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1 Gabriela Tomasi Batiston Heloísa Maria Korndorfer Aspectos Gerais e Semiotécnica da Anamnese: o Aná: trazer de novo, o Mnesis: memória, o É a parte mais importante da medicina, o Os dados fornecidos pelos exames complementares nunca corrigem as falhas e omissões cometidas na anamnese. Quais são os objetivos da anamnese? Estabelecer relação médico-paciente, Conhecer os determinantes epidemiológicos que influenciam no processo saúde-doença do paciente, Fazer a história clinica do paciente (detalhada e cronológica), Avaliar os sintomas de cada sistema corporal, Desenvolver práticas de promoção da saúde, Conhecer os hábitos de vida do paciente, condições socioeconômicas e culturais, Avaliar estado de saúde passado e presente do paciente, Conhecer fatores pessoais, familiares e ambientais que influenciam na saúde do paciente. o A semiotécnica da anamnese sugere técnicas como o apoio, a facilitação, a reflexão, o esclarecimento, confrontação, respostas empáticas e o silêncio. Estas ações do médico ajudam o paciente a relatar suas queixas, Colocar Data da realização da anamnese, Local de realização, especificar andar, enfermaria e leito e Data de internação. Identificação: o É o perfil sociodemográfico do paciente, 1. Nome, 2. Idade No caso da Anamnese pediátrica, colocar a idade em anos e meses. 3. Sexo/Gênero, 4. Cor/Etnia, 5. Estado Civil, 2 6. Profissão, (atual e anterior) 7. Local de Trabalho, 8. Naturalidade, 9. Procedência, 10. Residência, Lembrando que deve ser incluído o endereço do paciente. 11. Nome da mãe, 12. Escolaridade, 13. Religião, 14. Plano de Saúde, 15. Grau de Confiabilidade. o Identificação do responsável No caso da anamnese pediátrica ou também idosos, adolescentes, tutelados ou incapazes, o Lembrando que a identificação do responsável deve conter os mesmos itens da id do paciente. Queixa Principal da Doença: o É o motivo que levou o paciente a procurar ajuda médica, registrar com as expressões usadas pelo mesmo e o tempo. o Não aceitar rótulos diagnósticos, o Exemplos: Tosse há 5 dias, Dor no peito há 7 dias, Dor em baixo ventre há 1 dia. História da Doença Atual: o Sintoma-guia é o condutor. Deve-se analisar; o Inicio, o Características do sintoma (localização, duração, intensidade, frequência, tipo) o Fatores de melhora ou piora, o Relação com outras queixas (existe alguma queixa que acompanha o sintoma) o Evolução, o Situação atual. o Exemplo: Dor aguda em baixo ventre com evolução gradativa, chegando a intensidade 8 em uma escala de 0-10 e de duração média de dez minutos cada episódio. Dor tipo cólica, que irradia para lombar, sem possuir fator de melhora. A cada episódio de dor acompanham sintomas de sudorese, dispneia de repouso e astenia. 3 Interrogatório Sintomatológico: Lembrar que sempre que possível deve-se promover a saúde. o Estado Geral; Febre, Astenia (fraqueza), Alterações de peso, Sudorese, Calafrios, Cãibras, o Pele e Fâneros; Alterações de pele e fâneros, o Cabeça e Pescoço; Cabeça; dor, enxaqueca, cefaleia, tonturas, tumoração, traumas, pulsações anormais, Olhos; diminuição ou perda da visão, dor ocular, prurido, sensação de corpo estranho, queimação ou ardência, lacrimejamento, sensação de olho seco, xantopsia (visão amarelada), fotofobia, diplopia, nistagmo (movimentos repetitivos e rítmicos), escotomas (manchas ou pontos escuros no campo visual, pontos luminosos), secreção, vermelhidão, alucinações visuais, alteração de acuidade visual, Ouvidos; dor, transtornos de acuidade auditiva, otorreia (saí liquido), otorragia (sai sangue), zumbidos, vertigem e tontura, prurido, perdas auditivas. Nariz e cavidades paranasais; dor, prurido, espirros, coriza, obstruções nasal, epistaxe (hemorragia nasal), dispneia, corrimento nasal, diminuição do olfato, alterações no olfato, cacosmia (sentir mau cheiro sem razão), parosmia (perversão do olfato), alteração de fonação (rinolalia). Faringe e Laringe; dor, roncos, espirros, alterações na voz, pigarros, disfagia, disnpeia, tosse, halitose. Tireoide e Paratireoides; dor e outras alterações, o Vasos e Linfonodos; dor, adenomegalias, pulsações e turgência jugular. o Sistema Respiratório; dor torácica, tosse, expectoração, vômica, dispneia, chieira, cianose, hemoptise (elimina sangue pela boca de origem respiratória), cornagem (ruído grave quando o ar passa pelas vias resp), estridor (resp ruidosa), tiragem, o Mamas; dor, nódulos, secreção mamilar (lembrar que deve ser analisados no homem certos aspectos da mama também, como a ginecomastia), o Sistema Cardiovascular; dor pré-cordial, palpitações, dispneia aos esforços, dispneia em decúbito, ortopneia, intolerância aos esforços, hemoptise, desmaio e síncope, alterações no sono, cianose, edema, astenia, sudorese. o Sistema Digestório; alterações de apetite, disfagia, odinofagia (dor retroesternal durante deglutição), dor, pirose (queimação retroesternal), regurgitações, eructação, soluço, hematêmese, sialose (produz muita saliva), epigastralgia, dispneia, náuseas, vômitos, ritmo intestinal, 4 distensão abdominal, esteatorréia, flatulência, melena, sangramento anal, tenesmo, icterícia, incontinência fecal etc. o Sistema Urinário; dor lombar, alterações miccionais, de volume e ritmo, alterações na cor da urina, edema, febre, disúria (dor ao urinar), estrangúria (eliminação lenta e dolorosa), oliguria (pouco), poliúria (muito), polaciúria (muitas vezes e pouca quant), nicturia (noite), hematúria (elimina com sangue), anasarca, etc. o Sistema Genital Masculino; dor testicular, priapismo (ereção persistente, dolorosa, sem desejo sexual), lesões penianas, nódulos testiculares, distúrbios miccionais, hemospermia (sangue no esperma), corrimento uretral, disfunções sexuais, Os termos em negrito não cabem às crianças. o Sistema Genital Feminino; ciclo menstrual, distúrbios menstruais, TPM, corrimento, prurido, disfunções sexuais, menopausa, climatério, alterações endócrinas, dismenorreia (cólica), tumoração, frigidez. o Sistema Hemolinfopoético; adenomegalias, esplenomegalias, sangramentos, astenia, febre, icterícia, etc. o Sistema Endócrino; alterações do desenvolvimento físico e sexual, tolerância a calor e frio, relação apetite e peso, nervosismo, tremores, alterações na pele e fâneros, ginecomastia, hirsutismo (pelo em mulher em locais que não deveriam). Hiperfunção e hiperfunção da tireoide. o Sistema Osteoarticular; dor óssea, dor, edema, calor, rubor articular, rigidez articular, limitação de movimentos, sinais inflamatórios, atrofia muscular, espasmos musculares, caibras, fraqueza muscular, mialgia, sinais inflamatórios, espasmos musculares. o Sistema Nervoso; síncope, distúrbios da consciência, tontura e vertigem, convulsões, ausências, automatismos, amnesia, distúrbios visuais, auditivos e na marcha, distúrbios de motricidade, esfincterianos, do sono, alterações na fala e aprendizagem, anestesias etc. o Exame Psíquico e Condições emocionais; memória, alterações no pensamento, inteligência, sensopercepção, alucinações, atos compulsivos, ansiedade, angústia, claustrofobia, ornicofagia, tiques