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1 
 APOSTILA 
 TERREIRO DOIS IRMÃOS UNIDOS 
 
 
 
JUNHO DE 2010 
 
 2 
Apostila - Terreiro Dois Irmãos Unidos 
1- Introdução 
2- Conhecendo os elementos utilizados em nosso Terreiro 
3- Entidades 
4- Classificação e hierarquia dos médiuns 
 
1- Introdução 
A conduta em nosso templo 
Este trabalho tem como objetivo esclarecer de forma simples a doutrina aplicada 
em nossa casa. Sendo assim toda duvida que ira surgir com a leitura desse texto, poderá 
ser esclarecida por algum médium da casa, seja ele pai ou mãe pequena. 
 O sucesso dos trabalhos efetuados em uma sessão de umbanda depende em 
grande parte, da concentração e da postura dos médiuns e assistentes presentes. 
 Os templos umbandistas são locais sagrados, especialmente preparados para 
atividades espirituais, e que têm sobre seus espaços uma cúpula espiritual responsável 
pelas diretrizes básicas de amparo, orientação e segurança daqueles que buscam ali a 
solução ou abrandamento de seus males, ou dos que emprestam sua estrutura física, 
mental e espiritual para servirem de veículos à prática da caridade. 
 A conduta reta e positiva deve ser a tônica em um terreiro umbandista, para que os 
guias e protetores possam instalar no mental e no coração de cada participante as 
sementes de bondade, amor e proteção. A união de pensamentos é instrumento de poder 
do ser humano, rumo a concretização de seus desejos. Sendo fundamental que se 
apresentem límpidos e sinceros para os trabalhos de uma umbanda cristã. 
Abaixo segue os horários e os dias das giras e dos estudos no terreiro: 
 O horário das giras de quarta e sexta feira é de 19:30 as 21:30 com o médium 
chegando pelo menos 15 minutos antes para se preparar para os trabalhos. 
 
Quarta-feira: Gira de caboclo e atendimento com o caboclo Sr.Rosa Branca. 
 3 
Sexta-feira: Gira de preto-velho. 
1º Segunda Feira de cada mês: Dia de estudo sobre a nossa querida umbanda 
2º Segunda/Segunda Feira de cada mês: Orientações básicas para os entrantes 
O horário para estes dois dias é: 19:30 às 21:00 
3º domingo de cada mês: gira de desenvolvimento mediúnico. (Horário: 8:00 às 10:00) 
Temos também um conselho que é formado por Pais e Mães pequenos que se reúne 
periodicamente e ou a qualquer tempo se necessário for. 
 2 - Conhecendo os elementos utilizados em nosso terreiro 
Defumação - Ato de purificar o ser, o objeto e o ambiente, através da fumaça. É o ato 
de expulsar as energias negativas, através de aromas, ou seja, das essências (ervas: 
alecrim, alfazema, benjoim, incenso e outras), de acordo com a necessidade da 
utilização. A defumação tem sempre caráter de limpeza (purificação) dos médiuns e do 
ambiente.(pg.10) 
Velas - Iluminadas, são ponto de convergência para que o umbandista fixe sua atenção e 
possa assim fazer sua rogação ou agradecimento ao espírito ou Orixá a quem dedicou. 
Ao iluminá-las, homenageia-se, reforçando uma energia que liga, de certa forma, o 
corpo ao espírito. A vela representa a Santíssima Trindade: Cera, Pavio e Luz.(pg.12) 
Água - Sua utilidade é variada, serve para os banhos, para lavar as guias, para 
descarregar os maus fluídos e para o batismo. Dependendo de sua procedência ( mares, 
rios, chuvas e poças), terá um emprego diferente nas obrigações. Água serve também 
para a cura do corpo e da alma.(pg.15) 
Ponto Riscado - Cada ponto, seja de caboclo, do preto velho, ou qualquer outra 
entidade, tem o objetivo de interpretar e uma identificar cada entidade.(pg.17) 
Concentração – Mentalização com o objetivo de alcançar o astral superior.(pg.19) 
Bater Cabeça - O médium da Casa, em respeito às firmezas dos Orixás, deita-se de 
barriga pra baixo (prostrar-se diante de algo sagrado) em frente ao chefe da casa e na 
frente do Congá fim de saldar (reverenciar) ou pedir proteção, o médium bate a cabeça 
três(03)vezes, primeiro a testa, depois o lado direito e por fim o lado esquerdo. (pg.23) 
 4 
Congá – Local sagrado do templo, onde ficam os símbolos e imagens que representam 
os sagrados, ou seja a força maior da casa. ( pg.24) 
Charutos, Cachimbos e Cigarros - O segredo e a utilização desses elementos por parte 
de nossas entidades, o modo como a fumaça é dirigida tem o seu segredo e não é como 
muitos acreditam, para alimentar a vaidade, o vício e a ignorância. A fumaça dos 
cachimbos e cigarros servem para auxilio do trabalho das entidades como, por exemplo 
ajudar na limpeza astral das pessoas que estão sendo atendidas.(pg.25) 
 
Tronqueira - È a segurança da casa, local onde devemos pedir aos guardiões 
responsáveis que nos de a segurança necessária para os trabalhos. 
Lado direito da tronqueira - as Santas Almas 
Lado esquerdo da tronqueira - Exús 
Parte de baixo da tronqueira - Preto-Velho (pg.28) 
 
Prece - É uma evocação por meio da qual colocamos nossos pensamentos em relação ao 
ente ou a Entidade a que nos dirigimos. Pode ser pensada (mentalizada), falada ou 
cantada.(pg.29) 
Obrigação - É um dever, um compromisso com as Entidades. Uma maneira de agradar 
e entrar em sintonia com as mesmas.(pg.31) 
Atabaques - Instrumento de comunicação com os espíritos, facilitando a concentração e 
ajudando os médiuns a permanecerem em vibração. Até mesmo os selvagens em tempos 
remotos utilizavam esse instrumento para se comunicar com o astral superior.(pg.32) 
Guias (colar) - É um colar de miçangas, contas de cristal, de louça, de frutos pequenos, 
construídos de acordo com a Entidade, que designa também a cor de sua preferência. 
Podem ter pequenos objetos presos a eles. Utilizadas como um colar, durante um 
trabalho espiritual (p/ Ex. Gira de trabalho), pela entidade incorporada, tem função de 
servir como ponto de atração (Imã) e identificação da vibração principal e/ou falange 
em particular, atuante naquele trabalho, e portanto como elemento facilitador da 
sintonia e isolamento (contra vibrações negativas ou estranhas ao trabalho), para o 
médium incorporado. Quando utilizadas cruzadas ao corpo identifica que o médium esta 
preparado a dar passes e consultas.(pg.33) 
 5 
Vestimenta- Roupa Branca (Roupa de Santo) - É a vestimenta para a qual devemos 
dispensar muito carinho e cuidado, idênticos ao que temos para com nossos orixás e 
guias(protetores). As roupas devem ser conservadas limpas, bem cuidadas, assim como 
as guias (colares), não se admiti que um médium, após seus trabalhos, deixe suas roupas 
e guias no Terreiro, esquecidas, pois ficam emantadas com a energia de cada pessoa ( 
médium). 
Quando a roupa fica velha ou imprópria para o uso, jamais o médium deverá dar ou 
jogar fora. Ela deverá ser incinerada (queimada). A roupa branca usada pelos médiuns, 
não dará oportunidade às pessoas que adentram ao nosso terreiro de saber qual o nível 
social, cultural, intelectual dos médiuns que fazem parte da gira/sessão, pois o branco 
significa IGUALDADE. 
Nas giras de quarta-feira é usada a seguinte vestimenta: calça e camisa branca para os 
homens, saias e blusas brancas para as mulheres, quanto ao calçado ele deverá ser 
branco ou pés descalços. 
Nas giras de sexta-feira é usada a seguinte vestimenta: calça branca e camisa 
quadriculada de preto com branco para os homens e para as mulheres blusa branca com 
saias quadriculada de preto com branco e calçado branco ou pés descalços para ambos. 
(Obs: pode se usar também somente o branco nas giras de sexta).(pg.35) 
Toalha Branca (Pano da Costa) – Simples ferramenta do médium para uso diverso. 
Banhos de Descarga - São coisas sérias, requerendo atenção de quem os toma, bem 
como de quem os administra. É um banho feito de flores, ervas ou essências, onde cada 
um deles traz o seu magnetismo e a pessoa vai absorvê-lo de modo que ao tomá-lo, 
elimina toda a influência negativa agregada a sua carga vibratória e melhora o seu 
astral. (pg.37) 
Passe - Os passes fazem parte do corpo doutrinárioda umbanda e remontam aos mais 
antigos tempos e constituem recursos naturais, postos à disposição dos homens para as 
tarefas de socorro ao próximo. 
 O Novo Testamento demonstra que Jesus e os Apóstolos utilizavam-se dos passes 
como recursos magnéticos curadores aliados a recursos espirituais, curando pela 
imposição das mãos ou pelo influxo das palavras de fé. Nossa umbanda Cristã conserva 
 6 
e difunde essa modalidade de auxílio, a fim de atender uma infinita quantidade de 
pessoas que batem às portas dos Centros de umbanda, na esperança de cura ou de alívio 
de seus sofrimentos.(39) 
Entidades Espirituais - São espíritos de alta, média e baixa faixa vibratória, buscando 
crescimento e evolução no Plano Espiritual. 
Guia (Protetores) - É o espírito de luz que procura guiar os homens, afastando-os do 
mau caminho, trabalhando sempre sobe as normas dos Orixás, podendo ser um Caboclo, 
um Preto Velho ou uma criança etc.(pg.42 
Falanges - È o mesmo que família. São agrupamentos de espíritos que atuam no Plano 
Espiritual, (são espíritos que se juntam formando uma equipe com objetivo em comum) 
recebendo a falange, o nome de seu chefe. Por exemplo, a falange do Caboclo 
Coral.(pg.43) 
Macaia – (folhas sagradas) Lugar de retiro, em plena natureza onde os médiuns vão 
fazer o encerramento dos trabalhos prestados no ano, refazendo suas forças no contato 
direto com a natureza; é o local nativo (habitat) dos Orixás onde se faz oferenda aos 
Orixás e as entidades (guias) de cada médium. Na nossa casa a Macaia também é 
utilizada para fazer o batismo dos médiuns iniciantes.(pg.46) 
Pontos de abertura (segurança) - São os pontos que cantamos no início da Sessão para 
as almas, povo d’gua e Oxalá. Têm por finalidade, como o próprio nome já diz trazer 
segurança para os trabalhos daquela Sessão. Tais pontos impedem a intromissão de 
espíritos maléficos. Sem tais pontos, os trabalhos realizados naquela sessão ficariam 
vulneráveis às interferências maléficas ou perderiam forças importantes para alcançar os 
efeitos desejados.(pg.47) 
Sessão - Reunião dos médiuns na qual se discute e delibera sobre determinado assunto, 
com tempo previamente combinado. Por exemplo: reunião de estudo (pg.49) 
Gira - na Umbanda, é a reunião, o agrupamento de vários espíritos de uma determinada 
categoria, que se manifestam através da incorporação nos médiuns. .(pg.49) 
 
 7 
Cambono - Tem por obrigação atender as entidades quando incorporadas, e se 
necessário interpretar sua fala para os consulentes. É um médium, designado para tal 
função e tem grande importância nos trabalhos das entidades no terreiro. (pg.50) 
Pontos Cantados – São cânticos entoados nos templos umbandistas, os pontos cantados 
são indispensáveis. São verdadeiras preces cantadas, que expressam a fé, a mística, as 
origens das Entidades e Orixás, sua história e toda a magia da ritualística de Umbanda. 
Os cânticos, ou pontos cantados, não são apenas de homenagem ou invocação, eles 
expressam, de maneira sublime, uma mensagem, uma emoção, um sentimento, uma 
imagem, um alerta, uma informação, uma orientação, um conhecimento. (pg52) 
Ogã – Trabalham usando os atabaques tendo a responsabilidade da abertura e comando 
dos trabalhos no terreiro, saudando todas as falanges e fazendo o encerramento dos 
trabalhos com pontos próprios para cada situação. (pg.54) 
3- Entidades 
Os caboclos - São entidades, espíritos de índios brasileiros e Sul Americanos, que 
trabalham na caridade como verdadeiros conselheiros, nos ensinando a amar ao próximo 
e a natureza. Que tem como missão principal o ensinamento da espiritualidade e o 
encorajamento da fé, pois é através da fé que tudo se consegue. Usam em seus 
trabalhos ervas que são passadas para banhos de limpeza e chás para a parte física, 
ajudam na vida material com trabalhos de magia positiva, que limpam a nossa áurea e 
proporcionam uma energia de força que irá nos auxiliar para que consigamos nossos 
objetivos.(pg.56) 
Os pretos velhos - São espíritos que trabalham na Umbanda como símbolos da fé e da 
humildade. Seus trabalhos são de ajuda a aqueles que estão em dificuldade material ou 
emocional, sendo que, o mesmo se desenvolve mais para o lado emocional e físico, das 
pessoas que os procuram, sendo chamados, carinhosamente de psicólogos dos aflitos. 
Sua paciência em escutar os problemas e aflições dos consulentes fazem deles as 
entidades mais procuradas na Umbanda, são chamados de Vovôs e Vovós da Umbanda. 
Também usam ervas em seus trabalhos e principalmente para rezar as pessoas doentes e 
crianças que estão com mal olhado e outras impurezas astrais, suas rezas são conhecidas 
como poderosas, usam também de patuás, saquinhos que são depositados elementos de 
 8 
trabalho. Da mesma forma que os caboclos, os Pretos Velhos usam cachimbos para 
limpeza espiritual, jogando sua fumaça sobre a pessoa que está recebendo o passe 
limpando a aura de impurezas e energias negativas.(pg.58) 
Os boiadeiros - São espíritos que em encarnaçãoes passadas trabalharam com o gado, e 
em fazendas pôr todo o Brasil, que também são Caboclos e curvam na Umbanda 
trabalhando como todos os outros.(pg.60) 
 As crianças - Estas entidades são verdadeiras expressão da alegria, honestidade e 
pureza e dessa forma, apesar da aparência frágil, são verdadeiros trabalhadores e 
conseguem atingir os seus objetivos, com uma força imensa, atuando em qualquer tipo 
de trabalho. É preciso lembrar a todos que estes espíritos quando curvam nos médiuns 
de umbanda não é para brincadeiras e sim para trabalhos que só eles sabem fazer. 
4 – Classificação e hierarquia dos médiuns 
Dentro do nosso Terreiro de Umbanda existe organização e disciplina, além de todo 
um sistema que objetiva manter esta organização. Essa hierarquia deve ser respeitada 
por todos os médiuns. Estaremos discorrendo agora sobre cada um deles: 
 
Pai pequeno e mãe pequena: (babalorixá e ialorixá)- Em nosso terreiro temos como 
babalorixá chefe o Sr.Nelson, mas com sua ausência qualquer Pai ou Mãe pequena 
poderá assumir essa função, sendo definido antes do inicio dos trabalhos. Sua tradução 
é: Babá = pai, Orixá = santo. Quanto a sua função, é a maior autoridade e por tanto 
responsável por tudo o que acontece na casa, a quantidade de filhos-de-santo, a de 
pessoas e problemas a serem atendidos e ninguém faz nada sem a sua prévia 
autorização. Contam com a ajuda de muitas pessoas para a administração da mesma, 
cada uma com uma função específica na hierarquia, embora todos os auxiliares 
conheçam de tudo para atender a qualquer eventualidade. 
Médium de oriente- É o médium que se desenvolveu mediunicamente para atendimento 
aos consulentes, e que está apto a dar passes a praticar a caridade dentro do terreiro, 
ajudando a cumprir as normas e a doutrina da casa, consciente de seu dever para com a 
gira. Após ser analisado pela espiritualidade, o médium é informado sobre sua 
responsabilidade perante os amigos espirituais e com isso é convidado a fazer um 
 9 
recolhimento no terreiro para lhe ser passado todos os compromissos com as entidades, 
com os médiuns, com a casa e é claro com a assistência. 
Médium de corrente – É o médium iniciante na pratica do desenvolvimento espiritual. 
A principio deve-se procurar um médium coroado de oriente, pai ou mãe pequena para 
ser orientado sobre os seus procedimentos, principalmente quanto ao uso de guias, das 
vestimentas e dos ritos praticados em nosso terreiro. Cabe ao mesmo permanecer o 
tempo integral da gira, contribuindo com as firmezas dos trabalhos batendo palmas, 
cantando os pontos e cambonando, ou seja ajudando no que for solicitado pelos 
médiuns coroados ou entidades que estiverem necessitando de ajuda. 
 Cabe ao médium de corrente e a todos, auxiliar o seu irmão no momento do 
desenvolvimento mediúnico auxiliando na proteção quando este estiverna sua 
preparação (puxada), evitando por ventura a queda do médium que ainda não tem 
conhecimento de sua mediunidade, pois ainda não tem controle total de suas vibrações. 
O médium deve estar sempre concentrado na reunião, em sintonia com a espiritualidade 
e seus guias ou mentores, consciente de que é dando que se recebe, pois é preciso doar 
sem interesse de troca, só assim o médium alcançará os seus verdadeiros objetivos. 
Não é permitido ao médium de corrente: 
- fazer atendimento público. 
- fazer uso de tabaco (cachimbo, charuto, cigarro) e ingerir qualquer tipo de bebida. 
- opinar sobre as decisões das entidades. 
- fazer comentários a outros médiuns sobre o que a entidade falou para o consulente 
 (pessoas que foram atendidas pelas entidades). 
Não é permitido a nenhum médio 
- usar roupas coloridas por baixo da roupa branca. 
- ficar de braços cruzados. 
- conversar durante a gira. 
- grava seu nome na roupa com outra côr que nao seja verde 
 
 
 10
 
Capitulo II 
Neste capitulo estudaremos cada elemento utilizado em nosso terreiro com mais 
detalhes. 
A defumação na umbanda: 
A defumação é essencial para qualquer trabalho num terreiro de Umbanda. 
É também uma das coisas que mais chamam a atenção de quem vai pela primeira vez assistir a 
um trabalho. 
Em geral a defumação na Umbanda é sempre acompanhada de pontos cantados específicos 
para defumação. 
 
