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O RECEM - NASCIDO DE RISCO TERMINOLOGIAS APLICADAS AO PERÍODO GESTACIONAL E PRIMEIRO ANO DE VIDA PERÍODO PRÉ-NATAL PERÍODO PÓS-NATAL Período Neonatal Período pós-natal Período fetal precoce Período Fetal tardio Precoce Tardia Período Perinatal 22 sem 40 sem 7 dias 28 dias Nascimento ALEITAMENTO MATERNO Forma milenar de alimentação do ser humano em seus primeiros meses de vida; Prática que perdeu força nos últimos 2 séculos Nutrição espécie-específica Fase final do ciclo reprodutivo humano RECOMENDAÇÃO ATUAL Aleitamento Materno exclusivo até os 6 meses de vida do bebê e complementado até os 2 anos de idade ou mais. PRINCIPAIS FUNÇÕES DA AMAMENTAÇÃO Oferecer nutrientes especialmente adaptados à situação digestiva e metabólica da criança Proteger contra microorganismos patogênicos Reduzir a probabilidade de alergias alimentares Reduzir a fertilidade materna e aumentar o intervalo entre os filhos Produzir vínculo afetivo entre mãe e filho PRINCIPAIS FORMAS DE ALEITAMENTO MATERNO A.M. exclusivo = apenas leite materno A.M. predominante = além do leite materno, oferece-se à criança água e/ou chás e/ou sucos. Sem a oferta de outro leite ou outros alimentos A.M. complementado = quando o aleitamento materno é complementado com a oferta de outros alimentos lácteos ou não PREVALÊNCIA DE ALEITAMENTO MATERNO 1989: 97% dos bebês mamam, porém a partir daí o desmame precoce é muito frequente 1996: 43,3% das crianças eram aleitadas ao seio exclusivamente até os 6 meses 1999: 53% das crianças mamam durante o 1º mês de vida e 9,7% das crianças recebem leite materno exclusivamente até os 5-6 meses de vida ANATOMIA DA MAMA ANATOMIA DA MAMA Glândula mamária: formada de 15-20 lóbulos mamários, cada um com seu aparelho secretor, composto de epitélio alveolar produtor de leite e um sistema de ductos envolvidos por tecido conectivo e gordura ARÉOLA E MAMILO Superfície rugosa Presença de glândulas sebáceas para lubrificação Mamilo abriga cerca de 15-20 seios lactíferos em seu interior, sendo rodeado de células musculares DESENVOLVIMENTO DAS MAMAS Antes da puberdade: já há glândulas mamárias e ductos rudimentares Puberdade: estrogênio estimula início da maturação mamária, aumento do mamilo e pigmentação de toda a aréola Adolescência: processo se intensifica Fase final de maturação só acontece na gestação e na lactação AINDA NA GESTAÇÃO... Por ação do estrogênio e da progesterona: Proliferação alveolar Desenvolvimento tubular Parto: ação da prolactina como resultado da sucção do bebê ao seio Fase final de proliferação de células alveolares e reorganização celular COMPONENTES NEURAIS DA AMAMENTAÇÃO Ao mamar, criança produz um estímulo nervoso na aréola que, através da ação da medula espinhal, chega aos neurônios localizados no Hipotálamo, fazendo com que inibam a secreção de dopamina (Fator de Inibição de Prolactina), o que por sua vez, leva a maior secreção de Prolactina pela Hipófise anterior. COMPONENTES NEURAIS DA AMAMENTAÇÃO A maior concentração de Prolactina no sangue, que por via sanguínea aumenta a produção do leite pelas células alveolares da mama. A sucção aumenta também a produção de Ocitocina que coordena a liberação do leite produzido nos alvéolos pelos ductos, graças a contração de células mioepiteliais. Assim, o leite chega aos seios lactíferos, pequenos reservatórios, de onde sairão para a boca do bebê. NUTRIENTES DO LEITE MATERNO Sintetizados pelas células alveolares ou transportados do sangue materno: Carboidratos: lactose sintetizada no aparelho de golgi das céls alveolares Proteínas: alfa-lactoalbumina e