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2 ª O RECEM NASCIDO

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O RECEM - NASCIDO DE RISCO
TERMINOLOGIAS APLICADAS AO PERÍODO 
GESTACIONAL E PRIMEIRO ANO DE VIDA
PERÍODO PRÉ-NATAL PERÍODO PÓS-NATAL
Período Neonatal Período pós-natal
Período fetal 
precoce
Período Fetal 
tardio
Precoce Tardia
Período Perinatal
22 sem 40 sem 7 dias 28 dias 
Nascimento
ALEITAMENTO MATERNO
Forma milenar de alimentação do ser 
humano em seus primeiros meses de vida;
Prática que perdeu força nos últimos 2 
séculos
Nutrição espécie-específica
Fase final do ciclo reprodutivo humano
RECOMENDAÇÃO ATUAL
Aleitamento Materno exclusivo até os 6 
meses de vida do bebê e complementado 
até os 2 anos de idade ou mais.
PRINCIPAIS FUNÇÕES DA 
AMAMENTAÇÃO
 Oferecer nutrientes especialmente adaptados 
à situação digestiva e metabólica da criança
 Proteger contra microorganismos patogênicos
 Reduzir a probabilidade de alergias alimentares
 Reduzir a fertilidade materna e aumentar o 
intervalo entre os filhos
 Produzir vínculo afetivo entre mãe e filho
PRINCIPAIS FORMAS DE ALEITAMENTO 
MATERNO
A.M. exclusivo = apenas leite materno
A.M. predominante = além do leite materno,
oferece-se à criança água e/ou chás e/ou
sucos. Sem a oferta de outro leite ou outros
alimentos
A.M. complementado = quando o aleitamento
materno é complementado com a oferta de
outros alimentos lácteos ou não
PREVALÊNCIA DE ALEITAMENTO 
MATERNO
 1989: 97% dos bebês mamam, porém a
partir daí o desmame precoce é muito
frequente
 1996: 43,3% das crianças eram aleitadas ao
seio exclusivamente até os 6 meses
 1999: 53% das crianças mamam durante o 1º
mês de vida e 9,7% das crianças recebem
leite materno exclusivamente até os 5-6
meses de vida
ANATOMIA DA MAMA
ANATOMIA DA MAMA
Glândula mamária:
formada de 15-20 lóbulos
mamários, cada um com
seu aparelho secretor,
composto de epitélio
alveolar produtor de leite
e um sistema de ductos
envolvidos por tecido
conectivo e gordura
ARÉOLA E MAMILO
 Superfície rugosa
 Presença de glândulas
sebáceas para lubrificação
 Mamilo abriga cerca de 15-20
seios lactíferos em seu interior,
sendo rodeado de células
musculares
DESENVOLVIMENTO DAS MAMAS
Antes da puberdade: já há glândulas
mamárias e ductos rudimentares
Puberdade: estrogênio estimula início da
maturação mamária, aumento do mamilo
e pigmentação de toda a aréola
Adolescência: processo se intensifica
Fase final de maturação só acontece na
gestação e na lactação
AINDA NA GESTAÇÃO...
Por ação do estrogênio e da 
progesterona:
Proliferação alveolar
Desenvolvimento tubular
Parto: ação da prolactina como resultado 
da sucção do bebê ao seio
Fase final de proliferação de células 
alveolares e reorganização celular
COMPONENTES NEURAIS DA 
AMAMENTAÇÃO
Ao mamar, criança produz
um estímulo nervoso na aréola
que, através da ação da
medula espinhal, chega aos
neurônios localizados no
Hipotálamo, fazendo com
que inibam a secreção de
dopamina (Fator de Inibição
de Prolactina), o que por sua
vez, leva a maior secreção de
Prolactina pela Hipófise
anterior.
COMPONENTES NEURAIS DA 
AMAMENTAÇÃO
A maior concentração de Prolactina no sangue, que por via
sanguínea aumenta a produção do leite pelas células alveolares
da mama.
A sucção aumenta também a produção de Ocitocina que
coordena a liberação do leite produzido nos alvéolos pelos
ductos, graças a contração de células mioepiteliais.
Assim, o leite chega aos seios lactíferos, pequenos reservatórios,
de onde sairão para a boca do bebê.
