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PE-2-ID - Filosofia

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LICENCIATURA EM FILOSOFIA 
 
PRÁTICA DE ENSINO: INTRODUÇÃO À DOCÊNCIA (PE:ID) 
 
 
 
 
 
 
 
POSTAGEM 1: ATIVIDADE 1 
REFLEXÕES REFERENTES AOS 13 TEXTOS 
 
 
 
 
Paulo César Gonçalves Ferreira 
RA 1909655 
 
 
 
 
POLO UNAÍ 
2019 
 
 
 SUMÁRIO 
 
 
1. TEXTOS PARA ATIVIDADE DE REFLEXÃO ...............................................3 
1.1Educação? Educações: aprender com o índio ..............................................3 
1.2 O fax do Nirso................................................................................................5 
1.3 A História de Chapeuzinho Vermelho (na versão do lobo) ...........................6 
1.4 Uma pescaria inesquecível ...........................................................................7 
1.5 A Folha Amassada ........................................................................................7 
1.6 A Lição dos Gansos ......................................................................................8 
1.7 Assembleia na Carpintaria ...........................................................................9 
1.8 Colheres de Cabo Comprido ......................................................................10 
1.9 Faça parte dos 5%.......................................................................................10 
1.10 O Homem e o Mundo ................................................................................12 
1.11 Professores Reflexivos .............................................................................13 
1.12 Um Sonho Impossível? .............................................................................13 
1.13 Pipocas da Vida ........................................................................................14 
REFERÊNCIAS ................................................................................................15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 TEXTOS PARA ATIVIDADE DE REFLEXÃO 
 
1.1 Educação? Educações: aprender com o índio 
 
 Para o escopo destareflexão, considerando as questões junto ao texto 
apresentado no livro-texto de Prática de Ensino – Introdução à Docência, como 
delimitador do foco do assunto ao tema educação, e como ponto de 
partidadesta reflexão focarei de uma forma geral na influência e vínculos da 
cultura na educação de um povo, ou nação,organizadode que forma for. Otema 
educação é inevitável quando se refere a cultura humana, pois esta não existe 
sem a formação de uma sociedade de pessoas que vivem de modo interativo e 
passam conhecimento e saber para as gerações futuras,por meio de um 
sistema de ensino educativo. 
O termo cunhado como “falta de educação” se trata de uma expressão 
popular que significa que alguém, ou um grupo de pessoas, comporta-se fora 
dos padrões de costumes bem aceitos no meio social, e muitas vezes os 
comportamentos são ocasionados por atitudes ofensivas ao que é ensinado 
como bons costumes ou boa prática cultural. Isto significa também que o 
processo educador da sociedade não é completo, e mesmo que alguém tenha 
um bom nível de educação este não está isento das falhas e de cometer erros 
por falta de conhecimento, ou por exaltação de temperamentos. 
 Ademais, a educação não é homogênea em uma nação ou em um 
estado da federação, nem mesmo num bairro de uma cidade. Para 
exemplificar, já ouvimos a expressão de que existe vários “Brasis dentro do 
Brasil”, o que quer dizer que a cultura brasileira é multifacetária quanto se trata 
do resultado do sistemaeducador de cada região do país, onde a variedade de 
meios e condições geográficas e ambientais são diferentes, e as comunidades 
adaptam o conteúdo de sua aprendizagem com as necessidades mais 
imediatas do meio em que vive, formando assim características culturais 
diferentes e determinantes. Mas não é só a relação homem e meio ambiente 
que constroem as diferenças culturais ou educacionais de uma região, mas 
também a influência imigratória de povos de outros países que trazem consigo 
um conhecimento prévio aprendido, e isto vem acontecendo continuamente 
desde os primórdios da formação das nações. 
 A escola é a principal instituição formadora da educação de uma nação 
ou país, mas não é o único meio de ensino e aprendizagem do cidadão como 
membro atuante e portador do conhecimento necessário para caracterizar uma 
sociedade. Existe o ensino e o aprendizado informal ou não acadêmico que é 
efetivo no meio social, que acontece dentro das famílias, nos ambientes de 
trabalho, nos grupos sociais organizados e instituídos pela cooperação e 
vontade popular, nas instituições religiosas, nas organizações filantrópicas e 
em outros grupos que existem para favorecer à comunidade na sua formação e 
identidade.A mensagem principal da resposta da nação indígena americana 
contra o processo de dominação cultural branca é a negação dos modelos de 
educação impostos, sem considerar os reais valores que fortalecem a cultura 
indígena e o próprio povo na sua identidade construída nos símbolos e 
significados desde tempos remotos. 
 A força educacional constituinte da cultura de um povo pode ser usada 
como um instrumento de dominação de uma cultura sobre a outra, e assim 
reforçar as estratégias de domínio de um povo sobre o outro pelo poder da 
submissão. Um exemplo típico foi usado pelos portugueses durante a 
colonização brasileira entre o século XVI e meados do XVIII, que utilizaram os 
fundamentos do catolicismo como meio facilitador para subjugar dos nativos 
que aqui se encontravam, no caso os índios brasileiros, aos quais foram 
ensinados os conteúdos bíblicos através das catequeses da Ordem Religiosa 
dos Jesuítas, que fundaram comunidades indígenas para passarem as 
instruções religiosas junto com o ensino da cultura portuguesa, através de um 
modelo educacional europeu colonizador. 
 Para finalizar, pode-se perceber que o poder da educação está revestido 
de muitos interesses desde os tempos mais antigos, e que ainda hoje exerce 
grande influência no processo político de dominação de massa, principalmente 
quando há antagonismo político dentro da nação, onde a disputa pelo poder 
financeiro e político é acirrada entre partidos ou grupos de interesse. O 
processo da globalização das relações culturais entre povos fortaleceu e 
acelerou a disseminação e a variedade de múltiplas áreas do conhecimento, 
criando um mundo mais complexo em todos os sentidos, especialmente na 
transformação dos modelos de ensino e aprendizagem necessários para 
acompanhar as transformações das sociedades no planeta, que se tornam 
cada vez mais interdependentes nas formas de organização e 
desenvolvimento. 
 
