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Choque em cirurgia Introdução: • Definição: anomalia do sistema circulatório, que resulta na perfusão inadequada dos órgãos e oxigenação deficiente dos tecidos; • Alteração hemodinâmica e metabólica aguda, extremamente grave, que pode ocorrer na evolução de inúmeras patologias clínicas e cirúrgicas, sendo que, na maioria das vezes, não existe reversão espontânea. • Primeiro passo: reconhecer sua presença; • Diagnóstico do choque no trauma: resultados clínicos + achados laboratoriais; • Não existe um único achado clínico ou resultado laboratorial que isoladamente diagnostiquem o choque; • Segundo passo: identificar a causa provável e ajustar o tratamento em conformidade; • Hemorragia é a causa mais comum de choque em pacientes traumatizados; Fisiologia cardíaca básica: • Débito cardíaco: é o volume de sangue bombeado pelo coração por minuto; DC = FC x VS • Volume sistólico é determinado pela pré- carga, pela contratilidade do miocárdio e pela pós-carga; • Pré-carga: volume de sangue venoso que retorna aos lados direitos e esquerdos do coração. Determinado por: ↪ Capacitância venosa: é a medida de a capacidade dos vasos aumentarem de volume, sem aumentarem expressivamente a pressão arterial; ↪ Status do volume ↪ Diferença entre a pressão sistólica média e a pressão no átrio direito: determina o fluxo sanguíneo; • Pós-carga: também conhecida como resistência vascular periférica. É a resistência para o fluxo sanguíneo sair do coração e ser distribuído. É sistêmico; Fisiologia da perda de sangue: • Respostas precoces à perda de sangue = compensatórias; ↪ Vasoconstrição progressiva da circulação periférica (preservar rins, coração e cérebro); ↪ Aumento da FC (preservar o DC); ↪ Obs: Na maioria dos casos, taquicardia é o primeiro sinal mensurável do choque; ↪ Liberação de catecolaminas endógenas → aumento da RVP → aumento da PA diastólica → diminuição da pressão de pulso; • Pacientes em choque hemorrágico precoce: o retorno venoso é preservado em certo grau pelo mecanismo de contração do volume de sangue do sistema venoso. No entanto, tal mecanismo é limitado! • Método mais eficaz de restaurar o DC adequado, a perfusão de órgãos e a oxigenação tecidual: restauração do retorno venoso ao normal (localização e interrupção da fonte de sangramento); • Nível celular: privação do suprimento de oxigênio; ↪ Formação de ácido lático→ acidose metabólica; • Administração de quantidade apropriada de soluções eletrolíticas isotônicas, sangue e produtos sanguíneos; • Tratamento: reversão do estado de choque, interrompendo o sangramento e fornecendo oxigenação, ventilação e fluido de ressuscitação adequados • Vasoconstritores são contra-indicados como medicamentos de primeira linha: pioram a perfusão tecidual! TEC CIRÚRGICA • Paciente mais feridos em choque hemorrágico: pode necessitar intervenção cirúrgica precoce ou angioembolização para reverter o estado de choque; Reconhecimento do choque: • Choque circulatório profundo: é um colapso hemodinâmico caracterizado por perfusão inadequada de rins, pele e SNC; • Manifestações precoce do choque: taquicardia e vasoconstrição cutânea; • Apenas PA não pode ser um parâmetro para reconhecimento do choque! ↪ Mecanismos compensatórios podem impedir queda na PA mesmo quando houver até 30% de perda sanguínea! • Atentar para pressão de pulso (diferença entre PA sistólica e diastólica), caráter de pulso (superficial ou profundo), frequência respiratória, perfusão cutânea e frequência de pulso; • Qualquer paciente calmo ao toque, mas com taquicardia = considerado em choque até que se prove ao contrário; • FC normal ou bradicardia podem estar associadas à redução aguda do volume sanguíneo; • Pacientes idosos podem não apresentar taquicardia devido à redução da resposta cardíaca à estimulação de catecolaminas; • Pacientes em uso de bloqueadores beta adrenérgicos também podem não apresentar taquicardia; • Diferenciação clínica da causa de choque: paciente traumatizado = choque hemorrágico ou não-hemorrágico; ↪ Ferimentos acima do diafragma: perfusão inadequada de órgãos e má oxigenação tecidual podem ser causadas por lesão/contusão no miocárdio, tamponamento cardíaco ou pneumotórax hipertensivo. Todos produzem retorno venoso inadequado (pré-carga); ↪ Determinação da causa do choque: histórico médico do paciente e exame físico adequado; ✓ Pulso rápido e fraco; ✓ Pele fria; ✓ Suor abundante; ✓ Palidez intensa; ✓ Mucosas (lábios e parte interna da pálpebra inferior descoradas – hipóxia); ✓ Sede; ✓ Ansiedade e agitação (primeiros sintomas dos pacientes com choque hemorrágico – antes até da taquicardia); ✓ Náuseas e vômitos; ✓ Sensação de frio e presença de tremores; ✓ Respiração curta, rápida e irregular; ✓ Tontura ou inconsciência; ✓ Oligúria, em fase avançada; ↪ RX tórax e pelve e avaliação focalizada com US podem confirmar a causa do choque, mas não devem atrasar a ressuscitação; Etiologias do choque: • Cirurgia – frequente: pode estar presente antes da cirurgia, assim como no trans e no pós operatório; • Afecções mais frequentes: traumas, hemorragias agudas internas ou externas, grandes intervenções cirúrgicas, hemorragias maternas, rotura de aneurisma de aorta, outras; • Traumatismo contuso ou penetrante é a causa mais comum (choque hemorrágico); • Fontes gastrointestinais superiores e inferiores (choque hemorrágico) – ex: úlceras gástricas, varizes esofágicas; • Trauma: ↪Tórax - hemotórax; ↪ Abdome – lesões de baço, fígado, mesentério do intestino; ↪ Retroperitôneo – lesões de pâncreas, renal; ↪ Pelve – trompas, útero, fratura em livro aberto (abertura da sínfise púbica); ↪ Coxa? – traumatismo fechado (lesão de femoral - pode perder de 1 a 2l de sangue), traumatismo aberto (lesão de femoral - pode perder todo volume sanguíneo); Fisiopatologia do choque: • Depleção do volume intravascular através da perda de sangue → Incapacidade de atender a demanda de O2 tecidual: → Formação de ácido lático, fosfatos inorgânicos e radicais de O2 → queda de fornecimento de ATP → morte celular; → Liberação de alarminas (DNA mitocontrial e peptídeos formílicos) → resposta de inflamação sistêmica → queda do fornecimento de ATP → morte celular; • Hipovolemia e vasoconstrição → hipoperfusão tecidual → danos: rim, fígado, intestino e músculo → falência de múltiplos órgãos; • Hipovolemia e vasoconstrição → em casos graves → hipoperfusão cerebral e do miocárdio → convulsão e arritmias potencialmente fatais; • Perda de volume: ↪ Aumento da FC; ↪ Aumento da contratilidade cardíaca; ↪ Ativação do SN simpático → vasoconstrição periférica → preservação de órgãos nobres; ↪ Falha nesse mecanismo compensatório → diminuição gradual do volume diastólico ventricular → diminuição do débito cardíaco → diminuição da pressão arterial sistólica; • Preservação de órgãos nobres → outros tecidos são privados de O2 → produção de ácido lático → agravamento da acidose; ↪ Acidose + hipoxia: se não corrigida → perda da vasoconstrição periférica → comprometimento hemodinâmico e morte; • Ciclo hemodinâmico do choque: • Desenvolvimento de coaogulopatias: ↪ Coagulopatia aguda do trauma; ↪ Coagulopatia induzida por ressucitação (aplicação de soro no paciente); ↪ Acidose + hipotermia → pioram a coagulopatia: quantidade de plaquetas, atividade de fatores de coagulação, depleção do fibrinogênio; • Tríade fatal: acidose + hipotermia + coagulopatia! • Endotoxinas (toxina bacteriana – endo e exotoxina) → semelhante a hipóxia; ↪ A toxicidade da endotoxina, lipopolissacarídeo provindo da desintegração da membrana celular de bactérias gram negativas é a mais temida e grave; ↪ Hemorragia → hipoperfusão tecidual (intestinos) → morte do intestino→ Translocação bacteriana → ação de endotoxinas no sangue; ↪ Principais efeitos das endotoxinas: ✓ Dano direto às membranas celulares (principalmente células sanguíneas e do endotélio capilar); ✓ Superestimulação adrenérgica (neurotoxicidade); ✓ Liberação excessiva de mediadores humorais (noradrenalina, tromboxano, leucotrienos, interleucinas, radicais livres de O2 – piora do estado