caseína sintetizadas no retículo endoplasmático rugoso das céls alveolares a partir de aminoácidos precursores, provenientes do sangue materno Lipídios: AGCC são sintetizados e AGCL/ TG são transportados do sangue materno COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO Mais de 200 componentes, que suprem a necessidade nutricional e imunológica do bebê Composição única em cada mãe e para cada bebê Estado Nutricional e ingestão alimentar da mãe podem afetar a composição do LM, sobretudo de micronutrientes, menos nos casos de Subnutrição grave FASES DO LEITE MATERNO Até 5° dia: colostro (3 a 7 dias) 5° ao 15° dia: leite de transição 16° dia em diante: leite maduro COLOSTRO momento de maturação final e organização das glândulas mamárias. Fluido espesso ↓ volume (2 a 20ml por mamada) Amarelado (rico em β caroteno) 3x mais rico em proteínas (Ig A sec, lactoferrina, linfócitos, macrófagos: ação protetora) ↓ HC e LIP + Na+, Cl-, K+ 54 Kcal/100 ml. LEITE DE TRANSIÇÃO Valor nutricional e conteúdo instável Se altera dia-a-dia para se tornar maduro LEITE MADURO 70 Kcal/100 ml 51% LIP 43% CHO 6% PTN LV X LM Leite de Vaca (LV) Leite Materno (LM) + vitaminas lipossolúveis -Vitaminas hidrossolúveis - Gordura ++++ Proteína (caseína) ++++ Ca, P, Mg, Na, K, Cl ------ Flúor ------ Ferro ------ Zinco Lactoferrina otimiza absorção de Ferro (biodisponibilidade 50% contra 10% do Leite de Vaca) α-lactoalbumina Leite de vaca não tem α-lactoalbumina (melhor aproveitada pelo bebê) tem mais caseína, não tem proteínas do sistema imune LEITE DE VACA Maior quantidade de proteínas de diferente qualidade e digestibilidade, o que aumenta o risco de alergias e induz a má absorção intestinal e perda fecal de sangue Maior retenção gástrica Maior refluxo Menor quantidade de ferro, ác fólico Menor quantidade vit C, A, B12 Maior quantidade de sais Quase ausente em proteínas de defesa PRINCIPAIS VANTAGENS DO ALEITAMENTO MATERNO Sem necessidade de preparo Imediatamente disponível Temperatura ideal Segurança Microbiológica Independe de recursos financeiros Não há desperdício ou sobras Favorece à criação de laço emocional mãe-filho Boa digestibilidade Baixo risco de alergias Proteção comprovada contra infecções Especificidade biológica Perda de peso materno Involução uterina Proteção contra câncer de mama e ovários MÉTODO DA AMENORRÉIA DA LACTAÇÃO O aleitamento materno exclusivo e constante, sem a ocorrência de sangramento menstrual durante os seis meses de vida do bebê é um método contraceptivo milenar que colabora para o intervalo entre as gestações ↑ Prolactina => ↓ LH e FSH - ovulação hormônio folículo estimulante (FSH) luteinizante (LH). DROGAS 1 a 2% da dose ingerida passa ao LM Médico deve avaliar a necessidade do uso de medicamentos Compatíveis c/ amamentação Utilizar com cautela Incompatíveis com amamentação NICOTINA Fumo de > 6 cigarros/dia provoca: Inibição da prolactina e intoxicação do bebê: Apatia Vômitos Retenção de fezes e urina Álcool • Inibe a secreção de ocitocina • Pode causar retardo psicomotor na criança EXCESSO DE CAFEÍNA Hiperatividade Insônia Evitar consumir chocolate, leite de vaca, ovo, gluten, frutos do mar, amendoim enquanto estiver amamentando, principalmente na presença de histórico familiar de alergias alimentares Alérgenos TÉCNICAS PARA O SUCESSO DA AMAMENTAÇÃO A mãe deve desprezar os primeiros jatos e com eles fazer a limpeza da mama; Oferecer a mama sem utilizar mãos no suporte ou sutien; Posicionar o bebê com a cabeça de frente para a mama, escolhendo 1 dentre as diversas posições indicadas; POSIÇÕES INDICADAS PARA AMAMENTAÇÃO Barriga com barriga; Posição