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TUMORES ABDOMINAIS MALIGNOS DA INFÂNCIA NEUROBLASTOMA INCIDÊNCIA: Tumor abdominal maligno mais comum 25%: abaixo 1 ano 75%: nos primeiros 4 anos Discreto predomínio sexo masculino NEUROBLASTOMA FISIOPATOLOGIA: Etiologia: desconhecida Origem: simpatogônias ↓ - medula adrenal - gânglios e plexos simpáticos NEUROBLASTOMA TUMORES PRIMÁRIOS (Hayes e Smith, 1988) Tumor primário < 1 ano (%) > 1 ano (%) Pescoço 5,2 3,0 Tórax 33,0 15,8 Abdome/total 55,0 74,5 Adrenal 36,7 55,0 Pélvico 5,2 4,8 Desconhecido 1,6 1,5 NEUROBLASTOMA QUADRO CLÍNICO: Variável conforme a localização, acometimento das estruturas vizinhas e metástases: medula óssea, ossos, linfonodos e fígado NEUROBLASTOMA QUADRO CLÍNICO – tumor primário abdome Dor e aumento de volume abdominal Palpação: massa dura, superfície irregular, podendo ocupar todo abdome Sintomas associados: anorexia, perda de peso, vômitos, febre, palidez, taquicardia, sudorese, irritabilidade, hipertensão arterial, opsomioclonus, diarréia NEUROBLASTOMA Metástases: Dor óssea, impossibilidade deambular, protrusão ocular, equimoses orbitárias, abaulamentos de outros locais NEUROBLASTOMA DIAGNÓSTICO E ESTADIAMENTO: TAC abdome Cintilografia óssea Biópsia de medula óssea Biópsia do tumor e estudo anátomo-patológico Hemograma, estudo metabólico, função renal e hepática LDH, ferritina sérica, dosagem ácido vanil-mandélico e homovanílico, n-myc TUMORES RENAIS MALIGNOS TUMOR DE WILMS (NEFROBLASTOMA) INCIDÊNCIA: 85% dos tumores renais malignos Predomínio discreto na raça negra e sexo feminino Faixa etária mais comum: 3 anos idade, raro no rn TUMOR DE WILMS QUADRO CLÍNICO: Massa abdominal geralmente assintomática percebida pelos pais Palpação de massa geralmente hemiabdominal, loja renal ocupada, podendo ser bilateral (6 a 8% dos casos). Hipertensão arterial: 25 a 60% Hematúria macroscópica: 25% TUMOR DE WILMS METÁSTASES: 10 a 15% ao diagnóstico 85%: pulmões 7%: fígado 8%: pulmões e fígado TUMOR DE WILMS DIAGNÓSTICO E ESTADIAMENTO: TAC abdome TAC tórax Estudo anátomo-patológico Hemograma, estudo metabólico, função renal e hepática TUMOR DE WILMS Forma hereditária: Síndrome WAGR: TW, aniridia, malformações urinárias e retardo mental Síndrome Denys-Drash: TW, nefropatia, pseudo-hermafroditismo Síndrome Beckwith-Wiedemann: supercrescimento congênito com predisposição a neoplasias embrionárias OUTROS TUMORES RENAIS MALIGNOS SARCOMA DE CÉLULAS CLARAS TUMOR RABDÓIDE CARCINOMA DE CÉLULAS RENAIS LINFOMAS NÃO HODGKIN INCIDÊNCIA: 10 % das neoplasias malignas da infância Apresentação clínica mais frequente: abdome Em 75% dos casos: doença avançada Faixa etária mais comum: abaixo 5 anos Predomínio no sexo masculino – 2:1 a 3:1 LINFOMAS NÃO HODGKIN CLASSIFICAÇÃO HISTOLÓGICA/IMUNOLÓGICA: Linfoma tipo Burkitt: pequenas células não clivadas, origem em linfócitos B maduros; mais prevalente (50%) Linfoma linfoblástico: linhagem linfócitos T imaturos(30%) Linfoma anaplásico de grandes células:linhagem células T ou B (15 a 20%) LINFOMAS NÃO HODGKIN QUADRO CLÍNICO: abdominal Aumento de volume abdominal, crescimento rápido Dor, vômitos, obstipação ou diarréia Febre, recusa alimentar, perda de peso, edema, Palpação abdominal: tumoração extensa, ascite, hepatoesplenomegalia LINFOMAS NÃO HODGKIN DIAGNÓSTICO E ESTADIAMENTO: TAC abdome Rx tórax; TAC tórax Biópsia do tumor, estudo anátomo-patológico Mielograma Líquor Hemograma, plaquetas LDH, ácido úrico, eletrólitos, função renal, função hepática RABDOMIOSSARCOMAS