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COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL Belo Horizonte 2 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 03 1 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL - CO ................................................. 05 1.1 Conceitos e definições ........................................................................................ 05 1.2 Características .................................................................................................... 07 1.3 Níveis e Modelo ..................................................................................................11 1.4 A utilidade do CO ................................................................................................17 2 A APRENDIZAGEM DO COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL ..................19 COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO ....................................................................19 3 FATORES QUE INFLUENCIAM NO COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL .22 3.1 A cultura organizacional ......................................................................................26 3.2 As competências .................................................................................................27 3.3 A aprendizagem organizacional .........................................................................28 REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ..................................................36 3 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 INTRODUÇÃO Sejam bem-vindos ao curso de Especialização em GESTÃO DE EQUIPES E LIDERANÇA oferecido pelo Instituto Pedagógico de Minas Gerais - IPEMIG. Esforçamo-nos para oferecer um material condizente com a graduação daqueles que se candidataram a esta especialização, procurando referências atualizadas, embora saibamos que os clássicos são indispensáveis ao curso. As ideias aqui expostas, como não poderiam deixar de ser, não são neutras, afinal, opiniões e bases intelectuais fundamentam o trabalho dos diversos institutos educacionais, mas deixamos claro que não há intenção de fazer apologia a esta ou aquela vertente, estamos cientes e primamos pelo conhecimento científico, testado e provado pelos pesquisadores. Não obstante, o curso tenha objetivos claros, positivos e específicos, nos colocamos abertos para críticas e para opiniões, pois temos consciência que nada está pronto e acabado e com certeza críticas e opiniões só irão acrescentar e melhorar nosso trabalho. Como os cursos baseados na Metodologia da Educação a Distância, vocês são livres para estudar da melhor forma que possam organizar-se, lembrando que: aprender sempre, refletir sobre a própria experiência se somam e que a educação é demasiado importante para nossa formação e, por conseguinte, para a formação dos nossos/ seus alunos. A verdade é que vivemos a maior parte de nossas vidas dentro das organizações ou em contato com elas, seja trabalhando, aprendendo, comprando ou usando seus serviços e essa é uma justificativa mais que cabível e necessária para que os profissionais entendam o comportamento dentro das organizações. Pois bem, ao longo dessa apostila veremos que a dinâmica organizacional tem seus segredos, alguns macetes (Chiavenato, 2004), com certeza características próprias e numa grande porcentagem, o sucesso das organizações depende do fator 4 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 humano, do saber lidar com pessoas de diferentes personalidades, com momentos peculiares. É importante conhecer como funcionam as organizações para podermos viver e trabalhar nelas, relacionar-nos com elas e, principalmente, dirigi-Ias adequadamente. Qualquer que seja a atividade escolhida como profissão básica de uma pessoa - administração, medicina, engenharia, direito, psicologia, sociologia, turismo, serviço social, enfermagem -, o conhecimento do comportamento organizacional é imprescindível ao seu sucesso profissional. Grande parte dessas profissões será necessariamente realizada dentro de ou por meio de organizações - em hospitais, clínicas, construções, tribunais, fóruns, companhias aéreas, hotéis, empresas, indústrias etc. Daí a importância do conhecimento sobre o comportamento organizacional. Como diz Chiavenato (2004, p. 5): o sucesso ou fracasso da maioria dos projetos organizacionais depende do fator humano: é preciso saber lidar com pessoas de diferentes personalidades e saber se relacionar e se comunicar com elas. Isso nada tem a ver com os conhecimentos técnicos e especializados da formação de cada executivo, mas com o desenvolvimento de habilidades no relacionamento interpessoal. O conhecimento puramente técnico é capaz de levar até um certo ponto. Mas, depois disso, as habilidades interpessoais se tornam imprescindíveis. Somente há pouco tempo as escolas de administração – que antes limitavam seus currículos focados quase exclusivamente nos aspectos técnicos da administração, enfatizando economia, finanças, contabilidade, produção e técnicas quantitativas - passaram a privilegiar a compreensão do comportamento humano no alcance da eficiência e da eficácia das organizações. Reiteramos que este material trata-se de uma reunião do pensamento de vários autores que entendemos serem os mais importantes para a disciplina. Para maior interação com o aluno deixamos de lado algumas regras de redação científica, mas nem por isso o trabalho deixa de ser científico. 5 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Desejamos a todos uma boa leitura e caso surjam algumas lacunas, ao final da apostila encontrarão nas referências consultadas e utilizadas aporte para sanar dúvidas e aprofundar os conhecimentos. 6 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 1 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL - CO 1.1 Conceitos e definições O Comportamento Organizacional (CO) refere-se ao estudo de indivíduos e grupos atuando em organizações. Preocupa-se com a influência das pessoas e grupos sobre as organizações e com a influência das organizações sobre as pessoas e os grupos. Na realidade, o CO retrata a contínua interação entre pessoas e organizações que se influenciam reciprocamente. Constitui uma importante área de conhecimento para toda pessoa que necessite lidar com organizações - seja para criar novas organizações, mudar as já existentes, trabalhar nelas, investir nelas ou, mais importante ainda, dirigi-Ias. No fundo, o CO é uma disciplina acadêmica que surgiu como um corpo interdisciplinar de conhecimentos para estudar e retratar o comportamento humano nas organizações. A denominação permaneceu, porém não são as organizações que apresentam um comportamento, mas sim as pessoas e os grupos que delas participam e que nelas atuam (CHIAVENATO, 2004). O CO está relacionado com as ações das pessoas no trabalho em organizações. Baseado predominantemente na contribuição de psicólogos, o CO é uma área que trata do comportamento individual, isto é, de tópicos como personalidade, atitudes, percepção, aprendizado, motivação. Além disso, o CO também está relacionado com o comportamento grupal, incluindo tópicos como normas, papéis, construção de equipes e conflito e, nesse sentido, baseia-se na contribuição de sociólogos e de psicólogos sociais. Todavia, o comportamento de um grupo de pessoas não pode ser compreendido apenas pela soma das ações dos indivíduos agindo sozinhos. O comportamento grupal é diferente do comportamento individual. Essa característica torna-se mais visível