etc. Antecedentes Pessoais: o Fisiológicos; Gestação e nascimento; tipo de parto, onde, quantas semanas, com ou sem intercorrências, consultas pré-natais, tem irmãos ou não. Desenvolvimento psicomotor e neural; Engatinha, Anda, Fala, 5 Controle dos Esfíncteres (entre 2 e 4 anos), Dentição, (a partir dos 6 meses) Desenvolvimento físico, Aproveitamento escolar. Para a anamnese pediátrica deve-se citar e descrever os marcos do desenvolvimento!!! Sorriso Social: entre 2 e 3 meses, Sustentação dacabeça: entre 2 e 4 meses, Senta com apoio: 6 meses, Senta sem apoio: a partir do 7º mês, Engatinha: entre 6 e 9 meses, Anda: entre 1 ano e 1 ano e 6 meses. Desenvolvimento sexual; início da puberdade, fem (11-13 anos) e masc (12-14 anos), sexarca, pubarca/adrenarca. o Patológicos; Doenças da infância, Alergias, Traumas/Acidentes, Doenças graves e/ou crônicas, Cirurgias, Transfusões sanguíneas, 6 Imunizações, Medicamentos em uso. Antecedentes Familiares: o Doenças dos familiares; Infectocontagiosas, neoplasias e cardiovasc. Hábitos de Vida: o Classificar Alimentação em balanceada e desbalanceada, o Citar e descrever a quantidade de refeições, quando elas ocorrem e quais os alimentos consumidos, o Identificar se há consumo de proteínas, carbo, lipídeos, verduras, hortaliças, cereais e etc. o Ocupação atual e anteriores; o Viagens recentes, o Atividades físicas, o Atividade sexual, o Manutenção de peso, o Consumo de álcool e drogas, o Condições socioeconômicas e culturais, o Contato com pessoas e animais doentes, o Vida conjugal e ajustamento familiar, o Condições econômicas, o Ritmo Intestinal, o Sono. Em uma anamnese ginecológica deve ter... Antecedentes Obstétricos e Ginecológicos: o G: P: A: o Número de gestações e duração de cada, o Tipo de parto, o Vitalidade dos recém-nascidos, o Peso dos filhos ao nascer, o Evolução no puerpério, o Amamentação. o Número de consultas no pré-natal, o Uso de suplemento vitamínico (sulfato ferroso, ac fólico), o Intercorrências na gravidez, o DUM, o Idade da menarca, o Idade da sexarca, o Menstruação: 7 Intervalo entre as menstruações, Fluxo e duração, Cor da menstruação, Sintomas pré-menstruais, Diagnóstico Médico Ampliado: 1. Diagnóstico Antropológico-Cultural Cor: (Preto/Pardo/Indígena/Branco/Amarelo) Cultura: Grupos Étnicos predominantes, Religião (minoritários específicos – exemplo: muçulmanos), grupos específicos (restrição social ou geográfica) Influência Cultural: multicultural com predomínio urbano/rural/interiorana de origem pantaneira / nordestina / gaúcha... Espiritualidade: Intrínseca (a fé modifica sua vida) / Extrínseca (tem religião mas isso não muda seu modo de pensar) / Não desenvolvida / Ateu / Agnóstico Satisfação Sexual e Afetiva: Identidade: Homem/Mulher/Transgênero/Travesti/Transsexual Orientação: Heterossexual / Homossexual / Bissexual 2. Diagnóstico Socioeconômico a) Tipologia Familiar: Nuclear – uninuclear/multinuclear - uma família “tradicional” com 1 ou + chefe b) Estendida – “outros parentes” na mesma casa, ex sogra, mãe.. c) Complexo – uma ou mais pessoas de condição não-parente dentro da casa, ex amigo d) Individual e) “Outros Arranjos Familiares” – grupo de pessoas q ñ tem vínculo parentesco – pensão Renda Per Capita: Classe Social: (IBGE Renda Per Capita: A1 - 9,7mil; A2 – 6,5mil; B1 – 3,5mil; B2 – 2,0mil; C1 – 1,2mil; C2 – 700 reais; D – 500 reais; E – 270 reais; Linha da Pobreza – 70 reais) Ocupação / Profissão: Lazer: 8 Atividades Sociais: Acesso à saúde, segurança: Integração Social: Nível Educacional: 3. Diagnóstico Psíquico-Emocional: raiva, medo, tristeza, frustração, arrependimento, conformação, felicidade, satisfação, insegurança... Exame Físico Geral: o Sinais Vitais: Pressão Arterial, Lembrar que os valores de referência para criança são diferentes!! Temperatura, (axilar) Normal: 35,5 – 37 graus Febrícola/Febre Leve: 37,1 – 37,5 Febre moderada: 37,6 – 38,5 Febre alta: > 38,5 Respiração; Eupneico: 16-20 irpm, Bradipneico: < 16, Taquipneico: >20. Pulso Arterial; Normosfigmia: 60-100 bpm, Bradisfigmia: < 60, Taquisfigmia: > 100. 9 o Estado Geral: BEG / REG / MEG o Nível de consciência: Estado de vigília / Obnubilado / Coma Avaliar: Percepção, Reatividade, Deglutição e Reflexos o Fáscies: Atípica / Hipocrática / adenoidiana / renal / leonina / basedowiana / mixedematosa / acromegálica / cushingoide / etílica / mongoloide / depressiva / pseudobulbar / parkinsoniana o Fâneros: Implantação, distribuição, quantidade o Pele; Coloração: Palidez / Eritrose / Cianose / Icterícia / Albinismo / Bronzeada / Dermografismo / Normocorada, Umidade, Textura, Espessura, Temperatura, Elasticidade, Mobilidade, Turgor, Sensibilidade, Lesões Elementares: * Máculas Pigmentares: Hipocrômica / Hipercrômica * Máculas Vasculares: Eritema / Púrpura * Lesões Sólidas: Pápula / Placa / Urtica / Nódulos / Vegetação * Lesões Líquidas: Vesícula / Bolhas / Pústula / Abscesso / Cistos / Hematomas * Alterações na consistência: Queratose / Liquenificação / Edema / Esclerose / Atrofia / Cicatriz * Alterações por perda de substâncias: Erosão / Úlcera / Crosta / Escama / Fissura / Escara / Fístula o Edema: Localização, Intensidade : (++++) Temperatura, Consistência, Sensibilidade. o Nutrição: 10 Classificação: Normal / Desnutrido / Subnutrido / Obesidade / Sobrepeso, Peso: Kg ; Altura: m; IMC: kg/ m² Magreza / Normal / Sobrepeso / Obeso, Cintura: cm; Quadril: cm; RCQ: (Valores normais: Mulheres > 0.8; Homens > 0.9) o Musculatura: Tamanho: Normal / Hipertrofia / Atrofia Tonicidade: Hipertônico / Hipotônico o Desenvolvimento Físico: Normal / Hiperdesenvolvimento (gigantismo) / Hipodesenvolvimento / Infantilismo / Hábito Grácil / gigantes acromegálicos / gigantes infantis / anão acondroplásico / cretinos / anão hipofisário / anão raquítico o Panículo Adiposo: Quantidade: Normal / Aumentada / Diminuída Distribuição: Homogênea / Obesidade tipo androide / Obesidade tipo ginóide o Biotipo: Longilíneo / Brevilíneo / Normolíneo o Hidratação: Pele: cor, temperatura, turgor, umidade e textura, Mucosas: secas, viscosas, normo-hidratadas, hiper-hidratadas Fontanelas (Bebês): Deprimidas / Normais Globo Ocular: Afundado / Normal Psiquismo: Normal / Apatia / Coma Sede: Ausente / Discreta / Intensa / Muito Intensa Pulso: Normal, Acelerado, Pressão Arterial: Alta / Normal / Baixa / Muito Baixa, o Vascularização: o Mucosas: Hipocoradas (+,++,+++,++++) / Normocoradas / Icterícia / Cianose o Veias superficiais: discretas / ausentes / em alto relevo o Circulação Colateral: ausente/ presente o Preenchimento capilar: normal / retardado o Postura: o Atitude: o Marcha: 11 o Decúbito: o Fala e Linguagem: Edema: o O que é: é o excesso de líquido acumulado no espaço intersticial ou no interior das próprias células, o Fisiopatologia: Diminuição da pressão osmótica das proteínas Aumento da pressão hidrostática Aumento da permeabilidade capilar Retenção de sódio Obstrução dos vasos linfáticos Edema o Exame físico: Localização, Duração, Evolução, Consistência, (mole ou duro) Temperatura da pele adjacente, Sensibilidade, (indolor, doloroso) Comprometimento Vascular, (se há ou não) Sinais Flogísticos, Intensidade (sinal de cacifo, quantas cruzes) Lindonodo: o Exame: Localização, Tamanho ou Volume, Coalescência, (junção de dois ou mais gânglios) Consistência, Mobilidade, Sensibilidade, Alterações da pele, o Causas de Adenomegalias: Inflamação, neoplasias, AIDS, sífilis, tuberculose, infecções no geral, infiltração por subst. estranhas, alterações metabólicas. 