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NORMALIZAÇÃO
GUIA DE TERMOS E EXPRESSÕES
Guia CPME Termos e Expressoes_v4.indd 1 27/6/12 9:24 AM
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
Documento elaborado no âmbito do Convênio ABNT/SEBRAE destinado às micro e pequenas empresas. 
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Copyright© 2012. Associação Brasileira de Normas Técnicas 
Copyright© 2012. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas 
Conteudista: Denise Chagas Lima. 
A849g 
Associação Brasileira de Normas Técnicas 
 Guia de termos e expressões utilizados na Normalização [recurso 
eletrônico] / Associação Brasileira de Normas Técnicas, Serviço Brasileiro de 
Apoio às Micro e Pequenas Empresas. – Rio de Janeiro: ABNT; SEBRAE, 2012. 
 62 p.: il.color. 
 
Modo de acesso: http://portalmpe.abnt.org.br/bibliotecadearquivos/. 
 ISBN 978-85-07-03459-9. 
1. Pequenas e médias empresas. 2. Normalização - Vocabulário. I. Título. 
II. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. 
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SEBRAE 
 
Roberto Simões 
Presidente do Conselho Deliberativo Nacional 
 
Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho 
Diretor-Presidente do Sebrae Nacional 
 
José Cláudio dos Santos 
Diretor de Administração e Finanças do Sebrae Nacional 
 
Carlos Alberto dos Santos 
Diretor Técnico do Sebrae Nacional 
 
Enio Duarte Pinto 
Gerente da Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia 
 
Gláucia Zoldan 
Gerente Adjunta da Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia 
 
EQUIPE TÉCNICA 
 
Maria de Lourdes da Silva 
Analista técnica 
Gestora do Convênio ABNT/SEBRAE 
 
Hulda Oliveira Giesbrecht 
Analista Técnica 
Gestora da ação de desenvolvimento dos Guias de Implantação de 
Normas 
 