de inflamação); ✓ Ativação precoce do complemento (agregação de células sanguíneas); ✓ Indução à hipercoagulabilidade; ✓ Aumento da permeabilidade capilar; ✓ Depressão imunológica; ✓ Acidose metabólica; Classificação fisiológica do choque: • Sinais clínicos avaliam quatro classes de efeitos fisiológicos da hemorragia para estimar a porcentagem de perda aguda de sangue; • Hemorragia classe I: perda de < 15% do volume sanguíneo. ↪ Sintomas clínicos: são mínimos e ocorre taquicardia mínima em situação em outros agravos. Sem alteração mensurável na PA, na pressão de pulso ou na taxa de respiração. ↪ Em pacientes saudáveis não requer substituição do volume de sangue perdido, pois ocorre recarga transcapilar e outros mecanismos compensatórios. O volume de sangue é restaurado em 24 horas, geralmente sem a necessidade de transfusão sanguínea. Exemplificada pela condição de um indivíduo que doou 1 unidade de sangue. • Hemorragia classe II: quando ocorre perda de 15 a 30% de sangue. ↪ Sintomas clínicos: taquicardia, taquipneia e diminuição da pressão de pulso (↑ PA diastólica devido ao aumento na circulação de catecolaminas: aumento do tônus e RVP). Pressão sistólica pouco muda no início do choque, por isso é importante avaliar pressão de pulso ao invés de PA sistólica. Mudanças sutis no SNC, como ansiedade, medo e hostilidade. Débito urinário é levemente afetado; ↪ Líquido cristaloide é necessário e consegue realizar estabilização inicial. Alguns pacientes podem precisar de transfusão sanguínea; • Hemorragia classe III: perda de 31 a 40% de volume de sangue; ↪ Sintomas clínicos: taquicardia e taquipneia acentuadas, mudanças significativas no estado mental e queda mensurável na PA. (É a menor quantidade de sangue que causa queda na PA sistólica – em casos descomplicados). ↪ Conduta: prioridade inicial – interromper hemorragia. Operação de emergência e embolização, se necessário; ↪ Maioria dos pacientes precisará de embalagem de hemácias e produto sanguíneos para reverter o estado de choque. • Hemorragia classe IV: perda de > 40% de volume sanguíneo. ↪ Imediatamente fatal/evento pré-terminal, a menos que medidas de reversão tenham sucesso; ↪ Sintomas clínicos: taquicardia acentuada, diminuição significativa da pressão sistólica, pressão de pulso muito estreita ou pressão diastólica incomensurável. Bradicardia pré- termo. Produção urinária insignificante. Estado mental acentuadamente deprimido. Pele fria e pálida. ↪ Requerem transfusão sanguínea rápida e imediata intervenção cirúrgica. • Avaliação das perdas sanguíneas – dividida em 4 graus; • Volume circulante da criança = 80ml por kg – estimativa que funciona até para o adulto; • Porcentagem de sangue perdido é mais importante que o volume total perdido! • Sinais dependendo a perda volêmica que o paciente teve; • TA = pressão arterial; • Tempo de enchimento capilar (ideal < 2seg); • Choque em fase inicial = fazer diagnóstico diferencial! Sintomas iniciais são inespecíficos (por exemplo, ansiedade e aumento da FC pode ser por dor, mas também pode ser estágio inicial de choque, uso de medicamentos, presença de outras comorbidades pode atrapalhar no diagnóstico – DPOC pode atrapalhar a perfusão tecidual); • Diagnóstico diferencial de choque hemorrágico = outros tipos de choque; ARMADILHA PREVENÇÃO O diagnóstico de choque pode ser esquecido quando apenas um único parâmetro é utilizado. Use todas as informações clínicas: FC, PA, perfusão da pele e estado mental; Se disponível, usar gasometria arterial, medições de pH, pO2, pCO2, saturação de O2 e déficit básico. Medição de capnografia de CO2 e lactato sérico podem adicionar informação diagnóstica. Lesão em idosos: o choque pode estar relacionado à infecção subjacente. Sempre obtenha análise de exame de urina e procure evidências sutis de infecção. Perda de sangue em lesões de tecidos moles podem ser subestimadas, principalmente em idosos e pacientes obesos. Avaliar e fechar feridas cedo para controlar o sangramento com pressão direta e fechamento temporário. Reavaliá-la ao realizar