NUTRIENTES DO LEITE MATERNO
 Sintetizados pelas células alveolares ou transportados
do sangue materno:
 Carboidratos: lactose sintetizada no aparelho de golgi
das céls alveolares
 Proteínas: alfa-lactoalbumina e caseína sintetizadas no
retículo endoplasmático rugoso das céls alveolares a
partir de aminoácidos precursores, provenientes do
sangue materno
 Lipídios: AGCC são sintetizados e AGCL/ TG são
transportados do sangue materno
COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO
Mais de 200 componentes, que suprem a 
necessidade nutricional e imunológica do bebê
Composição única em cada mãe e para cada 
bebê
Estado Nutricional e ingestão alimentar da mãe 
podem afetar a composição do LM, sobretudo 
de micronutrientes, menos nos casos de 
Subnutrição grave
FASES DO LEITE MATERNO
Até 5° dia: colostro (3 a 7 dias)
5° ao 15° dia: leite de transição
16° dia em diante: leite maduro 
COLOSTRO
momento de maturação final e organização 
das glândulas mamárias.
Fluido espesso
↓ volume (2 a 20ml por mamada)
Amarelado (rico em β caroteno)
3x mais rico em proteínas (Ig A sec, lactoferrina, 
linfócitos, macrófagos: ação protetora)
↓ HC e LIP
+ Na+, Cl-, K+
54 Kcal/100 ml.
LEITE DE TRANSIÇÃO
Valor nutricional e conteúdo instável
Se altera dia-a-dia para se tornar maduro
LEITE MADURO
70 Kcal/100 ml
51% LIP
43% CHO
6% PTN
LV X LM
Leite de Vaca (LV) Leite Materno (LM)
+ vitaminas lipossolúveis
-Vitaminas hidrossolúveis
- Gordura
++++ Proteína (caseína)
++++ Ca, P, Mg, Na, K, Cl
------ Flúor
------ Ferro
------ Zinco
Lactoferrina otimiza absorção de
Ferro (biodisponibilidade 50%
contra 10% do Leite de Vaca)
α-lactoalbumina
Leite de vaca não tem α-lactoalbumina (melhor 
aproveitada pelo bebê) tem mais caseína, não 
tem proteínas do sistema imune
LEITE DE VACA
Maior quantidade de proteínas de
diferente qualidade e digestibilidade, o
que aumenta o risco de alergias e induz a
má absorção intestinal e perda fecal de
sangue
Maior retenção gástrica
Maior refluxo
Menor quantidade de ferro, ác fólico
Menor quantidade vit C, A, B12
Maior quantidade de sais
Quase ausente em proteínas de defesa
PRINCIPAIS VANTAGENS DO 
ALEITAMENTO MATERNO
 Sem necessidade de preparo
 Imediatamente disponível
 Temperatura ideal
 Segurança Microbiológica
 Independe de recursos financeiros
 Não há desperdício ou sobras
 Favorece à criação de laço emocional mãe-filho
 Boa digestibilidade
 Baixo risco de alergias
 Proteção comprovada contra infecções
 Especificidade biológica
 Perda de peso materno
 Involução uterina
 Proteção contra câncer de mama e ovários
MÉTODO DA AMENORRÉIA DA 
LACTAÇÃO
O aleitamento materno exclusivo e
constante, sem a ocorrência de
sangramento menstrual durante os seis
meses de vida do bebê é um método
contraceptivo milenar que colabora
para o intervalo entre as gestações
↑ Prolactina => ↓ LH e FSH
- ovulação hormônio folículo 
estimulante (FSH)
luteinizante (LH). 
DROGAS
1 a 2% da dose ingerida passa ao LM
Médico deve avaliar a necessidade do uso 
de medicamentos
Compatíveis c/ amamentação
Utilizar com cautela
Incompatíveis com amamentação
NICOTINA
Fumo de > 6 cigarros/dia provoca:
Inibição da prolactina e intoxicação do bebê: 
Apatia
Vômitos
Retenção de fezes e urina
Álcool
• Inibe a secreção de ocitocina
• Pode causar retardo psicomotor na criança
EXCESSO DE CAFEÍNA
Hiperatividade
Insônia
Evitar consumir chocolate, leite de vaca, 
ovo, gluten, frutos do mar, amendoim 
enquanto estiver amamentando, 
principalmente na presença de histórico 
familiar de alergias alimentares
Alérgenos
TÉCNICAS PARA O SUCESSO DA 
AMAMENTAÇÃO
A mãe deve desprezar os primeiros jatos e 
com eles fazer a limpeza da mama;
Oferecer a mama sem utilizar mãos no 
suporte ou sutien;
Posicionar o bebê com a cabeça de frente 
para a mama, escolhendo 1 dentre as 
diversas posições indicadas;
POSIÇÕES INDICADAS PARA 
AMAMENTAÇÃO
Barriga com barriga;
Posição invertida;
Posição cavalinho;
Na posição deitados;
Amamentando gêmeos;
PRINCIPAIS POSIÇÕES PARA GÊMEOS
➢Com apoio;
É importante deixar a cabeça do bebê livre 
(evitar sufocamento), sem pressionar com as 
mãos sua cabeça contra o seio materno;
A face do bebê deve estar de frente para mãe;
É importante deixar a criança sugar livremente 
até esvaziar a mama;
Continuando a fome passar para outra mama;
Terminando a fome antes de esvaziar, priorizar 
esta mamana próxima vez.
