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Resumo - Aula 4, Órgãos e Tecidos Linfoides - SANARFLIX

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Miguel Marques 
ATM 24 - UCPEL 
 
1 
 
AULA 4 – Órgãos e Tecidos Linfoides 
 
→ SISTEMA LINFÁTICO 
 
- O sistema linfático transporta fluidos de volta ao coração. Nesse sentido, esses fluidos provêm da drenagem 
de nossos tecidos, os quais são chamados de linfa, passam por todo o sistema linfático, são filtrados e, após 
isso, voltam ao coração e ganham novamente a circulação. Ademais, isso também acaba ajudando o retorno 
de algumas moléculas maiores a entrarem no sangue. 
- Esse mecanismo corresponde a uma forma de vigilância imunológica, visto que há vários “pontos de 
vigilância” que são os linfonodos. Nesses órgãos é onde ocorre boa parte da ativação das respostas imunes, 
visto ser o local em que ocorrem o reconhecimento de antígenos. 
- Corresponde a vasos semelhante ao sistema arterial e venoso, pois andam em paralelo. Dessa maneira, 
enquanto as veias levam sangue de volta para a veia cava do coração, o sistema linfático realiza toda a 
drenagem e filtração da linfa, levando fluidos e moléculas maiores que irão desembocar na veia cava também. 
 
→ ÓRGÃOS PRIMÁRIOS 
 
- Os órgãos primários são os locais onde os linfócitos atingem sua maturidade. Dessa forma, a medula óssea 
dá origem a todos os linfócitos, além de células sanguíneas, através da hematopoese. Ademais, esse é o local 
onde ocorre a maturação final dos linfócitos B. Por outro lado, os linfócitos T amadurecem no timo. 
 
.: MEDULA ÓSSEA 
- É o local em que ocorre a geração de todas as células sanguíneas, através de um precursor em comum. 
Nesse sentido, para saber qual linhagem deve proliferar, utiliza-se de citocinas que são capazes de coordenar 
e distinguir qual célula deve ser produzida naquele momento. 
- Ademais, na medula é onde ocorre o desenvolvimento final dos linfócitos B. Ademais, há a presença de 
plasmócitos, que são células B ativadas que secretam anticorpos. Dessa maneira, essas células deveriam estar 
atuando no local de infecção, porém, após a estimulação periférica alguns retornam para a medula óssea. 
- As células B de memória também retornam para a medula óssea. Além disso, nós temos a presença de 
macrófagos, que são células capazes de secretar citocinas que vão coordenar a proliferação de novas células. 
 
 
Miguel Marques 
ATM 24 - UCPEL 
 
2 
 
 
.: PROLIFERAÇÃO CELULAR NA MEDULA ÓSSEA 
- Nós temos uma única célula tronco multipotente, que pode se diferenciar em duas linhagens: progenitor da 
linhagem mieloide ou progenitor da linhagem linfoide. 
- A linhagem mieloide pode dar origem a: megacariócitos, que geram trombócitos; aos eritrócitos, que são 
as hemácias; aos mastócitos; e os mieloblastos, que dá origem aos leucócitos: basófilos, neutrófilos, 
eosinófilos e monócitos; os monócitos se diferenciam em macrófagos específicos, onde dependendo do 
tecido pode ter um nome e função. 
- A linhagem linfoide pode dar origem: a célula NK; ou linfócito pequeno, que se diferencia em linfócito T ou 
linfócito B. 
 
 
.: TIMO 
- Sua principal função é o desenvolvimento de células T, que realizam apenas a maturação inicial na medula 
óssea e finalizam seu desenvolvimento no timo. 
- Nesse órgão se encontram linfócitos T em diversos estágios diferentes de desenvolvimento, alguns mais e 
outros menos. Dessa forma, os menos desenvolvidos se encontram no córtex e os mais desenvolvidos estão 
na medula do timo, ou seja, na periferia. Nesse sentido, só ganham a circulação aqueles linfócitos T que 
estiverem plenamente desenvolvidos. Além disso, no timo há a presença de macrófagos e células dendríticas. 
 