em casos extremos, como quando uma gangue de rua ataca cidadãosinocentes, por exemplo. Quando agem sozinhos, os membros da gangue raramente se engajam em tal comportamento. Nas 7 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 organizações, as pessoas agem não só como indivíduos, mas também como membros de grupos. Assim, necessitamos estudar o comportamento sob esses dois ângulos. Por outro lado, um dos desafios para a compreensão do CO é que ele pode ser visível apenas parcialmente. Existem aspectos visíveis e superficiais do CO, como as estratégias adotadas pela organização, a fixação de objetivos globais a serem alcançados, as políticas e procedimentos adotados, a estrutura organizacional, a autoridade formal, a cadeia de comando e a tecnologia utilizada. Todos esses aspectos do CO são facilmente percebidos nas organizações. Contudo, existem também aspectos invisíveis e profundos do CO, como percepções e atitudes individuais, normas grupais, interações informais e conflitos interpessoais e intergrupais que dificilmente são percebidos nas organizações, mas que dinamizam e influenciam o comportamento de pessoas e grupos. São várias as definições para CO, abaixo temos algumas sintetizadas por Chiavenato: CO pode ser definido como a compreensão, predição e gestão do comportamento humano nas organizações (LUTHANS, 2002). O CO é um campo de estudo voltado para prever, explicar, compreender e modificar o comportamento humano no contexto das empresas. O CO enfoca comportamentos observáveis (conversar, trabalhar), lida com ações internas (pensar, perceber e decidir), estuda o comportamento das pessoas (como indivíduos ou membros de unidades sociais maiores) e analisa o comportamento dessas unidades maiores (grupos e organizações) (WAGNER III; HOLLENBECK, 1998). CO é o estudo dos indivíduos e grupos nas organizações. CO é o campo de estudos que investiga o impacto que indivíduos, grupos e estrutura organizacional têm sobre o comportamento dentro das organizações, 8 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 com o propósito de aplicar tais conhecimentos para melhorar a eficácia organizacional (ROBBINS, 2001). O CO é o estudo e a aplicação do conhecimento sobre como as pessoas atuam dentro das organizações. Trata-se de uma ferramenta humana para benefício humano (DAVIS, 1981). 1.2 Características O CO apresenta características próprias e marcantes. Trata-se de uma área do conhecimento humano vital para a compreensão do funcionamento das organizações. As principais características do CO são: 1. O CO é uma disciplina científica aplicada. O CO está ligado a questões práticas no sentido de ajudar pessoas e organizações a atingir níveis elevados de desempenho nunca antes alcançados. Sua aplicabilidade está em simultaneamente buscar aumentar a satisfação das pessoas no trabalho e elevar os padrões de competitividade e de sucesso da organização. 2. O CO adota uma abordagem contingencial. O CO procura identificar as diferentes situações organizacionais para que se possa lidar com elas, extraindo o máximo proveito. O CO utiliza a abordagem situacional, já que não existe uma maneira única e exclusiva de lidar com as organizações e com as pessoas. Tudo depende das circunstâncias, e nada é fixo ou imutável. 3. O CO utiliza métodos científicos. O CO desenvolve e testa empiricamente hipóteses e generalizações sobre a dinâmica do comportamento nas organizações. Os fundamentos científicos do CO se baseiam em uma metodologia de pesquisa sistemática. 4. O CO ajuda a lidar com as pessoas nas organizações. O objetivo básico do CO é ajudar as pessoas e organizações a se entenderem cada vez mais. O CO é fundamental aos administradores que dirigem organizações ou unidades delas, assim como é indispensável a toda pessoa que pretenda ser bem-sucedida na sua atividade com as organizações, dentro ou fora delas. 9 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 5. O CO recebe contribuições de várias ciências comportamentais, como ciências políticas, antropologia, psicologia, psicologia social, psicologia organizacional, sociologia, sociologia organizacional etc. Na realidade, o CO é uma área interdisciplinar que utiliza conceitos oferecidos por várias ciências sociais. 6. O CO está intimamente relacionado com vários campos de estudo, como a teoria das organizações (TO), o desenvolvimento organizacional (DO) e a gestão de pessoas ou administração de recursos humanos (ARH). Em comparação com essas disciplinas, o CO tende a ser teoricamente orientado para o nível micro de análise, na medida em que utiliza as abordagens teóricas das ciências comportamentais para focalizar principalmente o comportamento individual e grupal nas organizações. Nesse sentido, o CO pode ser definido como a compreensão, predição e gestão do comportamento humano nas organizações. Chiavenato deixa bem claro que o comportamento organizacional não se confunde com a administração? Ele corresponde ao lado humano da administração, mas não à totalidade da administração. A administração envolve abordagens de processos, sistemas, gestão do conhecimento, contingência etc. O profissional de administração precisa conhecer o CO em profundidade para ser bem-sucedido em suas atividades. O CO tampouco se confunde com a psicologia organizacional. As ciências sociais (antropologia, sociologia e, especialmente, a psicologia) fizeram uma contribuição significativa aos fundamentos teóricos e de pesquisa do CO. A estrutura organizacional e os processos administrativos (como decisão e comunicação) assumem um papel importante no CO, mas secundário na psicologia organizacional (PO). Nas duas ilustrações abaixo temos as contribuições das ciências sociais ao CO e as relações entre este e outras disciplinas correlatas. 10 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 As contribuições das ciências sociais ao CO Fonte: Adaptado de Robbins (2001) As relações entre CO e outras disciplinas correlatas Fonte: Adaptado de Robbins (2001) 11 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 1.3 Níveis e Modelo O Comportamento Organizacional aborda três diferentes níveis de comportamento nas organizações: 1. Macroperspectiva do CO - Trata do comportamento do sistema organizacional como uma totalidade. É o que chamamos de comportamento macroorganizacional. Refere-se ao estudo dos comportamentos de organizações inteiras. A abordagem macro do CO se baseia em como comunicar, liderar, proporcionar decisões, lidar com estresse e conflito, proporcionar negociação, tipos de poder e política e coordenar atividades de trabalho (WAGNER III, HOLLENBECK, 1998). 2. Perspectiva intermediária do CO - Trata do comportamento de grupos e de equipes na organização. Recebe o nome de comportamento meso- organizacional, pois funciona como ligação entre as outras duas perspectivas do CO. Focaliza o comportamento das pessoas que trabalham em grupos ou em equipes. A perspectiva intermediária do CO se baseia em pesquisas sobre equipes e empowerment, dinâmica grupal e intergrupal. Busca encontrar formas de socialização que incentivam a cooperação entre as pessoas, a melhoria da produtividade em grupo e as combinações de aptidões entre membros de uma equipe que aumentam o desempenho do grupo. 3. Microperspectiva do CO - Trata do comportamento do indivíduo ao trabalhar sozinho na organização (WAGNER III, HOLLENBECK, 1998). Recebe o nome de comportamento micro-organizacional. Em função de suas origens, a microperspectiva do CO apresenta uma orientação fortemente psicológica. Focaliza as diferenças individuais e personalidade, percepção e atribuição, motivação e satisfação no trabalho.As pesquisas nessa área enfocam os efeitos das aptidões sobre a produtividade das pessoas, as motivações pessoais para o desempenho das tarefas, a satisfação no trabalho e o modo como os indivíduos sentem e percebem o seu local de trabalho. 