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Teoria das restrições Teoria das Restrições 2 Introdução Gargalos são processos de fabri- cação incapazes de atender a deman- da exigida. Podem ser classificados dessa forma até mesmo máquinas que ficam temporariamente paradas. Mas, como lidar com isso? A Teoria das Restrições (TOC — do inglês Theory of Constraints), é uma filosofia de negócios que se baseia justamente na existência de restrições ou gargalos. A teoria reconhece que todos os sistemas de negócio sofrem limitações (as restrições), o que se torna um em- pecilho para atingir as metas traçadas pela organização. Por isso, cabe ao gestor controlar os gargalos da em- presa para, desse modo, garantir um melhor desempenho e eficácia. Para efetuar esse controle de restrições, a TOC propõe diversas práticas, e isso é feito a partir de três perguntas básicas: o que mudar, como mudar e como motivar a mu- dança? É sobre elas que falaremos em nosso artigo. Acompanhe! http://www.escolaedti.com.br https://www.facebook.com/EdtiProjetosDeMelhoriaEInovacao https://www.facebook.com/EdtiProjetosDeMelhoriaEInovacao https://pt.linkedin.com/school/edti---analise-de-dados-e-melhoria-organizacional/ https://www.escolaedti.com.br/blog/ https://www.escolaedti.com.br/como-realizar-previsao-de-vendas-ou-demanda-parte-1/ https://www.escolaedti.com.br/como-realizar-previsao-de-vendas-ou-demanda-parte-1/ https://www.escolaedti.com.br/como-realizar-previsao-de-vendas-ou-demanda-parte-1/ https://www.escolaedti.com.br/aspectos-da-gestao-da-melhoria/ Teoria das Restrições 3 O que é a Teoria das Restrições e como ela surgiu? A Teoria das Restrições é um méto- do de identificação de aspectos que atrapalham o rendimento da empresa. De acordo com a TOC, os processos têm um fator limitante (a restrição), que impede o alcance de uma meta ou, então, que diminui a capacidade de produtividade. Nas indústrias, essas restrições são normalmente chamadas de garga- los de produção, ou seja, pontos de estrangulamento ou obstáculos no processo. A ideia central da TOC é que sempre há a possibilidade de melhorar os resultados, minimizando a relevância do gargalo. Para tanto, a teoria se utiliza de uma abordagem científica que visa a melho- ria. A hipótese que a motiva é que todo sistema complexo, como é o caso dos processos de fabricação, contam com várias atividades, sendo que uma delas (a atividade de restrição ou o elo mais fraco) acaba interferindo no restante. A Teoria das Restrições foi criada pelo Dr. Eliyahu Goldratt, um físico que a concebeu e publicou seus prin- cipais conceitos no best-seller “The Goal” (A Meta), lançado em 1984. Desde então, a TOC continuou em pleno desenvolvimento e passou por diver- sos aprimoramentos. Ela permite a adoção de melhores práticas de gerenciamento de problemas e uma de suas principais características é a busca por uma motivação de mu- dança contínua. Isto é, a TOC tem como prioridade máxima a restrição atual, mas também foca em resultados permanentes, como: »» aumento do lucro da empresa; »» correção crítica de falhas; »» otimização da capacidade de produção; »» redução em prazos de entrega etc. http://www.escolaedti.com.br https://www.facebook.com/EdtiProjetosDeMelhoriaEInovacao https://www.facebook.com/EdtiProjetosDeMelhoriaEInovacao https://pt.linkedin.com/school/edti---analise-de-dados-e-melhoria-organizacional/ https://www.escolaedti.com.br/blog/ https://www.escolaedti.com.br/aumente-seus-resultados/ https://www.escolaedti.com.br/aumente-seus-resultados/ https://www.escolaedti.com.br/listamos-7-livros-que-todo-gestor-em-inicio-de-carreira-deveria-ler/ Teoria das Restrições 4 O conceito de restrições O conceito de restrições exige visão sistêmica, ou seja, enxergar o processo de produção como um fluxo contín- uo, em vez de segmentá-lo em diversas unidades inde- pendentes. A visão sistêmica garante que todo o processo esteja alinhado, e permite que os gargalos sejam trabalhados para atingir as metas mais facilmente. No entanto, é preciso deixar claro o que é um gargalo. Para Goldratt, as restrições são qualquer coisa que impeça a em- presa de progredir em relação ao cumprimento de metas, seja um objetivo de produção, a redução no uso de recursos etc. Essas restrições vão além de peças danificadas, por exem- plo, e podem ser categorizadas em quatro