o fechamento definitivo quando o paciente se estabilizou. • É perigoso esperar até um paciente traumatizado se encaixar em uma classificação fisiológica precisa do choque antes de iniciar a restauração apropriada do volume. • Iniciar controle de hemorragia e fluido de ressuscitação balanceado quando sinais e sintomas precoces aparecerem ou suspeita de perda de sangue – não quando a pressão arterial estiver caindo ou ausente. Gerencialmente inicial de choque hemorrágico: • As observações da linha de base são importantes para avaliar a resposta do paciente à terapia e repetir medições de sinais vitais, débito urinário e nível da consciência são essenciais; • Segue ABCDE do trauma; • Vias aéras e respiração: ↪ Estabelecimento de uma via aérea aberta com ventilação adequada e oxigenação: primeira prioridade! ↪ Providenciar oxigênio suplementar para manter a saturação de oxigênio superior a 95%; • Circulação: ↪ Controle da hemorragia – acesso adequado para administração intravenosa e avaliação da perfusão tecidual; ↪ Sangramento de feridas externas nas extremidades podem ser controlados por pressão direta no local, embora possa requerer um torniquete. ↪ Folha ou pasta pélvica para controlar o sangramento de fraturas pélvicas; ↪ Cirurgia ou angioembolização pode ser necessária; ↪ Prioridade é para o sangramento, não calcular o volume de fluido perdido! • Deficiência: exame neurológico: ↪ Nível de consciência do paciente – avaliação da perfusão cerebral; ↪ Alterações na função do SNC em pacientes com choque hipovolêmico não necessariamente indica lesão intracraniana direta, pode indicar perfusão inadequada; ↪ Repetir exame neurológico após restauração da perfusão e oxigenação; ↪ Alterações do SNC podem ser o primeiro sinal de choque hemorrágico! Ansiedade, agitação, medo. • Exposição: exame completo: ↪ Depois de abordar as prioridades que salvam vidas, tire a roupa completamente do paciente e examine-o cuidadosamente para procurar lesões adicionais. ↪ Prevenir hipotermia! = pode exacerbar a perda de sangue, contribuindo para a coagulopatias e piora da acidose → Use aquecedores de fluidos e técnicas de aquecimento passivo e ativo; Tratamento: • Cuidados pré-hospitalares: ↪ Prevenção primária e educação: acidentes na comunidade, diagnóstico precoce de aneurismas de aorta, uso de oxitocina periparto, erradicação de Helicobacter pylori, cursos educativos – controle básico de sangramento, Prehospital Trauma Life Support (PHTLS), Advanced Trauma Life Support (ATLS); ↪ Intervenções pré-hospitalares: identificação de hemorragia e controle (evitar tríade da morte – acidose, hipotermia e hipotensão), locais compressíveis – usar torniquetes compressivos proximais ao local de sangramento, em articulações – aplicar curativos hemostáticos, locais não compressivos – atenção para hemorragias gastrointestinais, bandagens pélvicas para fraturas pélvicas, ressuscitação limitada, prevenção de hipotermia, transporte rápido para hospital referência; • Cuidados hospitalares: ↪ Identificação rápida do choque hemorrágico: história pré-hospitalar de grande perda sanguínea, se realiza tratamento com anticoagulante e antiplaquetas, exame físico, RX, ultrassom (FAST), laboratório – tipo sanguíneo,gasometria, hemograma, coagulograma, eletrólitos. Ressuscitação imediata – fluidos cristaloides aquecidos (< 3L). Transfusão sanguínea; ↪ Hemostasia definitiva: controle rápido dos locais de hemorragia. Exemplos: exploração cirúrgica, angiografia com embolização, intervenção endoscópica; ↪ Pós-hemostasia: reavaliar sangramentos ativos, coagulopatias, déficit de oxigenação, repetir testes laboratoriais, transfusões com sangue compatível, evitar sub e super- ressuscitação, novas ultrassonografias: avaliar volume sanguíneo e função cardíaca; • A dose habitual é de 1 litro para adultos e 20 mL/kg para pacientes pediátricos com peso inferior a 40 kg. Volumes absolutos de fluido de reanimação devem ser com base na resposta do paciente à administração de fluidos. • O objetivo da ressuscitação é restaurar a perfusão