Buscar

KEITIANE TCC VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
SERVIÇO SOCIAL
keitiane carneiro buarque
violência contra a mulher
lei maria da penha
Gurupi - TO
2020
KEITIANE CARNEIRO BUARQUE
violência contra a mulher
lei maria da penha
Trabalho apresentado ao Curso Serviço Social para a disciplina Trabalho de Conclusão de Curso I.
Prof. Valquíria Aparecida Dias Caprioli
Gurupi - TO
2020
SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO.................................................................................................04
2 – DELIMITAÇÃO E FORMULAÇÃO DO PROBLEMA......................................05
3 – FORMULAÇÃO DOS OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICOS.......................05 
4 – JUSTIFICATIVA..............................................................................................06
5 - METODOLOGIA.............................................................................................. 06
6 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA............................................................................07
7 - CRONOGRAMA DA PESQUISA.....................................................................14
8 - ORÇAMENTO..................................................................................................14
9 - RESULTADOS ESPERADOS.........................................................................15
10 - REFERÊNCIAS..............................................................................................16
1 – INTRODUÇÃO 
 Este trabalho propõe a articular a perspectiva e às análises sobre violência em suas dimensões subjetiva, histórica, social e cultural, buscando conhecimentos críticos acerca das definições dessas violências. A violência doméstica contra a mulher tem sido um problema cada vez mais em pauta nas discussões e preocupações da sociedade brasileira. A questão da violência contra a mulher é um fenômeno múltiplo e complexo que tem destacado importantes discussões teórico-filosóficas e questionamentos ético-políticos apesar de sabermos que tal violência não é um fenômeno exclusivamente contemporâneo, o que se percebe é que a visibilidade política e social desta problemática tem um caráter recente, dado que apenas nos últimos 50 anos é que tem se destacado a gravidade e seriedade das situações de violências sofridas pelas mulheres em suas relações de afeto. A violência de gênero não se resume a agressão física, sendo está na maioria das vezes, o último nível de uma série de agressões que envolvem violência psicológica, sexual, moral, econômica.
 A mulher vítima de violência, via de regra, é dependente psicológica, econômica e afetivamente do agressor, o que faz com que dificilmente consiga se desvencilhar deste apesar dos maus tratos sofridos, além da dependência, merece consideração a questão familiar, em especial os filhos. Independentemente de classe social, a violência doméstica pode acontecer com qualquer pessoa, e vem crescendo muito ao longo do tempo, porém quase sempre esse problema é negligenciado pela própria vítima ou pela sociedade, e ainda, desculpado ou negado pelo agressor. Isso é pior quando o abuso é psicológico e não físico. É nesse cenário que o profissional de serviço social pode atuar com intervenções que possam enfrentar a questão da violência doméstica contra a mulher, algumas conquistas foram efetivadas no Brasil acerca dessa problemática, que é o caso da Lei Maria da Penha, no entanto, ainda muito longe de ter atingido uma situação ideal para esta questão.
 A Lei n.º Lei 11.340 de 07 de agosto de 2006, denominada “Lei Maria da Penha”, está em vigor desde o dia 22 de setembro de 2006 e foi criada com o intuito de conscientizar as pessoas sobre a necessidade de prevenir a violência doméstica contra a mulher, ou seja, proteção física e psicológica, além de ser uma forma coercitiva para frear os abusos provocados pelo agressor.
2 – DELIMITAÇÃO E FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
 A violência doméstica contra a mulher na maioria dos casos é praticada pelo marido, companheiro, pai ou padrasto um processo que acaba por legitimar certas agressões, especialmente dentro das relações domésticas, julgando-as (ou subjugando-as) como parte integrante, e natural, da dinâmica entre homens e mulheres.
 Portanto, o objeto deste tema violência conta a mulher é buscar informações objetivas que possam esclarecer onde as vítimas podem buscar apoio e tendo em vista que a violência doméstica é um problema social e quanto mais divulgada proporcionará a inibição de violência e os respeitos dos direitos sociais das mulheres, será analisado o conjunto de comportamentos que levam as mulheres que sofrem violência doméstica ou familiar a se sentirem reprimidas em realizar as denúncias, fazendo com que muitos casos não sejam julgados.
 No entanto, não podemos desprezar a contribuição trazida no seio da convivência familiar, a conscientização crescente da mulher quanto ao s seus direitos com a entrada em vigor da lei Maria da penha no Brasil, nesse contexto, a violência contra a mulher, que por muitos anos foi respaldada por lei e justificada por uma ordem social de dominância e subordinação de gênero, ainda se perpetua em pensamentos e comportamentos.