“PEGA” CORRETA
A boca do bebê não deve ficar apenas no mamilo. Deve 
abranger pelo menos parte da aréola.
• Os lábios do bebê devem ficar sutilmente virados 
para fora no formato ‘peixinho’.
LIVRE DEMANDA
Não há rotina de horário para a
amamentação, principalmente nos
primeiros meses, quando o bebê
demora bastante para sugar
quantidade satisfatória de leite e os
intervalos são pequenos;
A amamentação não deve ser
interrompida durante a madrugada
enquanto o bebê estiver em
amamentação exclusiva.
RECOMENDAÇÕES
Oferta exclusiva de leite materno em livre 
demanda até os 6 meses de idade do bebê
INTERCORRÊNCIAS 
Rachaduras :
limpeza com Leite Materno
exposição solar 10 – 15 min
ou lâmpada 40W a 1 palmo de distância.
Mastite: procurar profissional.
Ingurgitação e “empedramento”
MITOS
Leite fraco;
Canjica;
Cerveja preta;
Angú;
Amamentar faz os seios ‘caírem’
INTERCORRÊNCIAS DA 
AMAMENTAÇÃO
Rachaduras
Não utilizar receitas caseiras à base de cascas, 
borra de café ou similares;
Não utilizar pomadas;
Utilizar o próprio leite para higiene;
Expor o seio afetado ao sol da manhã ou fim da 
tarde por 15 a 20 min ou sob lâmpada de 40W por 
5 a 6 min a uma distância de 30cm
ORDENHA
Motivos: doação BLH, trabalho, rachaduras
Procedimentos:
• Higienização das mãos
• Relaxamento
• Utilização de pote estéril
• Proteção mucosas
• Desprezar o 1° jato
• Realizar massagens circulares em direção ao 
mamilo, seguidas de ‘esguicho’
LOCAL Ambiente Geladeira Congelador Freezer
TEMPO 2 horas 24 horas 5 dias 15 dias
ORDENHA
QUANDO FOR UTILIZADA A BOMBA DE LEITE, 
FERVER/HIGIENIZAR ANTES E NÃO DEIXAR O LEITE
CAIR DENTRO DA PÊRA DE BORRACHA. 
AMAMENTAÇÃO E USO DE DROGAS
Não só drogas, como cafeína, 
álcool e nicotina podem passar ao 
bebê;
Das medicações, existem as 
compatíveis com a amamentação, 
as de uso criterioso e as de uso não-
indicado;
10 PASSOS PARA O SUCESSO DA 
AMAMENTAÇÃO
1. Ter uma norma escrita sobre aleitamento materno, que 
deve ser rotineiramente transmitida a toda a equipe de 
cuidados de saúde;
2. Treinar toda a equipe de saúde, capacitando-a para 
implementar esta norma;
3. Informar todas as gestantes sobre as vantagens e o 
manejo do aleitamento;
4. Ajudar às mães a iniciar a amamentação na primeira 
meia hora após o parto;
5. Mostrar às mães como amamentar e como manter a 
lactação, mesmo quando vierem a ser separada de 
seus filhos;
6.Não dar a recém-nascidos nenhum outro alimento 
ou bebida além do leite materno, a não ser que 
seja indicado pelo médico;
7.Praticar o alojamento conjunto – permitir que mães 
e bebês permaneçam juntos 24 horas por dia;
8.Encorajar o aleitamento sob livre demanda;
9.Não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças 
amamentadas ao seio;
10.Encorajar a formação de grupos de apoio à 
amamentação para onde as mães devem ser 
encaminhadas, logo após a alta do hospital ou 
ambulatório. 
IMPLANTAÇÃO DO IHAC
Sensibilização dos profissionais do Hospital;
Capacitação dos profissionais envolvidos 
na assistência às mulheres, seus bebês e 
suas famílias;
Cursos de Capacitação:
1.Curso de sensibilização para gestores;
2. Curso de manejo em aleitamento materno 
para profissionais
Curso de formação de avaliadores de Hospitais
IUBAAM
 Iniciativa Unidade Básica Amiga da Amamentação: a
exemplo dos Hospitais, as Unidades Básicas de Saúde
devem também atender implantar os “Dez passos para o
sucesso da amamentação” para serem cadastradas
como amigas da amamentação;
 Também foi implantada através de cursos de
capacitação de profissionais, gestores e avaliadores.