invertida; Posição cavalinho; Na posição deitados; Amamentando gêmeos; PRINCIPAIS POSIÇÕES PARA GÊMEOS ➢Com apoio; É importante deixar a cabeça do bebê livre (evitar sufocamento), sem pressionar com as mãos sua cabeça contra o seio materno; A face do bebê deve estar de frente para mãe; É importante deixar a criança sugar livremente até esvaziar a mama; Continuando a fome passar para outra mama; Terminando a fome antes de esvaziar, priorizar esta mamana próxima vez. “PEGA” CORRETA A boca do bebê não deve ficar apenas no mamilo. Deve abranger pelo menos parte da aréola. • Os lábios do bebê devem ficar sutilmente virados para fora no formato ‘peixinho’. LIVRE DEMANDA Não há rotina de horário para a amamentação, principalmente nos primeiros meses, quando o bebê demora bastante para sugar quantidade satisfatória de leite e os intervalos são pequenos; A amamentação não deve ser interrompida durante a madrugada enquanto o bebê estiver em amamentação exclusiva. RECOMENDAÇÕES Oferta exclusiva de leite materno em livre demanda até os 6 meses de idade do bebê INTERCORRÊNCIAS Rachaduras : limpeza com Leite Materno exposição solar 10 – 15 min ou lâmpada 40W a 1 palmo de distância. Mastite: procurar profissional. Ingurgitação e “empedramento” MITOS Leite fraco; Canjica; Cerveja preta; Angú; Amamentar faz os seios ‘caírem’ INTERCORRÊNCIAS DA AMAMENTAÇÃO Rachaduras Não utilizar receitas caseiras à base de cascas, borra de café ou similares; Não utilizar pomadas; Utilizar o próprio leite para higiene; Expor o seio afetado ao sol da manhã ou fim da tarde por 15 a 20 min ou sob lâmpada de 40W por 5 a 6 min a uma distância de 30cm ORDENHA Motivos: doação BLH, trabalho, rachaduras Procedimentos: • Higienização das mãos • Relaxamento • Utilização de pote estéril • Proteção mucosas • Desprezar o 1° jato • Realizar massagens circulares em direção ao mamilo, seguidas de ‘esguicho’ LOCAL Ambiente Geladeira Congelador Freezer TEMPO 2 horas 24 horas 5 dias 15 dias ORDENHA QUANDO FOR UTILIZADA A BOMBA DE LEITE, FERVER/HIGIENIZAR ANTES E NÃO DEIXAR O LEITE CAIR DENTRO DA PÊRA DE BORRACHA. AMAMENTAÇÃO E USO DE DROGAS Não só drogas, como cafeína, álcool e nicotina podem passar ao bebê; Das medicações, existem as compatíveis com a amamentação, as de uso criterioso e as de uso não- indicado; 10 PASSOS PARA O SUCESSO DA AMAMENTAÇÃO 1. Ter uma norma escrita sobre aleitamento materno, que deve ser rotineiramente transmitida a toda a equipe de cuidados de saúde; 2. Treinar toda a equipe de saúde, capacitando-a para implementar esta norma; 3. Informar todas as gestantes sobre as vantagens e o manejo do aleitamento; 4. Ajudar às mães a iniciar a amamentação na primeira meia hora após o parto; 5. Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo quando vierem a ser separada de seus filhos; 6.Não dar a recém-nascidos nenhum outro alimento ou bebida além do leite materno, a não ser que seja indicado pelo médico; 7.Praticar o alojamento conjunto – permitir que mães e bebês permaneçam juntos 24 horas por dia; 8.Encorajar o aleitamento sob livre demanda; 9.Não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas ao seio; 10.Encorajar a formação de grupos de apoio à amamentação para onde as mães devem ser encaminhadas, logo após a alta do hospital ou ambulatório. IMPLANTAÇÃO DO IHAC Sensibilização dos profissionais do Hospital; Capacitação dos profissionais envolvidos na assistência às mulheres, seus bebês e suas famílias; Cursos de Capacitação: 1.Curso de sensibilização para gestores; 2. Curso de manejo em aleitamento materno para profissionais Curso de formação de avaliadores de