ABNT 
 
Pedro Buzatto Costa 
Presidente do Conselho Deliberativo 
 
Walter Luiz Lapietra 
Vice-Presidente do Conselho Deliberativo 
 
Ricardo Rodrigues Fragoso 
Diretor Geral 
 
Carlos Santos Amorim Junior 
Diretor de Relações Externas 
 
Eugenio Guilherme Tolstoy De Simone 
Diretor Técnico 
 
Odilão Baptista Teixeira 
Diretor Adjunto de Negócios 
 
EQUIPE TÉCNICA 
 
Janaína da Silva Mendonça 
Gerente de Editoração e Acervo 
Coordenação geral 
 
Marcia Cristina de Oliveira 
Gerente de Planejamento e Projetos 
Apoio técnico 
 
Anderson Correia Soares 
Assistente Técnico da Gerência de Editoração e Acervo 
Apoio técnico 
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NORMALIZAÇÃO
SUMÁRIO
NORMALIZAÇÃO | GUIA DE TERMOS E EXPRESSÕES| SUMÁRIO
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1. Introdução ..........................................................................................................................................5
2. Um pouco de história .....................................................................................................................7
3. Termos e expressões.......... ..........................................................................................................11
4. MPE e Normalização ....................................................................................................................58
Referências ...........................................................................................................................................61
5
1. INTRODUÇÃO
Em Normalização há termos e expressões específi cos, cujo conhecimento é fundamental 
não só para entender as normas técnicas, como para participar de sua elaboração. Neste 
Guia, resgatamos um pouco da história da Normalização, oferecemos um glossário com 
termos e expressões e, no fi nal, um questionário especifi co para micro e pequenas empre-
sas (MPE). 
As defi nições que constam desta publicação foram, em sua grande maioria, retiradas 
do ABNT ISO/IEC Guia 2:2006, em alguns casos com pequenas adaptações. Todavia, no 
decorrer do texto, essa autoria nem sempre é citada evitando-se a constante repetição 
da mesma fonte. As defi nições extraídas de outras fontes têm os seus autores citados no 
próprio texto. 
Com este Guia, procuramos facilitar o acesso ao universo da Normalização, no qual o 
conhecimento adquirido por especialistas das mais diversas áreas é multiplicado e disse-
minado como ferramenta para o desenvolvimento econômico, tecnológico e social.
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2. UM POUCO DE HISTÓRIA
Para serem entendidos pelos seus semelhantes, os homens das cavernas convencionaram 
determinados sons, associando-os a objetos ou ações. Essas regras possibilitaram a comu-
nicação oral. Com o passar do tempo e já vivendo em uma sociedade mais organizada, o 
homem estabeleceu regras para estimar dimensões, pesos e distâncias para construir sua 
casa, produzir, colher sua alimentação e comercializar produtos diversos. Assim nasceu a 
atividade de Normalização, tão antiga quanto a história da civilização.
As primeiras moedas, em metais nobres como ouro e prata, foram cunhadas para facili-
tar as trocas de produtos, que exigiam padrões de valor. Geralmente com base em partes do 
corpo humano, que eram referências universais, foram também padronizadas as primeiras 
medidas de peso e comprimento. O cúbito real, por exemplo, foi o padrão de medida de 
comprimento aplicado no Egito Antigo para garantir que os blocos de granito utilizados na 
construção das pirâmides tivessem as mesmas dimensões. Essa unidade correspondia à dis-
tância do cotovelo à ponta do dedo do Faraó e era representada por uma vara de madeira. 
Mas o grande impulso da Normalização ocorreria apenas no início do século XVIII, 
quando começou na Inglaterra a Revolução Industrial, que determinou profundas trans-
formações no processo produtivo. Se antes cada produtor tinha seu próprio conjunto de 
normas, os novos tempos impunham a utilização de padrões técnicos que permitissem a 
fabricação em série e mais uniforme de produtos e equipamentos. 
Foi também no século XVIII que o cientista norte-americano Benjamin Franklin, o in-
ventor do para-raios, apresentou suas teorias sobre cargas elétricas. A eletricidade viria a 
ser um dos marcos para as atividades sistematizadas de Normalização, devido à sua impor-
tância para a indústria. Não por acaso, o mais antigo organismo internacional de normali-
zação é a International Electrotechnical Commission (IEC), fundada em 1906.
A sistematização da atividade de Normalização teve crescimento ainda maior com a 
Segunda Guerra Mundial, quando os Estados Unidos tiveram que adaptar suas indústrias, 
principalmente as mecânicas e metalúrgicas, para produzir aviões, navios, canhões, fuzis 
etc. Devido à urgência, tiveram que dividir as atividades entre diversas empresas e as peças 
passaram a ser produzidas em locais distantes geografi camente e depois enviadas para 
uma empresa encarregada da montagem dos armamentos. Para que essas peças fossem 
compatíveis entre si e a rede de fabricantes funcionasse, foi preciso investir na padroniza-
ção de medidas e tolerâncias.
Também como consequência da Segunda Guerra Mundial, foi criado o Comitê de Coor-
denação da Normalização das Nações Unidas (United Nations Standards Coordinating Com-
mittee – UNSCC), com 18 membros dos países aliados. Esse comitê, que começou a funcionar 
nos escritórios da IEC, existiu apenas enquanto durou o confl ito mundial, mas desempenhou 
papel fundamental no esforçode guerra, no qual a Normalização mostrou-se essencial.
Em 1946, imediatamente após a Segunda Guerra Muncial, delegações de 25 países, 
entre eles o Brasil, decidiram criar a International Organization for Standardization (ISO), 
com o objetivo de facilitar a coordenação internacional e a unifi cação das normas indus-
triais. Instalada em Genebra, na Suíça, a nova organização começou a operar ofi cialmente 
em 23 de fevereiro de 1947. Em seus primeiros anos de existência, a ISO limitou-se a editar 
Recomendações que representavam apenas a consolidação, no plano internacional, de 
normas elaboradas em nível nacional.
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ATIVIDADES DE NORMALIZAÇÃO
A criação da ISO constituiu-se no marco fundamental da busca de padronização em 
nível mundial, de forma a facilitar o comércio entre os países. Até então, as atividades de 
Normalização estavam centradas nos mercados nacionais e no desenvolvimento da capa-
cidade industrial de cada país.
Com o crescimento do setor de serviços no fi nal do século passado, a Normalização 
passou a incluir gradativamente esse tema. Observou-se ainda um aumento na inclusão 
de matérias de interesse social, contemplando a elaboração de normas de atendimento ao 
consumidor, proteção ambiental e responsabilidade social, entre outras.
A NORMALIZAÇÃO NO BRASIL
Registros do século XVIII mostram que já se faziam pesquisas sobre desenhos para 
uma roda d’água, para o melhor aproveitamento da energia. Em pleno Brasil colonial, bus-
cava-se o aperfeiçoamento e a padronização de moendas, rodas d´água e tachos utilizados 
na produção de açúcar, para aumentar o desempenho nos engenhos. Igrejas de grande 
porte e fortalezas eram erguidas atendendo a uma uniformização orientada por plantas 
trazidas de Lisboa e Roma.
Em meados do século XIX, a metalurgia também foi incorporada à economia brasileira 
e começaram a surgir as estradas de ferro, demandando avanço tecnológico nos processos 
construtivos. Engenheiros brasileiros eram desafi ados a colocar em prática seus conheci-
mentos para construir obras de arte como pontes e túneis, e a acompanhar a crescente utili-
zação do concreto armado. Depois, a exemplo do que havia ocorrido na Inglaterra, esses pro-
fi ssionais precisaram criar a infraestrutura para a manutenção das estradas de ferro, das vias 
e de seus equipamentos, dando origem às primeiras formas institucionais de normalização.
Pode-se considerar como o embrião da Normalização no Brasil o Manual de Resistên-
cia de Materiais, publicado em 1905 pelo Gabinete de Resistência dos Materiais da Escola 
Politécnica de São Paulo, instituição criada em 1899. Esse manual compreendia as técnicas 
que durante muito tempo infl uenciaram no Brasil a construção de ferrovias, a engenharia 
civil, a mecânica, a mineração, a indústria e as comunicações em geral.
Suporte à cadeia produtiva
Difusão do conhecimento
Padronização
Organização
Produção uniforme
Critérios de qualidade
Supo
Difu
Produção
Critérios d
ação
ção
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Em 1908, foi criado o Comitê Brasileiro de Eletricidade, Eletrônica, Iluminação e Te-
lecomunicações (COBEI), para se dedicar à Normalização para o setor. Em 1926 ocorreu 
a transformação do Gabinete de Resistência dos Materiais em Laboratório de Ensaios de 
Materiais, que oito anos depois se tornaria o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado 
de São Paulo (IPT).
O grande marco da Normalização nacional foi a fundação da Associação Brasileira de 
Normas Técnicas (ABNT), em 1940, por iniciativa liderada pelo Instituto Nacional de Tecnolo-
gia, o IPT e a Associação Brasileira de Cimento Portland. O desenvolvimento da tecnologia do 
concreto armado está na raiz da criação da ABNT, sendo o assunto de suas primeiras normas.
PRIMEIRA NORMA ABNT PUBLIC ADA EM 1940 
 NB-1 – C ÁLCULO E EXECUÇ ÃO DE OBRAS DE CONCRETO ARMADO
Nos anos 40, sob a infl uência da Segunda Guerra Mundial, o processo de industriali-
zação no Brasil intensifi cou-se. Havia a necessidade de substituir as importações, já que 
todo o esforço de fabricação de produtos por parte dos países tecnologicamente de-
senvolvidos estava concentrado na guerra, além da existência se sérias difi culdades à 
navegação dos navios mercantes.
Alguns anos depois, em 1973, foi instituído o Sistema Nacional de Metrologia, Norma-
lização e Qualidade Industrial (SINMETRO), destinado a formular e executar, em uma mes-
ma estrutura organizacional, a política nacional de Metrologia, Normalização e qualidade 
de produtos industriais. Com esse órgão, o Estado tomou para si o papel de conduzir a Nor-
malização. Até o início dos anos 90, as normas elaboradas no âmbito da ABNT eram sub-
metidas a registro do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
Para dar sustentação a esse sistema, o governo federal criou e implementou o Progra-
ma de Apoio ao Desenvolvimento Científi co e Tecnológico (PADCT), focalizando a atenção 
de diferentes áreas governamentais e da sociedade em geral para temas relevantes rela-
cionados à ciência e tecnologia. Em 1984, foi lançado o Programa Tecnologia Industrial 
Básica (TIB), dando uma visão de conjunto e de abordagem estratégica na montagem, 
expansão e melhoria dessa infraestrutura tecnológica e fornecendo apoio fi nanceiro siste-
mático às funções básicas de TIB.
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A importância do desenvolvimento da infraestrutura tecnológica como suporte à ativida-
de produtiva tornou-se mais visível a partir do momento em que o Brasil optou pelo modelo 
de inserção competitiva no comércio mundial, do qual resultou a abertura da economia bra-
sileira à concorrência internacional, no início da década de 90. Esse processo causaria o desa-
parecimento das empresas não competitivas e o surgimento de novos focos de competência, 
e então o governo federal lançou o Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade (PBQP), 
visando à modernização dos setores produtivos nacionais.
O PBQP difundiu o conceito de qualidade como estratégia empresarial e gerencial e 
requeria a participação de técnicos do governo, de entidades empresariais, consultores e a 
comunidade acadêmica, contribuindo dessa forma para a disseminação do processo com-
partilhado de Normalização técnica. O funcionamento do SINMETRO foi reformulado, aban-
donou-se o conceito de normas obrigatórias e, em 1992, a ABNT foi reconhecida como único 
Foro Nacional de Normalização. 
A criação da Organização Mundial do Comércio (OMC), em 1993 – só começou a fun-
cionar efetivamente dois anos depois – e a assinatura do Acordo sobre Barreiras Técnicas ao 
Comércio causaram impacto decisivo no processo de Normalização internacional. A necessi-
dade de acesso aos mercados externos exigia um alinhamento das normas técnicas nacionais 
com as internacionais.
Cada vez mais exige-se para fi ns de exportação e importação a demonstração de confor-
midade de produtos e seus processos com requisitos técnicos decorrentes de normas, princi-
palmente internacionais, e regulamentos técnicos. Com isso, vem se acentuando a tendência 
de produtos serem exportados somente com algum tipo de certifi cado ou etiquetagem, as-
sim como de empresas exportadoras com sistema de gestão da qualidade e ambiental cer-
tifi cados. 
O Brasil entrou no século XXI intensifi cando a sua participação na Normalização interna-
cional, benefi ciando-se dela para obter conhecimentos tecnológicos e defender os interesses 
nacionais, seguindo a lógica que prevalece entre os países commaior atuação no comércio 
internacional. Hoje, na ISO, a ABNT é considerada parceira preferencial de organismos de Nor-
malização de países desenvolvidos, principalmente na elaboração de normas internacionais 
sobre assuntos modernos, como sustentabilidade, que mobilizam a sociedade global. 
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ABORDAGEM DE DESEMPENHO EM UMA NORMA 
Na elaboração de uma norma, sempre que possível, os requisitos devem ser expressos em 
termos de desempenho ao invés de características descritivas ou de projeto. Esta aborda-
gem permite maior liberdade ao desenvolvimento tecnológico. Em principio devem ser 
incluídas características que tenham aceitação em todo o mundo. 
ACCOUNTABILITY 
Condição de responsabilizar-se por decisões e atividades e prestar contas destas deci-
sões e atividades aos órgãos de governança de uma organização, a autoridades legais e, 
de modo mais amplo, às partes interessadas da organização, conforme a ABNT NBR ISO 
26000:2010. Este termo não possui correlato em português, sendo comumente interpreta-
do como prestação de contas ou responsabilização. Na ABNT NBR 31010:2012, foi utilizado 
o termo “responsabilizações” para accountabilities. 
ACORDO SOBRE BARREIRAS TÉCNICAS AO COMÉRCIO
Conhecido como TBT (de Technical Barriers to Trade Agreement), tem origem no Acordo 
Geral de Tarifas e Comércio (General Agreement on Tariff s and Trade - GATT), assinado du-
rante a Rodada de Tóquio (1973-1979). A Organização Mundial do Comércio (OMC) refor-
mulou e incorporou o Acordo quando iniciou seus trabalhos, em 1995. O TBT determina 
que cada país se responsabilize pela manutenção de um centro de informações para dis-
seminação das notifi cações dos seus regulamentos e normas técnicas, assim como de seus 
procedimentos de avaliação da conformidade. 
NORMALIZAÇÃO
GUIA PME DE TERMOS E EXPRESSÕES
3. TERMOS E EXPRESSÕES
NORMALIZAÇÃO | GUIA DE TERMOS E EXPRESSÕES | TERMOS E EXPRESSÕES
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O Acordo estabelece regras e procedimentos relacionadas ao desenvolvimento, adoção e 
aplicação de normas e regulamentos técnicos e procedimentos para avaliação de confor-
midade; estimula os países a utilizarem normas internacionais onde estas forem apropria-