12 o Anatomia Exame de Cabeça e Pescoço:o Tamanho e forma do crânio: Macrocefalia, Microcefalia, Acrocefalia ou crânio em torre, Escafocefalia; (levantamento da parte mediado crânio,navio invertido) Dolicocefalia: aumento do diâmetro anteroposterior Braquicefalia: aumento do diâmetro transverso Plagiocefalia : confere ao crânio um aspecto assimétrico,saliente anteriormente de um lado e posteriormente de outro o Posição e movimentos: o Superficie e couro cabeludo: Identificação de saliências e pontos dolorosos Analisar a consistência ou rigidez da tabua óssea o Exame geral da face: Simetria Expressão fisionômica ou mimica Pele e pelos Lesões o Exame dos olhos e supercílios: Palpebras: verificar se há edema, retração palpebral, epicanto, ectrópio (pálpebra para fora), entropio (pálpebra para dentro), equimose (roxo), xantelasma ou outras alterações. Fenda palpebral Globos oculares: exoftalmia , enoftalmia, desvios ( divergentes ou convergentes), Movimentos involuntários (nistagmo) o Conjuntivas: normalmente são róseas, deve ser observado a coloração e a presença de secreções. 13 o Esclerótida, córnea e cristalino: coloração o Pupilas: Forma: geralmente arredondadas Localização: centrais Tamanho: midríase (dilatação), miose (contração) Reflexos: fotomotor, consensual, acomodação convergência, Simetria: anisocoria, isocoria. o Movimentos Oculares, o Exame do nariz: Tamanho Lesões Secreção o Exame dos lábios: Coloração Forma Textura Flexibilidade Lesões Presença de edema o Exame da cavidade bucal: Mucosa oral Lingua: avaliação em 3 posições ( mantida na sua posição em repouso,colocada pra fora, tocar o céu da boca).Analisar posição,tamanho,cor,umidade,superfície, textura, movimento e presença de lesões Saburrosa: acumulo de uma substancia branco-acinzentada ou amarelada na superfície Seca: Lisa: atrofia das papilas Pilosa: papilas filiformes alongadas Framboesa :língua vermelho brilhante Geografica: áreas irregulares nitidamente delimitadas por bordas esbranquiçadas 14 Escrotal: presença de sulcos irregulares que lembram a pele que reveste o escroto Macroglossia: aumento global da língua Glossite: inflamação Genvivas: cor, consistência, forma, desenvolvimento, presença de lesões Dentes: deve-se avaliar o numero e estado dos dentes o Exame otorrinolaringológico: Orofaringoscopia: Visualização dos lábios, dentes, gengivas, face interna das bochechas, língua, assoalho da boca, ostios das glandulas, após isso faz-se a depressão da língua visualizando os pilares amigdalianos, palato mole, base da língua, parte posterior da faringe, Rinoscopia: utilização de um especulo nasala visualizando o vestíbulo nasal,o septo e os cornetos Otoscopia: observar o estado da pele,pelos e presença ou não de detritos ceruminosos do conduto auditivo,membrana timpânica de cor aperolada e brilhante fixa ao cabo do martelo,deve ser avaliada conforme integridadade,aspecto,cor,forma e contorno Laringoscopia: o Exame do Pescoço: Pele, Forma e volume Posição (mediana,seguindo o eixo da coluna) Movimentação Turgencia ou ingurgitamento das jugulares Vasos:palpação,ausuculta,em condições normais não se ouve sopro Exame dos linfonodos o Exame da Tireóide: Abordagem posterior: paciente sentado e examinador atrás dele,as mãos e os dedos rodeiam o pescoço com os polegares fixos na nunca e a as pontas dos dedos indicadores e médios quase se tocam na linha mediana, o lobo direito é palpado pela mão direita,o lobo esquerdo é palpado pela mão esquerda 15 Abordagem anterior: paciente sentado ou em pé e o examinador também sentado ou em pé postado a sua frente,dedos indicadores e médios palpam a glândula enquanto os polegares apoiam-se sobre o tórax do paciente. Sempre se solicitara que o paciente faça algumas deglutições enquanto se palpa a glândula firmemente. Volume: normal ou aumentado, difuso ou segmentar Consistencia :normal, firme, endurecida ou pétrea Mobilidade: normal ou imóvel Superficie: lisa, nodular ou irregular Temperatura da pele Presença de frêmito e sopro Sensibiliadade Lesões Elementares de Pele: o Modificações da Cor: Máculas Eritematosas; Manchas não infiltradas (não tem borda elevada) variando de rosa pálido para vermelho escuro. Provocada pela vasodilatação mais ou menos intensa que desaparece com a compressão. Mácula Vascular; Presença de rede de vasos dilatados na derme superficial. Desaparecem parcial ou completamente com a vitopressão. Ex: Telangectasia. Mácula Purpúrica; São de cor vermelhas, tornando-se ocre com o tempo, não desaparecem com a compressão. Resultado de derramamento de sg na derme. Ex: Púrpura de Bateman. Máculas Acrômicas; São acrômicas (brancas), 16 não tem pigmentos, de forma e tamanho variados, provocadas pela diminuição do teor de melanina da epiderme. Ex: Vitiligo. Máculas Hipercrômicas; Tamanho variado, cor vai do ocre ao castanho escuro devido à hiperpigmentação de melanina da epiderme. Ex: Efélides, sardinhas. o Formações Sólidas: Pápulas dermo-epidérmicas; Espessamento misto da epiderme e da derme. Elevação circunscrita palpável menor que 0,5cm. Ex: verruga e acne. Placa/Pápulas dérmicas; Espessamento da derme, natureza edematosa, inflamatória ou profilerativa. Ex: Pápula da urticária. Lesões em forma de disco, por extensão ou coalescência de pápulas ou nódulos. Superfície em Platô. Nódulos; Elevações hemisféricas resultantes de infiltrações inflamatórias e edematosas da derme profunda e da hipoderme. Lesão mais palpável que visível, maior que 0,5 cm e menor que 3 cm. Seus limites são imprecisos, de consistência variável. Vegetação; Aparência filiforme ou lobulada, de consistência geralmente mole. Crescimento exofílico devido a hipertrofia das papilas dérmicas. Ex: Verrucosidades (são vegetações revestidas por uma camada córnea, mais ou menos espessa). o Lesões de Conteúdo Líquido: Vesícula; Protuberâncias cutâneas de dimensão reduzida, com uma cavidade central contendo um líquido claro. Hemisféricas e podem ser deprimidas no centro. Lesões menores que 0,5 cm. Ex: Varicela. 17 Bolhas; Elevações mais volumosas, com cavidade central contendo um líquido claro, turvo ou hemorrágico. Podem ser bolhas flácidas ou firmes. São maiores que 0,5 cm. Ex: Bolha provocada por queimadura térmica. Pústulas; Saliências de dimensões variadas, com cavidade central contendo líquido purulento. Podem se desenvolverem a partir de vesículas ou de bolhas. Até 1 cm. Ex: Pustulose palmoplantar. Abcesso; Coleção purulenta de tamanho variável. o Alterações de Espessura: Atrofia; Adelgaçamento da pele, na diminuição da sua consistência e elasticidade. Esclerose; Endurecimento do tegumento que perde sua flexibilidade normal. Está associada a uma condensação fibrosa da derme. Ex: Morfeia. Liquenificação; Aumento dos sulcos e saliências por atrito. Infiltração; ou espessamento, há afundamento a pele por digitopressão. Ceratose; Espessamento da epiderme por aumento da camada córnea. o Solução de Continuidade da pele: Escoriação; Feridas muito superficiais com a derme exposta. Ex: escoriações por fricção. 