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Livro Eletrônico
Aula 02
Noções de Medicina Legal p/ PC-PA (Investigador) Com videoaulas -
2019
Alexandre Herculano
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Medicina Legal para Polícia Civil 
 
 
 
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Sumário 
Apresentação ............................................................................................................................................................ 3 
Perícia e Perito .......................................................................................................................................................... 4 
1. Conceitos ............................................................................................................................................................................. 4 
2. Da necessidade da perícia no Direito. Da atuação do perito nos diversos ramos do Direito e da manifestação dos 
peritos. .................................................................................................................................................................................... 9 
Questões Propostas ................................................................................................................................................. 28 
Questões Comentadas ............................................................................................................................................. 46 
Gabarito ................................................................................................................................................................. 87 
 
 
 
Alexandre Herculano
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 Apresentação 
 
Olá, meus amigos! 
Vou abordar, hoje, Perícia e perito: conceitos; da necessidade da perícia 
no Direito; da atuação do perito nos diversos ramos do Direito; da 
manifestação dos peritos. Essa parte é bem abordada em Medicina Legal. 
Vamos lá! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Perícia e Perito 
 
 
1. Conceitos 
 
 
Segundo a doutrina “todo procedimento médico (exames clínicos, 
laboratoriais, necroscopia, exumação) promovido por autoridade policial ou 
judiciária, praticado por profissional de Medicina visando prestar esclarecimentos à 
Justiça, denomina-se perícia ou diligência médico-legal”. 
 Perícias são diligências que possuem a finalidade de estabelecer a 
veracidade ou a falsidade de situações, fatos ou acontecimentos, de interesse da 
justiça por meio de provas. São verificações (análises) de todo o vestígio de uma 
infração, cabe lembrar aqui, que vestígio e indícios não são sinônimos, ok? 
Qualquer marca, fato, sinal que seja detectado em local onde tenha sido praticado 
fato delituoso é, em tese, um vestígio. Agora, após esse ser devidamente analisado, 
interpretado e associado com os exames laboratoriais e dados da investigação 
policial daquele fato, enquadrando-se em toda sua moldura, tiver estabelecida 
sua inequívoca relação com o fato delituoso e com as pessoas com esse 
relacionadas, aí ele terá se transformado em um indício. 
 Seguindo pessoal, é de suma importância vocês saberem que o Código de 
Processo Penal, diz que sempre que uma infração deixar vestígios é indispensável o 
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exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo suprimi-lo a confissão do 
acusado. As perícias devem ser realizadas por peritos oficiais, portadores de 
diploma de curso superior e que na falta de perito oficial, o exame deve ser 
feito por duas pessoas idôneas portadoras de diploma de curso superior e de 
preferência na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada 
com a natureza do exame. E, caso tenha desaparecido os vestígios, o exame não 
poderá ser realizado, contudo a prova testemunhal poderá suprir a falta daquele. 
 Então, uma perícia pode ser realizada direta e indiretamente. O exame 
direto é aquele feito pessoalmente pelo perito sobre o objeto a ser 
examinado. Já o indireto é feito sobre documentos ou outros elementos que 
se refiram ao objeto a ser analisado, ou, ainda, que guardem relação com 
ele. 
 As perícias se materializam por meio dos laudos periciais, mais a frente eu 
vou falar sobre documentos legais, são muito cobrados nos concursos - os laudos 
são constituídos de peça escrita, contendo a descrição minuciosa do que foi 
examinado, as respostas aos quesitos formulados, além de outras provas. É 
importante também saber, que quando existir divergências entre dois peritos a 
respeito da mesma matéria, a perícia é denominada contraditória; sendo 
assim, o magistrado pode aceitar o que julgar conveniente ou nomear um terceiro 
perito. 
 Assim, faz-se necessário estudarmos uma parte do Código de Processo 
Penal, o qual contemplou um conjunto de regras que regulamentam a produção de 
provas no âmbito do processo criminal. Dessa forma, estabeleceu normas gerais 
relacionadas aos requisitos a serem utilizados pelo magistrado na valoração 
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dos elementos de convicção carregados ao processo e ao ônus probante, bem 
como disciplinou determinados meios específicos de prova, ou seja, elementos 
trazidos ao processo capazes de orientar o juiz na busca da verdade dos fatos. 
 Muito importante para sua prova e para o entendimento desta aula é o 
conceito e finalidade da prova. Vejamos o que diz o grande mestre Guilherme de 
Souza Nucci: 
 “Prova é o conjunto de elementos produzidos pelas partes ou determinados 
pelo juiz visando à formação do convencimento quanto a atos, fatos e 
circunstâncias, assim, o termo prova deriva do latim probatio, que significa ensaio, 
verificação, inspeção, exame, argumento, razão, aprovação ou confirmação” 
 No processo penal, a produção da prova objetiva auxiliar na formação do 
convencimento do juiz quanto à veracidade das afirmações das partes em juízo. Não 
se destina, portanto, às partes que a produzem ou requerem, mas ao magistrado, 
possibilitando, destarte, o julgamento de procedência ou improcedência da ação 
penal. 
 Antes de entrar na legislação, vou abordar recentes jurisprudências 
sobre o tema, pois, o nível dos concursos vem aumentando e não sabemos o que a 
banca poderá cobrar. Vejamos: 
 
O reconhecimento da existência de irregularidades no laudo pericial que 
atesta a natureza das lesões sofridas pela vítima de tentativa de latrocínio 
(157, § 3º, parte final, do CP) não resulta na desclassificação da conduta 
para alguma das outras modalidades de roubo prevista no art. 157 do CP. 
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Isso porque, para a configuração daquele delito, é irrelevante se a vítima sofreu 
lesões corporais. Efetivamente, a figura típica do latrocínio se consubstancia no 
crime de roubo qualificado pelo resultado, em que o dolo inicial é de subtrair coisa 
alheia móvel, sendo que as lesões corporaisou a morte são decorrentes da 
violência empregada, atribuíveis ao agente a título de dolo ou culpa. Desse modo, 
embora haja discussão doutrinária e jurisprudencial acerca de qual delito é 
praticado quando o agente logra subtrair o bem da vítima, mas não consegue matá-
la, prevalece o entendimento de que há tentativa de latrocínio quando há dolo de 
subtrair e dolo de matar, sendo que o resultado morte somente não ocorre por 
circunstâncias alheias à vontade do agente. Por essa razão, a jurisprudência do STJ 
pacificou-se no sentido de que o crime de latrocínio tentado se caracteriza 
independentemente de eventuais lesões sofridas pela vítima, bastando que o 
agente, no decorrer do roubo, tenha agido com o desígnio de matá-la. HC 201.175-
MS, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 23/4/2013 (Informativo nº 0521). 
 
Para embasar a denúncia oferecida, é possível a utilização do reconhecimento 
fotográfico realizado na fase policial, desde que este não seja utilizado de 
forma isolada e esteja em consonância com os demais elementos probatórios 
constantes dos autos. Precedentes citados: HC 186.916-SP, DJe 11/5/2011, e HC 
105.683-SP, DJe 3/5/2011. HC 238.577-SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado 
em 6/12/2012 (Informativo nº 0514). 
 
Pode ser deferida produção antecipada de prova testemunhal – nos termos 
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do art. 366 do CPP – sob o fundamento de que a medida revelar-se-ia 
necessária pelo fato de a testemunha exercer função de segurança pública. 
O atuar constante no combate à criminalidade expõe o agente da segurança pública 
a inúmeras situações conflituosas com o ordenamento jurídico, sendo certo que as 
peculiaridades de cada uma acabam se perdendo em sua memória, seja pela 
frequência com que ocorrem, ou pela própria similitude dos fatos, sendo inviável a 
exigência de qualquer esforço intelectivo que ultrapasse a normalidade para que 
estes profissionais colaborem com a Justiça apenas quando o acusado se submeta 
ao contraditório deflagrado na ação penal. Esse é o tipo de situação que justifica a 
produção antecipada da prova testemunhal, pois além da proximidade temporal 
com a ocorrência dos fatos proporcionar uma maior fidelidade das declarações, 
possibilita o registro oficial da versão dos fatos vivenciados pelo agente da 
segurança pública, o qual terá grande relevância para a garantia da ampla defesa 
do acusado, caso a defesa técnica repute necessária a repetição do seu depoimento 
por ocasião da retomada do curso da ação penal. Precedente citado: HC 165.659-
SP, Sexta Turma, DJe 26/8/2014. RHC 51.232-DF, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado 
em 2/10/2014 (Informativo nº 549). 
 