1.2 O fax do Nirso 
 
 Para a reflexão sobre o texto contido no livro-texto de Prática de Ensino 
– Introdução à Docência, delimitando o foco do assunto ao tema “educação e 
mercado de trabalho”, tem-se uma narração de um acontecimento fictício numa 
empresa de venda de peças,onde um vendedor semianalfabeto tem um grande 
talentopara realizar vendas. Ele mantém contato constante com seu gerente 
sobre o seu sucesso de vendas de peçasem várias capitais do país. O gerente 
se incomoda com o alto grau de erros ortográficos e de fluência gramatical do 
Nirso, e logo reporta ao presidente da empresa as correspondências com os 
erros de português. Porém, o presidente não dá importância à questão dos 
erros de português do Nirso, mas se admira e elogia a habilidade e capacidade 
de vender do funcionário, atitude rara e incomum na empresa. 
 Diante do fato surge de imediato um questionamento se “a educação 
escolar está perdendo espaço no mercado de trabalho”. A pergunta é bastante 
abrangente, mas as duas outras questões feitas convergem para a regra geral 
em que o mercado de trabalho é cada vez mais exigente quanto ao nível de 
escolaridade do trabalhador, e consequentemente há um aumento da 
competividade para a ocupação das vagas no mercado de trabalho, que exigeconhecimento concreto de formação acadêmica na prática e comprovação por 
diploma oficial da escola. Sabe-se que as escolas oficializadas e normatizadas 
pelo sistema educacional brasileiro não suprem a formação acadêmica 
necessária do indivíduo para ingressar no mercado de trabalho, pois as 
deficiências do aprendizado nas escolas são repassadas socialmente para as 
outras instituições não acadêmicas, ou seja, para as empresas públicas ou 
privadas e instituições comerciais que exigem um mínimo de escolaridade 
competente para o mercado de trabalho e que,devido à evolução tecnológica 
globalizada, esse mínimo de escolaridade aumenta a exigência de mais 
titulação em diplomas acadêmicos, caracterizando que a escola realmente está 
perdendo espaço para acompanhar as exigências do mercado de trabalho. 
 O caso apresentado no texto mostra uma das alternativas das 
empresas, que reconhece e prefere manter uma pessoa talentosa e 
competente afinadacom os objetivos da empresa, mesmo sabendo que a 
eficiência do sistema de ensino não foi suficiente para concretizar o 
aprendizado da educação formal acadêmica do indivíduo, no caso a do Nirso. 
No caso, o presidente da empresa demonstrou mais sensibilidade ao talento e 
à potencialidade de Nirso como vendedor do que o diretor, que por sua vez 
estava mais sensível aos erros do que o potencial e à capacidade de Nirso. 
 