18 Fissuras; Ulcerações lineares, circundadas ou não por hiperceratose, rasgando a derme superficial. Ex: Pé de atleta. Ulceração; Lesões de cor avermelhada e aspecto úmido. Ocorre rompimento do epitelio e exposição dos tecidos mais profundos. Ex: Afta é uma úlcera da boca. o Lesões Caducas: Crosta; São concreções de consistência mais ou menos dura provocadaspela dessecação de lesões exsudativas, hemorrágicas ou purulentas. Ressecamento do exudato. Ex: Impetigo. Escama; Agregados de células córneas mais ou menos secas, formadas pelas camadas superficiais da epiderme. Destacam-se em fragmentos de dimensões variadas. Ex: Ictiose. Cicatriz; Modificações da derme e epiderme, sinal de um processo fibroso de intensidade variável. Ex: Cicatriz após queimadura. o Dermatites Eczematosas: é um conjunto de quadros clínicos que tem em comum no seu inicio a dermatite espongiótica (edema intracelular da epiderme). o Dermatites de Contato por irritante primário: O irritante pode ser qualquer agente químico capaz de produzir inflamação quando aplicado sobre a pele. Sem sensibilização prévia. o Dermatite traumática aguda: dorso das mãos e dos dedos, provocada pelo contato com detergentes. Os limites do eritema são nítidos, correspondendo a zona de contato com os agentes irritantes. Pode-se desenvolver ao primeiro contato, geralmente limita-se a região de contato. 19 o Dermatite de Contato Alérgica: Pessoas predispostas, Hiper IV. Necessita de sensibilização. As manifestações clínicas aparecem em um período cada vez mais curto. Eczema de contato crônico de origem profissional; Lesões eritemato- descamativas discretamente ceratósicas, fissuradas e infectadas, nos dorsos dos dedos de um pedreiro. Reação alérgica aos sais de crômio presentes no cimento. Eczema de contato bolhoso; contato alérgico agudo de superfície dorsal do ante-pé e dos dedos dos pés. Reação aos sais de crômio, utilizado para curtir o couro do calçado. Formação de bolhas sobre fundo eritemato-vesiculoso. Eczema de contato vesciuloso; alérgico agudo, eritemato-papulo- vesiculoso dos dorsos das mãos de um cinesiterapeuta. Reação alérgica à lanolina presente no creme de massagem. Eczema com crosta; contato alérgico ao níquel de um botão de calças. Existe uma placa crostosa, acinzentada com uma erosão parcial provocada por escoriações de coceira. o Dermatite Atópica: processo inflamatório cutâneo crônico. Lesões com pápulas, escoriações e liquenificações. Acomete mais as flexuras, frequentemente associada a outras manifestações atópicas como rinite alérgica e asma. Fatores genéticos. Dermografismo. o Lesões de Pele no Lúpus Eritematoso Sistêmico: Eritema Malar ou Rash Malar; Focos inflamatórios em vários tecidos do corpo. Evolui com períodos de exacerbações e remissões. o Lúpus Subagudo: o Lúpus Discóide: 20 o Hanseníase: Mycobacterium leprae ou Bacilo de Hansen são os agentes etiológicos. Produz manchas pigmentares discromias, placas, infiltrações, tubérculos e nódulos. Fáscies Leonina, forma virchowiana. Náuseas e Vômitos: o Definição: Náuseas: sensação desagradável da necessidade de vomitar, habitualmente acompanhada de sintomas autonômicos como sudorese fria, palidez, sialorréia, hipotonia gástrica, refluxo do conteúdo intestinal para o estômago, taquicardia, etc. Vômito ou Êmese: expulsão rápida do conteúdo gástrico através da boca, causada por uma contração forte e sustentada da musculatura da parede torácica e abdominal. 21 Regurgitações: sem esforço, sem náuseas, sem bile ou sangue, sem outros sintomas, aparentemente saudável e sem perda ponderal. o Reflexo do Vômito: Fase de Pré-ejeção: náusea. O estômago relaxa e ocorre a inibição da secreção de suco gástrico. A pressão intratorácica diminui e a abdominal aumenta. Fase de Ejeção: vômito. Grande contração retrógrada do intestino delgado para o estômago. A contração dos músculos do diafragma e do abdome torna-se coordenadas, aumenta a pressão no tórax e no abdome comprimindo o estômago e forçando seu conteúdo através da boca e do nariz. Fase de pós-ejeção: geralmente há alívio da náusea. o Transmissão: fibras nervosas aferentes vagais e simpáticas para múltiplos núcleos do tronco cerebral no centro do vomito. Desse centro os impulsos motores que causam vômitos são transmitidos pelos nervos (V,VII,IX,X,XII) para o TGI superior pelos nervos vagos e simpáticos para regiões mais distais do trato e nervos espinais para o diafragama e músculos abdominais. Contração do diafragma e dos músculos do abdome são coordenadas e fazem com que aumente a pressão torácica. o Causas Gerais: Gastrintestinais: Candidíase orofaríngea, gastroparesias, constipação e obstrução intestinal, Drogas: opioides, antibióticos, AINEs... Metabólicas: hipercalcemia, insuficiência renal, Toxicidade: quimioterapia, radioterapia, infecção, síndrome paraneoplásica, Neurológica: metástases em SNC, Psicossomáticos: ansiedade e medo. o Principais Causas em Crianças: Malformação digestiva, Obstrução digestiva, Erro dietético, Vômitos associados a doenças crônicas (intolerância à lactose, intolerância ao glúten...), Infecções (gastroenterite aguda, apendicite...). o Tipos de Vômito: Alimentares: se imediato ou poucas horas após as refeições indica intolerância alimentar. Se acontecer várias horas após a alimentação: obstrução mecânica ou funcional, Biliares: devido à obstrução intestinal, 22 Hematêmese: lesões vasculares, lesões na mucosa, coagulopatias e outras. Diferente de hemoptise que tem origem no sistema respiratório (tuberculose), o Fisiopatologia: Podem ter diferentes etiologias. Centro do Vômito: A área postrema é uma estrutura circunventricular, localizada no piso do quarto ventrículo, no tronco cerebral. Trata-se de entidade funcional, denominada zona de gatilho quimiorreceptora, envolta por barreira hematoencefálica permeável, o que a torna sensível a substâncias potencialmente emetogênicas presentes na circulação sanguínea. O centro do vômito fica próximo à área postrema, na medula espinhal. Age como via comum no processamento de diferentes estímulos aferentes, promovendo o vômito. Substâncias ematogêmicas: alta quantidade de cálcio, morfina, ureia, digoxina, opioides... Os principais receptores são o 5-HT3, neuroquinina, dopamina e colecistoquinina, localizados nas terminações dos aferentes vagais. 