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HM III - RESUMO (1)

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1 
 
Gabriela Tomasi Batiston 
Heloísa Maria Korndorfer 
 
 Aspectos Gerais e Semiotécnica da Anamnese: 
 
o Aná: trazer de novo, 
o Mnesis: memória, 
o É a parte mais importante da medicina, 
o Os dados fornecidos pelos exames complementares nunca corrigem as 
falhas e omissões cometidas na anamnese. 
 Quais são os objetivos da anamnese? 
 Estabelecer relação médico-paciente, 
 Conhecer os determinantes epidemiológicos que influenciam no 
processo saúde-doença do paciente, 
 Fazer a história clinica do paciente (detalhada e cronológica), 
 Avaliar os sintomas de cada sistema corporal, 
 Desenvolver práticas de promoção da saúde, 
 Conhecer os hábitos de vida do paciente, condições 
socioeconômicas e culturais, 
 Avaliar estado de saúde passado e presente do paciente, 
 Conhecer fatores pessoais, familiares e ambientais que 
influenciam na saúde do paciente. 
o A semiotécnica da anamnese sugere técnicas como o apoio, a 
facilitação, a reflexão, o esclarecimento, confrontação, respostas 
empáticas e o silêncio. Estas ações do médico ajudam o paciente a 
relatar suas queixas, 
 Colocar Data da realização da anamnese, Local de realização, 
especificar andar, enfermaria e leito e Data de internação. 
 
 Identificação: 
 
o É o perfil sociodemográfico do paciente, 
1. Nome, 
2. Idade No caso da Anamnese pediátrica, colocar a idade em anos 
e meses. 
3. Sexo/Gênero, 
4. Cor/Etnia, 
5. Estado Civil, 
2 
 
6. Profissão, (atual e anterior) 
7. Local de Trabalho, 
8. Naturalidade, 
9. Procedência, 
10. Residência, Lembrando que deve ser incluído o endereço do 
paciente. 
11. Nome da mãe, 
12. Escolaridade, 
13. Religião, 
14. Plano de Saúde, 
15. Grau de Confiabilidade. 
o Identificação do responsável No caso da anamnese pediátrica ou 
também idosos, adolescentes, tutelados ou incapazes, 
o Lembrando que a identificação do responsável deve conter os mesmos 
itens da id do paciente. 
 
 Queixa Principal da Doença: 
 
o É o motivo que levou o paciente a procurar ajuda médica, registrar 
com as expressões usadas pelo mesmo e o tempo. 
o Não aceitar rótulos diagnósticos, 
o Exemplos: Tosse há 5 dias, Dor no peito há 7 dias, Dor em baixo ventre 
há 1 dia. 
 
 História da Doença Atual: 
 
o Sintoma-guia é o condutor. Deve-se analisar; 
o Inicio, 
o Características do sintoma (localização, duração, intensidade, 
frequência, tipo) 
o Fatores de melhora ou piora, 
o Relação com outras queixas (existe alguma queixa que acompanha o 
sintoma) 
o Evolução, 
o Situação atual. 
o Exemplo: Dor aguda em baixo ventre com evolução gradativa, 
chegando a intensidade 8 em uma escala de 0-10 e de duração média 
de dez minutos cada episódio. Dor tipo cólica, que irradia para lombar, 
sem possuir fator de melhora. A cada episódio de dor acompanham 
sintomas de sudorese, dispneia de repouso e astenia. 
 
 
3 
 
 
 
 Interrogatório Sintomatológico: 
Lembrar que sempre que possível deve-se promover a saúde. 
 
o Estado Geral; Febre, Astenia (fraqueza), Alterações de peso, Sudorese, 
Calafrios, Cãibras, 
o Pele e Fâneros; Alterações de pele e fâneros, 
o Cabeça e Pescoço; 
 Cabeça; dor, enxaqueca, cefaleia, tonturas, tumoração, 
traumas, pulsações anormais, 
 Olhos; diminuição ou perda da visão, dor ocular, prurido, 
sensação de corpo estranho, queimação ou ardência, 
lacrimejamento, sensação de olho seco, xantopsia (visão 
amarelada), fotofobia, diplopia, nistagmo (movimentos 
repetitivos e rítmicos), escotomas (manchas ou pontos escuros no 
campo visual, pontos luminosos), secreção, vermelhidão, 
alucinações visuais, alteração de acuidade visual, 
 Ouvidos; dor, transtornos de acuidade auditiva, otorreia (saí 
liquido), otorragia (sai sangue), zumbidos, vertigem e tontura, 
prurido, perdas auditivas. 
 Nariz e cavidades paranasais; dor, prurido, espirros, coriza, 
obstruções nasal, epistaxe (hemorragia nasal), dispneia, 
corrimento nasal, diminuição do olfato, alterações no olfato, 
cacosmia (sentir mau cheiro sem razão), parosmia (perversão do 
olfato), alteração de fonação (rinolalia). 
 Faringe e Laringe; dor, roncos, espirros, alterações na voz, 
pigarros, disfagia, disnpeia, tosse, halitose. 
 Tireoide e Paratireoides; dor e outras alterações, 
o Vasos e Linfonodos; dor, adenomegalias, pulsações e turgência jugular. 
o Sistema Respiratório; dor torácica, tosse, expectoração, vômica, 
dispneia, chieira, cianose, hemoptise (elimina sangue pela boca de 
origem respiratória), cornagem (ruído grave quando o ar passa pelas 
vias resp), estridor (resp ruidosa), tiragem, 
o Mamas; dor, nódulos, secreção mamilar (lembrar que deve ser 
analisados no homem certos aspectos da mama também, como a 
ginecomastia), 
o Sistema Cardiovascular; dor pré-cordial, palpitações, dispneia aos 
esforços, dispneia em decúbito, ortopneia, intolerância aos esforços, 
hemoptise, desmaio e síncope, alterações no sono, cianose, edema, 
astenia, sudorese. 
o Sistema Digestório; alterações de apetite, disfagia, odinofagia (dor 
retroesternal durante deglutição), dor, pirose (queimação retroesternal), 
regurgitações, eructação, soluço, hematêmese, sialose (produz muita 
saliva), epigastralgia, dispneia, náuseas, vômitos, ritmo intestinal, 
4 
 
distensão abdominal, esteatorréia, flatulência, melena, sangramento 
anal, tenesmo, icterícia, incontinência fecal etc. 
o Sistema Urinário; dor lombar, alterações miccionais, de volume e ritmo, 
alterações na cor da urina, edema, febre, disúria (dor ao urinar), 
estrangúria (eliminação lenta e dolorosa), oliguria (pouco), poliúria 
(muito), polaciúria (muitas vezes e pouca quant), nicturia (noite), 
hematúria (elimina com sangue), anasarca, etc. 
o Sistema Genital Masculino; dor testicular, priapismo (ereção persistente, 
dolorosa, sem desejo sexual), lesões penianas, nódulos testiculares, 
distúrbios miccionais, hemospermia (sangue no esperma), corrimento 
uretral, disfunções sexuais, Os termos em negrito não cabem às 
crianças. 
o Sistema Genital Feminino; ciclo menstrual, distúrbios menstruais, TPM, 
corrimento, prurido, disfunções sexuais, menopausa, climatério, 
alterações endócrinas, dismenorreia (cólica), tumoração, frigidez. 
o Sistema Hemolinfopoético; adenomegalias, esplenomegalias, 
sangramentos, astenia, febre, icterícia, etc. 
o Sistema Endócrino; alterações do desenvolvimento físico e sexual, 
tolerância a calor e frio, relação apetite e peso, nervosismo, tremores, 
alterações na pele e fâneros, ginecomastia, hirsutismo (pelo em mulher 
em locais que não deveriam). Hiperfunção e hiperfunção da tireoide. 
o Sistema Osteoarticular; dor óssea, dor, edema, calor, rubor articular, 
rigidez articular, limitação de movimentos, sinais inflamatórios, atrofia 
muscular, espasmos musculares, caibras, fraqueza muscular, mialgia, 
sinais inflamatórios, espasmos musculares. 
o Sistema Nervoso; síncope, distúrbios da consciência, tontura e vertigem, 
convulsões, ausências, automatismos, amnesia, distúrbios visuais, 
auditivos e na marcha, distúrbios de motricidade, esfincterianos, do 
sono, alterações na fala e aprendizagem, anestesias etc. 
o Exame Psíquico e Condições emocionais; memória, alterações no 
pensamento, inteligência, sensopercepção, alucinações, atos 
compulsivos, ansiedade, angústia, claustrofobia, ornicofagia, tiques etc. 
 
