praticamente única a 
de dormir.
II) Mesmo em quarto duplo, a beliche não deve ser uma opção para as camas, já 
que não é um móvel de uso adequado.
III) A partir dos 4 anos, no máximo, o berço já não tem mais função de uso.
IV) As roupas dos bebês têm dimensões diferentes, e necessitam de diferentes 
cuidados.
Está correto o apresentado em:
a) I, II e III apenas.
b) I, III e IV apenas.
c) II e III apenas.
d) II, III e IV apenas.
e) III e IV apenas.
atividades de estudo
3. A especificação de materiais e cores para o quarto deve considerar a principal função 
do ambiente: dormir. Assim, sobre isso, leia as afirmativas abaixo.
I) Os pisos em madeira, laminados ou vinílicos oferecem maior qualidade térmica 
ao quarto.
II) A tinta à base d’água é a melhor opção, pois tem menos cheiro e seca mais rápido. 
III) Apesar de comum, o uso de papel de parede no quarto não é indicado.
IV) As cores frias não devem ser utilizadas, já que não deixam o quarto aconchegante.
É correto o que se afirma em:
a) I e II apenas.
b) I, II e III apenas.
c) I, III e IV apenas.
d) II e III apenas.
e) III e IV apenas.
resumo
Ter um quarto bonito, mas acima de tudo confortável e agradável, incentivando o descanso, é a 
vontade da maioria das pessoas, e certamente, de seus clientes. Ao ser contratado para a elabora-
ção do projeto de interiores de um quarto, é indispensável que um bom briefing seja elaborado, 
relacionando as necessidades e os desejos de quem utilizará o ambiente após pronto, porém, 
alguns princípios são básicos, e podem – e devem – ser aplicados a qualquer situação.
As dimensões adequadas podem ser o partido do projeto, já que para que o ambiente realmen-
te seja funcional e confortável, é indispensável que os mobiliários, equipamentos e circulação 
sejam dimensionados corretamente. Você, como profissional, não pode propor uma solução que 
não atenda aos quesitos ergonômicos.
Conhecendo e sistematizando as medidas, as mesmas devem ser aplicadas para o estabeleci-
mento do layout do cômodo, propondo a melhor solução, com o uso dos mobiliários necessários, 
considerando as necessidades, e nesse caso, a faixa etária do dono do quarto, já que, diferentes 
idades necessitam de mobiliários e equipamentos adequados às suas atividades. Um quarto de 
bebê precisa ser adequado para os pais cuidarem do filho. Um quarto de criança é também um 
refúgio para o brincar, e o de um jovem adulto precisa armazenar seus objetos. Entre outras par-
ticularidades que conhecemos em nossa leitura.
As escolhas de materiais, que visam ao atendimento do objetivo principal do quarto, deve ser 
baseada em fatores técnicos, já que você é um profissional e sua contratação se justifica justamen-
te por isso. Propor as melhores soluções deve ser o seu objetivo profissional, e assim, conhecer e 
compreender as possibilidades é indispensável. Dentro deste contexto, insere-se a escolha das 
cores a serem aplicadas, considerando todo o impacto que isso pode causar.
Desejo muitos projetos e muito sucesso!
material complementar
A psicologia das cores: como as cores afetam a emoção e a razão
Autor: Eva Heller
Editora: G G
Sinopse: Este livro busca abordar a relação das cores com os sentimen-
tos e mostrar como as duas coisas não se combinam por acaso, já que 
as relações entre ambas não são apenas questões de gosto, mas sim 
experiências universais profundamente enraizadas na linguagem e no 
pensamento. Organizada em treze capítulos, correspondentes a treze 
cores diferentes, a obra oferece um painel de informações sobre as cores; de ditados e saberes 
populares até sua utilização na área de design de produto, os diversos testes baseados em 
cores, as terapias cromáticas, a manipulação de pessoas, os nomes e sobrenomes relaciona-
dos com as cores, entre outros dados.
A História dos quartos
Autor: Michelle Perrot
Editora: Paz e Terra
Sinopse: Da Antiguidade até os dias de hoje, Michelle Perrot faz uma 
genealogia desse espaço, real ou imaginário, e explora algumas de suas 
formas ao longo dos séculos: o quarto do rei, o quarto de hotel, o quarto 
conjugal, o quarto da criança, o quarto dos empregados, dos enfermos 
e dos moribundos, o quarto dos reclusos de toda sorte e o dos solitários, 
como o artista e o estudante. A história do quarto de dormir e seu emaranhado de segredos 
da vida privada passa por relações de poder e amorosas, remete a devaneios, desejos, noites 
mal dormidas, trabalhos de parto e à angústia do último suspiro.
referências
Askmi. on-line. Disponível em http://www.askmi.com.br/dicas-sobre-cadeira-de-amamentacao/. 
Acesso em: 18 out. 2017.
BOUERI FILHO, José Jorge. Projeto e dimensionamento dos espaços da habitação: espaço 
de atividade. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2008.
CAMARGO, Larissa Siqueira. Qualidade Funcional de Quitinetes do Jardim Universitário em Maringá 
- PR. Dissertação de mestrado. Maringá: UEM, 2014. 
Disponível em: http://www.peu.uem.br/LarissaSiqueira.pdf. Acesso em 24 de set. 2017.
GRIMLEY, Chris; LOVE, Mimi. Cor, Espaço e Estilo. São Paulo: Gustavi Gili, 2016.
GURGEL, Miriam. Organizando Espaços: Guia de decoração e reforma de residências. São Paulo: 
SENAC, 2008.
______. Projetando Espaços: Guia de arquitetura de interiores para áreas residenciais. São Paulo: 
SENAC, 2013.
PEDRO, João Branco. Programa Habitacional: Espaços e Compartimentos. Lisboa: Laboratório 
Nacional de Engenharia Civil, LNEC, 1999. 
SZÜCS, C. Habitação de Interesse Social – HIS: Tabela de Requisitos. NUTAU 2000 – Tecnologia e 
Desenvolvimento. São Paulo: Universidade de São Paulo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 
Departamento de Tecnologia da Arquitetura. 2000.
resolução de exercícios
1. c. 138 - 188; 78 - 188; 186 - 198.
2. e. III e IV apenas.
3. a. I e II apenas.

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