Hospitais IUBAAM Iniciativa Unidade Básica Amiga da Amamentação: a exemplo dos Hospitais, as Unidades Básicas de Saúde devem também atender implantar os “Dez passos para o sucesso da amamentação” para serem cadastradas como amigas da amamentação; Também foi implantada através de cursos de capacitação de profissionais, gestores e avaliadores. BANCOS DE LEITE HUMANO Centros especializados, responsáveis pela promoção do incentivo ao aleitamento materno e execução das atividades de coleta, processamento, estocagem e controle de qualidade do leite humano extraído artificialmente, para posterior distribuição, sob prescrição de médico ou nutricionista. A extração e armazenamento do leite são orientados pelo próprio banco. BRASIL A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, criada em 1998, pelo Ministério da Saúde e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), tem o objetivo de promover a expansão quantitativa e qualitativa dos bancos de Leite Humano no Brasil, mediante integração e construção de parcerias entre órgãos federais, iniciativa privada e sociedade. PROTEÇÃO LEGAL AO ALEITAMENTO MATERNO Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL) Lei 11.770: estabelece a licença maternidade de 6 meses, sem prejuízo do emprego e do salário, para as funcionárias públicas federais, ficando a critério dos estados, municípios e empresas privadas a adoção desta Lei mediante incentivos fiscais NUTRIZ LACTOGÊNESE Fase I – a partir do 2º trimestre de gestação: desenvolvimento da capacidade de secretar componentes do leite nas glândulas mamárias. Há produção e reabsorção de colostro (não secretado pelos altos índices de progesterona) Fase II – após o parto e expulsão da placenta há redução de progesterona e aumento da prolactina (cerca de 60h pós-parto) o que possibilita a secreção de leite materno AÇÃO HORMONAL Prolactina -> responsável pelo estabelecimento e manutenção da secreção de leite. O excesso de leite nos ductos reduz a afinidade das células alveolares por prolactina, de forma a reduzir a produção. O Fator Inibidor da Lactação (FIL) é secretado a medida que as glândulas mamárias tornam-se cheias. Tem ação supressora da produção de leite (redução secreção de proteína e lactose) FALHAS NA LACTOGÊNESE Pré-glandular – causas hormonais, como baixos níveis de prolactina ou altos níveis de cortisol e adrenalina (estresse); Glandular – mamoplastia para redução de mamas; Pós-glandular – remoção pouco frequente do leite das mamas (baixa frequência de esvaziamento das mamas). OBESIDADE E LACTOGÊNESE Está relacionada com trabalho de parto prolongado, parto cesárea, estresse materno no trabalho de parto, situações associadas a retardo da lactogênese. EFEITO DA DIETA MATERNA NA PRODUÇÃO DE LEITE Volume: 4 a 6 meses: 750 a 800ml de leite/dia O principal regulador da produção de leite é a demanda da criança (sua idade, tamanho e condições de saúde são fatores indiretos) O volume produzido não é afetado por peso, altura, gordura corporal ou consumo energético materno; Não é comprovado o efeito de suplementos nutricionais em mulheres desnutridas na produção do leite O aumento do consumo de fluidos além das recomendações não aumenta a produção de leite EFEITO DA DIETA MATERNA NA PRODUÇÃO DE LEITE Composição: Consumo de macronutrientes não interfere na composição do LM Consumo de alguns micronutrientes afeta seu teor no LM, porém os principais minerais (cálcio, fósforo, magnésio, sódio, potássio) e ácido fólico não têm teor afetado pelo consumo NUTRIZ Avaliação nutricional Recomendações nutricionais Orientações nutricionais AVALIAÇÃO NUTRICIONAL IMC