 Antecedentes Pessoais: 
 
o Fisiológicos; 
 Gestação e nascimento; tipo de parto, onde, quantas semanas, 
com ou sem intercorrências, consultas pré-natais, tem irmãos ou 
não. 
 Desenvolvimento psicomotor e neural; 
 Engatinha, 
 Anda, 
 Fala, 
5 
 
 Controle dos Esfíncteres (entre 2 e 4 anos), 
 Dentição, (a partir dos 6 meses) 
 Desenvolvimento físico, 
 Aproveitamento escolar. 
Para a anamnese pediátrica deve-se citar e descrever os marcos do 
desenvolvimento!!! 
 Sorriso Social: entre 2 e 3 meses, 
 Sustentação dacabeça: entre 2 e 4 meses, 
 Senta com apoio: 6 meses, 
 Senta sem apoio: a partir do 7º mês, 
 Engatinha: entre 6 e 9 meses, 
 Anda: entre 1 ano e 1 ano e 6 meses. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Desenvolvimento sexual; início da puberdade, fem (11-13 anos) e 
masc (12-14 anos), sexarca, pubarca/adrenarca. 
o Patológicos; 
 Doenças da infância, 
 Alergias, 
 Traumas/Acidentes, 
 Doenças graves e/ou crônicas, 
 Cirurgias, 
 Transfusões sanguíneas, 
6 
 
 Imunizações, 
 Medicamentos em uso. 
 Antecedentes Familiares: 
 
o Doenças dos familiares; Infectocontagiosas, neoplasias e cardiovasc. 
 
 Hábitos de Vida: 
 
o Classificar Alimentação em balanceada e desbalanceada, 
o Citar e descrever a quantidade de refeições, quando elas ocorrem e 
quais os alimentos consumidos, 
o Identificar se há consumo de proteínas, carbo, lipídeos, verduras, 
hortaliças, cereais e etc. 
o Ocupação atual e anteriores; 
o Viagens recentes, 
o Atividades físicas, 
o Atividade sexual, 
o Manutenção de peso, 
o Consumo de álcool e drogas, 
o Condições socioeconômicas e culturais, 
o Contato com pessoas e animais doentes, 
o Vida conjugal e ajustamento familiar, 
o Condições econômicas, 
o Ritmo Intestinal, 
o Sono. 
 
 Em uma anamnese ginecológica deve ter... 
 Antecedentes Obstétricos e Ginecológicos: 
o G: P: A: 
o Número de gestações e duração de cada, 
o Tipo de parto, 
o Vitalidade dos recém-nascidos, 
o Peso dos filhos ao nascer, 
o Evolução no puerpério, 
o Amamentação. 
o Número de consultas no pré-natal, 
o Uso de suplemento vitamínico (sulfato ferroso, ac fólico), 
o Intercorrências na gravidez, 
o DUM, 
o Idade da menarca, 
o Idade da sexarca, 
o Menstruação: 
7 
 
 Intervalo entre as menstruações, 
 Fluxo e duração, 
 Cor da menstruação, 
 Sintomas pré-menstruais, 
 Diagnóstico Médico Ampliado: 
1. Diagnóstico Antropológico-Cultural 
 Cor: (Preto/Pardo/Indígena/Branco/Amarelo) 
 Cultura: Grupos Étnicos predominantes, Religião (minoritários 
específicos – exemplo: muçulmanos), grupos específicos 
(restrição social ou geográfica) 
Influência Cultural: multicultural com predomínio 
urbano/rural/interiorana de origem pantaneira / nordestina / 
gaúcha... 
 Espiritualidade: Intrínseca (a fé modifica sua vida) / Extrínseca 
(tem religião mas isso não muda seu modo de pensar) / Não 
desenvolvida / Ateu / Agnóstico 
 Satisfação Sexual e Afetiva: 
 Identidade: Homem/Mulher/Transgênero/Travesti/Transsexual 
 Orientação: Heterossexual / Homossexual / Bissexual 
 
2. Diagnóstico Socioeconômico 
a) Tipologia Familiar: Nuclear – uninuclear/multinuclear - uma família 
“tradicional” com 1 ou + chefe 
b) Estendida – “outros parentes” na mesma casa, ex sogra, mãe.. 
c) Complexo – uma ou mais pessoas de condição não-parente dentro 
da casa, ex amigo 
d) Individual 
e) “Outros Arranjos Familiares” – grupo de pessoas q ñ tem vínculo 
parentesco – pensão 
 Renda Per Capita: 
 Classe Social: 
 (IBGE Renda Per Capita: A1 - 9,7mil; A2 – 6,5mil; B1 – 3,5mil; B2 – 
2,0mil; C1 – 1,2mil; C2 – 700 reais; D – 500 reais; E – 270 reais; Linha da 
Pobreza – 70 reais) 
 Ocupação / Profissão: 
 Lazer: 
8 
 
 Atividades Sociais: 
 Acesso à saúde, segurança: 
 Integração Social: 
 Nível Educacional: 
3. Diagnóstico Psíquico-Emocional: raiva, medo, tristeza, frustração, 
arrependimento, conformação, felicidade, satisfação, insegurança... 
 
 Exame Físico Geral: 
 
o Sinais Vitais: 
 Pressão Arterial, Lembrar que os valores de referência para 
criança são diferentes!! 
 
 Temperatura, (axilar) 
 Normal: 35,5 – 37 graus 
 Febrícola/Febre Leve: 37,1 – 37,5 
 Febre moderada: 37,6 – 38,5 
 Febre alta: > 38,5 
 Respiração; 
 Eupneico: 16-20 irpm, 
 Bradipneico: < 16, 
 Taquipneico: >20. 
 Pulso Arterial; 
 Normosfigmia: 60-100 bpm, 
 Bradisfigmia: < 60, 
 Taquisfigmia: > 100. 
9 
 
 
o Estado Geral: BEG / REG / MEG 
 
o Nível de consciência: Estado de vigília / Obnubilado / Coma 
Avaliar: Percepção, Reatividade, Deglutição e Reflexos 
 
o Fáscies: 
 Atípica / Hipocrática / adenoidiana / renal / leonina / 
basedowiana / mixedematosa / acromegálica / cushingoide / 
etílica / mongoloide / depressiva / pseudobulbar / 
parkinsoniana 
 
o Fâneros: Implantação, distribuição, quantidade 
 
o Pele; 
 Coloração: Palidez / Eritrose / Cianose / Icterícia / Albinismo / 
Bronzeada / Dermografismo / Normocorada, 
 Umidade, 
 Textura, 
 Espessura, 
 Temperatura, 
 Elasticidade, 
 Mobilidade, 
 Turgor, 
 Sensibilidade, 
 Lesões Elementares: 
* Máculas Pigmentares: Hipocrômica / Hipercrômica 
* Máculas Vasculares: Eritema / Púrpura 
* Lesões Sólidas: Pápula / Placa / Urtica / Nódulos / Vegetação 
* Lesões Líquidas: Vesícula / Bolhas / Pústula / Abscesso / Cistos / 
Hematomas 
* Alterações na consistência: 
 Queratose / Liquenificação / Edema / Esclerose / Atrofia / Cicatriz 
* Alterações por perda de substâncias: 
Erosão / Úlcera / Crosta / Escama / Fissura / Escara / Fístula 
 
o Edema: 
 Localização, 
 Intensidade : (++++) 
 Temperatura, 
 Consistência, 
 Sensibilidade. 
 