1.3 A História de Chapeuzinho Vermelho (na versão do lobo) 
 
Os questionamentos apresentados no livro-texto direcionam o tema para 
a 
dúvida sobre as verdades, ou uma verdade, anunciadas ou tidas como 
absolutas. A História de Chapeuzinho Vermelho (na versão do lobo) é um 
exemplo típico de que uma realidade pode ser vista ou observada de várias 
maneiras, seja por pessoas ou observadores que enxergam aspectos ou 
questões que não fazem parte do repertório consolidado pela tradição ou pelo 
senso comum de uma época. A visão da preocupação com o meio ambiente é 
uma realidade do mundo atual, da mesma forma que a liberdade de expressão 
tem dado às pessoas, em geral, cada vez mais oportunidades de mostrar um 
pensamento diferente, uma ideia inovadora que nunca tenha sido pensada 
entes por alguém a saber, mas que serve para ampliar a visão relativista da 
realidade. Vimos na fala do lobo a preocupação com o meio ambiente e com os 
demais membros daquela comunidade, ou seja, dos habitantes daquela 
floresta. 
 O pensamento filosófico tem como fundamento principal a dúvida como 
condição indispensável para buscar a verdade ou a realidade dos fatos ou dos 
fenômenos pelo uso da razão, elegendo o questionamento e a tentativa de 
esclarecimento como o caminho honesto do julgamento e conclusão. Porém, o 
pensamento filosófico não é garantia de um método infalível da busca do 
conhecimento definitivo, pois a própria realidade não é imutável, está sempre 
se transformando conforme as circunstâncias da própria natureza do 
desenrolar dos acontecimentos no tempo e no espaço. 
 
1.4 Uma pescaria inesquecível 
 
A história do livro-texto ilustra uma situação em que demonstra de forma 
muito clara sobre o que é um comportamento ético. Há várias definições de 
ética, mas há apenas um tipo de comportamento que de fato é ético: fazer o 
certo sabendo que é o correto e justo a fazer. A ética tem muito haver com a 
conduta moral, pois a moralidade é determinada a partir de princípios aceitos 
pela tradição e consumado pela prática comum a todos os membros da 
sociedade, cujos valores são considerados justos. Porém, os princípios éticos 
têm o poder de transformar a realidade quando questiona a validade das 
normas e leis sociais, quanto ao que seja de fato o certo e o errado, à medida 
que evolui da consciência o conceito de justiça. 
 A ética só vem fazer parte do comportamento e do caráter de uma 
pessoa se for ensinado seus princípios desde tenra idade, conforme fez o pai 
do garoto na história ilustrativa do livro-texto. É um processo que de fato só é 
praticado nas situações que exigem a decisão de fazer o certo ou o errado, e a 
opção pelo fazer certo tem um conhecimento prévio a respeito do que é correto 
fazer. Então, pode-se observar que grande parte das escolas brasileiras de 
educação básica não oferece na grade curricular o ensino sobre o que é ética, 
para dar a oportunidade de os jovens agirem de forma ética e consciente 
durante as situações em que se apresentarem o dilema entre o certo e o 
errado. A falta de princípios éticos bem fundamentados na sociedade permite 
que sejam veiculados nos meios de comunicação princípio aéticos, tal como a 
Lei do Gerson que induz as pessoas a pensarem em “levar vantagem em tudo”, 
reforçando a ideologia capitalista de que os meios justificam os fins. 
 