3 – FORMULAÇÃO DOS OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICOS
 OBJETIVO GERAL:
· Analisar e conhecer criticamente as principais causas da violência contra as mulheres e quais os tipos de violência existente na sociedade atual.
 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
· Descrever os tipos de violências e seus impactos na vida das mulheres vítimas de agressões;
· Apresentar as causas que levam as mulheres brasileiras a omitir as denúncias em relação aos abusos de violência;
· Explicar sobre a Lei Maria da Penha e a importância de fazerem as denúncias;
· Compreender o papel do Assistente Social diante da violência contra a mulher.
4 – JUSTIFICATIVA 
 O presente trabalho de pesquisa se justifica pela real necessidade de compreender e analisar quais são os impactos ocorridos nas questões da violência cometida contra as mulheres, também auxiliá-las a denunciarem seus agressores explicando seus direitos através da Lei Maria da Penha. A violência contra as mulheres é um sério problema de direitos humanos, com profundas raízes relacionadas a aceitação cultural desse tipo de violência, este fenômeno ocorre em todas as classes sociais e não respeita fronteiras.
 Mesmo com alguns avanços na legislação e com o maior esclarecimento da sociedade a respeito do assunto, ainda há desafios, como o atendimento especializado às vítimas, ainda muito escasso, e a necessidade de agilidade na condução e informação do andamento do processo. Importante registrar os relatos de mulheres sob medida protetiva que ao recorrerem a polícia por telefone enfrentaram e certamente ainda enfrentam, dificuldades de serem atendidas com a urgência devida.
5 – METODOLOGIA
 De acordo com Gil (2002), a pesquisa bibliográfica é baseada em materiais já elaborados, geralmente constituído de livros e artigos científicos. Visto que o presente artigo trará uma revisão de estudos sobre violência contra a mulher e a lei Maria da Penha. A pesquisa bibliográfica traz algumas vantagens, onde permite ao investigador uma cobertura de fenômenos muito mais amplos do que aquele que se poderia pesquisar diretamente, sendo que, esta vantagem se torna importante quando o problema de pesquisa requer dados dispersos pelo espaço. 
A pesquisa bibliográfica também tem a vantagem em estudos históricos, visto que em algumas situações não há outra maneira de conhecer os fatos passados se não com base em dados bibliográficos (GIL, 2002).
 Para este projeto de estudo será empregado o uso de pesquisa e revisão bibliográfica sobre a temática “Violência Contra a Mulher e a Lei Maria da Penha”, com apoio de pesquisa pela internet, livros e revistas foi realizado um levantamento bibliográfico em artigos científicos para se lidar com o tema, conhecendo o perfil das vítimas e de seus agressores, também quais os tipos de agressão em que as mulheres sofremmais e os impactos sobre a Lei Maria da Penha. O processo de análise qualitativa dos dados envolverá as seguintes atividades e etapas: redução, categorização, interpretação dos dados:
· A redução consistirá na abstração dos dados provenientes da leitura do material selecionado;
· A categorização consistirá na organização dos dados obtidos, permitindo a construção das categorias de análise descritoras do objeto de estudo. 
· A interpretação pressupõe descrever as categorias de análise e a apresentação das mesmas de modo a interpretá-las utilizando-se a inferência e a associação ao referencial teórico do estudo.
6 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
 A violência contra a mulher decorre de um cenário histórico, sendo este marcado por extrema submissão, exploração e humanidade em relação aos homens. Ao longo de toda história essas pessoas foram alvos de discriminação no que tange a gênero, classe e poder. Compreende‐se a violência contra a mulher como uma violação sistemática de direitos, que fere e afeta não apenas a integridade física, mas, também social, emocional e subjetiva. Para Alemany (2009, p. 271), a violência contra a mulher consiste em:
[...] todos os atos que, por meio de ameaça, coação ou força, lhes infligem, na vida privada ou pública, sofrimentos físicos, sexuais ou psicológicos com finalidade de intimidá‐las, puni‐las, humilhá‐las, atingi‐las na sua integridade física e na sua subjetividade.
 Não bastasse a agressão física, eram também atingidas, pela violência moral, sexual e psicológica. Entretanto apesar da evolução da humanidade e do surgimento de movimentos feministas em prol dos direitos de suas classes, a sociedade continuou e ainda continua preconceituosa, razão pela qual ensejou do legislador a necessidade de criar mecanismos de proteção e punição aos casos de violência contra mulheres. No geral a violência pode acontecer com qualquer sujeito, ela é um fenômeno complexo e multicausal que abrange diversas tipologias, independente de gênero, classe social, faixa etária, raça, orientação sexual, dentre outras.