Na verificação da materialidade delitiva do crime de violação de direito autoral (art. 
184, § 2º, do CP), admite-se perícia realizada com base nas características 
externas do material apreendido, não sendo necessária a catalogação dos 
CDs e DVDs, bem como a indicação de cada título e autor da obra apreendida e 
falsificada. A Lei 10.695/2003 – que incluiu os arts. 530-A a 530-G no CPP – previu 
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novas regras para a apuração nos crimes contra a propriedade imaterial. Em face 
disso, a realização do laudo pericial agora prescinde de maiores formalidades. 
Ademais, não é necessária a catalogação dos CDs e DVDs, bem como a indicação de 
cada título e autor da obra apreendida e falsificada, porquanto a persecução do 
delito se procede mediante ação penal pública incondicionada. Precedente citado: 
AgRg no REsp 1.469.677-MG, Sexta Turma, DJe 19/9/2014. AgRg no AREsp 
276.128-MG, Rel. Min. Walter de Almeida Guilherme (Desembargador Convocado 
do TJ/SP), julgado em 2/10/2014 (Informativo nº 549). 
 
 
2. Da necessidade da perícia no Direito. Da atuação do perito nos diversos 
ramos do Direito e da manifestação dos peritos. 
 
 
Então, nessa aula vou explorar os artigos do CPP, que abordam a legalidade 
das perícias e peritos. Iniciando, vejamos o artigo 158 do CPP: 
 
“Art. 158. Quando a infração deixar vestígios será indispensável o exame 
de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão 
do acusado.” 
 
 Pessoal, o exame de corpo de delito compreende-se a perícia destinada à 
comprovação da materialidade das infrações que deixam vestígios (Ex: lesões 
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corporais, furto qualificado pelo arrombamento, dano etc.). A própria nomenclatura 
utilizada – corpo de delito – sugere o objetivo dessa perícia. Assim, não se pode 
falar em exame de corpo de delito quando ausente um vestígio em consequência da 
prática delituosa. Observe-se que o referido art. 158 refere-se a exame de corpo de 
delito direto e indireto. Assim, considera-se direto quando realizado pelo expert 
diante do vestígio deixado pela infração penal, por exemplo, a necropsia no cadáver. 
Por outro lado, o exame indireto é aquele realizado com base em informações 
verossímeis fornecidas aos peritos quando não dispuserem estes do vestígio deixado 
pelo delito. Imagine-se um delito de estupro, sendo submetida a vítima à perícia de 
conjunção carnal ocorrida um mês antes. Não mais sendo constatado o vestígio em 
face do tempo decorrido, poderão os experts elaborar laudo indireto, a partir, por 
exemplo, de atestado do médico particular da vítima que a tenha examinado logo 
após a ocorrência. Nesse caso, o laudo indireto limitar-se-á a um juízo de 
compatibilidade, vale dizer, a afirmar que a realidade constatada é compatível com 
as referências constantes no documento que lhes foi apresentado. 
 É muito comum, na doutrina, a confusão entre o exame de corpo de delito 
indireto e a possibilidade de suprimento da perícia pela prova testemunhal em razão 
do desaparecimento do vestígio. É que, apesar da obrigatoriedade da perícia 
determinada pelo art. 158 quando se tratar de crime que deixa vestígios, o Código 
de Processo Penal, estabeleceu que, quando o vestígio houver desaparecido, a 
prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta. Esta possibilidade de suprimento não se 
confunde com o chamado exame indireto, ok? No exame indireto há um laudo, 
firmado por peritos. Diferente é a situação de suprimento da perícia com base em 
testemunhas que vierem a prestar depoimento em juízo a respeito do vestígio do 
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crime que tenham presenciado, caso em que se estará não diante de uma prova 
pericial indireta, mas sim de uma prova testemunhal. Essa a conjugação dos arts. 
158 e 167, o primeiro classificando o exame de corpo de delito como direto ou 
indireto, e o segundo tratando da impossibilidade de realização do exame de corpo 
de delito, caso em que seria possível o suprimento pela prova testemunhal. 
 O art. 158 do CPP, como já dissemos, determina que, quando a infração 
deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, 
não podendo supri-lo a confissão do acusado. Esta regra guarda simetria com o art. 
564, III, b, do CPP, dispondo que constitui nulidade a falta do exame de corpo de 
delito, salvo o disposto no art. 167 do mesmo Código. Este, por sua vez, refere a 
possibilidade de suprimento do exame de corpo de delito pela prova testemunhal 
quando o vestígio houver desaparecido. 
 
“Art. 159. O examede corpo de delito e outras perícias serão realizados 
por perito oficial, portador de diploma de curso superior. 
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) 
pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior 
preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem 
habilitação técnica relacionada com a natureza do exame. 
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e 
fielmente desempenhar o encargo.” 
“§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de 
acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de 
quesitos e indicação de assistente técnico. 
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§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e 
após a conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos 
oficiais, sendo as partes intimadas desta decisão. 
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, 
quanto à perícia: 
I - requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para 
responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os 
quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com 
antecedência mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as 
respostas em laudo complementar; 
II - indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em 
prazo a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência. 
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu 
de base à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que 
manterá sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para 
exame pelos assistentes, salvo se for impossível a sua conservação. 
§ 7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de 
conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de 
um perito oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.” 
 