o Nutrição: 
10 
 
 Classificação: Normal / Desnutrido / Subnutrido / Obesidade / 
Sobrepeso, 
 Peso: Kg ; 
 Altura: m; 
 IMC: kg/ m² Magreza / Normal / Sobrepeso / Obeso, 
 Cintura: cm; 
 Quadril: cm; 
 RCQ: (Valores normais: Mulheres > 0.8; Homens > 0.9) 
 
 
o Musculatura: 
 Tamanho: Normal / Hipertrofia / Atrofia 
 Tonicidade: Hipertônico / Hipotônico 
 
o Desenvolvimento Físico: Normal / Hiperdesenvolvimento (gigantismo) / 
Hipodesenvolvimento / Infantilismo / Hábito Grácil / gigantes 
acromegálicos / gigantes infantis / anão acondroplásico / cretinos / 
anão hipofisário / anão raquítico 
 
o Panículo Adiposo: 
 Quantidade: Normal / Aumentada / Diminuída 
 Distribuição: Homogênea / Obesidade tipo androide / 
Obesidade tipo ginóide 
 
o Biotipo: Longilíneo / Brevilíneo / Normolíneo 
 
o Hidratação: 
 Pele: cor, temperatura, turgor, umidade e textura, 
 Mucosas: secas, viscosas, normo-hidratadas, hiper-hidratadas 
 Fontanelas (Bebês): Deprimidas / Normais 
 Globo Ocular: Afundado / Normal 
 Psiquismo: Normal / Apatia / Coma 
 Sede: Ausente / Discreta / Intensa / Muito Intensa 
 Pulso: Normal, Acelerado, 
 Pressão Arterial: Alta / Normal / Baixa / Muito Baixa, 
 
o Vascularização: 
o Mucosas: Hipocoradas (+,++,+++,++++) / Normocoradas / Icterícia / 
Cianose 
o Veias superficiais: discretas / ausentes / em alto relevo 
o Circulação Colateral: ausente/ presente 
o Preenchimento capilar: normal / retardado 
o Postura: 
o Atitude: 
o Marcha: 
11 
 
 
o Decúbito: 
o Fala e Linguagem: 
 
 Edema: 
 
o O que é: é o excesso de líquido acumulado no espaço intersticial ou no 
interior das próprias células, 
o Fisiopatologia: 
Diminuição da pressão osmótica das proteínas Aumento da pressão 
hidrostática Aumento da permeabilidade capilar Retenção de 
sódio Obstrução dos vasos linfáticos Edema 
o Exame físico: 
 Localização, 
 Duração, 
 Evolução, 
 Consistência, (mole ou duro) 
 Temperatura da pele adjacente, 
 Sensibilidade, (indolor, doloroso) 
 Comprometimento Vascular, (se há ou não) 
 Sinais Flogísticos, 
 Intensidade (sinal de cacifo, quantas cruzes) 
 
 Lindonodo: 
 
o Exame: 
 Localização, 
 Tamanho ou Volume, 
 Coalescência, (junção de dois ou mais gânglios) 
 Consistência, 
 Mobilidade, 
 Sensibilidade, 
 Alterações da 
pele, 
o Causas de 
Adenomegalias: 
Inflamação, neoplasias, 
AIDS, sífilis, tuberculose, 
infecções no geral, 
infiltração por subst. 
estranhas, alterações 
metabólicas. 
12 
 
o Anatomia 
 
 Exame de Cabeça e Pescoço:o Tamanho e forma do crânio: 
 Macrocefalia, 
 Microcefalia, 
 Acrocefalia ou crânio em torre, 
 Escafocefalia; (levantamento da parte mediado crânio,navio 
invertido) 
 Dolicocefalia: aumento do diâmetro anteroposterior 
 Braquicefalia: aumento do diâmetro transverso 
 Plagiocefalia : confere ao crânio um aspecto assimétrico,saliente 
anteriormente de um lado e posteriormente de outro 
o Posição e movimentos: 
o Superficie e couro cabeludo: 
 Identificação de saliências e pontos dolorosos 
 Analisar a consistência ou rigidez da tabua óssea 
o Exame geral da face: 
 Simetria 
 Expressão fisionômica ou mimica 
 Pele e pelos 
 Lesões 
o Exame dos olhos e supercílios: 
 Palpebras: verificar se há edema, retração palpebral, epicanto, 
ectrópio (pálpebra para fora), entropio (pálpebra para dentro), 
equimose (roxo), xantelasma ou outras alterações. 
 Fenda palpebral 
 Globos oculares: exoftalmia , enoftalmia, desvios ( divergentes ou 
convergentes), 
 Movimentos involuntários (nistagmo) 
o Conjuntivas: normalmente são róseas, deve ser observado a coloração e a 
presença de secreções. 
13 
 
o Esclerótida, córnea e cristalino: coloração 
o Pupilas: 
 Forma: geralmente arredondadas 
 Localização: centrais 
 Tamanho: midríase (dilatação), miose (contração) 
 Reflexos: fotomotor, consensual, acomodação convergência, 
 Simetria: anisocoria, isocoria. 
o Movimentos Oculares, 
o Exame do nariz: 
 Tamanho 
 Lesões 
 Secreção 
o Exame dos lábios: 
 Coloração 
 Forma 
 Textura 
 Flexibilidade 
 Lesões 
 Presença de edema 
o Exame da cavidade bucal: 
 Mucosa oral 
 Lingua: avaliação em 3 posições ( mantida na sua posição em 
repouso,colocada pra fora, tocar o céu da boca).Analisar 
posição,tamanho,cor,umidade,superfície, textura, movimento e 
presença de lesões 
 Saburrosa: acumulo de uma substancia branco-acinzentada ou 
amarelada na superfície 
 Seca: 
 Lisa: atrofia das papilas 
 Pilosa: papilas filiformes alongadas 
 Framboesa :língua vermelho brilhante 
 Geografica: áreas irregulares nitidamente delimitadas por 
bordas esbranquiçadas 
14 
 
 Escrotal: presença de sulcos irregulares que lembram a pele que 
reveste o escroto 
 Macroglossia: aumento global da língua 
 Glossite: inflamação 
 Genvivas: cor, consistência, forma, desenvolvimento, presença de lesões 
 Dentes: deve-se avaliar o numero e estado dos dentes 
o Exame otorrinolaringológico: 
 Orofaringoscopia: 
 Visualização dos lábios, dentes, gengivas, face interna das 
bochechas, língua, assoalho da boca, ostios das glandulas, após 
isso faz-se a depressão da língua visualizando os pilares 
amigdalianos, palato mole, base da língua, parte posterior da 
faringe, 
 Rinoscopia: utilização de um especulo nasala visualizando o vestíbulo 
nasal,o septo e os cornetos 
 Otoscopia: observar o estado da pele,pelos e presença ou não de 
detritos ceruminosos do conduto auditivo,membrana timpânica de cor 
aperolada e brilhante fixa ao cabo do martelo,deve ser avaliada 
conforme integridadade,aspecto,cor,forma e contorno 
 Laringoscopia: 
o Exame do Pescoço: 
 Pele, 
 Forma e volume 
 Posição (mediana,seguindo o eixo da coluna) 
 Movimentação 
 Turgencia ou ingurgitamento das jugulares 
 Vasos:palpação,ausuculta,em condições normais não se ouve sopro 
 Exame dos linfonodos 
o Exame da Tireóide: 
 Abordagem posterior: paciente sentado e examinador atrás dele,as 
mãos e os dedos rodeiam o pescoço com os polegares fixos na nunca 
e a as pontas dos dedos indicadores e médios quase se tocam na linha 
mediana, o lobo direito é palpado pela mão direita,o lobo esquerdo é 
palpado pela mão esquerda 
15 
 
 Abordagem anterior: paciente sentado ou em pé e o examinador 
também sentado ou em pé postado a sua frente,dedos indicadores e 
médios palpam a glândula enquanto os polegares apoiam-se sobre o 
tórax do paciente. 
 Sempre se solicitara que o paciente faça algumas deglutições 
enquanto se palpa a glândula firmemente. 
 
