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Interrupção, Suspensão, Remuneração e Equiparação Salarial

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16.02.2020
ESTUDOS 4ª SEMANA – 
Tema atual - A MP 936 trata dos empregados com carteira assinada que trabalham na iniciativa privada, empregados domésticos, e trabalhadores com contrato intermitente, tempo parcial. Não incluiu o empregado público, servidor público e o comissionado.
INTERRUPÇÃO DO CONTRATO
INTERRUPÇÃO: TODAS AS HIPÓTESES INCLUEM SALÁRIO E CONTAGEM DO TEMPO( 473 da CLT)
01 dia para doar sangue (a cada 12 meses); acompanhar filho de até 6 (seis) anos em consulta médica.
02 dias para chorar (óbito), exceto para o professor que são 09 dias e para se alistar eleitor; acompanhar consultas médicas e exames complementares durante o período de gravidez de sua esposa ou companheira;
03 dias para festejar (casamento); exame preventivo de câncer (a cada 12 meses)
05 dias, nascimento do FILHO (licença paternidade, pode ser estendida para 15 dias);
O tempo que for necessário: vestibular para curso SUPERIOR; comparecer em juízo; encargo público; alistamento obrigatório.
Repouso Semanal remunerado. Férias. Aborto não criminoso (duas semanas) e licença maternidade (120 dias ); o lockout; As duas horas reduzidas do aviso-prévio; atuação em Conselhos Federais e em Comissão de Conciliação Prévia; Demais descansos remunerados previstos legalmente;
SUSPENSÃO: SEM SALÁRIO E SEM COMPUTAR TEMPO (REGRA);
Suspensão disciplinar por até 30 dias; aposentadoria por invalidez; GREVE; Afastamento por motivo de doença, a partir do 15º dia, ANTES é interrupção. Prisão provisória do empregado. Violência doméstica (Maria da Penha – até 06 meses)
O empregado eleito para ocupar cargo de diretor de sociedade anônima (S/A) a partir da posse. Cargo de dirigente sindical, salvo previsão em contrário. No prazo do inquérito de falta grave instaurado para o empregado estável.
Por um período de 02 a 05 meses, para participação do empregado em curso ou programa de qualificação profissional (limitado a uma suspensão, a cada 16 meses).
Afastamento para prestação do serviço militar obrigatório, para efeitos de férias ele deve retornar até 90 dias da baixa. Para retorno ao mesmo cargo, deve comunicar até 30 dias da baixa.
Efeitos jurídicos:
Garantia de retorno ao cargo;
Recebimento das vantagens atribuídas à categoria;
Vedação de dispensa imotivada durante o período de suspensão.
Inalterabilidade do contrato de trabalho no período suspenso (salvo justa causa).
Acidente de trabalho e serviço militar tem contagem do tempo de serviço.(art.4º CLT)
A justificação da ausência do empregado motivada por doença deve observar a ordem preferencial dos atestados médicos estabelecidos em lei.
Se as faltas já são justificadas pela lei, consideram-se como ausências legais e não serão descontadas para o cálculo do período de férias.
As faltas ou ausências decorrentes de acidente do trabalho não são consideradas para os efeitos de duração de férias e cálculo da gratificação natalina.
Nos contratos por prazo determinado, o tempo de afastamento será computado normalmente, salvo disposição contrária pelas partes interessadas.
Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência econômica; (Inciso incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento; (Inciso incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
III - por um dia, em caso de nascimento de filho no decorrer da primeira semana; (Inciso incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada; (Inciso incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos têrmos da lei respectiva. (Inciso incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na letra "c" do art. 65 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar). (Incluído pelo Decreto-lei nº 757, de 12.8.1969)
 VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior. (Inciso incluído pela Lei nº 9.471, de 14.7.1997)
 VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo. (Incluído pela Lei nº 9.853, de 27.10.1999)
IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro. (Incluído pela Lei nº 11.304, de 2006)
X - até 2 (dois) dias para acompanhar consultas médicas e exames complementares durante o período de gravidez de sua esposa ou companheira; (Incluído dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
XI - por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6 (seis) anos em consulta médica. (Incluído dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
XII - até 3 (três) dias, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de realização de exames preventivos de câncer devidamente comprovada. (Incluído pela Lei nº 13.767, de 2018)
Art. 474 - A suspensão do empregado por mais de 30 (trinta) dias consecutivos importa na rescisão injusta do contrato de trabalho.