12 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Ver a figura abaixo: Os três níveis de abordagem do comportamento organizacional Fonte: Chiavenato (2004, p. 10) O modelo de CO Toda ciência necessita de alguma forma para representar conceitos que ela tenta explicar. Para isso, a ciência utiliza modelos. A adoção de modelos facilita a explicação de determinados fenômenos complexos. Um modelo é uma abstração da realidade ou uma representação simulada de um fenômeno real. Uma maquete de prédio é um modelo, tanto quanto um organograma de empresa. Um manequim em uma vitrine de loja de roupas é um modelo, tanto quanto a fórmula financeira “ativos = passivo + patrimônio líquido”. O modelo permite representar a realidade de uma maneira mais simples e inteligível. Para compreender sistemicamente o CO, Chiavenato utiliza um modelo constituído de três níveis de análise: individual, grupal e organizacional. À medida que se caminha do nível individual para o nível organizacional, vão- se somando os níveis até o entendimento integral do comportamento dentro das 13 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 organizações. Esses três níveis são análogos a blocos de construção: cada nível é construído sobre o anterior. O conceito de grupo deriva do nível básico do indivíduo, e o modelo vai se sobrepondo às limitações estruturais sobre os níveis do indivíduo e do grupo para chegar ao nível do comportamento organizacional. Os três níveis caracterizam três variáveis independentes que são as principais determinantes das variáveis dependentes. Assim, as variáveis independentes estão situadas nos níveis do sistema organizacional, do grupo e do indivíduo. Antes de explicar cada um deles, observe a ilustração abaixo: 1. Variáveis no nível do sistema organizacional: O CO alcança seu nível mais elevado de sofisticação quando somamos a estrutura formal ao conhecimento do comportamento dos indivíduos e dos grupos. Assim como os grupos são mais do que a soma dos seus membros individuais, a organização também é mais do que a soma dos grupos ou unidades que a compõem. O desenho organizacional, a cultura organizacional, os processos de trabalho, as funções, políticas e práticas de gestão de pessoas da organização - como o processo de recrutamento e seleção, programas de treinamento, métodos de avaliação do desempenho etc. - têm um forte impacto sobre as variáveis dependentes. 2. Variáveis no nível do grupo: O comportamento das pessoas é diferente quando elas trabalham sozinhas ou em grupos. O comportamento do grupo é mais do 14 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 que a soma das ações dos indivíduos que fazem parte dele. O passo seguinte para a compreensão do CO é o estudo do comportamento grupal. 3. Variáveis no nível do indivíduo: As organizações dependem de pessoas para poder funcionar. As pessoas ingressam na organização com determinadas características pessoais e individuais que vão influenciar o seu comportamento no trabalho: características biográficas, formação e capacitação, valores, atitudes, personalidade e emoções. Essas características pouco podem ser alteradas pelo esforço de gerenciamento. Além disso, existem outras características individuais que afetam o comportamento das pessoas, como a percepção, a tomada de decisão individual, a aprendizagem e a motivação. Além disso, o modelo envolve variáveis dependentes que constituem os fatores fundamentais que se pretendem explicar ou medir e que são afetados pelas variáveis independentes. As variáveis dependentes são cinco: produtividade, absenteísmo, rotatividade, satisfação com o trabalho e cidadania organizacional. Vejamos cada uma delas: 1. Produtividade: Uma das maiores preocupações no estudo do CO é a produtividade que a organização alcança por meio de pessoas, de grupos e de toda a instituição. As organizações estão sempre procurando descobrir os fatores que influenciam e melhoram a eficiência e a eficácia dos indivíduos, dos grupos e da organização como um todo. Uma organização é produtiva quando consegue atingir seus objetivos, transformando seus insumos ou entradas em resultados cada vez maiores e com o mais baixo custo possível. A produtividade é uma medida de desempenho que inclui a eficiência e a eficácia. A eficiência significa o uso adequado dos recursos disponíveis - ou seja, a ênfase nos meios e processos. A eficácia significa o alcance de metas e objetivos previamente definidos - ou seja, a ênfase nos fins e resultados. Assim, uma empresa é eficaz quando consegue satisfazer com sucesso as necessidades de seus clientes e é eficiente quando o faz com baixo custo. Se uma empresa consegue atender melhor seus clientes aumentando os contatos diários ou 15 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 reduzindo seus preços, ela aumenta a sua eficiência. Se a empresa amplia suas metas de vendas ou de participação no mercado, ela eleva a sua eficácia. 2. Absenteísmo: Outra preocupação das organizações está na redução do absenteísmo. O absenteísmo representa o não comparecimento das pessoas ao trabalho, seja por faltas voluntárias (por decisão pessoal) ou involuntárias (por motivos de força maior). O absenteísmo tem um custo elevadíssimo: seu valor anual foi estimado em mais de 40 bilhões de dólares nas empresas norte-americanas e 12 bilhões de dólares nas empresas canadenses, enquanto na indústria alemã representa mais de 60 bilhões de marcos a cada ano. A ausência de um dia de um funcionário administrativo pode custar 100 dólares à organização em termos de redução da eficiência e aumento da carga de trabalho do supervisor. Isso significa perda de produção e prejuízos. Se uma organização tem 100 pessoas e seu absenteísmo é de 5%, ela pode contar com apenas 95 pessoas em seu cotidiano. Nas organizações industriais baseadas em linhas de montagem na produção, o absenteísmo provoca interrupção do trabalho, uma enorme perda de qualidade e até mesmo a completa paralisação da fábrica ou da empresa. A organização não pode operar normalmente e alcançar seus objetivos se as pessoas não comparecem para trabalhar. 3. Rotatividade: As organizações também se preocupam com a redução da rotatividade ou turnover. A rotatividade representa a constante entrada e saída de pessoas da organização, seja voluntária (quando a demissão é fruto de decisão pessoal do funcionário) ou involuntariamente (quando o desligamento resulta de decisão da organização). Um índice elevado de rotatividade - ingressos e desligamentos de pessoas provoca um aumento de custos em recrutamento, seleção e treinamento. Esses custos em geral são elevadíssimos: uma média de 15.000 dólares por funcionário nas empresas americanas. Além disso, a rotatividade provoca ruptura na eficiência da organização, quando pessoas experientes e treinadas deixam a empresa e fica difícil ou demorado encontrar substitutos e treináIos para assumir a posição vaga. A cada pessoa que sai, torna-se necessária a sua substituição. 