das, mas não exige que eles mudem seus níveis de proteção como resultado da normali-
zação; estimula o reconhecimento mútuo de avaliações de conformidade. Também defi ne 
que, se um regulamento técnico se baseia em norma técnica internacional, este não pode 
ser questionado como barreira técnica ao comércio, uma vez que a norma internacional é 
produto da participação voluntária e do consenso entre os países membros do organismo 
internacional de normalização.
ACREDITAÇÃO
Atestação realizada por terceira parte relativa a um organismo de avaliação de conformi-
dade, para demonstrar formalmente a sua competência para realizar tarefas específi cas de 
avaliação de conformidade.
ADOÇÃO DE UMA NORMA INTERNACIONAL EM UM DOCUMENTO NORMATIVO
Publicação de um documento normativo nacional baseado em uma Norma Internacio-
nal correspondente, ou o reconhecimento da Norma Internacional como tendo a mesma 
condição de um documento normativo nacional. Se esta adoção receber modifi cações, ela 
deve conter a identifi cação dos desvios técnicos (qualquer diferença de conteúdo técnico 
entre os documentos) em relação ao documento técnico internacional. 
ANÁLISE CRÍTICA 
Estágio fi nal de verifi cação da pertinência, da adequação e da efi cácia das atividades de 
seleção e de determinação, assim como dos resultados dessas atividades com relação ao 
atendimento dos requisitos especifi cados por um objeto de avaliação de conformidade. Se 
o atendimento de requisitos especifi cados não for demonstrado, é relatada a constatação 
de não conformidades, que devem ser sanadas antes da atestação.
PERTINÊNCIA
ADEQUAÇÃO
EFICÁCIA
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ANÁLISE DE INCERTEZA
Procedimento sistemático para verifi car e quantifi car a incerteza introduzida nos resulta-
dos de uma análise de inventário do ciclo de vida pelos efeitos cumulativos das incertezas 
das entradas e da variabilidade dos dados, conforme a ABNT NBR ISO 14050:2012.
ANÁLISE SISTEMÁTICA
Atividade de verifi car um documento normativo, a fi m de decidir sobre sua confi rmação, 
alteração ou cancelamento.
ASPECTO AMBIENTAL 
Elemento das atividades, produtos ou serviços de uma organização que pode interagir 
com o meio ambiente.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT)
Entidade sem fi ns lucrativos, designada como Foro Nacional de Normalização por Resolu-
ção do CONMETRO nº 7, de 24 de agosto de 1992, é responsável pela gestão do processo 
de elaboração de Normas Brasileiras. A ABNT é membro fundador da International Orga-
nization for Standardization (ISO), da Comissão Pan-Americana de Normas Técnicas (CO-
PANT) e da Associação Mercosul de Normalização (AMN) e, desde a sua criação, é membro 
da IEC. É signatária do código de boas práticas em normalização da Organização Mundial 
do Comércio (OMC). Também é certifi cadora de produtos, sistemas, serviços e pessoas.
ASSOCIAÇÃO MERCOSUL DE NORMALIZAÇÃO (AMN)
Associação civil que promove a harmonização voluntária de normas técnicas no bloco 
econômico do Mercosul, identifi cadas pela sigla NM. Tem por fi nalidade a promoção da 
Normalização e atividades conexas, bem como da qualidade de produtos e serviços, nos 
países membros do Mercosul, com especial ênfase para o desenvolvimento industrial, 
científi co e tecnológico em benefício da integração econômica e comercial, do intercâm-
bio de bens e da prestação de serviços, facilitando por sua vez a cooperação nas esferas 
técnica, científi ca, econômica e social. A AMN é formada pelos organismos nacionais de 
normalização do Brasil (ABNT), Argentina (IRAM), Uruguai (UNIT) e Paraguai (INTN).
ATESTAÇÃO
Emissão de uma afi rmação, baseada numa decisão feita após a análise crítica, de que o 
atendimento aos requisitos especifi cados foi demonstrado.
AUDITOR 
Pessoa qualifi cada que atua em nome de um organismo de certifi cação independente 
e acreditado na avaliação do sistema de gestão de uma organização. O auditor também 
pode ser interno, ou seja, um profi ssional que trabalhe na própria organização ou em seu 
nome para realizar auditoria de primeira parte. 
NORMALIZAÇÃO GUIA DE TERMOS E EXPRESSÕES
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AUDITORIA 
Processo sistemático, documentado e independente, para obter evidência da auditoria 
e avaliá-la objetivamente, determinando a extensão na qual os critérios são atendidos. 
Entende-se como critérios da auditoria, nesse caso, o conjunto de políticas, procedimentos 
ou requisitos destinados à avaliação de conformidade de sistemas de gestão. A evidência 
de auditoria pode ser qualitativa ou quantitativa e compreende registros, apresentação de 
fatos ou outras informações pertinentes aos critérios da auditoria e verifi cáveis. 
AUDITORIA AMBIENTAL 
Processo sistemático e documentado de verifi cação, executado para obter e avaliar, de forma 
objetiva, evidências de auditoria para determinar se as atividades, eventos, sistemas de ges-
tão e condições ambientais especifi cadas ou as informações relacionadas a estes estão em 
conformidade com os critérios de auditoria,e para comunicar os resultados deste processo.
AUDITORIA DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL 
Processo sistemático e documentado de verifi cação, executado para obter e avaliar, de 
forma objetiva, evidências que determinem se o Sistema de Gestão Ambiental de uma 
organização está em conformidade com os critérios de auditoria do Sistema de Gestão 
Ambiental, e para comunicar resultados deste processo ao cliente.
AUDITORIA DE PRIMEIRA PARTE 
Auditoria realizada pela própria organização ou em seu nome, para propósitos internos, e 
pode formar a base para uma autodeclaração da conformidade da organização.
AUDITORIA DE SEGUNDA PARTE 
Auditoria realizada pelos clientes da organização ou por outras pessoas em nome do cliente.
AUDITORIA DE TERCEIRA PARTE 
Auditoria realizada por organizações externas independentes, que fornecem certifi cações 
ou registros de conformidade com requisitos estabelecidos em norma técnica. 
AUTO - AVALIAÇÃO 
Análise crítica detalhada e sistemática das atividades da organização e de seus resultados, 
comparados com o Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) ou um modelo de excelência, 
conforme a ABNT NBR ISO 9001:2008.
AUTODECLARAÇÃO AMBIENTAL 
Declaração ambiental feita por fabricantes, importadores, distribuidores, revendedores ou 
qualquer outra pessoa que possa se benefi ciar com tal declaração. É também chamada de 
“Rotulagem ambiental tipo II”.
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AUTORIDADE REGULAMENTADORA 
Organismo que tem poderes e deveres legais para defi nir e especifi car quais os requisitos 
objeto de documento normativo de caráter compulsório e a distinção entre esses e os que 
poderiam ser objeto de documento normativo de caráter voluntário, emitido pelo Foro 
Nacional de Normalização. 
AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE 
Documentação que comprova que os requisitos especifi cados relativos a um produto (in-
clui serviços), processo, sistema, pessoa ou organismo são atendidos. As normas de pro-
dutos, processos e serviços devem ser escritas de forma que a conformidade possa ser 
avaliada por um fabricante ou fornecedor (primeira parte), um usuário ou comprador (se-
gunda parte), ou um organismo independente (terceira parte). A atividade de avaliação 
de conformidade vem sendo usada como um importante instrumento nas trocas de mer-
cadorias. Há milhares de anos, quando se compra alguma coisa, o comprador quer saber 
se o que recebeu é o que foi pedido. Isto pode ser feito comparando-se o recebido com a 
especifi cação do que foi pedido. Esta verifi cação é a avaliação de conformidade. São ob-
jetivos da avaliação de conformidade: proporcionar ao consumidor confi ança de que um 
produto (conceito que inclui serviço), projeto, processo, sistema, pessoa ou bem está em 
conformidade com requisitos especifi cados; requerer no produto (conceito que inclui ser-
viço), projeto, processo, sistema, pessoa ou bem a menor quantidade possível de recursos 
para atender às necessidades do cliente.
A avaliação de conformidade resulta nos seguintes benefícios:
• Concorrência justa – possibilita a concorrência justa, na medida em que indica, 
claramente, que os produtos (incluindo serviços), processos ou bens atendem a 
requisitos pré-estabelecidos; 
• Melhoria contínua da qualidade – induz à busca contínua da melhoria da qualidade e do 
desenvolvimento tecnológico. As empresas se orientam para assegurar a qualidade dos 
seus produtos (conceito que inclui serviços), projetos, processos, sistemas, pessoas ou 
bens, benefi ciando-se com a melhoria da produtividade e aumento da competitividade;
• Informação e proteção ao consumidor – é um indicativo aos consumidores para as 
suas decisões de compra, descarte e uso de produtos ou bens bem como para a 
aquisição de serviços;
• Proteção ao mercado interno – da mesma forma que facilita as exportações, a avaliação 
de conformidade difi culta a entrada de produtos que não atendam a requisitos 
mínimos de segurança e desempenho e que, colocados no mercado, prejudicariam a 
ideia de concorrência justa e colocariam em risco seus usuários; 
• Incremento das exportações – nas relações bilaterais e no âmbito dos blocos 
econômicos, é cada vez mais usual a utilização de programas de avaliação de 
conformidade para a comercialização de produtos que se relacionam com a saúde, 
a segurança e o meio ambiente. A livre circulação de produtos só se viabiliza 
integralmente se os países envolvidos nas trocas econômicas mantiverem sistemas de 
avaliação de conformidade compatíveis e mutuamente reconhecidos;
• Valor à marca – a avaliação de conformidade é cada vez mais usada por fabricantes para 
distinguir seus produtos, atraindo os consumidores e alcançando fatias maiores do mercado.
NORMALIZAÇÃO GUIA DE TERMOS E EXPRESSÕES
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AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE COMPULSÓRIA 
Atividade exercida pelo Estado, por meio de uma autoridade regulamentadora, utilizando 
um instrumento legal, quando se entende que o produto, processo ou serviço pode oferecer 
riscos à segurança do consumidor ou ao meio ambiente, ou ainda, em alguns casos, quando 
o desempenho do produto, se inadequado, pode trazer prejuízos econômicos para a socieda-
de. Deve ter regras claras, aplicação transparente e fi scalização.
AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE POR PRIMEIRA PARTE 
Atividade de avaliação de conformidade realizada pela pessoa ou organização que for-
nece o objeto.
AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE POR SEGUNDA PARTE 
Atividade de avaliação de conformidade realizada por uma pessoa ou organização que tem 
interesse de usuário no objeto. Incluem-se compradores ou usuários de produtos, ou clientes 
potenciais que procuram confi ar em um sistema de gestão do fornecedor ou organizações 
que representam esses interesses.
1ª PARTE 2ª PARTE
AUDITORIA DE 2ª PARTE
RELAÇÃO COMERCIAL
Usuário
Necessidades 
e expactativas
Declaração do 
fornecedor
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AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE POR TERCEIRA PARTE
Atividade de avaliação de conformidade realizada por uma pessoa ou organização que é indepen-
dente da pessoa ou da organização que fornece o objeto, e de interesse do usuário nesse objeto.
AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE VOLUNTÁRIA 
Avaliação de conformidade que ocorre por decisão exclusiva do fornecedor ou do fabricante. 
Depois de conquistada, passa a ser um diferencial competitivo no mercado consumidor.
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO AMBIENTAL (ADA) 
Processo utilizado para facilitar as decisões gerenciais relativas ao desempenho ambiental de 
uma organização e que compreende a seleção de indicadores, a coleta e análise de dados, 
a avaliação da informação em comparação com os critérios de desempenho ambiental, os 
relatórios e os informes, as análises criticas periódicas e as melhorias deste processo.
AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA (ACV) 
Compilação e avaliação do material ou energia que entra e sai em um processo elementar, assim 
como dos impactos ambientais potenciais de um sistema de produto ao longo do seu ciclo de vida.
3ª PARTE
2ª PARTE1ª PARTE
ORGANISMO DE CERTIFICAÇÃO
Audita e certifi ca 
o fornecedor Provê confi ança
Organismo 
Acreditador
RELAÇÃO COMERCIAL
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18
AVALIAÇÃO DO IMPACTODO CICLO DE VIDA (AICV) 
Fase da avaliação do ciclo de vida dirigida à compreensão e à avaliação da magnitude e 
signifi cância dos impactos ambientais potenciais que um sistema de produtos pode cau-
sar, de acordo com a ABNT NBR ISO 14050:2012.
AVALIAÇÃO ENTRE PARES 
Avaliação de um organismo em relação a requisitos especifi cados por representantes de outros 
organismos que fazem parte de um grupo de acordo, ou por candidatos a esse grupo de acordo. 
Um grupo de acordo é constituído por organismos signatários de um convênio, no qual as partes 
reconhecem ou aceitam os resultados de avaliação de conformidade de outra parte.
B
BARREIRA TÉCNICA 
De acordo com a defi nição da Organização Mundial de Comércio (OMC), é a barreira comercial 
derivada da utilização de normas ou regulamentos técnicos não transparentes, ou não emba-
sados em normas internacionalmente aceitas. Pode também ser decorrente da adoção de pro-
cedimentos de avaliação da conformidade não transparentes e/ou demasiadamente dispen-
diosos, bem como de inspeções excessivamente rigorosas, que limitam o acesso a mercados.
Do ponto de vista da exportação, as barreiras técnicas inviabilizam a geração de emprego 
e renda; limitam a produção à demanda local; deslocam o eixo de investimentos; e podem 
resultar em um papel marginal no comércio internacional. Do ponto de vista da impor-
tação, as barreiras técnicas protegem os produtores nacionais; protegem os empregos; 
desestimulam investimentos; diminuem a competitividade do país; estimulam a elevação 
de preços; e podem infl uenciar negativamente o desenvolvimento tecnológico.w
C
CADEIA DE VALOR 
Sequência completa de atividades ou partes que fornecem ou recebem valor na forma de 
produtos ou serviços.
CALIBRAÇÃO 
Conjunto de operações que estabelece, sob condições especifi cadas, a relação entre os 
valores indicados por um instrumento de medição ou sistema de medição, ou valores re-
presentados por uma medida materializada ou um material de referência, e os valores cor-
respondentes das grandezas estabelecidos por padrões.
CERTIFICAÇÃO 
Atividade pela qual uma organização de terceira parte atesta que um produto, processo ou 
serviço está em conformidade com requisitos especifi cados.
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CERTIFICAÇÃO DE PESSOAS 
Atividade pela qual um organismo de certifi cação estabelece que uma pessoa atende aos 
requisitos especifi cados de competência, entendendo-se competência como a capacidade 
demonstrada de aplicar conhecimento e/ou habilidades e, se pertinente, atributos pessoais.
CERTIFICAÇÃO DE PROCESSO 
Atividade pela qual um organismo de certifi cação fornece, por escrito, a garantia de que 
determinado processo encontra-se em conformidade com os requisitos técnicos estabele-
cidos em uma norma ou regulamento técnico, em foco no desempenho e nos resultados.
CERTIFICAÇÃO DE PRODUTO 