Desde os tempos imemoriais, dos homens das cavernas, que a queima de ervas e resinas é 
atribuída à possibilidade da modificação ambiental, através da defumação. Na Umbanda, 
como em outras religiões, seitas e dogmas. Também usamos desse expediente, que tem a 
função principal limpar e equilibrar o ambiente de trabalho de acordo com a necessidade. 
 
O Que é a Defumação? 
 
Ao queimarmos as ervas, liberamos em alguns minutos de defumação todo o poder energético 
aglutinado em meses ou anos absorvido do solo da Terra, da energia dos raios de sol, da lua, 
do ar, além dos próprios elementos constitutivos das ervas. Deste modo, projeta-se uma força 
capaz de desagregar miasmas astrais que dominam a maioria dos ambientes humanos, 
produto da baixa qualidade de pensamentos e desejos, como raiva, vingança, inveja, orgulho, 
mágoa, etc. 
Existem, para cada objetivo que se tem ao fazer-se uma defumação, diferentes tipos de ervas, 
que associadas, permitem energizar e harmonizar pessoas e ambientes, pois ao queimá-las, 
produzem reações agradáveis ou desagradáveis no mundo invisível. Há vegetais cujas auras 
são agressivas, repulsivas, picantes ou corrosivas, que põem em fuga alguns desencarnados de 
vibração inferior. Os antigos Magos, graças aos seus conhecimentos e experiência incomuns, 
sabiam combinar certas ervas de emanações tão poderosas, que traçavam barreiras 
intransponíveis aos espíritos intrusos ou que tencionavam turbar-lhes o trabalho de magia. 
Apesar das ervas servirem de barreiras fluídico-magnéticas pra os espíritos inferiores, seu 
poder é temporário, pois os irmãos do plano astral de baixa vibração são atraídos novamente 
por nossos pensamentos e atos turvos, que nos deixam na mesma faixa vibratória inferior (Lei 
de Afinidades). 
Portanto, vigilância quanto ao nível dos pensamentos e atos. 
 
 
 11
 
 
Existem dois tipos de defumação; 
a defumação de descarrego e defumação lustral. 
 
Defumação de descarrego (limpeza) 
 
Certas cargas pesadas se agregam ao nosso corpo astral durante nossa vivência cotidiana, ou 
seja, pensamentos e ambientes de vibração pesada, rancores, invejas, preocupações, etc. Tudo 
isso produz (ou atrai) certas formas-pensamento que se aderem à nossa aura e ao nosso corpo 
astral, bloqueando sutis comunicações e transmissões energéticas entre os ditos corpos. 
Além disso, os lares e os locais de trabalho podem ser alvos de espíritos atrasados, que 
penetram nesses ambientes e espalham fluídos negativos. 
Para afastar definitivamente estas entidades do nosso convívio, teremos primeiro que mudar 
em atos, gestos e pensamento, afastando de nossas mentes aquela corrente que nos liga a 
estes seres. 
A defumação serve para afastar seres do baixo astral, e dissipar larvas astrais que impregnam 
um ambiente, tornando-o pesado e de difícil convivência para as pessoas que nele habitam. 
Pois bem, a defumação tem o poder de desagregar estas cargas, através dos elementos que a 
compõe, pois interpenetra os campos astral, mental e a aura, tornando-os novamente 
"libertos" de tal peso para produzirem seu funcionamento normal. 
Defumação Lustral 
Além de afastar alguns resquícios que por ventura tenham ficado depois da defumação de 
descarrego, ela atrai para estes ambientes, correntes positivas dos Orixás, Caboclos, e Pretos 
Velhos, que se encarregarão de abrir seus caminhos. 
Acenda uma vela para o seu anjo de guarda. Levando um copo com água, comece a defumar 
sua casa ou o seu local de trabalho, da porta da rua para dentro. 
Não esqueça que a defumação lustral deverá ser feita depois do descarrego. 
Muitas são as ervas, abaixo segue exemplo de 7(sete) 
Alecrim - Defesa dos males, tira inveja e olho gordo, protege de magias. Afasta maus espíritos 
Abre Caminho - Abre os caminhos, atraindo bons fluidos dando força e liderança. 
Alfazema - Limpa o ambiente e atrai prosperidade e bons negócios, bem como pessoas 
amigas,acalma, purifica e traz o entendimento, equilíbrio e harmonia. 
 
Colônia - Atrai fluidos benéficos. 
 
Manjericão - Amor, purificação espiritual, proteção. Chama dinheiro. 
 
Rosa Branca - Paz e harmonia 
 
 12
Benjoim - Elimina bloqueios espirituais, atrai energias positivas e combate energias negativas. 
Purifica o ambiente. Harmoniza nosso raciocínio e diminui a nossa agressividade. 
 
Velas na umbanda 
A vela é, com certeza, um dos símbolos mais representativos da Umbanda. Ela está 
presente no Congá, nos Pontos Riscados, nas oferendas e em quase todos os trabalhos 
de magia. Quando um umbandista acende uma vela, mal sabe que está abrindo para sua 
mente uma porta, onde sua mente consciente nem sonha com a força de seus poderes 
mentais. A vela desperta nas pessoas que acreditam em sua força mágica uma forte 
sensação de poder. Uma das várias razões da influência mística da vela na psique das 
pessoas é a sensação de que ela, através de sua chama, parece ter vida própria. Embora, 
na verdade, saibamos, através do ocultismo, que o fogo possui uma energia conhecida 
como espíritos do fogo ou salamandras. Muitos umbandistas acendem velas para seus 
Guias de forma automática, num ritual mecânico, sem nenhuma concentração. É preciso 
muita concentração e respeito ao acender uma vela, pois a energia emitida pela mente 
do médium irá englobar a energia do fogo e, juntas, irão vibrar no espaço cósmico, para 
atender a razão da queima dessa vela. Se uma pessoa usa suas forças mentais com a 
ajuda da magia das velas, no sentido de ajudar alguém, irá receber em troca uma energia 
positiva; mas, se inverter o fluxo das energias psíquicas, utilizando-as para prejudicar 
qualquer pessoa, o retorno será infalível, e as energias de retorno são sempre mais 
fortes, pois voltam acrescidas da energia de quem as recebeu. As pessoas que utilizam a 
força da magia das velas, que na realidade despertam as forças interiores de cada um 
com propósito maléficos, não são consideradas pessoas de fé, mas feiticeiros ou bruxos. 
Infeliz daquele que, na ânsia de destruir seus inimigos, acendem velas com o intuito de 
fazer o mal a quem quer que seja, estão assumindo um terrível compromisso cármico 
com os senhores do destino. Todos os nossos pensamentos, palavras e atos estão sendo 
gravados na memória do infinito ( nosso contas corrente débito/credito). Ninguém fica 
impune junto à justiça divina. Por outro lado, feliz daquele que lembra de acender uma 
vela com o coração cheio de amor para o anjo da guarda de seu inimigo, perdoando-o 
por sua insensatez, pois irá criar ao seu redor um campo vibratório de harmonia 
cósmica,elevando suas vibrações superiores. Ao acender velas para as almas, para o 
anjo da guarda, os pretos velhos, caboclos, para a firmeza de pontos, Conga, para um 
 13
santo de sua preferência ou como oferenda aos Orixás. É importante que o umbandista 
saiba que a vela é muito mais para quem acende do que para quem está sendo acesa, 
tendo a mesma conotação do provérbio popular que diz: “A mão de quem dá uma flor, 
fica mais perfumada do que a de quem a recebe.” A intenção de acender uma vela gera 
uma energia mental no cérebro da pessoa. Essa energia é que a entidade espiritual irá 
captar em seu campo vibratório. Assim, a quantidade de velas não influirá no valor do 
trabalho; a influencia se fará diretamente na mente da pessoa que está acendendo as 
velas, no sentido de aumentar ou não o grau da intenção. Desta forma, é inútil acreditar 
que podemos comprar favores de uma entidade negociando com uma maior ou menor 
de velas acesas. Os espíritos captam em primeiro lugar as vibrações de nossos 
sentimentos, Daí ser melhor ouvir uma das máximas de Jesus que diz: “Antes de fazer 
sua oferenda, procure conciliar-se com seu irmão.” Não é conveniente, ao encontrar 
uma vela acesa no portão do cemitério, nas encruzilhadas, embaixo de uma arvore, ao 
lado de uma oferenda, apaga-la por brincadeira ou por outra razão. Devemos respeitar a 
fé das pessoas. Quem assim o cometer, deve ter em mente, que poderá acarretar sérios 
problemas com esta atitude, de ordem espiritual. Precisamos respeitar o sentimento de 
religiosidade das pessoas, principalmente quando acender uma vela faz parte desse 
sentimento. Se acender uma vela a pessoa tiver um forte poder de magnetização, torna-
se mais perigoso apagar a vela. Mas, se ela não estiver magnetizada, fica a critério de 
cada um. 
Vela de sete dias - Na Umbanda, alguns médiuns ficam em dúvida sobre se a vela de 
sete dias tem a mesma eficiência de sete velas normais. Sabemos de acordo com a 
psicologia, que um comportamento pode ser modificado através do reforço. No fato de 
se acender uma vela isoladamente não há nenhum tipo de reforço que se baseia na 
repetição. Assim, ao acender uma vela durante sete dias, as pessoas são reforçadas 
diariamente em sua fé e, repetindo os pedidos, dentro desse ritual de magia, ficam 
realmente com maiores probabilidades de despertar a própria mente e alcançar os seus 
propósitos. Na prática, constamos que dificilmente uma vela de sete dias queima 
durante todo esse tempo. 
Meditação - Para trabalhos de meditação o uso das velas é excelente pois, além da 
diminuição dos estímulos visuais na semi-escuridão, força a atenção para a chama da 
 14
vela, aumentando a capacidade de concentração. O contraste do claro-escuro contribui 
para lembrar as pessoas da necessidade de uma iluminação interior. 
 
Cores e quantidades - Na Umbanda, o uso da vela branca é o mais freqüente, devido à 
sua representação como símbolo da pureza. A cor branca na Umbanda é a cor do Orixá 
Oxalá. Daí a razão do uso de velas brancas na maioria dos rituais de magia, dentro da 
associação da pureza/Oxalá. O Orixá Ogum, tido como senhor das guerras, tem uma 
vibração muito forte. As velas vermelhas, quando acesas dentro de seu ritual, vibram 
na mesma freqüência, com resultados mais favoráveis. Considerando que a força da vela 
está mais na força mental da entidade, a cor irá concorrer com o sentido de favorecer 
sua capacidade de concentração, devido a conjugação de freqüências idênticas. Se 
houver uma inversão nas cores das velas, isso poderá ou não alterar o resultado dos 
trabalhos de magia, pois dependerá em grande parte da força mental da espiritualidade. 
Ficou estabelecido que a vela amarela, que deriva da vermelha, é a cor do Orixá Iansã, 
também pelo fato de ser uma energia de luta. As velas acesas para Iansã deverão ser da 
cor amarela, para continuar em sua freqüência vibratória. A variação de quantidade de 
velas deve ser a mesma que se acende para qualquer outro Orixá ou Entidade, de acordo 
com os objetivos da magia. Todavia, o umbandista deverá ter o cuidado de acender 
sempre em numero impar de velas, pois no ocultismo os números ímpares não se 
anulam, por terminarem sempre em um; daí sua força mágica, por não ser um numero 
divisível. Acender apenas uma vela tem o sentido de unidade, de unificação. Três velas 
representam na mente humana a trindade divina (Pai, Filho e Espírito Santo). Cinco 
velas representam em nosso inconsciente coletivo o próprio homem. Sete velas 
significam a junção do espiritual (3) com o material (4), ou simbolizam a união entre o 
microcosmo (homem) e o macrocosmo (Deus), e assim por diante. A cor azul, com sua 
vibração serena, vibra na mesma freqüência do Orixá Oxum, a senhora das águas doces. 
A vela de cor azul tanto pode ser acesa para Oxum como para Iemanjá, que aceita em 
seu ritual velas brancas. Por isso alguns Terreiros preferem usar as velas bicolores, nas 
cores azul e branca, para Iemanjá. Estabeleceu-se que a cor marrom é a cor do Orixá 
Xangô, levando-se em consideração a neutralidade dessa mesma cor. A energia de 
Xangô emana dos minerais, que possuem uma variedade muito grande de cores. A cor 
verde, por seu equilíbrio vibratório, obtido pela junção das cores amarela e azul, vibra 
 15
na freqüência do Orixá Oxossi, o senhor das matas. Assim, uma vela de cor verde, acesa 
numa mata, que tem a cor verde, possui uma força vibratória muito forte. A cor rosa, 
com sua vibração cheia de vida, vibra na freqüência da energia da falange dos espíritos 
das crianças, conhecidas também como Ibejis. Velas bicolores, nas cores azul e rosa, 
são acesas também com o mesmo resultado das velas cor-de-rosa. 
 
água na umbanda 
 
NA UMBANDA, é um dos elementos naturais mais receptivos com uma energia 
altamente receptora e condutora, ela é utilizada nas quartinhas, nos copos de firmeza 
dos Anjos de Guarda, no batismo, em muitos rituais da Umbanda e principalmente pelos 
Guias Espirituais nos momentos onde há a necessidade de realizar grande limpeza, 
purificação e energização de nosso corpo astral e de nossa casa, afinal existem cargas e 
energias maléficas que somente esse elemento natural é capaz de desfazer, limpar e 
equilibrar. 
 
Àgua de Mar - Ótima para descarrego e para energização, batida contra as rochas e as 
areias da praia, vibra energia, por isso nunca se apanha água do mar quando o mesmo 
está sem ondas. A energia salina do mar “queima” as larvas e energias astrais, 
principalmente sob a vibração de Yemanjá. Podemos ir molhando os chacras à medida 
que vamos adentrando no mar, pedindo licença. No final, podemos dar um bom 
mergulho de cabeça, imaginando que estamos deixando todas as impurezas espirituais e 
recarregando o Corpo com sutis energias. Ideal se realizado em mar com ondas. 
Saudemos Mamãe Yemanjá e todo o Povo do Mar. 
 
Àgua de cachoeira - Com a mesma função do banho de mar, só que executado em 
águas doces. A queda d’água provoca um excelente “choque” em nosso corpo, 
restituindo as energias, ao mesmo tempo em que limpamos toda a nossa alma, é água 
batida nas pedras, nas quais vibra, crepita e livra-se de todas as impurezas. Além disso, 
é nas águas das cachoeiras que conseguimos retirar qualquer impregnação de sangue 
projetada em nosso corpo etérico. Ideal se tomado em cachoeiras localizadas próximas 
de matas e sob o sol. Saudemos Mamãe Oxum e todo Povo d’água. 
 
Água de rio e lagoas - Tem também grande propriedade curadora e equilibradora. Se o 
rio tiver pouco movimento, quase parado, assim como a lagoa ou mangue, essa água 
tem uma energia decantadora e curadora. Saudemos Nanã Buruquê. Se o rio for bem 
movimentado com corredeiras, a força da água é energética, equilibradora e reparadora. 
Saudemos Mamãe Oxum. 
 
Água mineral - Água da pureza, do equilíbrio, da harmonização e da paz. Envolve 
nossos chacras desobstruindo-os e equilibrando- os. É uma água muito fácil de se 
encontrar, por isso aproveitemesse Axé. Saudemos Oxalá. 
 16
Água de poço - É excelente nos casos de doenças, tanto no corpo espiritual como no 
corpo astral, pois tem uma grande energia transmutadora. Essa água está em contato 
com a terra, que é o agente mais poderoso de regeneração física absorvendo a energia 
ruim da área afetada colocando em seu lugar uma energia boa. A cura se processa 
graças a uma troca de energia devido a interação entre os componentes físico, químico e 
energético que a terra oferece. 
 
Água de chuva - É altamente energética e purificadora. É a água que entrou em estado 
de vaporização e absorve toda a energia do ar, quando novamente entra em outro estado 
de mudança e retorna ao estado liquido, caindo do céu sobre a terra. Por isso é utilizada 
justamente nos momentos em que precisamos de mudança. A água da chuva, quando cai 
é benéfica e pura, porém, depois de cair no chão, torna-se pesada, pois atrai as vibrações 
negativas do local, sendo ótima também para banhos de descarrego e limpeza de 
ambientes, pois é ela que limpa as ruas e as encruzas carregando todas as vibrações dos 
trabalhos arriados nesses locais. Saudemos Yansã, Dona do tempo e das tempestades. 
 
O QUE ALGUMAS RELIGIÕES DIZEM SOBRE A ÁGUA 
O Cristianismo - A água está intrinsecamente ligada ao batismo, uma declaração 
pública de fé e um símbolo de boas-vindas à igreja Cristã. Quando batizada, uma pessoa 
é parcial ou totalmente imersa em água que alternativamente pode vertida ou aspergida 
sobre a sua cabeça. O sacramento tem as suas origens na Bíblia, onde está escrito que 
Jesus foi baizado por João Batista no Rio Jordão. No batismo, a água simboliza a 
purificação, a rejeição do pecado original. Por outro lado, no Novo Testamento, a “água 
viva” ou a “água da vida” representa o espírito de Deus, isto é, a vida eterna. 
 O Judaísmo - Os Judeus usam a água para lavagens de rituais com o objetivo de 
restaurar ou manter um estado de pureza. 
 O Hinduísmo - Para os Hindus, a água está imbuída de poderes de purificação 
espiritual, sendo a limpeza matinal com água uma obrigação diária. Todos os templos se 
situam perto de uma fonte de água, e os crentes têm de se banhar antes de entrarem no 
templo. 
 O Espiritismo - Tem o tratamento com água fluidificada 
Em termo de Espiritismo, entende-se por água fluida ou fluidificada aquela em que 
fluidos medicamentosos são adicionados na água. Em geral, são os Espíritos 
desencarnados que, durante as sessões de fluidoterapia, fluidificam a água. 
 