INCIDÊNCIA: 5% das neoplasias malignas infância e adolescência Discreto predomínio sexo masculino Faixa etária: abaixo de 5 anos ORIGEM: células mesenquimais RABDOMIOSSARCOMAS LOCALIZAÇÃO: Cabeça e pescoço: 30% a 40% Aparelhos urinário e reprodutor:20% a 25% bexiga, próstata ou qualquer dos órgãos femininos. Menos comuns: membros (musculatura): 18% a 20% e parede torácica: 7%; retroperitônio: 10%; mediastino 5% Raramente: vias biliares RABDOMIOSSARCOMAS Classificação histológica: Embrionários: cabeça e pescoço, bexiga Botrióides: ap. reprodutor feminino Alveolares: membros, parede torácica Indiferenciados: raros RABDOMIOSSARCOMAS QUADRO CLÍNICO Bexiga: Retenção urinária, disúria, hematúria Palpação abdominal: massa pélvica suprapúbica Abdome e pelve: Podem ser retroperitoneais e paraespinhais Dor abdominal, massa palpável Vias biliares: dor, icterícia, colúria, acolia, perda de peso RABDOMIOSSARCOMAS DIAGNÓSTICO: TAC; RNM abdome Cistoscopia: tu de bexiga TAC tórax Biópsia e estudo anátomo-patológico Hemograma, função renal e hepática TUMORES HEPÁTICOS MALIGNOS HEPATOBLASTOMA: mais comum Faixa etária: pcte abaixo de 2 anos, 80 a 90% antes dos 5 anos Quadro clínico: aumento de volume abdominal (hepatomegalia), perda de peso, anorexia, febre Diagnóstico: ultrssonografia abdome, TAC, rx tórax (TAC), hemograma, função hepática e renal, dosagem alfa-fetoproteína, biópsia e estudo anátomo-patológico TUMORES HEPÁTICOS MALIGNOS HEPATOCARCINOMA: menos comum Faixa etária: raro antes dos 20 anos Quadro clínico: histórico prévio de hepatite B, dor, aumento de volume abdominal, hiporexia, perda de peso Diagnóstico: ultrassonografia/TAC abdome, rx tórax (TAC), hemograma, função hepática e renal, dosagem de alfa-fetoproteína, biópsia e estudo anátomo-patológico TUMORES DE CÉLULAS GERMINATIVAS (TCG) INCIDÊNCIA: 3% de todos tipos câncer abaixo 15 anos EMBRIOGÊNESE E HISTOGÊNESE: Origem: células germinativas primordiais (saco vitelínico) PATOLOGIA: Subtipos histológicos variam com: local de origem, idade TCG Teratomas: maduros (sólidos, cisticos, mistos) e imaturos – ovários, testículos, sacro, mediastino, retroperitônio, pineal Disgerminomas - ovários Tumores do seio endodérmico e Carcinomas embionários – ovários, testículos, extragonadais Teratocarcinomas - testículos Coriocarcinomas – testículos e ovários TCG QUADRO CLÍNICO: Tumores retroperitoneais e ovarianos: dor abdominal, tumoração, obstipação intestinal, perda de peso. DIAGNÓSTICO: Ultrassonografia, TAC, RNM Marcadores tumorais: α-fetoproteína, β-HCG TCG misto ovário Tumores do córtex adrenal (TCA) EPIDEMIOLOGIA: Raros: 1,3% dos carcinomas abaixo de 20anos 0,38/milhão de crianças até 15 anos Inglaterra Sul e sudeste do Brasil: 3,4/milhão (10 a 15x>) Mutação no gene de supressão tumoral, encontrada na linhagem germinativa: TP53 R337H FAIXA ETÁRIA: mais comum até 4anos SEXO feminino/masculino: 1,6:1 TCA QUADRO CLÍNICO: Tumoração abdominal Sd Cushing: obesidade centrípeta, facies lua cheia, giba, pletora, retardo do crescimento, hipertensão, hipotrofia muscular, acne Sd virilizante: pubarca precoce ou hirsutismo, voz grave, aumento clitoris/pênis Hiperaldosteronismo TCA DIAGNÓSTICO: Ecografia/TAC abdome Rx/TAC tórax Anatomia-patológica Dosagens hormonais: cortisol, DHEA, testosterona Hemograma, eletrólitos, função renal e hepática MUITO OBRIGADA! O diagnóstico precoce é fundamental, para melhores índices de cura e menor incidência de complicações!!
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