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AINES: Aspirina e Cetoprofeno


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AINES
1. ASPIRINA
· Características gerais
O ácido Acetilsalicílico, cuja sigla é AAS, é um princípio ativo dos medicamentos mais consumidos no mundo todo, obtido através da mistura de ácido salicílico e anidrido acético. É um analgésico e antipirético utilizado para alívio sintomático de dores leves a moderadas. Tem sido empregado como padrão para comparação e avaliação de novas substâncias da mesma classe.
· Farmacodinâmica 
O ácido acetilsalicílico pertence ao grupo dos fármacos anti-inflamatórios não-esteroides, com propriedade analgésica, antipirética e anti-inflamatória. Seu mecanismo de ação baseia-se na inibição irreversível da enzima ciclooxigenase, envolvida na síntese das prostaglandinas. O ácido acetilsalicílico, em doses orais de 0,3 a 1,0 g, é usado para o alívio da dor e de quadros febris, tais como resfriados e gripes, para controle da temperatura e alívio das dores musculares e das articulações. Também é usado nos distúrbios inflamatórios agudos e crônicos. 
· Farmacocinética 
Após a administração oral, o ácido acetilsalicílico é rápida e completamente absorvido no trato gastrintestinal. Durante e após a absorção, o ácido acetilsalicílico é convertido a ácido salicílico, seu principal metabólito ativo. Os níveis plasmáticos máximos do ácido acetilsalicílico são atingidos após 10 a 20 minutos e os do ácido salicílico após 0,3 a 2 horas. Tanto o ácido acetilsalicílico quanto o ácido salicílico ligam-se extensivamente às proteínas plasmáticas e são rapidamente distribuídos por todo o organismo. O ácido salicílico passa para o leite materno e atravessa a placenta. O ácido salicílico é eliminado predominantemente por metabolismo hepático. Seus metabólitos são o ácido salicilúrico, o glicuronídeo salicílico fenólico, o glicuronídeo salicilacílico, o ácido gentísico e o ácido gentisúrico. A cinética da eliminação do ácido salicílico é dose-dependente, uma vez que o metabolismo é limitado pela capacidade das enzimas hepáticas. A meia-vida de eliminação varia de 2 a 3 horas após doses baixas até cerca de 15 horas com doses altas. O ácido salicílico e seus metabólitos são excretados principalmente por via renal.
· Efeitos Adversos
Distúrbios do trato gastrintestinal superior e inferior como sinais e sintomas de: dispepsia, dor gastrintestinal e abdominal, raramente inflamação gastrintestinal, úlcera gastrintestinal, levando potencialmente, mas muito raramente, a úlcera gastrintestinal com hemorragia e perfuração, com respectivos sinais e sintomas clínicos e laboratoriais. 
Devido a seu efeito inibitório sobre a agregação plaquetária, o ácido acetilsalicílico pode estar associado com o aumento do risco de sangramento. Foram observados sangramentos tais como hemorragia intra e pós-operatória, hematomas, epistaxe, sangramento urogenital e sangramento gengival. Além de disso, pode causar disfunção hepática transitória com aumento das transaminases hepáticas tem sido relatada muito raramente. 
· Posologia
Cães: 10 mg/kg a cada 12 horas, por via oral
Gatos: 10 mg/kg a cada 48 horas, por via oral
2. CETOPROFENO
· Características gerais
O cetoprofeno possui atividade anti-inflamatória, analgésica e antitérmica e está indicado para o tratamento de: processos reumáticos, lesões ortopédicas e algias diversas.
· Farmacodinâmica 
O cetoprofeno é um anti-inflamatório não esteroidal (AINE), derivado do ácido arilcarboxílico, pertencente ao grupo do ácido propiônico dos anti-inflamatórios não esteroidais. O cetoprofeno possui propriedades anti-inflamatória, antitérmica e apresenta atividade analgésica periférica e central. Inibe a síntese de prostaglandinas e a agregação plaquetária, no entanto, seu mecanismo de ação não está completamente elucidado.
· Farmacocinética 
O cetoprofeno é rápida e completamente absorvido pelo trato gastrintestinal. Os níveis plasmáticos máximos são obtidos dentro de 60 a 90 minutos após administração oral. Quando o cetoprofeno é administrado com alimentos, a taxa de absorção diminui, resultando em atraso e redução do pico da concentração , entretanto, a biodisponibilidade total não é alterada. 