 Continuando, o art. 159, caput, estabelece que o exame de corpo de delito 
deverá ser realizado por perito oficial portador de curso superior. 
Perito oficial é aquele que pertence aos quadros do Estado. Ao empregar a palavra 
“perito” no singular, o CPP aboliu a exigência de dois peritos para a realização do 
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exame. Sendo oficial, portanto, basta um perito, ressalvada a hipótese de perícia 
que abranja mais de uma área do conhecimento, caso em que poderá ser designada 
a atuação de mais de um perito. Outra coisa, o CPP prevê que, na falta de perito 
oficial, poderá a perícia ser realizada por dois peritos não oficiais (peritos 
leigos), como tal consideradas as pessoas idôneas, portadoras de curso superior 
preferencialmente na área que constitui o objeto da perícia, que possuam habilitação 
técnica relacionada à natureza do exame e que, nomeadas pelo Delegado de Polícia 
ou pelo juiz, prestem o compromisso de bem e fielmente desempenharem a função 
para a qual encarregados. 
 E no caso de divergência entre os peritos? Sabemos que existem 
determinadas hipóteses em que persiste a obrigatoriedade de ser a perícia 
executada por mais de um especialista. É o caso, por exemplo, da perícia efetuada 
por peritos não oficiais, exigindo o art. 159, § 1.º, do CPP o mínimo de dois 
profissionais na sua efetivação; também assim o laudo toxicológico definitivo, 
sugerindo a redação do art. 50, § 2.º, da Lei 11.343/2006 a necessidade de que seja 
confeccionado por mais de um perito (refere o dispositivo que o perito que 
subscrever o laudo provisório não ficará impedido de participar do laudo definitivo, 
não sendo concebível que alguém participe de uma atividade sozinho); e, ainda, a 
perícia realizada para fins de materialização dos crimes contra a propriedade 
imaterial de ação penal privada, referindo-se o art. 527 do CPP, expressamente, a 
“dois peritos”. 
 Dessa forma, ficou notório que podem determinar a realização de perícias, o 
Promotor de Justiça e o Juiz. Entretanto, na grande maioria das ocorrências, onde o 
Delegado de Polícia primeiro toma conhecimento e por ser o presidente do inquérito, 
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é quem mais exerce essa prerrogativa. Salienta-se, ainda, que também as partes, 
especialmente por intermédio dos advogados que lhe representam, poderão requerer 
exames periciais, na fase processual, diretamente ao juiz. No entanto, não poderá 
requerer na fase inquisitorial a revisão ou complementação de exames periciais, uma 
vez que essa prerrogativa é exclusiva do magistrado. Esta prerrogativa caracteriza-
se pela ausência de dispositivo contrário a esse procedimento e, em especial, pelo 
que orienta o Art. 184 (“Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a 
autoridade policial negará a perícia requerida pelas partes, quando não for 
necessária ao esclarecimento da verdade”). 
 No art. 159, § 3.º, do CPP contém regramento cogente, alertando que serão 
facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao 
querelante e ao acusado a formulação de quesitos e a indicação de assistentes. 
Assim, a ausência de notificação destes sujeitos processuais poderá acarretar 
nulidade processual, cuja natureza reputamos, ser relativa, sujeitando-se à 
demonstração de prejuízo para que seja declarada. Difere o regramento citado § 3.º 
daquele incorporado ao art. 176 do CPP, pois este último é restrito a disciplinar que 
as partes poderão formular quesitos até o ato da diligência, estatuindo simples 
faculdade às partes que poderá ser exercida também na fase do inquérito policial. 
“Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão 
minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos 
formulados. 
Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 
(dez) dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a 
requerimento dos peritos.” 
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 Muitas perícias requerem exames complementares, que são necessárias para 
a análise e conclusão do laudo pericial, demandando assim dilação do prazo previsto. 
Observe-se que, de acordo com o constante no art. 160, parágrafo único, o laudo 
pericial deve ser concluído no prazo de dez dias. 
 
“Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e 
a qualquer hora. 
Art. 162. A autópsia será feita pelo menos 6 (seis) horas depois do 
óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem 
que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto. 
Parágrafo único - Nos casos de morte violenta, bastará o simples 
exame externo do cadáver, quando não houver infração penal que 
apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a causa da 
morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de 
alguma circunstância relevante.” 
 
 A regra estabelecida pelo Código de Processo Penal é a de que o exame de 
corpo de delito possa ser feito em qualquer dia e hora, sem restrições quanto aos 
feriados e períodos noturnos (art. 161). Uma primeira exceção, contudo, existe em 
relação ao exame interno do cadáver (necropsia ou autópsia), o qual deverá ser feito 
no mínimo seis horas após a morte, segundo dispõe o art. 162 do CPP. Como o risco 
de morte aparente, na atualidade, é improvável em face do avanço tecnológico,na 
prática esse tempo não tem sido observado, mesmo porque o próprio dispositivo 
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citado ressalva a possibilidade de efetivação do exame antes do interregno lá 
previsto quando induvidosa a morte do indivíduo. 
 Trata-se de medida de cautela, que objetiva impedir a realização do exame 
em um corpo onde ainda haja possibilidade de vida. Note-se que a Lei refere-se à 
autópsia, quando tecnicamente deveria indicar “necropsia”. O tempo de seis horas, 
baseia-se no fato que se evite que o exame seja realizado com a vítima viva. 
Consoante dispõe o artigo 162, parágrafo único, nem sempre será necessário o 
exame interno. Basta o exame externo do cadáver nos casos de morte violenta em 
que não houver infração penal para apurar como é o caso de morte acidental. 
Considera-se ainda desnecessária quando as lesões externas permitirem precisar a 
causa da morte e não houver exame interno para averiguar alguma circunstância 
relevante. 
 
“Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade 
providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize 
a diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado. 
Parágrafo único - O administrador de cemitério público ou particular 
indicará o lugar da sepultura, sob pena de desobediência. No caso de 
recusa ou de falta de quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o 
cadáver em lugar não destinado a inumações, a autoridade procederá às 
pesquisas necessárias, o que tudo constará do auto.” 
 
 Evidentemente, a autoridade a que faz referência o dispositivo é a policial, 
que é a quem compete determinar as providências necessárias para a necropsia (art. 
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6.º, VII, do CPP). Nada providenciando a autoridade policial, poderão os 
interessados (o Ministério Público, o assistente de acusação e o advogado do réu) 
requerer ao juiz que determine a exumação. Assim, as exumações podem ser 
requeridas administrativamente ou judicialmente, pelos herdeiros ou pelas 
autoridades. 
 
“Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que 
forem encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões 
externas e vestígios deixados no local do crime.” 
 
 Embora as fotografias não sejam prova única, elas contribuem para a 
formação da convicção das autoridades que analisarem os inquéritos. 
 
“Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, 
quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, 
esquemas ou desenhos, devidamente rubricados. 
Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado, 
proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto de Identificação e 
Estatística ou repartição congênere ou pela inquirição de testemunhas, 
lavrando-se auto de reconhecimento e de identidade, no qual se 
descreverá o cadáver, com todos os sinais e indicações. 
Parágrafo único - Em qualquer caso, serão arrecadados e autenticados 
todos os objetos encontrados, que possam ser úteis para a identificação 
do cadáver.” 
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 Os parentes poderão fazer o reconhecimento do morto, assim como outras 
pessoas que o conheciam. Será lavrado um auto de reconhecimento. 
 
“Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem 
desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a 
falta.” 
 
 Mais a frente, vamos ver o que, realmente, são vestígios. A Lei diz que não 
sendo possível a realização do corpo de delito por haverem desaparecido – e não por 
não terem sido realizados em prazo adequado – a prova testemunhal poderá, então, 
suprir tal hipótese. 
 
“Art. 168. Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial 
tiver sido incompleto, proceder-se-á a exame complementar por 
determinação da autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a 
requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de 
seu defensor. 
§ 1º - No exame complementar, os peritos terão presente o auto de 
corpo de delito, a fim de suprir-lhe a deficiência ou retificá-lo. 
§ 2º - Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no Art. 
129, § 1º, I, do Código Penal, deverá ser feito logo que decorra o 
prazo de 30 (trinta) dias, contado da data do crime. 
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§ 3º - A falta de exame complementar poderá ser suprida pela prova 
testemunhal.” 
 
 Tratando-se do crime de lesões corporais, a fim de evitar o desaparecimento 
dos vestígios, normalmente é o ofendido submetido ao exame de corpo de delito 
logo depois do fato. Neste exame deverão constar os esclarecimentos necessários 
para que possa o Ministério Público identificar a natureza da lesão praticada de modo 
a enquadrá-la no caput (lesão corporal leve) ou nos §§ 1.º e 2.º do art. 129 (lesão 
corporal grave ou gravíssima, respectivamente). Na verdade, o exame de corpo de 
delito no crime de lesões corporais compõe-se da resposta a determinados quesitos 
que, por sua vez, correspondem ao que dispõem o art. 129 e seus parágrafos. 
 Para entender melhor essa parte, faz-se necessário ver o tipo do Art. 129, 
vejamos: 
 
“Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. 
Lesão corporal de natureza grave 
§ 1º - Se resulta: 
I - incapacidade para as ocupações habituais, por mais de 30 
(trinta) dias; 
II - perigo de vida; 
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função; 
IV - aceleração de parto: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos.” 
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 O art. 168, § 2.º, como se vê, exige que a perícia seja feita “logo que 
decorra o prazo de 30 (trinta) dias”. Muito embora não seja explicitado qual seja 
esse prazo, os termos incorporados ao dispositivo em comento sugerem que o 
exame deva ser feito nos primeiros dias que se seguirem ao final do trintídio, sob 
pena de inviabilizar a constatação quanto a ter ficado ou não a vítima, efetivamente, 
incapacitada. 
 