1.5 A Folha Amassada 
 
O questionamento apresentado no livro-texto sobre uma situação de 
comportamento hostil de um aluno para com seus colegas, que foi repreendido 
pelo professor de forma instrutiva o ajudando a observar e analisar as 
consequências de suas atitudes que ofendiam as pessoas, também está 
direcionado a qualquer um que é convidado a fazer autocrítica das ações e 
atitudes contra outras pessoas que se sentem ofendidas. Uma folha de papel 
uma vez amassada nunca mais volta ao normal, por mais que tentemos reparar 
as marcas que a ação de amassamento causou. Ficou claro que lidar com as 
pessoas envolveuma preparação contínua através de reflexões e autoanálise 
comportamental, pois interagir com pessoas exige bom senso amadurecido 
pela prática contínua de autocontrole emocional e de exercícios do 
pensamento, que envolvem empatia e sensibilidade antes de serem 
transformados em palavras ou ações. 
 Partindo do exemplo mostrado, pode-se ver claramente que a 
preparação de um professor vai além do conteúdo teórico sobre ensino-
aprendizagem no âmbito do conhecimento cognitivo, pois envolve o professor 
como pessoa com todos os seus trejeitos, preferências, afetividade e emoção, 
que deverão também ser objeto de preparação e avaliação. Há pessoas que 
trazem consigo um complexo de sentimentos familiares e pessoais, que por 
sua vez fazem parte da personalidade e do temperamento delas, e a 
agressividade não é descartável de ser um problema que o professor deverá 
lidar nas salas de aula. E, necessariamente, não precisa ser um aluno 
problema para ter um comportamento explosivo, porque cada pessoa tem 
limites suportáveis de tensão ou desconforto psicológico antes de uma reação 
negativacontraalgum transtorno. A prática de atividades recreativas e de lazer 
com a família é fundamental para o professor manter-se psicológica e 
afetivamente equilibrado. O cuidado com o corpo físico melhora a autoestima, e 
práticas esportivas ou atividades físicas feitas regularmente na semana 
fortalece todo o sistema orgânico e baixa o estresse do corpo e da mente. 
 
1.6 A Lição dos Gansos 
 
A história da Lição dos Gansos no livro-texto ilustra a importância do 
esforço direcionado ao bem comum, onde cada um poderá dar o melhor de si 
em benefício de muitos e, ao mesmo tempo, também se beneficiar através da 
comunidade quando os esforços e a energia gasta tem mesma direção e 
sentido, ou seja, os objetivos e interesses convergem para favorecer a todos na 
forma mais democrática possível. Na natureza podemos encontrar outras 
situações semelhantes à narrada na Lição dos Gansos, onde a cooperação 
entre os membros de um grupo promove um menor esforço com ganho de 
energia para cada indivíduo e alcançam um resultado otimizado para todos. 
O exemplo acima serve para avaliar o que seria o papel do professor 
nas escolas, como líder numa sala de aula, que pretende trabalhar a melhor 
forma para ensinar o aluno a construir o seu próprio conhecimento a partir de 
avanços consolidados no trabalho e nas experiências de muitos outros líderes 
em vários campos do conhecimento. Eu mesmo ainda não me sinto preparado 
para ser um professor capazde lidar com a disciplina na sala de aula, por 
exemplo. Disciplina não se consegue só com a teoria aprendida nos currículos 
das faculdades ou universidades para formar professores, mas vai muito além, 
porque exige a prática da didática e o contato diários com os alunos. O 
professor também precisa sentir e receber o estímulo de seus colegas de 
trabalho na escola, e ter afinidade com os objetivos da escola defendidos pela 
direção, procurando participar sempre das reuniões e avaliações críticas sobre 
desempenho na escola, com o intuito de melhorar sempre. 
 
1.7 Assembleia na Carpintaria 
 
Mais uma vez a história do livro-texto destaca a importância do trabalho 
comunitário a partir das qualidades de cada um dos membros da comunidade. 
As questões são levantadas em torno de como usar as qualidades em favor de 
uma pessoa, mas também é importante que a pessoa aprenda a ver os 
próprios defeitos e usar a seu favor esse conhecimento para melhorar suas 
qualidades, ou reforçar as habilidades pela correção dos erros involuntários 
que passam despercebidos, mas se tornam defeitos quanto passam a fazer 
parte de maus hábitos. 
Para incentivar e direcionar um trabalho solidário com eficiência, para 
alcançar os objetivos e metas propostas em grupo, é necessário que as 
pessoas aprendam a ver claramente as qualidades umas das outras. Ninguém 
faz tudo tão bem que não possa receber ajuda ou ensinamento de outros, e 
sempre haverá um outro que fará uma tarefa ou trabalho melhor do que você, 
porque talento e capacidade são diversificados em graus e intensidadenas 
pessoas humanas, e a vida em comunidade não existiria se não fossem 
reconhecidos o valor e a capacidade inatas de cada um de seus membros, e 
que podem ser aperfeiçoadas quando trabalhadas em coletividade. Isso é o 
que acontece nas escolas se o professor souber reconhecer e incentivar a 
cada um de seus alunos conforme a capacidade e o talento de cada um. 
 