A cada ano mais de um milhão de pessoas perdem a vida, e muitas mais sofrem ferimentos não fatais resultantes de autoagressões, de agressões interpessoais ou de violência coletiva. Em geral, estima-se que a violência seja uma das principais causas de morte de pessoas entre 15 e 44 anos em todo o mundo. (DAHLBERG, KRUG, 2007, p. 1164).
 A sociedade com fortes características patriarcais mantém a mulher cada vez mais em papel de submissão e essa condição é reforçada com a justificativa de razões biológicas do homem comparadas à mulher que é considerada sensível, frágil, com comportamento recatado, predomínio das relações afetivas em relação às intelectuais e outros mais, enquanto que o homem fisicamente mais forte que a mulher, o que gera autoridade, dito como mais racional e sexualidade desenfreada, tais “características” foram suficientes para manter a mulher submissa e com comportamento que não colocasse em risco sua reputação. Del Priore apud Soihet (2001). À maioria das mulheres que sofrem violência não recorrerem às delegacias de polícia para denunciar, devido à vergonha que sentem perante a sociedade, e por dependerem financeiramente do agressor ou achar que eles possam mudar futuramente. Sobre a violência Silva diz:
“(...) a afirmação da agressão é a imposição da vontade de uma pessoa sobre a outra, sem, no entanto, respeitar os limites físicos e morais. Podendo existir na forma física contra a pessoa e contra bens ou verbal, contra pessoa” (Silva, 1992, p. 239).
 Na maioria das vezes a violência acontece dentro da própria casa. Pode ser cometida pelo marido, companheiro, pai, irmão, padrasto ou qualquer outra pessoa que viva sobre o mesmo teto. Pode acontecer também no trabalho, na rua, na escola, e em outros lugares, a violência contra a mulher é um problema social e de saúde pública que atinge todas as etnias, religiões, escolaridade e classes sociais. É uma violação de direitos humanos e liberdades fundamentais. Por isso este tipo de violência não pode ser ignorado ou disfarçado. Precisa ser denunciado por toda a sociedade.
 A violência pode se manifestar de várias formas, com diferentes graus de gravidade. Geralmente, com episódios repetitivos e que na maior parte das vezes, costuma ficar encobertos pelo Silêncio. Veja os tipos de violência que podem ser cometidas contra as mulheres:
 Violência de gênero consiste em qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto no âmbito público como no privado. A violência de gênero é uma manifestação de relações de poder historicamente desiguais entre homens e mulheres, em que a subordinação não implica na ausência absoluta de poder.
 Violência intrafamiliar é toda ação ou omissão que prejudique o bem-estar, a integridade física, psicológica ou a liberdade e o direito ao pleno desenvolvimento de outro membro da família. Pode ser cometida dentro ou fora de casa por algum membro da família, incluindo pessoas que passam a assumir função parental, ainda que sem laços de consanguinidade, e em relação de poder à outra. O conceito de violência intrafamiliar não se refere apenas ao espaço físico onde a violência ocorre, mas também às relações em que se constrói e efetua.
 A violência doméstica distingue-se da violência intrafamiliar por incluir outros membros do grupo, sem função parental, que convivam no espaço doméstico. Incluem-se aí empregados(as), pessoas que convivem esporadicamente, agregados. Acontece dentro de casa ou unidade doméstica e geralmente é praticada por um membro da família que viva com a vítima. As agressões domésticas incluem: abuso físico, sexual e psicológico, a negligência e o abandono.
 Violência física ocorre quando uma pessoa, que está em relação de poder em relação a outra, causa ou tenta causar dano não acidental, por meio do uso da força física ou de algum tipo de arma que pode provocar ou não lesões externas, internas ou ambas. Segundo concepções mais recentes, o castigo repetido, não severo, também se considera violência física. Esta violência pode se manifestar de várias formas:
• Tapas
• Empurrões
• Socos
• Mordidas
• Chutes
• Queimaduras
• Cortes
• Estrangulamento
• Lesões por armas ou objetos
• Obrigar a tomar medicamentos desnecessários ou inadequados, álcool,
drogas ou outras substâncias, inclusive alimentos.
• Tirar de casa à força
• Amarrar
• Arrastar
• Arrancar a roupa
• Abandonar em lugares desconhecidos
• Danos à integridade corporal decorrentes de negligência (omissão de cuidados e proteção contra agravos evitáveis como situações de perigo,
doenças, gravidez, alimentação, higiene, entre outros).
 A violência sexual compreende uma variedade de atos ou tentativas de relação sexual sob coação ou fisicamente forçada, no casamento ou em outros relacionamentos. A violência sexual é cometida na maioria das vezes por autores conhecidos das mulheres envolvendo o vínculo conjugal (esposo e companheiro) no espaço doméstico, o que contribui para sua invisibilidade. Esse tipo de violência acontece nas várias classes sociais e nas diferentes culturas. Diversos atos sexualmente violentos podem ocorrer em diferentes circunstâncias e cenários. Dentre eles podemos citar:
• Estupro dentro do casamento ou namoro;
• Estupro cometido por estranhos;