 
Miguel Marques 
ATM 24 - UCPEL 
 
3 
 
→ ÓRGÃOS SECUNDÁRIOS 
 
- São nos órgãos linfoides secundários em que as respostas imunológicas são iniciadas e desenvolvidas. Nesse 
sentido, é o local onde o antígeno encontra o linfócito, podendo ser no linfonodo, baço ou no sistema 
imunológico cutâneo e associado as mucosas. 
 
.: LINFONODO 
- O linfonodo é um ponto de verificação da linfa. Dessa maneira, para exemplificar, suponha o caso de uma 
infecção tecidual: a célula dendrítica vai reconhecer o antígeno, englobá-lo e transportá-lo pelos vasos 
linfáticos até o linfonodo mais próximo, onde vai apresentar esse antígeno para ver se algum linfócito 
específico o reconhece. Caso não ocorra o reconhecimento, a célula dendrítica leva esse antígeno para o 
próximo linfonodo, passando por todos esses órgãos e verificando se se há o reconhecimento desse antígeno 
por algum linfócito. 
- Há também a presença de quimiocinas que são levadas pelos vasos linfáticos até o linfonodo, as quais irão 
ter o papel de fazer o recrutamento de leucócitos. Dessa forma, mais células de defesa entram em contato 
com o antígeno, o que facilita o reconhecimento e o desenvolvimento de uma resposta imune adquirida. 
- No linfonodo há presença de linfócitos T e linfócitos B, que ficam circulando pela circulação sistêmica e pelo 
sistema linfático, para ver se encontram algum antígeno que possa ser reconhecido. Entretanto, esses 
linfócitos se encontram em regiões distintas dentro do linfonodo. Dessa forma, muitas vezes a célula 
dendrítica traz um antígeno, entra em contato com o linfócito T, esse é ativado e entra em contato com o 
linfócito B, ativando-o também. 
 
 
- Quando temos a estimulação antigênica, ocorre a proliferação de células B nos centros germinativos. Nesse 
sentido, um antígeno é reconhecido pela célula B e ocorre sua seleção e expansão clonal. 
- Os linfócitos T e as células dendríticas possuem receptores de quimiocinas e as respondem de forma 
semelhante. Dessa maneira, quando ocorre uma infecção, a célula dendrítica com o antígeno capturado e 
quimiocinas vão até o linfonodo. Chegando lá, as quimiocinas atuam de forma a levar os linfócitos T e as células 
dendríticas pro mesmo lugar, ou seja, fazem o recrutamento de leucócitos, com intuito de facilitar o contato 
dessas células e o consequente reconhecimento do antígeno. 
- Nesse momento, a partir do reconhecimento, várias citocinas vão fazer o arranjo das células no linfonodo. 
Dessa forma, as células T encontram células dendríticas e as células B encontram células dendríticas 
foliculares, além das células T ativadas encontrarem as próprias células B, para ativá-las e assim produzir 
anticorpos. 
 
Miguel Marques 
ATM 24 - UCPEL 
 
4 
 
.: BAÇO 
- O baço responde a antígenos do sangue. Dessa maneira, nós podemos ter microrganismos no sangue que 
não necessariamente vão ganhar a linfa para passarem pelos linfonodos. Sendo assim, o baço torna-se um 
órgão essencial no sistema linfático, já que por ele se passa muito sangue e pode responder a esses antígenos. 
- Esse órgão possui a polpa branca, que é rica em leucócitos. Nesse local ocorre a apresentação de antígenos 
do sangue pelas células dendríticas. Além disso, há uma conformação de segregação entre células T e células 
B, como ocorre no linfonodo. Assim, os linfócitos T e B ficam em cantos separados, e vão se rearranjar após o 
reconhecimento e ativação. 
- Na polpa vermelha é onde ocorre o filtro sanguíneo. Dessa forma, após o sistema complemento opsonizar 
um microrganismo, ele sinaliza para os fagócitos do baço que é para fagocitar e destruir aquela célula 
opsonizada. Além disso, nesse local existe a possibilidade de células envelhecidas, infectadas ou estressadas, 
tentarem passar pela polpa vermelha e não conseguirem sair de lá e, então, acabam sendo destruídas pelos 
macrófagos. Um exemplo disso é a destruição de hemácias velhas, através do processo de hemocaterese. 
- Em pessoas que sofreram esplenectomia, que é a cirurgia de retirada do baço, ou em pessoas que tiveram 
anemia falciforme, ocorre a maior suscetibilidade a doenças infecciosas, visto essa função do baço de 
responder a antígenos não poder mais ser realizada. 
 