Ele encontra-se 99% ligado às proteínas plasmáticas. Difunde-se pelo líquido sinovial, tecidos intra-articulares, capsulares, sinoviais e tendinosos e atravessa a barreira placentária e hematoencefálica. A meia-vida de eliminação plasmática é de aproximadamente 2 horas. O volume de distribuição é de aproximadamente 7 L. 
A biotransformação do cetoprofeno é caracterizada por dois principais processos: por hidroxilação e por conjugação com ácido glicurônico, sendo esta a via principal no homem. A sua excreção é na forma inalterada é muito baixa. Quase toda a dose administrada é excretada na forma de metabólitos na urina, dos quais 65 a 85% da dose administrada são excretados como metabólito glicuronídeo. Cinquenta por cento (50%) da dose administrada é excretada na urina dentro de 6 horas após a administração do medicamento. Durante 5 dias após a administração oral, aproximadamente 75 a 90% da dose é excretada principalmente pela urina. A excreção fecal é muito pequena (1 a 8%).
· Efeitos Adversos.
Os efeitos mais comumente observados são no sistema gastrintestinal, como vômito, inapetência, gastrite, ulcerações e hemorragias. Em animais que apresentam comprometimento prévio, ou em tratamentos prolongados podem agravar quadros de doenças renais e hepáticas. Além de poder provocar principalmente vômitos em pequenos animais.
· Posologia
Cães e gatos: 1 mg/kg a cada 24 horas por via oral durante mais de 5 dias. A dose inicial pode ser administrada por solução injetável de 2 mg/kg por vias subcutânea, intramuscular ou intravenosa.
3. CARPROFENO
· Características gerais
Para cães, nos casos em que se deseja um efeito analgésico (inclusive em uso pré-cirúrgico), antitérmico e anti-inflamatório, especialmente no tratamento da osteoartrite.
· Farmacodinâmica 
O mecanismo de ação do carprofeno não se encontra ainda totalmente esclarecido. O efeito anti-inflamatório do carprofeno deriva da inibição da enzima ciclooxigenase (COX) da cadeia de síntese do ácido araquidônico e provavelmente de outros mecanismos, incluindo a inibição da fosfolipase A2 e inibição da migração de leucócitos, sendo possível que tenha ainda atividade contra outros mediadores da inflamação.
· Farmacocinética 
O carprofeno quando administrado por via oral é rapidamente e quase completamente absorvido (biodisponibilidade superior a 90%). Exibe uma forte ligação às proteínas plasmáticas (superior a 99%), apresentando um baixo volume de distribuição. Este é eliminado principalmente por biotransformação no fígado seguido de uma rápida excreção dos metabolitos. 70 a 80% dos metabolitos são eliminados nas fezes e 10 a 20% é eliminado na urina. Existe circulação entero-hepática de uma parte dos metabolitos.
· Efeitos Adversos.
Pode causar hepatotoxicidade em cães. Sinais gastrintestinais como vômito e inapetência são os mais comuns.
Em gatos pode provocar lesões hepáticas e renais, além de reações gastrintestinais adversas quando utilizado em tratamentos longos.
· Posologia
Cães: 2,2 mg/kg a cada 12 horas, por via oral, ou 4,4 mg a cada 24 horas, por via oral
Gatos: 2,2 mg/kg a cada 12 horas, por via subcutânea, ou 4,4 mg a cada 24 horas, por via subcutânea
4. ENDOLAC
· Características gerais
É indicado no tratamento da osteoartrose e da artrite reumatoide (aguda ou crônica) e no controle da dor, especialmente aquela associada a processos inflamatórios (como no pós-operatório de cirurgias odontológicas e obstétricas, traumas e outras condições, como artrite).
· Farmacodinâmica 
Os AINEs inibem a atividade da enzima cicloxigenase (COX), diminuindo assim a formação dos precursores das prostaglandinas (PG) e tromboxanos (TX) a partir do ácido araquidônico.
As PG, TX e leucotrienos (LT) são potentes mediadores derivados do ácido araquidônico que modulam vários processos fisiológicos e fisiopatológicos, tais como fluxo sanguíneo, transporte iônico, contração muscular lisa, resposta inflamatória (recrutamento e ativação de leucócitos)etc. Evidências convincentes suportam a hipótese que a inibição da síntese das PG em níveis central e periférico, é responsável tanto pelo mecanismo de ação quanto pelos efeitos colaterais dos AINEs.