 Volume: normal ou aumentado, difuso ou segmentar 
 Consistencia :normal, firme, endurecida ou pétrea 
 Mobilidade: normal ou imóvel 
 Superficie: lisa, nodular ou irregular 
 Temperatura da pele 
 Presença de frêmito e sopro 
 Sensibiliadade 
 
 Lesões Elementares de Pele: 
 
o Modificações da Cor: 
 
 Máculas Eritematosas; Manchas não 
infiltradas (não tem borda elevada) 
variando de rosa pálido para 
vermelho escuro. Provocada pela 
vasodilatação mais ou menos 
intensa que desaparece com a 
compressão. 
 Mácula Vascular; Presença de rede 
de vasos dilatados na derme 
superficial. Desaparecem parcial ou 
completamente com a vitopressão. Ex: 
Telangectasia. 
 Mácula Purpúrica; São de cor vermelhas, 
tornando-se ocre com o tempo, não 
desaparecem com a compressão. Resultado 
de derramamento de sg na derme. Ex: Púrpura 
de Bateman. 
 Máculas Acrômicas; São acrômicas (brancas), 
16 
 
não tem pigmentos, de forma e 
tamanho variados, provocadas pela 
diminuição do teor de melanina da 
epiderme. Ex: Vitiligo. 
 Máculas Hipercrômicas; Tamanho variado, cor 
vai do ocre ao castanho escuro devido à 
hiperpigmentação de melanina da epiderme. 
Ex: Efélides, sardinhas. 
o Formações Sólidas: 
 
 Pápulas dermo-epidérmicas; Espessamento misto 
da epiderme e da derme. Elevação circunscrita 
palpável menor que 0,5cm. Ex: verruga e acne. 
 Placa/Pápulas dérmicas; Espessamento da derme, 
natureza edematosa, inflamatória ou profilerativa. 
Ex: Pápula da urticária. Lesões em forma de disco, 
por extensão ou coalescência de pápulas ou 
nódulos. Superfície em Platô. 
 Nódulos; Elevações 
hemisféricas resultantes de 
infiltrações inflamatórias e 
edematosas da derme profunda 
e da hipoderme. Lesão mais 
palpável que visível, maior que 
0,5 cm e menor que 3 cm. Seus 
limites são imprecisos, de consistência variável. 
 Vegetação; Aparência filiforme ou 
lobulada, de consistência geralmente 
mole. Crescimento exofílico devido a 
hipertrofia das papilas dérmicas. Ex: 
Verrucosidades (são vegetações 
revestidas por uma camada córnea, 
mais ou menos espessa). 
 
o Lesões de Conteúdo Líquido: 
 
 Vesícula; Protuberâncias cutâneas 
de dimensão reduzida, com uma 
cavidade central contendo um 
líquido claro. Hemisféricas e podem 
ser deprimidas no centro. Lesões 
menores que 0,5 cm. Ex: Varicela. 
17 
 
 Bolhas; Elevações mais volumosas, com cavidade central 
contendo um líquido claro, turvo ou hemorrágico. Podem 
ser bolhas flácidas ou firmes. São maiores que 0,5 cm. Ex: 
Bolha provocada por queimadura térmica. 
 Pústulas; Saliências de dimensões variadas, com 
cavidade central contendo líquido purulento. Podem se 
desenvolverem a partir de vesículas ou de bolhas. Até 1 
cm. Ex: Pustulose palmoplantar. 
 Abcesso; Coleção purulenta de tamanho variável. 
 
o Alterações de Espessura: 
 
 Atrofia; Adelgaçamento da pele, 
na diminuição da sua consistência e 
elasticidade. 
 Esclerose; Endurecimento do 
tegumento que perde sua flexibilidade 
normal. Está associada a uma 
condensação fibrosa da derme. Ex: Morfeia. 
 Liquenificação; Aumento dos sulcos e saliências 
por atrito. 
 Infiltração; ou espessamento, 
há afundamento a pele por 
digitopressão. 
 Ceratose; Espessamento da 
epiderme por aumento da camada 
córnea. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Solução de Continuidade da pele: 
 
 Escoriação; Feridas muito superficiais com a derme exposta. Ex: 
escoriações por fricção. 
18 
 
 Fissuras; Ulcerações lineares, circundadas ou não 
por hiperceratose, rasgando a derme superficial. Ex: Pé 
de atleta. 
 Ulceração; Lesões de cor 
avermelhada e aspecto úmido. Ocorre 
rompimento do epitelio e exposição dos tecidos mais 
profundos. Ex: Afta é uma úlcera da boca. 
 
o Lesões Caducas: 
 
 Crosta; São concreções de consistência mais ou 
menos dura provocadaspela dessecação de lesões 
exsudativas, hemorrágicas ou purulentas. 
Ressecamento do exudato. Ex: Impetigo. 
 Escama; Agregados de 
células córneas mais ou menos 
secas, formadas pelas camadas superficiais da 
epiderme. Destacam-se em fragmentos de 
dimensões variadas. Ex: Ictiose. 
 Cicatriz; Modificações da derme e 
epiderme, sinal de um processo fibroso de 
intensidade variável. Ex: Cicatriz após 
queimadura. 
 
o Dermatites Eczematosas: é um conjunto de 
quadros clínicos que tem em comum no seu 
inicio a dermatite espongiótica (edema 
intracelular da epiderme). 
 
o Dermatites de Contato por 
irritante primário: O irritante 
pode ser qualquer agente 
químico capaz de produzir 
inflamação quando aplicado 
sobre a pele. Sem 
sensibilização prévia. 
 
o Dermatite traumática aguda: 
dorso das mãos e dos dedos, 
provocada pelo contato com 
detergentes. Os limites do 
eritema são nítidos, correspondendo a zona de contato com os agentes 
irritantes. Pode-se desenvolver ao primeiro contato, geralmente limita-se a 
região de contato. 
19 
 
 
o Dermatite de Contato Alérgica: Pessoas predispostas, Hiper IV. Necessita de 
sensibilização. As manifestações clínicas aparecem em um período cada 
vez mais curto. 
 
 Eczema de contato crônico de origem profissional; Lesões eritemato-
descamativas discretamente ceratósicas, fissuradas e infectadas, nos 
dorsos dos dedos de um pedreiro. Reação alérgica aos sais de crômio 
presentes no cimento. 
 Eczema de contato bolhoso; contato alérgico agudo de superfície 
dorsal do ante-pé e dos dedos dos pés. Reação aos sais de crômio, 
utilizado para curtir o couro do calçado. Formação de bolhas sobre 
fundo eritemato-vesiculoso. 
 Eczema de contato vesciuloso; alérgico agudo, eritemato-papulo-
vesiculoso dos dorsos das mãos de um cinesiterapeuta. Reação 
alérgica à lanolina presente no creme de massagem. 
 Eczema com crosta; contato alérgico ao níquel de um botão de 
calças. Existe uma placa crostosa, acinzentada com uma erosão 
parcial provocada por escoriações de coceira. 
 
o Dermatite Atópica: processo 
inflamatório cutâneo crônico. Lesões 
com pápulas, escoriações e 
liquenificações. Acomete mais as 
flexuras, frequentemente associada a 
outras manifestações atópicas como 
rinite alérgica e asma. Fatores genéticos. 
 Dermografismo. 
 
o Lesões de Pele no Lúpus Eritematoso 
Sistêmico: 
 Eritema Malar ou Rash Malar; 
Focos inflamatórios em vários 
tecidos do corpo. Evolui com 
períodos de exacerbações e 
remissões. 
o Lúpus Subagudo: 
 
 
 
o Lúpus Discóide: 
 
 
20 
 
o Hanseníase: Mycobacterium leprae ou Bacilo de Hansen são os agentes 
etiológicos. Produz manchas pigmentares discromias, placas, 
infiltrações, tubérculos e nódulos. 
 