1.8 Colheres de Cabo Comprido 
 
Concretamente o trabalho em equipe é o modo mais eficiente e completo 
para alguém executar a sua parcela de contribuição na sociedade em que vive. 
Não é apenas porque o ser humano é por natureza um animal que vive em 
sociedade ou organizado em comunidades que o torna um ser solidário. A 
solidariedade exige da pessoa o desdobramento de seu “eu” para pensar no 
outro como uma extensão de sua condição humana, ao mesmo tempo em que 
reconhece que é um ser dependente da ajuda de outros, e também 
responsável por aqueles que dependem da sua condição de membro 
contribuinte, ou do trabalho que aprendeu fazer e que outros não sabem fazer. 
 Portanto, partindo da premissa de que “ninguém pode dar o que não 
tem”, é mister para o estudante de qualquer profissão, especialmente para a 
profissão de futuro professor ou professora, que se pergunte se realmente 
possui o talento e a capacidade de assumir um aluno e ajudar a torná-lo um 
cidadão acima de tudo, que seja capaz de exercer sua função na sociedade. 
Assim também me pergunto se serei capaz de entender perfeitamente o 
sentido da sociabilidade do aluno durante a aprendizagem, e também despertar 
nele o senso de sociabilidade que o forme como um cidadão capaz e 
competente para trabalhar na sociedade. O resultado deve se traduzir numa 
condição de ambivalência e reciprocidade, ou seja, só posso dizer que fui 
capaz de ensinar um aluno a ser um cidadão sociável e competente para 
trabalhar em equipe se eu realmente consegui trabalhar com ele, e junto com 
ele, seus colegas e a escola, e conseguimos ter sucesso. 
 
1.9 Faça parte dos 5% 
 
O professor na história do livro-texto viveu um momento de dificuldade 
para 
disciplinar a sua turma, e então, num rompante enérgico para dominar a turma 
contou através de uma afirmação que apenas 5% do grupo das pessoas no 
mundo fazem realmente a diferença por fazer algo de valor que muda a vida de 
muitas pessoas, mas que o restante do grupo, ou seja, os 95% das pessoas 
servem apenas para fazer volume e não fazem nada importante. Essa 
afirmação marcou o aluno e o fez mudar de atitude na vida, pois a partir 
daquele dia ele sempre procurou fazer o melhor de si, mas sem garantias de 
que estaria entre os 5%. 
 Porém o questionamento que vem depois convida o leitor a pensar a 
respeito da veracidade da afirmação. Será que realmente está correto que são 
apenas 5% do grupo das pessoas ou isto é muito? Realmente saber disso faz 
com que as pessoas mudem de atitude a ponto de trocar de grupo? O 
raciocínio do experiente professor, de trabalhar para os 5% está correto? Não 
são questões fáceis de responder, mas traz um fundo de verdade, apesar de 
não se poder afirmar com certeza que os números são esses mesmos sem 
fazer uma pesquisa ou um trabalho minucioso de estatística em todos os 
campos de atividade humana. A atitude do professor surtiu efeito na turma, que 
aceitou como verdadeira a afirmação do professor sem questionamentos, e 
mudou a postura disciplinar dos alunos diante se suas aulas pelo menos. 
Porém, quando o professor diz: 
“É uma pena muito grande não termos como separar 
esses 5% do resto, pois, se isso fosse possível, eu deixaria 
apenas esses alunos especiais nesta sala e colocaria os 95% 
restantes para fora, e então teria o silêncio necessário para dar 
uma boa aula e dormiria tranquilo à noite, sabendo ter investido 
nos melhores.” 
 Me parece que a afirmação do professor foi por demais radical e deixou 
transparecer uma opinião de exclusão de pessoas,considerandoa sua posição 
de professor como líder na sala de aula. A liderança as vezes precisa de 
posturas firmes e enérgicas, mas esta não deverá ser exercida a qualquer 
preço ou a ponto de não deixar poucas alternativas pela forma impositiva que é 
ministrada. O ponto de partida deveria ser inclusivo, ou seja, partir de um 
universo em que a turma é especial por estar ali, e que juntos todos poderiam 
fazer o seu melhorse realmente estivessem dispostos a aprenderem o que o 
professor teria para ensinar e o que eles teriam para aprender. 
 
