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Aciclovir
- Nome do medicamento: zovirax
- Princípio ativo: Aciclovir
- Nome comercial: Virotin, aciclofar, aciveral. clovir
- Grupo farmacológico: Antiviral
- Posologia Obstétrica:  Aciclovir 400mg VO de 8/8 horas por 7 a 10 dias. Pode ser considerada a profilaxia periparto por 10 dias, a partir da 36ª semana com 400mg 3 x/dia se ocorreu a primo-infecção na gestação ou se recidivas foram frequentes no período gestacional;
- Farmacodinâmica: 
O aciclovir é um nucleosídeo sintético, análogo da purina, com atividade inibitória in vitro e in vivo contra os vírus da família herpesvírus, incluindo vírus Herpes simplex (VHS), tipos 1 e 2; vírus Varicella zoster (VVZ); vírus Epstein Barr (VEB) e Citomegalovirus (CMV). Em culturas celulares, o aciclovir tem maior atividade antiviral contra o VHS1, seguido (em ordem decrescente de potência) pelo VHS-2, VVZ, VEB e CMV. A TQ codificada pelo VHS, VVZ e VEB converte o aciclovir em monofosfato de aciclovir , um análogo nucleosídeo que é, então, convertido em difosfato e, finalmente, em trifosfato, por enzimas celulares. O trifosfato de aciclovir interfere com a DNA- polimerase viral e inibe a replicação do DNA viral, resultando na terminação da cadeia seguida da incorporação do DNA viral. 
- Farmacocinética: 
O aciclovir é apenas parcialmente absorvido no intestino. Na distribuição, os níveis do fluido cérebro-espinhal são de aproximadamente 50% dos níveis plasmáticos correspondentes. Em adultos, a meia-vida plasmática final do aciclovir, após administração de aciclovir IV por infusão, é de aproximadamente 2,9 horas. A maior parte da droga é excretada inalterada pelos rins.
- Indicação obstétrica: 
Nas gestantes portadoras de herpes simples, A conduta clínica na primo-infecção indica o uso do Aciclovir 400mg VO de 8/8 horas por 7 a 10 dias. Pode ser considerada a profilaxia periparto por 10 dias, a partir da 36ª semana com 400mg 3 x/dia se ocorreu a primo-infecção na gestação ou se recidivas foram frequentes no período gestacional.
- Assistência de enfermagem:
-Monitorar sinais de hipersensibilidade;
-Estar atento quanto à administração prolongada ou repetida de aciclovir em pacientes seriamente imunocomprometidos pode resultar na seleção de cepas de vírus com sensibilidade reduzida, que podem não responder ao tratamento contínuo com aciclovir.
- Em pacientes recebendo aciclovir, deve-se ter cuidado com a administração de drogas que possam competir com o aciclovir pela eliminação, uma vez que existe o potencial de aumentar a concentração plasmática de uma ou ambas as drogas ou seus metabólitos. 
- Os pacientes devem ser observados cuidadosamente quanto aos sinais de toxicidade.
Azitromicina
- Nome do medicamento: Azitrax Gu
- Princípio ativo: Azitromicina
- Nome comercial: Selimax, azimed
- Grupo farmacológico: Antibiótico Macrolídeo / Azalídeo
- Posologia Obstétrica: Dose oral única de 1000 mg. Para todas as outras indicações uma dose total de 1500 mg deve ser administrada em dose única diária de 500 mg durante 3 dias. Como alternativa a mesma dose total pode ser administrada durante 5 dias, com dose única diária de 500 mg no primeiro dia e 250 mg do segundo ao quinto dia.
- Farmacodinâmica: Age inibindo a síntese protéica ao se ligar a sub-unidade ribossomal da bactéria. Alguns trabalhos mostram que ela pode atuar também através da diminuição da adesão da bactéria nas mucosas.
- Farmacocinetica: Seja absorvido no pH do estômago, apresenta maior absorção em pH maior ou igual a 7,4, isto é, no intestino delgado. Sua biodisponibilidade é de 37%. A taxa de ligação proteica é variável de acordo com a concentração plasmática (50% da concentração entre 0,02 e 0,05 mcg/ml). Sua meia-vida é de 14 a 40 horas podendo este tempo estar mais elevado em pacientes acima de 65 anos. Apresenta metabolização hepática e sua concentração na bile é maior que no plasma, representando cerca de 50% da excreção do fármaco. Os rins eliminam 4,5% após a administração oral.
- Indicação obstétrica: está indicado no tratamento das doenças sexualmente transmissíveis (DST), no homem e na mulher, causadas por Chlamydia trachomatis, e infecções não complicadas devido à Neisseria gonorrhoeae, sem resistência múltipla. Infecções concomitantes com Treponema pallidum devem ser excluídas.
- Assistência de enfermagem:
Betametasona
- Nome do medicamento: Celestone, Celestone Soluspan Diprospan, Diprospan Hypac.
- Princípio ativo: Betametasona
- Nome comercial: Betrospan; Duoflan; Beclonato.
- Grupo farmacológico: anti-inflamatório, imunossupressor e antialérgico.
- Posologia Obstétrica: Deve ser administrado nas gestantes entre 24 e 33 semanas, sempre que houver risco de parto pré-termo, incluindo gestações múltiplas e ruptura prematura de membranas (RPMO). Um ciclo único é recomendado para gestantes entre 34 e 36 semanas de gestação, em risco de parto pré-termo em 7 dias, e que não receberam dose previa de corticoide. 
Betametasona: 12mg IM (6mg de fosfato e 6 de acetato). Repetir a mesma dose em 24 horas.
- Farmacodinâmica: Apresenta elevada atividade glicocorticoide e atividade mineralocorticoide leve, com intensos e diversos efeitos metabólicos, bem como mudanças na resposta imunológica a diferentes estímulos. Ela se difunde através das membranas celulares e forma complexos com receptores citoplasmáticos específicos. Estes complexos penetram no núcleo celular, se unem ao DNA e estimulam a transcrição do mRNA e posterior síntese de várias enzimas, responsáveis, em última instância, pelos efeitos dos corticoides sistêmicos. Pode suprimir a transição do mRNA em algumas células (exemplo linfócitos). Diminui ou previne a resposta dos tecidos aos processos inflamatórios, com redução dos sintomas da inflamação, sem tratar a causa subjacente. Inibe a acumulação de células inflamatórias, incluindo os macrófagos e os leucócitos, nas zonas de inflamação. Também inibe a fagocitose, a liberação de enzimas lisossômicas e a síntese ou liberação de vários mediadores químicos da inflamação. Estimula a síntese e a liberação do surfactante no alvéolo pulmonar.
- Farmacocinética: A biodisponibilidade tópica é de 12% a 14%. Após a aplicação tópica até 14% pode ser absorvido sistemicamente. Liga-se totalmente as proteínas plasmáticas: 64%. O Volume de Distribuição é de 84L. Os corticosteroides atravessam a placenta e podem ser excretados em pequenas quantidades no leite materno. É metabolizada principalmente no fígado, a maior parte em metabólitos inativos, mas também metabolizada no rim. É eliminada pelo metabolismo, seguido de excreção renal de seus metabólitos. O clearance renal é de 9,5ml/min. Somente 4,8% da dose foi recuperada como betametasona, o restante foi eliminado na forma de metabólitos. A meia-vida de eliminação: 5,6 horas.
- Indicação obstétrica: síndrome desconforto respiratório (SDR), enterocolite necrotizante; Hemorragia Intraventricular; Infecção sistêmica nas primeiras 48 horas de vida e mortalidade neonatal.
- Assistência de enfermagem:
- Orientar a paciente a realizar exames de sangue regulamente para verificar se o potássio no sangue está acima de 5,5mmol/L, pois o medicamento pode causar hipercalemia.
- Orientar a paciente a ingerir alimentos pobre em potássio.
- Deve-se observar sinais de fraqueza muscular e arritmias, sendo necessário realizar ECG periodicamente.
- Realizar carditocografia para avaliar a frequência cardíaca do feto periodicamente.