 Seguindo, vamos ao art. 169: 
 
“Art. 169. Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a 
infração, a autoridade providenciará imediatamente para que não 
se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos, que 
poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas 
elucidativos. 
Parágrafo único. Os peritos registrarão, no laudo, as alterações do 
estado das coisas e discutirão, no relatório, as consequências dessas 
alterações na dinâmica dos fatos." 
 
 Quando estudarmos local de crime, vão ver o quanto é importante a 
preservação daquele, pois, caso seja diferente teremos uma local inidôneo, o qual 
poderá prejudicar a perícia local. 
 
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"Art. 170. Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material 
suficiente para a eventualidade de nova perícia. Sempre que 
conveniente, os laudos serão ilustrados com provas fotográficas,ou 
microfotográficas, desenhos ou esquemas." 
 
"Art. 171. Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de 
obstáculo a subtração da coisa, ou por meio de escalada, os peritos, 
além de descrever os vestígios, indicarão com que instrumentos, por que 
meios e em que época presumem ter sido o fato praticado." 
Art. 172. Proceder-se-á, quando necessário, à avaliação de coisas 
destruídas, deterioradas ou que constituam produto do crime. 
Parágrafo único - Se impossível a avaliação direta, os peritos procederão 
à avaliação por meio dos elementos existentes nos autos e dos que 
resultarem de diligências. 
Art. 173. No caso de incêndio, os peritos verificarão a causa e o lugar em 
que houver começado o perigo que dele tiver resultado para a vida ou 
para o patrimônio alheio, a extensão do dano e o seu valor e as demais 
circunstâncias que interessarem à elucidação do fato." 
 
 O art. 171 do CPP dispõe que, “nos crimes cometidos com destruição ou 
rompimento de obstáculo a subtração da coisa, ou por meio de escalada, os peritos, 
além de descrever os vestígios, indicarão com que instrumentos, por que meios e 
em que época presumem ter sido o fato praticado”. A despeito dessa previsão, há 
controvérsias quanto à possibilidade de suprimento da perícia por outro meio de 
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prova para fins de comprovação dessa qualificadora. Assim, desde que 
desaparecidos os vestígios, é possível, aplicando-se o art. 167 do CPP, reconhecer a 
qualificadora do rompimento de obstáculo a partir da prova testemunhal (ou de 
outras provas). Este é o entendimento dominante, compreendendo o STJ que “para 
a incidência da qualificadora prevista no art. 155, § 4.º, I, do Código Penal, é 
necessária a comprovação do rompimento de obstáculo, por laudo pericial, salvo em 
caso de desaparecimento dos vestígios, quando a prova testemunhal poderá suprir-
lhe a falta.” 
 Por outro lado, em relação à escalada, esta pressupõe o acesso ao local do 
furto por via anormal e com o emprego de meios artificiais, de particular agilidade ou 
de esforço sensível, reveladores da obstinação do agente em vencer as cautelas 
postas pelo ofendido para a defesa do seu patrimônio, bem como da sua maior 
capacidade de delinquir. Caracteriza-se, por exemplo, na transposição de janelas, 
telhados, muros, portões, túneis etc. 
 O art. 173 do CPP estabelece que, “no caso de incêndio, os peritos verificarão 
a causa e o lugar em que houver começado, o perigo que dele tiver resultado para a 
vida ou para o patrimônio alheio, a extensão do dano e o seu valor e as demais 
circunstâncias que interessarem à elucidação do fato”. Aqui, temos o crime de 
incêndio, tipificado no art. 250 do Código Penal. As questões mencionadas no art. 
173 do CPP e que devem ser respondidas pelos peritos (se possível) tendo em 
vista as peculiaridades do delito, cujas circunstâncias podem conduzir uma maior ou 
menor punição, dependendo tenha ocorrido em casa habitada ou não, dos 
instrumentos utilizados para provocar o fogo, do material ígneo empregado, das 
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consequências e demais elementos que podem evidenciar o agir doloso ou culposo 
do agente. 
 
"Art. 174. No exame para o reconhecimento de escritos, por comparação 
de letra, observar-se-á o seguinte: 
I - a pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o escrito será 
intimada para o ato, se for encontrada; 
II - para a comparação, poderão servir quaisquer documentos que a dita 
pessoa reconhecer ou já tiverem sido judicialmente reconhecidos como 
de seu punho, ou sobre cuja autenticidade não houver dúvida; 
III - a autoridade, quando necessário, requisitará, para o exame, os 
documentos que existirem em arquivos ou estabelecimentos públicos, ou 
nestes realizará a diligência, se daí não puderem ser retirados; 
IV - quando não houver escritos para a comparação ou forem 
insuficientes os exibidos, a autoridade mandará que a pessoa escreva o 
que Ihe for ditado. Se estiver ausente a pessoa, mas em lugar certo, 
esta última diligência poderá ser feita por precatória, em que se 
consignarão as palavras que a pessoa será intimada a escrever." 
 
 O art. 174 do CPP trata do exame grafotécnico. Esta prova pretende, 
mediante comparação da grafia aposta em documento escrito com a grafia do 
investigado ou do acusado, afirmar ou afastar a sua autoria em relação a 
determinado texto ou assinatura. Tratando-se de prova técnica, o exame 
constitui importante instrumento de convicção à autoridade policial, no curso das 
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investigações, e ao juiz, no decorrer da instrução criminal. Sua utilização é bastante 
comum na apuração de crimes relacionados à falsificação de documentos públicos ou 
particulares, falsidade ideológica e estelionato. Sem embargo, também pode ser 
realizado na identificação da autoria de documentos relevantes para a comprovação 
de qualquer outro crime, como por exemplo, de homicídio previamente anunciado ao 
ofendido por meio de carta anônima supostamente enviada pelo acusado. 
 Com a finalidade de efetuar a comparação, pode ser utilizado qualquer 
documento licitamente obtido, desde que comprovada sua autenticidade, o que pode 
ocorrer: por meio do reconhecimento do acusado de que a grafia lhe pertence; por 
meio de reconhecimento judicial, como por exemplo o documento produzido em 
processo cível reconhecidamente escrito pelo acusado; e por qualquer outro meio de 
prova hábil à afirmação da autoria do texto ou assinatura sob comparação. 
 
"Art. 175. Serão sujeitos a exame os instrumentos empregados para a 
prática da infração, a fim de se Ihes verificar a natureza e a eficiência." 
 
 A obrigatoriedade do exame a que alude o art. 175 do CPP depende da 
hipótese concreta. Observe-se, por exemplo, a hipótese de um homicídio provocado 
por arma de fogo. Alegando o imputado, como defesa, disparo acidental, é 
importante que se faça a perícia para comprovar a viabilidade da versão 
apresentada. Diferentemente, sendo hipótese de imputação de homicídio doloso, em 
que alega o acusado, por exemplo, ter agido em legítima defesa ao desferir um tiro 
contra a vítima, a perícia no revólver apreendido é totalmente desnecessária. 
Suponha-se, agora, que o delito imputado seja o de disparo de arma de fogo. Neste 
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caso, tratando-se de crime que se pode comprovar mediante prova testemunhal 
quanto à efetiva ocorrência da conduta, é absolutamente dispensável a perícia. 
 