com pontos de corte de adultos (inexistência padrão nutriz): Depleção III Depleção II Depleção I Adequação Sobrepeso Obesidade I Obesidade II Obesidade III < 16 kg/m² 16 – 16,99kg/m² 17 – 18,49kg/m² 18,5 – 24, 99kg/m² 25 – 29,99kg/m² 30 – 34,99kg/m² 35 – 39,99kg/m² ≥ 40 kg/m² Nutrizes Grupo biologicamente vulnerável lactação é o período do ciclo reprodutivo de maior demanda energética. RECOMENDAÇÕES E NECESSIDADES - Gasto energético da lactação é custeado pela nutriz a partir de nutrientes presentes em seus próprios tecidos + dieta - Para produzir 1 L de leite gasta-se 900 kcal - Maior necessidade de proteínas, vitaminas e minerais GESTAÇÃO E OBESIDADE O acúmulo de peso a cada gestação é um fator gerador de excesso de peso na população feminina brasileira. PERDA DE PESO PÓS-PARTO Taxa média de perda de peso durante a lactação: 0,5 – 1,0 Kg/mês Nutrizes com sobrepeso e obesidadepodem perder até 2Kg/mês sem comprometimento da produção de leite e do crescimento do bebê Perda superior não é recomendada ➢Início lactação necessidades calóricas para a produção do leite estoques maternos de Gordura facilita o retorno ao peso e à composição corporal antes da gestação e a adaptação. ➢Estima-se que as reservas sejam utilizadas nos primeiros meses pós-parto = 300 Kcal/dia + necessidades adicionais de energia para manter a lactação ➢Excesso de peso entre mulheres vem aumentando, e retenção de peso pós-parto vem contribuindo com quadro. Até 20% das mulheres mantém 5 kg a mais até 18 meses após o parto. Recomendações nutricionais: energia RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS: ENERGIA Desfecho da gestação: parto e perda de estruturas (cerca de 7 Kg); Restará uma reserva de 5,5 Kg => aporte energético adicional para o aleitamento materno; Utilização de 0,8Kg/mês de reserva energética adiposa => cerca de 170Kcal/dia; Custo energético do aleitamento materno: cerca de 675 Kcal/dia para a produção de 800ml leite. ➢ Cálculo é feito a partir das fórmulas das DRIS (IOM 2002/2005) ➢ Primeiro calcula-se o EER pré gestacional ➢Há adição de 500 kcal - produçãode leite ➢Subtração de 170 kcal - perda de peso Adolescente (14 a 18 anos) EER = EER pg + 500 kcal - 170 kcal (1o semestre) EER = EER pg + 400 kcal - 0 (2o semestre) Mulher (19 a 50 anos) EER = EER pg + 500 kcal - 170 kcal (1o semestre) EER = EER pg + 400 kcal - 0 (2o semestre) Recomendações nutricionais: energia Adicional energético diário necessário = 675-170 (reserva) = 505Kcal/dia Recomendação: VET (mulher adulta) + 505Kcal (para as que ganharam peso adequado e devem perder 0,8Kg/ mês até o final do 6º mês RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS: ENERGIA BAIXO PESO OU DEPLEÇÃO NUTRICIONAL Oferecer o VET (peso atual) + 675Kcal, diariamente para garantir o aleitamento materno. SOBREPESO E OBESIDADE Cálculo personalizado: Para cada 1Kg de perda de peso desejada ao mês, reduzir 6.500Kcal/mês, ou 217Kcal/dia do adicional necessário de 675Kcal. Exemplo1: gestante ganhou 13Kg na gestação, após o parto já havia perdido 7Kg. Para a perda dos 6Kg que faltam em 6 meses adicionar ao VET: 675 – 217 = 458Kcal SOBREPESO E OBESIDADE Exemplo 2: Gestante ganhou 20Kg na gestação e, após o parto havia perdido 8Kg, faltam 12Kg a reduzir. Máximo de perda saudável: 2Kg/mês, ou seja, reduzir 13.000Kcal/mês ou 434Kcal/dia. Para essa gestante, oferecer VET + adicional de 675 – 434 = 241Kcal OBESIDADE ACENTUADA Para mulheres que precisam perder mais de 12Kg acumulados durante a gestação, é indicado acompanhamento nutricional com vistas à perda em período de tempo superior a 6 meses. Após o 6º mês de vida do