16 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 A rotatividade quase sempre representa a perda de pessoas que a organização não gostaria de perder. Quando ela se torna muito alta, isso pode significar que a organização está perdendo seu capital humano para outras organizações, concorrentes ou não. Todavia, uma certa rotatividade pode ser positiva e até criar condições para a organização substituir funcionários de fracodesempenho por outros mais competentes e motivados, aumentar as oportunidades de promoções e trazer ideias novas à organização. Além disso, em um mundo mutável e dinâmico, um pouco de rotatividade voluntária permite aumentar a flexibilidade organizacional, reduzindo a necessidade de demissões por parte da organização quando os negócios sofrem desaceleração. Em certas ocasiões em que a empresa precisa cortar custos ou reduzir seu tamanho para adequar-se ao mercado quando as vendas estão baixas - e consequentemente cortar pessoas -, são oferecidos programas de incentivo à demissão voluntária (CHIAVENATO, 2004). 4. Satisfação no trabalho: Muitas organizações pretendem construir um excelente lugar para trabalhar. A satisfação no trabalho é mais uma atitude do que um comportamento, mas nem por isso deixa de ser uma importante variável dependente por duas razões: ela reflete uma relação com fatores de desempenho e com preferências de valores defendidos por pesquisadores do CO. A satisfação no trabalho é a diferença entre as recompensas recebidas pela pessoa e aquilo que ela acredita merecer ou deseja receber. A convicção de que as pessoas satisfeitas são mais produtivas do que insatisfeitas com o trabalho sempre foi uma espécie de doutrina durante muitos anos, devido a certas evidências nessa relação causal. As organizações devem preocupar-se não apenas com a quantidade - produtividade elevada e bens materiais -, mas também com a qualidade de vida no trabalho. A satisfação é um objetivo legítimo de uma organização, pois está relacionada com o absenteísmo e a rotatividade. Além disso, pesquisadores com fortes valores humanistas defendem que a organização tem a responsabilidade de 17 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 oferecer empregos que sejam estimulantes e intrinsecamente gratificantes às pessoas. 5. Cidadania organizacional: É um comportamento discricionário que não faz parte das exigências funcionais de uma pessoa, mas que ajuda a promover o funcionamento eficaz da organização. As organizações estão procurando pessoas que façam coisas adicionais que não constem de suas tarefas formais. A evidência mostra que as organizações que contam com indivíduos assim apresentam melhor desempenho em comparação com as outras. Por essa razão, o estudo do CO preocupa-se com o comportamento de cidadania organizacional como uma variável dependente. As organizações bem-sucedidas precisam de pessoas que façam mais do que os seus deveres normais e apresentem desempenho além das expectativas. Como nas organizações bem-sucedidas as tarefas são cada vez mais realizadas em equipe e a flexibilidade é um fator importante, elas necessitam de pessoas que adotem um comportamento de boa cidadania, oferecendo-se voluntariamente para tarefas extraordinárias, ajudando os colegas em suas equipes, fazendo declarações positivas sobre o trabalho de seu grupo e de sua organização, evitando conflitos desnecessários, cuidando do patrimônio da empresa, respeitando as leis e regulamentos, e sendo tolerantes com ocasionais aborrecimentos e imposições decorrentes do trabalho. 1.4 A utilidade do CO Toda organização envolve uma infinidade de interações internas e externas para realizar suas operações, agregar valor e alcançar seus objetivos. Para ser bemsucedida, a organização precisa lidar com vários parceiros do negócio. O campo de estudo do Comportamento Organizacional ajuda gerentes, dirigentes, consultores, facilitadores e pessoas que trabalham em organizações a lidar com assuntos organizacionais e a melhorar a eficácia das organizações. Um gerente que compreenda CO está mais preparado para conhecer situações de trabalho, lidar 18 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 com problemas organizacionais e ajudar pessoas e grupos a alcançar seus objetivos de maneira mais eficaz. Segundo Lorsch (1987 apud Chiavenato, 2004, p. 18) a utilidade do CO consiste em: 1. Permitir uma maneira de pensar sistemicamente sobre o comportamento de pessoas e de grupos em trabalho organizado e integrado. 2. Oferecer um vocabulário de termos e conceitos que compartilhem, discutam e analisem claramente experiências do trabalho. 3. Propor um conjunto de técnicas para lidar com problemas e oportunidades que ocorrem em situações de trabalho. 4. Desenvolver estratégias adequadas para melhorar a qualidade de vida no trabalho e nas organizações. 5. Criar condições para tornar as organizações mais eficazes e competitivas de maneira sustentável. Sem dúvida, o conhecimento do CO é de importância capital para quem deseja trabalhar em organizações, administrá-Ias, investir nelas ou contatá-las. 19 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 2 A APRENDIZAGEM DO COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO Segundo Mariani e Silva (2004) as organizações de aprendizagem são aquelas organizações preocupadas em construir um futuro de aprendizado para si mesmo e as pessoas que as compõe. As organizações que conseguem resolver os problemas e conseguem acompanhar as mudanças, aproveitando as oportunidades futuras através da geração de novos conhecimentos a todos os indivíduos independentes do nível hierárquicos no intuito de aplicação de novas teorias, ferramentas e adequação aos novos desafios tecnológicos, estas podem ser denominadas de organizações de aprendizagem. Segundo Wagner III e Hollenbeck (2003 p. 432) as organizações que aprendem recorrem ao pensamento crítico e à análise rigorosa dos dados da realidade para garantir uma margem competitiva sustentável em longo prazo em relação às demais organização do seu ramo. Mariani e Silva (2004) ressaltam, entretanto, que as organizações geradoras de conhecimento ainda são raras. De acordo com Gomes (1994, p. 15), a empresa moderna tem procurado formas de possibilitar a força humana através de projetos, que visam ao desenvolvimento de habilidades duradouras, respeitando os motivos individuais para alcançarem os motivos legítimos. E todo o segredo da gerência das pessoas estará na compreensão dos mecanismos que determinam seus comportamentos. Não é fácil, porém diagnosticar a causa ou as causas responsáveis por determinado comportamento, havendo, portanto, o perigo da psicologização amadora. Isso leva a entender que para obter vantagem competitiva as empresas devem antecipar o futuro, estando à frente do seu tempo. Por isso é preciso que todas as pessoas estejam abertas ao novo saber, buscando novas habilidades necessárias aos novos tempos. Sumatra e Bartlett (1998, p. 216) observaram que os processos de transformação corporativa bem-sucedida dos processos fracassados eram 20 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 diferenciados por duas distinções básicas. Sendo a primeira voltada a um bom planejamento e a segunda que os gerentes das organizações bem-sucedidas reconheceram que a transformação está mais para uma função de comportamento individual do para as estratégias, estruturas e sistemas introduzidos pela alta administração. Segundo Vergara (2000 p. 32) em um ambiente no qual a administração da mudança inclui a necessidade de administrar surpresas, as empresas, frequentemente, se veem diante da necessidade de aprender com seus próprios erros. Essa capacidade de aprender continuamente tem identificado muitas empresas como o que se convencionou chamar de learning organization, organizações de aprendizagem. Fazendo uma breve análise é possível resumir que é necessário um comportamento de contínuo aprendizado porque a velocidade com que a tecnologia e o volume de informações evoluem e modificam hábitos e comportamentos, émaior do que a nossa capacidade de interpretar e avaliar os acontecimentos. Pode-se perceber que se faz necessário cada vez mais a percepção por parte dos indivíduos que compõe a organização de um comportamento inovador e empreendedor na busca de um aprofundamento e uma utilização mais eficaz das descobertas e dos conhecimentos científicos desenvolvidos nas organizações de aprendizagem, necessárias a obtenção de vantagem competitiva. Percebe-se também que através da evolução do conhecimento, muda-se o comportamento tanto dos responsáveis pela organização como dos colaboradores que fazem parte dela. O enfoque sistêmico na administração quando trata dos seus recursos humanos poderá ser analisada ao nível do comportamento social, sendo a sociedade vista como um macrossistema permitindo assim uma visualização de maior complexidade entre a sociedade e a organização a qual esta inserida e suas interações, visualizando-se assim uma categoria ambiental no estudo do comportamento organizacional e individual. 