23 24 25 Distenção do estômago (fator excitatório) Inibição da secreção do suco gástrico Conteúdo do Intestido Delgado é empurrado para a boca O centro do vômito está suficientemente excitado Respiração profunda Elevação do osso hioide e da laringe para abertura do esfíncter esofágico superior Fecha glote para impedir de ir para vias respiratórias Elevação do palato mole para fechar narinas posteriores Forte contração do diafragama e músculos da parede abdominal Pressão do tórax se eleva Relaxa esfinctes esofágico inferior Expulsão do Conteúdo 26 o Regulação do esvaziamento gástrico : Efeito do volume alimentar : a dilatação da parede gástrica desencadeia reflexos miontéricos locais que acentuam bastante a bomba pilórica ao mesmo tempo que inibem o piloro, Efeito do hormônio gastrina: produtos de digestão de carne provocam a liberação de gastrina pela mucosa antral que aumenta a secreção de suco gástrico pelas glândulas gástricas. A gastrina tem efeitos brandos sobre as funções motoras do corpo do estomago, mas intensificam a bomba pilórica, Efeitos do duodeno na inibição do esvaziamento gástrico: grau de distensão do duodeno, irritação da mucosa duodenal, grau de acidez do quimo, grau de osmalalidade do quimo produzem reflexos mediados pelo sistema nervoso entérico, pelas fibras nervosas simpáticas, pelos nervos vagos que vão ao troncoencefálico e inibem os efeitos excitatórios normais, inibindo a bomba pilórica e aumentando o tônus do esfíncter pilórico, CCK liberada pelo jejuno em resposta a substancias gordurosas, bloqueia a motilidade gástrica, GIP: efeito fraco sobre a motilidade. o Semiologia...questionar: Quanto ao vômito; Fatores desencadeantes, Quantificação dos episódios, Quantificação do volume expelido em cada episódio, Conteúdo expelido, Consistência, Estímulo - Drogas e movimentos Nervo VII Núcleos Vestibulares Vestíbulo- cerebelo Zona de disparo - Centro do Vômito Ato do Vômito 27 Coloração, Presença de sangue, Frequência, Há quanto tempo. Sintomas precedentes; Cefaleia, Vertigem, Convulsões, Alterações na visão, Alterações na marcha, Dor abdominal, Eructações, gases, Febre, Sintomas psicológicos (ansiedade, medo), Dispepsia. Sintomas pós-ejeção; Sensação de fraqueza, Presença de sede ou fome, Sinais da desidratação (irritabilidade, letargia, sede, diminuição do debito urinário, enoftalmia, perda ponderal abrupta...), Febre. Quanto à alimentação; Desejo de se alimentar, Presença de fome, Reação a determinados alimentos e odores, Inquérito alimentar, Outros fatores; Hábito intestinal – incluindo eructações e gases, Indagar sobre medicações em uso e sua associação com o início do quadro de náusea ou vômito, Hábito urinário. o Exame Físico: Estado de hidratação, Estado de nutrição, Examinar cavidade oral, Examinar por completo o abdome: inspeção, palpação, percussão e ausculta, em busca de sinais e sintomas de obstrução intestinal. 28 o Nervos Cranianos: “Nervos”: aglomerado fibras nervosas de diferentes funções e origens (diferente de “trato” que é um aglomerado de axônios com a mesma função e origem), “Cranianos” porque atravessam o crânio e se ligam ao tronco encefálico (diferente dos espinhais que atravessam a coluna vertebral e se ligam à medula). Tipos de nervos: (Rosa: sensitivos, Azul: motores, Roxo: mistos). 1. Olfatório 2. Óptico 3. Oculomotor 4. Troclear 5. Trigêmeo 6. Abducente 7. Facial 8. Vestibulo-coclear 9. Glossofaríngeo 10. Vago 11. Acessório 12. Hipoglosso o Tipos de Fibras: São 7 tipos nos nervos cranianos e 4 nos nervos espinhais. o Fibras “Gerais”: tem no corpo inteiro (tanto nos nervos espinhais quanto nos nervos cranianos). (ESG) Eferentes Somáticas Gerais: músculos estriados somáticos, Fibras Somáticas Aferentes Eferentes Viscerais Aferentes Eferentes 29 (ASG) Aferentes Somáticas Gerais: fibras da somestesia – sensações gerais (EVG) Eferentes Viscerais Gerais: motoras do S.N. Autônomo Parassimpático (Nervo Vago) – glândulas e músculos lisos (AVG) Aferentes Viscerais Gerais: conduzem os estímulos sensitivos gerados nas vísceras, principalmente a dor (Nervo Vago) Fibras “Espinhais”: só na cabeça e pescoço (exclusivas dos nervos cranianos) (ASV) Aferentes Somáticas Especiais: fibras dos sentidos de orientação do corpo – visão, audição e equilíbrio vestibular. (AVE) Aferentes Viscerais Especiais: sentidos químicos – olfato e gustação (EVE) Eferentes Viscerais Especiais (ou Fibras Eferentes Branquiais): motoras, inervam os músculos de origem branquial (embriologia – arcos branquiais ou faríngeos), que são músculos diferentes dos do resto do corpo. São “músculos estriados de origem branquial ou branquioméricos”. 1º arco branquial -> músculos da mastigação -> Nervo Trigêmeo Fibras originadas no núcleo motor do trigêmeo 2º arco branquial -> músculo da mímica facial -> Nervo Facial Fibras originadas no núcleo motor facial 3º arco branquial -> músculo da deglutição -> Nervo Glossofaríngeo 4º arco branquial -> músculo da fonação e da deglutição -> Nervo Vago 3º e 4º - fibras originadas no núcleo ambíguo do bulbo *Trato Cortico-nuclear: axônios cujos corpos celulares estão no córtex em M1, que mandam o comando motor para os corpos celulares dos nervos cranianos motores. 30 Nervo Componente Função Orifício no crânio I Olfatório Sensitivo (AVE) Olfato Orifícios na lâmina crivosa do osso etmoide II Óptico Sensitivo (AVE) Visão Canal Óptico III Oculomotor Motor (ESG, EVG) Eleva a pálpebra superior, gira o olho para cima, baixo e para dentro. Fissura Orbital Superior IV Troclear Motor (ESG) Movimenta o olho para baixo e para o lado Fissura Orbital Superior V Trigêmeo Oftálmico Maxilar Mandibular Sensitivo (ASG) Sensitivo (ASG) Misto – Sensitivo (ASG) e Motor (EVE) Oftálmico - Fissura Orbital Superior Maxilar – Forame Redondo Mandibular – Forame Oval VI Abducente Motor (ESG) Inerva o músculo reto-lateral, que movimenta o olho lateralmente Fissura Orbital Superior 31 VII Facial Misto – Sensitivo (AVE), Motor (EVE) e Parassimpáti co Secretomoto r (EVG) Motor – músculo da mímica facial (EVE); Sensitivo – Gustação dos 2/3 anteriores da língua (AVE) e Secretomotor (EVG) – glândulas salivares Forame Estilomastóid eo VIII Vestibulococlear Sensitivo (AVE) Vestibular - propriocepção (ASE) e Coclear – audição (ASE) Conduto Auditivo Interno IX Glossofaríngeo Misto – Motor (EVE), Sensitivo (AVE, AVG, ASG) e Parassimpáti co Secretomoto r (EVG) Motor: EVE - deglutição Sensitivo: AVE - Gustação, AVG – Sensação geral, Secretomotor EVG – glândulas salivares Forame Jugular X Vago Misto - Motor (EVE, EVG) e Sensitivo (AVG, AVE, ASG) Motor (EVE e EVG)- coração e grandes vasos sanguíneos Sensitivo (AVG, AVE, ASG) – laringe, traqueia, brônquios, pulmões, TGI, fígado, pâncreas e rins Forame Jugular XI Acessório Motor (EVE) Elevação dos ombros e rotação Forame Jugular 32 da cabeça XII Hipoglosso Motor (EVE) Movimentação da Língua Canal do Hipoglosso 1. Nervo Olfatório: olfação - Núcleo: Telencéfalo - Inervação: mucosa olfatória - Trajeto: Orifícios na Lâmina Crivosa do Osso Etmóide - Tipo de nervo: sensitivo com fibras AVE - Semiotécnica: o paciente deve reconhecer os diversos tipos de cheiros que o examinador colocar diante de suas narinas (ex. café, canela, tabaco..) Alterações: hiposmia, anosmia, cacosmia, resfriado comum e atrofia da mucosa, parosmia e alucinações olfatórias. 