 
 
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PONTOS RISCADOS 
Para o Umbandista, o ponto riscado é um instrumento para os trabalhos 
magísticos efetuados pelas entidades, afinal de contas eles possuem um grande 
significado e valor mágico. Na verdade é o selo, o cartão de visitas, a identificação, o 
brasão e bandeira da entidade. É uma espécie de campo de força onde o instrumento 
utilizado pela entidade em seu efetivo campo de trabalho é a Pemba. E desta maneira as 
forças de sorte a lhe conferir afinidade com a entidade, identificando a quem ela se 
subordina, bem como os seus domínios ao ser usado para riscar o ponto. 
Pode-se afirmar que a PEMBA é uma espécie de giz em forma cônico-
arredondada, de diversas cores. As mais usadas são as PEMBAS branca, azul, verde e 
amarela, também é usual a cor derivada do vermelho, servindo para riscar pontos e 
outras determinações ordenadas pelos Guias, sendo que conforme a cor da mesma, pode 
se identificar a Linha a que pertence a Entidade, ou a Linha que trabalhará naquele 
ponto, estabelecendo ritualisticamente o contato vibratório com as energias cósmicas. 
Os pontos riscados são verdadeiros códigos registrados e sediados ao mundo 
espiritual, eles identificam poderes, tipos de atividades, e os vínculos que iniciam da 
falange. Quando são traçados sem conhecimentos de causas, não projetam sua grafia 
luminosa e não passam de rabiscos. Como podemos ver, os pontos riscados é magia, 
então para se utilizar deles é necessário o devido conhecimentos. 
Riscar um ponto de traz para frente é inverter a força da magia. Então não basta 
ver um ponto no livro para riscá-lo sem o devido conhecimento. O mau uso do ponto 
riscado pode levar a conseqüências imprevisíveis, comparáveis às de um leigo em 
assuntos de eletricidade, entrando numa casa de forças e pondo-se a manejar as chaves 
ou embaralhar os fios, com o que acabara de provocar curtos circuitos, incêndios e 
eletrocussões em si e nos outros. 
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Na folha seguinte você visualizará os pontos riscados no piso do nosso terreiro. 
Ele demonstra a ligação do astral maior (Deus) com o material (terra) tendo o povo de 
aruanda (espíritos de grande luz) no seu intermediário, representados pelos caboclos. 
Caboclo Coral - Caboclo do Fogo e o Caboclo Sete estrela 
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CONCENTRAÇÃO ESPIRITUAL 
 Uma das dificuldades dos integrantes das reuniões mediúnicas diz respeito à 
concentração. A capacidade de controlar, direcionar e manter o pensamento dentro das 
finalidades da reunião, é para a maioria, um esforço muito grande e que nem sempre dá 
bons resultados. Geralmente os pensamentos se dispersam, fixam-se em fatos do dia-a-
dia e acabam por tornar alguns sonolentos, enquanto outros estão distraídos e longe dos 
objetivos propostos para um trabalho sério. Alguns poucos conseguem uma boa 
concentração e estes sustentarão os trabalhos programados, porém, como é óbvio, sem 
alcançar melhor produtividade devido aos bloqueios vibratórios existentes no ambiente 
 A nossa cultura ocidental não dá ênfase à necessidade do controle mental, pois é 
fundamentada em uma mentalidade racional, extremamente oposta ao Oriente, cuja 
mentalidade se estrutura de forma intuitiva, mística e introvertida e que realça a essência 
espiritual do ser humano, incentivando a busca da verticalidade. 
 A concentração que é praticada nas reuniões mediúnicas, evidentemente, tem 
conotações próprias e não deve ser tomada aqui como as realizadas nas práticas 
orientais, embora os aspectos semelhantes nas suas bases, quais sejam a disciplina 
mental, o controle e equilíbrio dos pensamentos. Exatamente por terem estes mesmos 
fundamentos é que citaremos algumas definições de autores do oriente, visto que a 
sabedoria oriental é multimilenar e pode beneficiar-nos através desses pontos comuns. 
 Concentração – Concentrar, significa fazer convergir para um centro ou para um 
mesmo ponto. Aplicar a atenção a algum assunto. O poder de concentração consiste na 
habilidade para manter inabalavelmente sua percepção sobre um tema escolhido. É 
exatamente essa capacidade de concentrar nos objetivos da reunião mediúnica que irá 
favorecer a realização dos trabalhos. Conforme o seu estado psíquico, os assistentes 
favorecem ou embaraçam a ação dos espíritos. 
 Na maior parte dos homens os pensamentos flutuam sem cessar. Sua mobilidade 
constante e sua variedade infinita, pequenos acessos oferecem às influências superiores. 
É preciso saber concentrar-se, por o pensamento acorde com o pensamento divino. 
 A reunião mediúnica apresenta ainda outras conotações que são peculiares ao tipo 
de atividade que ali se desenvolve. Assim a dificuldade de concentrar-se nos objetivos 
 21
elevados, que o exercício da mediunidade requer, é resultado da pouca prática que a 
maioria das pessoas têm de fixarem seus pensamentos em assuntos edificantes, em 
ideais e idéias nobres durante o seu dia-a-dia. Estão com a mente sempre ocupada pelos 
problemas e questões do cotidiano por coisas supérfluas e interesses imediatos, pelo 
noticiário da TV, músicas, conversações banais e não conseguem esvaziá-las desses 
assuntos para dar campo às influências benéficas dos espíritos superiores, dos mentores 
que assessoram os trabalhos. As preocupações de ordem material criam correntes 
vibratórias horizontais, que põem obstáculo às radiações etéreas e restringem nossas 
percepções. Ao contrárioa meditação, a contemplação e o esforço constante para o bem 
e o belo formam correntes que estabelecem as relações com os planos superiores e 
facilitam a penetração em nós de eflúvios divinos. 
 A concentração deve ser um estado habitual da mente em Cristo e não uma 
situação passageira junto ao Cristo. É necessário compreendermos que o pensamento é 
energia viva construindo centros magnéticos ou ondas com os quais emitimos nossa 
atuação ou recebemos a atuação dos espíritos. Nas tarefas mediúnicas esta sintonia 
apresenta peculiaridade própria. É essencial que exista uma afinização, uma sintonia 
entre os participantes para que se estabeleça uma sincronia de forças, a conhecida 
corrente vibratória. Pode-se inferir desde agora, o quanto é importante a concentração 
individual, visto que a qualidade dos trabalhos de intercâmbio depende da participação 
consciente e responsável de cada um. São favoráveis ás condições de experimentação 
quando o médium e os assistentes constituem um grupo harmônico, isto é, quando 
pensam e vibram em uníssono. No caso contrário os pensamentos emitidos e as forças 
exteriorizadas se embaraçam e anulam reciprocamente. 
 Em “O livro dos médiuns”, o codificador ressalta a necessidade da concentração 
ao referir-se à reunião como um ser coletivo, resultante das qualidades e propriedades 
de seus membros. Ele afirma que o poder de associação dos pensamentos de todos é que 
contribuirá para a comunicação dos Espíritos, mas a fim de que todos esses 
pensamentos concorram para o mesmo fim, é preciso que vibrem em uníssono, que se 
confundam por assim dizer em um único ponto 
 Portanto a concentração consiste em colocar o pensamento em um único ponto o 
tempo todo. Supomos que todos se concentrem em Cristo Jesus. Os pensamentos todos 
se unem e formam um triângulo que vai fazer o ponto de ligação com a espiritualidade. 
 22
EXERCICIO DE CONCENTRAÇÃO – O PRIMEIRO PASSO É RELAXAR! 
Este exercício usa a visualização e irá ajudá-lo a alcançar um estado de calma e 
relaxamento, concentrando-se na chama de uma vela. Ao criar uma imagem mental da 
chama, o fluxo de pensamentos que causam distração ficará mais lento e você poderá 
atingir uma sensação de bem-estar e consciência do seu corpo. Procure compreender ao 
máximo o texto a seguir, uma vez que isso permitirá que você atravesse todos os 
estágios sem ter de abrir os olhos, o que poderia fazê-lo perder os benefícios que o 
relaxamento completo pode trazer. 
Preparando o corpo para o relaxamento 
1. Acomode-se num lugar calmo, onde você se sinta confortável. 
2. Acenda uma vela e coloque-a a distância aproximada de um metro à sua frente. 
Sente-se de pernas cruzadas no chão (em cima de uma pequena almofada, se 
necessário) ou numa cadeira, numa posição confortável, com as costas retas 
contra o encosto e as pernas separadas e relaxadas. 
Se sentar não lhe trouxer conforto de imediato, alongue-se no chão por cinco 
minutos, se a ocasião permitir. Feche os olhos e tome consciência de cada uma 
das partes do seu corpo, de forma a relaxar uma parte de cada vez. Respire, 
calma e profundamente, enquanto percorre todo o seu corpo. 
 
Exercício de Relaxamento 
3. Fique nessa posição, com os olhos fechados, por alguns minutos, estando 
consciente do seu corpo e da sua estabilidade. Conscientize-se do ritmo de sua 
respiração, que ficará cada vez mais calma e regular. 
4. Agora foque na chama da vela. Se os seus pensamentos tentarem se mover em 
outras direções, traga-os de volta à chama lentamente. Relaxe os músculos 
faciais. 
5. Feche os olhos lentamente. 
 
 
 23
6. Respire profundamente, prestando atenção à respiração, e sinta o abdômen subir 
e descer, à medida que você inspira e expira. Essa respiração abdominal estimula 
relaxamento. 
7. Leve o tempo que for necessário inspirando e expirando vagarosamente, e se 
permita seguir esse ritmo como se você estivesse sendo embalado por ondas. 
Repita para si mesmo "eu estou calmo, eu estou relaxando", até que você se sinta 
completamente calmo. Se ainda sentir alguma tensão em seus músculos, use essa 
respiração rítmica para ajudá-lo a relaxá-los. Idealize uma sensação de calma 
fluindo para dentro de você. 
Concentre-se 
8. Visualize a imagem da chama na sua mente. Permaneça focado em seus 
movimentos intermináveis. Isso ocupa a totalidade da sua mente. É como se 
você estivesse hipnotizado pela dança e cores da chama. Quando um 
pensamento tornar a penetrar na sua mente, deixe-o vir, e ele será consumido 
pela chama. 
9. Aproxime um pouco mais o rosto da chama. Olhe novamente para ela e sinta seu 
calor. Preste atenção a essas sensações, num estado de relaxamento interior. 
 
Volte ao estado inicial 
10. Assim que você se sentir cansado, ao perceber que pensamentos entram na sua 
mente mais uma vez, deixe que a imagem mental da chama se esmaeça. Comece 
a mover seus músculos e membros lentamente, um por um. Alongue-se devagar, 
boceje se quiser, e, finalmente, abra os olhos novamente. 
Esperamos que esse exercício os ajude na concentração não somente no centro, mas em 
todas as atividades diárias de suas vidas. Manter as idéias centradas facilita os trabalhos 
e nos ajuda a não esquecer as tarefas diárias. 
 
 
 
 24
O ATO DE BATER CABEÇA 
 
Pode-se, dizer que na Umbanda bater cabeça significa respeito pelos orixás, 
guias e entidades que estão representadas no conga, bem como uma forma de 
agradecimento, à Mãe-Terra (quando batemos cabeça no chão três vezes) que, através 
de seus mistérios, nos dá tudo o que nos sustenta e mantém. 
 Demonstra um ato de humildade e reverencia, no qual o médium se propõe a se 
abdicar de sua personalidade e de se colocar na condição de mero instrumento a 
disposição do guia que ira trabalhar. No ritual o médium se entrega à divindade, tanto o 
corpo quanto a alma, ele se coloca a serviço do divino, para que o divino faça uso de seu 
corpo e de seu espírito da melhor forma que lhe convier. O individuo não esta lá apenas 
por ele, mas por toda uma comunidade que precisa dele. 
Deve-se, em uma rápida prece mental, pedir a licença para trabalhar e pedir 
auxílio a Deus, aos Orixás e aos Guias espirituais, para um melhor desempenho de suas 
funções mediúnicas, recebendo a energia dos Orixás donos deste Templo Sagrado. 
Bater a cabeça para o nosso Pai de Santo, (ato que ocorre no terceiro domingo 
do mês nas giras de desenvolvimento) significa respeito ao orixá do dirigente, e é o 
momento de pedir permissão, benção e toda proteção para que as suas entidades possam 
trabalhar e produzirem cada vez mais e melhores resultados. 
 Em nosso Terreiro também batemos a cabeça toda vez que desincorporamos as 
entidades. Este ato pode significar estar agradecendo a toda força ali concentrada e que 
certamente fortaleceu e ajudou no trabalho do nosso guia. E assim renovarmos nossa 
intenção de continuarmos sendo aparelhos dos guias e protetores da Umbanda. Ao 
mesmo tempo faz com que a nossa freqüência vibratória volte ao normal. (comum ao 
nosso ser.) 
 Como podemos ver, todo gesto tem uma razão, e o bater cabeça não foge a esta 
regra. Da próxima vez lembre-se de que batendo sua cabeça você está fazendo tudo o 
que colocamos aqui, concorde com isso e faça-o com respeito e dedicação e certamente 
tirara melhor proveito. 
 
 
 
 25
CONGÁ 
OS FUNDAMENTOS DO CONGÁ 
O congá é o mais potente aglutinador de forças dentro do terreiro: é atrator, 
condensador, escoador, expansor, transformador e alimentador dos mais diferentes tipos 
de energias e magnetismo. Existe um processo de constante renovação de axé que 
emana do congá, como núcleo centralizador de todo o trabalho na umbanda. Cada vez 
que um consulente chega à sua frente e vibra em fé, amor, gratidão e confiança, 
renovam-se naturalmente os planos espiritual e físico, numa junção que sustenta toda a 
consagração dos orixás na Terra,na área física do templo. Vamos descrever as funções 
do congá: atrator: atrai os pensamentos que estão à sua volta num amplo magnetismo de 
recepção das ondas mentais emitidas. Quanto mais as imagens e elementos dispostos no 
altar forem harmoniosos com o orixá regente do terreiro, mais é intensa essa atração. 
Congá com excessos de objetos dispersa suas forças. 
CONDENSADOR: condensa as ondas mentais que se “amontoam” ao seu redor, 
decorrentes da emanação psíquica dos presentes: palestras, adoração, consultas etc. 
ESCOADOR: se o consulente ainda tiver formas-pensamentos negativas, ao chegar 
na frente do congá, elas serão descarregadas para a terra, passando por ele (o congá) em 
potente influxo, como se fosse um pára-raios. 
EXPANSOR: expande as ondas mentais positivas dos presentes; associadas aos 
pensamentos dos guias que as potencializam, são devolvidas para toda a assistência num 
processo de fluxo e refluxo constante. 
TRANSFORMADOR: funciona como uma verdadeira usina de reciclagem de lixo 
astral, devolvendo-o para a terra; alimentador: é o sustentador vibratório de todo o 
trabalho mediúnico, pois junto dele fixam-se no Astral os mentores dos trabalhos que 
não incorporam. Todo o trabalho na umbanda gira em torno do Congá. A manutenção 
da disciplina, do silêncio, do respeito, da hierarquia, do combate à fofoca e aos 
melindres, deve ser uma constante dos zeladores (dirigentes). 
Nada adianta um Congá todo enfeitado, com excelentes materiais, se a harmonia 
do corpo mediúnico estiver destroçada; é como tocar um violão com as cordas 
arrebentadas. Caridade sem disciplina é perda de tempo. Por isso, para a manutenção da 
força e do axé de um Congá, devemos sempre ter em mente que ninguém é tão forte 
como todos juntos. 
TEXTO EXTRAÍDO DO LIVRO: Umbanda Pé No Chão – Noberto Peixoto – Pelo Espírito de Ramatis 
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A FUMAÇA DOS CHARUTOS E DOS CACHIMBOS 
 