 - Deve pesar a paciente diariamente pois o medicamento pode causar retenção hídrica, podendo ser necessário inserir sonda vesical de alívio.
Cabergolina
- Nome do medicamento: Dostinex
- Princípio ativo: Cabergolina
- Nome comercial: Neuleptil, Levozine, Dostinex
- Grupo farmacológico: agonista dopaminérgico
- Posologia Obstétrica: A dose recomendada de Cabergolina é 1 mg (dois comprimidos de 0,5 mg) administrado em dose única no primeiro dia pós-parto.
- Farmacodinâmica: A carbegolina inibe a produção de prolactina de maneira potente e prolongada. A carbegolina é uma medicação agonista (que tem a mesma ação) da dopamina, que age nahipófise impedindo que haja produção da prolactina
- Farmacocinética: Após administração oral do composto marcado, a radioatividade foi rapidamente absorvida do trato gastrintestinal, sendo que o pico de radioatividade no plasma ocorreu entre 0,5 e 4 horas. Dez dias após a administração, cerca de 18% e 72% da dose radioativa foi recuperada na urina e nas fezes, respectivamente. Dois a três por cento da dose foram excretadas na urina como fármaco inalterado. O principal metabólito identificado na urina foi a 6-alil-8β-carboxi-ergolina, que representou 4-6% da dose. Outros três metabólitos também foram identificados e, juntos, corresponderam a menos de 3% da dose. Os metabólitos são muito menos potentes que a cabergolina na inibição da secreção de prolactina in vitro.
- Indicação obstétrica: inibição da lactação fisiológica (interrupção da produção de leite em mães que não amamentaram), imediatamente após o parto; supressão da lactação (interrupção da produção de leite em mães que já iniciaram a amamentação) já estabelecida.
- Assistência de enfermagem: 
- Assim como outros derivados do ergot, a cabergolina deve ser administrada com cautela a pacientes portadores de doença cardiovascular severa, síndrome de Raynaud, úlcera péptica, hemorragia gastrintestinal ou com história de distúrbio mental grave, particularmente distúrbio psicótico. 
- Doses menores devem ser consideradas em pacientes com insuficiência hepática grave que recebem tratamento prolongado com cabergolina.
- Pode ocorrer hipotensão postural após a administração de cabergolina. Cuidados adicionais devem ser tomados ao se administrar cabergolina concomitantemente com outros fármacos que diminuem a pressão sanguínea.
Cefalotina
- Nome do medicamento: Keflin
- Princípio ativo: Cefalotina
- Nome comercial: Cefariston
- Grupo farmacológico: antibacteriano.
- Posologia Obstétrica: Em pacientes pediátricos as dosagens devem ser nas Infecções bacterianas em geral: 20 a 40 mg por Kg de peso, a cada 6 horas, por via intramuscular ou intravenosa; ou 12 a 25 mg por Kg de peso, a cada 4 horas, por via intramuscular ou intravenosa.
- Farmacodinâmica: Inibe a síntese da membrana celular da bactéria; é bactericida. Biotransformação: parcial no fígado. Eliminação: principalmente urina, como droga inalterada.
- Farmacocinética: Uma dose intramuscular de 500mg, o nível máximo do antibiótico no soro, após 30 minutos, foi em média 10 mcg/mL e após uma dose de 1g, a média foi de 20 mcg/mL. Após uma dose intravenosa única de 1g, os níveis sanguíneos atingiram aproximadamente 30mcg/mL após 15 minutos, podendo ter variação de 3 a 12mcg em 1 hora, declinando para cerca de 1mcg após 4 horas. Com infusão contínua, na proporção de 500mg por hora, os níveis no soro foram de 14 a 20mcg/mL. Doses de 2g administradas por infusão intravenosa, durante um período de 30 minutos, produziram concentrações no soro de 80 a 100mcg/mL após 30 minutos, 10 a 40mcg/mL após uma hora e 3 a 6mcg/mL após duas horas, não sendo mensuráveis após 5 horas.
Cerca de 60% a 70% de uma dose intramuscular são excretados pelos rins nas primeiras 6 horas, resultando em altos níveis urinários. A probenecida retarda a excreção tubular e quase dobra os níveis sanguíneos máximos. Os níveis no líquido cefalorraquidiano variaram de 0,4 a 1,4mcg/mL em crianças e de 0,15 a 5mcg/mL em adultos com processos inflamatórios das meninges. O antibiótico passa rapidamente para outros líquidos orgânicos, como o pleural, sinovial e ascítico. Estudos do líquido amniótico e do sangue do cordão umbilical demonstraram a rápida passagem através da placenta. Após doses únicas intramusculares de 1g, foram encontrados níveis máximos nas mães entre 31 e 45 minutos após a injeção. Os níveis máximos nas crianças ocorreram cerca de 15 minutos mais tarde. O antibiótico também foi encontrado na bile.
- Indicação obstétrica: endocardite bacteriana; infecção da pele e dos tecidos moles; profilaxia cirúrgica; infecção urinária; pneumonia.
- Assistência de enfermagem:
- Orientar o paciente a beber no mínimo dois litros de água por dia pois pode ocorrer diminuição da função renal.
- Orientar o paciente a usar suplementação vitamínica rica em vitamina B12 e ácido fólico pois pode causar enterite regional.
- Anotar aspecto, odor e frequência da diurese do paciente.
- Pesar o paciente regularmente.
- O produto é excretado no leite em pequenas proporções, não há relato de problemas na amamentação.
Ceftriaxona
- Nome do medicamento: Rocefin
- Princípio ativo: Ceftriaxona
- Nome comercial: Ceftriax IM, Keftron IM/IV, Triaxin, Triaxon, Trioxina
- Grupo farmacológico: antibacteriano.
- Posologia Obstétrica: O produto pode ser administrado via intravenosa (lentamente) ou intramuscular. A medicação deve ser mantida até dois dias após o desaparecimento dos sinais ou dos sintomas da infecção. Em recém-nascidos (abaixo de 14 dias) deve ser usada dose única diária de 20-50 mg/kg. Em lactentes e crianças (15 dias até 12 anos) utiliza-se dose única de 20-80 mg/kg. Para crianças de 50 kg ou mais deve ser utilizada a posologia de adultos, sendo 1 a 2g em dose única diária. No tratamento de meningite bacteriana de lactentes e crianças deve-se iniciar o tratamento com 100 mg/kg em dose única diária. 
- Farmacodinâmica: interferem na síntese dos peptidoglicanos bacterianos após a ligação às proteínas de ligação de beta lactâmicos. Isso ocorre através da inibição da enzima de transpeptidação que forma ligações cruzadas das cadeias peptídicas ligadas ao arcabouço do peptidoglicano. O evento bactericida final consiste na inativação de um inibidor das enzimas autolíticas na parede celular levando à lise da bactéria.
- Farmacocinetica: A concentração plasmática máxima depois de dose única de 1g IM é de cerca de 81 mg/l e é alcançada em 2 a 3 horas após a administração. Se caracteriza por apresentar uma meia-vida de eliminação de aproximadamente 8 horas, em adultos sadios. As áreas sob as curvas de concentração plasmática versus tempo, após administração IM e IV são idênticas. O volume de distribuição é de 7 a 12 litros. A ceftriaxona mostrou excelente penetração tissular e nos líquidos orgânicos após dose de 1 a 2g. Liga-se de modo reversível à albumina, diminuindo a ligação com o aumento da concentração. Devido ao conteúdo mais baixo em albumina, a proporção livre no líquido intersticial é proporcionalmente mais alta do que no plasma. Não é metabolizada sistemicamente, mas convertida a metabólitos microbiologicamente inativos pela microbiota intestinal. O clearance total do plasma é 10 a 20 ml/min. O clearance renal é 5 a 12 ml/min. Em adultos cerca de 50 a 60% de ceftriaxona é excretada sob a forma inalterada na urina, enquanto 40 a 50% são excretados sob a forma inalterada na bile. 