bebê refazer o cálculo dietoterápico, reduzindo o adicional calórico devido a redução na lactação e introdução da alimentação complementar. CÁLCULO DO VET VET = (TMB x NAF) + adicional calórico TMB (10-18a) = 13,384P + 692,6 TMB (18-30a) = 14,818P + 486,6 TMB (30-60a) = 8,126P + 845,6 NAF leve = 1,40 – 1,69 (1,53) NAF médio = 1,70 – 1,99 (1,76) NAF intenso = 2,00 – 2,40 (2,25) VET EM ADOLESCENTES Utilizar fórmula TMB (10-18anos) Acrescentar Fator de Crescimento: VET = [(TMB x NAF) x 1,01] + adicional calórico Utilizar NAF específico para idade NAF leve = 1,45 a 1,50 NAF moderado = 1,70 a 1,75 NAF intenso = 1,95 a 2,00 PROTEÍNAS ➢ O ↑ da ingestão protéica ↔ total de proteínas necessárias para o leite materno = 1500 g nos 6 primeiros meses de aleitamento exclusivo. ➢A necessidade média para a lactação é estimada a partir da composição do leite e do volume médio produzido /dia → 70% da proteína da dieta → proteína do leite RDA para adolescentes e adultas não nutriz 14-18 anos – 0,85g/kg/dia de proteína ou 46 g/dia de proteína 19-30 anos – 0,80g/kg/dia de proteína ou 46 g/dia de proteína 31-50 anos – 0,80g/kg/dia de proteína ou 46 g/dia de proteína Recomendação de Proteínas para Nutrizes EAR = 1,05 g/kg/dia de proteínas ou + 21 g/dia ptn RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS: PROTEÍNAS Recomendação segura de proteínas: 1,1g/Kg Peso Desejável + adicional da lactação: 1° semestre: 19g/dia 2° semestre: 12,5g/dia VITAMINAS E MINERAIS Consumir alimentação variada em vegetais (legumes, verduras e frutas), alimentos lácteos e cárneos, de modo a suprir as demandas aumentadas da lactação; Lactantes vegetarianas: suplementar vit B12, ferro e ácido fólico. LIPÍDIOS • * A gordura armazenada na gestação (coxas) são completamente mobilizadas na lactação. • Dieta materna influencia no tipo de ácidos graxos presentes no leite e não sobre o conteúdo de triglicerídeos e colesterol. • Fonte de energia : 15-30% - WHO/FAO, 2003 CARBOIDRATOS Fonte de energia para a mãe Poupador de proteínas * Evitar carboidratos simples e preferir os complexos EAR= 160 g/dia (mínimo) RDA = 210 g/dia (mínimo) 55 – 75% - WHO/FAO, 2003 VITAMINAS E MINERAIS * A dieta da nutriz não afeta a [ ] dos principais minerais do leite humano . * O conteúdo de vitaminas do leite humano é proporcional à ingestão materna e a magnitude de seus depósitos, mas a força dessa relação varia entre as vitaminas. * Suplementação casos especiais: • ♀ que não ingerem alimentos fontes de vit.D (leite …) = 10μg/dia; • ♀ lactantes que são vegetarianas estritas - vit.B12 = 2,6 μg/dia. RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS DIÁRIAS PARA NUTRIZES DE ACORDO COM AS DRI NUTRIENTE RECOMENDAÇÃO Cálcio 1000 mg e 1300 mg (< 18 anos) Cobre 1300 µg Ferro 9 mg e 10 mg( <18 anos) Selênio 70 µg Folato / Ácido Fólico 500 µg Niacina 17 mg Vitamina A 1200 µg (<18 anos) e1300 µg Vitamina B1/ Tiamina 1,4 mg Vitamina B12 2,8 µg Vitamina B2/ Riboflavina 1,6 mg Vitamina B6/ Piridoxina 2,0 mg Vitamina C 115 mg (<18 anos) e 120 mg Vitamina D 5 µg Vitamina E 19 mg Zinco 12 mg e 14mg (<18 anos) Vitamina K 75 µg (<18 anos) e 90 µg Fonte: Institute of Medicine (IOM) –DRI 2000 ALIMENTAÇÃO DA NUTRIZ CONSIDERAÇÕES GERAIS 1. Pela perda hídrica através do leite → sede = durante a mamada ingerir água. Ingestão mínima de 4 copos de água por dia. Evitar outras bebidas pela adição calórica que representam 2. Fracionar o dia alimentar, mantendo as características da dieta anterior (gestação). 3. Orientação deve respeitar o hábito da nutriz sem negligenciar o aporte de nutrientes essenciais para sua saúde. 