21 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 No nível do comportamento organizacional poderá ser entendido como um sistema onde a organização é vista na sua totalidade interagindo com o ambiente ao qual está inserida, sendo visualizada como uma categoria ambiental do comportamento individual. E no nível comportamental individual, o indivíduo é visto como um subsistema, onde se permite fazer uma análise de vários conceitos sobre comportamento, motivação, aprendizagem com a finalidade de compreender melhor a natureza do ser humano. A Evolução do conhecimento da administração procura evidenciar que o campo do comportamento organizacional e individual evoluiu de um conceito voltado nas estruturas e processos de pequenos grupos, para uma perspectiva de grandes sistemas, organizações e seus ambientes cada vez mais complexos, buscando contribuir para a compreensão e adaptação aos novos problemas relacionados com o trabalho criando possibilidades diversas de intervir na busca de solução dos mesmos. A utilização eficiente e eficaz do conhecimento proporcionado e disponibilizado através das diversas teorias desenvolvidas passa a constituir um recurso válido para as organizações e seus indivíduos, criando assim vantagem competitiva para aquelas que primeiro utilizarem este conhecimento. O que se faz necessário é uma maior integração entre os pesquisadores e estudiosos do comportamento organizacional como diretores, gerentes e colaboradores das organizações para a melhor utilização desses conhecimentos, com maior profundidade científica, isto é, transformar a pesquisa teórica na prática, buscando a aproximação das instituições voltadas ao ensino, pesquisa e extensão com as organizações denominadas produtoras. As mudanças constantes exigem de todos os indivíduos um compromisso com a melhoria contínua em busca de novas e melhores maneiras de realizar o trabalho e as organizações devem estas em constante criação de novos produtos e serviços. Faz-se necessário no momento atual investir em formação e reciclagem de competências, criando assim um comportamento e uma relação de interdependência onde as organizações que dependem de profissionais altamente motivados e competentes, e estes precisam delas para se realizarem (MARIANI; SILVA, 2004). 22 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 3 FATORES QUE INFLUENCIAM NO COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL Em outro momento do curso vimos que o trabalho em equipe é de fundamental importância em algumas organizações, já que essa pode ser uma forma de trabalho mais participativa saudável e produtiva. Pode-se citar como características do trabalho em equipe: A quebra da rigidez da hierarquia em empresas compartimentadas, o que facilita a comunicação interna; A reunião da diversidade dos conhecimentos em diferentes áreas, aproximando as pessoas e contribuindo para o crescimento; O conhecimento flui melhor quando se trata de uma equipe, facilitando assim a inovação; Criar oportunidade para que o exercício de liderança seja despertado nos membros. Além de contribuir para um comprometimento, um espírito de cooperação, aprendizagem e transformação. Para que se configure como um trabalho em equipe, este deve manter liderança compartilhada e os membros devem se integrar com o objetivo de agregar conhecimento. O trabalho é contínuo e a própria equipe impõe suas metas propostas pela organização. Nas reuniões, valoriza-se o diálogo e a realização de dinâmicas para solucionar problemas. Faz-se uma avaliação direta dos produtos, e as ações são decididas e implementadas em conjunto. Pode-se dizer que uma equipe é formada considerando e compartilhando princípios ideias e ideais, não apenas pela execução das tarefas que envolvem o trabalho. Constroem-se valores éticos que contribuem para comportamentos de respeito e solidariedade para com as pessoas da equipe, dando qualidade aos relacionamentos. O diálogo é a principal ferramenta que a equipe utiliza para uma interação entre as pessoas com pensamentos diferentes. Isso contribui para a 23 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 aprendizagem coletiva, que possibilita o crescimento individual e permite ainda que o conhecimento produzido circule dentro da organização (CHIAVENATO, 2005). Ainda de acordo com Chiavenato (2005), a comunicação é tida como prioridade em empresas que buscam o sucesso no mercado, sendo um fator de grande importância para a execução eficaz do trabalho realizado em equipe. Comunicação é a transmissão de uma informação de uma pessoa para a outra e compartilhada por ambas. Para a comunicação efetiva, o receptor deve compreender e interpretar a informação dada. Comunicar é, então, tornar comum a mais de uma pessoa a informação, pois toda comunicação envolve, no mínimo, duas pessoas: a que transmite e a que recebe a informação. Bowditch (2004) diz que os significados da mensagem surgem a partir da interação social, por isso o significado da informação se altera de acordo com a própria informação e com seu contexto. Para melhor entender esse processo devese considerar: quem está comunicando a quem, ou seja, quais são os papéis dessas pessoas; a linguagem e os símbolos utilizados na comunicação, os quais permitem que a informação passada seja compreendida; o canal de comunicação utilizado, e como a informação é recebida através desse canal (escrita ou falada); o conteúdo da comunicação, ou seja, boas ou más notícias, estranhas ou familiares; características interpessoais do transmissor e se em sua relação com o receptor existe confiança, influência entre outros e em qual contexto a comunicação acontece, se é entre setores ou no mesmo setor. Existe ainda o que podemos definir como as quatro funções básicas da comunicação interpessoal: a primeira é o controle, que esclarece informações, implanta normas e estabelece relações de autoridade e responsabilidade. A segunda é a informação que serve como base para tomadas de decisão. A terceira função é de motivação, que ajuda obter cooperação e compromisso para com as metas e objetivos. Por último, a emoção para expressar sentimentos e emoções (BOWDITCH, 2004). De acordo com o mesmo autor, o objetivo de uma comunicação eficaz é o entendimento. Mas nem sempre esse objetivo é alcançado. Um exemplo é quando 24 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 uma pessoa está falando, passando informações ou fazendo uma pergunta, a outra pessoa que deveria