Texto Psicologia Educacional

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Sabe-se da importância do psicólogo dentro da área educacional, não só atuando de forma clínica, mas também em áreas administrativas e prestando auxilio para os professores, alunos e quaisquer indivíduo que atue naquele meio. Esse auxilio é dado por meio de orientações e programas voltados para as principais doenças psicológicas, mas está sempre aberto para novas análises as quais ainda não foram abordadas em programas anteriores. A escola é um contexto que propicia desenvolvimento de habilidades, competências, formação e desenvolvimento de conceitos, saberes e opiniões. Nessa perspectiva, aponta-se a importância da inserção do psicólogo escolar/educacional, objetivando realizar um trabalho de prevenção e enfrentamento da violência no contexto em que ocorre. Telma Vinha, pesquisadora da Faculdade de Educação da Unicamp avalia "Quando a gente fala em saúde mental, não se trata só de alguma patologia, mas também de promover dentro da escola um ambiente saudável, com uma convivência positiva”. 
O caso de Suzano foi um exemplo de massacre escolar ocorrido no dia 13 de março de 2019, na Escola Estadual Professor Raul Brasil no município de Suzano, no estado de São Paulo. Os acusados Guilherme Taucci Monteiro, 17, e Luiz Henrique de Castro, 25, eram ex alunos onde friamente na data do massacre deixaram oito mortos, entre eles alunos e funcionários da escola. Segundo a polícia, Guilherme atira em Luiz matando-o e logo em seguida comete suicídio.
Um dos comentários feito pela mãe à Folha de S.Paulo, foi o que jovem sofreu bullying na escola por conta da acne no rosto. Casos como estes de Suzano vem crescendo em todo mundo. Um fenômeno chamado por especialistas de efeito "contágio", quando a divulgação massiva de informações sobre o crime e os autores pela imprensa ou pelos cidadãos nas redes sociais inspira outros jovens a buscar a mesma notoriedade.
Nos dias atuais as crianças são diariamente bombardeadas com informações vindas de aparelhos eletrônicos os quais elas tem acesso desde muito novas. Cada nova informação é registrada no cérebro dessa criança e interpretada de uma forma muito diferente do que ocorreria com um adulto, pois ela ainda não possui uma personalidade ou opinião totalmente formada. Outro fator que merece destaque nesse tipo de comportamento é a forma rápida como o bullying se espalha, extrapolando os muros da escola. A propagação das difamações é imediata e o efeito multiplicador do sofrimento das vítimas é imensurável (Fante, 2008b), consequentemente vindo a acarretar a criança um desenvolvimento prejudicial à fase adolescente ou adulta, com sérios desvios de caráter e problemas psicológicos.
O ideal é que a escola repense como o comportamento de bullying se manifesta e como se mantém dentro delas, afim de promover apoio psicológico: aos professores, de forma que saibam lidar em situações de violência física e moral (sendo ele a vítima, ou o aluno). Citando o artigo "Intervenções do psicólogo escolar: percepções de professores sobre o mal-estar docente" os psicólogos Marcos Fernando de Oliveira Pereira e Me. Simone Nenê Portella Dalbosco salientam que "Com o auxílio desse profissional, os professores podem ter uma ferramenta de apoio no sentido de relatar suas angústias, medos e ansiedades no exercício da profissão docente. O psicólogo escolar tem o papel de minimizar o estado psíquico dos professores frente às dificuldades e conflitos existentes no trato com alunos, funcionários e colegas de profissão no ambiente específico da escola e da sala de aula"; à todos os alunos, desde a infância, de modo que haja integração, acolhimento e respeito pelas diferenças. Nesse caso, o psicológico deve oferecer auxilio às vítimas para que não tenham constrangimento de falar sobre o que estão passando, além de trabalhar projetos de ações preventivas como promover atividades em grupos visando troca de experiências e identificação entre as crianças ou adolescentes, e atendimento individual para questões específicas, fazendo com que gradativamente preconceitos ainda naturalizados nas escolas (xingamentos quanto a aparência, discursos de ódio, etc) cheguem ao fim.