Atividade pela qual um organismo de certifi cação fornece, por escrito, a garantia de que de-
terminado produto encontra-se em conformidade com os requisitos técnicos estabelecidos.
CERTIFICAÇÃO DE SISTEMAS DE GESTÃO 
Atividade pela qual um organismo de certifi cação fornece, por escrito, a garantia de que 
a organização avaliada está estruturada de forma consistente e que ela enfatiza as ações 
de prevenção, assegurando a melhoria contínua em relação ao foco escolhido, tais como 
qualidade, meio ambiente e responsabilidade social. Sempre utiliza uma Norma como re-
ferência. As principais certifi cações de sistemas de gestão são:
• ABNT NBR ISO 9001, para Gestão da Qualidade, busca a melhoria das relações com 
os clientes, que são o foco principal desta norma. Assegura que a empresa fornece 
sempre de acordo com os requisitos do cliente, de forma controlada e consistente.
• ABNT NBR ISO 14001, para Gestão Ambiental, promove a relação com as partes 
interessadas. Assegura que a organização tem uma atitude positiva para o meio 
ambiente, gerindo e controlando seus impactos ambientais e prevenindo a geração 
de poluição e o esgotamento dos recursos naturais. 
BENEFÍCIOS DA CERTIFIC AÇ ÃO PARA O FABRIC ANTE
 P Valorização da Marca da empresa
 P Maior efi cácia do Marketing e satisfação dos clientes
 P Inibição de concorrência desleal
 P Diferenciação de produtos no mercado
 P Aumento da produtividade e vendas
 P Redução dos custos e desperdícios
 P Maior controle da administração e motivação dos funcionários
NORMALIZAÇÃO GUIA DE TERMOS E EXPRESSÕES
20
CERTIFICADO DE CONFORMIDADE
Documento emitido de acordo com as regras de um sistema de avaliação de conformi-
dade, indicando que existe um nível adequado de confi ança de que um objeto (material, 
produto, instalação, processo, sistema, pessoa ou organismo), devidamente identifi cado, 
está em conformidade com uma norma específi ca ou outro documento normativo.
CICLO DE VIDA 
Estágios sucessivos e encadeados de um sistema de produto, desde a aquisição da maté-
ria-prima ou geração de recursos naturais até a disposição fi nal. Por sistema de produto, 
de acordo com a ABNT NBR ISO 14050:2012, entende-se o conjunto de processos elemen-
tares, conectados material e energeticamente, que realiza uma ou mais funções defi nidas. 
O termo “produto”, para o propósito de avaliação do ciclo de vida, se usado isoladamente, 
pode incluir também sistemas de serviço.
CLASSE 
Categoria ou a classifi cação atribuída a diferentes requisitos da qualidade para produtos, 
processos ou sistemas que têm o mesmo uso funcional, de acordo com a ABNT NBR ISO 
9001:2008.
CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE NORMAS (CIN) 
Classifi cação hierárquica destinada a ser utilizada como uma estrutura para catálogo de 
normas e outros documentos normativos internacionais, regionais e nacionais, e como 
uma base para sistemas regulares de normas internacionais, regionais e nacionais. Tam-
bém pode ser utilizada para classifi cação de normas e documentos normativos em base de 
dados, bibliotecas etc. A CIN tem três níveis. O nível 1 abrange 40 campos de atividades em 
normalização, que são subdivididos em 392 grupos (nível 2). Destes, 144 são subdivididos 
ainda em 909 subgrupos (nível 3). Há notações para os grupos e subgrupos, que identifi -
cam os assuntos das normas. 
Por exemplo:
43 – Veículos rodoviários
43.040 – Sistemas de veículos rodoviários
43.040.20 – Dispositivos de iluminação, sinalização e alarme
O índice da CIN á apresentado em um formulário KWIC (do inglês, palavra-chave em con-
texto). Os títulos de todas as áreas/grupos/subgrupos, notas de escopo e notas de refe-
rência (quando não repetirem os títulos dos campos correspondentes/grupos/subgrupos) 
aparecem em todas as palavras (palavras-chave) que eles contêm, com exceção das stop-
-words (palavras de parada). Estas são palavras não signifi cativas para fi ns de procura. Elas 
incluem preposições e palavras como “e”, “alguns”, ”qualquer”, “padrão” etc.
As palavras-chave (impressas em negrito) são dispostas em ordem alfabética em uma 
única coluna. São separadas de seus títulos por um símbolo marcador (.). As notações de 
campos/grupos/subgrupos são apresentadas na coluna da esquerda. De acordo com seus 
números, os campos correspondentes/grupos/subgrupos são facilmente identifi cados no 
quadro sistemático dos campos, grupos e subgrupos.
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CLIENTE 
Organização ou pessoa que recebe um produto e pode ser interno ou externo à organização 
(consumidor, usuário fi nal, varejista, benefi ciário ou comprador). De acordo com a ABNT NBR 
15842:2010, cliente é a pessoa física ou jurídica susceptível de receber o resultado da atividade 
de venda, entendendo-se como tal aquela que contempla informação comercial, atendimento 
personalizado no estabelecimento comercial, oferta dos diferentes produtos, faturamento e 
cobrança, serviço de pós-venda, consultas, devoluções e trocas, reclamações, emissão e termos 
de garantia, oferecimento de um detalhe especial, desconto, ou atenção e similares.
CÓDIGO DE PRÁTICA 
Documento que recomenda práticas ou procedimentos para projeto, produção, instala-
ção, manutenção ou utilização de equipamentos, estruturas ou produto. Um código de 
prática pode ser uma norma, parte de uma norma ou independente de uma norma.
COMISSÃO DE ESTUDO (CE) 
Comissão criada pelo Comitê Técnico e integrada voluntariamente por todas as partes 
interessadas, ou seja, produtores, consumidores e neutros (universidades, instituições de 
pesquisas e órgãos de governo), para analisar e debater propostas e, por consenso, elabo-
rar o texto do Projeto de Norma.
COMISSÃO DE ESTUDO ESPECIAL (ABNT/CEE) 
Comissão criada pela ABNT, com o objetivo de elaborar normas técnicas sobre um assunto 
específi co não contemplado no escopo de atuação dos comitês técnicos já existentes. 
COMITÊ BRASILEIRO (ABNT/CB) 
Órgão técnico da estrutura da ABNT, formado por Comissões de Estudo, com a responsabi-
lidade de elaborar Normas Brasileiras.
COMITÊ BRASILEIRO DE AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE (CBAC)
Comitê assessor do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial 
(CONMETRO), composto por entidades representativas das partes interessadas na avaliação 
de conformidade, para que haja equilíbrio de interesses e imparcialidade, sem que nenhum 
interesse em particular seja predominante. Sua secretaria executiva é exercida pelo Inmetro.
COMITÊ BRASILEIRO DE METROLOGIA (CBM) 
Comitê assessor do CONMETRO, composto paritariamente por representantes indicados 
por órgãos públicos e privados, cuja secretaria executiva é exercida pelo INMETRO.
COMITÊ BRASILEIRO DE NORMALIZAÇÃO (CBN) 
Comitê assessor do CONMETRO constituído por representantes das partes interessadas na 
Normalização e na sua interface com a regulamentação técnica. Tem a responsabilidade 
de promover a Normalização e fazer a articulação entre interesses do governo e da socie-
NORMALIZAÇÃO GUIA DE TERMOS E EXPRESSÕES
22
dade civil. O CBN tem como membros natos: o Foro Nacional de Normalização (ABNT), os 
presidentes dos demais comitês do CONMETRO, o Ministério do Desenvolvimento, Indús-
tria e Comércio Exterior (MDIC), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o 
Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO).
COMITÊ BRASILEIRO DE REGULAMENTAÇÃO (CBR) 
Comitê assessor do CONMETRO composto pelo INMETRO e por membros indicados pelas 
autoridades regulamentadoras, que tem a atribuição de aprimorar as práticas regulamen-
tadoras nacionais, respeitando os objetivos, as especifi cações e as diferenças estabelecidas 
nas leis que regem os órgãos e autoridades regulamentadoras.
COMITÊ TÉCNICO 
Designação genérica dada a um Comitê Brasileiro (ABNT/CB), a um Organismo de Norma-
lização Setorial (ABNT/ONS), ou a uma Comissão de Estudo Especial (ABNT/CEE), que tem 
a responsabilidade de elaborar Normas Brasileiras (ABNT NBR). 
COMPATIBILIDADE 
Capacidade de produtos ou processos serem usados em conjunto, sob condições específi -
cas, para atender a requisitos pertinentes, sem causar interações inaceitáveis.
COMPORTAMENTO ÉTICO 
Comportamento que esteja de acordo com os princípios aceitos de uma conduta moral e 
correta, no contexto de uma situação específi ca, e que seja consistente com normas inter-
nacionais sobre o assunto.
COMPROVAÇÃO METROLÓGICA 
Conjunto de operações necessárias para assegurar que um equipamento de medição 
atende aos requisitos para seu uso pretendido. A comprovação metrológica, assim como 
o controle contínuo dos processos de medição, que determinam o valor de uma grandeza, 
é obtida por meio de um conjunto de elementos inter-relacionados e interativos, denomi-
nado sistema de gestão de medição. 
CONSELHO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL (CONMETRO) 
Ógão normativo do Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial 
(SINMETRO), responsável por formular, coordenar e supervisionar a Política Nacional sobre 
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. Tem a seguinte composição: Ministro do 
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (presidente); Ministro da Ciência, Tecno-
logia e Inovação; Ministro da Saúde; Ministro do Trabalho e Emprego; Ministro do Meio 
Ambiente; Ministro das Relações Exteriores; Ministro da Justiça; Ministro da Agricultura, 
Pecuária e do Abastecimento; Ministro da Defesa; Instituto Nacional de Metrologia, Quali-
dade e Tecnologia (INMETRO); Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT); Confede-
ração Nacional da Indústria (CNI); Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e 
Turismo (CNC); e Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC). 
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É assessorado por vários Comitês Técnicos, que tratam das matérias específi cas de sua 
competência: Comitê Brasileiro de Avaliação de Conformidade (CBAC); Comitê Brasileiro 
de Metrologia (CBM); Comitê Brasileiro de Normalização (CBN); Comitê Brasileiro de Re-
gulamentação (CBR), Comitê de Coordenação de Barreiras Técnicas ao Comércio (CBTC); e 
Comitê Codex Alimentarius do Brasil (CCAB). 
CONMETRO E SEUS COMITÊS ASSESSORES
CONSENSO 
Processo ao qual um Projeto de Norma deve ser submetido, compreendendo as etapas 
de análise, apreciação e aprovação por parte de uma comunidade, técnica ou não. É um 
acordo geral, caracterizado pela ausência de oposição fundamentada a aspectos signifi -
cativos para qualquer parte importante dos interesses envolvidos, através de um proces-
so que busca levar em conta as posições de todas as partes interessadas e a conciliação 
das opiniões confl itantes. Esse processo tem a fi nalidade atender aos interesses e às ne-
cessidades da coletividade, em seu próprio benefício. Não é uma votação, mas um com-
promisso de interesse mútuo, não devendo, portanto, ser confundido com unanimidade.
CONSULTA NACIONAL 
Processo ao qual o Projeto de Norma, elaborado por uma Comissão de Estudo (CE), é 
submetido à apreciação das partes interessadas, com o objetivo de verifi car se ele re-
fl ete a concordância de toda a sociedade. Todos os interessados podem se manifestar, 
sem qualquer ônus, recomendando sua aprovação sem restrição ou com observações de 
forma, ou a reprovação por objeções técnicas fundamentadas. Na etapa seguinte a CE 
autora do Projeto de Norma reúne-se para analisar as sugestões recebidas e deliberar, 
por consenso, se o documento pode atingir a condição de Norma Brasileira. Caso o Pro-
jeto de Norma seja alterado tecnicamente, como resultado das sugestões ou objeções 
oriundas da Consulta Nacional, a Comissão de Estudo deve submetê-lo à nova Consulta 
Nacional, como 2º Projeto de Norma. Entretanto, se as objeções recebidas forem de tal 
ordem que não seja possível obter o consenso necessário para a sua aprovação,a CE 
poderá solicitar o cancelamento do documento à ABNT, ou continuar a sua discussão. 
INMETRO
CONMETRO
CBNCBAC
CCAB
CODEX ALIMENTARIUSCBM CBR CBTC
NORMALIZAÇÃO GUIA DE TERMOS E EXPRESSÕES
24
Somente após a aprovação nesse processo é que o Projeto de Norma é encaminhado à 
ABNT para homologação e publicação como Norma Brasileira (ABNT NBR). O processo 
é realizado online (www.abnt.org.br/consultanacional) e nesta mesma página os inte-
ressados podem solicitar o serviço de alerta, para serem avisados sempre que um novo 
Projeto de Norma for adicionado à Consulta Nacional.
CONSUMIDOR 
Membro individual do público em geral, que compra e usa propriedades, produtos ou ser-
viços para fi ns pessoais.
CONTROLE DA QUALIDADE 
Parte da Gestão da Qualidade focada no atendimento dos requisitos da qualidade.
CONTROLE DA VARIEDADE 
Seleção do número ótimo de tamanhos ou de tipos de produtos ou processos, para aten-
der às necessidades predominantes.
D
DECLARAÇÃO 
Prescrição que expressa uma informação.
DECLARAÇÃO AMBIENTAL 
Texto, símbolo ou gráfi co que indica um aspecto ambiental de um produto, de um com-
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ponente, ou de uma embalagem. Esta declaração pode ser feita sob a forma de documen-
tação relativa ao produto, boletins técnicos, propaganda, publicidade, telemarketing, bem 
como pela mídia digital ou eletrônica, como a internet.
DECLARAÇÃO AMBIENTAL TIPO III 
Documento que contém os dados ambientais quantifi cados para um determinado pro-
duto com categorias preestabelecidas de parâmetros baseados na norma ABNT NBR ISO 
14040:2009, mas que não exclui informações ambientais adicionais fornecidas no contex-
to de um programa de declaração ambiental tipo III. Por sua vez, o programa de declaração 
ambiental tipo III é um processo voluntario pelo qual um setor industrial ou um organismo 
independente desenvolve uma declaração ambiental tipo III, a qual exclui o estabeleci-
mento de requisitos mínimos, a seleção de categorias de parâmetros, defi nindo o envolvi-
mento das terceiras partes e o formato das comunicações externas.
DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE 
Conjunto de procedimentos estabelecidos e reconhecidos que um fornecedor utiliza para in-
formar que o seu produto está de acordo com uma norma ou especifi cação técnica. A decla-
ração de conformidade pode ser voluntária ou obrigatória, quando exigida por autoridades. 
DECLARAÇÃO DO FORNECEDOR 
Atestação de primeira parte, realizada sob condições preestabelecidas, em que o fornecedor 
dá garantia escrita de que um produto está em conformidade com requisitos especifi cados. 
Em geral, pode estar expressa na forma de um documento, ou selo ou outro meio equivalente.
DESEMPENHO AMBIENTAL 
Resultados da gestão de uma organização sobre seus aspectos ambientais. Tais resultados 
podem ser medidos em relação à política ambiental de uma organização, aos objetivos 
ambientais e às metas ambientais, conforme a ABNT NBR ISO 14050:2012.
DESEMPENHO ENERGÉTICO 
Resultados mensuráveis relacionados à efi ciência energética, uso de energia e consumo 
de energia, conforme a ABNT NBR ISO 50001:2011.
DESENHO INDUSTRIAL 
Forma plástica de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser 
aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua confi gura-
ção externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial.
DOCUMENTO NORMATIVO
Documento que estabelece regras, diretrizes ou características para atividades ou seus 
resultados. O termo “documento normativo” é genérico, englobando documentos como 