- Indicação obstétrica: tratamento da gonorréia endocervical não complicada, gonorréia uretral não complicada, infecção articular, infecção da pele e dos tecidos moles, infecção intra-abdominal, infecção óssea, infecção pélvica em mulheres, na profilaxia da infecção periorbitária, infecção urinária, meningite, pneumonia e septicemia.
- Assistência de enfermagem:
- Em pacientes hipersensíveis à penicilina deve-se levar em conta a possibilidade de reações alérgicas cruzadas.
- É recomendável realizar uma precaução maior as mulheres que amamentam pois a ceftriaxona é excretada no leite em baixas concentrações.
- Deve-se realizar regularmente hemogramas.
- Deve observar rigorosamente a dose prescrita e se há aparecimento de reações cutâneas.
- Deve orientar ao paciente ingerir no mínimo dois litros de água por dia.
Gluconato de Cálcio
- Nome do medicamento: Gluconato de cálcio
- Princípio ativo: Gluconato de cálcio
- Nome comercial: Sulfato de magnésio, Magnésia Bisurada
- Grupo farmacológico: hipocalcêmico
- Posologia Obstétrica: Na hipocalcemia: 200 a 500mg (2 a 5 mL) de solução de gliconato de cálcio via intravenosa em dose única, administrados lentamente (não exceder 5 mL por minuto). A posologia pode ser repetida se necessário até que a tetania seja controlada.
Lactentes:hipocalcemias graves são tratadas por infusão lenta de 40 a 80 mg de cálcio (4 a 8 mL) por kg de peso, por dia. As infusões devem ser feitas por períodos não superiores a 36 horas. Somente deve m ser administradas soluções límpidas (não exceder 5 mL por minuto).
Recém-nascidos: na hipocalcemia sintomática (tetania ou convulsão), administrar muito lentamente, por via intravenosa, 1 mL/kg da solução injetável de gliconato de cálcio. Este procedimento deve ser acompanhado de controle rigoroso da frequência cardíaca e monitorização do cálcio sérico.
Cuidados na administração: Se houver arritmia ou bradicardia, parar imediatamente a administração. Queda gradual ou abrupta da frequência cardíaca implicam na suspensão da administração da solução. Administrar em veia calibrosa, não permitir o extravasamento da solução.
Atenção: A solução de gliconato de cálcio não deve ser administrada em artéria umbilical. Pode ocorrer necrose mesentérica de grau variável se a solução for infundida em cateter posicionado em artéria umbilical
- Farmacodinâmica: O Gliconato de Cálcio é um elemento fundamental no organismo. Tem participação indispensável na formação dos ossos, na regulação da permeabilidade da membrana celular aos íons sódio e potássio e, consequentemente, na excitabilidade da membrana celular.
Desempenha papel importante nos processos de transmissão nervosa, contração muscular, coagulação sanguínea (Fator IV), reações antígeno-anticorpo e de fixação do complemento, fagocitose, secreção e ação de enzimas e hormônios (amilase, catecolaminas), manutenção da contratilidade, ritmo e tonicidade do miocárdio. Ainda tem grande importância nos períodos de gestação, lactação e crescimento, juntamente com a vitamina D e fósforo.
- Farmacocinetica: A concentração de cálcio sérico total normal varia entre 9 a 10,4 mg/dL (4,5 ? 5,2 mEq/L), mas somente o cálcio ionizado é fisiologicamente ativo. A concentração sérica de cálcio não é necessariamente a indicação exata do cálcio corporal total. O cálcio corporal total pode estar diminuído na presença de hipercalcemia, e a hipocalcemia pode ocorrer mesmo quando o cálcio corporal total estiver aumentado.
Da concentração de cálcio sérico total, 50% está na forma iônica e 5% complexado por fosfatos, citrato s e outros ânions. Aproximadamente 45% do cálcio sérico está ligado às proteínas plasmáticas.
Após a injeção intravenosa lenta de gliconato de cálcio, a concentração sérica de cálcio aumenta quase que imediatamente, podendo retornar aos valores anteriores em 30 minutos a 2 horas.
- Indicação obstétrica: Hipocalcemia aguda, que consiste na redução da concentração de cálcio do sangue (tetania hipocalemia neonatal, tetania por deficiência paratireoide, deficiência de vitamina D e alcalose).
- Assistência de enfermagem: -
Orientar o paciente que este medicamento pode causar tontura ou fraqueza em algumas pessoas. Caso você apresente algum destes sintomas, não dirija ou opere máquinas / equipamentos.
-Mulheres grávidas somente poderão utilizar este medicamento sob estrita orientação e acompanhamento médico.
-As concentrações de cálcio no sangue devem ser monitoradas em pacientes com comprometimento dos rins e durante a administração deste medicamento.
Hidralazina
- Nome do medicamento: Apresolina
- Princípio ativo: Hidralazina
- Nome comercial: Nepresol
- Grupo farmacológico: vasodilatador 
- Posologia Obstétrica: 25 a 50 mg VO de 6/6 horas (dose máxima de 200 mg/dia)
- Farmacodinâmica: A hidralazina exerce seu efeito vasodilatador periférico através de uma ação relaxante direta sobre a musculatura lisa dos vasos de resistência, predominantemente nas arteríolas. A vasodilatação periférica é difusa, mas não uniforme. O fluxo sangüíneo renal, cerebral, coronariano e esplâncnico aumentam, a não ser que a queda da pressão arterial seja muito acentuada. A resistência vascular nos leitos cutâneos e muscular não é afetada de maneira considerável. Uma vez que a hidralazina não apresenta propriedades cardio-depressoras ou simpatolíticas, os mecanismos regulatórios reflexos produzem um aumento no volume de ejeção e da freqüência cardíaca. Na insuficiência cardíaca congestiva crônica a hidralazina, através de sua ação primária como um dilatador arteriolar, reduz a pós-carga. Isto leva à diminuição do trabalho realizado pelo ventrículo esquerdo acompanhada de um aumento do volume de ejeção do fluxo sangüíneo renal e do débito cardíaco, com manutenção ou apenas ligeira queda da pressão arterial.
- Farmacocinética: O medicamento é completamente absorvido após sua administração por via oral. No plasma apenas pequenas quantidades do fármaco livre podem ser encontradas. A maior parte do fármaco circulante está sob a forma conjugada, principalmente como hidrazona do ácido pirúvico. O pico das concentrações plasmáticas é alcançado dentro de uma hora. A hidralazina administrada por via oral sofre um efeito de "primeira passagem" dose-dependente, que depende da capacidade acetiladora do organismo de cada indivíduo. Em resposta à mesma dose, uma capacidade acetiladora lenta apresenta níveis plasmáticos mais elevados de hidralazina "aparente" do que uma capacidade acetiladora rápida. A capacidade em ligar-se às proteínas plasmáticas, situa-se entre 88 e 90%. É rapidamente distribuída no organismo e apresenta uma afinidade específica pelo tecido muscular das paredes arteriais. Ela atravessa a barreira placentária e também é excretada através do leite materno. Após a administração oral, os tipos de metabólitos dependem principalmente da capacidade do acetilador envolvido. A meia-vida plasmática geralmente varia de 2 a 3 horas, porém em acetiladores rápidos é mais curta, sendo em média de 45 minutos. Em pacientes com a função renal diminuída, a meia-vida plasmática é prolongada até 16 horas com um clearance de creatinina <20 mL/min. A hidralazina e seus metabólitos são rapidamente excretados pelos rins. Cerca de 24 horas após a dose oral, aproximadamente 80% da mesma pode ser recuperada na urina. A maioria da hidralazina excretada está sob forma de metabólitos acetilados e hidroxilados, alguns dos quais conjugados com o ácido glicurônico. 
- Indicação obstétrica: pré eclampsia ou eclampsia.
- Assistência de enfermagem:
- Deve checar periodicamente pressão arterial e realizar contagem sanguínea, pois o medicamento causa taquicardia, angina no peito.
- Não se deve descontinuar o uso do produto abruptamente.
- Orientar o paciente a ficar atento a tarefas que exijam atenção ou a dirigir pois o medicamento causa tontura e fraqueza.