"Art. 176. A autoridade e as partes poderão formular quesitos até o ato 
da diligência. 
Art. 177. No exame por precatória, a nomeação dos peritos far-se-á 
no juízo deprecado. Havendo, porém, no caso de ação privada, 
acordo das partes, essa nomeação poderá ser feita pelo juiz 
deprecante. 
Parágrafo único - Os quesitos do juiz e das partes serão transcritos na 
precatória. 
Art. 178. No caso do art. 159, o exame será requisitado pela autoridade 
ao diretor da repartição, juntando-se ao processo o laudo assinado pelos 
peritos. 
Art. 179. No caso do § 1º do Art. 159, o escrivão lavrará o auto 
respectivo, que será assinado pelos peritos e, se presente ao exame, 
também pela autoridade. 
Parágrafo único - No caso do Art.160, parágrafo único, o laudo, que 
poderá ser datilografado, será subscrito e rubricado em suas folhas por 
todos os peritos. 
Art. 180. Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no 
auto do exame as declarações e respostas de um e de outro, ou cada um 
redigirá separadamente o seu laudo, e a autoridade nomeará um 
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terceiro; se este divergir de ambos, a autoridade poderá mandar 
proceder a novo exame por outros peritos. 
Art. 181. No caso de inobservância de formalidades, ou no caso de 
omissões, obscuridades ou contradições, a autoridade judiciária mandará 
suprir a formalidade, complementar ou esclarecer o laudo. 
Parágrafo único - A autoridade poderá também ordenar que se proceda a 
novo exame, por outros peritos, se julgar conveniente. 
Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou 
rejeitá-lo, no todo ou em parte. 
Art. 183. Nos crimes em que não couber ação pública, observar-se-á o 
disposto no Art. 19 (“Art. 19 - Nos crimes em que não couber ação 
pública, os autos do inquérito serão remetidos ao juízo competente, onde 
aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou 
serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado.”). 
Art. 184 Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a 
autoridade policial negará a perícia requerida pelas partes, quando não 
for necessária ao esclarecimento da verdade.” 
 
 Ao participar mais de um profissional no exame pericial, é possível que 
venham eles a divergir nas respectivas conclusões. Para solucionar o impasse daí 
decorrente, prevê o art. 180 que, “se houver divergência entre os peritos, serão 
consignadas no auto do exame as declarações e respostas de um e de outro, ou 
cada um redigirá separadamente o seu laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; 
se este divergir de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo exame por 
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outros peritos”. Sintetizando, três são as possibilidades que podem surgir da análise 
judicial de laudo elaborado por mais de um perito, quando assim for exigido pela lei: 
✓ Peritos convergem nas conclusões e o juiz concorda integralmente 
com o resultado do laudo: a decisão será proferida em acordo com 
a perícia; 
✓ Peritos convergem nas conclusões e o juiz discorda com o resultado 
do laudo: o juiz proferirá decisão contrária ao laudo, 
fundamentando-a, porém, em outros elementos de prova coligidos 
ao processo; 
✓ Peritos divergem nas conclusões, caso em que o juiz: 
• Poderá optar por uma das soluções apontadas, discordando da 
remanescente e fundamentando esse seu entendimento; 
• Poderá nomear terceiro perito – chamado de “desempatador” – 
para indicar qual sua posição em face das conclusões 
contraditórias dos peritos que o antecederam no exame, 
guiando-se o magistrado, neste caso, pelo resultado das 
observações desse último expert; 
• Se o perito desempatador divergir das conclusões dos peritos 
que realizaram o primeiro laudo, poderá o juiz determinar nova 
perícia, a ser realizada por dois outros peritos, ignorando, 
então, a primeira realizada. 
 Vamos fazer algumas questões para ver como essa parte é abordada em 
prova. Até a próxima aula! 
 Grande abraço e bons estudos! 
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Questões Propostas 
 
 
1) (2015 – CESPE - TJ-DF - Analista Judiciário – Judiciária) Julgue o item 
subsequente, em relação à prova, ao instituto da interceptação telefônica e 
à citação por hora certa. 
Conforme a teoria dos frutos da árvore envenenada, adotada pelo Código de 
Processo Penal, a prova ilícita produzida no processo criminal tem o condão de 
contaminar todas as provas dela decorrentes, devendo, entretanto, ficar evidenciado 
o nexo de causalidade entre elas, considerando-se válidas, ademais, as provas 
derivadas que possam ser obtidas por fonte independente da prova ilícita. 
 
2) (2015 – CESPE - TJ-DF – Oficial de Justiça) A respeito de prova criminal, 
de medidas cautelares e de prisão processual, julgue o item que se segue. 
A gravação decorrente de interceptação telefônica que não interessar ao processo 
deverá ser inutilizada por decisão judicial posterior, necessariamente, à conclusão da 
instrução processual. 
 
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3) (2014 – CESPE - Polícia Federal - Agente de Polícia Federal) No que se 
refere ao exame de corpo de delito, julgue o item seguinte. 
A confissão do acusado suprirá o exame de corpo de delito, quando a infração deixar 
vestígios, mas não for possível fazê-lo de modo direto. 
 
4) (ACAFE - 2014 - PC-SC - Agente de Polícia) Considerando as disposições 
do Código de Processo Penal relativas à prova, julgue os itens. 
Serão sujeitos a exame os instrumentos empregados para a prática da infração, a 
fim de se lhes verificara propriedade. 
 
5) (ACAFE - 2014 - PC-SC - Agente de Polícia) Considerando as disposições 
do Código de Processo Penal relativas à prova, julgue os itens. 
Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, 
proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade policial ou 
judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do 
acusado, ou de seu defensor. 
 
6) (ACAFE - 2014 - PC-SC - Agente de Polícia) Considerando as disposições 
do Código de Processo Penal relativas à prova, julgue os itens. 
Proceder-se-á, necessariamente e em qualquer hipótese, a avaliação de coisas 
destruídas, deterioradas ou que constituam produto do crime. 
 
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7) (ACAFE - 2014 - PC-SC - Agente de Polícia) Considerando as disposições 
do Código de Processo Penal relativas à prova, julgue os itens. 
O juiz que não possuir conhecimento específico quanto ao objeto da perícia ficará 
adstrito ao laudo elaborado pelo perito oficial. 
 
8) (ACAFE - 2014 - PC-SC - Agente de Polícia) Considerando as disposições 
do Código de Processo Penal relativas à prova, julgue os itens. 
O juiz ou a autoridade policial negará a perícia requerida pelas partes quando não for 
necessária ao esclarecimento da verdade, inclusive no caso de exame de corpo de 
delito. 
 
9) (FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária) No 
tocante à prova, e de acordo com o Código de Processo Penal, julgue os 
itens. 
Durante o curso do processo, é vedada às partes a indicação de assistentes técnicos. 
 
10) (FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária) No 
tocante à prova, e de acordo com o Código de Processo Penal, julgue os 
itens. 
O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados sempre por dois 
peritos oficiais, portadores de diploma de curso superior. 
 
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11) (FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária) No 
tocante à prova, e de acordo com o Código de Processo Penal, julgue os 
itens. 
Durante o curso do processo judicial,quanto à perícia, é permitido às partes 
requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova, mas não para responderem 
a quesitos. 
 
12) (FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária) No 
tocante à prova, e de acordo com o Código de Processo Penal, julgue os 
itens. 
Quando a infração deixar vestígios, será necessário o exame de corpo de delito, mas 
a confissão do acusado pode supri-lo. 
 
13) (FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária) No 
tocante à prova, e de acordo com o Código de Processo Penal, julgue os 
itens. 
O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em 
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão, exclusivamente, nos 
elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, 
não repetíveis e antecipadas. 
 
14) (Aroeira - 2014 - PC-TO - Escrivão de Polícia Civil - adaptada) Nos 
termos do Código de Processo Penal, julgue os itens. 
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Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que 
examinarem, e responderão aos quesitos formulados. Ressalvada a possibilidade de 
prorrogação, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos, o laudo pericial 
será elaborado no prazo máximo de 10 dias. 
 
15) (VUNESP - 2014 - TJ-RJ - Juiz Substituto - adapatda) Quanto ao 
processo penal, julgue os itens. 
O perito pode ser ouvido em audiência e pode, inclusive, ter determinada sua 
condução coercitiva. 
 
16) (Perito Criminal - PI – 2008 - adaptada) No tocante à prova, e de acordo 
com o Código de Processo Penal, julgue os itens. 
Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos não poderão juntar ao 
laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente 
rubricados, mas tão somente se ater à descrição precisa das lesões. 
 