Art. 475 - O empregado que for aposentado por invalidez terá suspenso o seu contrato de trabalho durante o prazo fixado pelas leis de previdência social para a efetivação do benefício.
§ 1º Recuperando o empregado a capacidade de trabalho e sendo a aposentadoria cancelada, ser-lhe-á assegurado o direito à função que ocupava ao tempo da aposentadoria, facultado, porem, ao empregador o direito de indenizá-lo por rescisão do contrato de trabalho, nos termos dos arts. 477 e 478.
§ 1º - Recuperando o empregado a capacidade de trabalho e sendo a aposentadoria cancelada, ser-lhe-á assegurado o direito à função que ocupava ao tempo da aposentadoria, facultado, porém, ao empregador, o direito de indenizá-lo por rescisão do contrato de trabalho, nos termos dos arts. 477 e 478, salvo na hipótese de ser ele portador de estabilidade, quando a indenização deverá ser paga na forma do art. 497. (Redação dada pela Lei nº 4.824, de 5.11.1965)
§ 2º - Se o empregador houver admitido substituto para o aposentado, poderá rescindir, com este, o respectivo contrato de trabalho sem indenização, desde que tenha havido ciência inequívoca da interinidade ao ser celebrado o contrato.
REMUNERAÇÃO
GORJETA: não é salário, mas integra a remuneração! 
É SALÁRIO: importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador.
A MP 946 diz que a redução da jornada, com corte equivalente no salário, poderá ser de 25%, 50% ou de 70% e vigorar por 90 dias. Quem tiver a jornada e o salário reduzidos receberá um auxílio do governo proporcional ao valor do seguro-desemprego.
Assim, quem tiver uma redução de 50% por parte da empresa vai receber uma parcela de 50% do que seria o seu seguro-desemprego caso fosse demitido.
- NÃO é SALÁRIO, AINDA QUE HABITUAIS e NÃO SE INCOPORAM PARA QUALQUER EFEITOS: Ajuda de custo e Diárias para viagem (independentemente do valor); auxílio alimentação (vedado pagamento em dinheiro, exceto ao empregado doméstico); prêmios (respeitado o pagamento duas vezes ao ano); e abonos.
MP 905/19: afasta a natureza salarial da alimentação in natura (concedida por qualquer meio).
As comissões, percentagens e gratificações podem ter pagamento estipulado por período superior a 1 (um) mês. Em caso de dúvidas quanto à estipulação de salário, por analogia, utiliza-se aquele empregado que exerça serviço equivalente ou semelhante.Na jornada reduzida (regime tempo parcial), o salário mínimo é proporcional.
O prazo para pagamento será até o 5º dia útil subsequente ao da prestação de serviço (característica da pós- numeração), cujo atraso gera correção monetária desde o dia 1º do mês.
O só pagamento dos salários atrasados em audiência não ilide a mora capaz de determinar a rescisão do contrato de trabalho. (3 salários atrasados para considerar mora salarial).
É inválida a presunção de vício de consentimento resultante do fato de ter o empregado anuído expressamente com descontos salariais na oportunidade da admissão. É de se exigir demonstração concreta do vício de vontade.
É lícito o desconto salarial referente à devolução de cheques sem fundos, quando o frentista não observar as recomendações previstas em instrumento coletivo.
Consideram-se prêmios: bens, serviços ou valor em dinheiro concedido pelo empregador em razão de desempenho superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades. 
SALÁRIO-UTILIDADE: pergunte-se: eu preciso dessa utilidade para executar o trabalho? Se sim, não tem natureza salarial porque estou usando a favor do empregador; Do contrário, eu não preciso, então ela PODERÁ ter natureza salarial, desde que não seja prejudicial (por ex., cigarro) nem tenha sua natureza afasta por lei (vale-cultura).