· Farmacocinética 
Sua absorção por via oral é rápida e não é alterada por antiácidos. A analgesia pode ser detectada 30 minutos após a administração do comprimido revestido e o efeito pode perdurar por 4 a 6 horas. A concentração plasmática máxima é obtida em cerca de 1 a 2 horas após a administração. A biodisponiblidade é elevada (cerca de 100%). Os alimentos diminuem a velocidade de absorção, embora não interfiram na quantidade de droga absorvida. A ligação às proteínas plasmáticas é elevada (cerca de 99%). 
A sua meia-vida de eliminação varia de 5 a 7 horas. No plasma, se encontra essencialmente sob forma não conjugada e de glucuronídeo.
A biotransformação é hepática; cerca de 75% é excretado na urina em 24 horas sob forma hidroxilada e glucuroconjugada. A eliminação por via fecal é de cerca de 25% da droga. Os parâmetros farmacocinéticos relativos à biodisponibilidade e à meia-vida são idênticos em adultos jovens e idosos ≥65 anos de idade.
· Efeitos Adversos.
Pode causar: cólica abdominal, dispepsia, flatulência, gastrite, diarrei, náusea, tontura, dor de cabeça e fraqueza
· Posologia
Cães: 1 comprimido para 10-15 Kg de peso, administrado a cada 24 horas, via oral. As doses devem ser ajustadas até obter uma resposta clínica satisfatória, mas nunca ultrapassar a máxima de 15 mg/kg por dia.
5. MELOXICAM
· Características gerais
O meloxicam é usado na redução da dor, da inflamação e da febre. É empregado para o tratamento agudo e crônico da dor e da inflamação em cães e gatos. Uma de suas indicações mais comuns é a osteoartrite, mas também é utilizado no alívio da dor relacionada a cirurgias.
· Farmacodinâmica 
O meloxicam apresenta efeitos analgésicos e anti-inflamatórios por inibir a síntese de prostaglandinas. A enzima inibida pelos AINEs é a cicloxigenase (COX). Existem duas isoformas da enzima COX: a COX-1 e a COX-2. A COX-1 é primariamente responsável pela síntese de prostaglandinas importantes para a manutenção da saúde do trato gastrointestinal, da função renal, da função plaquetária e de outras funções normais. A COX-2 é induzida e responsável pela síntese de prostaglandinas que são importantes mediadores de dor, inflamação e febre. No entanto, sabe-se que há, em algumas situações, certa reatividade cruzada entre COX-1 e COX-2, e que a atividade de COX-2 é importante em determinadas funções biológicas. O meloxicam é relativamente pouco ativo sobre COX-1 do que AINEs mais antigos, mas não se sabe se a especificidade para uma ou outra enzima é relacionada à eficácia ou à segurança.
· Farmacocinética 
O meloxicam é relativamente pouco ativo sobre COX-1 do que AINEs mais antigos, mas não se sabe se a especificidade para uma ou outra enzima é relacionada à eficácia ou à segurança. A sua meia-vida é de 23-24 horas em cães, 15 horas em gatos e de 8,5 horas (variando de 5-14,5 horas) em equinos. Este apresenta alta afinidade de ligação a proteínas. Sua absorção oral é quase completa em cães, quando ingerido com alimentos. A absorção é de 85-98% em equinos e não é significativamente afetada pela alimentação. Em bezerros ruminantes, a absorção é de 100%, com meia-vida de 20-43 horas.
· Efeitos Adversos.
Os principais efeitos colaterais são gastrointestinais, incluindo vômitos, diarreia e ulceração. Uma vez que o meloxicam parece ser relativamente pouco ativo sobre COX-1, espera-se que os efeitos colaterais sejam mais brandos do que os provocados pelos AINEs não seletivos, mas isso não foi demonstrado em ensaios clínicos controlados. Toxicidade renal, principalmente em animais desidratados ou já nefropatas, foi associada ao uso de alguns AINEs.
· Posologia
Cães: 0,2 mg/kg (dose inicial) via oral, intravenosa ou subcutânea, passando a 0,1 mg/kg a cada 24 horas por vias oral, intravenosa ou subcutânea.
Gatos: 0,05 mg/kg a cada 24 horas por via oral, com redução da dose caso o tratamento seja prolongado. A terapia a longo prazo pode ser realizada com 0,05 mg/kg a cada 48 ou 72 horas

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