Assim, à primeira vista, pode parecer incoerente uma entidade de luz “Fumar” 
um cachimbo ou charuto. E seria se realmente fumassem. Mas eles não fumam. 
 Quando simplesmente acendemos um cigarro, charuto ou cachimbo pelo simples 
prazer de fumar, estamos entrando no lado profano destes elementos ou seja, estamos 
alimentando um vicio que nos faz bem e dentre muitos casos já constatados não 
somente na umbanda, muitos seres "vampirizadores" se utilizam destes elementos para 
ainda fora do corpo alimentarem os seus vícios que contraíram quando ainda 
encarnados, temos uma sugestão de leitura nos livros de ANDRÉ LUIZ psicografado 
por CHICO XAVIER e do LIVRO DOS ESPÍRITOS codificado por ALLAN 
KARDEC que nos esclarecem bem e com muitos detalhes este assunto. 
Na umbanda quando um guia pede por exemplo um charuto, antes de acende-lo ele o 
"consagra" ou seja, lhe da um endereço energético despertando no mesmo 03 fatores 
importantes: A ERVA, O FOGO E O ASSOPRO. 
A ERVA: Quando despertada em seu lado sagrado todos os elementos vegetais que 
compõem o fumo tem seu lado purificador e curador ativados, sendo bloqueado pelo 
guia que esta se utilizando do fumo os elemento nocivos que prejudicam o organismo. 
O FOGO: A cinza do fumo se torna nas mãos do guia um excelente elemento 
consumidor de miasmas negativos que limpam o campo aurico de quem esta sendo 
atendido pelo mesmo, incluindo chacras e corpo físico. 
O ASSOPRO: Guia não fuma, ele "pita" ou seja, a fumaça não chega a garganta do 
médium, fica somente dentro de sua boca para que através do ectoplasma do médium 
ele possa formar o campo que vai retirar do local onde assopra as cargas negativas. 
Toda esta prática é simples de se compreender quando o médium volta e não sente se 
quer o gosto do fumo em sua boca e não vicia ou seja, não sente após o trabalho de 
atendimento a vontade de fumar charutos, cigarros ou cachimbos. 
O que fazem é se utilizarem dos elementos das ervas, juntamente com elemento 
ígneo (fogo) e aéreo (ar), para desestruturar larvas, miasmas e bactérias astrais que 
 27
muitas vezes estão presentes na aura dos consulentes. É como se fosse uma defumação 
dirigida. 
Durante o período físico em que o fumo germina, cresce e se desenvolve, 
arregimenta as mais variadas energias do solo e do meio ambiente, absorvendo calor, 
magnetismo, raios infravermelhos e ultravioletas do sol, polarização eletrizante da lua, 
éter físico, sais minerais, oxigênio, hidrogênio, luminosidade, aroma, fluidos etéreos, 
cor, vitaminas, nitrogênio, fósforo, potássio e o húmus da terra. Assim, o fumo 
condensa forte carga etérea e astral que, ao ser liberada pela queima, emana energias 
que atuam positivamente no mundo oculto, podendo desintegrar fluídos adversos à 
contextura perispiritual dos encarnados e desencarnados. 
O uso deste material ainda é imprescindível na maioria dos terreiros, pois, como 
sabemos as pessoas vão aos terreiros de Umbanda com todo tipo de necessidade, muitas 
com problemas espirituais graves e que emanam correntes mentais intoxicadas, 
pensamentos pesados, agressivos, enfim, com desmandos causados pela invigilância e 
descaso para com sua própria conduta. E é para combater essa classe, que os sábios 
pretos velhos e caboclos utilizam tais elementos, a fim de livrarem seus filhos de 
doenças e outros males. É, caro irmão de fé, nosso Planeta ainda é um grande hospital e, 
para cada doente, um tipo de remédio. 
Dentro dos Templos de Umbanda, é comum nas giras, os caboclos, fumarem 
seus charutos, e os pretos velhos pitarem seus cachimbos. Costumam ainda baforarem 
as pessoas na hora dos passes, ato de retirar das pessoas as energias negativas. 
 Essas fumaças, ao contrário do que pensam muitas pessoas, não são somente 
fumaça. Eles a utilizam como uma espécie de defumador. Elas têm o poder de purificar 
tanto nossa matéria como o local onde estão sendo realizados os trabalhos. Dentro dos 
rituais, tudo é sagrado, até mesmo as fumaças. Quando as entidades nos baforam as 
fumaças, ou mesmo quando ela é expelida para cima, possui um poder incomensurável. 
Se pudéssemos ver através da janela que separa nosso mundo do mundo espiritual, 
veríamos muitos espíritos atrasados, e obsessores sendo retirados através dela. 
 Por que? Muito simples: Tudo no cosmo é energia viva! E não poderia ser 
diferente com nossas entidades nem mesmo com tudo que utilizam em seus rituais. Se 
um espírito nos incensa com seu charuto ou com seu cachimbo, ele na verdade, expulsa 
através da fumaça todos os nossos inimigos invisíveis que teimam em permanecerem ao 
 28
nosso lado, nos compelindo muitas vezes, a praticarmos atos contrários ao nosso 
desenvolvimento. 
Hoje em dia, as pessoas já não prestam mais tanta atenção nos rituais que as entidades 
praticam quando incorporadas em seus médiuns. Pensam apenas nas coisas que ali 
foram buscar e deixam de se atentarem para os rituais mágicos que os mentores estão 
praticando. 
 Dentro desses rituais, se formos observar, os caboclos, por exemplo, praticam a 
PAJELANÇA, ritual muito comum entre os silvícolas (quem vive nas florestas) ainda 
nos dias de hoje, costumam nos defumarem com seus charutos, rodam, dançam, cantam 
e usam todos os recursos que possuem para nos ajudar. 
 Temos que aprender a valorizar nossas entidades, como os mais antigos faziam. 
Tinham esses por hábito, elevarem seus pensamentos em tudo que desejavam, quando 
as fumaças eram expelidas, fossem dos cachimbos ou dos charutos. 
Nesse momento, mentalizavam suas casas, seus problemas, sua saúde e de sua família, 
pediam mentalmente que fossem descarregados das energias ruins que atrapalhavam 
suas vidas. Não se atreviam a desviar seus pensamentos de seus ideais, e com isso 
conseguiam alcançar graças maravilhosas. E é assim até hoje. Se você fizer desta forma 
E com toda Fé, verá que as graças serão alcançadas. Valorizemos, pois, os rituais 
de nossas entidades e veremos quantas maravilhas podem operar em nossas vidas.29
TRONQUEIRA 
São aquelas casinhas, normalmente encontradas na entrada de um terreiro de 
umbanda, que tem como finalidade o assentamento das forças dos mentores e protetores 
da casa. Tronqueira é o ponto de firmeza e de segurança de um templo de Umbanda. 
Junto com os assentamentos é firmada a tronqueira, um ponto onde todas as 
negatividades são descarregadas. Esse "setor" dos terreiros é de responsabilidade dos 
senhores Exus (os guardiões), que cuidam para que nenhum invasor espiritual perturbe 
os trabalhos, interferindo na gira, atacando os médiuns, etc. Uma tronqueira bem 
firmada é garantia de trabalhos bem sucedidos nos terreiros. Este recurso é no templo, 
um ponto de força onde está firmado (ativado) o poder dos guardiões que militam em 
dimensões à nossa esquerda. 
 O ponto de força funciona como pára-raios, é um portal que impede as forças 
hostis se servirem do ambiente religioso de forma deturpada. É importante que os 
médiuns e os assistidos saibam da importância de uma tronqueira e que todos saibam 
que este ponto de força está sobre as ordens da LeiMaior. 
 Devemos saudá-los, de forma respeitosa quando adentramos nos templos. 
Qualquer um pode se servir do poder destes guardiões, acenda uma vela e peça 
proteção e auxílio e receberá. Eles estão a serviço do Bem, da Lei Maior. 
Eles (Exus) estão a serviço de Deus (Zambi). 
 
 
 Devemos lembrar que a Casa das Almas é o segundo lugar mais importante 
de um terreiro de umbanda, e o primeiro é o Congá. 
 
 
 
 
 
 
 
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PRECES 
“Quando estiverdes orando, perdoai.” Jesus (Marcos, 11:25) 
 ”A verdadeira prece não se consubstancia na reza, mero ato repetitivo de palavras, nem na oração discursiva, 
preocupada com a forma e vazia de conteúdo. A prece autêntica é um contato indefinível da criatura com o 
Criador, puro sentimento em palpitação de humildade amorosa, e se a pouca ciência despreza-lhe o inestimável 
valor, a muita ciência, nos domínios da Psicologia, identifica-lhe imensa utilidade, sobretudo na equação de um 
dos maiores problemas do ser humano, o da angústia existencial.” 
 
As preces e orações são realizadas naqueles momentos em que estamos em 
comunhão com o nosso "Pai Criador" ou nossos Mentores Espirituais, visando a 
louvação, pedido ou agradecimento de graças alcançadas. 
 A melhor e mais eficaz prece é aquela que falamos ou dizemos através de nossos 
pensamentos, sentimentos e por conseqüência de nossas ações. Se uma imagem 
representa mil palavras, uma boa ação em relação ao nosso ambiente, envolvendo 
pessoas e coisas, representarão mil preces. 
 As preces devem ser ditas com aquilo que pensamos e sentimos num determinado 
momento, evitando alguns modelos que podem não representar efetivamente o que 
pensamos. Mas, alguns têm, por algum motivo, dificuldade de expressar o seu 
pensamento e sentimento, precisando num momento inicial, de uma estrutura formatada 
de prece para conduzir o seu "Eu espiritual" ao "Cosmos". Não é demérito a utilização 
daquilo que está disponível, pois o que será mais levado em conta é o sentimento, ou 
melhor, a emoção colocada naquilo que está sendo verbalizado. 
 Coloque a sua emoção naquilo que está sendo dito e a Espiritualidade, de acordo 
com o eu merecimento, estará ouvindo e conduzindo para a melhor conclusão. 
 Na questão 658 do Livro dos Espíritos, Kardec pergunta se a prece é agradável a 
Deus, e os espíritos superiores esclarecem que sempre que a prece for feita do coração 
será agradável a Deus, porque Deus reconhece a intenção de quem faz. A prece lida é 
feita mais com os lábios do que com o pensamento. A prece é um ato de adoração e 
veículo de ligação com Deus. Nela podem-se propor três coisas: Louvar, Pedir e 
Agradecer. 
Também existe o lado da prece como instrumento do progresso moral do homem, pois o 
torna mais forte contra as tentações. 
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O essencial não é orar muito, mas orar bem. O fato de orar não oculta as 
nossas faltas, nem obtemos o perdão por intermédio da prece, mas com ela Deus nos 
envia os bons espíritos, que nos incentiva e nos dão forças para nos modificarmos, e nos 
abrem os caminhos para a prática das boas ações, sendo esta a melhor das orações, pois 
os atos valem mais que as palavras. 
Texto de Reflexão: O Pássaro e a Oração 
Você já viu um passarinho dormindo num galho ou num fio, sem cair? Como é 
que ele consegue isso? Se nós tentássemos dormir assim, iríamos cair e quebrar o 
pescoço! 
O segredo está nos tendões das pernas do passarinho. Eles são construídos de 
forma que, quando o joelho está dobrado, o pezinho segura firmemente qualquer coisa. 
Os pés não irão soltar o galho até que ele desdobre o joelho para voar. 
O joelho dobrado é o que dá ao passarinho a força para segurar qualquer coisa. É 
uma maravilha, não é? Que desenho incrível que o Criador fez para segurar o 
passarinho! 
Mas, não é tão diferente em nós. Quando nosso "galho" na vida fica precário, 
quando tudo está ameaçado de cair, a maior segurança, a maior estabilidade nos vem de 
um joelho dobrado, dobrado em oração. 
Se você algumas vezes, se vê num emaranhado de problemas que o fazem perder 
a fé, desanimar de caminhar; não caminhe mais sozinho, Jesus quer fortalecê-lo e 
caminhar consigo por toda sua vida! É Ele quem renova suas forças e sua fé, e se cuida 
de um passarinho, imagina o que não fará por você Seu filho amado, basta você CRER! 
Também para Reflexão: 
Que é mais importante, freqüentar a igreja, o centro espírita, fazer novenas e 
orações, ou tornar-se uma pessoa melhor? 
De que adianta adentrarmos os templos da nossa fé, se trazemos a mente 
carregada de maus pensamentos; se o coração não perdoa e as emoções ficam girando 
em torno dos interesses materiais e das paixões inferiores? 
Jesus foi muito claro ao dizer: “Antes de entrares no templo para fazeres tua 
oferenda, vai e reconcilia-te com teu inimigo”. Isto significa que para entrarmos em 
contato com as forças mais altas devemos primeiro limpar o coração de todos os 
ódios, das mágoas, vaidade e das sujeiras que ali desenvolvemos com nossas atitudes 
egoístas e antifraternas. 
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OBRIGAÇÃO 
 Entendemos como obrigação a oferenda que um guia (preto velho, caboclo ou 
criança) passa para o médium fazer, quando esse (guia) vê a importância de promover 
uma melhor comunicação entre o médium e seus mentores. Em nossa casa é comum os 
guias passarem para os iniciantes, uma obrigação muito simples como por exemplo: 
acender uma vela para seu anjo da guarda sempre que for à gira. 
Obrigação é a união de um ponto de atração e ligação entre um ser encarnado e 
uma Força Superior (um Orixá). Na Umbanda essas ditas Obrigações, são preparadas 
com elementos naturais, fazendo desta forma uma alquimia tal que, determina a 
Freqüência do Orixá desejado. 
 Com o passar do tempo e a evolução mediúnica de cada médium, outras 
obrigações (oferendas) poderão e deverão ser passadas, principalmente no encerramento 
do ano ou seja na macaia que é uma grande oportunidade de se fazer um agrado aos 
bondosos Orixás, pois estamos em contato direto com a natureza, que é o habitat 
natural deles. Outro momento especial que é passado obrigações é na coroação de 
médium de oriente onde o guia chefe da casa determina algum tipo de obrigação 
especifica para cada médium, que tem sua coroa e pai de cabeça individual, sendo ele o 
guia chefe que tem essa função. 
Estas oferendas são compostas normalmente de: frutas, velas e outros, e é ideal 
que o médium indague porque e pra quem ele ira entregar essas obrigações. Pôs é de 
grande importância o conhecimento do que esta fazendo. Sabendo, estará pensando e 
assim estará vibrando que é o elemento principal em qualquer oferenda. Lembrem-se 
que cada Orixá tem sua cor representa através das velas e das fitas, cada um tem sua 
bebida,como também cada um tem sua fruta etc. 
 
Obs. Umbanda não faz obrigação (oferenda) com sacrifício de animais. 
 
 
 
 
 
 
 
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ATABAQUES 
Atabaque (ou Tabaque) é um instrumento musical de percussão. O nome é de 
origem árabe: at-tabaq (prato). 
Tem a função de ajudar na concentração dos médiuns. Os toques assim como os 
cantos envolvem a mente do médium, não a deixando desviar – se do propósito do 
trabalho espiritual. Além disso, a batida do atabaque induz o cérebro a emitir ondas 
cerebrais diferentes do padrão comum, facilitando o transe mediúnico. Esse processo 
também é muito utilizado nas culturas xamânicas do mundo afora. 
Entrando na parte espiritual, os cantos, quando vibrados de coração, atuam 
diretamente nos chacras superiores, coronário, frontal e laríngeo, ativando - os 
naturalmente e melhorando a sintonia com a espiritualidade superior, assim como nos 
chacras inferiores, criando condições ideais para a prática da mediunidade de 
incorporação. 
As ondas energéticas – sonoras emitidas pela curimba, vão tomando todo o 
centro de Umbanda e vão dissolvendo formas – pensamento negativos, energias pesadas 
agregadas nas auras das pessoas, diluindo miasmas, larvas astrais, limpando e criando 
toda uma atmosfera psíquica com condições ideais para a realização das práticas 
espirituais. A curimba tranforma – se em um verdadeiro “pólo” irradiador de energia 
dentro do terreiro, potencializando ainda mais as vibrações dos Orixás. 
Os pontos cantados transformam – se em “orações cantadas”, ou melhor, 
verdadeiras determinações de magia, com um altíssimo poder de realização, pois é um 
fundamento sagrado e divino. Poderíamos chamar tudo isso de “magia do som” dentro 
da Umbanda. 
A Curimba também é de suma importância para a manutenção da ordem nos 
trabalhos espirituais, com os seus pontos de “chamada das linhas”, “subida”, “firmeza”, 
“saudação”, etc. Entendam bem, os guias não são chamados pelos atabaques como 
muitos dizem. Todos já encontram – se no espaço físico - espiritual do terreiro antes 
mesmo do começo dos trabalhos. Portanto a curimba não funciona como um “telefone”, 
mas sim como uma sustentadora da manifestação dos guias. O que realmente invoca os 
guias e os Orixás são os nossos pensamentos e sentimentos positivos vibrados em 
vossas direções. Ao cantarmos com amor expressamos esse sentimentos, é assim que é 
a verdadeira invocação de Umbanda 
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Falando agora da função de atabaqueiro e curimbeiro, ou simplesmente da 
função de “ogã” como popularmente as pessoas chamam na Umbanda, enfatizamos a 
importância deles serem bem preparados para exercerem tal função em um terreiro. 
Infelizmente ainda hoje a mentalidade de que o ogã é “qualquer um que não incorpore” 
persiste. Mas afirmamos um ogã preparado de fato. é peça fundamental dentro do 
ritual de umbanda, ele (preparado) é um médium intuitivo que tem como função 
comandar todo o “sector” da curimba. Por isso faz-se necessário que seja escolhido uma 
pessoa séria, estudada, conhecedora dos fundamentos da religião. 
Quando os Guias, incorporados fazem sua saudação à frente dos atabaques, estão 
saudando as pessoas que tocam, estão pedindo para que as forças movimentadas pela 
curimba sejam benéficas a todos, mas estão principalmente, saudando e agradecendo a 
toda essa corrente de trabalhadores “anônimos” do astral. 
Estão percebendo como muita coisa foge aos nossos sentidos em uma “simples” 
e humilde gira de Umbanda? 
 