 
Fáscies Leonina, forma virchowiana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Náuseas e Vômitos: 
 
o Definição: 
 Náuseas: sensação desagradável da necessidade de vomitar, 
habitualmente acompanhada de sintomas autonômicos como 
sudorese fria, palidez, sialorréia, hipotonia gástrica, refluxo do 
conteúdo intestinal para o estômago, taquicardia, etc. 
 Vômito ou Êmese: expulsão rápida do conteúdo gástrico através 
da boca, causada por uma contração forte e sustentada da 
musculatura da parede torácica e abdominal. 
21 
 
 Regurgitações: sem esforço, sem náuseas, sem bile ou sangue, 
sem outros sintomas, aparentemente saudável e sem perda 
ponderal. 
o Reflexo do Vômito: 
 Fase de Pré-ejeção: náusea. O estômago relaxa e ocorre a 
inibição da secreção de suco gástrico. A pressão intratorácica 
diminui e a abdominal aumenta. 
 Fase de Ejeção: vômito. Grande contração retrógrada do 
intestino delgado para o estômago. A contração dos músculos 
do diafragma e do abdome torna-se coordenadas, aumenta a 
pressão no tórax e no abdome comprimindo o estômago e 
forçando seu conteúdo através da boca e do nariz. 
 Fase de pós-ejeção: geralmente há alívio da náusea. 
 
o Transmissão: fibras nervosas aferentes vagais e simpáticas para múltiplos 
núcleos do tronco cerebral no centro do vomito. Desse centro os 
impulsos motores que causam vômitos são transmitidos pelos nervos 
(V,VII,IX,X,XII) para o TGI superior pelos nervos vagos e simpáticos para 
regiões mais distais do trato e nervos espinais para o diafragama e 
músculos abdominais. Contração do diafragma e dos músculos do 
abdome são coordenadas e fazem com que aumente a pressão 
torácica. 
o Causas Gerais: 
 Gastrintestinais: Candidíase orofaríngea, gastroparesias, 
constipação e obstrução intestinal, 
 Drogas: opioides, antibióticos, AINEs... 
 Metabólicas: hipercalcemia, insuficiência renal, 
 Toxicidade: quimioterapia, radioterapia, infecção, síndrome 
paraneoplásica, 
 Neurológica: metástases em SNC, 
 Psicossomáticos: ansiedade e medo. 
 
o Principais Causas em Crianças: 
 Malformação digestiva, 
 Obstrução digestiva, 
 Erro dietético, 
 Vômitos associados a doenças crônicas (intolerância à lactose, 
intolerância ao glúten...), 
 Infecções (gastroenterite aguda, apendicite...). 
 
o Tipos de Vômito: 
 Alimentares: se imediato ou poucas horas após as refeições 
indica intolerância alimentar. Se acontecer várias horas após a 
alimentação: obstrução mecânica ou funcional, 
 Biliares: devido à obstrução intestinal, 
22 
 
 Hematêmese: lesões vasculares, lesões na mucosa, 
coagulopatias e outras. 
 Diferente de hemoptise que tem origem no sistema 
respiratório (tuberculose), 
 
o Fisiopatologia: 
 
 Podem ter diferentes etiologias. 
Centro do Vômito: A área postrema é uma 
estrutura circunventricular, localizada no 
piso do quarto ventrículo, no tronco 
cerebral. Trata-se de entidade funcional, 
denominada zona de gatilho 
quimiorreceptora, envolta por barreira 
hematoencefálica permeável, o que a 
torna sensível a substâncias potencialmente 
emetogênicas presentes na circulação 
sanguínea. 
 O centro do vômito fica próximo à 
área postrema, na medula espinhal. 
Age como via comum no 
processamento de diferentes 
estímulos aferentes, promovendo o 
vômito. 
 Substâncias ematogêmicas: alta 
quantidade de cálcio, morfina, ureia, 
digoxina, opioides... 
 Os principais receptores são o 5-HT3, 
neuroquinina, dopamina e 
colecistoquinina, localizados nas 
terminações dos aferentes vagais. 
23 
 
 
 
 
24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Distenção do 
estômago (fator 
excitatório) 
Inibição da secreção 
do suco gástrico 
Conteúdo do Intestido 
Delgado é empurrado 
para a boca 
O centro do vômito 
está suficientemente 
excitado 
Respiração profunda 
Elevação do osso 
hioide e da laringe 
para abertura do 
esfíncter esofágico 
superior 
Fecha glote para 
impedir de ir para vias 
respiratórias 
Elevação do palato 
mole para fechar 
narinas posteriores 
 
Forte contração do 
diafragama e 
músculos da parede 
abdominal 
Pressão do tórax se 
eleva 
Relaxa esfinctes 
esofágico inferior 
Expulsão do 
Conteúdo 
26 
 
 
o Regulação do esvaziamento gástrico : 
 Efeito do volume alimentar : a dilatação da parede gástrica 
desencadeia reflexos miontéricos locais que acentuam bastante a 
bomba pilórica ao mesmo tempo que inibem o piloro, 
 Efeito do hormônio gastrina: produtos de digestão de carne 
provocam a liberação de gastrina pela mucosa antral que aumenta 
a secreção de suco gástrico pelas glândulas gástricas. A gastrina 
tem efeitos brandos sobre as funções motoras do corpo do 
estomago, mas intensificam a bomba pilórica, 
 Efeitos do duodeno na inibição do esvaziamento gástrico: grau de 
distensão do duodeno, irritação da mucosa duodenal, grau de 
acidez do quimo, grau de osmalalidade do quimo produzem reflexos 
mediados pelo sistema nervoso entérico, pelas fibras nervosas 
simpáticas, pelos nervos vagos que vão ao troncoencefálico e 
inibem os efeitos excitatórios normais, inibindo a bomba pilórica e 
aumentando o tônus do esfíncter pilórico, 
 CCK liberada pelo jejuno em resposta a substancias gordurosas, 
bloqueia a motilidade gástrica, 
 GIP: efeito fraco sobre a motilidade. 
 
o Semiologia...questionar: 
 Quanto ao vômito; 
 Fatores desencadeantes, 
 Quantificação dos episódios, 
 Quantificação do volume expelido em cada episódio, 
 Conteúdo expelido, 
 Consistência, 
Estímulo - 
Drogas e 
movimentos 
Nervo VII 
Núcleos 
Vestibulares 
Vestíbulo-
cerebelo 
Zona de disparo 
- Centro do 
Vômito 
Ato do Vômito 
27 
 
 Coloração, 
 Presença de sangue, 
 Frequência, 
 Há quanto tempo. 
 
 Sintomas precedentes; 
 Cefaleia, 
 Vertigem, 
 Convulsões, 
 Alterações na visão, 
 Alterações na marcha, 
 Dor abdominal, 
 Eructações, gases, 
 Febre, 
 Sintomas psicológicos (ansiedade, medo), 
 Dispepsia. 
 
 Sintomas pós-ejeção; 
 Sensação de fraqueza, 
 Presença de sede ou fome, 
 Sinais da desidratação (irritabilidade, letargia, sede, 
diminuição do debito urinário, enoftalmia, perda ponderal 
abrupta...), 
 Febre. 
 