- Orientar o paciente a ficar em ambientes calmos e tranquilos pois o medicamento causa cefaleia.
- Estimular o paciente a realizar as alimentações de quatro em quatro horas, pois o medicamento gera falta de apetite.
- Orientar o paciente a ingerir no mínimo dois litros de água por dia pois o medido pode causar constipação.
Imunoglobulina Anti RH
- Nome do medicamento: Imunoglobulina Humana 
- Princípio ativo: Imunoglobulina Anti RH
- Nome comercial: Rhophylac
- Grupo farmacológico: Anti-D / proteína do sangue humano
- Posologia Obstétrica: doses adicionais de imunoglobulina humana anti- D devem ser administradas conforme indicação (20 microgramas (100UI) para cada 1 mL de hemácias fetais). A dose recomendada é de 20 micrograma (100 UI) de imunoglobulina humana anti-D por 2 mL de sangue RhD-positivo transfundido ou por 1 mL de concentrado de eritrócito.
- Farmacodinâmica/mecanismo: Imunoglobulina humana contra o antigénio D contém anticorpos específicos (IgG) contra o antigénio Rh (D) dos eritrócitos humanos.
Durante a gravidez e, especialmente, durante o parto, os eritrócitos do feto podem entrar na circulação materna.
Quando a mulher é Rh (D) negativa e o feto é Rh (D) positivo, a mulher pode ficar imunizada contra o antigénio D e produzir anticorpos contra o antigénio D que atravessam a placenta e podem causar a doença hemolítica do recém-nascido.
- Farmacocinetica/efeito: Níveis mensuráveis de anticorpos são obtidos, aproximadamente, 20 minutos após a injeção, sendo que osníveis séricos máximos são, geralmente, atingidos aproximadamente em 2 a 3 dias após a administração. A meia-vida biológica é de 21 a 22 dias, ou seja, tempo necessário para ocorrer uma redução de 50% da concentração máxima da Imunoglobulina Humana Específica Anti-D (Rho) no plasma. A IgG monomérica liga-se, fracamente, aos receptores Fc de IgG das células do organismo, mais abundantemente aos fagócitos, no sistema retículo-endotelial. Há um equilíbrio dinâmico entre o plasma e as células de ligação de IgG. Complexos de IgG são facilmente fagocitados e destruídos com estas células.
- Indicação obstétrica: Mulheres Rh negativo não-imunizadas, que dão à luz a bebês Rh positivos
Prevenção de imunização anti-natal em mulheres Rh negativo;
Mulheres Rh negativo que tiveram abortos (espontâneos ou provocados), a menos que seja provado que o feto era Rh negativo
Mulheres Rh negativo não imunizadas que sofreram qualquer incidente, durante a gravidez, o qual pode levar a um notável sangramento transplacentário, tais como versão cefálica externa, trauma abdominal, hidatiforme (a partir da 6ª semana de gestação), cesárea e após cada amniocentese ou biópsia do cório. As recomendações sobre monitoração pré-natal e perinatal devem ser observadas;
Prevenção de imunização em mães Rh negativo de crianças recém-nascidas, nas quais tenha sido administrado, por qualquer razão, componentes de sangue contendo hemácias Rh positivo. Porém, se a criança for Rh negativo, não há necessidade para a profilaxia de sensibilização por Rh;
- Assistência de enfermagem: Prestar orientações sobre o modo como ocorre a sensibilização e sobre o uso de imunoglobulina anti-RH (anti-D) na gestação (28ª semana de gestação) e no pós-parto. Ao identificar gestantes RH negativas, verificar a tipagem e fator Rh do pai da criança. Se o pai for positivo ou este for desconhecido, a pesquisa de anticorpos deve ser feita entre a 18 e 20 semanas e, depois, de quatro em quatro semanas (coombs indireto) ou realizar nova pesquisa de anticorpos entre a 34ª e 38ª semana.
Inibina
- Nome do medicamento: Cloridrato de isoxsuprina
- Princípio ativo: Inibina
- Nome comercial: Inibina
- Grupo farmacológico: simpaticomimético, vasodilatador
- Posologia Obstétrica: Em ameaças de abortamento e parto prematuro o tratamento é realizado por infusão endovenosa com 10 ampolas do medicamento diluídas em 500ml de soro glicosado a 5%, iniciando com 20 a 30 gotas por minuto; deve aumentar gradativamente até 50 gotas/min, até cessarem as contrações uterinas. Quando a via endovenosa não for recomendada, iniciar com 1 a 2 ampolas intramuscular, prosseguindo com 1 ampola a cada meia hora.
Injetável: cessadas as contrações uterinas, aplicar inicialmente 1 ampola a cada 4 horas e posteriormente a cada 6 horas, durante 4 a 8 dias ou se necessário por 6 semanas.
Comprimidos: após 48 horas do término das contrações uterinas, administrar 1 comprimido 4 vezes ao dia durante 2 semanas.
Em casos de contrações uterinas tetânicas o tratamento é realizado por infusão endovenosa com 10 ampolas do medicamento diluídas em 500ml de soro glicosado a 5%, infundindo de 10 a 40 gotas/min. Cessadas as contrações tetânicas, administrar 1 ampola por via intramuscular, repetindo a aplicação a cada meia hora, se necessário.
- Farmacodinâmica: produz vasodilatação periférica por efeito direto na musculatura vascular lisa, primariamente dentro do músculo esquelético com pouco efeito sobre o fluxo sanguíneo cutâneo. Causa estimulação cardíaca e relaxamento uterino, queda na resistência vascular periférica e aumento no ritmo e rendimento cardíaco. 
- Farmacocinética: É absorvida pelo trato gastrointestinal; ela não sofre ação da monoaminoxidase. A concentração plasmática máxima ocorre após 1 hora da administração oral. A meia-vida plasmática é de aproximadamente 1,25 horas em adultos e de 1,5 a 3 horas em neonatos; ela é transportada parcialmente conjugada no sangue e é excretada na urina conjugada a outros compostos; sua excreção fecal é insignificante. A alimentação não interfere na absorção.
- Indicação obstétrica: relaxante uterino, em casos de ameaça de abortamento e de ameaça de parto prematuro.
- Assistência de enfermagem:
- Recomendar ao paciente a não fumar, pois a nicotina provoca contrição nos vasos sanguíneos.
- Orientar o paciente a evitar dirigir veículos, operar maquinas ou exercer atividades que exijam atenção até saber como o medicamento reagirá a este fármaco pois pode causar tonturas. 
- Na ameaça de parto prematuro, a paciente deve ser mantida em posição lateral durante a administração do produto por infusão.
- Avaliar batimentos cardíacos do recém-nascido regularmente pois o medicamento pode causar taquicardia.
- Deve-se evitar mudanças bruscas de postura, realizando movimentos mais lentos do que habitualmente pois pode o medicamento pode causar fraqueza e queda da pressão arterial.
Misoprostol
- Nome do medicamento: Misoprostol
- Princípio ativo: Misoprostol
- Nome comercial: Cytotec
- Grupo farmacológico: antiulceroso
- Posologia Obstétrica: 1 comprimido de 25mcg, via vaginal, a cada 6 horas. É recomendado utilizar as doses durante o dia (7,13 e 19 horas). Se não houver resultado, repetir as doses no dia seguinte. Misoprostol – 2 comprimidos de 200mcg (400mcg), via vaginal, 3 a 4 horas antes do procedimento.