VALE TRANSPORTE: não possui natureza salarial; vedada a concessão de vale-transporte em dinheiro ou outra forma de pagamento, exceto ao empregado doméstico (entendimento do TST). O empregador poderá descontar até 6% do salário-base do empregado para custear o vale-transporte concedido. Aos servidores públicos celetistas é devido o vale-transporte, instituído pela Lei nº 7.418/85, de 16 de dezembro de 1985.
DECOREM o §2 do art. 458 da CLT.
Usa-se também a regra do PARA o trabalho, não integra; PELO trabalho, integra! Benesses para “segurar” o empregado na empresa não integram a remuneração: cursos de idiomas; planos médicos; seguros de vida; previdência privada; transporte para o trabalho; vale-cultura; Vestuário e equipamentos PARA o trabalho. A habitação, energia elétrica, veículo (ainda que usado particularmente) – quando necessários às atividades; A alimentação quando a empresa está inscrita no programa PAT (só atinge os empregados contratos após a inscrição) e demais casos in natura.
PERCENTUAIS: empregado URBANO: 20% alimentação e 25% habitação sobre o salário contratual; RURAL: deve se alimentar melhor, inverte: 25% alimentação e 20% moradia, sempre sobre o salário-mínimo;
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE (10%, 20% ou 40% sobre o salário mínimo) E PERICULOSIDADE (30% sobre o salário base, inclusive para os eletricitários contratados depois da Lei 12.740/2012); OPÇÃO por um deles quando devido os dois;
O adicional de periculosidade é sobre o salário base, inclusive para os eletricitários contratados a partir de 08/12/2012. Para os contratos anteriores a essa data, é o básico acrescido de outras parcelas salariais.
Atividade insalubre: depende de perícia, EXCETO se o adicional for pago voluntariamente pelo empregador; A reclassificação ou a descaracterização da insalubridade repercute na satisfação do respectivo adicional, que deixa de ser devido. Em caráter intermitente, não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional.
Não se considera atividade perigosa para os tripulantes e empregados o momento do abastecimento da aeronave. CONSTRUÇÃO VERTICAL: É devido o pagamento do adicional de periculosidade;
É DEVIDO: SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA. CABISTAS, INSTALADORES E REPARADORES DE LINHAS E APARELHOS EM EMPRESA DE TELEFONIA, desde que no exercício de suas funções fiquem expostos a condições de risco.
Não são consideradas perigosas: as atividades com uso de motocicleta ou motoneta de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido.
GRATIFICAÇÃO LEGAL NATALINA: devido a todos os empregados; 1º parcela entre fevereiro e novembro! Pagável junto com as férias, desde que requisitado pelo empregado em janeiro; Vencimento: 20/dez (fração igual ou superior 15 dias); Horas extras habituais integram a base do 13º; o 13° PROPORCIONAL na extinção por culpa recíproca é de 50%; se por justa causa, NADA! É legítima a incidência da contribuição previdenciária.
DESCONTO SALARIAL: adiantamento e descontos legais (previdência, tributo, pensão alimentícia…). No caso de dano ao empregador, apenas doloso (com intenção) poderá ser descontado sem a necessidade de autorização do empregado.