BANCOS DE LEITE HUMANO
 Centros especializados, responsáveis pela promoção do 
incentivo ao aleitamento materno e execução das atividades 
de coleta, processamento, estocagem e controle de 
qualidade do leite humano extraído artificialmente, para 
posterior distribuição, sob prescrição de médico ou 
nutricionista. A extração e armazenamento do leite são 
orientados pelo próprio banco.
BRASIL
 A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano,
criada em 1998, pelo Ministério da Saúde e pela
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), tem o objetivo
de promover a expansão quantitativa e
qualitativa dos bancos de Leite Humano no Brasil,
mediante integração e construção de parcerias
entre órgãos federais, iniciativa privada e
sociedade.
PROTEÇÃO LEGAL AO ALEITAMENTO 
MATERNO
 Norma Brasileira de Comercialização de 
Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira 
Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL)
 Lei 11.770: estabelece a licença maternidade de 
6 meses, sem prejuízo do emprego e do salário, 
para as funcionárias públicas federais, ficando a 
critério dos estados, municípios e empresas 
privadas a adoção desta Lei mediante incentivos 
fiscais
NUTRIZ
LACTOGÊNESE
Fase I – a partir do 2º trimestre de gestação:
desenvolvimento da capacidade de secretar
componentes do leite nas glândulas mamárias. Há
produção e reabsorção de colostro (não secretado pelos
altos índices de progesterona)
Fase II – após o parto e expulsão da placenta há redução
de progesterona e aumento da prolactina (cerca de 60h
pós-parto) o que possibilita a secreção de leite materno
AÇÃO HORMONAL
Prolactina -> responsável pelo estabelecimento e
manutenção da secreção de leite.
O excesso de leite nos ductos reduz a afinidade das células
alveolares por prolactina, de forma a reduzir a produção.
O Fator Inibidor da Lactação (FIL) é secretado a medida
que as glândulas mamárias tornam-se cheias.
Tem ação supressora da produção de leite (redução
secreção de proteína e lactose)
FALHAS NA LACTOGÊNESE
Pré-glandular – causas hormonais, como baixos níveis de 
prolactina ou altos níveis de cortisol e adrenalina (estresse);
Glandular – mamoplastia para redução de mamas;
Pós-glandular – remoção pouco frequente do leite das mamas 
(baixa frequência de esvaziamento das mamas).
OBESIDADE E LACTOGÊNESE
Está relacionada com trabalho de parto
prolongado, parto cesárea, estresse
materno no trabalho de parto, situações
associadas a retardo da lactogênese.
EFEITO DA DIETA MATERNA NA 
PRODUÇÃO DE LEITE
Volume:
4 a 6 meses: 750 a 800ml de leite/dia
O principal regulador da produção de leite é a demanda da
criança (sua idade, tamanho e condições de saúde são fatores
indiretos)
O volume produzido não é afetado por peso, altura, gordura
corporal ou consumo energético materno;
Não é comprovado o efeito de suplementos nutricionais em
mulheres desnutridas na produção do leite
O aumento do consumo de fluidos além das recomendações
não aumenta a produção de leite
EFEITO DA DIETA MATERNA NA 
PRODUÇÃO DE LEITE
Composição:
Consumo de macronutrientes não
interfere na composição do LM
Consumo de alguns micronutrientes
afeta seu teor no LM, porém os
principais minerais (cálcio, fósforo,
magnésio, sódio, potássio) e ácido
fólico não têm teor afetado pelo
consumo
NUTRIZ
Avaliação nutricional
Recomendações nutricionais
Orientações nutricionais
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
IMC com pontos de corte de adultos
(inexistência padrão nutriz):
Depleção III
Depleção II
Depleção I
Adequação
Sobrepeso
Obesidade I
Obesidade II
Obesidade III
< 16 kg/m²
16 – 16,99kg/m²
17 – 18,49kg/m²
18,5 – 24, 99kg/m²
25 – 29,99kg/m²
30 – 34,99kg/m²
35 – 39,99kg/m²
≥ 40 kg/m²
Nutrizes  Grupo biologicamente vulnerável
 lactação é o período do ciclo
reprodutivo de maior demanda energética.