 
 
→ SISTEMA IMUNOLÓGICO CUTÂNEO 
 
- O nosso corpo está exposto aos microrganismos do ambiente, principalmente pela pelee pelos tratos 
respiratório e gastrointestinal, sendo fundamental a presença do sistema imunológico cutâneo. 
- Os queratinócitos da pele secretam citocinas que vão estimular reações naturais e inflamação, sendo 
capazes de destruir grande parte dos microrganismos que tentam entrar no organismo. 
-Nós possuímos também as células de Langerhans, que são as células dendríticas do sistema imunológico 
cutâneo. Essas, possuem receptores semelhantes a Toll – TRL, e, a partir do momento que reconhecem um 
antígeno, elas perdem a adesividade, ou seja, se desprendem da pele e vão ser a liberdade de migrarem pelo 
sistema linfático até o linfonodo, levando-o para ser gerado uma resposta imune nesse órgão. 
- Nesse sistema também há linfócitos intraepidérmicos, como os linfócitos T CD8+. Esses, são células prontos 
para realizarem uma resposta imunológica. Além disso, a respeito da derme, há a presença de macrófagos e 
células T ativadas, prontas também para realizar um ataque a microrganismos. 
 
Miguel Marques 
ATM 24 - UCPEL 
 
5 
 
 
 
→ SISTEMA IMUNOLÓGICO ASSOCIADO AS MUCOSAS 
 
- Aqui se sabe mais sobre a mucosa do trato gastrointestinal, porém muito disso é aplicável ao trato 
respiratório também. Dessa, forma, há no epitélio: linfócitos T CD8+; na lâmina própria: linfócitos T CD4+; e 
nas placas de Peyer: células B. Além disso, há também muitos macrófagos e células dendríticas. 
- No trato gastrointestinal tem a presença muito maior de eosinófilos do que em outras partes do corpo. 
Ademais, há também células M, que são células específicas que realizam pinocitose, ou seja, englobam 
estruturas antigênicas que vão ser apresentadas nas placas de Peyer. 
 
 
 
→ RECIRCULAÇÃO E HOMING DOS LINFÓCITOS 
 
- Os linfócitos são gerados na medula óssea, sofrem seus processos de desenvolvimento e ganham a circulação 
sistêmica. Dessa maneira, essas células se movem continuamente: estão na circulação, entram na linfa e 
percorrem pelos vasos linfáticos, passando de linfonodo a linfonodo, até encontrarem, ou não, um antígeno. 
Caso não encontrem, eles retornam à circulação e fazem esse trajeto continuamente enquanto suas células 
estiverem vivas. 
Miguel Marques 
ATM 24 - UCPEL 
 
6 
 
- Essa recirculação linfocitária ocorre em linfócitos naive, que são linfócitos imaturos ou inativados, de 
maneira a estarem procurando antígenos para serem ativados. Sendo assim, a partir do momento que esse 
linfócito entra um antígeno, sofre seu processo de ativação e não circula mais sem rumo. Nesse momento, o 
linfócito ativado retorna à circulação e é levado até o local de infecção através de citocinas e quimiocinas que 
estimulam moléculas de adesão, fazendo aquele processo de rolagem até chegar ao local onde esse linfócito 
deve atuar. 
- Um linfócito, em situações normais, passa pelo linfonodo uma vez ao dia. Em casos de inflamação, o 
linfonodo mais próximo vai expressar citocinas e quimiocinas que atraem mais linfócitos para aquele local, e 
menos linfócitos irão sair devido a maior expressão de moléculas de adesão. Por outro lado, no baço, a 
velocidade de sangue passando é muito alta, então não há como reduzir. 
 