17) (Perito Criminal - PI – 2008 - adaptada) No tocante à prova, e de acordo 
com o Código de Processo Penal, julgue os itens. 
Nos casos de morte violenta, conforme a legislação processual penal, não bastará o 
simples exame externo do cadáver, os legistas deverão realizar a necropsia com a 
abertura das três cavidades. 
 
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18) (Perito Criminal - PI – 2008 - adaptada) No tocante à prova, e de acordo 
com o Código de Processo Penal, julgue os itens. 
O laudo pericial de necropsia será elaborado no prazo máximo de 10 (dez) dias, não 
podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, mesmo a requerimento 
dos peritos. 
 
19) (Perito Criminal - PI – 2008 - adaptada) No tocante à prova, e de acordo 
com o Código de Processo Penal, julgue os itens. 
O exame de corpo de delito relativo à morte violenta não poderá ser feito em 
qualquer dia e a qualquer hora, mas tão somente no período diurno. 
 
20) (Perito Criminal - PI – 2008 - adaptada) No tocante à prova, e de acordo 
com o Código de Processo Penal, julgue os itens. 
A autópsia será feita pelo menos 6 (seis) horas depois do óbito, salvo se os peritos, 
pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele 
prazo, o que declararão no auto. 
 
21) (Fotógrafo Criminalístico - PCGO - 2011) A prova pericial é uma prova 
técnica, uma vez que pretende atestar a existência de fatos cuja certeza, 
segundo a lei, somente seria possível a partir de conhecimentos 
específicos. Acerca da prova pericial, julgue os itens. 
A prova pericial é um meio utilizado para o esclarecimento dos fatos, tanto na 
demonstração da própria materialidade da infração penal por meio do exame de 
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corpo de delito, como também na comprovação de outros dados importantes na 
apuração da verdade. 
 
22) (2015 - MPE-AM - Promotor de Justiça Substituto) A respeito das provas 
no processo penal, julgue os itens. 
A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, 
fundado no exame das provas em conjunto. 
 
23) (2015 - MPE-AM - Promotor de Justiça Substituto) A respeito das provas 
no processo penal, julgue os itens. 
Se o juiz verificar que a presença do réu poderá causar humilhação, temor ou sério 
constrangimento à testemunha ou ao ofendido, de modo que prejudique a verdade 
do depoimento, determinará a pronta retirada do réu da sala de audiência, 
prosseguindo na inquirição, com a presença do seu defensor. 
 
24) (2015 - MPE-AM - Promotor de Justiça Substituto) A respeito das provas 
no processo penal, julgue os itens. 
À exceção do exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negará a 
perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da 
verdade. 
 
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25) (2015 - MPE-AM - Promotor de Justiça Substituto) A respeito das provas 
no processo penal, julgue os itens. 
Se qualquer testemunha houver de ausentar-se, ou, por enfermidade ou por velhice, 
inspirar receio de que, ao tempo da instrução criminal, já não exista, o juiz poderá, 
de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, tomar-lhe antecipadamente o 
depoimento. 
 
26) (2015 - MPE-AM - Promotor de Justiça Substituto) A respeito das provas 
no processo penal, julgue os itens. 
Os documentos originais, juntos a processo findo, quando não exista motivo 
relevante que justifique a sua conservação nos autos, poderão, mediante 
requerimento, e ouvido o Ministério Público, ser entregues à parte que os produziu, 
ficando traslado nos autos. 
 
27) (2015 – FUNCAB - PC-AC - Perito Criminal) Acerca das perícias em geral 
previstas na legislação processual penal, julgue os itens. 
A autópsia será feita pelo menos cinco horas depois do óbito, salvo se os peritos, 
pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele 
prazo, o que declararão no auto. 
 
28) (2015 – FUNCAB - PC-AC - Perito Criminal) Acerca das perícias em geral 
previstas na legislação processual penal, julgue os itens. 
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Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, quando 
não houver infração penal que apurar. 
 
29) (2015 – FUNCAB - PC-AC - Perito Criminal) Acerca das perícias em geral 
previstas na legislação processual penal, julgue os itens. 
Os cadáveres serão sempre fotografados na posição de decúbito dorsal, bem como, 
na medida do possível, todas as lesões externas e vestígios deixados no local do 
crime. 
 
30) (2015 – FUNCAB - PC-AC - Perito Criminal) Acerca das perícias em geral 
previstas na legislação processual penal, julgue os itens. 
Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, sempre juntarão ao 
laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos. 
 
31) (2015 – FUNCAB - PC-AC - Perito Criminal) Acerca das perícias em geral 
previstas na legislação processual penal, julgue os itens. 
Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento 
especializado, obrigatoriamente será designada a atuação de mais de um perito 
oficial. 
 
32) (2015 – CESPE - TRE-RS - Analista Judiciário – Judiciária) No que se 
refere ao regime das provas em processo penal, julgue os itens. 
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A testemunha pode se eximir do dever de prestar depoimento se for ascendente, 
descendente, cônjuge, companheiro, irmão, pai ou mãe do acusado ou da vítima, 
salvo se não for possível, por outro modo, obter a prova do fato e de suas 
circunstâncias. 
 
33) (2015 – CESPE - TRE-RS - Analista Judiciário – Judiciária) No que se 
refere ao regime das provas em processo penal, julgue os itens. 
O interrogatório do surdo-mudo será, necessariamente, acompanhado de pessoa 
habilitada a entendê-lo, ainda que o interrogando saiba ler e escrever. 
 
34) (2015 – CESPE - TRE-RS - Analista Judiciário – Judiciária) No que se 
refere ao regime das provas em processo penal, julgue os itens. 
Os exames de corpo de delito devem ser realizados por dois peritos oficiais, 
portadores de diploma de curso superior e, na falta de perito oficial, por duas 
pessoas idôneas, com ensino superior completo. 
 
35) (ACAFE - 2014 - PC-SC - Agente de Polícia) Considerando as disposições 
do Código de Processo Penal relativas à prova, assinale a alternativa 
correta. 
A) Serão sujeitos a exame os instrumentos empregados para a prática da infração, a 
fim de se lhes verificara propriedade. 
B) Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, 
proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade policial ou 
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judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do 
acusado, ou de seu defensor. 
C) Proceder-se-á, necessariamente e em qualquer hipótese, a avaliação de coisas 
destruídas, deterioradas ou que constituam produto do crime. 
D) O juiz que não possuir conhecimento específico quanto ao objeto da perícia ficará 
adstrito ao laudo elaborado pelo perito oficial. 
E) O juiz ou a autoridade policial negará a perícia requerida pelas partes quando não 
for necessária ao esclarecimento da verdade, inclusive no caso de exame de corpo 
de delito. 
 
36) (FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária) No 
tocante à prova, de acordo com o Código de Processo Penal, 
A) durante o curso do processo, é vedada às partes a indicação de assistentes 
técnicos. 
B) o exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados sempre por dois 
peritos oficiais, portadores de diploma de curso superior. 
C) durante o curso do processo judicial, quanto à perícia, é permitido às partes 
requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova, mas não para responderem 
a quesitos. 
D) quando a infração deixar vestígios, será necessário o exame de corpo de delito, 
mas a confissão do acusado pode supri-lo. 
E) o juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em 
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão, exclusivamente, nos 
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elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, 
não repetíveis e antecipadas. 
 
37) (Aroeira - 2014 - PC-TO - Escrivão de Polícia Civil) Nos termos do 
Código de Processo Penal, os peritos elaborarão o laudo pericial, onde 
descreverão minuciosamente o que examinarem, e responderão aos 
quesitos formulados. Ressalvada a possibilidade de prorrogação, em casos 
excepcionais, a requerimento dos peritos, o laudo pericial será elaborado no 
prazo máximo de 
A) 05 dias. 
B) 10 dias. 
C) 15 dias. 
D) 30 dias. 
 