RECOMENDAÇÕES E NECESSIDADES
- Gasto energético da lactação é custeado pela
nutriz a partir de nutrientes presentes em seus próprios
tecidos + dieta
- Para produzir 1 L de leite gasta-se 900 kcal
- Maior necessidade de proteínas, vitaminas e minerais
GESTAÇÃO E OBESIDADE
O acúmulo de peso a cada
gestação é um fator gerador de
excesso de peso na população
feminina brasileira.
PERDA DE PESO PÓS-PARTO
 Taxa média de perda de peso durante a lactação:
0,5 – 1,0 Kg/mês
Nutrizes com sobrepeso e obesidadepodem 
perder até 2Kg/mês sem comprometimento 
da produção de leite e do crescimento do 
bebê
Perda superior não é recomendada
➢Início lactação  necessidades calóricas para a
produção do leite  estoques maternos de Gordura 
facilita o retorno ao peso e à composição corporal antes da
gestação e a adaptação.
➢Estima-se que as reservas sejam utilizadas nos primeiros
meses pós-parto = 300 Kcal/dia + necessidades adicionais
de energia para manter a lactação
➢Excesso de peso entre mulheres vem aumentando, e
retenção de peso pós-parto vem contribuindo com quadro.
Até 20% das mulheres mantém 5 kg a mais até 18 meses
após o parto.
Recomendações nutricionais: 
energia
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS: 
ENERGIA
Desfecho da gestação: parto e perda de
estruturas (cerca de 7 Kg);
Restará uma reserva de 5,5 Kg => aporte
energético adicional para o aleitamento
materno;
Utilização de 0,8Kg/mês de reserva
energética adiposa => cerca de 170Kcal/dia;
Custo energético do aleitamento materno:
cerca de 675 Kcal/dia para a produção de
800ml leite.
➢ Cálculo é feito a partir das fórmulas das DRIS (IOM 2002/2005)
➢ Primeiro calcula-se o EER pré gestacional
➢Há adição de 500 kcal - produçãode leite
➢Subtração de 170 kcal - perda de peso
Adolescente (14 a 18 anos)
EER = EER pg + 500 kcal - 170 kcal (1o semestre)
EER = EER pg + 400 kcal - 0 (2o semestre)
Mulher (19 a 50 anos)
EER = EER pg + 500 kcal - 170 kcal (1o semestre)
EER = EER pg + 400 kcal - 0 (2o semestre)
Recomendações nutricionais: 
energia
Adicional energético diário necessário =
675-170 (reserva) = 505Kcal/dia
Recomendação: VET (mulher adulta) +
505Kcal (para as que ganharam peso
adequado e devem perder 0,8Kg/ mês até
o final do 6º mês
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS: 
ENERGIA
BAIXO PESO OU DEPLEÇÃO 
NUTRICIONAL
Oferecer o VET (peso atual) + 675Kcal, 
diariamente para garantir o aleitamento 
materno.
SOBREPESO E OBESIDADE
Cálculo personalizado:
Para cada 1Kg de perda de peso desejada ao
mês, reduzir 6.500Kcal/mês, ou 217Kcal/dia do
adicional necessário de 675Kcal.
Exemplo1: gestante ganhou 13Kg na gestação,
após o parto já havia perdido 7Kg. Para a
perda dos 6Kg que faltam em 6 meses
adicionar ao
VET: 675 – 217 = 458Kcal
SOBREPESO E OBESIDADE
Exemplo 2: Gestante ganhou 20Kg na
gestação e, após o parto havia
perdido 8Kg, faltam 12Kg a reduzir.
Máximo de perda saudável: 2Kg/mês,
ou seja, reduzir 13.000Kcal/mês ou
434Kcal/dia.
Para essa gestante, oferecer VET +
adicional de 675 – 434 = 241Kcal
OBESIDADE ACENTUADA
Para mulheres que precisam perder mais de 12Kg
acumulados durante a gestação, é indicado
acompanhamento nutricional com vistas à perda em
período de tempo superior a 6 meses.
Após o 6º mês de vida do bebê refazer o cálculo
dietoterápico, reduzindo o adicional calórico devido a
redução na lactação e introdução da alimentação
complementar.
CÁLCULO DO VET 
VET = (TMB x NAF) + adicional calórico
TMB (10-18a) = 13,384P + 692,6
TMB (18-30a) = 14,818P + 486,6
TMB (30-60a) = 8,126P + 845,6
NAF leve = 1,40 – 1,69 (1,53)
NAF médio = 1,70 – 1,99 (1,76)
NAF intenso = 2,00 – 2,40 (2,25)
VET EM ADOLESCENTES
Utilizar fórmula TMB (10-18anos)
Acrescentar Fator de Crescimento:
VET = [(TMB x NAF) x 1,01] + adicional calórico
Utilizar NAF específico para idade
NAF leve = 1,45 a 1,50
NAF moderado = 1,70 a 1,75
NAF intenso = 1,95 a 2,00
PROTEÍNAS
➢ O ↑ da ingestão protéica ↔ total de proteínas
necessárias para o leite materno = 1500 g nos 6
primeiros meses de aleitamento exclusivo.