GUIA (COLAR) 
Conhecidas também como "Cordão de Santo", "Colar de Santo" ou "Guias", são 
ritualisticamente preparadas, ou seja, imantadas, de acordo com a tônica vibracional de 
quem as irá utilizar (médium e entidade), e conforme o objetivo a que se destinam. 
São compostas de certo número de elementos (contas de cristal ou louça, búzios, 
Lágrimas de Nossa Senhora, dentes, palha da costa, etc.), distribuídos em um fio (de 
Aço, Náilon ou fibra vegetal), obedecendo a uma numerologia e uma cromologia 
adequada; ou ainda, de acordo com as determinações de uma entidade em particular. 
Então, que fique claro aos umbandistas que o uso de colares ou "guias de proteção" não 
é uma coisa só da Umbanda ou dos cultos afros aqui estabelecidos. Inclusive, os índios 
americanos também usavam e ainda usam colares, braceletes, pulseiras e talismãs, tal 
como fazia e faz o resto da humanidade. Os padres da Igreja Católica usam rosários, 
crucifixos pendurados no pescoço (um colar, certo?), escapulários, etc., assim como 
todos os sacerdotes da maioria das religiões atuais o fazem com seus colares 
consagrados. 
Enfim, não há nada de excepcional, incomum ou fetichista no fato de os médiuns 
umbandistas usarem colares de proteção ou de trabalhos espirituais quando 
incorporados pelos seus guias 
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Para que servem: 
Têm poder de elevação mental. Se utilizadas durante um trabalho espiritual, tem 
função de servir como ponto de atração e identificação da vibração principal e/ou 
falange em particular, atuante naquele trabalho, servindo assim como elemento 
facilitador da sintonia para o médium incorporado. Elas nos auxiliam em nossas 
incorporações, pois estas atraem a "energia" particular de cada entidade, captando e 
emitindo bons fluidos, formando assim, um círculo de vibrações benéficas ao redor do 
médium que as usa. 
Servem como pára-raios. Se há uma carga grande, ao invés desta carga chegar 
diretamente no médium, ela é descarregada nas guias, e se estas não agüentarem, 
arrebentam. 
Podem ser utilizadas pelo médium, para "puxar" uma determinada vibração, de 
forma a lhe proporcionar alivio em seus momentos de aflição. 
Que Fios (guia) e Conta Utilizar: 
Quando o médium inicia os trabalhos em nossa casa ele deverá adiquirir a sua 
primeira guia que é a guia das Almas, logo no primeiro dia . Como também a guia de 
Oxalá, o ideal é que os médiuns tenham pelo menos uma guia para participar dos 
trabalhos que a guia das Almas. 
A seguir, conforme o desenvolvimento do médium, as entidades que auxiliam os 
médiuns em seu desenvolvimento poderão pedir que se confeccionem outras 
guias(colares) de trabalho. Os guias espirituais sabem como consagrá-los (guias/colares) 
espiritualmente, imantando-as de tal forma que, após cruzá-las, estão prontas para ser 
usadas pelos médiuns como filtros protetores ou pelos seus guias como instrumentos 
mágicos, ainda que só uma minoria dos guias as utilize efetivamente com essa 
finalidade e a maioria as prefira como pára-raios protetores ou descarregadores das 
cargas energéticas negativas trazidas para dentro dos locais de trabalhos espirituais 
pelos seus consulentes. 
Não e indicado que o médium escolha suas guias por conta própria. 
As guias devem ser tratadas pelos médiuns com todo carinho e o máximo de 
respeito, pois após elas serem cruzadas pelas entidades, passam a ser elementos 
sagrados representando os Orixás. 
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Toda guia antes de ser usada pela primeira vez, deverá ser cruzada (sagrada) por 
uma entidade de um médiun coroado, pai ou mãe pequeno ou se possível pelo pela 
entidade chefe da casa. 
Ter uma guia no pescoço, sem estar consagrada e imantada não representa nada, 
energeticamente falando, seria apenas mais um colar. 
 
VESTUÁRIO 
 
Por Que Usamos O Branco ? 
Dentre os princípios da Umbanda, um dos elementos de grande significância e 
fundamento, é o uso da vestimenta branca. Em 16 de novembro de 1908, data da 
anunciação da Umbanda no plano físico e também ocasião em que foi fundado o 
primeiro templo de Umbanda, Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, o espírito 
Caboclo das Sete Encruzilhadas, entidade anunciadora da nova religião, ao fixar as 
bases e diretrizes do segmento religioso, expôs, dentre outras coisas, que todos os 
sacerdotes (médiuns) utilizariam roupas brancas. Mas, por quê?. 
 Teria sido uma orientação aleatória, ou o reflexo de um profundo conhecimento mítico, 
místico, científico e religiosoda cor branca? No decorrer de toda a história da 
Humanidade, a cor branca aparece como um dos maiores símbolos de humildade e 
fraternidade já utilizados. Os Magos Brancos da antiga Índia eram assim chamados 
porque utilizavam a magia para fins positivos, e também porque suas vestes sacerdotais 
eram constituídas de túnicas e capuzes brancos. O próprio Cristo Jesus, ao tempo de 
sua missão terrena, utilizava túnicas de tecido branco nas peregrinações e pregações que 
fazia. 
 Porque a roupa branca transmite a sensação de assepsia, calma, paz espiritual, 
serenidade e outros valores de elevada estirpe. Se não bastasse tudo o que foi dito até 
agora, vamos encontrar a razão científica do uso da cor branca na Umbanda através das 
pesquisas de Isaac Newton. 
 Este grande cientista do século XVII provou que a cor branca contém dentro de si todas 
as demais cores existentes. 
 Portanto, a cor branca tem sua razão de ser na Umbanda, pois temos que lembrar 
que a religião que abraçamos é capitaneada por Orixás, sendo que Oxalá, que tem a cor 
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branca como representação, supervisiona os Orixás restantes. Assim como a cor branca 
contém dentro de si todas as demais cores, a Irradiação de Oxalá contém dentro de sua 
estrutura cósmico-astral todas as demais irradiações (Oxossi, Ogum, Xangô, etc.). 
 A implantação desta cor em nossa religião, não foi fruto de opção aleatória, mas 
sim pautada em seguro e inequívoco conhecimento de quem teve a missão de 
anunciar a Umbanda. Salve o Caboclo das Sete Encruzilhadas!!!!! 
Vestuário Uniforme, Uma Necessidade 
Uma das bases trazidas pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, por ocasião da 
anunciação da Umbanda no plano físico, evento histórico ocorrido em 15/16 de 
novembro de 1908, em Neves, Niterói - RJ, é a que diz respeito a igualdade. 
 Sabemos que na atual sociedade, com valores deturpados ou invertidos, é 
comum as pessoas avaliarem umas as outras, não pelo grau de espiritualidade, moral, 
caráter e boas ações, mas sim pelo que se apresenta a nível de posses materias. Dentro 
deste contexto, é corriqueiro, embora extremamente falho, valorizar ou conceituar os 
habitantes deste planeta tendo como base a apresentação pessoal externa do indivíduo, 
ao invés de se atentar para qualificativos internos. Prioriza-se bens materiais em 
detrimento das virtudes (da valores). 
 E é justamente por tudo isto que a Umbanda adotou o vestuário uniforme, para que 
alguns assistentes ainda enraizados em equivocados conceitos não tenham como dar 
vazão a seus distorcidos juízos de valor. 
 Assim, quem adentra por um terreiro na esperança de cura ou melhora de seus 
problemas, jamais terá a possibilidade de identificar no corpo mediúnico, todos com 
trajes iguais, eventuais ou supostas diferenças intelectuais, culturais e sociais. Não terá a 
oportunidade de saber se por trás daquela roupa sacerdotal encontra-se um rico 
empresário, um camelô, ou uma empregada doméstica. Porque há quem vincule a 
eficácia de um socorro espiritual tomando por parâmetro o próprio médium através do 
qual a entidade se manifesta. Se o medianeiro atuasse nas sessões de caridade com trajes 
civis (comuns), algumas pessoas, que pensam da forma citada, passariam a tentar 
analisar o grau de intelectualidade, de situação financeira, social etc., pela qualidade do 
vestuário apresentado pelos médiuns. Então, sacerdotes calçando sapatos de fino couro, 
camisas e calças de marcas famosas, seriam facilmente identificados e 
preferencialmente procurados. Outros tantos, humildes na sua apresentação, seriam 
colocados em segundo plano. 
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TOALHA BRANCA ( PANO DE COSTA) 
 
 E mais uma ferramenta do Médium que pode servir para bater cabeça ou até 
mesmo para limpeza de seu suor durante os trabalhos. 
 Em nosso terreiro não exigimos o pano de costa como parte do vestuário do 
médium, mas em sendo todo branco e medindo aproximadamente 50cm. X 76cm. Será 
permitido. 
 
BANHOS 
 
 Nos banhos ritualísticos de uma maneira geral (são rituais) utilizamos 
determinados elementos da natureza, de maneira ordenada e com conhecimento de 
causa, com o intuito de troca energética entre o indivíduo e a natureza, a fim de 
fornecer-lhe e proporciona equilíbrio energético e mental. 
Estes banhos prestam-se para limpar as energias negativas, livrar as pessoas de 
influências negativas, reequilibrar a pessoa, aumentar a capacidade receptiva do 
aparelho mediúnico, já que os chacras serão desobstruídos, em fim, tem grande 
importância na manutenção dos corpos. Embora o banho utiliza-se de elementos 
materiais, que serão jogados sobre o corpo físico, a contraparte etérica será depositada 
sobre os chacras, corpo astral e aura que receberão diretamente o Prana ou éter vital, 
bem como a parte astral dos elementos densos. 
 
Qual a sua função: 
- Retirar as energias negativas que estão impregnadas no paciente e revitalizar ou seja 
imantar o paciente de energias positivas. 
Os banhos devem ser utilizados como remédio, Sempre tomados com as devidas 
precauções. Segundo as palavras do preto-velho: "Não adianta só o banho, temos que ter 
força para transmutar toda a negatividade em positividade". 
Sabemos como é difícil viver em um ambiente onde ainda prevalecem as energias da 
sensualidade, do egoísmo e da falta de amor ao próximo, por isso os banhos servem 
para auxiliar aqueles que se sentem pesados, doentes e procuram um meio de ficar 
"mais leves", limpando e vitalizando os seus veículos mais sutis. 
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 Uma questão importante foi levantada pelo nosso amigo preto-velho: nada pode 
substituir o amor, o perdão e a paz interior. O banho é uma ferramenta auxiliar, uma 
bengala e jamais poderá substituir o esforço e a coragem dos que buscam vibrar na 
freqüência do Cristo. Use os banhos para se fortalecer, mas não faça deles o apoio para 
a sua caminhada espiritual. 
Um banho de limpeza retira as energias que estão "pesando" e o banho de 
vitalização ou elevação imanta a pessoa de energias positivas. 
Para o objetivo ser alcançado é necessário que o paciente se esforce para manter esse 
padrão vibratório de otimismo e confiança. Se retroceder ao padrão de pensamento e 
emoções descontroladas que tinha antes, tudo volta a ser como era. 
O amigo preto-velho deu um exemplo perfeito: "É como aquele que toma banho 
de sabão e se esfrega no chão". O padrão vibracional tem que ser melhorado e o mais 
importante: deve ser MANTIDO!!!! 
Como diria o Divino Mestre, "Orai e Vigiai!" 
A conhecida fé é muito importante quando se faz um tratamento visando 
alcançar a matéria que vibra outros planos da vida. Acreditar no tratamento atrai 
energias importantes, criando um ambiente propício para a ajuda dos amigos espirituais 
que doam energias e atuam inspirando "idéias" renovadoras. Podemos pensar no banho 
como um "momento" onde o médium se dedica a si, buscando a melhora ao se tornar 
receptivo para a ajuda externa. Se o médium não mantém um ambiente interior 
adequado, fica difícil aos espíritos atuarem na limpeza do ambiente externo (locais 
freqüentados) e interno (pensamentos e emoções). 
 
Quem deve tomar os banhos : 
Qualquer um pode tomar os banhos que serão mostrados neste artigo. Seja 
espírita, umbandista, católico, não importa o crédo, a natureza é sempre por todos!! 
 
Banho de Descarrego: 
Serve para livrar o indivíduo de cargas energéticas negativas. Estamos o tempo 
todo em contato com diversas pessoas e ambientes onde o mal e as energias negativas 
são abundantes. Por mais que nos vigiemos ora ou outra baixamos nosso nível 
vibratório e imediatamente estamos entrando nessa egrégora (campo) de energia 
negativa. Se não nos cuidarmos vamos adquirindo doenças, distúrbios e podemos até ser 
obssediado, por isso o banho de descarrego é fundamental. 
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Há dois tipos de banho de descarrego: o banho de sal grosso, que lava toda a 
aura desmagnetizando a pessoa(Este banho é muito eficiente para descarrego, porém 
não deve ser jogado na cabeça e após este banho deve se tomar imediatamente um 
banho de ervas para equilibrar as energias, uma vez que ele realmente é capaz de tirar 
toda a energia da aura, e o banho de ervas de descarrego, que tem efeito mais duradouro 
e consequências maiores que o banho de sal grosso pôs algumas ervas são naturalmente 
descarregadoras e sacodem energeticamente a aura de uma pessoa eliminando grande 
parte das larvas astrais e miasmas. Para preparar este tipo de banho devemos utilizar 
ervas quentes como arruda, guiné, aroeira, folhas de fumo, entre outras. 
 
Conclusão: 
Todos os banhos que vimos trazem benefícios, por isso devemos conhecer as erva de 
descarrego e quais as ervas de elevação espiritual que devemos utilizar. Agora com um 
pouco mais de conhecimento, Acredite na sua intuição na hora de adquirir a erva 
adequada e abra seu coração para esse maravilhoso arsenal de energias doadas pela mãe 
natureza e seja feliz. 
 
PASSE 
No espiritismo codificado por Allan Kardec, a palavra “passe” traz a idéia de “passar” 
ou “transmitir” algo a alguém. A doutrina codificada por Kardec tem base cristã e 
encontra no Evangelho as muitas passagens em que Jesus cura as pessoas e “expulsa” 
espíritos indesejados por meio da imposição de mãos. Algo que vamos encontrar em 
muitas outras culturas como a egípcia, a grega, a celta, a chinesa, a indiana ou em 
tradições indígenas e xamãnicas. Na obra de Allan Kardec vamos encontrar (A Gênese, 
Cap. XIV, 1:14, 15 e 18) a descrição dos “Fluidos” e sua manipulação: 
 “Os Espíritos atuam sobre os fluidos espirituais, não os manipulando como os homens manipulam os gases, mas 
por meio do pensamento e da vontade. O pensamento e a vontade são para os Espíritos o que a mão é para os homens...” 
 “Pode-se dizer, sem receio de errar, que há nesses fluidos, ondas e raios de pensamentos, que se cruzam sem se 
confundirem, como há no ar ondas e raios sonoros...” 
 “ pensamento do encarnado atua sobre os fluidos espirituais como o dos desencarnados; transmite-se de Espírito a 
Espírito pelo mesmo veículo, e, conforme sua boa ou má qualidade, saneia ou vicia os fluidos circundantes..”. 
 O “Passe Umbandista” não é apenas um “passe magnético” ou material e sim 
um “Passe Espiritual”, aplicado por um espírito. Assim como Edgard Armond 
classificou diferentes métodos de aplicação do Passe Magnético para diferentes 
necessidades, também os espíritos que se manifestam na Umbanda aplicam métodos 
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variados de acordo com a necessidade de cada consulente, dentro dos variados recursos 
que cada espírito guia (entidade/mentor), possui. Sem esquecer que cada um recebe na 
medida de seu merecimento e afinidade, podendo um encarnado bloquear uma ação 
positiva direcionada a ele mesmo como conseqüência de sua postura mental. Pois 
muitos merecem, mas não estão abertos emocionalmente ou psicologicamente para 
receber o que a espiritualidade lhe oferece, por vários motivos como descrença, 
irritação, mentalidade critica e posturas interesseiras desfocadas de um objetivo 
espiritual. 
 Com a finalidade de alcançar maior êxito de acordo com as necessidades, o 
merecimento e os recursos disponíveis. Cada entidade tem a liberdade de aplicar a 
técnica que lhe aprouver, desde que não fuja da doutrina da nossa casa, e que esteja 
dentro dos limites de ética, bom senso e respeito. 
 Embora haja um conjunto de métodos e recursos característicos da Umbanda. 
Muitas entidades, em especial os pretos velhos, por exemplo, realizam o benzimento, 
que se distingue do “Passe Magnético”, por empregar uma ação mais relacionada ao 
poder do verbo, elementos e simbologia, considerada “Magia Popular”. Entre os 
elementos mais utilizados podemos identificar velas, água, óleo, pedras, essências, 
fumo, ervas, tecidos e etc. 
 Nos vários métodos também observamos, rezas, orações, preces, evocações, 
invocações, determinações e fórmulas mágico-religiosas associadas a banhos, 
defumações, oferendas e outros. 
 Todos estes recursos estão mais ou menos associados ao “Passe Umbandista”, 
no qual se cria um ambiente de Som, Cores, Aromas e Luzes, capaz de inebriar de 
forma positiva todos os cinco sentidos do consulente a fim de conduzi-lo a certo estado 
de consciência desejado. 
 Durante o “Passe Umbandista” algumas vezes podemos observamos a entidade 
espiritual fazer a imposição de mãos, segurar velas direcionadas aos chakras ou 
traçando movimentos no ar, colocam colares (guias) no pescoço do consulente fazem 
gestos rituais e movimentos com os pés e mãos que nos faz crer na “Magia Gestual”. 
Em meio a tantos recursos, que nos encantam e fascinam, nos chama a atenção, em 
especial, o estalar de dedos, bem característico em quase todas as linhas de trabalho. 
Muitas pesquisas e especulações já foram realizadas sobre esta prática, entre elas são 
identificadas as energias que existem na ponta de cada um dos dedos da mão, que são 
pequenos chakras ou vórtices de energia (“chacrinhas”), e, o “choque” vibratório 
 42
desencadeado no ar quando o dedo médio estala sobre a região da mão chamada de 
“monte de Vênus”, causando vibração astral e sonora o que desperta certa energia 
dentro do campo em que está atuando. Este “Estalar de Energias” pode assumir 
contextos variados de acordo com o que esteja associado, por meio do pensamento ou 
movimentos. Além deste contexto pode-se usar o estalar de dedos como um simples 
gesto de descarregar as energias absorvidas pelas palmas das mãos. Um caboclo ou 
outro espírito guia eleva sua mão ao alto (ou ao lado) buscando certa energia que será 
irradiada ao consulente, num movimento rápido, ao mesmo tempo em que transmite 
esta energia positiva, retira os eflúvios negativos e os “descarrega” com um estalar de 
dedos. 
 Muito mais poderíamos escrever sobre o “Passe Umbandista” e seus recursos, 
no entanto não pretendemos em um único artigo esgotar o que é inesgotável. Fica aqui 
um comentário final sobre a importância do estudo, não para complicar o que é 
realizado de forma tão simples por nossos guias de Umbanda, mas com a finalidade de 
compreendermos o que eles realizam, com a consciência de que eles sim estudam e 
estudaram muito para realizar este trabalho espiritual. Não estudamos por um 
movimento do Ego ou para substituir a presença dos mesmos, mas para lhes oferecer 
maiores recursos psíquicos, espirituais e materiais. Estudamos para ver o quanto somos 
ainda “neófitos” (aprendizes) nesta senda, em que Caboclo (a), Preto Velho são nossos 
Mestres. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 43
ENTIDADES E GUIAS ESPIRITUAIS 
 
Entidade é o nome dado a todos os espíritos que estão em uma faixa de vibração 
astral, boa para o trabalho na Umbanda. Conforme seu grau de evolução espiritual, esses 
espíritos são levados a fazer parte de uma falange (agrupamento de espíritos), a fim de 
atuarem, aprenderem e evoluírem espiritualmente. Lá eles permanecem até a possível 
volta para uma reencarnação ou a evolução para um plano espiritual superior. 
As entidades que curvam nos terreiros de umbanda, tem como função promover 
a comunicação do encarnado (ser) com o Astral Superior que é a vontade e a força dos 
Orixás, e assim de Deus, e são os espíritos que chamamos de guias e protetores. Isto 
quer dizer que estes espíritos deverão possuir uma vestimenta, uma roupagem fluídica 
para que possam se manifestar nos terreiros de umbanda. 
Por ser uma religião espiritualista e mediúnica, seus ritos são sempre conduzidos 
diretamente ou indiretamente por espíritos desencarnados. Mas na Umbanda os espíritos 
mentores, chamados de guias, sempre deverão pertencer a uma falange, ou seja a um 
agrupamento de entidades que escolhem uma determinada forma para se apresentarem.Dizemos que a Umbanda é fundamentada em um tripé essencial, que são as 
formas de apresentação (essenciais), sem as quais não se pode falar em Umbanda, e isso 
é unânime. Pretos-Velhos, Caboclos e Crianças formam o essencial da Umbanda. 
Significando o desenvolvimento da vida, ou seja o início da vida, a pureza e a 
simplicidade, a descoberta (infância = crianças), o amadurecimento a virilidade o 
destemor, a vontade e o arrojo, a força (adulto = caboclo) e o amadurecimento, a 
sabedoria da vivência, a humildade de quem já viveu muito, a experiência e o conhecer 
das outras fases (velhice = pretos-velhos). 
 