4. Não há contraindicações de alimentos, a não ser que haja diagnóstico clínico de necessidade de exclusão de determinados alimentos da dieta. Produção de leite não é prejudicada nem melhorada pelos tipos de alimentos, crenças podem sujeitar à desmame precoce. 5. Evitar uso de álcool - observou-se mudança no odor do leite materno → recusa e menor poder de sucção, ↓ os reflexos ALIMENTAÇÃO DA NUTRIZ CONSIDERAÇÕES GERAIS 6. A ingestão de cafeína deve ser observada mas não é contraindicada – Até 300 ml/dia (ou 3 xícaras). Ingestão excessiva pode provocar insônia e irritabilidade no bebê. 7. A ingestão de peixe ( 3X semana) garante os níveis de w-3 no leite materno → substrato para o desenvolvimento do sistema nervoso e da retina do lactente. 8. Tabaco – Foi demonstrado que a nicotina é transferida para o leite materno em proporção ao número de cigarros fumados (irritabilidade no lactente). Nicotina pode também inibir prolactina. ALIMENTAÇÃO DA NUTRIZ CONSIDERAÇÕES GERAIS 9. Orientar a nutriz sobre o aleitamento materno: vantagens , preparação da mama na gravidez, possíveis problemas na lactação, uso de medicamentos, posição adequada para a amamentação, higiene das mãos, importância do aleitamento exclusivo até os 6 meses... 10. Orientar sobre o direitos em relação a amamentação – CLT (Consolidação das leis do Trabalho) seu título III, Capítulo II na seção V – “Da proteção à Maternidade”, artigos 391 a 400 NUTRIZ Considerações gerais: Puerpério - involução uterina e as modificações da gestação irão gradativamente voltando às condições anterioresevolução da gestação condições do parto Mesmo que as reservas maternas e ingestão → satisfatórias os cuidados com a alimentação da nutriz : * contribuir para a recuperação do organismo materno; * assegurar o processo de lactação Diferentes causas que determinam o início do aleitamento materno NUTRIÇÃO INFANTIL CONSULTAS DE SAÚDE 1. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Indicadores do estado nutricional na infância: Peso/Idade (P/I); Altura/Idade (A/I); Peso/Altura (P/A); PASSOS ... 1º - Cálculo da Idade 2º - Aferição de peso e comprimento/altura 3º - Marcação do Cartão da Criança 4º - Diagnóstico antropométrico 5º - Esclarecimento dos responsáveis POSSIBILIDADES DE DIAGNÓSTICO 2. ALIMENTAÇÃO DA CRIANÇA 0-6 meses: aleitamento materno exclusivo Na impossibilidade de administração de Leite Materno... Morte materna; Internação e coma materno; Administração de drogas incompatíveis com a amamentação; Término da licença maternidade de 04 meses ... CÁLCULO DAS NECESSIDADES NUTRICIONAIS VET = Peso x recomendação calórica para faixa etária Utilizar o peso atual se a criança estiver em peso adequado, se não, utilizar peso teórico Que Peso Teórico utilizar ??? P50 OU Peso nos limites mínimo e máximo de adequação quando a criança estiver muito longe do P50 Idade Kcal/kg/dia 0,5m 1-2 2-3 3-4 4-5 5-6 6-7 7-8 8-9 9-10 10-11 11-12 12 2-3 anos 3-5 anos 5-7 anos M 5-7 anos F 7-10 anos M 7-10 anos F 118 114 107 101 96 93 91 90 90 91 93 97 102 100 95 90 85 78 67 CÁLCULO DA CAPACIDADE GÁSTRICA 25 a 30ml por Kg de peso atual da criança DEFINIÇÃO DA FÓRMULA LÁCTEA... 