➢A necessidade média para a lactação é estimada
a partir da
composição do leite e do volume médio produzido
/dia → 70% da proteína da dieta → proteína do leite
RDA para adolescentes e adultas não nutriz
14-18 anos – 0,85g/kg/dia de proteína ou 46 g/dia
de proteína
19-30 anos – 0,80g/kg/dia de proteína ou 46 g/dia
de proteína
31-50 anos – 0,80g/kg/dia de proteína ou 46 g/dia
de proteína
Recomendação de Proteínas para Nutrizes
EAR = 1,05 g/kg/dia de proteínas ou + 21 g/dia ptn
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS: 
PROTEÍNAS
Recomendação segura de proteínas:
1,1g/Kg Peso Desejável + adicional
da lactação:
1° semestre: 19g/dia
2° semestre: 12,5g/dia
VITAMINAS E MINERAIS
Consumir alimentação variada em
vegetais (legumes, verduras e
frutas), alimentos lácteos e cárneos,
de modo a suprir as demandas
aumentadas da lactação;
Lactantes vegetarianas:
suplementar vit B12, ferro e ácido
fólico.
LIPÍDIOS
• * A gordura armazenada na gestação (coxas) são
completamente mobilizadas na lactação.
• Dieta materna influencia no tipo de ácidos graxos
presentes no leite e não sobre o conteúdo de
triglicerídeos e colesterol.
• Fonte de energia : 15-30% - WHO/FAO, 2003
CARBOIDRATOS
Fonte de energia para a mãe
Poupador de proteínas
* Evitar carboidratos simples e preferir os complexos
EAR= 160 g/dia (mínimo)
RDA = 210 g/dia (mínimo)
55 – 75% - WHO/FAO, 2003
VITAMINAS E MINERAIS
* A dieta da nutriz não afeta a [ ] dos principais
minerais do leite humano .
* O conteúdo de vitaminas do leite humano é
proporcional à ingestão materna e a magnitude
de seus depósitos, mas a força dessa relação
varia entre as vitaminas.
* Suplementação casos especiais:
• ♀ que não ingerem alimentos fontes de vit.D
(leite …) = 10μg/dia;
• ♀ lactantes que são vegetarianas estritas - vit.B12
= 2,6 μg/dia.
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS DIÁRIAS PARA 
NUTRIZES DE ACORDO COM AS DRI 
NUTRIENTE RECOMENDAÇÃO
Cálcio 1000 mg e 1300 mg (< 18 anos)
Cobre 1300 µg
Ferro 9 mg e 10 mg( <18 anos)
Selênio 70 µg
Folato / Ácido Fólico 500 µg
Niacina 17 mg
Vitamina A 1200 µg (<18 anos) e1300 µg
Vitamina B1/ Tiamina 1,4 mg
Vitamina B12 2,8 µg
Vitamina B2/ Riboflavina 1,6 mg
Vitamina B6/ Piridoxina 2,0 mg
Vitamina C 115 mg (<18 anos) e 120 mg
Vitamina D 5 µg
Vitamina E 19 mg
Zinco 12 mg e 14mg (<18 anos)
Vitamina K 75 µg (<18 anos) e 90 µg
Fonte: Institute of Medicine (IOM) –DRI 2000
ALIMENTAÇÃO DA NUTRIZ
CONSIDERAÇÕES GERAIS 
1. Pela perda hídrica através do leite → sede = durante a
mamada
ingerir água. Ingestão mínima de 4 copos de água por dia.
Evitar outras bebidas pela adição calórica que representam
2. Fracionar o dia alimentar, mantendo as características da
dieta anterior (gestação).
3. Orientação deve respeitar o hábito da nutriz sem negligenciar
o aporte de nutrientes essenciais para sua saúde.
4. Não há contraindicações de alimentos, a não ser que haja
diagnóstico clínico de necessidade de exclusão de
determinados alimentos da dieta. Produção de leite não é
prejudicada nem melhorada pelos tipos de alimentos,
crenças podem sujeitar à desmame precoce.