1.10 O Homem e o Mundo 
 
A partir do momento que um ser humano chega ao mundo, ou seja, nasce 
para o mundo, vem com ele os seus problemas. O problema do homem é 
inerente à sua própria condição de ser racional, dotado de inteligência, que lhe 
dá uma incomparável vantagem em relações aos outros animais do planeta 
que são preponderantemente instintivos. Nós humanos, desde o instante em 
que passamos a usar a inteligência como diferencial, passamos a dominar a 
natureza e os outros animais, resolvendo problemas práticos para a 
sobrevivência da espécie e nos tornamos senhores da Terra, mas também nos 
tornamos o principal responsável pela conservação do planeta e da vidas que 
nele contém. 
Mas apesar de toda inteligência, o ser humano sempre teve dificuldades 
em lidar com seus iguais, e os conflitos entre grupos humanos também sempre 
fizeram parte da luta pela sobrevivência, principalmente quando o homem 
descobriu a propriedade, o poder de ser dono de partes da superfície do 
planeta delimitando territórios. A propriedade passou a ser um bem de família 
que passa de uma geração a outra, onde os membros mais velhos ou mais 
experientes ensinam aos mais novos a manter o legado. E a partir daí o 
homem passou temer o próprio homem e construir armas para defender a si, 
seus familiares e sua propriedade de estranhos. Hoje, temos em todo o planeta 
constantes conflitos mortais entre nações, regiões e famílias. Os homens estão 
longe de resolver os conflitos entre si, que por sua vez constitui um problema 
de estar no mundo, que parabolicamenteé um problema entre os homens e o 
mundo. Na verdade, o mundo só nos oferece mudanças para que adaptemos 
ao meio, mas por outro lado há uma competição entre os homens por poder e 
posses materiais. 
 Hoje, graças à grande evolução tecnológica acumulada, os jovens estão 
tendo acessofácil e rápido aos meios de informação cada vez mais cedo, e 
aprendendo a dominar um conhecimento não formal que muitos professores 
não conseguem acompanhar. Então, é perfeitamente normal hoje jovens 
ensinarem aos mais velhos, aluno informar ao professor coisas ou fatos que ele 
ainda não conhece. Para conseguir ensinar nas escolas nos dias de hoje, o 
professor deve ter abertura e aceitação de que não é detentor de todo o 
conhecimento que os jovens já possuem a partir de um aprendizado não formal 
fora dos meios acadêmicos. Os mais velhos podem aprender coisas novas até 
com as crianças, pois elas estão conectadas no mundo aprendendo muito 
rapidamente o que a escola e a família não conseguemacompanhar para 
ensinar. 
 