0-6 meses: fórmulas de 1º segmento 6-12 meses: fórmulas de 2º segmento Na impossibilidade do uso de fórmulas específicas: Diluição de leite de vaca de acordo com a idade do bebê 1º MÊS DE VIDA Leite de vaca em pó a 6,5% + 5% açúcar e 3% de amido Leite fluido: 50% de água e 50% de leite integral + 5% açúcar e 3% de amido Fórmula de Leite Fluido a 50% - 100ml de mamadeira (67Kcal) 50ml de leite - 33kcal 50ml de água – 0 kcal 5g açúcar 3g amido Fórmula de Leite em pó - 100ml de mamadeira: 67ckal 100ml de água 6,5g de leite em pó 5g de açúcar 3g de farinha 1º AO 3º MÊS • Leite de vaca a 2/3 ou leite em pó a 10%; • 5% açúcar • 3% de amido • Energia – 75kcal/100ml A PARTIR DO 4º MÊS Leite integral (sem diluição) A adição de amido e açúcar é opcional, de acordo com o VET e aceitação Energia – cerca de 104kcal/100ml (67ckcal do leite; 20kcal do açúcar e 12 kcal do amido), utilizando os mesmos % anteriores de açúcar e amido BAIXO PESO Pode acrescentar na fórmula cerca de 2% do volume de óleo (18ckcal/100ml de fórmula) COMPARATIVO TIPOS DE LEITE VANTAGENS DESVANTAGENS Leite de vaca Líquido tipo B Mais barato Exige maior manipulação Exige adições Exige refrigeração Leite de vaca (pó) Mais seguro microbiologica mente Mais caro Depende da qualidade da água Leite modificado (1º/2º seguimento) Melhor qualidade Mais caro Depende da qualidade da água USO DE FÓRMULA VET Capacidade Gástrica Kcal/100ml da fórmula escolhida Volume da fórmula que cobre o VET da criança Fracionamento de acordo com a capacidade gástrica Fórmulas 1º segmento Fórmulas 2º segmento Aptamil LCP (support) Aptamil 1 (support) Bebelac (support) Enfamil 1 (Mead Jonhson) NAN 1 (Nestlé) Nestogeno 1 (Nestlé) Similac advanced (Abbott) Aptamil 2 (support) Aptamil 2 (support) Bebelac 2 (support) Enfamil 2 (Mead Jonhson) NAN 2 (Nestlé) Nestogeno 2 (Nestlé) Similac advanced 2 (Abbott) INTRODUÇÃO DA ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR QUANDO INICIAR: Aleitamento materno exclusivo – aos 6 meses Uso de fórmulas lácteas – aos 4 meses 1º ALIMENTO COMPLEMENTAR Fruta Uma fruta diferente a cada dia Consistência pastosa Sem fibras (casca ou bagaço) Sucos em pequenos volumes 2º ALIMENTO COMPLEMENTAR Legume Oferecer um diferente a cada dia e observar se a criança tem reações adversas Evoluir em cerca de 1 semana a uma refeição no horário de almoço (1ª papa salgada) 1ª PAPA SALGADA Legume branco/amarelado (batata, aipim, inhame, batata doce, batata baroa) – 1 colher de sopa cheia Legume verde (chuchu, abobrinha) – 1 colher de sopa cheia Legume laranja/avermelhado (cenoura, abóbora, beterraba) – 1 colher de sopa cheia Proteína – 1 gema amassada ou caldo purínico Feijão passado na peneira – 2 a 3 colheres de sopa 2ª PAPA SALGADA Arroz/Macarrão/Angú/Vegetal C – 2 a 3 colheres de sopa Feijão amassado com garfo – 3 a 4 colheres de sopa Carne/frango desfiado ou víscera amassada – 1 pedaço pequeno Vegetal tipo B – 2 a 3 colheres Vegetal tipo A cozido – 2 colheres ESQUEMA ALIMENTAR AOS 4/6 MESES Leite + papa de fruta 1 vez ao dia Esquema alimentar aos 4,5/6,5 meses Leite + papa de fruta 2 vezes ao dia Leite Papa de fruta 1ª Papa salgada Leite Papa de fruta Leite Leite ESQUEMA ALIMENTAR AOS 5/7 MESES ESQUEMA ALIMENTAR AOS 6/8 MESES Leite Papa de fruta 1ª Papa salgada Leite Papa de fruta 1ª papa salgada Leite Para a criança que foi aleitada artificialmente permanecer no esquema alimentar anterior até que haja competência motora e mastigatória para evolução de consistência e novas inclusões Para a criança proveniente de leite materno, costuma coincidir com a postura dentária e pode-se evoluir gradativamente para 2ª papa salgada e incluir-se outros alimentos ESQUEMA ALIMENTAR AOS 7/9 MESES ALIMENTAÇÃO DA CRIANÇA 12 MESES Em uso de Leite Materno: LM Fruta LM Almoço + suco cítrico Fruta LM Jantar + suco cítrico LM ALIMENTAÇÃO DA CRIANÇA 12 MESES Em uso de Leite de Vaca: Vitamina de frutas + biscoito maisena Fruta Almoço + suco cítrico Lanche 1: bolo simples + leite com cereal Lanche 2: fruta Jantar + suco cítrico Mingau de prato
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