- Farmacodinâmica: Tem ação direta sobre a célula parietal, inibindo a secreção basal de ácido gástrico, aumentando o fluxo sanguíneo da mucosa e estimulando, também, a secreção de muco e de bicarbonato. A ação anti-secretora decorre da competição deste com a PGE1 para o seu receptor. Promovendo assim dilatação das regiões intraglandulares da lâmina própria; vasodilatação dos canais vasculares; diminuição da altura das células epiteliais superficiais; edema marcado da mucosa e submucosa; e aumento da quantidade da mucosa aderente reduzindo a produção de adenosina-monofosfato cíclico. Isso ocorre quando o medicamento se liga a um receptor de PG nas células parietais. Quando o ácido misoprostólico exerce a sua ação nos receptores das células parietais do estômago, modula uma variedade de processos inflamatórios e de reparação: previne a liberação de várias citoquinas, mediadores da inflamação, como interleucina 1 e tromboxanos; ajuda na manutenção da homeostasia; inibe a liberação do fator de ativação plaquetária, fator de necrose tumoral e histamina dos mastócitos; inibe a adesão dos leucócitos e/ou modula diretamente a expressão das moléculas de adesão Na cérvice uterina, o aumento de PG atua sobre a matriz extracelular, com dissolução das fibras colágenas, aumento do ácido hialurônico e aumento do conteúdo de água da cérvice. Além de provocar o relaxamento do músculo liso da cérvice e favorecer a sua dilatação, permite o acréscimo do cálcio intracelular, promovendo contração uterina eficaz e suave. Todos estes mecanismos permitem o progressivo esvaecimento e a dilatação cervical, concomitante ao discreto aumento inicial da atividade da contração uterina.
- Farmacocinética: O misoprostol é um análogo metílico da PGE1, que após administração oral é rapidamente absorvido e é metabolizado resultando em um ácido livre metabolicamente ativo. Deve-se administrar de 3-4 vezes ao dia. Possui meia vida de aproximadamente 0,3 horas e é metabolizado no fígado, que durante a primeira passagem resulta em ácido misoprostol, um metabólito biologicamente ativo. Atinge o pico plasmático em 60-90 minutos. Liga- se em cerca de 85% às proteínas plasmáticas. A meia-vida de eliminação é de 1,5 horas, sendo que seu efeito pode durar até 3 horas e, posteriormente, é excretado aproximadamente 80% pela urina e 15% pelas fezes.
- Indicação Obstétrica: Ulcera duodenal e gástrica
- Assistência de enfermagem:
- Esclarecer a mulher e acompanhante/família sobre o processo de abortamento legal ou indução do parto. 
- Avaliar e assistir à condição emocional da mulher.
- Realizar orientações para aplicação dos comprimidos via vaginal pela paciente. 
- Orientar a paciente que ela deve ficar 1 hora deitadaapós o procedimento. 
- Observar sinais de: sangramento, perda de líquido, contrações dolorosas, perda dos movimentos fetais (feto vivo). Registrar os sinais e sintomas observados e relatados pela paciente. 
Metildopa
- Nome do medicamento: Aldomet
- Princípio ativo: Metildopa
- Nome comercial: aldoril, dopamet
- Grupo farmacológico: anti-hipertensivo
- Posologia Obstétrica: Terapia antihipertensiva via oral (HG severa) -Metildopa:dose inicial de 250mg 2-3x/dia - máx 2g/dia(1ªescolha) 
- Farmacodinâmica: A metildopa é um inibidor da descarboxilase de aminoácidos aromáticos. O efeito anti-hipertensivo da metildopa deve-se provavelmente à sua transformação em alfametilnoradrenalina, que reduz a pressão arterial por estimulação dos receptores inibitórios alfaadrenérgicos centrais, falsa neurotransmissão e/ou redução da atividade da renina plasmática. o L-isômero da alfametildopa, tem a capacidade de inibir a dopadescarboxilase e de depletar os tecidos animais de noradrenalina.
- Farmacocinetica: A metildopa é extensamente metabolizada. Aproximadamente 70% da forma oral do fármaco absorvida é excretada na urina como metildopa e seu conjugado mono-O-sulfato. A depuração renal é de cerca de 130 mL/min em indivíduos normais e é mais baixa na presença de insuficiência renal. A meia-vida plasmática da metildopa é de 105 minutos. Após doses orais, a excreção é essencialmente finalizada em 36 horas.
- Indicação obstétrica: indicada para tratamento de hipertensão crônica na gravidez.
- Assistência de enfermagem:
Verificar sinais vitais antes e após ministrar os fármacos considerando o período de absorção de cada um.
A monitorização de PA em pacientes hipertensos deve ser feita em intervalos rotineiros e frequentes, programados junto com o paciente e diante da necessidade deste.
a enfermagem deve investigar sinais e/ou sintomas que possam indicar lesão de outros órgãos, 
a verificação dos pulsos apical e periférico (frequência, ritmo e características) para com isso detectar possíveis efeitos da hipertensão sobre o coração e vasos periféricos;
 realizar a orientação e acompanhamento frente a estas novas adaptações, por esta razão é um sistema de educação continuada e de estímulo ao autocuidado.
Metilergometrina
- Nome do medicamento: Mehtergin
- Princípio ativo: maleato de metilergometrina
- Nome comercial: Ergometrin
- Grupo farmacológico: uterotônico
- Posologia Obstétrica: Terceiro estágio do trabalho de parto deve administrar 1mL (0,2 mg) em injeção intramuscular ou 0,5 a 1mL (0,1 a 0,2mg) por administração de injeção intravenosa lenta, após a saída do ombro anterior ou, o mais tardar, imediatamente após o nascimento da criança. A expulsão da placenta, que é normalmente separada pela primeira forte contração após a administração deverá ser auxiliada manualmente mediante manobras compressivas sobre o fundo do útero. Em caso de parto sob anestesia geral, a dose recomendada é de 1 mL (0,2 mg) por injeção intravenosa. lenta.
Em caso de tratamento de atonia/hemorragia uterina deve-se administrar 1mL (0,2mg) em injeção intramuscular ou 0,5 a 1mL (0,1 a 0,2mg) em injeção intravenosa lenta. A dose pode-se repetir a cada 2 a 4 horas e, quando necessário, até 5 doses dentro de 24 horas.
Em caso de subinvolução, loquiometria e hemorragia puerperal a dose recomendada é 1 a 2 drágeas (0,125 a 0,25mg) por via oral ou 0,5 a 1mL (0,1 a 0,2mg) em injeção subcutânea ou intramuscular, até 3 vezes ao dia e geralmente por até 5 dias.
- Farmacodinâmica: Atua diretamente no músculo liso uterino e aumenta o tônus basal, a frequência e a amplitude das contrações rítmicas. Comparado com outros alcaloides do ergot, o efeito no sistema nervoso central e no sistema cardiovascular é menos pronunciado. O efeito ocitócico forte e seletivo resulta de suas ações específicas como agonista parcial e antagonista em receptores alfa-adrenérgicos, serotoninérgicos e dopaminérgicos.
- Farmacocinética: O início da ação ocorre dentro de 30 a 60 segundos após administração de injeção intravenosa, de 2 a 5 minutos após administração de injeção intramuscular e de 5 a 10 minutos após administração oral, mantendo-se por 4 a 6 horas. A absorção oral de 0,2mg foi rápida. Após a injeção IM, a extensão da absorção foi aproximadamente 25% maior do que a da administração da dose oral. Observou-se uma absorção gastrintestinal retardada (de aproximadamente 3 horas) em mulheres que se encontravam em fase de pós-parto, sob tratamento contínuo. Após injeção IV, é rapidamente distribuída do plasma para os tecidos periféricos dentro de, no máximo, 2 a 3 minutos. É metabolizada principalmente no fígado. Meia-vida de eliminação é de 3,29 ± 1,31 horas. A droga é principalmente secretada com a bile nas fezes e no leite materno.
- Indicação obstétrica: tratar a involução incompleta do útero (útero dilatado devido ao muco, sangue e restos de tecido que não podem ser eliminados), loquiometria e sangramento pós-parto.
- Assistência de enfermagem:
- O medicamento pode causar vertigem e convulsões, desta forma deve-se ter cuidado ao dirigir veículos e/ou operar máquinas.
- Diabéticos não é orientado a tomar o medicamento pois contém açúcar.
- Orientar o paciente a dormir com a cabeceira da cama elevada pois pode causar falta de ar.
- Deve-se verificar os sinais vitais, principalmente os batimentos cardíacos pois pode haver alteração.
- Orientar o paciente a ficar em ambientes arejados pois há aumento da sudorese.