2. Nervo Óptico: visão - Núcleo: Diencéfalo - Inervação: retina - Trajeto: penetra a orbita pelo Canal Óptico no Osso Esfenóide - Tipo de nervo: sensitivos com fibras ASE - Semiotécnica: Acuidade Visual: pede-se para o paciente olhar algum objeto pela sala ou ler algo. A diminuição da acuidade se chama ambliopia, não enxergar nada se chama amaurose. Fatores pré- retinianos causam presbiopia. Ver foto do sapo. Campo Visual: o examinador coloca as suas mãos na periferia do seu campo visual e as move enquanto pergunta ao paciente se ele está vendo os movimentos. Realizado em cada olho separadamente e depois em ambos simultaneamente. Exame de Fundo de Olho: podem ser reconhecidas a retina, a papila óptica e os vasos sanguíneos. Alterações: palidez da papila (atrofia do nervo óptico), estase bilateral da papila (hipertensão intracraniana) e modificações nas arteríolas (hipertensão arterial) 33 3. Nervo Oculomotor: movimento dos olhos - Núcleo: Mesencéfalo - Inervação: Músculo elevador da pálpebra superior, oblíquo inferior e retos superior, inferior e medial. Músculo esfíncter da pupila e músculo ciliar - Trajeto: NIII, NIV e NVI penetram o crânio pela fissura orbital superior do osso esfenoide - Tipo de nervo: NIII, NIV e NVI são exclusivamentesensitivos com fibras ESG (Oculomotor também é EVG – pupila, mobilidade intrínseca). - Semiotécnica: Mobilidade Extrínseca: NIII, NIV e NVI. O exame faz-se em cada olho separadamente, pedindo para o paciente movimentar o olho em todas as direções e depois simultaneamente, analisando a convergência ocular. Alterações: estrabismo Mobilidade Intrínseca: NIII – músculos da íris (camada externa radiada – simpático – miose e camada interna circular – parassimpático – midríase) Alterações: a pupila é normalmente circular, bem centrada e simétrica (isocoria – se assimétrica, “anisocoria”) A irregularidade no contorno pupilar é denominada discoria. Semiotécnica: analisa-se os reflexos: Fotomotor Direto: a pupila sob estimulo luminoso faz miose Fotomotor Consensual: a pupila do outro olho também faz miose consensualmente Reflexo de Acomodação: aproximando um objeto do olho, as pupilas fazem miose 4. Nervo Troclear: movimento dos olhos - Núcleo: Mesencéfalo - Inervação: músculo oblíquo superior - Tipo, trajeto e semiotécnica = NIII e NVI 5. Nervo Trigêmeo: somestesia da face e mastigação - Núcleo: Ponte - Inervação: Face e 2/3 anteriores da língua (exterocepção) e propriocepção dos dentes, ATM e músculos da mastigação, músculos 34 mioióideo, tensor do véu do paladar, tensor do tímpano e ventre anterior do digástrico - Trajeto: Ramo Oftálmico - Fissura Orbital Superior, Maxilar – Forame Redondo e Mandibular – Forame Oval - Tipo de nervo: misto com fibras sensitivas ASG e motoras EVE - Semiotécnica: Raíz Motora: avalia-se pela observação dos seguintes aspectos: atrofia das regiões temporais e masseterinas, desvio da mandíbula para o lado da lesão, debilidade do lado paralisado ao trincar os dentes e dificuldade na lateralização da mandíbula Raízes Sensoriais: sensibilidade geral da metade anterior do segmento cefálico e também a pesquisa da sensibilidade corneana, utilizando uma mecha de algodão para tocar a esclera, cujo ato reflexo será piscar (reflexo corneopalpebral) 6. Nervo Abducente: movimentação dos olhos - Núcleo: Ponte - Inervação: músculo reto lateral - Tipo, trajeto e semiotécnica = NIII, NIV 7. Nervo Facial: mímica facial e gustação - Núcleo: Ponte - Inervação: 2/3 anteriores da língua (gustação), parte da mucosa da cavidade nasal e do palato mole, parte do pavilhão auricular e do meato acústico externo, glândula lacrimal, glândulas submandibular e sublingual, músculos da mímica, estapédio, estiloióideo e ventre posterior digástrico - Trajeto: forame estilomastóideo - Tipo de nervo: Motor – músculo da mímica facial (EVE); Sensitivo – Gustação dos 2/3 anteriores da língua (AVE) e Secretomotor (EVG) – glândulas salivares - Semiotécnica: interessa a parte motora do nervo facial (mímica facial), por isso, solicita-se ao paciente que enrugue a testa, franza os 35 supercílios, cerre as pálpebras, mostre os dentes, abra a boca, assobie, infle a boca... A paralisia da face se chama prosopoplegia e quando bilateralmente sugere-se diplegia facial 8. Nervo Vestibulo-coclear - Núcleo: Ponte - Inervação: órgão espiral, máculas e cristas ampulares - Trajeto: Conduto Auditivo Interno - Tipo de nervo: vestibular e coclear são exclusivamente sensitivos com fibras ASE - Semiotécnica: Raíz Coclear: avaliada por meio das seguintes manobras: Diminuição gradativa da intensidade da voz natural Voz cochichada Atrito suave das polpas digitais próximo ao ouvido Audiometria Prova de Rinne Raiz Vestibular: prova calórica e giratória 9. Nervo Glossofaríngeo: deglutição e sensibilidade somestésica e gustação do terço posterior da língua - Núcleo: Bulbo - Inervação: Parte do pavilhão auricular e do meato acústico externo, 1/3 posterior da língua (gustação), 1/3 posterio da língua, faringe, úvula, tuba auditiva, seio e corpo carotídeos, glândula parótida e músculo estilofaríngico - Trajeto: Forame Jugular - Tipo de nervo: Motor: EVE - deglutição Sensitivo: AVE - Gustação, AVG – Sensação geral, Secretomotor EVG – glândulas salivares - Semiotécnica: Junto com o Nervo Vago: questiona-se quanto aos distúrbios da gustação como hipogeusia e ageusia, disfagia, dor. Na lesão unilateral observa-se o sinal da cortina. A lesão exclusiva do Nervo Vago promove disfonia 36 10. Nervo Vago: deglutição, fonação e inervação parassimpática das vísceras torácicas e abdominais - Núcleo: Bulbo - Inervação: Epiglote (Gustação) - Trajeto: Forame Jugular - Tipo de nervo: Motor (EVE e EVG)- coração e grandes vasos sanguíneos e Sensitivo (AVG, AVE, ASG) – laringe, traqueia, brônquios, pulmões, TGI, fígado, pâncreas e rins - Semiotécnica: junto com o nervo glossofaríngeo 11. Nervo Acessório: elevação dos ombros e rotação da cabeça - Núcleo: Bulbo - Inervação: Músculo da Laringe, músculo trapézio e esternocleidomastóideo e vísceras torácicas - Trajeto: Forame Jugular - Tipo de nervo: Motor (EVE) - Semiotécnica: observa-se se há lesão através da atrofia desses músculos, dificuldade para elevar os ombros e na rotação a cabeça 12. Nervo Hipoglosso: movimentação da língua - Núcleo: Bulbo - Inervação: Músculos intrínsecos e extrínsecos da língua - Trajeto: Canal do Hipoglosso - Tipo de nervo: Motor (EVE) - Semiotécnica: pede-se para a paciente movimentar a língua em todas as direções e exterioriza-la. Dor: o É uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a uma lesão tissular potencial ou real ou mesmo a nenhuma lesão. É uma manifestação subjetiva, variando de um indivíduo para outro. o É um mecanismo de demarcação de limites para o organismo e de aviso sobre a ocorrência de estímulos lesivos provenientes do meio externo ou do próprio organismo. Ex: não levamos o braço 37 muito longe para trás das costas porque sentimos dor: esse é o limite mecânico de abertura da articulação do ombro. Dor Aguda/Rápida, Epicrítica; Tem papel de alerta, comunicar ao cérebro que tem algo errado. Acompanha-se de manifestações neurovegetativas e desaparece com a remoção do fator causal e resolução do processo patológico. Ativação