estar escutando-a não o faz e sim se prepara para responder às perguntas. Com isso não se escuta a mensagem como um todo e falta uma comunicação efetiva entre elas. Existem barreiras físicas, interpessoais e intrapessoaisque atrapalham a comunicação efetiva, tais como a sobrecarga de informações, que ocorre quando temos mais informações do que somos capazes de utilizar; o tipo de informação passada, que pode colocar em conflito os valores e crenças da pessoa; a fonte de informações, já que se tem credibilidade em algumas pessoas do que em outras, tende-se a acreditar mais em informações vindas de quem conhecemos; a localização física, que diz da proximidade entre o transmissor e o receptor e o layout entre departamentos, promovendo a distância entre as pessoas também são fatores que dificultam a comunicação. Para melhorar a eficácia da comunicação deve-se apoiar em duas habilidades básicas: a habilidade de transmissão, que diz da capacidade de se fazer compreender por outras pessoas, fazendo uso da linguagem e de símbolos que sejam importantes para a comunicação e a habilidade de escutar, que é a capacidade de entender os outros, prestando atenção sendo empático e fazer uma leitura da linguagem corporal e dos sinais não verbais (BOWDITCH, 2004). O feedback é um outro fator que contribui de forma significativa para uma comunicação eficaz na organização. Feedback é o processo pelo qual o receptor da mensagem se comunica de volta com o transmissor, e geralmente envolve uma avaliação (positiva ou negativa) do que foi dito ou feito. Dificuldades como fazer crítica no trabalho realizado por um subordinado, dizer que não alcançou o objetivo esperado impedem o processo do feedback. Porém, julga-se fundamental a comunicação através desse processo, pois ele auxilia o transmissor a avaliar se a forma com que está se comunicando e passando informações está adequada, se precisa melhorar ou ainda quando o feedback for positivo ajuda ao transmissor perceber que a forma como as informações são transmitidas estão adequadas (SCHERMERHORN, 1999). Fazendo-se uso da linguagem adequada, fornecendo informações claras, utilizando diferentes canais que estimulem a percepção de receptor e sempre que possível fazer comunicação face a face e dar feedback positivo ou negativo são fatores 25 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 fundamentais que contribuem para a comunicação efetiva e eficaz do trabalho em equipe (BOWDITCH, 2004). Outro fator importante no bom desempenho do trabalho em equipe é a relação interpessoal e interação dos componentes desta. O processo de interação está presente em toda organização e interfere na realização das atividades e com isso nos resultados esperados. Segundo Moscovici (1994) nesse processo aparecem surpresas, frustrações, acontecimentos inesperados que causam desconforto e insegurança, mesmo quando as atividades são planejadas. Esses imprevistos contribuem para a dificuldade de interação e de convivência com pessoas com comportamentos diferentes dos seus. No ambiente organizacional tende-se a pensar que as pessoas façam sempre o que é esperado, mas nem sempre isso ocorre, deixando-as confusas e surpresas diante do acontecido. Isso ocorre porque as pessoas não são como máquinas que funcionam isoladas, pois a interação afeta o funcionamento de cada um e de todos, alterando desta forma o desempenho esperado pela equipe ou por cada membro dela. De acordo com a mesma autora, nas organizações onde se trabalha em equipe, a interação entre seus membros ocorre em dois níveis: o primeiro é o nível da tarefa, das atividades que são visíveis e observáveis que são acordadas com o grupo e abrange os esforços feitos para se atingir os objetivos definidos para a atividade. O segundo é o nível sócio-emocional que envolve as sensações e sentimentos diversos que surgem no grupo ou já existiram, contribuindo para os processos interpessoais e manutenção do grupo. Na relação construída pelo grupo surgem divergências por membros do grupo terem percepções diferentes, pois, cada pessoa traz suas características, personalidade, crenças e valores e se comportam de acordo com eles, o que contribui para que surjam conflitos na equipe, uma questão inerente ao grupo já que não é possível satisfazer todas as necessidades e desejos de cada integrante da equipe. Porém, o conflito pode ser funcional ou disfuncional de acordo com a intensidade, evolução, contexto e como é tratado. 26 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Sendo assim, um conflito pode não causar danos ou prejuízos e ter funções como estimular o interesse e a curiosidade do grupo para oposições, tirando-o da posição estagnada que o equilíbrio que a concordância traz para o grupo e leva-o a mudanças pessoais, sociais e grupais. Não existe uma forma padronizada para se resolver os conflitos. Deve-se compreender a dinamicidade do conflito e suas variáveis, pois é necessário antes de tudo tentar fazer um diagnóstico da situação conflituosa para se fazer algum plano de ação. Divergências interpessoais, natureza das diferenças e estágio de evolução são variáveis que devem ser avaliadas para um diagnóstico mais preciso e uma melhor forma de lidar com o conflito (MOSCOVICI, 1998). Enfim, os conflitos estão sempre presentes dentro de um grupo. Porém, pode- se evitar alguns destes formando grupos com pessoas que tenham pontos de vistas, valores, metas e métodos parecidos. Em algumas empresas além de evitar conflitos, esse método reforça sentimentos de segurança entre os membros da equipe. Apesar da sua eficácia aparente, existe o risco de uma diminuição da criatividade e de novas ideias, já que nesse tipo de grupo a concordância entre os membros é alta e julga-se inapropriado discordar do mesmo (MOSCOVICI, 1998, p.148). 3.1 A cultura organizacional Cada empresa ou organização estrutura-se socialmente, com seus sistemas de valores. Essa cultura organizacional distribui-se em características básicas (ROBBINS, 2002, p. 498), e que se definem por: inovação e assunção de riscos, atenção aos detalhes, orientação para os resultados, orientação para as pessoas, orientação para a equipe, agressividade e estabilidade. Cada empresa valorizará mais uma dessas características em detrimento a outra. Definirá com tais opções a cultura dominante na empresa. Para este mesmo autor, a cultura organizacional também é a argamassa social que une a empresa por intermédio de valores compartilhados, alinha as pessoas em um sistema de valores, essa cultura pode ser forte ou fraca, influindo diretamente na união entre seus membros e a empresa. 27 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Por outro lado, os valores compartilhados são mais marcantes quando os integrantes da organização possuem maior autonomia, resultado do empowerment. Significa que os valores são presentes na vida das pessoas da empresa por uma questão de opção. A cultura organizacional dominante, quando contribui para o crescimento da empresa é sem dúvida um ativo intangível, difícil de mensurá-lo. Contudo esse ativo pode passar a passivo quando surgem as mudanças, sejam elas ocasionadas pelas fusões ou inovações tecnológicas. Podem se tornar barreiras, uma vez em que a máxima de „trabalhar como antes‟ já não venha a ser o suficiente para a empresa. Logo, quanto mais forte uma cultura organizacional, poderá tornarse uma grande barreira contra as mudanças. 