 Quanto à alimentação; 
 Desejo de se alimentar, 
 Presença de fome, 
 Reação a determinados alimentos e odores, 
 Inquérito alimentar, 
 
 Outros fatores; 
 Hábito intestinal – incluindo eructações e gases, 
 Indagar sobre medicações em uso e sua associação com 
o início do quadro de náusea ou vômito, 
 Hábito urinário. 
o Exame Físico: 
 Estado de hidratação, 
 Estado de nutrição, 
 Examinar cavidade oral, 
 Examinar por completo o abdome: inspeção, palpação, 
percussão e ausculta, em busca de sinais e sintomas de 
obstrução intestinal. 
 
28 
 
o Nervos Cranianos: 
 “Nervos”: aglomerado fibras nervosas de diferentes funções e 
origens (diferente de “trato” que é um aglomerado de axônios 
com a mesma função e origem), 
 “Cranianos” porque atravessam o crânio e se ligam ao tronco 
encefálico (diferente dos espinhais que atravessam a coluna 
vertebral e se ligam à medula). 
Tipos de nervos: (Rosa: sensitivos, Azul: motores, Roxo: mistos). 
1. Olfatório 
2. Óptico 
3. Oculomotor 
4. Troclear 
5. Trigêmeo 
6. Abducente 
7. Facial 
8. Vestibulo-coclear 
9. Glossofaríngeo 
10. Vago 
11. Acessório 
12. Hipoglosso 
 
o Tipos de Fibras: São 7 tipos nos nervos cranianos e 4 nos nervos 
espinhais. 
 
o Fibras “Gerais”: tem no corpo inteiro (tanto nos nervos espinhais 
quanto nos nervos cranianos). 
(ESG) Eferentes Somáticas Gerais: músculos estriados somáticos, 
Fibras 
Somáticas 
Aferentes 
Eferentes 
Viscerais 
Aferentes 
Eferentes 
29 
 
(ASG) Aferentes Somáticas Gerais: fibras da somestesia – 
sensações gerais 
(EVG) Eferentes Viscerais Gerais: motoras do S.N. Autônomo 
Parassimpático (Nervo Vago) – glândulas e músculos lisos 
(AVG) Aferentes Viscerais Gerais: conduzem os estímulos sensitivos 
gerados nas vísceras, principalmente a dor (Nervo Vago) 
Fibras “Espinhais”: só na cabeça e pescoço (exclusivas dos nervos 
cranianos) 
 (ASV) Aferentes Somáticas Especiais: fibras dos sentidos de 
orientação do corpo – visão, audição e equilíbrio vestibular. 
 (AVE) Aferentes Viscerais Especiais: sentidos químicos – olfato e 
gustação 
 (EVE) Eferentes Viscerais Especiais (ou Fibras Eferentes Branquiais): 
motoras, inervam os músculos de origem branquial (embriologia – arcos 
branquiais ou faríngeos), que são músculos diferentes dos do resto do 
corpo. São “músculos estriados de origem branquial ou 
branquioméricos”. 
 1º arco branquial -> músculos da mastigação -> Nervo 
Trigêmeo 
Fibras originadas no núcleo motor do trigêmeo 
 2º arco branquial -> músculo da mímica facial -> Nervo 
Facial 
Fibras originadas no núcleo motor facial 
 3º arco branquial -> músculo da deglutição -> Nervo 
Glossofaríngeo 
 4º arco branquial -> músculo da fonação e da 
deglutição -> Nervo Vago 
 3º e 4º - fibras originadas no núcleo ambíguo do bulbo 
*Trato Cortico-nuclear: axônios cujos corpos celulares estão no córtex 
em M1, que mandam o comando motor para os corpos celulares dos 
nervos cranianos motores. 
 
 
 
30 
 
Nervo Componente Função 
Orifício no 
crânio 
I Olfatório 
Sensitivo 
(AVE) 
Olfato 
Orifícios na 
lâmina 
crivosa do 
osso etmoide 
II Óptico 
Sensitivo 
(AVE) 
Visão Canal Óptico 
III Oculomotor 
Motor (ESG, 
EVG) 
Eleva a pálpebra 
superior, gira o olho 
para cima, baixo e 
para dentro. 
Fissura Orbital 
Superior 
IV Troclear Motor (ESG) 
Movimenta o olho 
para baixo e para o 
lado 
Fissura Orbital 
Superior 
 
V Trigêmeo 
 Oftálmico 
 Maxilar 
 Mandibular 
 
 
Sensitivo 
(ASG) 
Sensitivo 
(ASG) 
Misto – 
Sensitivo 
(ASG) e 
Motor (EVE) 
 
Oftálmico - 
Fissura Orbital 
Superior 
Maxilar – 
Forame 
Redondo 
Mandibular – 
Forame Oval 
VI Abducente Motor (ESG) 
Inerva o músculo 
reto-lateral, que 
movimenta o olho 
lateralmente 
Fissura Orbital 
Superior 
31 
 
VII Facial 
Misto – 
Sensitivo 
(AVE), Motor 
(EVE) e 
Parassimpáti
co 
Secretomoto
r (EVG) 
Motor – músculo da 
mímica facial (EVE); 
Sensitivo – Gustação 
dos 2/3 anteriores da 
língua (AVE) e 
Secretomotor (EVG) 
– glândulas salivares 
Forame 
Estilomastóid
eo 
VIII 
Vestibulococlear 
Sensitivo 
(AVE) 
Vestibular - 
propriocepção (ASE) 
e Coclear – audição 
(ASE) 
Conduto 
Auditivo 
Interno 
IX Glossofaríngeo 
Misto – Motor 
(EVE), 
Sensitivo 
(AVE, AVG, 
ASG) e 
Parassimpáti
co 
Secretomoto
r (EVG) 
Motor: EVE - 
deglutição Sensitivo: 
AVE - Gustação, 
AVG – Sensação 
geral, Secretomotor 
EVG – glândulas 
salivares 
Forame 
Jugular 
X Vago 
Misto - Motor 
(EVE, EVG) e 
Sensitivo 
(AVG, AVE, 
ASG) 
Motor (EVE e EVG)- 
coração e grandes 
vasos sanguíneos 
Sensitivo (AVG, AVE, 
ASG) – laringe, 
traqueia, brônquios, 
pulmões, TGI, fígado, 
pâncreas e rins 
Forame 
Jugular 
XI Acessório Motor (EVE) 
Elevação dos 
ombros e rotação 
Forame 
Jugular 
32 
 
da cabeça 
XII Hipoglosso Motor (EVE) 
Movimentação da 
Língua 
Canal do 
Hipoglosso 
 
1. Nervo Olfatório: olfação 
- Núcleo: Telencéfalo 
- Inervação: mucosa olfatória 
- Trajeto: Orifícios na Lâmina Crivosa do Osso Etmóide 
- Tipo de nervo: sensitivo com fibras AVE 
- Semiotécnica: o paciente deve reconhecer os diversos tipos de cheiros 
que o examinador colocar diante de suas narinas (ex. café, canela, 
tabaco..) 
 Alterações: hiposmia, anosmia, cacosmia, resfriado comum e 
atrofia da mucosa, parosmia e alucinações olfatórias. 
 