de Fibras A-delta – finas com mielina Termorreceptores e Mecanorreceptores, A sensação começa e termina rapidamente, Dor Crônica/Lenta, Protopática; É a que persiste por um período superior àquele necessário para a cura de um processo mórbido (4 a 6 semanas) ou aquela associada a afecções crônicas (câncer, artrite reum., etc) ou a que decorre de lesão no SN. Não tem função de alerta. Deve-se avaliar não só as características da dor e sim o paciente como um todo. Ativação de Fibras do Tipo C – amielínicas, polimodais (sensíveis a mais de um tipo de estímulo) o Receptores – nociceptores – praticamente em todos os tecidos, exceto o nervoso, são terminações nervosas livres de fibras mielínicas (A-delta ou III) ou amielínicas (tipo C ou IV). o Eles estão presentes nos vasos sanguíneos mais calibrosos do SNC e nas meninges, o Há nociceptores para diferentes estímulos: mecânicos, térmicos e químicos. Não há receptores para luz, embora seja doloroso olhar para o Sol (é devido ao calor). Substâncias algiogênicas; Ativação direta (K, íon H, cininas, serotonina e histamina), Sensibilização (cininas, prostaglandinas e subst. P), P r o d u ç ã o e Estímulo Interno e Externo Lesão Tecidual Liberação de substâncias algiogênicas Lesão Celular Hiperalgesia Dor 38 extravasamento de plasma (subst. P e cininas). OBS: A estimulação isolada de fibras A-delta cutâneas produz dor em pontada, a de fibras C-cutâneas dor em queimação e a de fibras A- delta e C-cutâneas produz dolorimento ou cãibra. Nociceptores Musculares: Mais sensíveis ao estiramento e à contração isquêmica, Nociceptores Articulares: Mais sensíveis aos processos inflamatórios e aos movimentos extremos, Nociceptores Viscerais: Mais sensíveis a distensão, a tração, a isquemia, ao processo inflamatório e a contração espasmódica, Nociceptores das Cápsulas das vísceras macias: Mais sensíveis a distensão, Nociceptores do Miocárdio: Mais sensíveis a isquemia, Nociceptores Tegumentares: Mais sensíveis a uma variedade de estímulos mecânicos, térmicos e químicos nóxicos, mas não de distensão e tração. o O parênquima cerebral esplênico e pulmonar são praticamente indolores, o Periosteo, meninges, peritônio parietal e pleura parietal são extremamente sensíveis. Ativação de nociceptores Despolarização Potencial de Ação - Impulso nervoso Fibras A-beta, A- gama e C Medula espinhal (raiz posterior do corno dorsal) Encéfalo Tálamo Trato Espino- talâmico ou Trato Espino Reticular Córtex e Sistema Límbico 39 O sangue do vaso rompido “derrama” sobre o local leucócitos que produzem e secretam substâncias alogênicas (que causam dor, como a serotonina e a histamina). O tecido lesionado também libera substâncias fortemente alogênicas como o peptídeo bradicinina e acontece a cascata do ácido aracdônico, gerando prostaglandinas e prostaciclinas, Reação Inflamatória Neurogênica: A despolarização dos nociceptores também provoca a liberação pelas próprias terminações nervosas de prostaglandinas e neuropeptídeps com ação vasodilatadora local, 40 o Receptores da Dor: Exteroceptores; Permitem a percepção de estímulos do meio externo. São encontrados na pele, mucosas e seus anexos (unhas, pelos e dentes). As sensações captadas são: Tato - Para o tato têm-se três tipos de receptores morfologicamente distintos: discos ou corpúsculos de Merkel, corpúsculos de Meissner e as terminações das raízes dos pelos. Os dois primeiros são abundantes na mucosa oral e dos lábios. Temperatura - Os receptores de temperatura são encontrados na mucosa oral, lábios e pele. Os sensíveis ao frio são os bulbos terminais de Krause. Os responsáveis pela sensação de calor são os corpúsculos de Ruffini. Pressão - Respondem por essa sensação os corpúsculos de Golgi-Mazzoni, e ainda os de Paccini, destinados à pressões profundas e sensíveis à deformação mecânica. Interoceptores; São aqueles sensíveis a alterações do meio interno, isto é, são responsáveis pela propriocepção. Abrangem os receptores situados nas vísceras, músculos, tendões e no periodonto e são denominados fusos neuromusculares ou proprioceptores. Nociceptores Silenciosos; Encontrados em terminações periféricas das fibras C de nervos cutâneos, articulares e viscerais, mas não nos músculos. São responsivos na presença de: processo inflamatório, estímulos químicos ou térmicos. o Vias: Paleoespinotalâmica; Transmite a dor lenta (fase lenta da dor), formada por fibras do Tipo C, multissinápticas, é lenta, gradativa, prolongada e difusa, relaciona-se com a Dor Crônica. Neoespinotalâmica; Transmite a dor rápida (fase rápida da dor), formada por fibras do Tipo A-delta, poucas sinapses em pontos específicos do Tálamo (via mais evoluída). Via epicrítica, ou seja, é precisa, definida, localizada, intensificada e discriminada. Relaciona-se com à Dor Aguda. 41 o Em ambas as vias: OBS: Esses feixes situados na coluna ântero-lateral da medula ascendem toda a medula até o tronco encefálico, onde se encontram com as fibras nocireceptivas de segunda ordem do núcleo espinhal do trigêmeo e formam o lemnisco espinhal. o Tipos de Dor: o Somática Superficial É a consequência da estimulação de nociceptores do tegumento. Inclinação à boa localização e característica distinta (picada, pontada...), Intensidade proporcional ao estímulo, Exemplos: Queimadura e processos inflamatórios Ascendem até o tronco encefálico Podem fazer sinapse na Formação Reticular Dor Lenta Dor Rápida Via Paleoespinotalâmica Via Neoespi- notalâmica Núcleo Posterior e Ventral Posterior do Tálamo S1 ... Sistema Límbico Córtex Cingulado Anterior (face medial dos hemisférios) Nervos Espinhais (N1 no gânglio) Sinapse com N2 no corno dorsal da medula Cruzam a linha média na medula Se acomodam ao feixe espinotalâmi co Situado na coluna ântero- lateral da medula 42 o Somática profunda Dor nociceptiva com consequente ativação dos nociceptores dos músculos, fáscias, tendões, ligamentos e articulações, Localização imprecisa, Descrita como dolorimento, dor surda, dor profunda e cãibra, Intensidade proporcional ao estímulo casual (leve a moderada), o Dor visceral Dor nociceptiva consequente da estimulação dos receptores viscerais, Caracterizada por profundidade, difusão, difícil localização, descrita como dor surda, vaga, contínua e que piora com a solicitação funcional do órgão, Tende a se localizar próximo ao órgão que a origina. Ex: dor cardíaca, localização retroesternal ou precordial, Condições: Comprometimento da própria víscera, comprometimento secundário do peritônio, irritação do diafragma ou do nervo frênico. Reflexo viscerocutâneo. o Dor referida Percepção dolorosa superficial, que está longe do órgão profundo, cuja estimulação nóxica é a responsável pela dor, Distribuição metamérica: convergência de impulsos dolorosos viscerais e somáticos para neurônios nociceptivos. Tegumento com maior aporte nervoso nociceptivo que o das estruturas profundas viscerais e somáticas, acarretando em uma representação muito menor, Exemplos: infarto agudo do miocárdio e dor na face medial do braço. o Dor irradiada Sentida a distância de sua origem, porém