- Orientar o paciente a evitar tomas café e bebidas quentes pois pode ocorrer náuseas, vômitos, dores abdominais.
Metronidazol Nistatina
Nome do medicamento: Nistatina
Princípio ativo: metronidazol, nistatina.
Nome comercial: Candifen
Grupo farmacológico: anti-infeccioso, antiparasitária e antimicrobiana
Posologia Obstétrica: Fazer 1 aplicação de preferência à noite, ao deitar-se, durante 10 dias. Cada aplicação (5g de creme vaginal) contém 500mg de metronidazol e 24,4mg (100.000UI) de nistatina. Não há estudos dos efeitos do metronidazol + nistatina administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para eficácia deste medicamento, seu uso deve ser somente ginecológico e conforme orientação do seu médico. Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Farmacodinâmica: O gluconato de cálcio é o sal de cálcio do ácido aldônico, que contém 9% de cálcio. Os íons de cálcio são participantes nos processos de realização de impulsos nervosos, além dessa redução dos músculos esqueléticos e lisos e do trabalho do miocardio. Eles também estão envolvidos nos processos de absorção de sangue e são muito importantes na formação de tecido ósseo e no funcionamento estável de outros órgãos com sistemas. Os índices de íons de cálcio dentro do sangue diminuem com o desenvolvimento de uma variedade de doenças. A forma pronunciada de hipocalcemia leva ao desenvolvimento da tetania.
Além de tratar a hipocalcemia, o medicamento reduz a permeabilidade vascular, tem propriedades anti-inflamatórias, anti-alérgicas e hemostáticas e reduz a exsudação. Os íons de cálcio são um material plástico que é necessário para os dentes e esqueletos, eles participam de muitos processos enzimáticos, corrigem a taxa de transmissão de impulsos ao longo dos nervos e também afetam a permeabilidade das paredes celulares.
Os íons de cálcio são necessários para realizar impulsos dentro dos músculos e terminações nervosas e também ajudam a apoiar a atividade contrátil do miocardio. O gluconato de cálcio tem um efeito local fraco, ao contrário dos medicamentos com cloreto de cálcio.
Farmacocinética: Após a administração oral do comprimido, a substância ativa é parcialmente absorvida, principalmente no interior do intestino delgado. Os valores plasmáticos máximos são observados após um lapso de 1,2-1,3 horas.
A meia-vida dos íons de cálcio do plasma é de 6,8 a 7,2 horas. A droga é capaz de passar pela placenta e penetrar no leite materno.
A excreção ocorre com urina e fezes.
Indicaçãoobstétrica: O uso de metronidazol durante a gravidez deve ser cuidadosamente avaliado visto que atravessa a barreira placentária e seus efeitos sobre a organogênese fetal humana (formação das células que estão formando o feto), ainda são desconhecidos.
Assistência de enfermagem:
-Este medicamento não deve ser usado se você já teve alergia ao metronidazol ou outro derivado imidazólico, à nistatina e/ou aos demais componentes do produto.
-Orientar que este medicamento pode provocar escurecimento da urina devido aos metabólitos de metronidaz
-Orientar o paciente que este medicamento pode causar tontura ou fraqueza em algumas pessoas. Caso você apresente algum destes sintomas, não dirija ou opere máquinas / equipamentos.
Ocitocina
- Nome do medicamento: ocitocina
- Princípio ativo: ocitocina
- Nome comercial:  Syntocinon , Oxiton, Naox;
- Grupo farmacológico: ocitócicos
- Posologia Obstétrica: 
1- Indução do parto ou estímulo das contrações: deve ser administrada sobre infusão intravenosa gota a gota , ou de preferência por bomba de infusão. Para infusão gota a gota recomenda-se adicionar 5 U. I. de ocitocina em 500 ml de solução eletrolítica fisiológica ou glicose a 5%. Velocidade inicial de 1 a 4 miliunidades/minuto ( 2 a 8 gotas/min.) ). Pode-se aumentar gradativamente em intervalos não inferiores a 20 minutos e incrementos de não mais que 1-2 miliunidades/minuto, até se estabelecer um padrão de contrações análogo ao do parto normal. Na gravidez próxima ao termo, velocidade de infusão inferior a 10 miliunidades/minuto (20 gotas/minuto), sendo a velocidade máxima recomendada de 20 miliunidades/minuto (40 gotas/minuto). Nos casos raros, em que se necessitem doses mais elevadas, aconselha-se utilizar uma solução mais concentrada de ocitocina, por exemplo, 10 U.I. em 500 mL. 
2- Abortamento incompleto, inevitável ou retido: 5 U.I. por infusão intravenosa (5 U.I. diluídos em solução fisiológica eletrolítica e administrados com gotejador por infusão intravenosa ou, preferivelmente, por bomba de infusão de velocidade variável por 5 minutos) ou 5 a 10 U.I. I.M. seguidas, se necessário, por uma infusão intravenosa a uma velocidade de 20 a 40 miliunidades/minuto.
3- Operação cesárea: 5 U.I. por infusão intravenosa (5 U.I. diluídas em solução fisiológica eletrolítica e administradas com gotejador por infusão intravenosa ou, preferivelmente, por bomba de infusão de velocidade variável por 5 minutos), imediatamente após a retirada do feto. 
4-Prevenção da hemorragia uterina pós-parto: a dose usual é de 5 U.I., por infusão intravenosa (5 U.I. diluídas em solução fisiológica eletrolítica e administradas com gotejador por infusão intravenosa ou, preferivelmente, por bomba de infusão de velocidade variável por 5 minutos), ou de 5 a 10 U.I. I.M., após a expulsão da placenta.
5-Tratamento da hemorragia uterina pós-parto: 5 U.I. por infusão intravenosa (5 U.I. diluídas em solução fisiológica eletrolítica e administradas com gotejador por infusão intravenosa ou, preferivelmente, por bomba de infusão de velocidade variável por 5 minutos) ou 5 a 10 U.I.I.M., seguidas, nos casos graves, de infusão intravenosa de uma solução com 5-20 U.I. de ocitocina em 500 mL de um diluente eletrolítico, a uma velocidade necessária para controlar a atonia uterina. 
- Farmacodinâmica: 
A ocitocina estimula o músculo liso do útero com maior potência no final da gravidez, durante o trabalho de parto e imediatamente após o parto. Nestes momentos, os receptores de ocitocina no miométrio são aumentados e acoplados à proteína G. A ativação do receptor de ocitocina provoca a liberação de cálcio dos estoques intracelulares e, portanto, leva à contração miometrial. A ocitocina provoca contrações rítmicas do segmento superior do útero, semelhantes em frequência, força e duração, às observadas durante o trabalho de parto,e possui uma atividade antidiurética intrínseca fraca similar à vasopressina.
- Farmacocinetica: 
A ocitocina é rápida e suficientemente absorvida a partir do local da administração intramuscular. Ela atravessa a placenta em ambas as direções, e pode ser encontrada em pequenas quantidades no leite materno. O fígado e o rim desempenham um papel fundamental na metabolização e eliminação da ocitocina do plasma. Portanto, o fígado, o rim e a circulação sistêmica contribuem para a biotransformação da ocitocina. O intervalo da meia-vida plasmática da ocitocina é de 3 a 20 min.  Os metabólitos são excretados na urina, a taxa de depuração metabólico é de 20 mL/kg/min em mulheres grávidas. 
- Indicação obstétrica: 
A ocitocina é indicada para Indução do parto ou estímulo das contrações, abortamento incompleto, inevitável ou retido, operação cesárea, prevenção da hemorragia uterina pós-parto e Tratamento da hemorragia uterina pós-parto.
- Assistência de enfermagem:
-Antes de qualquer aumento na dose, as contrações uterinas devem ser avaliadas por palpação ou monitoração eletrônica externa. A menor dose efetiva possível deve ser usada para prevenir hiperestimulação uterina.