2. Nervo Óptico: visão 
- Núcleo: Diencéfalo 
- Inervação: retina 
- Trajeto: penetra a orbita pelo Canal Óptico no Osso Esfenóide 
- Tipo de nervo: sensitivos com fibras ASE 
- Semiotécnica: 
 Acuidade Visual: pede-se para o paciente olhar algum objeto 
pela sala ou ler algo. A diminuição da acuidade se chama 
ambliopia, não enxergar nada se chama amaurose. Fatores pré-
retinianos causam presbiopia. Ver foto do sapo. 
 Campo Visual: o examinador coloca as suas mãos na periferia do 
seu campo visual e as move enquanto pergunta ao paciente se 
ele está vendo os movimentos. Realizado em cada olho 
separadamente e depois em ambos simultaneamente. 
 Exame de Fundo de Olho: podem ser reconhecidas a retina, a 
papila óptica e os vasos sanguíneos. 
 Alterações: palidez da papila (atrofia do nervo óptico), 
estase bilateral da papila (hipertensão intracraniana) e 
modificações nas arteríolas (hipertensão arterial) 
 
 
33 
 
3. Nervo Oculomotor: movimento dos olhos 
- Núcleo: Mesencéfalo 
- Inervação: Músculo elevador da pálpebra superior, oblíquo inferior e 
retos superior, inferior e medial. Músculo esfíncter da pupila e músculo 
ciliar 
- Trajeto: NIII, NIV e NVI penetram o crânio pela fissura orbital superior do 
osso esfenoide 
- Tipo de nervo: NIII, NIV e NVI são exclusivamentesensitivos com fibras 
ESG (Oculomotor também é EVG – pupila, mobilidade intrínseca). 
- Semiotécnica: 
 Mobilidade Extrínseca: NIII, NIV e NVI. O exame faz-se em cada 
olho separadamente, pedindo para o paciente movimentar o 
olho em todas as direções e depois simultaneamente, analisando 
a convergência ocular. 
 Alterações: estrabismo 
 Mobilidade Intrínseca: NIII – músculos da íris (camada externa 
radiada – simpático – miose e camada interna circular – 
parassimpático – midríase) 
 Alterações: a pupila é normalmente circular, bem centrada e 
simétrica (isocoria – se assimétrica, “anisocoria”) A irregularidade 
no contorno pupilar é denominada discoria. 
 Semiotécnica: analisa-se os reflexos: 
 Fotomotor Direto: a pupila sob estimulo luminoso faz 
miose 
 Fotomotor Consensual: a pupila do outro olho 
também faz miose consensualmente 
 Reflexo de Acomodação: aproximando um objeto 
do olho, as pupilas fazem miose 
 
4. Nervo Troclear: movimento dos olhos 
- Núcleo: Mesencéfalo 
- Inervação: músculo oblíquo superior 
- Tipo, trajeto e semiotécnica = NIII e NVI 
5. Nervo Trigêmeo: somestesia da face e mastigação 
- Núcleo: Ponte 
- Inervação: Face e 2/3 anteriores da língua (exterocepção) e 
propriocepção dos dentes, ATM e músculos da mastigação, músculos 
34 
 
mioióideo, tensor do véu do paladar, tensor do tímpano e ventre 
anterior do digástrico 
- Trajeto: Ramo Oftálmico - Fissura Orbital Superior, Maxilar – Forame 
Redondo e Mandibular – Forame Oval 
- Tipo de nervo: misto com fibras sensitivas ASG e motoras EVE 
- Semiotécnica: 
 Raíz Motora: avalia-se pela observação dos seguintes aspectos: 
atrofia das regiões temporais e masseterinas, desvio da 
mandíbula para o lado da lesão, debilidade do lado paralisado 
ao trincar os dentes e dificuldade na lateralização da mandíbula 
 Raízes Sensoriais: sensibilidade geral da metade anterior do 
segmento cefálico e também a pesquisa da sensibilidade 
corneana, utilizando uma mecha de algodão para tocar a 
esclera, cujo ato reflexo será piscar (reflexo corneopalpebral) 
 
6. Nervo Abducente: movimentação dos olhos 
- Núcleo: Ponte 
- Inervação: músculo reto lateral 
- Tipo, trajeto e semiotécnica = NIII, NIV 
 
7. Nervo Facial: mímica facial e gustação 
- Núcleo: Ponte 
- Inervação: 2/3 anteriores da língua (gustação), parte da mucosa da 
cavidade nasal e do palato mole, parte do pavilhão auricular e do 
meato acústico externo, glândula lacrimal, glândulas submandibular e 
sublingual, músculos da mímica, estapédio, estiloióideo e ventre 
posterior digástrico 
- Trajeto: forame estilomastóideo 
- Tipo de nervo: Motor – músculo da mímica facial (EVE); Sensitivo – 
Gustação dos 2/3 anteriores da língua (AVE) e Secretomotor (EVG) – 
glândulas salivares 
- Semiotécnica: interessa a parte motora do nervo facial (mímica facial), 
por isso, solicita-se ao paciente que enrugue a testa, franza os 
35 
 
supercílios, cerre as pálpebras, mostre os dentes, abra a boca, assobie, 
infle a boca... 
 A paralisia da face se chama prosopoplegia e quando 
bilateralmente sugere-se diplegia facial 
 
8. Nervo Vestibulo-coclear 
- Núcleo: Ponte 
- Inervação: órgão espiral, máculas e cristas ampulares 
- Trajeto: Conduto Auditivo Interno 
- Tipo de nervo: vestibular e coclear são exclusivamente sensitivos com 
fibras ASE 
- Semiotécnica: 
 Raíz Coclear: avaliada por meio das seguintes manobras: 
 Diminuição gradativa da intensidade da voz natural 
 Voz cochichada 
 Atrito suave das polpas digitais próximo ao ouvido 
 Audiometria 
 Prova de Rinne 
 Raiz Vestibular: prova calórica e giratória 
 
9. Nervo Glossofaríngeo: deglutição e sensibilidade somestésica e 
gustação do terço posterior da língua 
- Núcleo: Bulbo 
- Inervação: Parte do pavilhão auricular e do meato acústico externo, 
1/3 posterior da língua (gustação), 1/3 posterio da língua, faringe, úvula, 
tuba auditiva, seio e corpo carotídeos, glândula parótida e músculo 
estilofaríngico 
- Trajeto: Forame Jugular 
- Tipo de nervo: Motor: EVE - deglutição Sensitivo: AVE - Gustação, AVG 
– Sensação geral, Secretomotor EVG – glândulas salivares 
- Semiotécnica: Junto com o Nervo Vago: questiona-se quanto aos 
distúrbios da gustação como hipogeusia e ageusia, disfagia, dor. Na 
lesão unilateral observa-se o sinal da cortina. A lesão exclusiva do Nervo 
Vago promove disfonia 
 
 
36 
 
10. Nervo Vago: deglutição, fonação e inervação parassimpática 
das vísceras torácicas e abdominais 
- Núcleo: Bulbo 
- Inervação: Epiglote (Gustação) 
- Trajeto: Forame Jugular 
- Tipo de nervo: Motor (EVE e EVG)- coração e grandes vasos 
sanguíneos e Sensitivo (AVG, AVE, ASG) – laringe, traqueia, brônquios, 
pulmões, TGI, fígado, pâncreas e rins 
- Semiotécnica: junto com o nervo glossofaríngeo 
11. Nervo Acessório: elevação dos ombros e rotação da cabeça 
- Núcleo: Bulbo 
- Inervação: Músculo da Laringe, músculo trapézio e 
esternocleidomastóideo e vísceras torácicas 
- Trajeto: Forame Jugular 
- Tipo de nervo: Motor (EVE) 
- Semiotécnica: observa-se se há lesão através da atrofia desses 
músculos, dificuldade para elevar os ombros e na rotação a cabeça 
12. Nervo Hipoglosso: movimentação da língua 
- Núcleo: Bulbo 
- Inervação: Músculos intrínsecos e extrínsecos da língua 
- Trajeto: Canal do Hipoglosso 
- Tipo de nervo: Motor (EVE) 
- Semiotécnica: pede-se para a paciente movimentar a língua em 
todas as direções e exterioriza-la. 
 
 Dor: 
 
o É uma experiência sensorial e emocional desagradável associada 
a uma lesão tissular potencial ou real ou mesmo a nenhuma 
lesão. É uma manifestação subjetiva, variando de um indivíduo 
para outro. 
o É um mecanismo de demarcação de limites para o organismo e 
de aviso sobre a ocorrência de estímulos lesivos provenientes do 
meio externo ou do próprio organismo. Ex: não levamos o braço 
37 
 
muito longe para trás das costas porque sentimos dor: esse é o 
limite mecânico de abertura da articulação do ombro. 
 