 
 
 
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FALANGES 
 
Falanges: são agrupamentos de espíritos afins que possuem a mesma vibração. 
São elas: pretos velhos, caboclos, crianças, boiadeiros, orientais e mestres que 
trabalham na cura. 
Acreditamos que para conhecermos minimamente nossa religião precisamos 
saber como ela é estruturada no plano superior, como ela é estruturada espiritualmente e 
como ela responde as questões sobre a morte, ou seja, a Vida após a vida. Portanto, 
precisamos saber como ‘é’ e como ‘acontece’ tudo isso na Umbanda. Em primeiro 
lugar, na Umbanda não existe umbral ou colônias, como conhecemos na doutrina 
kardecista ou céu e inferno, como prega a religião católica. 
Na Umbanda o astral se divide em FAIXAS VIBRATÓRIAS POSITIVAS que 
acolhem os espíritos em processo de ascensão espiritual, que são os espíritos virtuosos. 
E FAIXAS VIBRATÓRIAS NEGATIVAS que acolhem os espíritos em queda, que são 
os espíritos viciados e desequilibrados emocionalmente. 
Na Umbanda nós não incorporamos Orixás e sim os falangeiros dos Orixás que 
são entidades evoluídas espiritualmente que vêem trabalhar nas giras de Umbanda. 
Essas entidades constituem o que denominamos falanges de Umbanda e podem penetrar 
em todas as vibrações de Orixás e na vibração do Oriente 
 Assim, a Falange do Caboclo Coral, por exemplo, é composta de inúmeras 
entidades que se apresentam nos terreiros com esse nome. Isso explica porque podemos 
encontrar entidades de mesmo nome atuando em locais diferentes à mesma hora, ou até 
mesmo no mesmo local. As entidades trabalham em multiplicidade, cada uma 
conservando o nome e as características do Chefe da Falange que compõem. 
 
 
 
 
 
 
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Texto para Reflexão 
 
Leia a entrevista com Chico Xavier sobre a nossa religião! Sua opnião sobre a 
mediunidade no Brasil, sua devoção além do espirítismo, mas também ao movimento 
Umbandista e +!!! 
Pergunta: A Umbanda e o Espiritismo caminharão juntos na evolução do Brasil? 
Resposta de Chico Xavier: 
Acreditamos que todos nós os cristãos estamos caminhando para a vitória do 
Cristianismo no Brasil. 
Pergunta: Por que a mediunidade no Brasil é mais do que no resto do mundo? Estará 
esse fenômeno incluído na evolução do povo brasileiro? 
Resposta de Chico Xavier: 
Os espíritos amigos sempre nos informaram que estes fenômenos se devem a 
características de povo cristão que marca a comunidade brasileira. 
O espírito do Cristo é profundamente assimilado pela maioria daqueles que nasceram 
na terra abençoada do Brasil. 
E por isso mesmo a revelação tem aqui dimensões talvez maiores que em outras 
partes do mundo até que o espírito de Cristo consiga também ser assimilado no Brasil 
e até outros países. 
Pergunta: A seu ver como sente a Umbanda atual? 
Resposta de Chico Xavier: 
Eu sempre compreendi a Umbanda como uma comunidade de corações 
profundamente veiculados a caridade com a benção de Jesus Cristo e nesta base eu 
sempre devotei ao movimento umbandista no Brasil o máximo de respeito e a maior 
admiração. 
Pergunta: Chico, cada religião, traz ou deve trazer algo de verdadeiro que possa 
contribuir para a salvação de seus profientes (o Hinduísmo trouxe o dharma para os 
Hindus, o Hermetismo a ciência e o poder das forças ocultas, o Orfismo é a religião 
da beleza para os gregos, o Cristianismo o amor e assim por diante) o que traz de 
positivo a Umbanda? 
 
 
 
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Resposta de Chico Xavier: 
A meu ver o movimento de Umbanda no Brasil está igualmente ligado ao espírito de 
amor do cristianismo. Sem conhecimento de alicerces umbandísticos para formar 
uma opinião específica eu prefiro acreditar que todos os umbandistas são também 
grandes cristãos construindo a grandeza da solidariedade cristã no Brasil para a 
felicidade do mundo. 
Pergunta:O que você acha do mediunismo na Umbanda através de “caboclos” e 
“pretos-velhos?”. 
Resposta de Chico Xavier:: 
Acredito que o mediunismo no movimento de Umbanda é tão respeitável quanto a 
mediunidade das instituições kardecistas com uma única diferença que eu faria se 
tivesse um estudo mais completo de Umbanda; é que seria extremamente importante 
se a mediunidade recebesse a doutrinação do espírita do evangelho com as 
explicações de Alan Kardec fosse onde até mesmo noutras faixas religiosas que não 
fosse a Umbanda. 
Porque a mediunidade esclarecida pela responsabilidade decorrente dos princípios 
cristãos é sempre um caminho de interpretação com Jesus de qualquer fenômeno 
mediúnico. 
 
 
Pra Pensar: 
Existem registros de que no dia 19 de abril de 1976, Chico Xavier, atendeu cerca de 
2000 pessoas na Comunhão Espírita Cristã de Uberaba, totalizando mais de 18 horas 
de trabalhos ininterruptos. Isso significa dizer, meus irmãos, que por mais que se faça 
há sempre algo por fazer. Assim, podemos dizer que é sempre necessário que nos 
doemos cada vez mais. 
 
 
 
 
 
 
 
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MACAIA 
 Definimos Macaia como Local das matas onde os médiuns se reúnem em uma 
linda gira de encerramento em contato mais intimo com todos os orixás, ou seja, 
próximo da natureza. Nela fazemos o batismo na água corrente, dos irmãos que estão 
iniciando na casa. È também o momento apropriado para fazer as oferendas às 
entidades, que estiveram presentes conosco em todas as giras do ano, como 
agradecimento por todos os benefícios concedidos durante o ano, fazendo assim o 
fechamento dos trabalhos. Cada médium devera buscar junto do chefe da casa ou dos 
pais ou mães pequeno(a) s, a oferenda ideal para entregar (arriar) aos Orixas ou a seus 
guias e protetores, no dia da macaia. 
TEXTO: Quando a Macaia Silencia 
“Vocês costumam dizer, quando visitam a macaia, que lá há uma paz enorme, um 
silêncio maravilhoso, uma tranqüilidade espetacular. Mas a verdade é que a macaia, 
quando em paz não é nada silenciosa. Ouve-se constantemente o farfalhar das folhas das 
árvores ao vento, o canto dos pássaros e os sons naturais dos animais. 
Quando a macaia silencia é sinal de Deus de que vem tempestade ou de que, de alguma 
maneira, o seu equilíbrio está ameaçado, invariavelmente pela ação do homem, através 
de queimadas, corte irregular de madeira ou até mesmo um simples “despacho”. Após a 
ação natural (tempestade) a harmonia se restabelece naturalmente. Já pela ação do 
homem... 
A cada dia que passa essas ações estão agredindo mais e mais as matas. As aves 
estão tendo que mudar até seu curso migratório. Os animais estão invadindo territórios 
alheios em busca de alimento. 
Em muitos lugares os rios estão contaminados e as chuvas ácidas, não servindo para 
germinar a terra. 
São constatações, simples constatações. Em dada hora, a macaia silenciará em 
definitivo. Os pássaros não terão mais árvores para fazerem ninhos, a terra estará estéril 
e o silêncio tomará conta de tudo, e esse silêncio não será maravilhoso. 
As representações e os focos das energias dos Orixás criadas por Deus estão 
sendo comprometidos aqui na terra. A caminhar assim o silêncio na Macaia não 
significará mais aviso ou alerta, mas morte.” 
Caboclo Pery 
 
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PONTOS DE ABERTURA (SEGURANÇA) 
 
Podemos observar que encontramos nos cânticos, na música, a forma mais 
simples e sublime de louvação ao amor de Oxalá, para manter a ligação com o astral 
superior. Os pontos de abertura tem a função de desenvolveros trabalhos da corrente 
mediúnica e do trabalho espiritual. É necessária a participação e a concentração de todos 
os médiuns e assistência para a sintonia vibratória, para que as entidades possam 
encontrar um ambiente propicio ao trabalho a ser realizado durante a gira. Juntamente 
com os demais componentes da ritualística da umbanda, trazem força aos trabalhadores 
encarnados (médiuns e assistência) e desencarnados (entidades de luz) dessa grande 
religião. 
Podemos afirmar sem sombra de dúvidas, que os pontos de segurança, através de 
todos que na gira estão, formam uma faixa vibratória de re-ligação com as forças 
emanadas dos espíritos (Divindades), nos harmonizando em uma faixa vibratória 
compatível para o sucesso da firmeza de pensamentos e ações desencadeadas dentro da 
seara do trabalho mediúnico. Para que essa faixa vibratória se faça realmente presente, 
os cânticos devem ser entoados de forma que se expresse do interior do espírito 
humano, que chamamos a voz interior que vem do coração. O entendimento do que se 
está cantando é o que move as energias vibratórias da alma e assim se alcança a beleza 
da imagem projetada no astral. 
Não importa se você usa instrumentos ou apenas as palmas como ritmo para 
entoar os cânticos, mas a fé e a concentração como linha de vibração para tirar o 
máximo de proveito das energias dela provenientes. 
Alguns pontos de abertura: 
 
Almas: “quem caminha com as almas, caminha devagarzinho (2x), é devagar, é 
devagarzinho, quem caminha com as almas nunca se esquece do caminho.” 
Povo d'água: “abrindo a nossa gira, eu quero ver a sua imagem, malei-me nossa 
Senhora, ó Virgem da Conceição” 
Oxalá: “eu vou pedir a zambi eu vou pedir a oxalá (2x), eu vou fazer minha prece pra 
oxalá me ajudar(2x)” 
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SESSÃO 
Sessão é o espaço de tempo em que uma atividade ocorre, como por exemplo: a sessão 
de 1ª e 2ª segunda feira de cada mês, onde os médiuns se reúnem para estudo de 
determinado assunto, sessão de um filme, de um teatro e etc. Sessão é uma reunião 
durante um determinado período. Ou seja, quando você vai no cinema você vai numa 
sessão. 
A sessão pode ser deliberativa ou uma atividade específica como um espetáculo de 
música, de cinema, uma sessão de fotos, uma sessão de terapia e etc. 
Sessão significa o intervalo de tempo durante o qual se realiza uma reunião. A palavra 
está relacionada com o ato de sentar-se (por exemplo, para assistir a uma sessão de 
cinema ou para uma reunião) e tem origem etimológica do latim sessio, que significa 
“assento”, “cadeira”. 
GIRA- (no idioma quimbundo nijra, caminho), na Umbanda, é a reunião, o 
agrupamento de vários espíritos, que se manifestam através da incorporação nos 
médiuns. A gira pode ser festiva, de trabalho. 
Gira no seu sentido mais comum é o termo utilizado para denominar as sessões de 
umbanda, onde o chefe de terreiro (pai de santo ou pai pequeno), é considerado 
sacerdote na lei de umbanda, conduz os trabalhos junto aos seus guias que trabalham 
incorporados no mesmo. Antes do início do trabalho, deve-se fazer uma prece, passar o 
defumador e saudar linhas. Em nossa casa o comum é saudar as Almas, o povo d’agua, 
 Oxalá e a todos os Orixas, através de canticos, para que faça a segurança da casa e de 
todos os presentes. E assim começam os trabalhos, que podem ser de passe, de cura 
ou de orientação espiritual (caridade espiritual), através dos médiuns coroados e 
incorporados de seus guias (caboclo, preto velho e crianças). Após o trabalho 
agradecemos a presença e o auxílio de todos os Caboclos, Pretos Velhos e a toda 
corrente do Caboclo Coral, que é a entidade chefe da casa, e assim, encerra-se a Gira. 
O termo (Gira) também é usado para as sessões de desenvolvimento dos médiuns 
iniciantes, quando as entidades preparadas para esse fim o fazem "girar", facilitando 
assim a incorporação de seus guias nas primeiras vezes. 
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CAMBONO 
É o médium que participa das giras, como auxiliar dos Guias em 
terra,(incorporados) podendo ser designado na hora dos trabalhos ou previamente, 
dependendo da necessidade de cada entidade. O cambono tem grande importância 
durante os trabalhos, sua energia é fundamental na sustentação vibracional. Apesar de 
muitas vezes passarem despercebidos pelos consulentes e assistência, eles são os 
responsáveis pelo bom andamento dos trabalhos. 
 O cambono geral de nossa casa é o Sr.Ailton, antes de qualquer coisa, é pessoa 
de extrema confiança do chefe da casa, assim como os cambonos das entidades é para o 
médium coroado. portanto, caso perceba qualquer coisa estranha, qualquer coisa que 
não faça parte dos procedimentos normais de nossa casa, devera informar ao Guia-chefe 
ou Pai ou Mãe Pequena que esta no comando dos trabalhos, na mesma hora. É por isso 
que é tão importante, e necessário, que o cambono saiba todos os procedimentos de 
trabalho e todas as normas e conduta que entidades e médiuns devem ter dentro do 
Templo. 
Enfim, o Cambono é o grande ajudante do Centro. É ele quem tem todas as 
obrigações modestas do Centro e é um grande trabalhador anônimo. Lembrando que o 
Cambono, nem sempre tem condições de responder a todas as dúvidas e necessidades 
da assistência, ele é um mero mensageiro, um interlocutor, que facilita o bom 
andamento dos trabalhos. 
Ele tem como responsabilidade cuidar dos apetrechos do Guia, buscando 
garantir a organização dos objetos a conservação e limpeza do ambiente (uso de 
cinzeiros, copos, etc) bem como guardando nos lugares corretos os objetos de trabalho 
como por ex. (banco, prancheta, etc). Outra responsabilidade é a anotação, bem legível, 
e correta das orientações do Guia, bem como do material que for solicitado. 
REQUISITOS IMPORTANTES PARA SER UM BOM CAMBONO 
Responsabilidade - O cambono precisa conhecer a mediunidade e tudo o que 
diz respeito ao trabalho com a espiritualidade. 
Firmeza mental e emocional - É responsável pela manutenção do padrão 
vibratório durante o trabalho. O cambono deve ter grande firmeza de pensamento e 
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sentimento a fim de evitar desequilíbrios emocionais e espirituais que poderiam pôr a 
perder a segurança do trabalho. 
 Equilíbrio vibratório - Como trabalha principalmente com energias que 
movimenta com os seus pensamentos e sentimentos o cambono, deve ter um padrão 
vibratório médio elevado, a fim de poder se manter equilibrado em qualquer situação e 
poder ajudar o grupo quando necessário. 
 Ausência de preconceito - O cambono não pode ter qualquer tipo de 
preconceito. Ele não está ali para julgar ou criticar os casos que tem a oportunidade de 
observar, mas para colaborar para que sejam solucionados da melhor forma, de acordo 
com a sabedoria e a justiça de Deus. 
 Discrição - O cambono nunca deve relatar ou comentar, dentro ou fora da casa, 
as informações que ouve, os problemas dos quais fica sabendo e os casos que vê nos 
trabalhos de que participa. 
Cambonos não são empregados de nenhum médium ou entidade, e nem pode 
virar empregado particular de ninguém. Todos que tem essa função e por algum 
momento não estão cambonando, deverão ajudar a todas as entidades, e não escolhendo 
por afinidades. Gostar mais ou menos de uma entidade ou de um médium é normal, 
mas se estão a trabalho faça o com Amor independente de que entidade for. 
 