38) (VUNESP - 2014 - TJ-RJ - Juiz Substituto) No processo penal, o perito 
A) deve prestar compromisso para cada trabalho, ainda que seja perito oficial. 
B) deve, quando trabalha em dupla, chegar a um consenso com seu colega acerca 
do objeto da perícia, não podendo apresentar laudo divergente em separado. 
C) pode ser ouvido em audiência e pode, inclusive, ter determinada sua condução 
coercitiva. 
D) pode ser considerado suspeito, mas nunca impedido. 
 
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39) (Perito Criminal - PI - 2008) - Entre as alternativas abaixo, assinale a 
correta: 
A) Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos não poderão juntar 
ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente 
rubricados, mas tão somente se ater à descrição precisa das lesões. 
B) Nos casos de morte violenta, conforme a legislação processual penal, não bastará 
o simples exame externo do cadáver, os legistas deverão realizar a necropsia com a 
abertura das três cavidades. 
C) O laudo pericial de necropsia será elaborado no prazo máximo de 10 (dez) dias, 
não podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, mesmo a 
requerimento dos peritos. 
D) O exame de corpo de delito relativo à morte violenta não poderá ser feito em 
qualquer dia e a qualquer hora, mas tão somente no período diurno. 
E) A autópsia será feita pelo menos 6 (seis) horas depois do óbito, salvo se os 
peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes 
daquele prazo, o que declararão no auto. 
 
40) (Perito Criminal - Policia Civil - PB - 2009) Com relação à forma das 
provas, assinale a opção correta. 
A) Considere que um projétil foi, comprovadamente, expelido pelo cano de uma 
arma de fogo, tendo sido tal arma apreendida pela polícia. Seguramente, a 
identificação do proprietário dessa arma indica o autor do disparo. 
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B) Vestígio é a circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o fato, 
autoriza, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias. 
C) Uma impressão digital presente e registrada em um copo localizado sobre uma 
mesa em um prédio onde foi cometido um homicídio, identificada como tendo sido 
ali deixada pelo dedo da mão de determinada pessoa, é um indício que faz 
necessariamente prova de que essa pessoa foi a autora desse crime. 
D) Presunção é o juízo, a opinião pessoal, a convicção ou a suspeita que se formam 
em nossa consciência, da existência real de um fato, ou circunstância, 
desconhecidos, ante outros fatos ou circunstâncias conhecidos, que, por sua 
natureza, devam ou possam estar relacionados com o fato que se desconhece. 
E) Sob o ponto de vista criminalístico e processualístico, indícios e vestígios são 
palavras sinônimas. 
 
41) (Fotógrafo Criminalístico PCGO - 2011) A prova pericial é uma prova 
técnica, uma vez que pretende atestar a existência de fatos cuja certeza, 
segundo a lei, somente seria possível a partir de conhecimentos 
específicos. Acerca da prova pericial, é correto afirmar que 
A) deverá ser produzida por pessoas treinadas, sem a necessidade de habilitação na 
área. 
B) a prova pericial é um meio utilizado para o esclarecimento dos fatos, tanto na 
demonstração da própria materialidade da infração penal por meio do exame de 
corpo de delito, como também na comprovação de outros dados importantes na 
apuração da verdade. 
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==13fe33==
 
 
 
 
 
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(C) corresponde aos modos pelos quais as provas praticamente se produzem. 
Tomando-se por baseos gêneros de provas, constituem prova pericial de sua 
concretização: a prova oral ou vocal; a pessoa testemunhal; o depoimento pessoal; 
a prova literal ou escrita; a documental (documentos públicos e privados); a 
pericial (exames, vistorias e arbitramento); a prova circunstancial (direta e 
indireta); as presunções; os indícios. 
(D) a prova consiste na demonstração de inexistência daquilo que se alega como 
fundamento do direito que se defende ou que se contesta. 
(E) para auxiliar as partes em um processo, nas questões técnicas, poderá haver o 
profissional denominado auxiliar pericial. 
 
42) (Universa - Perito Criminal - GO - 2010) Provar se houve ou não a 
infração penal, demonstrar a ação do sujeito ativo na ação penal, fornecer 
subsídios de conhecimento técnico, científico e artísticos necessários à 
tipificação penal, comprovar o nexo de causalidade entre o sujeito ativo e a 
infração penal trata-se de 
(A) requisição de exames de corpo de delito. 
(B) modalidades de exames de corpo de delito. 
(C) isolamento e preservação de local de crime. 
(D) importância do exame de corpo de delito. 
(E) classificação de local de crime. 
 
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43) (FUNCAB - 2013 - PC-ES - Perito em Telecomunicação) Exceto quando 
os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita 
antes deste prazo, a autópsia deverá ser realizada pelo menos: 
A) 4 (quatro) horas após o óbito. 
B) 6 (seis) horas após o óbito. 
C) 8 (oito) horas após o óbito. 
D) 12 (doze) horas após o óbito. 
E) 24 (vinte e quatro) horas após o óbito. 
 
44) (PC-MG - 2011 - PC-MG - Delegado de Polícia) Sobre a prova pericial é 
INCORRETO afrmar: 
A) O exame de corpo de delito deverá ser assinado por 2 (dois) peritos ofciais, 
portadores de diploma de curso superior. 
B) O exame de corpo de delito poderá ser realizado qualquer dia e horário, inclusive 
aos domingos. 
C) A autópsia será realizada, em regra, 6 (seis) horas após o óbito. 
D) Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material sufciente para a 
eventualidade de nova perícia. 
 
 
45) (2016 – FUNCAB - PC-PA - Escrivão de Polícia Civil) No que diz respeito 
às perícias e aos peritos é correto afirmar que: 
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A) não pode ser realizada perícia em objetos falsificados. 
B) os peritos estão isentos de responsabilidade civil decorrente de dolo ou culpa. 
C) armas de fogo com numeração suprimida, raspada ou adulterada são isentas de 
perícia. 
D) os peritos podem ser responsabilizados criminalmente por atos no exercício da 
função. 
E) o Delegado de Polícia não pode requisitar uma perícia médico-legal. 
 
46) (2016 – CESPE - PC-PE - Delegado de Polícia) Com relação aos 
conhecimentos sobre corpo de delito, perito e perícia em medicina legal e 
aos documentos médico-legais, assinale a opção correta. 
A) Perícia é o exame determinado por autoridade policial ou judiciária com a 
finalidade de elucidar fato, estado ou situação no interesse da investigação e da 
justiça. 
B) O atestado médico equipara-se ao laudo pericial, para serventia nos autos de 
inquéritos e processos judiciais, devendo ambos ser emitidos por perito oficial. 
C) Perito oficial é todo indivíduo com expertise técnica na área de sua competência 
incumbido de realizar o exame. 
D) É inválido o laudo pericial que não foi assinado por dois peritos oficiais. 
E) Define-se corpo de delito como o conjunto de vestígios comprobatórios da prática 
de um crime evidenciado no corpo de uma pessoa. 
 
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47) (2015 – FUNCAB - PC-AC - Perito Criminal) Acerca do exame de corpo 
de delito previsto no Código de Processo Penal, assinale a assertiva correta. 
A) O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por dois peritos 
oficiais, portadores de diploma de curso superior. 
B) Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de 
delito, direto ou indireto, podendo supri-lo a confissão do acusado. 
C) Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os 
vestígios, a prova testemunhai não suprirá a falta. 
D) Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 03 (três) pessoas idôneas. 
E) Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente 
desempenharem o encargo. 
 