normas, especifi cações técnicas, códigos de prática e regulamentos.
NORMALIZAÇÃO GUIA DE TERMOS E EXPRESSÕES
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DOCUMENTO TÉCNICO ABNT
Documento destinado a estabelecer prescrições para facilitar o comércio e a comunicação 
em nível nacional. Para atingir este objetivo, o documento técnico deve: ser tão completo 
quanto necessário, dentro dos limites estabelecidos pelo seu escopo; ser coerente claro e 
preciso; levar em consideração o estado da arte; servir de base para o desenvolvimento 
tecnológico; ser compreensível para o pessoal qualifi cado que não participou de sua ela-
boração; e levar em consideração os princípios de redação de documentos. 
DOCUMENTO TÉCNICO INTERNACIONAL 
Documento publicado pela ISO ou IEC, podendo ser uma norma internacional, especifi ca-
ção técnica (TS), relatório técnico (TR), especifi cação disponível ao público (PAS), guia (gui-
de), avaliação de tendência tecnológica (TTA), acordo técnico industrial (ITA), ou acordo de 
workshop internacional (IWA), e que pode ser adotado como um documento técnico ABNT. 
DUE DILIGENCE 
Processo abrangente e pró-ativo de identifi car os impactos sociais, ambientais e econômi-
cos negativos reais e potenciais das decisões e atividades de uma organização ao longo 
de todo o ciclo de vida de um projeto ou atividade organizacional, conforme a ABNT NBR 
ISO 26000:2010. Seu objetivo é evitar ou mitigar esses impactos. Este termo não possui 
correlato em português. 
E
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 
Razão ou outra relação quantitativa entre uma saída de desempenho, serviços, produtos 
ou energia e uma entrada de energia. Por exemplo: energia teórica utilizada para operar e 
a energia realmente usada para operar, conforme a ABNT NBR ISO 50001:2011.
ELEMENTOS 
Componentes de um Documento Técnico ABNT, classifi cados por:
• sua natureza normativa ou informativa;
• sua posição na estrutura (preliminares, gerais, técnicos e suplementares)
• sua presença obrigatória ou opcional.
conforme descritos a seguir:
 P elementos informativos preliminares identifi cam o Documento Técnico ABNT, 
introduzem o seu conteúdo e explicam o seu fundamento, seu desenvolvimento e a 
sua relação com outros documentos: Folha de rosto, Sumário, Prefácio e Introdução;
 P elementos normativos gerais devem constar do início do Documento Técnico 
ABNT, a fi m de defi nir, sem ambiguidade, o assunto tratado, os aspectos abrangidos 
e limites de aplicabilidade. Podem ser obrigatórios, como Título, Escopo, ou 
opcionais, caso das Referências normativas; 
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 P elementos normativos técnicos são itens opcionais que podem auxiliar a 
compreensão do Documento Técnico ABNT: Termos e defi nições, Símbolos e 
abreviaturas, Prescrições e Anexos normativos; 
 P elementos informativos suplementares fornecem informações adicionais para 
facilitar a compreensão ou o uso do Documento Técnico ABNT: Anexos informativos, 
Bibliografi a, Índices, Notas de rodapé e Notas de texto.
EMENDA 
Modifi cação, adição ou supressão de partes específi cas do conteúdo de um documento 
normativo. Geralmente apresentada pela publicação de uma separata do documento.
ENSAIO 
Determinação de uma ou mais características de um produto ou objeto de avaliação de confor-
midade, de acordo com um procedimento, ou seja, uma forma especifi cada de executar uma 
atividade ou um processo. O ensaio se aplica tipicamente a materiais, produtos ou processos.
EQUIPAMENTO DE MEDIÇÃO 
Instrumento de medição, programa de computador, padrão de medição, material de refe-
rência ou dispositivos auxiliares,ou uma combinação deles, necessários para executar um 
processo de medição, ou seja, estabelecer o valor de uma grandeza.
ESCOPO 
Elemento obrigatório da estrutura de um Documento Técnico ABNT que defi ne, sem ambi-
guidade, o seu assunto e os aspectos abrangidos, indicando os limites de sua aplicabilida-
de ou as partes específi cas do Documento Técnico ABNT. O escopo não contém requisitos.
ESFERA DE INFLUÊNCIA 
Amplitude ou extensão de relações políticas, contratuais, econômicas ou outras relações, 
por meio das quais uma organização tem a capacidade de afetar as decisões ou atividades 
de indivíduos ou organizações.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA 
Documento que estabelece requisitos técnicos a serem atendidos por um produto, processo 
ou serviço. Uma Especifi cação Técnica indica, quando necessário, os procedimentos pelos 
quais se pode determinar se os requisitos nela estabelecidos são atendidos. A Especifi cação 
Técnica pode ser uma norma, parte de uma norma ou independente de uma norma.
ESTADO DA ARTE 
Estágio de desenvolvimento de uma capacitação técnica em um determinado momento, 
em relação a produtos, processos e serviços, baseado em descobertas científi cas, tecnoló-
gicas e experiências consolidadas e pertinentes.
NORMALIZAÇÃO GUIA DE TERMOS E EXPRESSÕES
28
ESTRATÉGIA BRASILEIRA DE NORMALIZAÇÃO
Estratégia estabelecida e atualizada continuadamente, de forma compatível com os cená-
rios nacionais e internacionais aplicáveis, considerando as dimensões econômicas, sociais 
e ambientais, com um horizonte de 5 anos. São diretrizes desta Estratégia:
1. A Normalização para promover o acesso a mercados
2. A Normalização para promover o bem-estar da sociedade e o desenvolvimento 
sustentável
3. A Normalização integrada à regulamentação técnica
4. A Normalização e o fortalecimento do Sistema Brasileiro de Normalização
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Conjunto de responsabilidades, autoridades e relações entre pessoas.
F
FORNECEDOR 
Organização ou pessoa que fornece um produto (produtor, distribuidor, varejista ou co-
merciante de um produto ou prestador de um serviço ou informação).
FORO NACIONAL DE NORMALIZAÇÃO 
Organização não governamental, sem fi ns lucrativos, reconhecida pelo CONMETRO e à 
qual compete, entre outras atribuições: coordenar, orientar, supervisionar e gerir o proces-
so de elaboração de Normas Brasileiras; representar o país nos organismos internacionais 
e regionais de Normalização, de caráter não governamental, bem como coordenar a parti-
cipação brasileira nesses foros; atuar no processo de conscientização, difusão e utilização 
da Norma Brasileira em todo o país, com ênfase na contínua aproximação com a Normali-
zação internacional e regional; e instituir os Comitês Brasileiros e credenciar os Organismos 
de Normalização Setorial. A ABNT é o Foro Nacional de Normalização.
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GARANTIA DA QUALIDADE 
Parte da Gestão da Qualidade focada em prover confi ança de que os requisitos da qualida-
de serão atendidos, conforme a ABNT NBR ISO 9001:2008.
GESTÃO 
Atividade coordenada para dirigir e controlar uma organização.
GESTÃO DA QUALIDADE 
Atividade coordenada para dirigir e controlar uma organização no que diz respeito à qualidade.
GESTÃO DE RISCOS 
Atividade coordenada para dirigir e controlar uma organização no que se refere a riscos. A ges-
tão de riscos possibilita a uma organização, por exemplo: aumentar a probabilidade de atingir 
os objetivos; encorajar uma gestão pró-ativa; estar atenta para a necessidade de identifi car a 
tratar os riscos através de toda a organização; atender às normas internacionais e requisitos 
legais e regulatórios pertinentes; melhorar a governança; estabelecer uma base confi ável para 
a tomada de decisão e o planejar; melhorar o desempenho em saúde e segurança, bem como 
a proteção do meio ambiente; minimizar perdas; aumentar a resistência da organização.
GOVERNANÇA ORGANIZACIONAL 
Sistema pelo qual uma organização toma decisões e as implementa na busca de seus objetivos.
GRANDEZA 
Atributo de um fenômeno, corpo ou substância que pode ser qualitativamente distingui-
do e quantitativamente determinado.
I
IMPACTO AMBIENTAL 
Qualquer modifi cação do meio ambiente, adversa ou benéfi ca, que resulte, no todo ou em 
parte, das atividades, produtos os serviços de uma organização.
INDICADOR DE DESEMPENHO ENERGÉTICO (IDE) 
Valor ou a medida quantitativa de desempenho energético, conforme defi nido pela orga-
nização, de acordo com a ABNT NBR ISO 50001:2011.
NORMALIZAÇÃO GUIA DE TERMOS E EXPRESSÕES
30
INFORMAÇÃO TECNOLÓGICA 
Informação relacionada a todo tipo de conhecimento (de natureza científi ca, empírica ou 
intuitiva) relativo ao modo de fazer um produto ou prestar um serviço para colocá-lo no 
mercado. A informação tecnológica pode ser cadastral, quando resulta de consulta a listas 
de produtos e serviços tecnológicos cadastrados; ou referencial, quando organizada em 
listas ou em base de dados, para mostrar o caminho e a fonte de informações tecnológicas 
publicadas, constituindo uma triagem prévia, mas sem exibir o conteúdo da informação.
INFRAESTRUTURA 
Sistema de instalações, equipamentos e serviços necessários para a operação de uma organização.
INICIATIVA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL 
Programa ou atividade expressa dedicada a atingir um objetivo específi co relacionado à 
responsabilidade social.
INSPEÇÃO 
Avaliação de um projeto de produto, processo ou instalação e determinação de sua confor-
midade com requisitos específi cos, ou com base no julgamento profi ssional, com requisi-
tos gerais. Se necessário, a inspeção é acompanhada de medições, ensaios ou comparação 
com padrões. A inspeção pode envolver pessoas, instalações, tecnologia e metodologia.
INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA (INMETRO)
Órgão responsável pela organização e execução das atividades de metrologia legal, no Bra-
sil. Em decorrência da grande extensão territorial do país, o Inmetro optou por um modelo 
descentralizado, delegando a execução do controle metrológico a órgãos metrológicos 
estaduais – conhecidos por Institutos de Pesos e Medidas (IPEM). Os IPEM fazem parte da 
Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade (RBMLQ). Cabe à RBMLQ as verifi cações e 
inspeções relativas aos instrumentos de medição e às medidas materializadas regulamen-
tadas e o controle da exatidão das indicações quantitativas dos produtos pré-medidos, de 
acordo com a legislação em vigor. 
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INSTRUÇÃO 
Prescrição que expressa uma ação a ser executada.
INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO 
Dispositivo utilizado para uma medição, sozinho ou em conjunto com dispositivos 
complementares.
INTERCAMBIALIDADE 
Capacidade de um produto ou processo ser usado no lugar de outro, para atender aos 
mesmos requisitos.
International Classifi cation for Standards (ICS) 
ver Classifi cação Internacional de Normas (CIN)
INVENÇÃO 
Pesquisa e desenvolvimento de novos artefatos que atendam aos requisitos de atividade 
inventiva, novidade e aplicação industrial.
M
MANUAL DA QUALIDADE 
Documento que especifi ca o Sistema de Gestão da Qualidade(SGQ) de uma organização. 
Pode variar em detalhe e formato para se adequar ao tamanho e a complexidade da orga-
nização.
MARCA 
Todo sinal distintivo, visualmente perceptível, que identifi ca e distingue produtos, serviços 
e empresas de outros análogos, de procedência diversa, bem como certifi ca a conformida-
de destes com determinadas normas ou especifi cações técnicas. 
MARCA DE CONFORMIDADE 
Marca registrada, aposta ou emitida de acordo com as regras de um sistema de avaliação 
de conformidade, indicando a confi ança de que o correspondente objeto (material, pro-
duto, instalação, processo, sistema, pessoa ou organismo) está em conformidade com uma 
norma especifi ca ou outro documento normativo.
MATERIAL DE REFERÊNCIA 
Material ou substância que tem um ou mais valores de propriedades que são sufi ciente-
mente homogêneos e bem estabelecidos, para ser usado na calibração de um aparelho, 
NORMALIZAÇÃO GUIA DE TERMOS E EXPRESSÕES
32
na avaliação de um método de medição ou atribuição de valores a materiais. Um material 
de referência pode ser uma substância pura ou mistura, na forma de gás, líquido ou sólido.
MEDIÇÃO 
Conjunto de operações que tem por objetivo determinar um valor de grandeza.
MEDIDA
Resultado da medição, ou seja, o valor atribuído ao objeto da medição.
MEDIDA MATERIALIZADA 
Dispositivo destinado a reproduzir ou fornecer, de maneira permanente durante seu uso, 
um ou mais valores conhecidos de uma dada grandeza.
MEIO AMBIENTE
Circunvizinhança em que uma organização opera, incluindo ar, água solo recursos naturais, 
fl ora, fauna, seres humanos e suas inter-relações, conforme a ABNT NBR ISO 14050:2012. 
Circunvizinhança, neste contexto, estende-se do interior de uma organização para o siste-
ma global. 
MELHORIA CONTÍNUA 
Processo aplicado em um Sistema de Gestão da Qualidade de uma organização com o 
objetivo de aumentar a probabilidade de melhorar a satisfação dos clientes e de outras 
partes interessadas. De acordo com a ABNT NBR ISO 9001:2008, ações para a melhoria 
incluem: análise e avaliação da situação existente para identifi car áreas que devem ser 
melhoradas; pesquisa de possíveis soluções para atingir os objetivos; avaliação e seleção 
destas soluções; implementação da solução escolhida; medição, verifi cação, análise e ava-
liação dos resultados da implementação para determinar se os objetivos foram atendidos; 
e formalização das alterações.
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MELHORIA DA QUALIDADE 
Parte da gestão da qualidade focada no aumento da capacidade de atender aos requi-
sitos da qualidade. Conforme a ABNT NBR ISO 9000:2005, estes requisitos podem estar 
relacionados a qualquer aspecto, como efi cácia, efi ciência ou rastreabilidade. A efi cácia, 
por exemplo, diz respeito à extensão na qual são realizadas as atividades planejadas e al-
cançados os resultados planejados. A efi ciência, neste caso, é a relação entre o resultado 
alcançado e os recursos usados. 
MÉTODO DE ENSAIO 
Método que fornece o procedimento para determinar os valores das características, ou 
para verifi car a conformidade com os requisitos estabelecidos, assim como para garantir 
que seus resultados sejam reproduzidos.
MÉTODO PDCA 
Ciclo de ações utilizadas para controlar processos em um sistema de gestão. É conhecido 
pela sigla PDCA, do inglês Plan-Do-Check-Act , que signifi ca: planejar, estabelecendo me-
tas e objetivos, bem como os métodos que serão utilizados para que os objetivos sejam 
alcançados; executar, implementando o que foi estabelecido no planejamento; checar, ve-
rifi cando se os objetivos e metas foram atingidos da forma desejada; e agir, defi nindo as 
mudanças, se necessárias, para garantir a melhoria contínua do sistema.
METROLOGIA
Palavra originada de dois radicais gregos: metron (medida) e logos (ciência), é a ciência da me-
dição que abrange todos os aspectos teóricos e práticos relativos às medições, qualquer que 
seja a incerteza, em quaisquer campos da ciência ou tecnologia. A metrologia compreende:
• as unidades de medir e seus padrões: estabelecimento, reprodução, conservação e 
rastreamento; 
• as medições e as medidas (resultado das medições): métodos e procedimentos de 
medição, execução, exatidão, erros de medição, incerteza de medição etc.;
• as medidas materializadas e os instrumentos de medição: propriedades examinadas 
sob o ponto de vista de sua aplicação;
• os observadores (operadores): suas qualidades em relação à execução das medições.
 