Obs. Amor e Caridade são as ferramentas Certas! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PONTOS CANTADOS 
Um dos fundamentos de vital importância para a harmonização e eficácia dos 
trabalhos dentro de um templo umbandista é, sem dúvida, o que diz respeito aos Pontos 
Cantados (as curímbas). 
 Os pontos cantados são uma das primeiras coisas que afloram a quem vai a um 
terreiro pela primeira vez. E também um dos aspectos mais importantes para se efetuar 
uma boa gira. 
Em tempos remotos, uma das formas encontradas para a reaproximação com o 
Divino foi a música, onde se exprimiam o respeito, a obediência e o amor ao Pai Maior.Desta forma, os cânticos tornaram-se um atributo socio-religioso, comum a todas as 
religiões, onde cada uma delas, com suas características próprias, exteriorizavam sua 
adoração, devoção e servidão aos desígnios do Plano Astral Superior. 
Em realidade os Pontos Cantados são verdadeiros mantras, preces, rogativas, 
que dinamizam forças da natureza e nos fazem entrar em contato íntimo com as 
Potências Espirituais que nos regem. Existe toda uma magia e ciência por trás das 
curimbas que, se entoadas com conhecimento, amor, fé e racionalidade, provocam, 
através das ondas sonoras, a atração, coesão, harmonização e dinamização de forças 
astrais sempre presentes em nossas vidas. 
A Umbanda é capitaneada (comandada) por sete Forças Cósmicas Inteligentes, 
que são as principais e que, por influência dos Pretos-Velhos, receberam os nomes de 
Orixás, sendo que a irradiação ou linha de Oxalá (Jesus Cristo), precede todas as 
demais, razão pela qual as comanda. Todas estas irradiações têm seus pontos cantados 
próprios, com palavras-chave específicas e a justaposição de termos magísticos, de 
forma que o responsável pela curimba deve ter conhecimento do fundamento esotérico 
(oculto) da canção. 
Temos visto em algumas ocasiões determinadas pessoas até com boas intenções, 
mas sem conhecimento, "puxarem" pontos em horas não apropriadas e sem nenhuma 
afinidade com o trabalho ora realizado. Tal fato pode causar transtornos à eficácia do 
que está sendo feito, uma vez que podem atrair forças não afetas àquele labor, ou ainda 
despertar energias contrárias ao trabalho. 
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Quanto à origem, os pontos cantados dividem-se em Pontos de Raiz (enviados 
pela espiritualidade), e Pontos terrenos (elaborado por pessoas) Os Pontos de Raiz ou 
espirituais jamais podem ser modificados, pois constituem-se em termos organizados, 
ou seja, com palavras colocadas em correlação exata, que fazem abrir determinados 
canais de interação físico-astral, direcionando forças para os mais diversos fins. No que 
concerne aos Pontos cantados terrenos, a Espiritualidade os aceita, desde que pautados 
na razão, bom senso, fé e amor de quem os compõe. 
Quanto à finalidade, os Pontos Cantados podem ser: 
Pontos de chegada e partida; de vibração; de defumação; de descarrego; de 
fluidificação; contra demandas; de abertura e fechamento de trabalhos; de firmeza; 
de doutrinação; de segurança ou proteção (são cantados antes dos de firmeza); de 
consagração do Congá e outros mais. 
Vimos pelo acima exposto que as curimbas, por serem de grande importância e 
fundamento, devem ser alvo de todo o cuidado, respeito e atenção por parte daqueles 
que as utilizam, sendo ferramenta poderosa de auxílio aos Pretos-Velhos, Caboclos, 
Exus e demais espíritos que atuam dentro da Corrente Astral de Umbanda. 
O que ocorre no “lado de Lá” enquanto cantamos os pontos? 
Segundo o espírito de Ângelo Inácio: “Os cânticos, além de identificarem cada Espírito 
Que se manifesta, serve igualmente como condensadores de energia, uma espécie de 
Mantra, que são palavras consagradas por seu alto potencial de captação energética. É a 
Força Mágica da Umbanda. Observei o ambiente Espiritual da Tenda. À medida que o 
povo cantava em ritmo próprio, parecia que imensa quantidade de Energia Luminosa ia 
se formando por cima da Assistência, segundo o “Ponto” cantado. De cores variadas, as 
energias iam se aglutinando na psicosfera ambiente e depois eram absorvidas pelas 
Auras de todos que ali estavam, além de agregarem em torno do Congá. O fenômeno 
era maravilhoso de se ver. Em meio ao redemoinho de energias, Espíritos que se 
manifestavam na forma de Crianças canalizavam esses recursos para os Assistentes, que 
estremeciam ao receber o choque energético. Eram os fluidos que os atingiam e 
desestruturavam as criações mentais inferiores, e os demais parasitas que se 
encontravam nas Auras dos participantes.” 
 
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OGÃ 
Ogan: Palavra de origem Bantu que significa: Chefe. Tanto na Umbanda, quanto no 
Candomblé, este cargo é muito respeitado, porém como este tópico é destinado a 
Umbanda, falaremos das suas atribuições na mesma. Dentro de um terreiro de Umbanda 
o Ogã é tal qual como o nome significa o chefe, aquele que vêm logo após a Mãe ou Pai 
pequeno. O ideal é que os Ogãs não tenham incorporação (estado de transe), e assim 
sendo em todas as vezes que a Mãe ou Pai pequeno estiverem na função de comando 
dos trabalhos e incorporados, os demais médiuns devem respeitá-los, tal como 
respeitam o pai ou mãe pequeno. O Ogã são os olhos da quele que esta no comando. É a 
pessoa que observa e coordenar toda a parte ritualística do terreiro, para que tudo corra 
bem. Quando uma entidade é nova ou se faz presente pela primeira vez, é para o Ogã 
que ela se apresenta isto é na ausência da Mãe ou Pai Pequeno. Além desta importante 
função o Ogã têm outra função, que é a de cantar e tocar os atabaques para que as 
entidade possam trabalhar. Para tanto o mesmo é conhecedor de todos os Pontos. 
Como é feita a escolha de um Ogã: Dentro da Umbanda, a escolha do Ogã deve ser 
feita pelo Dirigente (babalorixá) A partir deste momento ele passa por um período de 
aprendizado e logo após este período ele é Coroado. Um bom Ogã consegue perceber 
quando determinada entidade está por vir, se é realmente um espírito doutrinado ou não. 
No Terreiro Dois Irmãos Unidos, tem doutrina e hierarquia e o Ogã conhecendo essa 
doutrina, pode até mesmo solicitar que determinada entidade vá embora por não se 
comportar dentro da doutrina da casa. O Ogã coroado é a pessoa de elevada confiança 
do dirigente, se por ventura o ogã tomar uma decisão ou der uma ordem que o dirigente 
não goste, o mesmo chama o ogã no quarto de santo, e junto com o pai e ou a mãe 
pequena os três conversam separadamente sem que os médiuns tomem conhecimento. 
OGÃ E SUA FUNÇÃO 
O Ogã anuncia a linha e “puxa” a vibração das entidades na gira, pois o mentor 
espiritual dos ogãs é o responsável por criar as condições adequadas que atraem as 
linhas que irão se comunicar. Assim, vê-se a importância dos ogãs saberem os pontos e 
o que cada ponto significa, a energia que cada ponto traz. A vibração espiritual do 
médium que está girando está associada com a vibração do canto e da voz dos ogãs, e 
todos os médiuns, principalmente os ogãs têm a função de concentrar e canalizar as 
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energias durante o trabalho. Assim, o ogã precisa aprender não só a cantar com a voz, 
mas também, com a alma, com o coração. Como o pai ou mãe pequeno que está no 
comando dos trabalhos, precisa estar incorporado durante a gira, os ogãs não devem 
contar com eles para saber que pontos devem cantar. Com o passar do tempo, o ogã 
conquista uma grande sintonia com os médiuns e com os guias de cada médium. Por 
isso, a preparação mediúnica antes dos trabalhos é particularmente importante para o 
bom desempenho de suas funções. Com a incorporação da entidade e a boa sintonia 
entre o ogã e a Entidade que esta no comando, os trabalhos são fortalecido. 
O som e as palavras têm uma força normalmente subestimada por nós. Se soubéssemos 
da repercussão da música e das palavras na mente das pessoas, seríamos muito mais 
cautelosos e atenciosos no falar e no cantar. Uma palavra, uma vez emitida, não se 
perde nunca e entra no mundo mental daquele que a ouviu. O som, o canto, o mantra, 
possui o mesmo valor, daí o dito popular que “quem canta, reza duas vezes”. 
Dependendo da intenção com que o som, ou o mantra, é emitido, ele eleva a vibração do 
ambiente, se irradia, atrai, despacha, limpa ou fortifica. Por isso, todas as religiões têm 
seus mantras, seus cânticos, seus pontos. 
A energia que atua no ogã é uma energia de força e segurança, pois é nesse sentido que 
a mediunidade dele é usada durante a gira. Como exercem a função de segurança e de 
doação, os Ogãs normalmente não incorporam, para que a energia da coroa seja mantida 
em constante equilíbriocom o trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CABOCLOS 
A palavra caboclo vem do tupi kareuóka, que significa da cor de cobre; 
acobreado. Espírito que se apresenta de forma forte, com voz vibrante e traz as forças da 
natureza e a sabedoria para o uso das ervas. 
Os caboclos são espíritos de índios ou mestiços. Essas entidades caracterizam-se 
pelo seu altruísmo e decisão. Em geral, dominam a arte das ervas, receitando banhos e 
defumações para limpezas de seus filhos de fé e de suas casas. Quando incorporados as 
vezes se utilizam de charutos, que possuem função de limpeza astral dos consulentes. 
Essas entidades curvam nos terreiros de umbanda para trabalharem em beneficio 
daqueles que os procuram e promovem excelentes resultados, mas gostam mais de 
trabalhar nas matas, junto a natureza onde é seu habitat natural. Os Caboclos são 
espíritos que se apresentam na forma de adultos, com uma postura forte, de voz 
vibrante, que trazem as forças da natureza, manipulando essas energias para trabalhar 
nas questões de saúde, vitalidade e no corte de correntes espirituais negativas. Seu 
linguajar pode se assemelhar ao dos indígenas. Aqui estamos entendendo os Caboclos 
de maneira mais ampla, como símbolo de fortaleza, do vigor da fase adulta. Sabemos 
que existem os caboclos de Oxossi, Xangô, Ogum e mesmo aquelas entidades ligadas 
aos orixás femininos, como Yemanjá, Oxum, Yansã. É claro que essas últimas 
entidades não vêm como índias, mas com uma forma tipicamente relacionada aos seus 
atributos. Todavia, são entidades que se apresentam como adultos. 
Saibam que o ritual da umbanda sagrada congrega em seus colégios existentes 
no astral, espíritos oriundos de todas as religiões, inclusive muitas já cumpriram suas 
missões no plano material, (não encarnam mais) mas continuam ativas do lado espiritual 
da vida (a vida eterna), onde tem planos espirituais só seus. E destinados a acolher seus 
afins que reencarnam nas mais diversas formações teológicas e mesmo culturais, tem se 
integrado as linhas de caboclos para realizar todo um trabalho de caridade, doutrinação 
e espiritualização junto aos seus afins encarnados. 
Muitas vezes observamos que vários médiuns incorporam entidades com o 
mesmo nome. Isso ocorre porque muitas delas costumam adotar o nome do chefe da 
falange. Por exemplo, as varias entidades que se apresentam com o nome de caboclo 
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pena branca, na realidade, não tem esse nome, utilizam do nome do chefe de sua 
falange que nesse caso é Caboclo Pena Branca. 
É também do linguajar de caboclo, que não cai uma folha da jurema (arvore), 
sem ordem de Oxalá, ou seja, que tudo na vida tem motivo e que nossas ações são 
registradas na lei de causa-e-efeito, ou lei do karma. Mas isso não significa ficar 
passivo, esperando o pior acontecer. Os Caboclos também ensinam a termos coragem e 
a sermos guerreiros na vida, lutando pelo que é justo e bom para todos. No que é 
possível, os caboclos nos ajudam a entrar na macaia (a mata que simboliza a vida), a 
cortar os cipós do caminho (vencer as dificuldades) e, se preciso, caçar os bichos do 
mato (vencer as interferências espirituais negativas). 
Para quem vivência o terreiro, que há anos luta as batalhas espirituais e já viu os 
caboclos vencendo as demandas dos filhos-de-fé, afastando entidades negativas, 
tratando doenças que a medicina muitas vezes não resolve e dando lições de 
simplicidade, humildade, coragem e persistência, ouvir ou mesmo lembrar seus pontos 
cantados, traz uma sensação de alegria que enche o coração, renova o ânimo e nos dá a 
certeza de que estamos no caminho certo. Melhor do que qualquer leitura sobre caboclo 
é velo incorporado atendendo quem precisa. 
“Sua saudação:“Okê caboclo” 
 
CURIOSIDADE - O ESTALAR DE DEDOS 
 Por que as entidades estalam os dedos, quando incorporadas ? Esta é uma das coisas 
que vemos e geralmente não nos perguntamos, talvez por parecer algo de importância 
mínima. Nossa mãos possuem uma quantidade enorme de terminais nervosos, que se 
comunicam com cada um dos chacras de nosso corpo. O estalo dos dedos se dá sobre o 
Monte de Vênus (parte gordinha da mão) e dentre as funções conhecidas pelas 
entidades, está a retomada de rotação e freqüência do corpo astral e a descarga de 
energias negativas. O estalar dos dedos é um impulso no corpo Astral do médium para 
direcioná-lo corretamente, a fim de liberá-lo de certas cargas que se agregam, tais como 
larvas astrais, etc. Cada entidade emite um som de acordo com seu trabalho, para ajustar 
condições especificas que facilitem a incorporação, ou para liberarem certos bloqueios 
nos consulentes ou nos médiuns. 
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PRETOS VELHOS 
Quando falamos em Preto Velho, nos vem à mente quatro palavras básicas: Calma, 
Sabedoria, Humildade e Caridade. 
Mas não podemos esquecer que esses negros, que foram brutalmente arrancados de sua 
terra, separados de suas famílias e trocados por outras mercadorias como: espelhos, 
facas e bebidas etc. e que somente na África com tráfico negreiro em quatro séculos 
foram assassinados e escravizados cerca de 75 milhões de pessoas (negros). O trabalho 
era tão árduo que um negro escravo no Brasil não chegava a durar 10anos, trabalhavam 
em troca de trapos para se vestir e pão para comer. 
Então restavam a eles somente a sua fé, e era em seus cultos que eles resistiam, com um 
ritual de liberdade, protesto e reação contra a opressão dos brancos. As danças e 
cânticos eram a única forma que tinham para extravasar e aliviar a dor da escravidão. 
Mais tinham aqueles que se adaptavam mais facilmente a situação; com isso foram 
envelhecendo e constituindo seu culto aos Orixás e antepassados, tornando-se referência 
para os mais jovens, ensinando-lhes os costumes e crenças; preservando assim sua 
cultura e religião. 
Esses são os Pretos Velhos da Umbanda, que em suas giras nos terreiros representam a 
força, a resignação, a sabedoria, o amor e a caridade. São ponto de referência para 
aqueles que os procuram. Curando, ensinando e educando, aos encarnados e 
desencarnados necessitados de luz no seu caminho a trilhar; ele representa a humildade, 
jamais demonstrando qualquer tipo de sentimento de vingança contra as atrocidades e 
humilhações sofridas no passado. 
Não podemos afirmar quantas encarnações foram necessárias para alcançarem tal grau 
de elevação, mas por certo, uma, foi na condição de negro (escravo). 
 Todos passaram por ciclos reencarnatórios e podem ter sido em suas vidas materiais 
anteriores: médicos, generais de exército, empresários, filósofos, ricos ou pobres, e para 
cumprir sua missão espiritual e ajudar os necessitados, escolheram incorporar na forma 
(roupagem) de pretos velhos. 
Todo espírito que já alcançou determinado grau de evolução tem a capacidade de descer 
sob qualquer forma passada, pois é energia pura. A forma é apenas uma consequência 
da missão que vem cumprir na terra. Sendo assim eles poderão se apresentar em locais e 
formas diferentes como médicos, Caboclos ou até Exú, dependendo do trabalho que será 
realizado. Em alguns casos, se tiverem autorização e julgarem necessário, eles mesmos 
nos dizem quem são e a que vieram. 
 
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Principais características: conselheiro, caridoso, paciente, e para alguns são 
verdadeiros psicólogos, amigo e confidente. 
Para as pessoas, que são escravas do próprio egoísmo, só pensa em bens materiais, usam 
os trabalhos espirituais em benefício próprio, e esquecem de ajudar ao próximo; esses 
maravilhosos Espíritos de Luz (Pretos Velhos) deixam através de seus atendimentos 
importantes lições. Assim, com o passar do tempo essas mesmas pessoas entenderão 
suas verdadeiras missões, vestirão suas roupas brancas, descalçarão seus pés e farão 
parte dos trabalhos de caridade do terreiro. Essa é a sabedoria do Preto Velho, saber 
lapidar o que há de bom em cada umde nós. 
Os Pretos Velhos levam a força de Zambi (Deus) a todos que buscam aprender e a 
encontrar a fé, sem julgar ou colocar pecado em alguém, mostrando que somente o amor 
a Deus, ao próximo e em si mesmo, poderá mudar sua vida e seu processo de ciclos 
reencarnatórios, aliviando seus sofrimentos cármicos e elevando seu espírito. 
Apresentação da entidade : O termo Velho, Vovô ou Vovó, são usados para mostrar 
sua experiência, pois, quando pensamos em alguém mais velho, entendemos que este já 
viveu muito mais tempo do que nós, com conhecimentos para nos passar e histórias para 
nos contar, sempre que permitimos. Como já vimos anteriormente a característica da 
entidade Preto Velho é sempre o conselho. 
Suas vestes são bem simples e não necessitam de muitos apetrechos para trabalhar, 
apenas de concentração e atenção de seu médium durante a consulta. Costumam usar 
vela, bengala, cachimbo, lenços, toalhas e/ou cigarro de palha. 
Sua incorporação não necessita de dançar ou pular muito. A vibração começa com um 
peso nas costas, fazendo com que o médium incline o corpo para frente, sempre com os 
pés bem fixos no chão. Normalmente andam apenas para as saudações ao atabaque, 
conga e ou babalorixá. 
Atendem na maioria das vezes sentados, praticando sua caridade e socorrendo a todos 
que com fé buscam o socorro espiritual. 
Sua simplicidade se manifesta em sua maneira de ser e de falar, sempre usando um 
vocabulário simples, mas com grande humildade e sabedoria 
A figura de um Preto Velho representa a paciência, a calma e a perseverança que todos 
sempre devemos ter para evoluir espiritualmente. 
 