• Investidas sexuais indesejadas ou assédio sexual, inclusive exigência de sexo como pagamento de favores;
• Abuso sexual de pessoas mental ou fisicamente incapazes;
• Abuso sexual de crianças;
• Casamento ou coabitação forçados, inclusive casamento de crianças;
• Negação do direito de usar anticoncepcionais ou de adotar outras medidas de proteção contra doenças sexualmente transmitidas;
• Aborto forçado;
• Atos violentos contra a integridade sexual das mulheres, inclusive mutilação genital feminina e exames obrigatórios de virgindade;• Prostituição forçada e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual;
• Estupro sistemático durante conflito armado.
 Violência psicológica é toda ação ou omissão que causa ou visa causar dano à autoestima, à identidade ou ao desenvolvimento da pessoa. Inclui:
• Insultos constantes
• Humilhação
• Desvalorização
• Chantagem
• Isolamento de amigos e familiares
• Ridicularização
• Rechaço
• Manipulação afetiva
• Exploração
• Negligência (atos de omissão a cuidados e proteção contra agravos evitáveis como situações de perigo, doenças, gravidez, alimentação, higiene, entre outros)
• Ameaças
• Privação arbitraria da liberdade (impedimento de trabalhar, estudar, cuidar da aparência pessoal, gerenciar o próprio dinheiro, brincar, etc.)
• Confinamento doméstico
• Criticas pelo desempenho sexual
• Omissão de carinho
• Negar atenção e supervisão
 Violência econômica ou financeira são todos os atos destrutivos ou omissões do(a) agressor(a) que afetam a saúde emocional e a sobrevivência dos membros da família. Inclui:
• Roubo
• Destruição de bens pessoais (roupas, objetos, documentos, animais de estimação e outros) ou de bens da sociedade conjugal (residência, móveis e
utensílios domésticos, terras e outros)
• Recusa de pagar a pensão alimentícia ou de participar nos gastos básicos
para a sobrevivência do núcleo familiar
• Uso dos recursos econômicos da pessoa idosa, tutelada ou incapaz, destituindo-a de gerir seus próprios recursos e deixando-a sem provimentos e cuidados
 Violência institucional é aquela exercida nos/ pelos próprios serviços públicos, por ação ou omissão. Pode incluir desde a dimensão mais ampla da falta de acesso à má qualidade dos serviços. Abrange abusos cometidos em virtude das relações de poder desiguais entre usuários e profissionais dentro das instituições, até por uma noção mais restrita de dano físico intencional. Esta violência poder ser identificada de várias formas:
• Peregrinação por diversos serviços até receber atendimento
• Falta de escuta e tempo para a clientela
• Frieza, rispidez, falta de atenção, negligência
• Maus-tratos dos profissionais para com os usuários, motivados por discriminação, abrangendo questões de raça, idade, opção sexual, deficiência física, doença mental
• Violação dos direitos reprodutivos (discrição das mulheres em processo de abortamento, aceleração do parto para liberar leitos, preconceitos acerca dos papéis sexuais e em relação às mulheres soropositivas [HIV], quando estão grávidas ou desejam engravidar)
• Desqualificação do saber prático, da experiência de vida, diante do saber
Científico.
 Entretanto apesar da evolução da humanidade e do surgimento de movimentos feministas em prol dos direitos de suas classes, a sociedade continuou e ainda continua preconceituosa, razão pela qual ensejou do legislador a necessidade de criar mecanismos de proteção e punição aos casos de violência contra mulheres. Destaque-se que, uma das primeiras normas a ensejar grande visibilidade no ordenamento jurídico brasileiro a este respeito, foi a Lei Maria da Penha, a qual assim denominada em consideração a uma mulher, que assim como milhares no Brasil, sofreu graves violências do esposo, mas que em razão da morosidade do judiciário brasileiro, recorreu aos recursos internacionais, os quais determinaram ao Brasil, a necessidade de criar medidas de proteção a mulheres.
 A Lei Maria da Penha tem como principal objetivo garantir direitos fundamentais a todas as mulheres, tem a meta de prevenir e eliminar todas as formas de violência contra a mulher, com vistas a punir os agressores e dando proteção e assistência as mulheres em situação de violência doméstica. Conforme a Lei:
Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social. (Artigo 2º, Lei Maria da Penha nº 11.340/2006) (Brasil, 2006).
 A Lei Maria da Penha somou as conquistas alcançadas pelas mulheres ao longo do tempo e fez com que a categoria despertasse para lutar por políticas públicas que atendessem suas necessidades básicas, sendo encorajadas a participarem de movimentos que visem ao fim da violência como um todo, garantindo conquistas e efetivação dos seus direitos. Deste modo se observa que:
Com a evidente discriminação e violência contra as mulheres o Estado interveio através da Lei 11.340/06 – Lei “Maria da Penha” para coibir os diversos tipos de violência, fazendo então, com que as mulheres se sentissem mais seguras, resgatando a cidadania e a dignidade dessas cidadãs que, na maioria das vezes, sofrem caladas. (PAULA, 2012, p. 37).
7 – CRONOGRAMA DA PESQUISA 
	Etapas
	Março
	Abril
	Maio 
	Junh 
	Jul 
	Ago
	Set 
	Out
	Nov
	Elaboração do Projeto
	 X
	 X
	 X
	 X
	 X
	 X 
	 X
	 X
	