ocorre, sem exceção, em estruturas inervadas. Exemplo: Ciatalgia 43 o Características Semiológicas da Dor: LOCALIZAÇÃO; Lugar onde o paciente sente a dor, Deve pedir para o paciente apontar com o dedo a área dolorida, e esta deve ser registrada de acordo com a nomenclatura das regiões da superfície corporal, pois assim sabe-se sua etiologia, Se o paciente alegar dor em mais de um local, é importante que todos eles sejam registrados no mapa corporal e estudados separadamente. IRRADIAÇÃO; Ela segue o trajeto de uma raiz nervosa ou nervo conhecido, Geralmente aponta a estrutura nervosa que está comprometida, Exemplo: Radiculopatia de C6 (cervicobraquialgia) - dor cervical com irradiação para a face lateral do braço e antebraço. QUALIDADE OU CARÁTER; Pede-se ao paciente para descrever a dor, ou descrever que tipo de sensação e emoção ela lhe traz. Ajuda a definir o processo patológico implícito. Pode ser classificada em: EVOCADA: ocorre com algum tipo de provocação, o Alodínia: sensação desconfortável, dolorosa, provocada pela estimulação tátil, principalmente se for repetitiva. o Hiperpatia: sensação mais dolorosa que a comum, provocada pela estimulação nóxica. ESPONTÂNEA: 44 o constante: ocorre continuamente, podendo variar de intensidade, porém sem nunca desaparecer completamente. o intermitente: ocorre em episódios, sendo sua frequência e duração bastante variáveis. INTENSIDADE; Resulta da interpretação dos seus aspectos sensoriais, emocionais e culturais. Sua magnitude é determinante para o tipo terapêutico escolhido. Adulto: escala analógica visual – consiste em uma linha reta de 10 cm, com designações: sem dor, leve, moderada, intensa, muito intensa, a pior possível. Adulto com baixa escolaridade, crianças e idosos: escala com representação gráfica não numérica – expressões faciais de sofrimento: sem dor, leve, moderada, intensa. DURAÇÃO; inicialmente: calcula-se com precisão a possíveldata de início da dor. contínua: tempo transcorrido entre seu início e o momento da anamnese. cíclica: registra a data e duração de cada episódio doloroso. intermitente: ocorre várias vezes ao dia. Registrar a data do seu início, duração média, número médio de crises por dia e de dias por mês. aguda: dura menos de 3 meses e desaparece dias ou semanas após a cura. crônica: persiste por 1 mês além do necessário para cura. Pode durar habitualmente mais de 3 meses EVOLUÇÃO; Revela a maneira como a dor evoluiu, desde o seu início até o momento da anamnese. 45 A investigação é iniciada pelo modo de instalação, se é súbito ou insidioso. É fundamental definir ao mesmo tempo a causa e o início da sensação dolorosa. Durante a evolução pode haver as mais variadas modificações na dor. RELAÇÕES COM FUNÇÕES ORGÂNICAS; É avaliada de acordo com a localização da dor e os órgãos e estruturas situados na mesma área. Exemplo: se for torácica, pesquisa-se sua relação com a respiração, movimentos do tórax, tosse, espirro e esforços físicos. FATORES DESENCADEANTES E AGRAVANTES; São fatores que desencadeiam a dor, em sua ausência ou que a agravam, se estiverem presentes. Devem ser procurados ativamente. Esclarecem a enfermidade subjacente e seu afastamento constitui parte importante da terapia escolhida. Exemplos: alimentos ácidos e picantes, bebidas alcoólicas e anti-inflamatórios na esofagite e gastrite. FATORES ATENUANTES; Aqueles que aliviam a dor. O paciente deve ser questionado sobre os fatores que aliviam sua dor. exemplos: funções orgânicas, distração, ambientes apropriados, medicamentos, fisioterapia, acupuntura, bloqueio anestésico e procedimento cirúrgico. No caso dos medicamentos devem ser anotados os nomes, doses e período em que foram utilizados. MANIFESTAÇÕES CONCOMITANTES; São manifestações associadas à dor e relacionadas com a enfermidade. São de grande valia para o 46 diagnóstico, ainda mais quando dados como sexo, idade, doenças prévias e hábitos de vida são levados em conta. Exemplo: enxaqueca com aura e acompanhada por disausia, fotofobia, náuseas e vômitos é mais frequente em mulheres. Tipos de Pacientes: o Paciente ansioso: quase toda enfermidade ou medo de estar doente provoca certo grau de ansiedade. A ansiedade é contagiosa e passa facilmente pros familiares. O reconhecimento da ansiedade se faz por manifestações psíquicas e somáticas. Reconhecendo a ansiedade o estudante deve demonstrar segurança e tranquilidade, sem fazer perguntas que possam intensificar a ansiedade. Não são corretas as tentativas de “acalmar” o paciente dizendo que “está tudo bem” o Paciente deprimido: aparenta desinteresse por si mesmo e pelas coisas que acontecem ao se redor, tem tendência a se isolar durante a entrevista. O examinador deve conquistar sua confiança demonstrando sincero interesse pela sua pessoa, é importante dar atenção ao familiar acompanhante e pedir sua colaboração. o Paciente que chora: deve-se deixar claro que não há nada demais em chorar, deve-se deixa-lo chorar sem indagação e sem consolo num primeiro momento, apenas pequenos gestos como um leve toque de mão ou até mesmo um silencio respeitoso podem ajudar o paciente a sair daquela situação. o Paciente que demonstra medo: deve-se esclarecer os fatos. o Paciente verborreico: aquele que fala muito, com tendência minuciosa. Esse tipo de paciente deve ser reconduzido a todo momento ao relato dos sintomas. o Paciente hostil: A pior conduta consiste em adotar uma posição agressiva revidando com palavras ou atitudes a hostilidade do paciente. Serenidade e autoconfiança são as qualidades básicas do examinador 47 o Paciente agitado: Na agitação leve a maneira como o médico se comporta pode ser suficiente pra acalmar o paciente, nos casos mais graves pode ser necessário lançar mão de processos de contenção. o Paciente eufórico: fala e movimenta-se exageradamente. Seu pensamento é rápido e muda de assunto inesperadamente. o Paciente com déficit de inteligência ou retardo mental: deve-se adotar m raciocínio simples e linguagem adequada no nível de compreensão do doente. o Paciente psicótico: deve-se buscar o auxilio da família, delimitar o inicio da doença que é marcado pela interrupção do sentido da continuidade existência. o Paciente hipocondríaco: sempre tem alguns diagnósticos a oferecer de contradize-lo não ajuda em nada, ouvi-lo com paciência e compreensão e atitudes firmes bem fundamentadas são as qualidades necessárias no relacionamento com este paciente. o Paciente surdo: A anamnese terá de ser resumida aos dados essenciais. o Pacientes em estado grave: é necessário ser objetivo e só fazer o que for estritamente necessário para coletar os dados que permitirão o diagnostico.. o Paciente terminal ou sem possibilidade terapêutica: é o que sofre de uma doença incurável em fase avançada e para o qual não há recursos médicos capazes de alterar o prognostico de morte em curto prazo o Crianças e adolescentes: a qualidade mais importante para se lidar com crianças seja a bondade, traduzida na atenção, no manuseio delicado e no respeito pela sua natural insegurança.
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