 
 
 
 
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LINHA DE BOIADEIROS 
São espíritos hiperativos que atuam como refreadores do baixo astral, e são aguerridos, 
demandadores e rigorosos quando tratam com espíritos trevosos. 
O símbolo dos boiadeiros é o laço e o chicote que, em verdade, são suas armas 
espirituais, verdadeiros mistérios, tal como são as espadas, as flechas e outras “armas” 
usadas pelos espíritos que atuam como refreadores das investidas das hostes sombrias 
formadas por espíritos do baixo astral. 
Da mesma maneira que os pretos-velhos representam a humildade, os boiadeiros 
representam a força de vontade, a liberdade e a determinação que existe no homem do 
campo e sua necessidade de conviver com a natureza e com os animais, sempre de 
forma simples, mas com uma força e fé muito grande. São habilidosos e valentes. São 
regidos por Iansã - Oyá e Ogum, tendo recebido das mesmas, autoridade de conduzir os 
eguns da mesma forma que conduzia sua boiada, onde levam cada boi (espíritos) para o 
seu destino, e trazem os bois que se desgarram (obsessores, kiumbas e etc) de volta ao 
caminho do resto da boiada (caminho do bem). Suas maiores funções não são as 
consultas como as dos pretos-velhos, nem os passes e as receitas de como os caboclos, e 
sim o “dispersar de energias” aderida aos corpos, paredes e objetos. É de extrema 
importância esta função, pois enquanto os outros guias podem se preocupar com o teor 
das consultas e dos passes, os boiadeiros “sempre” estarão atentos à qualquer alteração 
de energia do local (entrada de espíritos negativos). 
 Portanto quando bradam em tom de ordem como se estivessem laçando seu gado, 
estão na verdade ordenando os espíritos que entraram no local a se retirarem, assim 
“limpam” o ambiente para que a prática da caridade continue sem alterações, já que as 
presenças desses espíritos muitas vezes interferem nas consultas de médiuns 
conscientes. Esses espíritos atendem os boiadeiros pela demonstração de coragem que 
os mesmos lhe passam e são levados por eles para locais próprios de doutrina. Com seus 
chicotes e laços vão quebrando as energias negativas e descarregando os médiuns, o 
terreiro e as pessoas da assistência. Outra grande função de um boiadeiro é manter a 
disciplina das pessoas dentro de um terreiro, sejam elas médiuns da casa ou consulentes. 
Eles nos ensinam a força que o trabalho tem e que o principal elemento de sua magia é a 
força de vontade, fazendo assim que consigamos uma vida melhor e farta. 
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É uma linha poderosa e muito numerosa no mundo espiritual e esses caboclos atuam nas 
sete linhas de Umbanda, e são descritos como Caboclos da Lei. 
Boiadeiros e Atabaques : Dentro da ritualistica de Umbanda existe um elemento de 
grande importância que é a Curimba formada por médiuns que se dedicam ao estudo 
dos cânticos ritualísticos. Há uma grande influência dos boiadeiros no trabalho da 
curimba, pois eles regem suas forças e fundamentos. Os atabaques são formados 
basicamente por três elementos da natureza: Animal (couro), Vegetal (madeira) Mineral 
(ferragens). Estes elementos por sua vez encontram-se no ambiente (reino) natural 
destas entidades e a força da curimba no terreiro está justamente em conseguir dissipar 
as energias negativas, inibir a ação de obsessores e desagregar miasmas e larvas astrais 
que estejam impregnados no ambiente de trabalho conseguindo com isso um êxito 
maior. 
 Ervas de Boiadeiro: Alecrim do Campo, Capim-Manteiga, Cravo da Índia, Folha de 
Manga, Gravata e Chapéu de Couro. 
Saudação: Getuá Seu Boiadeiro! 
 
Crianças - ( IBEJI OU IBEIJADA ) 
São a alegria que contagia a Umbanda. Descem nos terreiros simbolizando a pureza, a 
inocência e a singeleza. Seus trabalhos se resumem em brincadeiras e divertimentos. 
Podemos pedir-lhes ajuda para os nossos filhos, resolução de problemas, fazer 
confidências, mexericos, mas nunca para o mal, pois eles não atendem pedidos dessa 
natureza. São espíritos que já estiveram encarnados na terra e que optaram por continuar 
sua evolução espiritual através da prática de caridade, incorporando em médiuns nos 
terreiros de Umbanda. Em sua maioria, foram espíritos que desencarnaram com pouca 
idade (terrena), por isso trazem características de sua última encarnação, como o trejeito 
e a fala de criança, o gosto por brinquedos e doces. 
Assim como todos os servidores dos Orixás, elas também tem funções bem específicas, 
e a principal delas é a de mensageiro dos Orixás, sendo extremamente respeitados pelos 
caboclos e pelos pretos-velhos. É uma falange de espíritos que assumem em forma e 
modos, a mentalidade infantil. Como no plano material, também no plano espiritual, a 
criança não se governa, tem sempre que ser tutelada. 
A Criança na Umbanda é apenas uma manifestação de um espírito cujo desencarne 
normalmente se deu em idades infanto-juvenis. São muito barulhentos, embora alguns 
são bem mais tranqüilos e comportados. 
 As Crianças da Umbanda tem os nomes relacionados normalmente a nomes comums, 
normalmente brasileiros. Rosinha, Mariazinha, Ritinha, Pedrinho, Paulinho, Cosminho, 
etc… 
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As crianças de Umbanda comem bolos, balas, refrigerantes, normalmente guaraná e 
frutas, Com Criança tudo pode acontecer. Quando incorporadas em um médium, gostam 
de brincar, correr e fazer brincadeiras (arte) como qualquer criança. É necessária muita 
concentração do médium (consciente), para não deixar que estas brincadeiras 
atrapalhem na mensagem a ser transmitida. Os “meninos” são em sua maioria mais 
bagunceiros, enquanto que as “meninas” são mais quietas e calminhas. Alguns deles 
incorporam pulando e gritando, outros descem chorando, outros estão sempre com 
fome, etc… Estas características, que às vezes nos passam desapercebido, são sempre 
formas que eles têm de exercer uma função específica, como a de descarregar o 
médium, o terreiro ou alguém da assistência. Os pedidos feitos a uma criança 
incorporada normalmente são atendidos de maneira bastante rápida. Entretanto a 
cobrança que elas fazem dos presentes prometidos também é. Nunca prometa um 
presente a uma criança e não o dê assim que seu pedido for atendido, pois a 
“brincadeira” (cobrança) que ela fará para lhe lembrar do prometido pode não ser tão 
“engraçada” assim. Poucos são aqueles que dão importância devida às giras das 
vibrações infantis. A exteriorizaçãoda mediunidade é apresentada nesta gira sempre em 
atitudes infantis. O fato, entretanto, é que uma gira de criança não deve ser interpretada 
como uma diversão, embora normalmente seja realizada em dias festivos, e às vezes não 
consigamos conter os risos diante das palavras e atitudes que as crianças tomam. 
Mesmo com tantas diferenças é possível notar-se a maior características de todos, que é 
mesmo a atitude infantil, o apego a brinquedos, bonecas, chupetas, carrinhos e bolas, 
como os quais fazem as festas nos terreiros, com as crianças comuns que lá vão a busca 
de tais brinquedos e guloseimas nos dias apropriados. A festa de Cosme e Damião, 
santos católicos sincretizados com Ibeiji, à 27 de Setembro é muito concorrida em quase 
todos os terreiros do pais. Uma curiosidade: Cosme e Damião foram os primeiros santos 
a terem uma igreja erguida para seu culto no Brasil. Ela foi construída em Igarassu, 
Pernambuco e ainda existe. Não gostam de desmanchar demandas, nem de fazer 
desobsessão. Preferem as consultas, e em seu decorrer vão trabalhando com seu 
elemento de ação sobre o consulente, modificando e equilibrando sua vibração, 
regenerando os pontos de entrada de energia do corpo humano. Esses seres, mesmo 
sendo puros, não são tolos, pois identificam muito rapidamente nossos erros e falhas 
humanas. E não se calam quando em consulta, pois nos alertam sobre eles. Muitas 
entidades que atuam sob as vestes de um espírito infantil, são muito amigas e têm mais 
poder do que imaginamos. Mas como não são levadas muito a sério, o seu poder de 
ação fica oculto, são conselheiros e curadores, por isso foram associadas à Cosme e 
Damião, curadores que trabalhavam com a magia dos elementos. 
MAGIA DA CRIANÇA 
O elemento e força da natureza correspondente a Ibeji são… todos, pois ele poderá, de 
acordo com a necessidade, utilizar qualquer dos elementos. Eles manipulam as energias 
elementais e são portadores naturais de poderes só encontrados nos próprios Orixás que 
os regem. Estas entidades são a verdadeira expressão da alegria e da honestidade, dessa 
forma, apesar da aparência frágil, são verdadeiros magos e conseguem atingir o seu 
objetivo com uma força imensa, atuam em qualquer tipo de trabalho, mas, são mais 
procurados para os casos de família e gravidez. A Falange das Crianças é uma das 
poucas falanges que consegue dominar essa magia. Embora as crianças brinquem, 
dancem e cantem, exigem respeito para o seu trabalho, pois atrás dessa vibração infantil, 
se escondem espíritos de extraordinários conhecimentos. Imaginem uma criança com 
menos de sete anos possuir a experiência e a vivência de um homem velho e ainda gozar 
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da imunidade própria dos inocentes. A entidade conhecida na umbanda por erê é assim. 
Faz tipo de criança, pedindo como material de trabalho chupetas, bonecas, bolinhas de 
gude, doces, balas e as famosas águas de bolinhas, refrigerantes e trata a todos como tio 
e vô. Os erês são, via de regra, responsáveis pela limpeza espiritual do terreiro. 
Ervas de Beijada: Camomila, Erva doce, Abre caminho etc... 
 
OS ORIXÁS E OS CHAKRAS – Vovó Maria Conga 
 
Iniciemos por Oxalá, que vibra mais no chakra coronário e tem seu "receptor" 
no corpo físico na glândula pineal. Atuam basicamente pela irradiação intuitiva, pela 
inspiração e clarividência. Na magia, atuam coordenando o equilíbrio planetário. São os 
mestres que orientam o movimento de Umbanda, e em geral são os mentores de pontos 
de doutrina. Alguns nomes de entidades: caboclos Urubatã da Guia, Guaracy, Guarani, 
Aimoré, Tupy, Ubiratan e Ubirajara. 
 
Yemanjá tem maior receptividade vibratória no chakra frontal e na glândula pituitária. 
Manifestam-se serenamente, com beleza e suavidade. Dão um pequeno balanço geral e 
levantam os braços no sentido horizontal, tremulam as mãos e balançam a cabeça. É 
muito rara a incorporação, pois atuam na irradiação intuitiva e no corpo mental do 
médium. Não dão comunicação ou consultas, e, assim como a linha de Oxalá, são 
valiosos colaboradores, e algo silenciosos. Na magia atuam nas limpezas astrais pela 
movimentação do elemento água e dos espíritos da natureza, ondinas e sereias, ligados a 
esta vibratória. As vibrações desse orixá mantêm as forças das marés pelo magnetismo 
lunar, importantíssimo para a vida no planeta. É comum chamarem-se de caboclas Yara, 
Estrela do Mar, Indayá, Inhançã, Nana-Burucum, Oxum. 
 
Ibejis (ibeijada) vibra no chakra laríngeo, sendo a glândula tireóide sua receptora. 
Agem diretamente na fonação. Em geral gostam de falar. Suas incorporações vitalizam 
o complexo físico, etérico e astral dos médiuns e do ambiente. Emitem seus fluidos 
inicialmente pelo chacra frontal, "pegando" harmonicamente o aparelho, movimentando 
bastante os braços e pernas. Na magia neutralizam quaisquer fluidos enfermiços por 
suas vibrações puras, inocentes e de grande sabedoria. Em geral, se manifestam para 
"fechamento" dos trabalhos das demais falanges, deixando equilíbrio e paz para os 
consulentes e médiuns. Alguns nomes dessa vibratória, que se apresentam como 
crianças: Tupanzinho, Mariazinha, Chiquinho, Damião, Doum, Cosme, Jureminha. 
 
Os justiceiros de Xangô vibram com mais intensidade no chakra cardíaco: glândula 
timo. Na mecânica de incorporação, "ligam-se" ao chacra cardíaco pelo corpo etérico do 
médium, alterando a fisionomia e a voz, e o ritmo de batimentos do coração. As 
incorporações são fortes e marcantes, mas isso não quer dizer exibição ou agressividade, 
que ficam por conta do animismo dos médiuns. Na magia, trabalham retendo as 
entidades sofredoras e magos negros, levando-os para os tribunais divinos, onde se 
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restabelecerá o equilíbrio cármico. Corrigem erros e desacertos. Alguns caboclos dessa 
linha: Ventania, Rompe-fogo, Sete Montanhas, Pedra-branca, Sumaré, Sete Pedreiras. 
 
Os "guerreiros" de Ogum vibram mais no chakra gástrico ou solar: glândulas supra-
renais. Representam aproximadamente 70 por cento das entidades manifestantes pela 
mecânica de incorporação. Na magia, atuam pronunciando sons cósmicos com os quais 
comandam os espíritos da natureza, preservando o médium e higienizando o ambiente. 
São os "guerreiros" vencedores de demanda, que combatem com heroísmo e valentia a 
escória do Astral Inferior, retendo-os e entregando-os para o encaminhamento das 
falanges de justiça do orixá Xangô. Alguns nomes desta vibração: caboclos Ogum Delê, 
Rompe-mato, Beira-mar, Megê, Yara, Humaitá, Sete Espadas. 
 
No chakra esplênico (baço) temos a posição mais vibrada de Oxóssi. São entidades 
suaves, que falam calmamente, sendo seus passes e consultas realizados em harmonia e 
calma. Na magia, são exímios manipuladores das energias expansíveis da natureza, 
tendo no elemento ar a sua representação. Atuam como xamãs curadores, extraindo do 
médium o ectoplasma necessário aos trabalhos de cura. Seguem alguns nomes de 
entidades dessa vibratória: caboclos Arranca-toco, Cobra-coral, Tupy-nambá, Jurema, 
Pena-branca, Arruda, Araribóia. 
 
O orixá Yorimá (as almas), ou pretos velhos, vibra mais intensamente no chakra 
básico, também conhecido por genésico. Atuam na mecânica de incorporação 
produzindo alterações na fisionomia, mas sem que os aparelhos percam a suavidade do 
conjunto. Geralmente os filhos curvam a cintura pelo desfalecimento das pernas, já que 
atuam fortemente no chacra básico. É oportuno salientar que muitos pretos velhos 
atuam pela irradiação intuitiva, mais diretamente nos chacras coronário e frontal, e que 
não precisam estar "incorporados" para as consultas e curas. Atuam com maestria em 
desmanchos de feitiçarias, de trabalhos de magia negra, dissipando fluidos pesados e 
deletérios. Utilizam os espíritos ligados à natureza, gnomos, duendes, silfos e 
salamandras, fiéis executores de seus comandos mentais para o bem e cura. Alguns pais 
e vovós desse orixá: Pai Guiné, Pai Benedito, Pai Joaquim, Pai Tomé, Vovó Catarina, 
Vovó Cambinda, Vovó Angola. 
 
 
 
 
 
 
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 66Atributos dos Orixás 
 Na Umbanda Tradicional teríamos algo mais ou menos assim: 
 
Por que é importante conhecer sobre esses domínios? Pois assim você, independente da 
vertente praticada, consegue compreender a ação das forças dos Orixás e porque 
devemos chamar (evocar) alguns e não outros para determinados assuntos. Além de 
poder compreender as influências energéticas que são aplicadas nas cores, velas, ervas, 
fitas, incensos e etc. O porque a vibração de Oxalá é mais intensa no branco e não no 
preto, entre tantas outras coisas. 
Independente de religião, muitas pessoas usam o branco, pois além de uma cor marcante 
que representa entre outras a paz, elas acreditam que o mesmo afasta as energias 
negativas e energiza quem o usa. 
Branco 
O branco repele as energias negativas e eleva as vibrações. Estimula a memória e 
gerencia o equilíbrio interior. 
Preto 
O preto transmite introspecção, favorece a autoanálise e sugere o silêncio, por isso é 
usado por pessoas que acabaram de perder um ente querido como sinal de luto. 
 
Umbanda, um verdadeiro e lindo caminho para chegarmos a Deus 
Salve Oxalá. 
Oxalá Fé, Crença, Religiosidade, Pureza, Amor Divino 
Ogum Lei, Ordem, Proteção, Abertura de Caminhos 
Oxóssi Conhecimento, Cura, Abundância, Prosperidade 
Xangô Justiça, Equilíbrio, Razão, Firmeza e Acabar com Inimizades 
Iansã Movimento, Direção, Encaminhamento, Resgate de Eguns 
Iemanjá Limpeza, Regeneração, Geração, Criação, Vida e Concepção 
Omulu Cura, Doença, Evolução, Transformação, Progressão, Destruição, Decantação e Paralisação 
Oxum Amor, União, Prosperidade, Sensualidade e Feminilidade 
Nanã Burukê Sabedoria, Maturidade, Decantação e Aconselhamento 
Ibejis Inícios, Começos, Inocência, Alegria, Cura

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