48) (2015 – FUNCAB - PC-AC - Perito Criminal) Acerca das perícias em geral 
previstas na legislação processual penal, assinale a assertiva correta. 
A) Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, 
quando não houver infração penal que apurar. 
B) A autópsia será feita pelo menos cinco horas depois do óbito, salvo se os peritos, 
pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele 
prazo, o que declararão no auto. 
C) Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento 
especializado, obrigatoriamente será designada a atuação de mais de um perito 
oficial. 
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D) Os cadáveres serão sempre fotografados na posição de decúbito dorsal, bem 
como, na medida do possível, todas as lesões externas e vestígios deixados no local 
do crime. 
E) Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, sempre juntarão 
ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos. 
 
 
Questões Comentadas 
 
 
 
1) (2015 – CESPE - TJ-DF - Analista Judiciário – Judiciária) Julgue o item 
subsequente, em relação à prova, ao instituto da interceptação telefônica e 
à citação por hora certa. 
Conforme a teoria dos frutos da árvore envenenada, adotada pelo Código de 
Processo Penal, a prova ilícita produzida no processo criminal tem o condão de 
contaminar todas as provas dela decorrentes, devendo, entretanto, ficar evidenciado 
o nexo de causalidade entre elas, considerando-se válidas, ademais, as provas 
derivadas que possam ser obtidas por fonte independente da prova ilícita. 
 
Comentários: 
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Isso mesmo! O art. 157 do CPP deixa claro que são inadmissíveis, devendo ser 
desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em 
violação a normas constitucionais ou legais. Seguindo, no seu primeiro parágrafo, 
são também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não 
evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas 
puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. 
Gabarito: C. 
 
2) (2015 – CESPE - TJ-DF – Oficial de Justiça) A respeito de prova criminal, 
de medidas cautelares e de prisão processual, julgue o item que se segue. 
A gravação decorrente de interceptação telefônica que não interessar ao processo 
deverá ser inutilizada por decisão judicial posterior, necessariamente, à conclusão da 
instrução processual. 
 
Comentários: 
O art. 9° da Lei 9.296/96 menciona que a gravação a qual não interessar à prova 
será inutilizada por decisão judicial, durante o inquérito, a instrução processual 
ou após esta, em virtude de requerimento do Ministério Público ou da parte 
interessada. 
Gabarito: E. 
 
 
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3) (2014 – CESPE - Polícia Federal - Agente de Polícia Federal) No que se 
refere ao exame de corpo de delito, julgue o item seguinte. 
A confissão do acusado suprirá o exame de corpo de delito, quando a infração deixar 
vestígios, mas não for possível fazê-lo de modo direto. 
 
Comentários: 
 
O art. 158 do CPP deixa evidente que, quando a infração deixar vestígios, será 
indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a 
confissão do acusado. Vejamos um julgado sobre o assunto! 
O crime de dano (art. 163, CP), é delito material, ou seja, exige resultado 
naturalístico para a sua consumação, consistente na destruição, inutilização ou 
deterioração de um bem que venha acarretar a diminuição do patrimônio da vítima. 
Aplica-se ao crime de dano a regra do art. 158 do CPP, sendo indispensável a 
realização de exame de corpo de delito para a comprovação da materialidade 
delitiva, não podendo sua ausência ser suprida pela confissão do acusado. 
Demonstrado nos autos que o objeto material do delito foi encaminhado ao Instituto 
de Criminalística na data do fato criminoso, porém a perícia não foi realizada, não há 
que se falar em desaparecimento justificado dos vestígios, tampouco na aplicação do 
art. 167 do CPP. Recurso conhecido e não provido. 
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(TJ-DF - APR: 20130710218448 , Relator: SOUZA E AVILA, Data de Julgamento: 
16/07/2015, 2ª Turma Criminal, Data de Publicação: Publicado no DJE : 22/07/2015 
. Pág.: 64) 
Gabarito: E. 
 
4) (ACAFE - 2014 - PC-SC - Agente de Polícia) Considerando as disposições 
do Código de Processo Penal relativas à prova, julgue os itens. 
Serão sujeitos a exame os instrumentos empregados para a prática da infração, a 
fim de se lhes verificara propriedade. 
 
Comentários: 
Não! O art. 175 do CPP menciona que serão sujeitos a exame os instrumentos 
empregados para a prática da infração, a fim de se Ihes verificar a natureza e a 
eficiência. 
Gabarito: E. 
 
5) (ACAFE - 2014 - PC-SC - Agente de Polícia) Considerando as disposições 
do Código de Processo Penal relativas à prova, julgue os itens. 
Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, 
proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade policial ou 
judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do 
acusado, ou de seu defensor. 
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Comentários: 
Segundo o art. 168 do CPP, em caso de lesões corporais, se o primeiro exame 
pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a exame complementar por 
determinação da autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do 
Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor. Outra coisa, o 
Juiz não ficará adstrito ao laudo elaborado pelo perito oficial. 
Gabarito: C. 
 
6) (ACAFE - 2014 - PC-SC - Agente de Polícia) Considerando as disposições 
do Código de Processo Penal relativas à prova, julgue os itens. 
Proceder-se-á, necessariamente e em qualquer hipótese, a avaliação de coisas 
destruídas, deterioradas ou que constituam produto do crime. 
 
Comentários: 
O art. 172 do CPP, deixa claro que só irá proceder quando necessário! 
Gabarito: E. 
 
7) (ACAFE - 2014 - PC-SC - Agente de Polícia) Considerando as disposições 
do Código de Processo Penal relativas à prova, julgue os itens. 
O juiz que não possuir conhecimento específico quanto ao objeto da perícia ficará 
adstrito ao laudo elaborado pelo perito oficial. 
Alexandre Herculano
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Comentários: 
O art. 182 do CPP menciona que o juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-
lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte. 
Gabarito: E. 
 
8) (ACAFE - 2014 - PC-SC - Agente de Polícia) Considerando as disposições 
do Código de Processo Penal relativas à prova, julgue os itens. 
O juiz ou a autoridade policial negará a perícia requerida pelas partes quando não for 
necessária ao esclarecimento da verdade, inclusive no caso de exame de corpo de 
delito. 
 
Comentários: 
Vejamos o art. 184 do CPP: 
“Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negará 
a perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da 
verdade”. 
Gabarito: E. 
 
9) (FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária) No 
tocante à prova, e de acordo com o Código de Processo Penal, julgue os 
itens. 
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Durante o curso do processo, é vedada às partes a indicação de assistentes técnicos. 
 
Comentários: 
Está errada, pois as partes podem indicar assistentes técnicos. 
Gabarito: E. 
 
10) (FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária) No 
tocante à prova, e de acordo com o Código de Processo Penal, julgue os 
itens. 
O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados sempre por dois 
peritos oficiais, portadores de diploma de curso superior. 
 
Comentários: 
Está errada, já que o exame de corpo de delito e perícias em geral serão realizados 
por um perito oficial ou, não havendo este, por dois peritos não oficiais. 
Gabarito: E. 
 
11) (FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária) No 
tocante à prova, e de acordo com o Código de Processo Penal, julgue os 
itens. 
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Durante o curso do processo judicial, quanto à perícia, é permitido às partes 
requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova, mas não para responderem 
a quesitos. 
 
Comentários: 
O erro é que as partes também poderão requerer que os peritos respondam aos 
quesitos por elas formulados. 
Gabarito: E. 
 
12) (FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária) No 
tocante à prova, e de acordo com o Código de Processo Penal, julgue os 
itens. 
Quando a infração deixar vestígios, será necessário o exame de corpo de delito, mas 
a confissão do acusado pode supri-lo. 
 
Comentários: 
O art. 158 do CPP deixa evidente que, quando a infração deixar vestígios, será 
indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo 
a confissão do acusado. 
Gabarito: E. 
 
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13) (FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária) No 
tocante à prova, e de acordo com o Código de Processo Penal, julgue os 
itens. 
O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em 
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão, exclusivamente, nos 
elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, 
não repetíveis e antecipadas. 
 
Comentários: 
O art. 155, caput, parte final, do CPP, ressalva da obrigatoriedade de judicialização 
as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. Exemplo de prova com natureza 
cautelar

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