Legislação 
Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber.              (Redação dada pela Lei nº 1.999, de 1.10.1953) 
 § 1o  Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador.                   (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) obs alterações da MP808 tiveram vigência encerrada)
§ 2o  As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.                (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 3º  Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também o valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer título, e destinado à distribuição aos empregados.                          (Redação dada pela Lei nº 13.419, de 2017)
§ 4o  Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens, serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempenho superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades.              (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 5º  O fornecimento de alimentação, seja in natura ou seja por meio de documentos de legitimação, tais como tíquetes, vales, cupons, cheques, cartões eletrônicos destinados à aquisição de refeições ou de gêneros alimentícios, não possui natureza salarial e nem é tributável para efeito da contribuição previdenciária e dos demais tributos incidentes sobre a folha de salários e tampouco integra a base de cálculo do imposto sobre a renda da pessoa física.                 (Redação dada pela Medida Provisória nº 905, de 2019)   Produção de efeitos
         Gorjetas
Art. 457-A.  A gorjeta não constitui receita própria dos empregadores, mas destina-se aos trabalhadores e será distribuída segundo critérios de custeio e de rateio definidos em convenção ou acordo coletivo de trabalho.     (Incluído  pela Medida Provisória nº 905, de 2019)    Produção de efeitos
§ 1º  Na hipótese de não existir previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho, os critérios de rateio e de distribuição da gorjeta e os percentuais de retenção previstos nos § 2º e § 3º serão definidos em assembleia geral dos trabalhadores, na forma prevista no art. 612.           (Incluído  pela Medida Provisória nº 905, de 2019)    Produção de efeitos
§ 2º  As empresas que cobrarem a gorjeta deverão inserir o seu valor correspondente em nota fiscal, além de:            (Incluído  pela Medida Provisória nº 905, de 2019)    Produção de efeitos
I - para as empresas inscritas em regime de tributação federal diferenciado, lançá-la na respectiva nota de consumo, facultada a retenção de até vinte por cento da arrecadação correspondente, para custear os encargos sociais, previdenciários e trabalhistas derivados da sua integração à remuneração dos empregados, a título de ressarcimento do valor de tributos pagos sobre o valor da gorjeta, cujo valor remanescente deverá ser revertido integralmente em favor do trabalhador;            (Incluído  pela Medida Provisória nº 905, de 2019)    Produção de efeitosII - para as empresas não inscritas em regime de tributação federal diferenciado, lançá-la na respectiva nota de consumo, facultada a retenção de até trinta e três por cento da arrecadação correspondente para custear os encargos sociais, previdenciários e trabalhistas, derivados da sua integração à remuneração dos empregados, a título de ressarcimento do valor de tributos pagos sobre o valor da gorjeta, cujo valor remanescente deverá ser revertido integralmente em favor do trabalhador; e             (Incluído  pela Medida Provisória nº 905, de 2019)    Produção de efeitos
III - anotar na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no contracheque de seus empregados o salário contratual fixo e o percentual percebido a título de gorjeta.            (Incluído  pela Medida Provisória nº 905, de 2019)    Produção de efeitos
§ 3º  A gorjeta, quando entregue pelo consumidor diretamente ao empregado, terá os seus critérios definidos em convenção ou acordo coletivo de trabalho, facultada a retenção nos parâmetros estabelecidos no § 2º.            (Incluído  pela Medida Provisória nº 905, de 2019)    Produção de efeitos
§ 4º  As empresas deverão anotar na Carteira de Trabalho e Previdência Social de seus empregados o salário fixo e a média dos valores das gorjetas referentes aos últimos doze meses.            (Incluído  pela Medida Provisória nº 905, de 2019)    Produção de efeitos
§ 5º  Cessada pela empresa a cobrança da gorjeta de que trata este artigo, desde que cobrada por mais de doze meses, esta se incorporará ao salário do empregado, tendo como base a média dos últimos doze meses, exceto se estabelecido de forma diversa em convenção ou acordo coletivo de trabalho.            (Incluído  pela Medida Provisória nº 905, de 2019)    Produção de efeitos
§ 6º  Comprovado o descumprimento do disposto nos § 1º, § 3º, § 4º e § 6º, o empregador pagará ao empregado prejudicado, a título de pagamento de multa, o valor correspondente a um trinta avos da média da gorjeta recebida pelo empregado por dia de atraso, limitada ao piso da categoria, assegurados em qualquer hipótese os princípios do contraditório e da ampla defesa.    (Incluído  pela Medida Provisória nº 905, de 2019)    Produção de efeitos
Art. 458.  Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a habitação, o vestuário ou outras prestações in natura que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado, e, em nenhuma hipótese, será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.            (Redação dada pela Medida Provisória nº 905, de 2019)
§ 1º Os valores atribuídos às prestações "in natura" deverão ser justos e razoáveis, não podendo exceder, em cada caso, os dos percentuais das parcelas componentes do salário-mínimo (arts. 81 e 82).             (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
§ 2o Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador:                 (Redação dada pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001)
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço;                   (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001)
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;                 (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001)
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público;                  (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001)
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;                  (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001)
V – seguros de vida e de acidentes pessoais;              (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001)
VI – previdência privada;               (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001)
VII – (VETADO)               (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001)
VIII - o valor correspondente ao vale-cultura.            (Incluído pela Lei nº 12.761, de 2012)
§ 3º - A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade deverão atender aos fins a que se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) do salário-contratual.              (Incluído pela Lei nº 8.860, de 24.3.1994)
§ 4º - Tratando-se de habitação coletiva, o valor do salário-utilidade a ela correspondente será obtido mediante a divisão do justo valor da habitação pelo número de co-habitantes, vedada, em qualquer hipótese, a utilização da mesma unidade residencial por mais de uma família.                     (Incluído pela Lei nº 8.860, de 24.3.1994)
§ 5o  O valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio ou não, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses, órteses, despesas médico-hospitalares e outras similares, mesmo quando concedido em diferentes modalidades de planos e coberturas, não integram o salário do empregado para qualquer efeito nem o salário de contribuição, para efeitos do previsto na alínea q do § 9o do art. 28 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991.               (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
 Art. 459 - O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser estipulado por período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e gratificações.