 
 
 
- Em relação ao homing, é um processo no qual transforma o linfonodo na “casa” daquele linfócito. Dessa 
forma, se um antígeno está presente no linfonodo, é interessante que o linfócito passe mais devagar por esse 
órgão para maximizar as chances dele reconhecer esse antígeno. Assim, nós temos quimiocinas que são 
levadas ao linfonodo junto ao antígeno, no qual irão aumentar a expressão de moléculas de adesão. Essas 
irão aumentar a afinidade com o leucócito e possibilitar que ele reconheça o antígeno específico. 
Miguel Marques 
ATM 24 - UCPEL 
 
7 
 
- Os linfócitos possuem receptores homing e o endotélio do linfonodo possui adressinas. Essas, são moléculas 
capazes de estimular esses receptores homing. Dessa maneira, quando as quimiocinas vão para o linfonodo, 
há a expressão dessas adressinas que estimula um processo semelhante a rolagem que faz com que o linfócito 
se fixe naquele linfonodo. 
- Nós temos algumas vênulas especializadas chamadas de HEV. Dessa maneira, quando o linfócito vem da 
circulação, para ele cair no estroma do linfonodo é necessário passar por essas vênulas especializadas. Nesse 
local há grande quantidade de moléculas de adesão, como selectinas e integrinas, fazendo com que o linfócito 
fique mais tempo no linfonodo e entre em contato mais facilmente com o antígeno. 
 
 
→ MIGRAÇÃO DOS LINFÓCITOS T EFETORES 
 
- Quando ocorre o reconhecimento de um antígeno no linfonodo e a ativação do linfócito, esse vai diminuir 
a expressão de receptores. Com isso, ocorre uma redução da retenção do homing, ou seja, o endotélio 
daquele linfonodo não se prende mais ao linfócito. Assim, o linfócito se desprende e ganha a circulação para, 
finalmente, atuar no tecido o qual está infectado. 
- A migração do linfócito para os locais de inflamação ocorre muito semelhante à rolagem. Dessa forma, há 
citocinas e quimiocinas que vão ser maior expressadas no local de infecção, fazendo com que o linfócito T 
ativado se prenda naquele local e entre no tecido onde deve atuar. 
- As células de memória sofrem homing semelhante, pois necessitam ficar um bom tempo presa no local onde 
ocorreu a infecção para poder ser útil. Dessa maneira, essas células de memória ficam ou nos tecidos 
periféricos dessa primeira inflamação ou então sofrem um homing e vão para a medula óssea onde ficam 
quiescentes, esperando seu momento de se ativar. 
 
Miguel Marques 
ATM 24 - UCPEL 
 
8 
 
→ RECAPITULANDO 
 
- Os linfócitos são gerados cada um específico contra um determinado antígeno. Essas células ficam circulando 
por aí, ora na circulação sistêmica, ora no sistema linfático. Dessa forma, quando um microrganismo infecta 
nosso organismo, as células dendríticas reconhecem e capturam o antígeno, levando até o linfonodo junto 
com quimiocinas. Lá no linfonodo, espera-se que um linfócito naive específico reconheça o antígeno, e assim 
ocorre sua ativação através da seleção e expansão clonal. Nesse sentido, várias citocinas vão rearranjas as 
células do linfonodo para que os linfócitos T consigam encontrar e ativar os linfócitos B. Assim, vários linfócitos 
T e B ativados vão ganhar a circulação novamente, onde através de processos de homing vão chegar ao tecido 
infectado e poder atuar contra aquele agente infeccioso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Miguel Oliveira Marques 
 ATM 24 – UCPel, Pelotas-RS 
 miguelom1999@hotmail.com

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