3.2 As competências Dentro da organização, Zafirian (2001) diferencia cinco tipos de competências: competências sobre processos, competências sobre técnicas, competências sobre a organização, competências de serviço e competências sociais. Estas últimas são discutidas também por Noer (1997) a qual se define como o saber ser, incluindo atitudes que sustentam os comportamentos das pessoas, identificando três domínios: autonomia, responsabilização e comunicação. Nesta mesma linha de raciocínio, Fleury e Fleury (2004) apontam aindaa competência social, a comunicação, a negociação e o trabalho em equipe. Entretanto, Noer (1997) e Covey (2005) apresentam a ideia do que mantém a empresa unida, em termos de uma metáfora: a definem como uma cola, essa cola, Fleury chama de sinergia, dentro do trabalho em equipe, então estaria associada a essa competência social. Ambos também coincidem que a responsabilização em relação à organização deve-se mais pela lealdade para com a equipe de trabalho do que a uma vã expectativa de promoção ou desvios de politicagem ou tentativas de enganar o chefe que obstruem a força de trabalho da equipe. Covey (2005) salienta ainda que o caráter dentro da organização é que trará a confiança necessária e sine qua non para o crescimento da organização. Partindo- se do princípio de Covey (2005) e Noer (1997), pode-se concluir que a competência 28 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 social precede às demais competência, uma vez que está intimamente ligada a autonomia do indivíduo, ao seu caráter e vontade em desempenhar sua tarefa. De acordo com Covey (2005), seriam as qualidades primárias humanas: autoconsciência ou autoconhecimento, imaginação e consciência e volição ou força de vontade. Portanto, em um nível existencial, há que se compreender que as organizações são abstrações compartilhadas uma vez que só há pessoas, compostas pela soma de seus comportamentos individuais, dentro de limites resolvidos em comum acordo. Pode-se então visualizar as organizações atribuindo-lhes as qualidades humanas pertinentes em suas respectivas maneiras de agir. 3.3 A aprendizagem organizacional Embora a aprendizagem organizacional já tenha sido apresentada no tópico sobre vantagem competitiva, vale discutir um pouco mais sobre esse fator a partir da compreensão de outros autores. Segundo Franco e Santos (2010), a concepção de aprendizagem organizacional emerge em decorrência das constantes transformações do mundo contemporâneo, provocando uma necessidade de mudança permanente nas organizações. Dessa forma, a aprendizagem organizacional é concebida como uma alternativa para enfrentar os desafios da mudança constante. A aprendizagem organizacional consiste na mudança organizacional, e nesse processo em que as organizações propõem instaurar as modificações necessárias para garantir a vantagem competitiva, as pessoas se tornam predispostas a expandir continuamente sua capacidade de criar o resultado, com pensamentos novos, e aspirações coletivas para aprenderem a aprender juntas. Assim, Fiol e Lyles (1985 apud Franco e Santos, 2010) definem a aprendizagem como um processo de melhoria que permite o desenvolvimento de ações organizacionais por meio de novos conhecimentos e compreensões, no nível 29 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 individual e organizacional, ressaltando que o aprender não consiste apenas na aquisição do conhecimento, mas em como utilizá-lo. Baldwin e Foro (1987 apud Franco e Santos, 2010) apresentam a aprendizagem organizacional como o processo que deve ser utilizado, mantido e preservado ao longo do tempo para incrementar a transferência e generalização do aprendizado em todos os níveis da organização. Já Senge (1990) afirma que a aprendizagem organizacional é superior ao somatório de todo aprendizado individual. Ainda nessa concepção, Nadler, Gestein, Shaw et al (1993) definem a aprendizagem organizacional como a capacidade que uma organização possui para agregar conhecimentos a partir de sua experiência e da experiência dos outros, e modificar seu funcionamento conforme seus conhecimentos Argyris e Schön (1996 apud Franco e Santos, 2010) definem que a aprendizagem organizacional é um conjunto de práticas e comportamentos que ajuda a organização a superar o processo básico e simples de manutenção do conhecimento, focando para o questionamento do aprendizado, revisando os seus princípios. Para Klein (1998 apud Franco e Santos, 2010), a aprendizagem organizacional é a capacidade que uma organização possui para criar, difundir e incorporar um novo conhecimento nos seus produtos, serviços e sistemas. A aprendizagem organizacional deve ser capaz de solucionar o dilema de conferir inteligências e capacitações de aprendizagem a uma entidade não humana. O processo de aprendizagem organizacional dá-se a partir de interações sociais, em que o ambiente, as tarefas e a cultura se transformam pela ação das pessoas. Conforme define Cardoso (2002), é a utilização pelas organizações dos mecanismos que geram conhecimento para adaptar suas rotinas a novas culturas, processos de memorização do conhecimento e experiências. Para Casey (2005), aprendizagem organizacional pode ser compreendida como um processo em que ocorre aquisição, interpretação e distribuição de informações que formam a memória organizacional. 30 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Percebe-se, então, que a dinâmica da aprendizagem organizacional ainda constitui-se num desafio para as organizações, visto serem necessárias modificações comportamentais e atitudinais para internalizar seus conceitos e proposições (FRANCO; SANTOS, 2010). De acordo com estudos de Caldas e Vilas Boas (2004), a organização possui uma cultura própria, que a difere das demais. Muitas vezes sendo a sua identidade um fator de coesão entre seus membros. Essa identidade coletiva estabelece-se por um sistema de valores, atitudes e expectativas compartilhadas. A aprendizagem organizacional decorre da socialização de novos integrantes a essa equipe. Um indivíduo que passe a integrar essa coletividade, então passa a compartilhar desse sistema de valores. Será aceito ou não, conforme sua adaptação no meio. Robbins (2002) define essa socialização em três estágios, pré-chegada, encontro e metamorfose. Depois de decorrida a metamorfose, o indivíduo passa a obter resultados como a produtividade e o comprometimento. Após tal situação, o indivíduo introjetou as normas da organização. Entretanto, a aprendizagem organizacional é definida como um processo contínuo, sem um fim estabelecido. Portanto, a organização não é estática em sua concepção como uma empresa, mas dinâmica e essa dinâmica vem a tornar o processo da aprendizagem uma contínua adaptação aos modelos que surgem. Fleury e Fleury (2004) apresentam os níveis onde pode ocorrer a aprendizagem organizacional, nível do indivíduo, nível do grupo e nível da organização. Entretanto, o processo de aprendizagem organizacional envolve a compreensão do que ocorre no ambiente externo e interno da organização bem como a adoção de novos comportamentos que comprovam a efetividade do aprendizado. Desta compreensão, em nível do indivíduo, para a efetivação do comportamento ocorre a aquisição de conhecimentos e desenvolvimento de competências por processos reativos ou pró-ativos. No nível da organização após a efetivação do comportamento ocorre a disseminação e memorização pelos demais integrantes da empresa. De acordo com Senge (1999), a organização caracterizada como aprendiz, ou seja, que se envolve 31 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 no aprendizado organizacional como um processo contínuo, deve refletir sobre seus sistemas, deve ter habilidade pessoal, deve possuir modelos