de órgãos e oxigenação tecidual, que é realizada com a administração de solução cristalóide e produtos sanguíneos para substituir o volume intravascular perdido. No entanto, se a pressão sanguínea do paciente aumentar rapidamente antes que a hemorragia seja controlada definitivamente, pode ocorrer mais sangramento. Por esta razão, administração excessiva de solução cristaloide pode ser prejudicial. • Não use bicarbonato de sódio para tratar a acidose metabólica de choque hipovolêmico. • “Ressuscitação por controle de dano” ↪ Hipotensão permissiva (deixa o paciente hipotenso até o limite – evitar hemorragia); ↪ Ressuscitação hemostática; ↪ Controle de hemorragia; ↪ Objetivo: evitar tríade letal (acidose, hipotermia e coagulopatia); • Ressuscitação hipotensora: ↪ Não pode ser realizada em pacientes com traumatismo intracraniano; ↪ PA arterial > PA intracraniana; ↪ Objetivo: PAS = 90mmHg (manter perfusão tecidual sem induzir resangramento de vasos recentemente coagulados); • Hipotensão permissiva: ↪ Restrição na administração de fluídos até que a hemorragia seja controlada. ↪ Aceita-se curto período de perfusão sub- ótima; ↪ Ainda é controversa; ↪ Depende do tipo de lesão – em TCE não pode ser realizado; • Soluções – cristaloides: soluções isotônicas: ↪ SF 0,9%, Ringer, Ringer lactato, Plasma Lyte, Plasma ↪ Ex: SF 0,9% muito sódio: pode causar acidose metabólica hiperclorêmica; ↪ Ex: Ringer lactato: muito lactato – pode causar alcalose metabólica à medida que o metabolismo do lactato se regenera em bicarbonato; ↪ Cristaloides em alto volume: dano endotelial, edema tecidual, coagulopatias dilucional, alteração na formação de coágulos, anemia por diluição, aumento do sangramento; • Tendência atual – ressuscitação hemostática: ↪ Uso de produtos sanguíneos em vez do uso de cristaloide; ↪ Objetivo: minimizar o distúrbio metabólico, coagulopatias induzida por ressuscitação e hemodiluição; ↪ Produtos sanguíneos: concentrado de hemácias, plasma, plaquetas; ↪ O que mais é feito: a cada 2 concentrado de hemácias, 2 plasmas e 1 bolsa de plaqueta (também é feito 1:1:1); • Ácido tranexânico: indicado para pacientes com hemorragia na última atualização do ATLS; ↪ Transamin: antifibrinolítico – análogo de lisina sintético que inibe competitivamente a ativação do plasminogênio em plasmina; ↪ Preserva a estabilidade dos coágulos = reduz o sangremento; • Hemostasia definitiva; • Controle de danos (controle do sangramento por compressão em abdome aberto por compressas, por exemplo); ↪ Evite ou corrija a hipotermia; ↪ Aplique pressão direta ou torniquete proximal aos locais de hemorragia nas extremidades; enfaixar feridas juncionais com faixas hemostáticas; ↪ Retarde a administração dos fluidos até o momento da hemostasia definitiva em pacientes com trauma penetrante no tronco e curto tempo de transporte pré-hospitalar; ↪ Minimize infusões de cristaloides (< 3 litros nas primeiras 6 horas); ↪ Use um protocolo de transfusão maciça para garantir que produtos sanguíneos suficientes estão rapidamente disponíveis; ↪ Evite atrasos na hemostasia cirúrgica definitiva, endoscópica ou angiográfica; ↪ Minimize os desequilíbrios nas transfusões de plasma, plaquetas e concentrado de hemácias para otimizar a hemostasia; ↪ Obtenha dosagens laboratoriais funcionais de coagulação (por exemplo, por meio da tromboelatografia ou tromboelastometria rotacional) para guiar a transição de transfusões empíricas para terapia direcionada, mais eficaz; ↪ Administre seletivamente drogas específicas para antagonizar qualquer medicamento anticoagulante e reverter coagulopatias persistente; • Indicadores de perfusão adequada: ↪ Volume da produção urinária é um indicador razoavelmente sensível da perfusão renal = volumes normais de urina geralmente implicam fluxo sanguíneo renal (se não for modificado por lesão renal subjacente, hiperglicemia acentuada ou administração de agentes diurético). É um dos principais indicadores de ressuscitação e resposta do paciente.
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