-As contrações uterinas devem ser avaliadas de preferência a cada 30 minutos e a FCF a cada 15-30 minutos
-Antes da aplicação do medicamento no paciente, deve –se verificar se o paciente já apresentou hipersensibilidade ao medicamento ou qualquer um dos componentes da formulação.
-Orientar e atentar se aos efeitos adversos do medicamento.
-Atentar –se para a taxa de infusão que deve ser definida para manter o padrão de contração semelhante ao trabalho de parto normal e ajustada para a resposta individual.
Penicilina Benzatina
- Nome do medicamento: Benzetacil
- Princípio ativo: penicilina benzatinica
- Nome comercial:  Benzatron, Benzetacil, Bepeben
- Grupo farmacológico: Antibiotico
- Posologia Obstétrica: Sífilis (primária, secundária e latente recente) -2.400.000 UI, em dose única.
 Sífilis (terciária e latente tardia, excluindo neurossífilis) - 2.400.000 UI, 1 vez por semana, durante 3 semanas.
- Farmacodinâmica: A benzilpenicilina (penicilina G) exerce ação bactericida durante o estágio de multiplicação ativa dos microrganismos sensíveis. Atua por inibição da biossíntese do mucopeptídeo da parede celular. A benzilpenicilina benzatina apresenta uma solubilidade extremamente baixa com consequente liberação lenta, a partir do local de administração. O fármaco é hidrolisado à penicilina G. Esta combinação de hidrólise e absorção lenta resulta em níveis séricos mais baixos, porém muito mais prolongados do que outras penicilinas para utilização parenteral.
- Farmacocinetica: Aproximadamente 50% da benzilpenicilina liga-se às proteínas plasmáticas. As concentrações mais elevadas são encontradas nos rins, e em menor intensidade, no fígado, pele e intestinos. A benzilpenilicina penetra em todos os outros tecidos e no líquor, em menor grau. Com função renal normal, o fármaco é rapidamente excretado pelos túbulos. A meia-vida da penicilina benzatina após aplicação IM de 1.200.00 UI em pacientes com função renal normal é de aproximadamente 336 horas.
- Indicação obstétrica:  A benzilpenicilina benzatina é o medicamento de escolha para o tratamento de sífilis, sendo a única droga com eficácia documentada durante a gestação.
- Assistência de enfermagem:
-Orientar a gestante quanto ao risco de nova exposição à sífilis.
-Monitorar mensalmente a gestante com teste não treponêmico.
 -Referenciar a gestante para a maternidade/ casa de parto com histórico de tratamento, resultado de exames realizados durante o pré-natal e número da notificação da gestante no Sinan.
-Garantir o tratamento adequado da gestante, além de registrá-lo na caderneta de pré-natal, é impedir que o recém-nascido passe por intervenções biomédicas desnecessárias que podem colocá-lo em risco, além de comprometer a relação mãe-bebê.
-Além da avaliação clínica e do seguimento laboratorial, se houve exposição à pessoa com sífilis (até 90 dias), recomenda-se oferta de tratamento presuntivo a esses parceiros sexuais (independentemente do estágio clínico ou sinais e sintomas), com dose única de benzilpenicilina benzatina.-As pessoas com prescrição de tratamento devem ser alertadas quanto à possibilidade de ocorrência dessa reação, em especial para que se faça distinção em relação aos quadros de alergia à penicilina. 
Pindolol
- Nome do medicamento: visken
- Princípio ativo: pindolol
- Nome comercial: visken
- Grupo farmacológico: betaboloqueador
- Posologia Obstétrica: na dose de 5 a 30 mg/ dia,Terapia antihipertensiva via oral (HG severa) -Pindolol: dose inicial de 10mg/dia – máx 30mg/dia
- Farmacodinâmica: Pindolol bloqueia os receptores beta-adrenérgicos principalmente no coração, inibindo os efeitos da adrenalina e noradrenalina, resultando numa diminuição da frequência cardíaca e da pressão arterial. Ao ligar receptores beta-2 no aparelho justaglomerular, pindolol inibe a produção de renina, inibindo assim a produção de angiotensina II e aldosterona e, portanto, inibe a vasoconstrição e retenção de água devido à angiotensina II e aldosterona, respectivamente.
- Farmacocinetica: Pindolol é rápida e quase completamente absorvido (95%) para o trato gastrintestinal. é ampla e rapidamente distribuído por todo o corpo com um volume médio de distribuição de 2-3 L/kg. Aproximadamente 40% do fármaco está ligado às proteínas plasmáticas. Aproximadamente 60 a 70% do Pindolol é metabolizado no fígado, formando metabólitos inativos (hidroxilatos), que são excretados através dos rins e fígado, como glicuronídeo e sulfato etéreo.A meia-vida de Pindolol é de 3 a 4 horas e o fármaco tem um clearance (depuração) sistêmico entre 400 e 500 mL/min. Após a administração oral, 30 a 40% do fármaco é excretado inalterado na urina. Os metabólitos polares inativos são excretados com meia-vida de eliminação de 8 h.
- Indicação obstétrica: Usado para controle da hipertensão na gravidez, É considerado uma droga de segunda linha para o tratamento da hipertensão na gravidez. É preferível como anti-hipertensivo, em relação aos demais betabloqueadores, por não alterar a hemodinâmica e a função cardíaca fetal.
- Assistência de enfermagem:
- Deve se orientar a paciente que o medicamento é secretado no leite materno em quantidade desconhecida, e seu uso durante o aleitamento requer observação do lactente, para qualquer efeito adverso procurar um profissional de saúde. 
- O enfermeiro deve realizar avaliação da FC quando o paciente estiver em uso do medicamento. 
- Avaliar a PA, pois o medicamento pode causar diminuição da mesma.
- -Monitorar sinais de hipersensibilidade;
Salbutamol
- Nome do medicamento: Aerolin
- Princípio ativo: Sulfato de salbutamol
- Nome comercial: Aerolin
- Grupo farmacológico: Broncodilatador
- Posologia Obstétrica: solução de 5mg (ou 10 amp.) em 500ml SG 5% (0,01mg/ml). Iniciar a 10µg/min (60ml/hr em bomba de infusão ou 20 gotas/min) e aumentar 10µg/ min de 20 em 20 minutos até inibição das contrações ou efeitos colaterais maternos indesejáveis (pulso >120 bpm, dor torácica, hipotensão, etc.). Manter por 60 minutos. Diminuir 10µg/min de 30 em 30 minutos até menor dosagem efetiva para inibição das contrações. Manter por 12 horas.
- Farmacodinâmica: O Sulfato de Salbutamol (substância ativa) é um agonista seletivo dos receptores beta2-adrenérgicos. Em doses terapêuticas, atua nos receptores beta2-adrenérgicos da musculatura brônquica e tem pouca ou quase nenhuma ação sobre os receptores beta1- adrenérgicos do músculo cardíaco.
O tempo estimado de início de ação do Sulfato de Salbutamol (substância ativa) xarope é até 5 minutos (geralmente ocorre em 3 minutos ou menos).
. O salbutamol relaxa a musculatura das paredes dos brônquios, ajudando a abrir as vias aéreas e tornando mais fácil a entrada e a saída de ar dos pulmões. 
- Farmacocinetica: O Sulfato de Salbutamol (substância ativa) administrado por via intravenosa tem meia-vida de 4 a 6 horas e é parcialmente depurado pelos rins e parcialmente metabolizado, transformando-se no composto inativo 4-O-sulfato (sulfato fenólico), excretado principalmente através da urina. A maior parte da dose de Sulfato de Salbutamol (substância ativa) administrada por via intravenosa é excretada em 72 horas. Após administração por via inalatória, cerca de 10% a 20% da dose atinge as vias aéreas inferiores. O restante fica retido no dispositivo de liberação ou se deposita na orofaringe, por onde é deglutido. A fração depositada nas vias aéreas é absorvida pelos tecidos pulmonares e pela circulação, não sendo metabolizada pelos pulmões. Ao alcançar a circulação sistêmica, o fármaco se torna vulnerável ao metabolismo hepático e é excretado, principalmente na urina, como droga inalterada e como sulfato fenólico. A porção da dose inalada que é deglutida em seguida é absorvida pelo trato gastrintestinal e sofre metabolização considerável de primeira passagem a sulfato fenólico. Tanto a droga inalterada quanto o conjugado são excretados principalmente na urina.