§ 1º   Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido.                (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
Art. 460 - Na falta de estipulação do salário ou não havendo prova sobre a importância ajustada, o empregado terá direito a perceber salário igual ao daquela que, na mesma empresa, fizer serviço equivalente ou do que for habitualmente pago para serviço semelhante.
Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo.
§ 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde de que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado.                (Parágrafo único renumerado pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
§ 2º -   É vedado à empresa que mantiver armazém para venda de mercadorias aos empregados ou serviços estimados a proporcionar-lhes prestações " in natura " exercer qualquer coação ou induzimento no sentido de que os empregados se utilizem do armazém ou dos serviços.                 (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
§ 3º - Sempre que não fôr possível o acesso dos empregados a armazéns ou serviços não mantidos pela Emprêsa, é lícito à autoridade competente determinar a adoção de medidas adequadas, visando a que as mercadorias sejam vendidas e os serviços prestados a preços razoáveis, sem intuito de lucro e sempre em benefício das empregados.                   (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
§ 4º - Observado o disposto neste Capítulo, é vedado às emprêsas limitar, por qualquer forma, a liberdade dos empregados de dispôr do seu salário.                (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
Art. 463 - A prestação, em espécie, do salário será paga em moeda corrente do País.
Parágrafo único - O pagamento do salário realizado com inobservância deste artigo considera-se como não feito.
Art. 464 - O pagamento do salário deverá ser efetuado contra recibo, assinado pelo empregado; em se tratando de analfabeto, mediante sua impressão digital, ou, não sendo esta possível, a seu rogo.
 Parágrafo único. Terá força de recibo o comprovante de depósito em conta bancária, aberta para esse fim em nome de cada empregado, com o consentimento deste, em estabelecimento de crédito próximo ao local de trabalho.(Parágrafo incluído pela Lei nº 9.528, de 10.12.1997)
 Art. 465. O pagamento dos salários será efetuado em dia útil e no local do trabalho, dentro do horário do serviço ou imediatamente após o encerramento deste, salvo quando efetuado por depósito em conta bancária, observado o disposto no artigo anterior.                 (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 10.12.1997)
Art. 466 - O pagamento de comissões e percentagens só é exigível depois de ultimada a transação a que se referem.
§ 1º - Nas transações realizadas por prestações sucessivas, é exigível o pagamento das percentagens e comissões que lhes disserem respeito proporcionalmente à respectiva liquidação.
§ 2º - A cessação das relações de trabalho não prejudica a percepção das comissões e percentagens devidas na forma estabelecida por este artigo.
  Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cinqüenta por cento".                  (Redação dada pela Lei nº 10.272, de 5.9.2001)
EQUIPARAÇÃO SALARIAL
REQUISITOS: Tempo na FUNÇÃO, não no emprego, independente da denominação do cargo; MESMO ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL, não considera mais a região metropolitana, por si só; é desnecessário que ao tempo da reclamação, reclamante e paradigma estejam a serviço da empresa, desde que o pedido se relacione com situação pretérita (contemporaneidade). 