1.11 Professores Reflexivos 
 
 A autora da narração do livro-texto se encontra em viagem,como de 
costume, para realizar palestras como pedagoga e educadora nas escolas que 
visita pelo Brasil. Ela encontra um hotel numa cidade do Nordeste com as 
mesmas características de muitos outros de vários lugares, hotéis 
estandardizados, com padrões globais de atendimentos aos clientes dentro dos 
critérios de hotelaria que visa o turista, o considerando como mais um cliente a 
ser tratado fora dos padrões da região que encontra. Ela se diz surpresa com 
ela mesma por se sentir como mais um número, ou uma cliente tratada de 
modo formal e sem empatias. A situação já foi vivida por ela em outros hotéis, 
mas na situação em que ela se encontrava foi a primeira vez que resolveu 
refletir e atentar para sua condição de pessoa indiferenciada aos olhos dos 
funcionários do hotel. 
 A educadora da narração logo percebe que o conteúdo de suas 
palestras não está concretizado na realidade em que ela está vivendo na 
prática, pois temas como refletividade, contextualização, pessoalidade, 
cidadania e comunicação, explicados por ela, não se enquadra na socialização 
que o cidadão autóctone deveria efetivamente interagir com o visitante ou 
turista. 
 Na reflexão estão presentes a autocrítica e a crítica às ações de outras 
pessoas para com um estranho em seu meio, quando situações novas ou 
mudanças de escola, por exemplo, causam desconforto ao novato por não 
saber ou não ter elementos familiarizados que possam fazer parte da nova 
realidade. Porém, é mister que o novato reflita e analise o contexto em que 
está inserido, para quebrar a barreira do isolamento e se esforçar em interagir 
e se socializar. 
 
1.12 Um Sonho Impossível? 
 
 O texto retirado da revista “Pensamento e Linguagem” publicado pela 
Fundação Carlos Chagas, demonstra a realidade de um problema social que o 
sistema educacional brasileiro tem que enfrentar, que é a desigualdade social 
das famílias que tem filhos na escola. Essa desigualdade vem dos 
fundamentos da família e atinge a escola em cheio, onde a soma das 
dificuldades da família em várias situações pesa para o aluno acompanhar os 
colegas que tem uma família com maior poder aquisitivo e melhor instrução 
escolar. A condição de desigualdade social também afeta a escola inteira, 
porque são duas realidades antagônicas que precisam ser analisadas e 
tratadas como um problema em comum da escola, da comunidade e das 
famílias,cujospais ou parentes são diretamente responsáveis pela educação 
aluno. 
 A evasão escolar é a principal consequência do insucesso no 
aprendizado do aluno, e que pela aceitação da família em não dar continuidade 
aos estudos do filho ou da filha, a partir da inserção precoce dos jovens num 
trabalho à altura da condição social da família, reforça essa evasão. A 
obtenção de algum diploma de conclusão escolar de um filho passa a ser um 
sonho impossível para muitas famílias pobres. Isto mostra a desistência dessa 
camada da sociedade em lutar por uma educação melhor, pois preferem partir 
diretamente para uma vida de trabalho de subsistência,assumindo o prejuízo 
de não ter um melhor nível de escolaridade e de cultura. 
 
1.13 Pipocas da Vida 
 
 A história do livro-texto convida a uma reflexão profunda sobre as 
mudanças que a vida provoca em cada pessoa, sendo essas mudanças para 
melhor ou para pior, dependendo das circunstâncias dos acontecimentos que 
podem causar melhorias ou não nas atitudes e na autoestima da pessoa, 
resultando em sofrimentos e derrotas impostas por fatores externos. 
Seja essa pessoa um pai ou uma mãe de família, um filho ou uma filha, 
ou até mesmo um professor, todos são submetidos ao “calor da vida” que de 
algum modo ou em algum ponto de nossa trajetória de vida irá nos transformar, 
pois ninguém passa incólume a uma vida de esforços e dedicação a um 
objetivo ou a desejo qualquer que perseguimos dia a dia. O poder da 
transformação está presente na natureza e em qualquer parte da existência de 
um indivíduo ou de um ser vivo, e não há como fugir dela, assim como não há 
como fugir do tempo que garante a transformação da vida. 
 Portanto, um professor vive se transformando, seja para aprender ou 
para ensinar, da mesma forma o aluno está sob os mesmos processos de 
transformação na condição de aprendiz, ao mesmo tempo em que ele vai 
adquirindo o conhecimento e a sabedoria para poder também ensinar. É 
realmente um grande dilema que o professor enfrenta numa sala de aula, pois 
o equilíbrio das ações para o ensino exige muita paciência e firmeza no 
propósito de zelar pela mudança dos alunos para melhor, mas esse zelo deve 
também ser dirigido a si mesmo como professor, fazendo constantes 
autocriticas no sentido de ser melhor a cada dia. 
 
 
 REFERÊNCIAS 
 
Textuais 
 
ALARCÃO, I. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. São Paulo: 
Cortez, 2003. p. 7‑10. 
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