	Revisão de literatura 
	 X
	 X
	 X
	 X
	 X
	 X
	
	
	
	Apresentação do projeto
	
	
	
	
	
	
	 X
	 X
	 X
	Coleta de 
Dados
	
	
	 X
	 X
	 X
	 X
	 X
	 X
	
	Conclusão e redação
	
	 X
	 X
	 X
	 X
	
	
	
	
	Correção ortográfica
	
	
	
	
	
	 X
	 X
	 X
	 X
	Entrega 
	
	
	
	
	
	
	 X
	 X
	 X
8 – ORÇAMENTO
	Número de ordem
	Descrição
	Quantidade
	R$ unitário
	R$ total
	01
	Cópias
	1 cópia de 16 folhas
	1,00
	16,00
	02
	Encadernação
	 1 
	10,00
	10,00
	
	26,00
9 – RESULTADO ESPERADO
 Espero que este projeto de Trabalho de Conclusão de Curso sobre a violência contra a mulher possa contribuir para o enfrentamento e esclarecimento sobre o tema garantindo a atuação do assistente social e o Estado junto ao combate da violência tão presente em nossa sociedade, que estas mulheres que são vítimas possam ter coragem de denunciar seus agressores sendo ele pai, padrasto, marido, namorado ou amigo. Etc., que lhe machucam de várias formas. 
 Toda essa rede de dominação ideológica e social faz com que as vítimas mesmo conhecendo o lado mais cruel e perverso da dominação do patriarcado fazem com que o medo da rejeição, exclusão e pôr fim a morte, muitas se calem. Por isso, apesar dos altos níveis de violência mostrados pelas pesquisas nacionais e internacionais nunca será um dado total, pois enquanto vivermos sob o jugo desse sistema capitalista e da ideologia patriarcal haverá mulheres vivendo suas dores em silencio.
 Que nós assistentes sociais diante de tanta crueldade podemos ajuda-las e atuarmos no enfrentamento e orientando estas vítimas sobre a Lei Maria da Penha, que foi e é o principal veiculo para acabarmos com esta violência, mesmo que tenhamos dificuldades para resolver estre problema que só cresce atualmente.
10 – REFERÊNCIAS
ALEMANY, C. Violências. In: HIRATA, H. et al. (Org.). Dicionário crítico do feminismo. São Paulo: Ed. UNESP, 2009.
BRASIL, Lei Maria Da Penha. Lei N.°11.340, de 7 de Agosto de 2006. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm
DAHLBERG, Linda L. KRUG Etienne G. Violência: um problema global de saúde pública. Ciência & Saúde Coletiva, 11(Sup), Atlanta/GA, 2007.
DEL PRIORE, M. História das mulheres no Brasil. 3. Ed. São Paulo: Contexto, 2000. 678 p.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. Atlas. São Paulo, 2002.
Ministério da Saúde. Violência Intrafamiliar: orientações para a Prática em
São Paulo: Cortez, 1992. Serviço. Brasília DF: Ministério da Saúde; 2002.
SILVA, Lidia M. M. R. Serviço Social e Família: a legitimação de uma ideologia.

Continue navegando