As promoções poderão ser feitas por merecimento e por antiguidade, ou por apenas um destes critérios, dentro de cada categoria profissional.
IMPEDEM A EQUIPARAÇÃO: existência de quadro de carreira, independente de homologação pelo MTb; diferença no tempo de serviço superior a 04 e na FUNÇÃO DE 02 anos entre os empregados; paradigma readaptado; NÃO CABE EQUIPARAÇÃO EM CADEIA.
Art. 461.  Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade.                 (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 1o  Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na função não seja superior a dois anos.                  (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 2o  Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da empresa ou de negociação coletiva, plano de cargos e salários, dispensada qualquer forma de homologação ou registro em órgão público.                     (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 3o  No caso do § 2o deste artigo, as promoções poderão ser feitas por merecimento e por antiguidade, ou por apenas um destes critérios, dentro de cada categoria profissional.                  (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestada pelo órgão competente da Previdência Social não servirá de paradigma para fins de equiparação salarial.                  (Incluído pela Lei nº 5.798, de 31.8.1972)
§ 5o  A equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no cargo ou na função, ficando vedada a indicação de paradigmas remotos, ainda que o paradigma contemporâneo tenha obtido a vantagem em ação judicial própria.                (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 6o  No caso de comprovada discriminação por motivo de sexo ou etnia, o juízo determinará, além do pagamento das diferenças salariais devidas, multa, em favor do empregado discriminado, no valor de 50% (cinquenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.              (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
 
 Há contradição com o texto da reforma????
Súmula nº 6 do TST
EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT  (redação do item VI alterada) – Res. 198/2015, republicada em razão de erro material – DEJT divulgado em 12, 15 e 16.06.2015
I - Para os fins previstos no § 2º do art. 461 da CLT, só é válido o quadro de pessoal organizado em carreira quando homologado pelo Ministério do Trabalho, excluindo-se, apenas, dessa exigência o quadro de carreira das entidades de direito público da administração direta, autárquica e fundacional aprovado por ato administrativo da autoridade competente. (ex-Súmula nº 06 – alterada pela Res. 104/2000, DJ 20.12.2000)
II - Para efeito de equiparação de salários em caso de trabalho igual, conta-se o tempo de serviço na função e não no emprego. (ex-Súmula nº 135 - RA 102/1982, DJ 11.10.1982 e DJ 15.10.1982)
III - A equiparação salarial só é possível se o empregado e o paradigma exercerem a mesma função, desempenhando as mesmas tarefas, não importando se os cargos têm, ou não, a mesma denominação. (ex-OJ da SBDI-1 nº 328 - DJ 09.12.2003)
IV - É desnecessário que, ao tempo da reclamação sobre equiparação salarial, reclamante e paradigma estejam a serviço do estabelecimento, desde que o pedido se relacione com situação pretérita. (ex-Súmula nº 22 - RA 57/1970, DO-GB 27.11.1970)
V - A cessão de empregados não exclui a equiparação salarial, embora exercida a função em órgão governamental estranho à cedente, se esta responde pelos salários do paradigma e do reclamante. (ex-Súmula nº 111 - RA 102/1980, DJ 25.09.1980)
VI - Presentes os pressupostos do art. 461 da CLT, é irrelevante a circunstância de que o desnível salarial tenha origem em decisão judicial que beneficiou o paradigma, exceto: a) se decorrente de vantagem pessoal ou de tese jurídica superada pela jurisprudência de Corte Superior; b) na hipótese de equiparação salarial em cadeia, suscitada em defesa, se o empregador produzir prova do alegado fato modificativo, impeditivo ou extintivo do direito à equiparação salarial em relação ao paradigma remoto, considerada irrelevante, para esse efeito, a existência de diferença de tempo de serviço na função superior a dois anos entre o reclamante e os empregados paradigmas componentes da cadeia equiparatória, à exceção do paradigma imediato.