- Indicação obstétrica: Gestante com asma, que tem esse piorado na fase gestacional.
- Assistência de enfermagem:
-Orientar e monitorar os níveis séricos de potássio, principalmente em pacientes em tratamento de asma aguda grave.
-Orientar o paciente sobre os efeitos adversos do medicamento.
-Orientar o não uso de álcool juntamente com o medicamento, pois pode potencializar o efeito do medicamento.
-Deve-se obter controle dos níveis glicêmicos em diabéticos, pois os antagonistas beta 2 aumentam o risco de hiperglicemia.
Sulfato de Magnésio
- Nome do medicamento: halex istar
- Princípio ativo: sulfato de magnésio 
- Nome comercial: MAgnoston, cloreto de magnésio.
- Grupo farmacológico: Anticonvulsivante 
- Posologia Obstétrica: Prevenção das convulsões com sulfato de magnésio: Dose de ataque de 4-6g por via intravenosa seguida de dose de manutenção de 1,5-4g/hora individualizada de acordo com a gestante. Monitorar reflexos patelares e débito urinário. A infusão deve ser continuada por 48 horas no puerpério.
- Farmacodinâmica: O sulfato de magnésio é um composto extremamente importante para o organismo, sendo essencial em diversos processos bioquímicos e fisiológicos, ativando diversos sistemas enzimáticos. O sulfato de Magnésio desempenha um papel importante na transmissão neuroquímica e na excitabilidade muscular, previne e controla convulsões, tem um efeito depressor no Sistema Nervoso Central e atua perifericamente produzindo e ajudando na vasodilatação.Após a sua administração, via intramuscular, atua no organismo cerca de uma hora após administração, e quando administrado por via intravenosa, tem um efeito quase imediato.
- Farmacocinetica:  Início da ação: via intramuscular, cerca de uma hora; via intravenosa, quase imediato. - Duração da ação: via intramuscular, 3 a 4 horas; via intravenosa, cerca de 30 minutos. - Atravessa a barreira placentária. - É excretado pela urina. 
- Indicação obstétrica: O sulfato de magnésio vem sendo utilizado em obstetrícia para inibição do trabalho de parto prematuro e para o tratamento das crises convulsivas associadas ao quadro de eclâmpsia.
- Assistência de enfermagem:
-O enfermeiro deve avaliar os antecedentes de hipersensibilidade à droga, antes da administração.
 -Recomenda-se monitorização da pressão sangüínea após cada injeção. 
- Quando a terapêutica com magnésio é empregada, a preparação do sal de cálcio deverá estar prontamente acessível para ser administrada endovenosamente para contra-atacar possível risco de intoxicação magnésica.
-Observar as reações do paciente após a administração do medicamento, 
Estar em observação quanto a pressão arterial do paciente, pois o medicamento pode causar hipotensão transitória.
 
Zidovudina
Nome do medicamento: Retrovir
Princípio ativo: Zidovudina
Nome comercial: Revirax
Grupo farmacológico: Antiviral
Posologia Obstétrica: A administração de zidovudina a mulheres infectadas durante a gestação (500mg/dia, com início entre 14 e 34 semanas e administração intravenosa durante o parto) e a seus recém-nascidos (2mg/Kg a cada 6 horas, durante 6 semanas, com início 8 a 12 horas após o parto) reduz o risco de transfusão neonatal e HIV em 68%.A administração da zidovudina (250mg duas vezes ao dia, durante 6 meses) durante a infecção primária por HIV aumenta a contagem de CD4 e possivelmente melhora a evolução clínica. O tratamento com zidovudina pode beneficiar ainda doenças neurológicas associadas com o HIV, trombocitopenia, psoríases e pneumonia intersticial linfocítica.
Farmacodinamica: A zidovudina é um inibidor seletivo da replicação do DNA do vírus. Após a passagem para a célula (infectada ou intacta) com a participação de elementos tais como timidilato quinase e timidina quinase, bem como quinase inespecífica, ocorre um processo de fosforilação, como resultado do qual são formados compostos mono- e também di-trifosfatos.
A substância do zidovudina-trifosfato é um substrato da revertase viral. Isso afeta indiretamente a formação de vírus de DNA dentro da matriz do transportador de DNA de zidovudina. A substância tem semelhanças com o trifosfato de timidina na estrutura, é seu concorrente para a síntese com a enzima. O componente é incorporado na cadeia de provírus de DNA viral, bloqueando assim seu crescimento adicional. Também aumenta o número de células T4 e aumenta a resposta imune do corpo aos processos infecciosos.
As propriedades retardadas da zidovudina em relação à revertase de HIV são aproximadamente 100 a 300 vezes maiores que as suas propriedades inibitórias em relação à ADN-polimerase humana.
O teste in vitro demonstrou que o uso de uma combinação de 3 vezes de análogos de nucleósido LS ou 2 análogos de nucleósidos, juntamente com um inibidor de protease, inibe mais eficazmente propriedades citopáticas induzidas pelo HIV do que a monoterapia ou uma combinação de 2 medicamentos.
Farmacocinética: O ingrediente ativo é bem absorvido do trato digestivo, o indicador de biodisponibilidade é de 60-70%. O pico de índices plasmáticos após o uso da cápsula na quantidade de 5 mg / kg a cada 4 horas é de 1,9 μg / l. Para atingir uma concentração sérica máxima, o fármaco leva 0,5-1,5 horas.
A substância passa pelo BBB, e seus valores médios dentro do CSF são aproximadamente 24% da concentração plasmática. Também passa através da placenta e é observada dentro do sangue do feto e líquido amniótico. A síntese com proteína é de 30-38%.
Dentro do fígado, o processo de conjugação é realizado com a participação do ácido glucurônico. O principal produto da desintegração é a 5-glucuronilidotimidina, que é excretada através dos rins e não tem propriedades antivirais. A excreção de zidovudina é realizada pelos rins - 30% da substância é removida inalterada e cerca de 50-80% - na forma de glucurônidos.
A meia-vida do ingrediente ativo do soro sob condição de função renal saudável é de aproximadamente 1 hora (para adultos), e na condição de um transtorno nos rins (com um valor QC menor que 30 ml / minuto) é 1,4-2,9 horas. Em crianças de 2 semanas / 13 anos, esse período é de cerca de 1-1,8 horas, e em adolescentes de 13-14 anos é cerca de 3 horas. Em recém-nascidos, cujas mães tomaram drogas, esse número é de aproximadamente 13 horas.
O medicamento não acumula dentro do corpo. Em pessoas que sofrem de insuficiência ou cirrose do fígado, a acumulação pode ser observada devido a uma diminuição da intensidade do processo de síntese com o ácido glucurônico. Em pacientes com insuficiência renal, os produtos de decaimento podem se acumular (conjugados com o ácido glucurônico), o que aumenta a probabilidade de desenvolver um efeito tóxico.
Indicação obstétrica: Ao prevenir o movimento do vírus da mãe para o feto - para mulheres grávidas (com um período de mais de 14 semanas), a dosagem diária é de 500 mg (100 mg 5 vezes por dia) do medicamento por via oral (o tratamento neste modo dura até o parto). No nascimento, a Zidovudina na forma de uma solução de infusão é administrada na quantidade de 2 mg / kg durante 1 hora, e depois a uma taxa de 1 mg / kg / hora todo o tempo até o momento de cortar o cordão umbilical.
Assistência de enfermagem:
-Diminuição da função hepática (pode levar ao acúmulo de zidovudina e aumento da toxicidade).
-Orientar que mulheres não devem amamentar 
- Mulheres grávidas somente poderão utilizar este medicamento sob estrita orientação e acompanhamento médico.
-Os pacientes em tratamento com a zidovudina podem continuar desenvolvendo infecções oportunistas e outras complicações causadas pelo vírus da imunodeficiência humana.
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