5. Evitar uso de álcool - observou-se mudança no odor do leite
materno → recusa e menor poder de sucção, ↓ os reflexos
ALIMENTAÇÃO DA NUTRIZ
CONSIDERAÇÕES GERAIS 
6. A ingestão de cafeína deve ser observada mas não é
contraindicada – Até 300 ml/dia (ou 3 xícaras).
Ingestão excessiva pode provocar insônia e
irritabilidade no bebê.
7. A ingestão de peixe ( 3X semana) garante os níveis
de w-3 no leite materno → substrato para o
desenvolvimento do sistema nervoso e da retina do
lactente.
8. Tabaco – Foi demonstrado que a nicotina é
transferida para o leite materno em proporção ao
número de cigarros fumados (irritabilidade no lactente).
Nicotina pode também inibir prolactina.
ALIMENTAÇÃO DA NUTRIZ
CONSIDERAÇÕES GERAIS
9. Orientar a nutriz sobre o aleitamento materno:
vantagens , preparação da mama na gravidez,
possíveis problemas
na lactação, uso de medicamentos, posição
adequada para a
amamentação, higiene das mãos, importância do
aleitamento
exclusivo até os 6 meses...
10. Orientar sobre o direitos em relação a
amamentação – CLT
(Consolidação das leis do Trabalho) seu título III,
Capítulo II na
seção V – “Da proteção à Maternidade”, artigos 391
a 400
NUTRIZ
Considerações gerais:
Puerpério - involução uterina e as modificações
da gestação irão gradativamente voltando às
condições anterioresevolução da gestação
condições do parto
Mesmo que as reservas maternas e ingestão → satisfatórias
os cuidados com a alimentação da nutriz :
* contribuir para a recuperação do organismo materno;
* assegurar o processo de lactação
Diferentes causas que determinam o início do 
aleitamento materno 
NUTRIÇÃO INFANTIL
CONSULTAS DE SAÚDE
1. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
Indicadores do estado nutricional na
infância:
Peso/Idade (P/I);
Altura/Idade (A/I);
Peso/Altura (P/A);
PASSOS ...
1º - Cálculo da Idade
2º - Aferição de peso e comprimento/altura
3º - Marcação do Cartão da 
Criança
4º - Diagnóstico antropométrico
5º - Esclarecimento dos responsáveis
POSSIBILIDADES DE DIAGNÓSTICO
2. ALIMENTAÇÃO DA CRIANÇA
0-6 meses: aleitamento materno exclusivo
Na impossibilidade de administração de Leite Materno...
Morte materna;
Internação e coma materno;
Administração de drogas incompatíveis com a
amamentação;
Término da licença maternidade de 04 meses
...
CÁLCULO DAS NECESSIDADES 
NUTRICIONAIS
VET = Peso x recomendação calórica para faixa
etária
Utilizar o peso atual se a criança estiver em peso
adequado, se não, utilizar peso teórico
Que Peso Teórico utilizar ??? P50 OU Peso nos
limites mínimo e máximo de adequação
quando a criança estiver muito longe do P50
Idade Kcal/kg/dia
0,5m
1-2
2-3
3-4
4-5
5-6
6-7
7-8
8-9
9-10
10-11
11-12
12
2-3 anos
3-5 anos
5-7 anos M
5-7 anos F
7-10 anos M
7-10 anos F
118
114
107
101
96
93
91
90
90
91
93
97
102
100
95
90
85
78
67
CÁLCULO DA CAPACIDADE GÁSTRICA
25 a 30ml por Kg de peso atual da criança
DEFINIÇÃO DA FÓRMULA LÁCTEA...