METROLOGIA CIENTÍFICA E INDUSTRIAL 
Campo da Metrologia que se refere aos padrões metrológicos nacionais e à sua aceitação 
internacional, bem como à aplicação dos fundamentos metrológicos na criação de um 
ambiente favorável ao desenvolvimento científi co e tecnológico, visando à promoção da 
competitividade e da inovação.
METROLOGIA LEGAL 
Parte da Metrologia que trata das unidades de medida, métodos de medição e instrumen-
tos de medição, em relação aos requisitos técnicos e legais obrigatórios, cujo objetivo é 
assegurar a garantia pública do ponto de vista da segurança e da exatidão das medições. 
NORMALIZAÇÃO GUIA DE TERMOS E EXPRESSÕES
34
A Metrologia Legal foca sua atenção nas direções básicas a seguir:
• A qualidade dos instrumentos de medição utilizados nas transações comerciais, 
visando assegurar a confi abilidade das medidas e evitar a fraude;
• As atividades essenciais do Estado, oferecendo os meio de medição e controle que 
garantam segurança, equidade e efi cácia à ação do Estado;
• As atividades produtivas, tendo em vista disponibilizar às empresas instrumentos de 
medição mais adequados e compatíveis com suas necessidades;
• A indústria nacional de aparelhos de medição e de produtos pré-medidos (aqueles 
que são medidos sem a presença do consumidor), visando à melhoria da qualidade de 
seus produtos e ao aumento de sua competitividade.
MODELO DE UTILIDADE 
Nova forma ou um projeto que resulte em melhoria funcional de objeto já existente. A 
exemplo de invenção, o modelo de utilidade deve atender aos requisitos de atividade in-
ventiva, novidade e aplicação industrial.
MONITORAMENTO TECNOLÓGICO 
Serviço de acompanhamento do estado da arte, do desenvolvimento tecnológico, da concor-
rência, da clientela, dos fornecedores e do contexto social, político, econômico e cultural, visan-
do a orientar estrategicamente uma empresa ou organização em suas decisões de negócios.
N
NORMA 
Documento estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido, que 
fornece, para uso comum e repetitivo, regras, diretrizes ou características para produtos, 
serviços, processos, sistemas de gestão, pessoas, enfi m, nos mais variados campos, e cuja 
observância não é obrigatória. As normas podem estabelecer requisitos de qualidade, 
de desempenho, de segurança (seja no fornecimento de algo, no seu uso ou mesmo na 
sua destinação fi nal), mas também podem estabelecer procedimentos, padronizar for-
mas, dimensões, tipos, usos, fi xar classifi cações ou terminologias e glossários, símbolos, 
marcação ou etiquetagem, embalagem, defi nir a maneira de medir ou determinar as 
características, como os métodos de ensaio. Usualmente é o cliente quem estabelece 
a norma técnica que será seguida no fornecimento do bem ou serviço que pretende 
adquirir. Isto pode ser feito explicitamente, quando o cliente informa a norma aplicável, 
ou ele simplesmente espera que as normas em vigor no mercado onde atua sejam se-
guidas. De acordo com o ABNT ISO/IEC Guia 2:2006, convém que as normassejam base-
adas em resultados consolidados da ciência, da tecnologia e da experiência acumulada, 
visando à otimização de benefícios para a comunidade.
Para que uma norma seja efi ciente, ela deve: atender a uma necessidade real; apresentar 
uma solução aceitável; ser obtida de forma participativa; gerar benefícios e não entraves; 
ser continuamente atualizada; e planejar as fases de sua elaboração. Na elaboração de 
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uma norma, portanto, devem ser observados certos princípios, como: atendimento à ne-
cessidade econômica (evitar documentos puramente acadêmicos); consistência com as 
necessidades da economia; manter salvaguarda de interesses (produtores x consumido-
res); obter consenso (evitar ao máximo votações); contemplar os últimos avanços tecnoló-
gicos; e não inibir o desenvolvimento tecnológico (desempenho).
A Organização Mundial do Comércio (OMC) adota a seguinte defi nição: “documento apro-
vado por uma instituição reconhecida, que fornece, para uso comum e repetitivo, regras, 
diretrizes ou características para os produtos ou os processos e métodos de produção 
relacionados e cuja observância não é obrigatória. Também pode incluir prescrições em 
matéria de terminologia, símbolos, embalagem, marcação ou rotulagem aplicáveis a um 
produto, processo ou método de produção, ou tratar exclusivamente delas”. 
NORMA ALINHADA UNILATERALMENTE 
Norma alinhada com outra norma, de modo que os produtos, processos, serviços, ensaios 
e informações são fornecidos de acordo com a segunda, mas não inversamente.
NORMA BÁSICA 
Norma de abrangência ampla, ou que contem prescrições gerais para um campo específi -
co. Pode ser utilizada como norma para aplicação direta ou como base para outras normas.
NORMA BRASILEIRA (ABNT NBR) 
Norma homologada e publicada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas 
(ABNT), de caráter voluntário e fundamentada no consenso da sociedade. Torna-se 
obrigatória quando essa condição é exigida pelo poder público ou por contrato. As 
Normas Brasileiras são elaboradas pelos Comitês técnicos da ABNT, Organismos de 
Normalização Setorial (ABNT/ONS) ou Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE). O 
processo de elaboração de uma Norma Brasileira inicia-se com uma demanda da so-
ciedade, manifestada pelo setor envolvido ou mesmo por organismos regulamenta-
dores. A pertinência da demanda é analisada pela ABNT. Se tiver mérito, será levada 
ao Comitê Técnico do setor para inserção no Plano de Normalização Setorial (PNS) da 
Comissão de Estudo pertinente. Se não houver um Comitê Técnico ao qual o assunto 
da demanda seja relacionado, será criada uma Comissão de Estudo Especial (ABNT/
CEE). Em todos os casos, é necessária a mobilização de todos os envolvidos, para que 
haja uma participação representativa para a elaboração da norma.
As Comissões de Estudo devem discutir e chegar ao consenso para aprovar o Projeto 
de Norma. Uma vez aprovado o Projeto de Norma, a ABNT submete-o a Consulta 
Nacional, para dar oportunidade a todas as partes envolvidas de examinar e emitir 
sugestões. Finalizado o prazo da Consulta Nacional, a Comissão de Estudo reúne-se 
para análise da pertinência ou não das sugestões recebidas. Não havendo impedi-
mento, o Projeto é aprovado pela Comissão e encaminhado para homologação e pu-
blicação pela ABNT, recebendo a sigla ABNT NBR e seu número respectivo. A seguir, 
a Norma passa a integrar o acervo de Normas Brasileiras.
NORMALIZAÇÃO GUIA DE TERMOS E EXPRESSÕES
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DESENVOLVIMENTO DE NORMA BRASILEIRA
NORMA DE ASSOCIAÇÃO 
Norma elaborada por associações setoriais ou de categorias profi ssionais, para estabele-
cer os requisitos específi cos de um campo de atividade. São normas de associação, por 
exemplo, aquelas elaboradas pela American Society of Mechanical Engineering (ASME), 
destinadas às diversas áreas da Engenharia Mecânica, e pelo American Petroleum Institute 
(API), que tem foco na área de petróleo e gás. 
NORMA DE EMPRESA 
Norma elaborada por indústrias, escritórios e outras empresas que têm seu próprio siste-
ma interno de normalização, sendo utilizada, entre outros fi ns, para estabelecer os requi-
sitos das suas aquisições entre os seus fornecedores. As normas elaboradas pela Petrobras 
são um exemplo de normas de empresa.
NORMA DE ENSAIO 
Norma que estabelece métodos de ensaio, suplementado algumas vezes com outras pres-
crições relacionadas, como amostragem, uso de métodos estatísticos, sequência de ensaios.
NORMA DE INTERFACE 
Norma que especifi ca os requisitos relativos à compatibilidade de produtos ou sistemas 
em seus pontos de interligação.
SIM NÃO
DEMANDA
PROGRAMA DE 
NORMALIZAÇÃO
ELABORAÇÃO DO 
PROJETO DE NORMA
CONSULTA NACIONAL
ANÁLISE DO RESULTADO
NORMA OK
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NORMA DE PROCESSO 
Norma que especifi ca requisitos a serem atendidos por um processo para estabelecer sua 
adequação ao propósito.
NORMA DE PRODUTO 
Norma que especifi ca requisitos a serem atendidos por um produto ou grupo de produtos, 
para estabelecer sua adequação ao propósito. Além dos requisitos de adequação aos pro-
pósitos, pode, diretamente ou por referência, incluir outros aspectos, como terminologia, 
amostragem, ensaio, embalagem e etiquetagem e, às vezes, requisitos de processos.
NORMA DE SERVIÇO 
Norma que especifi ca requisitos a serem atendidos por um serviço para estabelecer sua 
adequação ao propósito. Pode ser preparada em campos como lavanderia, hotelaria trans-
porte, manutenção de veículos, telecomunicações, seguros, operação bancaria e comércio.
NORMA DE TERMINOLOGIA 
Norma que estabelece termos, geralmente acompanhados de suas defi nições e, algumas 
vezes, de notas explicativas, ilustrações, exemplos etc.
NORMA IDÊNTICA 
Norma harmonizada que é idêntica a outra norma no conteúdo e na apresentação. A identifi -
cação pode ser diferente. Se forem redigidas em línguas diferentes, devem ter traduções fi éis.
NORMA INTERNACIONAL 
Norma técnica elaborada por uma Organização Internacional de Normalização para apli-
cação em âmbito mundial. A ISO elabora normas internacionais para a maioria dos setores, 
enquanto a IEC e a ITU tratam de normalização em campos específi cos: área elétrica e ele-
trônica; e telecomunicações, respectivamente. As normas internacionais são reconhecidas 
pela Organização Mundial do Comércio (OMC) como a base para o comércio internacional 
e contribuem para evitar barreiras técnicas. Ver Organização Internacional de Normalização.
NORMA MANDATÓRIA
Norma cuja aplicação é obrigatória em virtude da sua citação em uma lei, ou em um Re-
gulamento. É o caso, por exemplo, da Norma Mercosul NM 300, que é mandatória para 
a certifi cação compulsória de brinquedos, estando citada na Portaria INMETRO/MDIC nº 
108, de 13/06/2005, anexa ao Regulamento Técnico Mercosul. 
NORMA MODIFICADA 
Norma que adota uma Norma Internacional, contemplando, porém, alterações relaciona-
das a fatores geográfi cos ou climáticos fundamentais, ou problemas tecnológicos funda-
mentais, com a identifi cação de desvios em relação à norma internacional.
NORMALIZAÇÃO GUIA DE TERMOS E EXPRESSÕES
38
NORMA NACIONAL 
Norma elaboradapor um Organismo Nacional de Normalização reconhecida e colocada à 
disposição da sociedade.
NORMA REGIONAL 
Norma adotada por um Organização Regional de Normalização e colocada à dispo-
sição da sociedade.
NORMA REGULAMENTADORA (NR)
Regulamento técnico estabelecido pelo Ministério do Trabalho e Emprego, com cará-
ter obrigatório.
NORMALIZAÇÃO 
Atividade que estabelece, em relação a problemas existentes ou potenciais, prescrições 
destinadas à utilização comum e repetitiva, para que se obtenha um grau ótimo de ordem, 
em um determinado contexto. De forma sistematizada, a normalização é executada por 
organismos que contam com a participação de todas as partes interessadas (produtores, 
consumidores, universidades, laboratórios, centros de pesquisas e Governo).
São benefícios da Normalização: organizar o mercado; reduzir desperdício; otimizar esto-
que; aumentar a qualidade de bens e serviços; orientar as concorrências públicas; aumen-
tar a produtividade, com consequente redução dos custos de bens e serviços; contribuir 
para o aumento da economia do país; desenvolver/consolidar a tecnologia; reduzir litígios; 
evitar a concorrência desleal; e atender às expectativas do cliente e aos requisitos legais.
Para as empresas, em especial, a Normalização traz benefícios internamente: utilizar so-
luções existentes nas normas, as quais foram bem pensadas e consensadas; alinhar seus 
procedimentos com o que é normal em outras empresas; trabalhar de modo mais efi cien-
te, utilizando sempre a mesma solução; utilizar requisitos reconhecidos, por exemplo, no 
campo da qualidade e segurança. Externamente: colocar no mercado produtos que aten-
dam às exigências legais e de mercado; e gerar confi ança aos clientes, e consequentemen-
te melhor aceitação dos produtos.
FUNÇÃO TECNOLÓGICA DA NORMALIZAÇÃO
QUALIDADE
COMPETITIVIDADE
PRODUTIVIDADE
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NORMAS COMPARÁVEIS 
Normas sobre os mesmos produtos, processos ou serviços, aprovados por diferentes orga-
nismos de normalização, nas quais requisitos diferentes são baseados nas mesmas carac-
terísticas e avaliados pelos mesmos métodos, permitindo, sem ambiguidade, a compara-
ção de diferenças nos requisitos.
NORMAS HARMONIZADAS 
Normas sobre um mesmo assunto, aprovadas por diferentes organismos com atividades 
de normalização, que estabelecem intercambialidade de produtos, processos ou serviços, 
ou entendimento mútuo dos resultados de ensaios ou das informações fornecidas de 
acordo com seus requisitos. Elas podem ter diferenças na apresentação e até no conte-
údo como, por exemplo, em notas explicativas, em diretrizes sobre o modo de satisfazer 
requisitos da norma, em preferência por alternativas ou variedades. Normas harmonizadas 
podem ser: unifi cadas, quando são idênticas no conteúdo mas não na apresentação; e 
idênticas, quando são idênticas no conteúdo e na apresentação. As normas podem ser har-
monizadas internacionalmente, regionalmente, multilateralmente (entre pelo menos três 
organismos com atividades de normalização), ou bilateralmente (entre dois organismos).
NORMAS UNIFICADAS 
Normas harmonizadas idênticas no conteúdo, mas não na apresentação.
O
OBJETIVO DA QUALIDADE 
Aquilo que é buscado ou almejado, no que diz respeito à qualidade. Geralmente é ba-
seado na política da qualidade da organização e especificado para as funções e níveis 
relevantes na organização.
OBJETIVO ENERGÉTICO 
Resultado ou realização específi ca estabelecida para atender à política energética da orga-
nização, relacionada à melhoria do desempenho energético.
OBJETIVOS DA NORMALIZAÇÃO
De acordo com o ABNT ISO/IEC Guia 2:2006, podem ser, entre outros: 
• Compatibilidade – Capacidade de produtos ou processos serem usados em conjunto, 
sob condições específi cas, para atender a requisitos pertinentes, sem causar interações 
inaceitáveis. A montadora de automóveis, por exemplo, utiliza componentes 
fornecidos por diversas empresas, já que a norma possibilita que todas atendam aos 
requisitos exigidos para a fabricação do produto fi nal; 
• Intercambialidade – Capacidade de um produto ou processo ser usado no lugar de outro 
NORMALIZAÇÃO GUIA DE TERMOS E EXPRESSÕES
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para atender aos mesmos objetivos. É o caso, por exemplo, de parafusos e porcas, cujas 
normas permitem a produção em grande escala. Por serem iguais em tamanho, forma e 
desempenho, esses produtos podem ser substituídos com facilidade e efi ciência;
• Controle da variedade – Seleção do número ótimo de tamanhos ou de tipos de produtos 
ou processos, para atender às necessidades predominantes. Esta simplifi cação permite 
que o fabricante tenha menos produtos em estoque e que o consumidor encontre 
maior facilidade na hora da compra, por exemplo;
• Segurança – Ausência de risco inaceitável de dano. A segurança em normalização 
inclui fatores não técnicos, tal como o comportamento humano, de modo a limitar a 
um nível aceitável os riscos de danos pessoais ou materiais que podem ser evitados;
• Proteção do meio ambiente – Preservação do meio ambiente contra danos inaceitáveis 
decorrentes dos efeitos e da aplicação de produtos e da execução de processos. Um 
exemplo desse objetivo está na ABNT NBR 10004:2004, que classifi ca os resíduos 
sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, para 
que sejam gerenciados adequadamente;
• Proteção do produto – Proteção de um produto contra condições climáticas ou outras 
condições adversas durante seu uso, transporte ou armazenamento. Um exemplo é a ABNT 
NBR ISO 22000:2006, que estabelece requisitos para um sistema de gestão de segurança de 
alimentos. De acordo com a norma, toda a cadeia produtiva precisa demonstrar habilidade 
para controlar os perigos e garantir o alimento seguro no momento do consumo humano.
OBJETO DE AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE 
Expressão usada para abranger qualquer material, produto, instalação, processo, sistema, 
pessoa ou organismo aos quais a avaliação de conformidade é aplicada.
ORGANISMO ACREDITADO 
Organismo que obteve de uma organização de acreditação o reconhecimento formal de sua 
competência técnica para realizar a avaliação de produto, processo, sistema de gestão ou pessoa.
ORGANISMO COM ATIVIDADE DE NORMALIZAÇÃO 
Organismo que exerce atividades reconhecidas no âmbito da normalização
ORGANISMO DE ACREDITAÇÃO 
Organismo autorizado a executar a acreditação, ou seja, a atestação realizada por terceira 
parte relativa a um organismo de avaliação de conformidade, exprimindo demonstração 
formal de sua competência para realizar tarefas específi cas de avaliação de conformidade.
ORGANISMO DE AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE 
Organismo que realiza os serviços de avaliação de conformidade e deve ser independente 
e acreditado pelo Inmetro.
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ORGANISMO DE NORMALIZAÇÃO 
Organismo com atividade de Normalização reconhecido em nível nacional, regional ou inter-
nacional, que, em virtude de seus estatutos, tem como principal função a elaboração, a aprova-
ção ou a adoção de normas e a sua divulgação,colocando-as à disposição da sociedade. 
NÍVEIS DE NORMALIZAÇÃO
ORGANISMO DE NORMALIZAÇÃOSETORIAL (ABNT/ONS) 
Organismo público, privado ou misto, com experiência em Normalização, acreditado pela 
ABNT segundo critérios aprovados pelo CONMETRO para atuar na elaboração de Normas 
Brasileiras para seu setor. 
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DE NORMALIZAÇÃO
Organização aberta à participação dos organismos de Normalização nacionais de todos os 
países. São Organizações Internacionais de Normalização: 
• International Organization for Standardization (ISO) - organização não 
governamental, é uma rede de organismos nacionais de Normalização que reúne 
atualmente 163 países, atuando com uma Secretaria Central em Genebra, na Suíça. O 
Brasil é representado pela ABNT; 
• International Electrotechnical Commission (IEC) - federação mundial integrada 
atualmente por 68 organismos nacionais de Normalização, atuando especifi camente na 
Normalização internacional no campo da eletricidade, eletrônica e telecomunicações. 
A ABNT, representante do Brasil, outorgou sua representação ao Comitê Brasileiro 
de Eletricidade, Eletrônica, Iluminação e Telecomunicações (COBEI), uma associação 
civil de direito privado fundada em 1908, que exerce a Secretaria Técnica do Comitê 
Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03);
EMPRESA
PETROBRAS
ASSOCIAÇ ÃO
ASME ASTM AWS
NACIONAL
ABNT DIN BSI AFNOR
REGIONAL
CEN COPANT AMN
INTERNACIONAL
ISO IEC
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AIS EXIGENTE (RESTRITIVA)
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• International Telecommunication Union (ITU) - agência da Organização das Nações 
Unidas especializada em telecomunicações, é integrada atualmente por agências 
reguladoras de 193 países membros e cerca de 700 organismos científi cos/industriais 
e organizações regionais e internacionais. O representante do Brasil é o Ministério das 
Comunicações, assessorado pela Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL); 
• Codex Alimentarius - entidade criada pela Organização das Nações Unidas, 
reunindo duas de suas instituições: a Food and Agriculture Organization (FAO), de 
Agricultura e Alimentação; e a Organização Mundial da Saúde (OMS). O Codex tem 
a responsabilidade pela Normalização na área de alimentos e é referência mundial 
para consumidores, produtores e processadores de alimentos, assim como para 
os organismos internacionais de controle e comércio de alimentos. O Brasil é 
representado no Codex pelo Ministério das Relações Exteriores, assessorado pelo 