mentais, visão compartilhada e aprendizado em equipe. Dixon (1994 apud Caldas e Vilas Boas, 2004), por sua vez destaca quatro postulados para as organizações: estímulo de inovações, aplicação das lições aprendidas, implementação da mudança e desafio de pressuposições. O aprendizado ocorre a todos os instantes na empresa, partindo do individual para o coletivo. Não há aprendizado coletivo sem que ocorra o aprendizado interior de seus integrantes.Senge (1999) estabelece uma diferença entre o aprendizado e o treinamento, sendo que aprendizado é resultado da predisposição em aprender a todo momento ao passo que o treinamento é um trabalho executado fora do contexto, e episódico. Starkey (1997) apresenta que uma empresa que busca desenvolvimento contínuo de seus integrantes, como estratégia, atinge por consequência o desenvolvimento da organização. Tal desenvolvimento resulta em uma autotransformação contínua. Ou seja, para a empresa esta passa a estar apta a enfrentar as mudanças, e carrega em seu bojo a estratégia do auto aprimoramento. A partir desse conceito compreende-se que a organização está construindo seu futuro. A cultura organizacional estrutura-se em características básicas, diferentemente de Robbins (2002, p. 499), Terra (1999, p. 57) aponta outras características básicas que tornam a empresa mais voltada para a aprendizagem organizacional, sejam elas: O reconhecimento explícito do valor econômico do conhecimento; A capacidade de questionar valores, cultura e mudar o comportamento; Capacidade de desenvolver o know-why, além do know-how; Estímulo à experimentação e aprendizado através da detecção de erros; Habilidade criadora; Habilidade em compartilhar insights, experiências e informações individuais; Capacidade em articular conhecimentos conceituais sobre uma experiência; 32 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Utilização da capacidade criativa de seus funcionários; Busca ativa das informações do ambiente onde se inserem; Sistema de informações precisos e com formato que facilita o uso. Portanto a aprendizagem é uma dinâmica. Vem a preencher as deficiências que a empresa enfrenta ao longo de seu trabalho. E como acontece o ciclo da aprendizagem organizacional? Como um processo contínuo a aprendizagem organizacional e mudança são descritas da seguinte maneira por Fleury e Fleury (2004): estratégia influi e é influenciada pela aprendizagem, a aprendizagem influi e é influenciada pela competência, a competência influi e é influenciada pelos recursos, o qual influi na estratégia. Quanto a recursos, Fleury e Fleury (2004) definem também os recursos humanos em questão, a qual passa para uma gestão de pessoas. Entretanto, também apresentam uma gestão do conhecimento, a qual é a responsável pela aprendizagem organizacional de acordo com a figura: Portanto, o conhecimento passa pelas fases de aquisição e desenvolvimento, disseminação e memorização para prosseguir em um novo desenvolvimento ou aquisição. 33 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Dixon e Ross (1999, p. 504 apud Caldas e Vilas Boas, 2004) definem o ciclo da aprendizagem organizacional da seguinte maneira: O ciclo de aprendizagem organizacional 1) Ampla geração de informações, é a criação do conhecimento, não pode haver barreiras neste levantamento, um banco de dados que permeie a organização para constatar a realidade da organização. Possivelmente onde se realiza a detecção dos erros. 2) Integração e disseminação, por intermédio do diálogo, entre os setores da organização, onde se busca a interpretação coletiva das informações. 3) Interpretação coletiva é o entendimento da equipe sobre a organização. 4) Autoridade para assumir e responsabilidade para agir, é a decisão propriamente dita, ou sua execução. Noer (1997), em uma linha de pensamento semelhante à Fleury e Fleury (2004) e Dixon e Ross (1999), apresenta o modelo LTM (Learning Tactics Model), Modelo de táticas de aprendizado. Desenvolvido em 1992, é disposto em quatro táticas, cada qual com seu processo: agir, pensamento, sentimento e acesso aos outros. Na tática do „agir‟, definem-se interpretar a vida pela ação, confiar na atividade e aprender fazendo. Quanto a tática do „pensamento‟, significa interpretar a vida pela 34 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 análise racional, confiar nos fatos e aprender pelas estratégias. A tática do “sentimento” abrange interpretar a vida pelos sentimentos, confiar nos sentimentos, aprender pelas próprias emoções e dos outros. A tática de acesso aos outros, significa interpretar a vida pelo que os outros introduzem, confiar na interação e aprender com os outros. Chegando aos últimos fatores uma organização está sempre na condição de aprendiz, ou seja, uma empresa para se manter competitiva, deve buscar sua constante atualização e revisão de seus métodos de trabalho. Noer (1997) enfatiza a participação dos líderes face às transformações e o cenário de mudanças. Apresenta a ideia que uma autotransição é o caminho para a agilidade necessária na empresa. Parte do pressuposto que nenhuma mudança pode ocorrer na organização se não ocorrer individualmente em cada um de seus integrantes. Para essa mudança ou capacidade de reação à mudança ocorrer como uma organização aprendiz, faz-se necessária a atuação do líder como um facilitador da transição. Tal facilitação vem a ser operacionalizada, semelhantemente descrito por Fleury e Fleury (2004) e Dixon e Ross (1999), como em um processo. Noer vem chamar o conceito de liderança a um processo no qual há a participação de toda a equipe para a consecução dos objetivos. Esse autor defende, portanto que o processo de facilitação ocorra em primeira instância na própria pessoa, por um insight de si mesmo, pelo autoconhecimento. Em um segundo momento no grupo de trabalho, por intermédio de uma competência interpessoal, e fechando o ciclo, para um novo reinício tem-se a aplicação na organização, pela habilidade em estimular o diálogo coletivo. Evidentemente que a responsabilidade individual e coletiva são características essenciais em todo processo! Dentro da cultura organizacional de cada empresa há uma preponderância entre um ou outro modo de encarar a responsabilidade na organização. Uma cultura organizacional aprendiz evita a responsabilização em cima da individualidade de seus integrantes, mas focaliza o sistema, perante problemas surgidos procura solucioná- los e não procura responsáveis. Como no behaviorismo, busca aumentar o 35 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 reservatório de opções, aprendendo a aprender (NOER, 1997, p. 141). O aprendizado decorre muitas vezes de fracassos dos quais podem se extrair ações positivas, a inovação por sua vez valoriza o ensaio e erro, tolerando mais o ensaio do que o erro, mas ambos tornam possível o aprendizado na organização (CALDAS; VILAS BOAS, 2004). 36 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ARAUJO, L.S.G. Organização, Sistemas e Métodos e as modernas ferramentas de gestão organizacional: arquitetura, benchmarking, empowerment, gestão pela qualidade total, reengenharia. São Paulo: Atlas, 2001. BECKHARD, R. Desenvolvimento Organizacional: estratégias e métodos. São Paulo: Edgard Blücher, 1972. BERNARDES, C. Teoria Geral das Organizações. São Paulo: Atlas, 1988. BOWDITCH, James L; BUONO, Anthonyf. Comunicação. In: ____. Elementos de Comportamento Organizacional. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004. Cap.5, p.80-92. CALDAS, Marco Aurélio; VILAS BOAS, Ana Alice. 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