tipos principais: »» restrições físicas: são, basicamente, tudo o que se refere a itens tangíveis, como máquinas, equipamen- tos, materiais, pessoas ou o espaço físico; »» restrições políticas: se referem às recomendações de trabalho, como orientações informais (ordens de su- periores, por exemplo), ou regulamentações formais, incluindo contratos, disposições governamentais, procedimentos sindicais etc.; »» restrições de paradigmas: são restrições profunda- mente enraizadas na cultura da empresa, ou seja, é uma forma de limitação política, mas ainda mais críti- ca; »» restrições de mercado: são restrições que envolvem um desalinhamento entre a capacidade de produção da empresa e as demandas de mercado. Apesar de não haver uma definição oficial, há quem defenda que um mesmo sistema não necessariamente conta com uma única forma de restrição. Existe certa con- venção de que, na maioria das vezes, existem duas ou três restrições combinadas em um mesmo processo. http://www.escolaedti.com.br https://www.facebook.com/EdtiProjetosDeMelhoriaEInovacao https://www.facebook.com/EdtiProjetosDeMelhoriaEInovacao https://pt.linkedin.com/school/edti---analise-de-dados-e-melhoria-organizacional/ https://www.escolaedti.com.br/blog/ https://www.escolaedti.com.br/case-a-visao-sistemica-doe/ Teoria das Restrições 5 O que mudar? Primeira pergunta: o que mudar? O primeiro passo para efetuar uma mudança é ter foco, saber exatamente o que deve ser feito para solucionar os problemas da empresa. Portanto, identificar essas re- strições mostra exatamente o que deve ser mudado. Enxergar o processo de produção como um fluxo con- tínuo, em vez de segmentá-lo em diversas unidades in- dependentes, como citamos, permite analisar as etapas como um todo e perceber quais são realmente os proces- sos com falhas. Isso garante que todo o sistema esteja alinhado com uma única meta e permite que os gargalos possam ser trabalhados para atingi-la mais facilmente. Agora, como se pode controlá-los e efetuar as mudanças necessárias para que o sistema se aprimore? É o que motiva a segun- da pergunta da TOC. Tendo respondido à primeira pergunta, sabemos quais são os gargalos produtivos dentro do sistema estudado. Em muitos casos as mudanças necessárias para a melhoria des- sas falhas não são tão fáceis de se solucionar. http://www.escolaedti.com.br https://www.facebook.com/EdtiProjetosDeMelhoriaEInovacao https://www.facebook.com/EdtiProjetosDeMelhoriaEInovacao https://pt.linkedin.com/school/edti---analise-de-dados-e-melhoria-organizacional/ https://www.escolaedti.com.br/blog/ Teoria das Restrições 6 Como mudar? Nesse contexto, antes mesmo de pensar em aumentar a capacidade do gargalo, devemos fazer com que todo o pro- cesso antes do mesmo trabalhe em função dele. Esse raciocínio define o chamado roteiro de 5 passos de focalização (Five Focusing Steps) de Goldratt. Veja! 1. Identificar as restrições O primeiro passo de focalização da Teoria das Restrições é identificar os gargalos. O mais indicado é percorrer (lit- eralmente) todo o processo de produção, procurando in- dícios de problemas que estejam atrapalhando o máximo de rendimento. Muitas vezes a restrição está em uma única peça ou pro- cedimento simples, mas que restringem a taxa de trans- ferência de todo o processo. Identificar o gargalo nem sempre é tão fácil, pois ele pode não ser intuitivo, princi- palmente os que já estão enraizados. 2. Explorar as restrições Agora que os gargalos já foram identificados, o próximo passo é explorar as restrições, com o objetivo de conse- guir “vitórias rápidas” ou alívios rápidos” para o problema. Ou seja, buscar soluçõesimediatas, visto que as mudanças mais complexas farão parte do quarto passo (elevar as re- strições). Se as medidas adotadas nesse momento para aliviar as restrições forem suficientes para eliminá-las, ótimo! Nesse caso, avance diretamente para o quinto passo. No entanto, normalmente é preciso dedicar mais esforços para que os gargalos funcionem a favor da capacidade de produção. http://www.escolaedti.com.br https://www.facebook.com/EdtiProjetosDeMelhoriaEInovacao https://www.facebook.com/EdtiProjetosDeMelhoriaEInovacao https://pt.linkedin.com/school/edti---analise-de-dados-e-melhoria-organizacional/ https://www.escolaedti.com.br/blog/ https://www.escolaedti.com.br/foco-mal-do-brasil/ https://www.escolaedti.com.br/indicadores-de-desempenho-qual-o-papel-deles-na-tomada-de-decisoes/ https://www.escolaedti.com.br/indicadores-de-desempenho-qual-o-papel-deles-na-tomada-de-decisoes/ Teoria das Restrições 7 Como mudar 3. Subordinar o sistema às re- strições Agora, nosso foco deve mudar da restrição para o sistema ou equipa- mento em que ela foi identificada. O objetivo é subordinar esse objeto ao gargalo, ou seja, fazê-lo suportar as necessidades da restrição, mantendo a eficiência ou, ao menos, não sendo afetado negativamente. Ao final dessa etapa, busca-se que os equipamentos ou sistemas ten- ham menos operações interrompi- das, mesmo em face das restrições, o que resulta em um melhor rendi- mento para o processo. Se as ações de subordinação “quebrarem” os garga- los, pode-se pular para o passo cinco. 4. Elevar a capacidade das re- strições Agora que a restrição já foi identi- ficada, aliviada e que o sistema con- segue operar subordinado ao garga- lo, está na hora de adotar medidas mais substanciais para tentar elimi- nar os problemas. Esse passo exige investimento de tempo e dinheiro, como ao adicionar equipamentos à linha de produção ou contratar mais colaboradores. No entanto, ao término desse passo, idealmente as restrições terão sido definitivamente gerenciadas. 5. Impedir que a inércia gere novas restrições Por último, é necessário adotar uma cultura de manutenção para que a inércia não permita o surgimento de gargalos novamente. Ou seja, o ob- jetivo é que os passos seguidos até agora não sejam pontuais, mas sim contínuos. A TOC procura constantemente no- vas restrições para o processo como um todo, assegura que as restrições ditem o ritmo inteiro da produção e, por fim, eleva a capacidade de todas as restrições. Assim, faz com que o próprio sistema aumente ]sua capacidade. Porém, o maior problema ao re- alizar essas mudanças não é identi- ficar os gargalos ou aumentar suas capacidades, mas sim motivar a mu- dança do processo. Essa á a terceira e última questão que a Teoria das Re- strições procura responder. http://www.escolaedti.com.br https://www.facebook.com/EdtiProjetosDeMelhoriaEInovacao https://www.facebook.com/EdtiProjetosDeMelhoriaEInovacao https://pt.linkedin.com/school/edti---analise-de-dados-e-melhoria-organizacional/ https://www.escolaedti.com.br/blog/ https://www.escolaedti.com.br/matriz-raci-como-ela-pode-ajudar-a-melhorar-os-processos-de-uma-empresa/ https://www.escolaedti.com.br/matriz-raci-como-ela-pode-ajudar-a-melhorar-os-processos-de-uma-empresa/ Teoria das Restrições 8 Como motivar a mudança? Normalmente o que encontramos nas organizações em termos de mudanças são dois grandes obstáculos: »» a falta de direcionamento a respeito de como execu- tar claramente a mudança; »» medos, preocupações e resistências não verbaliza- das mesmo após o acordo de realizar a mudança. Esse último pode ser definido como aquela dúvida inter- na que sempre passa a impressão de que as ações não terão efeito, ou são desnecessárias. Para conduzir a transição e efetivamente eliminar as aparentes resistências, medos e apreensões e incertezas, os gestores da “Restriction Corp” devem apresentar clara- mente o lado positivo e negativo de não realizar a mu- dança tanto quanto de realizar a mudança. Se os benefícios para quem mudar são maiores que os de quem não o fizer e se os malefícios de quem mudar são menores, poucos funcionários e pessoas na empresa resistirão à mudança. Tudo isso deve ser considerando a visão de quem está ouvindo a proposta (clientes). Com esse raciocínio é possível traçar e mapear direta- mente qualquer mudança e obter o suporte de todos os envolvidos na organização, respondendo, portanto, à últi- ma pergunta de nossa série sobre TOC. http://www.escolaedti.com.br https://www.facebook.com/EdtiProjetosDeMelhoriaEInovacao https://www.facebook.com/EdtiProjetosDeMelhoriaEInovacao https://pt.linkedin.com/school/edti---analise-de-dados-e-melhoria-organizacional/ https://www.escolaedti.com.br/blog/ Teoria das Restrições 9 Como motivar a mudança? Como combinar a TOC com o pens- amento Lean? A TOC pode ser combinada com o pensamento Lean para que sejam extraídos resultados ainda melhores. Apesar de terem abordagens difer- entes, os dois métodos sistemáticos caminham em busca de melhorias, sendo: »» a TOC por meio da identificação e