VII - Desde que atendidos os requisitos do art. 461 da CLT, é possível a equiparação salarial de trabalho intelectual, que pode ser avaliado por sua perfeição técnica, cuja aferição terá critérios objetivos. (ex-OJ da SBDI-1 nº 298 - DJ 11.08.2003)
VIII - É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou extintivo da equiparação salarial. (ex-Súmula nº 68 - RA 9/1977, DJ 11.02.1977)
IX - Na ação de equiparação salarial, a prescrição é parcial e só alcança as diferenças salariais vencidas no período de 5 (cinco) anos que precedeu o ajuizamento. (ex-Súmula nº 274 - alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003)
X - O conceito de "mesma localidade" de que trata o art. 461 da CLT refere-se, em princípio, ao mesmo município, ou a municípios distintos que, comprovadamente, pertençam à mesma região metropolitana. (ex-OJ da SBDI-1 nº 252 - inserida em 13.03.2002)
DURAÇÃO DO TRABALHO
JORNADA:
REGRA GERAL: 8h diárias/ 44h semanais; TURNO ININTERRUPTO: 6h diárias, salvo negociação coletiva; REGIME PARCIAL: 30h semanais (sem prestar horas extras) ou até 26h (com até 6 horas extras semanais, compensadas na semana seguinte ou remuneradas no mês seguinte à prestação); A adoção deste regime para os contratos em vigor deve ser perante a empresa na forma prevista em negociação coletiva.
Os empregados em turno ininterrupto que tiverem estendida a jornada de trabalho por negociação coletiva NÃO fazem jus a 7º e 8º horas como extras!
Os cargos de gestão, chefes e diretoria não estão sujeitos a jornadas controladas e, por isso, não fazem jus a horas extras, aos descansos e as regras do horário noturno; para esses cargos é necessária a gratificaçãode função de no mínimo 40 %.
DIVISOR: jornada normal 8h/44h: 220; jornada de 40h semanais: 200;
HORÁRIO NOTURNO: urbano: 22h às 05h, hora ficta de 52”30´; adicional 20%; RURAL: pecuária: 20h às 04h (VACA/4patas!); agropecuária: 21h às 5h (acrescenta uma hora, referente à pecuária); adicional: 25%.
Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas.
HORAS EXTRAS: limitada a DUAS horas diárias, adicional mínimo, 50%; CAUSAS ACIDENTAIS: máximo de 10h diárias, período de 45 dias e com autorização do MTE.
Poderá exceder o limite legal ou convencionado de horas extras em ocorrendo necessidade imperiosa, motivo de força maior, atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto. O excesso pode ser exigido independentemente de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.
Nas atividades insalubres quaisquer prorrogações só poderão ser acordadas mediante licença prévia das autoridades competentes em matéria de higiene do trabalho, ressalvada a dispensa em instrumento coletivo (prevalência do negociado sobre o legislado – Art. 611-A). Excetuam-se da exigência de licença prévia também às jornadas de doze horas de trabalho por trinta e seis horas ininterruptas de descanso.
COMPENSAÇÃO MENSAL: acordo INDIVIDUAL TÁCITO/ESCRITO ou COLETIVO; A HABITUALIDADE na prestação de horas NÃO descaracteriza a compensação;
BANCO DE HORAS: instituído por NEGOCIAÇÃO COLETIVA, quando ANUAL! Para o SEMESTRAL, bastando acordo escrito. SEMANA ESPANHOLA (48h e 40h semanais) é válida!
JORNADA 12×36: é facultado às partes mediante acordo individual escrito e, independente de atuação no setor de saúde, ou por instrumento coletivo estabelecer horário de trabalho de 12×36, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação.
O não atendimento das exigências legais para compensação de jornada, inclusive quando estabelecida mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária se não ultrapassada a duração máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional.
FORAM EXTINTAS AS HORAS IN ITINERE: o percurso ao trabalho era considerado jornada de trabalho! O transporte deveria ser IRREGULAR e não insuficiente! REQUISITOS: 01. Local de difícil acesso OU não servido por transporte público REGULAR; 02. Fornecimento de condução pelo empregador (independente da cobrança pelo transporte);
O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador.
REGISTRO DE PONTO: não devem exceder a 10 minutos diários! PORTARIA: ultrapassado 10 minutos entre a portaria e o setor da atividade, será considerado tempo à disposição do empregador (entendimento sumulado, apesar do item anterior).

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