INMETRO, Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e pela Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (ANVISA). 
ORGANISMO NACIONAL DE NORMALIZAÇÃO (ONN)
Organismo reconhecido para executar o processo de Normalização em nível nacional. Nes-
sa condição, ele é indicado para ser membro da correspondente organização internacional 
e regional de normalização. No Brasil, o Organismo Nacional de Normalização é a Associa-
ção Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Outros exemplos de organismos nacionais de 
normalização: 
• Alemanha – Deutsches Institut für Normung (DIN); 
• Argentina – Instituto Argentino de Normalización y Certifi cación (IRAM); 
• Canadá – Standards Council of Canada (SCC);
• Espanha – Associación Española de Normalización y Certifi cación (AENOR);
• Estados Unidos – American National Standards Institute (ANSI);
• França – Association Française de Normalisation (AFNOR);
• Japão – Japan Industrial Standards Committee (JISC);
• Portugal – Instituto Português da Qualidade (IPQ)
• Reino Unido – British Standards Institution (BSI);
• Uruguai – Instituto Uruguayo de Normas Tecnicas (UNIT)
ORGANISMO REGIONAL DE NORMALIZAÇÃO (ORN)
Organismo que congrega organismos nacionais de normalização reconhecidos por cada 
país situado em uma mesma área geográfi ca, política ou econômica. São exemplos de or-
ganismos regionais de normalização:
• Comité Europeén de Normalisation (CEN), organismo que promove a harmonização 
voluntária de normas técnicas na Europa; 
• Comité Européen de Normalisation Elec trotechnique (CENELEC), associação civil, 
integrada por organismos nacionais no âmbito da Europa, que opera exclusivamente 
no campo eletrotécnico;
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• Comissão Pan-Americana de Normas Técnicas (COPANT), associação civil que reúne 
os organismos nacionais de normalização de 26 países da América do Sul, América 
Central, América do Norte e Caribe. Tem ainda como membros aderentes oito países 
(África do Sul, Alemanha, Austrália, Espanha, França, Itália, Portugal e Venezuela) e a 
Cooperação Interamericana de Acreditação (IAAC), sediada no México. A COPANT tem 
o objetivo de promover o desenvolvimento da normalização técnica e de atividades 
conexas nos países membros e na região.
A Associação Mercosul de Normalização (AMN), embora considerada um organismo re-
gional de normalização, atua no âmbito de um bloco econômico, promovendo a harmoni-
zação voluntária de normas técnicas no Mercosul. 
ORGANIZAÇÃO 
Grupo de instalações e pessoas com um conjunto de responsabilidades, autoridades e re-
lações. Pode ser companhia, corporação, fi rma, empresa ou instituição ou parte ou combi-
nação destas, pública ou privada, sociedade anônima, limitada ou com outra forma esta-
tutária, que tem funções e estrutura administrativa próprias.
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL COM ATIVIDADE DE NORMALIZAÇÃO 
Organização que está aberta ao organismo nacional pertinente de todos os países.
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DE NORMALIZAÇÃO 
Organização de Normalização em que a associação está aberta ao organismo nacio-
nal de todos os países.
P
PADRÃO 
Medida materializada, instrumento de medição, material de referência ou sistema de me-
dição que serve para defi nir, realizar, conservar ou reproduzir uma unidade ou um ou mais 
valores de uma grandeza para servir como referência.
PADRÃO DE TRABALHO 
Padrão utilizado rotineiramente para calibrar ou controlar medidas materializadas, instru-
mentos de medição ou materiais de referência.
PADRÃO PRIMÁRIO 
Padrão designado ou amplamente reconhecido como tendo as mais altas qualidades me-
trológicas e cujo valor é aceito sem referência a outros padrões de mesma grandeza.
NORMALIZAÇÃO GUIA DE TERMOS E EXPRESSÕES
44
PARTE INTERESSADA 
Indivíduo, grupo ou organismo reconhecido como independente das partes envolvidas, 
que tem um interesse no desempenho, nas decisões ou no sucesso de uma organização. 
Parte interessada é também conhecida pelo termo em inglês stakeholder.
PATENTE 
Título de propriedade temporário outorgado pelo Estado, por força de lei, ao inventor ou 
pessoas cujos direitos derivem do mesmo, para que sejam excluídos terceiros, sem sua 
prévia autorização, de atos relativos à matéria protegida, tais como fabricação, comerciali-
zação, importação, uso e venda.
PEQUENO COMÉRCIO
Estabelecimento comercial que emprega menos de 20 trabalhadores e que não tem a considera-
ção de grande estabelecimento comercial segundo a legislação aplicável (ABNT NBR 15842:2010).
PLANEJAMENTO DA QUALIDADE 
Parte da gestão da qualidade focada no estabelecimento dos objetivos da qualidade e que 
especifi ca os recursos e processos operacionais necessários para atender a estes objetivos. 
PLANO BRASILEIRO DE NORMALIZAÇÃO (PBN) 
Documento plurianual, elaborado pelo Comitê Brasileiro de Normalização e aprovado 
pelo CONMETRO, que, harmonizando as demandas do governo e da sociedade, contém 
as diretrizes, prioridades e os temas a serem considerados no âmbito do Sistema Brasi-
leiro de Normalização.
POLÍTICAAMBIENTAL 
Declaração da organização, expondo suas intenções e princípios em relação ao seu de-
sempenho ambiental, que prevê uma estrutura para ação e defi nição para seus objetivos 
e metas ambientais.
POLÍTICA DA PD&I
Intenções e diretrizes globais de uma organização, relativas a pesquisa, desenvolvimento e 
inovação (PD&I), formalmente expressas pela Alta Direção. A política de PD&I, geralmente, 
é coerente com a política global da organização e fornece uma estrutura para se estabele-
cerem os objetivos da PD&I. 
POLÍTICA DA QUALIDADE 
Política que estabelece intenções e diretrizes globais de uma organização, relativas à qua-
lidade, formalmente expressa pela Alta Direção, ou seja, a pessoa ou o grupo de pessoas 
que dirige e controla uma organização no mais alto nível.
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POLÍTICA ENERGÉTICA 
Declaração da organização sobre suas intenções e diretrizes gerais relacionadas com seu 
desempenho energético e formalmente expressas pela alta direção.
PRESCRIÇÃO 
Expressão, no contexto de um documento normativo, que assume a forma de uma declara-
ção, instrução, recomendação ou requisito. Essas prescrições distinguem-se pela forma de se 
expressar. Por exemplo, as instruções expressam-se imperativamente com o emprego do ver-
bo no infi nitivo; as recomendações, pelas expressões “convém que” ou “‘recomenda-se que”; 
e os requisitos, pelo verbo “dever” no presente do indicativo: “deve”. Em resumo, a declaração 
expressa uma informação; a instrução expressa uma ação a ser executada; a recomendação 
expressa um conselho ou orientação; e o requisito expressa critérios a serem atendidos.
PRESCRIÇÃO DESCRITIVA 
Prescrição para adequação ao propósito que diz respeito às características de um produto, 
processo ou serviço. Geralmente, uma prescrição descritiva apresenta o projeto, detalhes 
construtivos etc., com dimensões e composição de materiais.
PRESCRIÇÃO DE DESEMPENHO 
Prescrição para adequação ao propósito que diz respeito ao comportamento de um pro-
duto, processo ou serviço em uso, ou relacionado ao uso.
PRINCÍPIOS DA NORMALIZAÇÃO
Princípios que constituem a base do processo de normalização. São eles:
• Voluntariedade – a participação em processo de normalização não é obrigatória e 
depende de uma decisão voluntária dos interessados. As normas também são, por 
essência, voluntárias.
• Representatividade – é preciso que haja participação de especialistas de todos 
os setores – produtores, organizações de consumidores e neutros (outras partes 
interessadas tais como universidades, laboratórios, institutos de pesquisa, órgãos do 
governo), de modo que a opinião de todos seja considerada.
• Paridade – não basta apenas a representatividade, é preciso que as classes (produtor, 
consumidor e neutro) estejam equilibradas, evitando-se assim a imposição de uma 
delas sobre as demais.
• Atualização – a atualização do processo de desenvolvimento de normas, com a adoção de 
novos métodos de gestão e de novas ferramentas de tecnologia da informação, contribui 
para que o processo de normalização acompanhe a evolução tecnológica. As normas 
publicadas também são submetidas a revisão, para que se mantenham atualizadas.
• Transparência – devem ser disponibilizadas a todas as partes interessadas, a qualquer 
tempo, as informações relativas ao controle, atividades e decisões sobre o processo de 
desenvolvimento de normas técnicas.
NORMALIZAÇÃO GUIA DE TERMOS E EXPRESSÕES
46
• Simplificação – o processo de normalização deve ter regras e procedimentos 
simples e acessíveis, que garantam a coerência, a rapidez e a qualidade no 
desenvolvimento e implementação das normas. Um dos objetivos das normas 
também é a simplificação de processos.
• Consenso – para que uma norma tenha seu conteúdo o mais próximo possível da 
realidade de aplicação, é necessário que haja consenso entre os participantes de sua 
elaboração. Consenso, nesse caso, é um acordo geral, caracterizado pela ausência de 
oposição fundamentada a aspectos signifi cativos para qualquer parte importante dos 
interesses envolvidos. 
PRINCÍPIOS DE GESTÃO DA QUALIDADE 
Constituem a base para as normas de Sistema de Gestão da Qualidade, conforme a série 
ABNT NBR ISO 9000. São os seguintes: 
• foco no cliente, procurando atender e exceder às suas expectativas;
• liderança para criar e manter um ambiente interno no qual as pessoas possam estar 
totalmente envolvidas para atingir os objetivos;
• envolvimento das pessoas, que deve ser total, possibilitando que as suas habilidades 
sejam usadas para o benefício da organização;
• abordagem do processo – o resultado desejado é alcançado mais efi cientemente 
quando as atividades e os recursos relacionados são gerenciados como um processo;
• abordagem sistêmica para a gestão – identifi car, entender e gerenciar processos inter-
relacionados como um sistema contribui para a efi cácia e efi ciência da organização 
para que atinja os seus objetivos;
• melhoria contínua – convém que a melhoria contínua do desempenho global da 
organização seja seu objetivo permanente;
• abordagem factual para tomada de decisão – decisões efi cazes são baseadas na 
análise de dados e informações;
• benefícios mútuos nas relações com os fornecedores – uma organização e seus 
fornecedores são interdependentes, e uma relação de benefícios mútuos aumenta a 
habilidade de ambos em agregar valor.
PROCESSO 
Em gestão da qualidade, é o conjunto de atividades inter-relacionadas ou interativas que 
transforma insumos (entradas) em produtos (saídas). 
PROCESSO DE GESTÃO DE RISCOS 
Aplicação sistemática de políticas, procedimentos e práticas de gestão para as atividades 
de comunicação, consulta, estabelecimento do contexto, e na identifi cação, análise, avalia-
ção, tratamento, monitoramento e análise crítica dos riscos em uma organização.
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PRODUTO 
Resultado de um processo. Conforme a ABNT NBR ISO 9000:2005, existem quatro categorias 
genéricas de produto: serviço (por exemplo, transporte); software (programa de computa-
dor, dicionário); hardware (por exemplo, a parte mecânica de um motor); e materiais proces-
sados (lubrifi cante, por exemplo). Muitos produtos são constituídos de elementos perten-
centes a diferentes categorias genéricas de produto. Então, o produto é chamado de serviço, 
software, hardware ou material processado em função do elemento dominante.
PROGRAMA ANUAL DE NORMALIZAÇÃO (PAN) 
Programa de trabalho da Normalização Brasileira que contempla, para cada Comitê Técnico, 
os itens previstos para serem trabalhados ao longo do ano com o cronograma das respecti-
vas fases de elaboração, que são: 
Este Programa de trabalho é anualmente apresentado à ISO, em atendimento ao estabeleci-
do no Código de Boas Práticas em Normalização, anexo ao Acordo de Barreiras Técnicas ao 
Comércio (TBT) da Organização Mundial do Comércio (OMC), do qual a ABNT é signatária.\
PROGRAMA DE AUDITORIA 
Conjunto de uma ou mais auditorias planejadas para um período de tempo determinado 
e direcionadas a um propósito específi co. 
PROGRAMA DE NORMALIZAÇÃO SETORIAL (PNS) 
Relação dos temas previstos para serem normalizados porum Comitê Técnico, com o res-
pectivo cronograma de execução. Ver PAN.
PROGRAMA DE ROTULAGEM AMBIENTAL TIPO I 
Programa de terceira parte voluntário, baseado em critérios múltiplos, que outorga uma licen-
ça que autoriza o uso de rótulos ambientais, indicando a preferência ambiental de um produto 
dentro de uma categoria específi ca, com base em considerações do ciclo de vida. Este progra-
ma é conduzido por um organismo de rotulagem ambiental, de terceira parte, e seus agentes.
PROJETO DE NORMA 
Texto elaborado por uma Comissão de Estudo representativa das partes interessadas e dos 
setores envolvidos com um determinado tema, para ser submetido à Consulta Nacional. O 
Projeto de Norma refl ete o consenso nacional do estado da arte de determinada tecnologia.
FASE 20 Período na Comissão de Estudo para elaboração do Projeto de Norma
FASE 40
Período para submissão do Projeto de Norma à Consulta Nacional e a 
sua análise para aprovação como Norma Brasileira
FASE 60
Período para que o Projeto de Norma aprovado seja homologado e 
publicado como Norma Brasileira.
NORMALIZAÇÃO GUIA DE TERMOS E EXPRESSÕES
48
PROPRIEDADE INDUSTRIAL (PI) 
Expressão que abrange as criações intelectuais de natureza utilitária, industrial e comercial. 
PROSPECÇÃO TECNOLÓGICA
Atividade sistemática de detecção de tendências em termos de tecnologia, mercado e as-
pectos organizacionais, para orientar a PD&I na organização (ABNT NBR 16501:2011).
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE 
Preservação do meio ambiente contra danos inaceitáveis decorrentes dos efeitos e da apli-
cação de produtos e da execução de processos e serviços.
PROTEÇÃO DO PRODUTO 
Proteção a um produto contra condições climáticas ou outras condições adversas durante 
seu uso, transporte ou armazenamento.
Q
QUALIDADE 
Grau no qual um conjunto de características satisfaz a requisitos (ABNT NBR ISO 9000:2005).
QUALIDADE DE SERVIÇO 
Capacidade de satisfazer as expectativas e requisitos dos clientes durante a atividade de venda 
e da prestação dos serviços, entendo-se como requisitos dos serviços: 
 P cortesia;
 P credibilidade;
 P capacidade de resposta;
 P compreensão do cliente;
 P confi ança;
 P comunicação;
 P segurança;
 P acesso.
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RASTREABILIDADE 
Propriedade do resultado de uma medição ou do valor de um padrão relacionado a re-
ferências estabelecidas, geralmente a padrões nacionais ou internacionais, por meio de 
uma cadeia contínua de comparações, todas tendo incertezas estabelecidas.
RECOMENDAÇÃO 
Prescrição que expressa um conselho ou uma orientação. De acordo com a Diretiva ABNT 
Parte 2:2011, recomendação é a “expressão, no contexto do Documento Técnico ABNT, que 
apresenta uma possibilidade mais apropriada entre várias, sem mencionar ou excluir ou-
tras, ou que um certo modo de proceder é preferível, mas não necessariamente exigível, ou 
ainda que (na forma negativa) outra possibilidade é desaconselhável, mas não proibida”.
REDE BRASILEIRA DE METROLOGIA LEGAL E QUALIDADE (RBMLQ) 
Conjunto composto por órgãos metrológicos estaduais conhecidos por Institutos de Pesos e Me-
didas (IPEM), responsáveis, por delegação do Inmetro, pelas verifi cações e inspeções relativas aos 
instrumentos de medição e às medidas materializadas regulamentadas e controle da exatidão 
das indicações quantitativas dos produtos pré-medidos, de acordo com a legislação em vigor.
REFERÊNCIAS NORMATIVAS
Elemento opcional de um Documento Técnico ABNT que relaciona todos os Documen-
tos Técnicos ali citados e que são indispensáveis para a sua aplicação. As disposições dos 
documentos listados constituem prescrições, devendo ser consideradas declarações, 
instruções, recomendações ou requisitos. Em princípio, os documentos citados devem 
ser Normas Brasileiras, Regionais ou Internacionais. Também podem ser citados Docu-
mentos publicados por outros organismos, desde que o Comitê Técnico garanta que: 
o documento é de grande aceitação, de organismo reconhecido e está disponível ao 
público; irá rever a situação do Documento Técnico ABNT à luz de qualquer mudança 
nos documentos referenciados. As referências normativas devem ser relacionadas na 
seguinte ordem: Leis, Decretos, Portarias e Regulamentos; Normas Brasileiras; Normas 
Internacionais; Normas Regionais; Normas Estrangeiras. 
REFERÊNCIAS A NORMAS EM REGULAMENTAÇÃO 
Referências a uma ou mais normas em substituição às prescrições detalhadas no texto de 
uma regulamentação. Podem ser datadas, identifi cando uma ou mais normas específi cas, 
de tal maneira que revisões posteriores das normas não possam ser aplicadas sem modifi -
car o regulamento. A norma é geralmente identifi cada pelo seu número e a data ou edição.
REGISTRO 
Documento que declara resultados obtidos ou que fornece evidências de atividades re-
alizadas por uma organização, conforme a ABNT NBR ISO 9000:2005. Entende-se tam-
bém por registro a forma de assegurar, por tempo determinado, ao autor de desenho 
NORMALIZAÇÃO GUIA DE TERMOS E EXPRESSÕES
50
industrial ou programa de computador, seus direitos de exclusividade na produção, uso 
e comercialização de sua criação. É ainda a forma de assegurar a exclusividade de uso de 
marcas correspondentes a nomes e símbolos de empresas, bens e produtos.
REGULAMENTO 
Documento que contém regras de caráter obrigatório e que é adotado por uma autoridade.
REGULAMENTO TÉCNICO 
Regulamento emitido por uma autoridade com poder legal (órgãos nos níveis federal, es-
tadual ou municipal) que contém regras de caráter obrigatório e estabelece requisitos téc-
nicos, seja diretamente, seja pela referência ou incorporação do conteúdo de uma norma, 
de uma especifi cação técnica, ou de um código de prática, no todo ou em parte. Em geral, 
Regulamentos Técnicos visam assegurar aspectos relativos à saúde, à segurança, ao meio 
ambiente, ou à proteção do consumidor e da concorrência justa. Por vezes um Regulamen-
to Técnico, além de estabelecer as regras e requisitos técnicos para um produto, processo 
ou serviço, também pode estabelecer procedimentos para a avaliação de conformidade 
ao regulamento, inclusive a certifi cação compulsória. Nem sempre esses documentos são 
chamados de Regulamentos Técnicos, como é caso das Normas Regulamentadoras (NR) 
do Ministério do Trabalho e Emprego. A tendência atual é a de que a regulamentação téc-
nica se restrinja a requisitos essenciais do objeto regulamentado, ou seja, contenha dispo-
sições associadas a características de desempenho do objeto, adotando como referência 
as normas técnicas, especialmente as internacionais. 
REQUISITO 
Prescrição que expressa na norma, geralmente de forma implícita ou obrigatória, critérios 
a serem atendidos.
REQUISITO ESSENCIAL 
Requisito que necessariamente deve ser atendido para se obter conformidade com a norma.
REQUISITO OPCIONAL 
Requisito que deve ser atendido para se obter conformidade com uma determinada op-
ção por tal norma.
RESPONSABILIDADE SOCIAL 
Responsabilidade de uma organização pelos impactos de suas decisões e atividades na 
sociedade e no meio ambiente, por meio de um comportamento ético e transparente que: 
contribua para o desenvolvimento sustentável, inclusive a saúde e bem-estar da socieda-
de; leve em consideração as expectativas das partes interessadas; esteja em conformidade 
com a legislação aplicável e seja consistente com as normas internacionais de comporta-
mento; e esteja integrada em toda a organização e seja praticada em suas relações.
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RESPOSTA TÉCNICA 
Relatório ou documento técnico que apresenta soluções a dúvidas e problemas empresa-
riais por meio da busca, recuperação, análise e tratamento das informações disponíveis em 