da redução de restrições que impedem ou limitam o rendi- mento; »» e o Lean, por meio da eliminação de desperdícios e da adoção de metodologias enxutas. Os dois sistemas, porém, têm em comum o foco na qualidade e o po- tencial de tornar os processos da em- presa mais eficazes e ágeis. Abaixo, relacionamos algumas das ferramen- tas Lean que podem ser combinadas à TOC nos primeiros quatro passos de focalização. http://www.escolaedti.com.br https://www.facebook.com/EdtiProjetosDeMelhoriaEInovacao https://www.facebook.com/EdtiProjetosDeMelhoriaEInovacao https://pt.linkedin.com/school/edti---analise-de-dados-e-melhoria-organizacional/ https://www.escolaedti.com.br/blog/ https://www.escolaedti.com.br/lean-thinking-um-passo-a-passo-de-como-implementar-na-sua-empresa/ https://www.escolaedti.com.br/5-dicas-para-identificar-desperdicios/ https://www.escolaedti.com.br/5-dicas-para-identificar-desperdicios/ Teoria das Restrições 10 Ferramentas Lean Ferramentas Lean para o primeiro passo (identificar restrições) »» Mapeamento de Fluxo de Valor: para identificar os processos da empresa; »» Gemba: o reconhecimento e o mapeamento do chão de fábrica. Ferramentas Lean para o segundo passo (explorar a restrição) »» 5S: para organizar a área de tra- balho; »» Andon: para gerir os resultados e, desse modo, motivar a equipe; »» Kaizen: para o debate de ideias de melhoria. Ferramentas Lean para o terceiro passo (subordinar a restrição) »» Kanban: para regular o fluxo de produção; »» Gráficos de controle: para geren- ciar variações. Ferramentas Lean para o quarto passo (elevar a restrição) »» SMED: para reduzir os tempos de troca de equipamentos; »» TPM: para melhorar a gestão de manutenção; »» Poka-Yoke: para reduzir o número de falhas; »» Jidoka: para automatização e tarefas. http://www.escolaedti.com.br https://www.facebook.com/EdtiProjetosDeMelhoriaEInovacao https://www.facebook.com/EdtiProjetosDeMelhoriaEInovacao https://pt.linkedin.com/school/edti---analise-de-dados-e-melhoria-organizacional/ https://www.escolaedti.com.br/blog/ https://www.escolaedti.com.br/mapeamento-do-fluxo-de-valor-tire-aqui-todas-as-suas-duvidas/ https://www.escolaedti.com.br/guia-definitivo-da-lideranca-lean/ https://www.escolaedti.com.br/o-que-e-e-para-que-serve-o-5s/ https://www.escolaedti.com.br/implantacao-do-lean-manufacturing-conheca-a-ferramenta-andon/ https://www.escolaedti.com.br/lean-kaizen/ https://www.escolaedti.com.br/tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-kanban-para-servicos/ https://www.escolaedti.com.br/conheca-as-principais-ferramentas-da-qualidade-graficos-de-controle/ https://www.escolaedti.com.br/voce-sabe-o-que-e-smed-entenda-como-aplicar-essa-tecnica/ https://www.escolaedti.com.br/4-regras-do-dna-da-toyota/ https://www.escolaedti.com.br/saiba-o-que-e-poka-yoke-e-aprenda-a-prevenir-erros-em-processos/ https://www.escolaedti.com.br/conheca-um-dos-pilares-da-metodologia-lean-manufacturing-jidoka/Teoria das Restrições 11 Conclusão Como você viu, a Teoria das Restrições contribui fortemente para a cultura de melhorias contínuas na empresa. Se- guindo suas práticas e, principalmente, combinando com as ferramentas Lean, erros podem ser reduzidos e, os resulta- dos, potencializados. Gostou do conteúdo? Então, siga nossas redes sociais para acompan- har as atualizações. Estamos no Face- book, no Twitter, no LinkedIn e tam- bém no YouTube. A Teoria das Restrições busca eliminar ou minimizar a relevência de gargalos na produção, de modo que o rendimento da empresa seja poten- cializado. Veja mais sobre essas ferra- mentas no nosso Green Belt! 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Procuramos trazer valor por meio de 3 pilares: 1) Materiais educativos gratuitos; 2) Cursos; 3) Consultorias. Aplicamos o que ensinamos e com isso temos crescido 4 vezes ao ano.Pensamos que divulgando esse conhecimento podemos ajudar outras empresas a atingir os mesmos resultados. Por isso sonhamos transferir conhecimento sobre melhoria de processos e análise de dados para 1 milhão de brasileiros até o ano de 2020. https://www.escolaedti.com.br/blog https://www.escolaedti.com.br https://www.escolaedti.com.br/livros-e-apostilas/ https://www.escolaedti.com.br/green-belt/ http:// __DdeLink__170_1643273987 __DdeLink__169_1643273987
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