0-6 meses: fórmulas de 1º segmento
6-12 meses: fórmulas de 2º segmento
Na impossibilidade do uso de fórmulas
específicas:
Diluição de leite de vaca de acordo com a
idade do bebê
1º MÊS DE VIDA
Leite de vaca em pó a 6,5% + 5% açúcar e 3% de
amido
Leite fluido: 50% de água e 50% de leite integral + 5%
açúcar e 3% de amido
Fórmula de Leite Fluido a 50% - 100ml de mamadeira
(67Kcal)
50ml de leite - 33kcal
50ml de água – 0 kcal
5g açúcar
3g amido
Fórmula de Leite em pó - 100ml de mamadeira:
67ckal
100ml de água
6,5g de leite em pó
5g de açúcar
3g de farinha
1º AO 3º MÊS
• Leite de vaca a 2/3 ou leite em pó a 10%;
• 5% açúcar
• 3% de amido
• Energia – 75kcal/100ml
A PARTIR DO 4º MÊS
Leite integral (sem diluição)
A adição de amido e açúcar é opcional,
de acordo com o VET e aceitação
Energia – cerca de 104kcal/100ml
(67ckcal do leite; 20kcal do açúcar e 12
kcal do amido), utilizando os mesmos %
anteriores de açúcar e amido
BAIXO PESO
Pode acrescentar na fórmula cerca de 2%
do volume de óleo (18ckcal/100ml de
fórmula)
COMPARATIVO
TIPOS DE
LEITE
VANTAGENS DESVANTAGENS
Leite de vaca
Líquido tipo B
Mais barato Exige maior
manipulação
Exige adições
Exige refrigeração
Leite de vaca
(pó)
Mais seguro
microbiologica
mente
Mais caro
Depende da qualidade
da água
Leite modificado
(1º/2º
seguimento)
Melhor qualidade Mais caro
Depende da qualidade
da água
USO DE FÓRMULA
VET
Capacidade Gástrica
Kcal/100ml da fórmula escolhida
Volume da fórmula que cobre o VET da
criança
Fracionamento de acordo com a
capacidade gástrica
Fórmulas 1º segmento Fórmulas 2º segmento
Aptamil LCP
(support)
Aptamil 1
(support)
Bebelac
(support)
Enfamil 1
(Mead Jonhson)
NAN 1
(Nestlé)
Nestogeno 1
(Nestlé)
Similac advanced
(Abbott)
Aptamil 2
(support)
Aptamil 2
(support)
Bebelac 2
(support)
Enfamil 2
(Mead Jonhson)
NAN 2
(Nestlé)
Nestogeno 2
(Nestlé)
Similac advanced 2
(Abbott)
INTRODUÇÃO DA ALIMENTAÇÃO 
COMPLEMENTAR
QUANDO INICIAR:
Aleitamento materno exclusivo – aos 6 meses
Uso de fórmulas lácteas – aos 4 meses
1º ALIMENTO COMPLEMENTAR
Fruta
Uma fruta diferente a cada dia
Consistência pastosa
Sem fibras (casca ou bagaço)
Sucos em pequenos volumes
2º ALIMENTO COMPLEMENTAR
Legume
Oferecer um diferente a cada dia e
observar se a criança tem reações
adversas
Evoluir em cerca de 1 semana a uma
refeição no horário de almoço (1ª papa
salgada)
1ª PAPA SALGADA
Legume branco/amarelado (batata, aipim, inhame, batata
doce, batata baroa) – 1 colher de sopa cheia
Legume verde (chuchu, abobrinha) – 1 colher de sopa cheia
Legume laranja/avermelhado (cenoura, abóbora, beterraba)
– 1 colher de sopa cheia
Proteína – 1 gema amassada ou caldo purínico
Feijão passado na peneira – 2 a 3 colheres de sopa
2ª PAPA SALGADA
 Arroz/Macarrão/Angú/Vegetal C – 2 a 3 colheres de sopa
 Feijão amassado com garfo – 3 a 4 colheres de sopa
 Carne/frango desfiado ou víscera amassada – 1 pedaço
pequeno
 Vegetal tipo B – 2 a 3 colheres
 Vegetal tipo A cozido – 2 colheres
ESQUEMA ALIMENTAR AOS 4/6 MESES
Leite + papa de fruta 1 vez ao dia
Esquema alimentar aos 4,5/6,5
meses
Leite + papa de fruta 2 vezes ao dia
Leite
Papa de fruta
1ª Papa salgada
Leite
Papa de fruta
Leite
Leite
ESQUEMA ALIMENTAR AOS 5/7 MESES
ESQUEMA ALIMENTAR AOS 6/8 MESES
Leite
Papa de fruta
1ª Papa salgada
Leite
Papa de fruta
1ª papa salgada
Leite
 Para a criança que foi aleitada artificialmente permanecer
no esquema alimentar anterior até que haja competência
motora e mastigatória para evolução de consistência e
novas inclusões
 Para a criança proveniente de leite materno, costuma
coincidir com a postura dentária e pode-se evoluir
gradativamente para 2ª papa salgada e incluir-se outros
alimentos
ESQUEMA ALIMENTAR AOS 7/9 MESES
ALIMENTAÇÃO DA CRIANÇA 12 
MESES
Em uso de Leite Materno:
 LM
 Fruta
 LM
 Almoço + suco cítrico
 Fruta
 LM
 Jantar + suco cítrico
 LM
ALIMENTAÇÃO DA CRIANÇA 12 
MESES
Em uso de Leite de Vaca:
Vitamina de frutas + biscoito maisena
Fruta
Almoço + suco cítrico
Lanche 1: bolo simples + leite com
cereal
Lanche 2: fruta
Jantar + suco cítrico
Mingau de prato

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