fontes especializadas (documentos, bases de dados e especialistas).
REVISÃO 
Introdução de todas as alterações necessárias no conteúdo e na forma de um documento nor-
mativo. Os resultados são apresentados pela publicação de uma nova edição do documento.
REVOGAÇÃO 
Cancelamento da declaração de conformidade.
RISCO 
Efeito da incerteza nos objetivos, quaisquer que sejam seus aspectos (metas fi nanceiras, 
de saúde etc.) e os níveis de sua aplicação (estratégico, em toda a organização, de projeto, 
de produto e de processo). Conforme a ABNT NBR ISO 31000:2009, organizações de todos 
os tipos e tamanhos enfrentam infl uências e fatores internos e externos que tornam incer-
to se e quando elas atingirão seus objetivos. O risco é o efeito que essa incerteza tem sobre 
os objetivos da organização. 
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SEGURANÇA 
Ausência de risco inaceitável de dano, visando à obtenção do equilíbrio ótimo de um certo 
número de fatores, entre eles fatores não técnicos como o comportamento humano.
SISTEMA NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL (SINMETRO)
Sistema instituído em 1973 para criar uma infraestrutura de serviços tecnológicos capaz de 
avaliar e certifi car a qualidade de produtos, projetos, processos, sistemas, pessoas ou bens, por 
meio de organismos de certifi cação, laboratórios de ensaio e de calibração, organismos de trei-
namento, organismos de ensaios de profi ciência e organismos de inspeção, todos acreditados 
pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO). Essa estrutura está 
formada para atender às necessidades da indústria, do comércio, do governo e do consumidor. 
SISTEMA BRASILEIRO DE NORMALIZAÇÃO (SBN) 
Sistema no âmbito do SINMETRO, destinado ao desenvolvimento e à coordenação das 
atividades de Normalização, inclusive no que se refere à sua relação com a atividade de 
regulamentação técnica.
NORMALIZAÇÃO GUIA DE TERMOS E EXPRESSÕES
52
SISTEMA DE AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE 
Sistema que compreende regras, procedimentos e gestão para realizar a avaliação 
de conformidade.
SISTEMA DE GESTÃO 
Sistema que estabelece política e objetivos em uma organização, orientando-a ainda para 
atingir estes objetivos. Uma organização pode adotar diferentes sistemas de gestão, con-
forme a fi nalidade. Por exemplo, Gestão da Qualidade, Gestão fi nanceira, Gestão Ambiental.
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL (SGA) 
Parte do sistema de gestão global que inclui estrutura organizacional, atividades de plane-
jamento, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvol-
ver, implementar, atingir, analisar criticamente e manter a política ambiental.
SISTEMA DE GESTÃO DA ENERGIA (SGE) 
Conjunto de elementos inter-relacionados ou interativos destinados a estabelecer uma 
política energética e objetivos energéticos, assim como os processos e procedimentos 
para atingir tais objetivos. Com um SGE, a organização pode desenvolver e implementar 
uma política energética, estabelecer objetivos, metas e planos de ação que considerem 
requisitos legais e informações relativas ao uso signifi cativo de energia.
SISTEMA DE GESTÃO DA PD&I
Sistema de gestão destinado a dirigir e controlar os processos de pesquisa, desenvolvi-
mento e inovação (PD&I) de uma organização. O sistema contribui para: proporcionar dire-
trizes para organizar e gerenciar efi cazmente a PD&I; promover e sistematizar as atividades 
da PD&I; e promover a cultura da inovação na organização. Compreende:
• pesquisa – indagação original e planejada que objetiva descobrir novos conhecimentos 
ou aprimorar o conhecimento existente em produtos, processos, métodos ou sistemas, 
visando maior compreensão dos fenômenos envolvidos e suas aplicações;
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• desenvolvimento – trabalho realizado com utilização do conhecimento gerado na 
pesquisa e na experiência, com o propósito de criar produtos, processos, métodos ou 
sistemas novos ou signifi cativamente aprimorados;
• inovação – introdução no mercado de produtos, processos, métodos ou sistemas que 
não existiam anteriormente, ou que contenham alguma característica nova e diferente 
da em vigor até então. Inovação de processos inclui marketing, recursos humanos e 
modelos de negócios, enquanto a inovação de métodos inclui sistemas.
SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE (SGQ)
Sistema implementado para dirigir e controlar uma organização no que diz respeito à qua-
lidade. A manutenção de um SGQ, conforme a ABNT NBR ISO 9001:2008, resulta na me-
lhoria continua do desempenho, levando em consideração, ao mesmo tempo, as necessi-
dades de todas as partes interessadas. A abordagem do SGQ incentiva as organizações a 
analisar os requisitos do cliente, defi nir os processos que contribuem para a obtenção de 
um produto que é aceitável para o cliente e manter estes processos sob controle. Um SGQ 
pode fornecer a estrutura para a melhoria contínua com o objetivo de aumentar a proba-
bilidade de ampliar a satisfação do cliente e de outras partes interessadas.
SISTEMA DE MEDIÇÃO 
Conjunto completo de instrumentos de medição e outros equipamentos acoplados para 
executar uma medição específi ca.
SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES (SI)
Sistema de medições, único e coerente, com abrangência mundial, que inclui sete uni-
dades de base que fornecem as referências que permitem defi nir todas as unidades de 
medidas do Sistema Internacional, conforme tabela a seguir:
UNIDADE DE BASE
EXEMPLO DE AÇÕES
NOME SÍMBOLO
metro m comprimento
quilograma kg massa
segundo s tempo
ampére A corrente elétrica
kelvin K temperatura termodinâmica
mol mol quantidade de matéria
candela cd Intensidade luminosa
NORMALIZAÇÃO GUIA DE TERMOS E EXPRESSÕES
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SUPERVISÃO 
Repetição sistemática de atividades de avaliação de conformidade como base para manter 
a validade da afi rmação de conformidade.
SUSPENSÃO 
Invalidação temporária da declaração de conformidade para todo ou parte do escopo de 
atestação especifi cado.
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TECNOLOGIAS DE GESTÃO 
Conjunto de metodologias e técnicas organizadas na forma de um sistema de gerencia-
mento que busquem o alcance de objetivos estratégicos e operacionais de uma organiza-
ção ou do ambiente onde se está atuando.
TECNOLOGIA INDUSTRIAL BÁSICA (TIB) 
Expressão, criada em 1984, sob a qual se congrega “um conjunto de funções tecnológi-
cas que dão suporte a diversos setores da economia (indústria, agricultura, comércio e 
serviços) e que compreende, na sua essência, as áreas de metrologia, normalização, re-
gulamentação técnica e avaliação de conformidade. A essas funções básicas agregam-se 
ainda a informação tecnológica, as tecnologias de gestão (com ênfase inicial em gestão da 
qualidade) e a propriedade intelectual, áreas denominadas genericamente como serviços 
de infraestrutura tecnológica.” (MCT, 2001) 
O Brasil foi o pioneiro - e ainda é um dos poucos países - a possuir um sistema integrado 
destinado a tratar a área essencial deTIB dentro de uma mesma estrutura, o Sistema Nacio-
nal de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (SINMETRO). Buscava-se visão de 
conjunto e abordagem estratégica na montagem, expansão e melhoria da infraestrutura 
tecnológica necessária para uma indústria moderna, uma vez que, nessa época, a indústria 
brasileira enfrentava um novo patamar de competição com a abertura de mercados que, 
então, já se prenunciava.
A importância do desenvolvimento da infraestrutura tecnológica como suporte à ativi-
dade produtiva tornou-se mais visível a partir do momento em que o Brasil optou pelo 
modelo de inserção competitiva no comércio mundial, do qual resultou a abertura da eco-
nomia brasileira à concorrência internacional, no início da década de 90. Cada vez mais se 
exige, para fi ns de exportação e importação, a demonstração de conformidade de produ-
tos e seus processos com requisitos técnicos decorrentes de normas, principalmente inter-
nacionais, e regulamentos técnicos. Com isso, vem se acentuando a tendência de produtos 
serem exportados somente com algum tipo de certifi cado ou etiquetagem, assim como 
de empresas exportadoras com sistema de gestão da qualidade e ambiental certifi cados. 
Funcionando como um elo desde as atividades de pesquisa e desenvolvimento até o mer-
cado, a TIB busca viabilizar as transações economicamente justas de produtos e bens, as-
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sim como o processo de transferência de conhecimentos e a própria inovação tecnológica.
O IMPACTO DA TIB NA COMPETITIVIDADE DAS EMPRESAS *
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UNIDADE DERIVADA 
Unidade defi nida algebricamente em termos das unidades de base. Na tabela a seguir, alguns 
exemplos de unidades derivadas e suas respectivas grandezas.
* Extraída, com adaptação, de MCT, 2001
UNIDADE DERIVADA
GRANDEZA DERIVADA
NOME SÍMBOLO
metro quadrado m2 área
metro cúbico m3 volume
metro por segundo m/s velocidade
quilograma por metro cúbico kg/m2 massa específi ca
quilograma por metro quadrado kg/m3 densidade superfi cial
ampére por metro A/m2 densidade de corrente
candela por metro quadrado cd/m2 luminância
Requisitos de 
regulamentação
Empresa
Requisitos de 
mercado
Consumidores
Tecnologias de produto, 
processo e gestão
Fornecedores
Metrologia, Normalização, 
Regulamentação Técnica e 
Avaliação de conformidade
Certifi cação Certifi cação
Sistemas, Produtos, Bens, Processos, Pessoas
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UNIDADE DERIVADA COM NOME ESPECIAL NO SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES (SI)
Forma compacta de expressão de combinação de unidades de base, utilizada com frequência. 
Atualmente, existem 22 unidades com nomes especiais no SI, conforme tabela a seguir.
UNIDADE DERIVADA
GRANDEZA DERIVADA
NOME SÍMBOLO
radiano rad ângulo plano
esterradiano sr ângulo sólido
newton N força
pascal Pa pressão
joule J trabalho, energia, quantidade de calor
watt W potência, fl uxo de energia
grau Celsius ºC temperatura Celsius
coulomb C carga elétrica
volt V tensão elétrica
farad F capacitância
ohm Ω resistência elétrica
siemens S condutância
weber Wb fl uxo magnético
tesla T indução magnética
henry H indutância
lúmen lm fl uxo luminoso
lux lx iluminamento
hertz Hz frequência
becquerel Bq atividade de um radionuclídeo
gray Gy dose absorvida de radiação
sievert Sv equivalente de dose de radiação
katal Kat atividade catalítica
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UNIDADE NÃO SI 
Unidade de medida que não pertence a um dado sistema de unidades. A seguir, alguns exemplos
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VALIDAÇÃO 
Comprovação, por meio do fornecimento de evidência objetiva (dados que confi rmam a exis-
tência ou a veracidade de alguma coisa), de que os requisitos para uma aplicação ou uso 
específi cos pretendidos foram atendidos. 
VIGILÂNCIA TECNOLÓGICA
Processo sistemático visando identifi car, organizar e correlacionar resultados da prospec-
ção tecnológica, de forma a torná-los úteis para a estratégia da organização (ABNT NBR 
16501:2011). 
QUANTIDADE UNIDADE SÍMBOLO RELAÇÃO COM O SI
tempo
minuto min 1 min = 60 s
hora h 1 h = 3600 s
dia d 1 d = 86400 s
volume litro L ou l 1L = 1 dm3
massa tonelada t 1 t = 1000 kg
energia bar bar 1 bar = 100 kPa
comprimento milha náutica M 1 M = 1852 m
energia erg erg 1 erg = 10-7J
NORMALIZAÇÃO GUIA DE TERMOS E EXPRESSÕES
58
4. MPE E NORMALIZAÇÃO
MICRO E PEQUENAS EMPRESAS (MPE) PODEM PARTICIPAR DA ELABORAÇÃO DE NORMAS? 
O processo de elaboração de normas deve necessariamente ser aberto e contar com re-
presentantes dos diversos setores envolvidos. Uma norma ou a falta dela pode impactar 
fortemente na atividade de uma MPE. Portanto, a MPE não só pode como deve participar 
do processo de elaboração de normas.
COMO PODE OCORRER ESSA PARTICIPAÇÃO? 
Propondo à ABNT a elaboração de normas de interesse para a sua atividade, participando 
de Comissões de Estudo na produção de projetos de normas técnicas e exercendo o direito 
de voto sobre projetos de normas técnicas que a ABNT disponibiliza para Consulta Nacional.
COMO SABER QUAIS OS PROJETOS DE NORMAS QUE ESTÃO SENDO ELABORADOS? 
Consultando o Programa Anual de Normalização (PAN), disponibilizado no site da ABNT 
(www.abnt.org.br). 
COMO CONHECER A AGENDA DE TRABALHO DAS COMISSÕES DE ESTUDO? 
Consultando diretamente a coordenação dos comitês técnicos da ABNT. A relação dos 
comitês e respectivos analistas técnicos é encontrada no site da ABNT. Uma página de 
relacionamento dos comitês (http://abnt.iso.org/livelink/livelink) também fornece infor-
mações sobre o calendário de reuniões e trabalhos em andamento.
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A MPE PODE PARTICIPAR DA CONSULTA NACIONAL? 
O direito de participação é franqueado a toda a sociedade e a MPE pode exercê-lo acessan-
do a Consulta Nacional no site da ABNT (www.abnt.org.br/consultanacional). 
OS SERVIÇOS DA ABNT SÃO EXCLUSIVOS PARA ASSOCIADOS? 
Os serviços prestados pela ABNT não são exclusivos para associados. Entretanto, os as-
sociados (pessoas físicas ou jurídicas) obtêm vantagens como descontos na compra de 
normas, na inscrição em cursos e outros.
ONDE E COMO SOLICITAR SERVIÇOS À ABNT? 
Na sede, no Rio de Janeiro, ou nos escritórios regionais, pessoalmente, por telefone, por 
e-mail ou diretamente no site. 
COMO SABER SE EXISTE UMA DETERMINADA NORMA? 
A ABNT disponibiliza na internet uma ferramenta de busca de livre acesso que permite a 
pesquisa na sua base de normas segundo vários critérios. É o ABNTCatálogo (www.abnt.org.br/catalogo). Por meio dessa ferramenta é possível identifi car as normas de interesse e 
acessar informações como: código, título, escopo, comitê, data de publicação, status atual, 
normas complementares e preço. 
FALE COM A ABNT
RIO DE JANEIRO
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar, Centro
Telefone: (21) 3974-2300
e-mail: atendimento.rj@abnt.org.br
SÃO PAULO
Rua Minas Gerais, 190, Higienópolis
Telefone: (11) 3017-3600
e-mail: atendimento.sp@abnt.org.br
SALVADOR
Av. Sete de Setembro, 608, sala 40, Piedade
Telefone: (71) 3329-4799
e-mail: atendimento.ba@abnt.org.br
BELO HORIZONTE
Rua da Bahia, 1148, Grupo 1007
Telefone: (31) 3226-4396
e-mail: atendimento.bh@abnt.org.br
BRASÍLIA
SCS - Q1- Ed. Central, sala 401
Telefone: (61) 3223-5590
e-mail: atendimento.df@abnt.org.br
CURITIBA
Rua Lamenha Lins, 1124
Telefone: (41) 3323-5386
e-mail: atendimento.pr@abnt.org.br
PORTO ALEGRE
Rua Siqueira Campos, 1184, conj.906
Telefone: (51) 3224-2601
e-mail: atendimento.rs@abnt.org.br
NORMALIZAÇÃO GUIA DE TERMOS E EXPRESSÕES
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COMO ACESSAR O CONTEÚDO INTEGRAL DE UMA NORMA? 
Para simples consulta, o conteúdo integral de uma norma pode ser visualizado, pessoal-
mente, no Centro de Informações Tecnológicas (CIT) da ABNT, no Rio de Janeiro e em São 
Paulo. Mas as MPE interessadas em aplicar normas técnicas em seus produtos e serviços 
são benefi ciadas por um convênio fi rmado entre a ABNT e o Serviço Brasileiro de Apoio 
às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). Esta parceria possibilita que as MPE, a partir de 
um simples cadastro, tenham acesso, gratuitamente, a coleções de normas setoriais sobre: 
cadeia apícola; cerâmica vermelha; confecção; construção civil – blocos de concreto; cons-
trução civil – drywall e gesso; construção civil – esquadrias; couro e calçados; incêndio; 
madeira e móveis; plástico; e reparo de veículos. As MPE também podem adquirir outras 
normas de seu interesse, investindo apenas 1/3 de seu valor de mercado. Endereço eletrô-
nico para acesso: www.abnt.org.br/paginampe 
HÁ ALGUM SERVIÇO DA ABNT QUE FORNEÇA INFORMAÇÕES SOBRE NORMAS? 
O Centro de Informações Tecnológicas (CIT) está capacitado para esse atendimento. O 
contato pode ser feito pessoalmente na ABNT em São Paulo (Rua Minas Gerais, 190 – Higie-
nópolis) e no Rio de Janeiro (Avenida 13 de Maio, 13, 27° andar – Centro), ou por telefone 
(São Paulo (11) 3017-3645; Rio de Janeiro (21) 3974-2350) ou e-mail (cit@abnt.org.br). 
No CIT é possível obter, entre outras, as seguintes informações:
 P Indicação de normas técnicas aplicáveis a um determinado processo, produto ou serviço;
 P Pesquisa de normas ABNT NBR baseadas em normas internacionais e estrangeiras; 
 P Identifi cação de normas internacionais e estrangeiras;
 P Pesquisa de Projetos de Normas Internacionais;
 P Indicação do status de normas técnicas, para que os interessados saibam se 
precisam ou não da atualização do seu acervo.
EM QUAIS FORMATOS AS NORMAS SÃO DISPONIBILIZADAS? 
Impressas em papel ou por meio eletrônico. 
COMO COMPRAR UMA NORMA? 
A ferramenta ABNTCatálogo permite a compra da norma desejada. O comprador pode optar por 
receber em formato impresso, pelo Correio, ou por meio eletrônico. A aquisição da norma em 
formato eletrônico não dá direito ao recebimento de um arquivo, mas ao acesso ao seu conteúdo 
na base de dados da ABNT. Essa ferramenta permite visualizar as normas técnicas por tempo in-
determinado, mas a impressão é controlada, limitando-se ao número de cópias adquiridas. 
UMA NORMA EM PAPEL PODE SER COPIADA? 
Não. Por envolver o direito de propriedade intelectual, a sua reprodução não é permitida.
E A NORMA EM FORMATO ELETRÔNICO? 
A norma em formato eletrônico pode ser visualizada indefi nidamente, mas as impressões 
são limitadas ao número contratado com a ABNT.
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NORMALIZAÇÃO GUIA DE TERMOS E EXPRESSÕES
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NORMALIZAÇÃO
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT ISO/IEC GUIA 2: Normalização e 
atividades relacionadas - Vocabulário geral – Rio de Janeiro, 2006
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 9000: Sistemas de gestão da 
qualidade - Fundamentos e vocabulário – Rio de Janeiro, 2005
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 14050: Gestão ambiental – Voca-
bulário – Rio de Janeiro, 2012
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15842: Qualidade de serviço para 
pequeno comércio - Requisitos gerais – Rio de Janeiro, 2010
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16501: Diretrizes para sistemas de 
gestão da pesquisa, do desenvolvimento e da inovação (PD&I) – Rio de Janeiro, 2011
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO/IEC 17000: Avaliação de confor-
midade - Vocabulário e princípios gerais – Rio de Janeiro, 2005
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 26000: Diretrizes sobre respon-
sabilidade social – Rio de Janeiro, 2010
NORMALIZAÇÃO GUIA DE TERMOS E EXPRESSÕES
62 NORMALIZAÇÃO | GUIA PME DE TERMOS E EXPRESSÕES | REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 31000: Gestão de riscos - Princí-
pios e diretrizes – Rio de Janeiro, 2009
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO/IEC 31010: Gestão de riscos — 
Técnicas para o processo de avaliação de riscos – Rio de Janeiro, 2012
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 50001 - Sistemas de gestão da 
energia - Requisitos com orientações para uso – Rio de Janeiro, 2011
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Classifi cação CIN/ICS: Classifi cação Inter-
nacional de Normas (CIN) – Rio de Janeiro, 2010
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Diretiva ABNT Parte 2: Regras para a estru-
tura e redação de documentos técnicos ABNT – Rio de Janeiro, 2011
Confederação Nacional da Indústria/ Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Progra-
ma de Capacitação de Recursos Humanos em Normalização – Brasília, 2008
DIAS, José Luciano. História da Normalização Brasileira, Rio de Janeiro, 2011
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REFERÊNCIAS
NORMALIZAÇÃO GUIA DE TERMOS E EXPRESSÕES
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