 Dor Aguda/Rápida, Epicrítica; Tem papel de alerta, comunicar 
ao cérebro que tem algo errado. Acompanha-se de 
manifestações neurovegetativas e desaparece com a 
remoção do fator causal e resolução do processo patológico. 
 Ativação de Fibras A-delta – finas com mielina 
 Termorreceptores e Mecanorreceptores, 
 A sensação começa e termina rapidamente, 
 
 Dor Crônica/Lenta, Protopática; É a que persiste por um 
período superior àquele necessário para a cura de um processo 
mórbido (4 a 6 semanas) ou aquela associada a afecções 
crônicas (câncer, artrite reum., etc) ou a que decorre de lesão 
no SN. Não tem função de alerta. Deve-se avaliar não só as 
características da dor e sim o paciente como um todo. 
 Ativação de Fibras do Tipo C – amielínicas, polimodais 
(sensíveis a mais de um tipo de estímulo) 
o Receptores – nociceptores – praticamente em todos os tecidos, 
exceto o nervoso, são terminações nervosas livres de fibras 
mielínicas (A-delta ou III) ou amielínicas (tipo C ou IV). 
o Eles estão presentes nos vasos sanguíneos mais calibrosos do SNC 
e nas meninges, 
o Há nociceptores para diferentes estímulos: mecânicos, térmicos e 
químicos. Não há receptores para luz, embora seja doloroso olhar 
para o Sol (é devido ao calor). 
 
 Substâncias algiogênicas; 
 Ativação direta (K, íon H, cininas, serotonina e histamina), 
 Sensibilização (cininas, prostaglandinas e subst. P), 
 P
r
o
d
u
ç
ã
o
 
e
Estímulo 
Interno e 
Externo 
Lesão Tecidual 
Liberação de 
substâncias 
algiogênicas 
Lesão Celular Hiperalgesia Dor 
38 
 
 extravasamento de plasma (subst. P e cininas). 
 
 OBS: A estimulação isolada de fibras A-delta cutâneas produz dor em 
pontada, a de fibras C-cutâneas dor em queimação e a de fibras A-
delta e C-cutâneas produz dolorimento ou cãibra. 
 
 Nociceptores Musculares: Mais sensíveis ao estiramento e à 
contração isquêmica, Nociceptores Articulares: Mais sensíveis aos processos inflamatórios e 
aos movimentos extremos, 
 Nociceptores Viscerais: Mais sensíveis a distensão, a tração, a 
isquemia, ao processo inflamatório e a contração espasmódica, 
 Nociceptores das Cápsulas das vísceras macias: Mais sensíveis a 
distensão, 
 Nociceptores do Miocárdio: Mais sensíveis a isquemia, 
 Nociceptores Tegumentares: Mais sensíveis a uma variedade de 
estímulos mecânicos, térmicos e químicos nóxicos, mas não de 
distensão e tração. 
 
o O parênquima cerebral esplênico e pulmonar são praticamente 
indolores, 
o Periosteo, meninges, peritônio parietal e pleura parietal são 
extremamente sensíveis. 
 
 
Ativação de 
nociceptores 
Despolarização 
Potencial de 
Ação - Impulso 
nervoso 
Fibras A-beta, A-
gama e C 
Medula espinhal 
(raiz posterior do 
corno dorsal) 
Encéfalo 
Tálamo 
Trato Espino-
talâmico ou Trato 
Espino Reticular 
Córtex e Sistema 
Límbico 
39 
 
 O sangue do vaso rompido “derrama” sobre o local 
leucócitos que produzem e secretam substâncias 
alogênicas (que causam dor, como a serotonina e a 
histamina). 
 O tecido lesionado também libera substâncias fortemente 
alogênicas como o peptídeo bradicinina e acontece a 
cascata do ácido aracdônico, gerando prostaglandinas e 
prostaciclinas, 
 Reação Inflamatória Neurogênica: A despolarização dos 
nociceptores também provoca a liberação pelas próprias 
terminações nervosas de prostaglandinas e neuropeptídeps 
com ação vasodilatadora local, 
 
 
40 
 
o Receptores da Dor: 
 
 Exteroceptores; Permitem a percepção de estímulos do 
meio externo. São encontrados na pele, mucosas e seus 
anexos (unhas, pelos e dentes). As sensações captadas são: 
 Tato - Para o tato têm-se três tipos de receptores 
morfologicamente distintos: discos ou corpúsculos de 
Merkel, corpúsculos de Meissner e as terminações das 
raízes dos pelos. Os dois primeiros são abundantes na 
mucosa oral e dos lábios. 
 Temperatura - Os receptores de temperatura são 
encontrados na mucosa oral, lábios e pele. Os 
sensíveis ao frio são os bulbos terminais de Krause. Os 
responsáveis pela sensação de calor são os 
corpúsculos de Ruffini. 
 Pressão - Respondem por essa sensação os 
corpúsculos de Golgi-Mazzoni, e ainda os de Paccini, 
destinados à pressões profundas e sensíveis à 
deformação mecânica. 
 Interoceptores; São aqueles sensíveis a alterações do meio 
interno, isto é, são responsáveis pela propriocepção. Abrangem 
os receptores situados nas vísceras, músculos, tendões e no 
periodonto e são denominados fusos neuromusculares ou 
proprioceptores. 
 Nociceptores Silenciosos; Encontrados em terminações 
periféricas das fibras C de nervos cutâneos, articulares e viscerais, 
mas não nos músculos. São responsivos na presença de: 
processo inflamatório, estímulos químicos ou térmicos. 
 
o Vias: 
 
 Paleoespinotalâmica; Transmite a dor lenta (fase lenta da dor), 
formada por fibras do Tipo C, multissinápticas, é lenta, gradativa, 
prolongada e difusa, relaciona-se com a Dor Crônica. 
 Neoespinotalâmica; Transmite a dor rápida (fase rápida da dor), 
formada por fibras do Tipo A-delta, poucas sinapses em pontos 
específicos do Tálamo (via mais evoluída). Via epicrítica, ou seja, 
é precisa, definida, localizada, intensificada e discriminada. 
Relaciona-se com à Dor Aguda. 
 
41 
 
o Em ambas as vias: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 OBS: Esses feixes situados na coluna ântero-lateral da medula 
ascendem toda a medula até o tronco encefálico, onde se encontram 
com as fibras nocireceptivas de segunda ordem do núcleo espinhal do 
trigêmeo e formam o lemnisco espinhal. 
 
o Tipos de Dor: 
o Somática Superficial 
 É a consequência da estimulação de nociceptores do 
tegumento. 
 Inclinação à boa localização e característica distinta (picada, 
pontada...), 
 Intensidade proporcional ao estímulo, 
Exemplos: Queimadura e processos inflamatórios 
Ascendem 
até o 
tronco 
encefálico 
Podem fazer sinapse na Formação Reticular 
Dor 
 Lenta 
Dor 
Rápida 
Via Paleoespinotalâmica 
Via Neoespi-
notalâmica 
Núcleo Posterior e 
Ventral Posterior do 
Tálamo 
S1 
... 
Sistema 
Límbico 
Córtex Cingulado Anterior 
(face medial dos hemisférios) 
Nervos 
Espinhais 
(N1 no 
gânglio) 
Sinapse 
com N2 no 
corno 
dorsal da 
medula 
Cruzam a 
linha 
média na 
medula 
Se 
acomodam 
ao feixe 
espinotalâmi
co 
Situado na 
coluna 
ântero-
lateral da 
medula 
42 
 
o Somática profunda 
 Dor nociceptiva com consequente ativação dos nociceptores 
dos músculos, fáscias, tendões, ligamentos e articulações, 
 Localização imprecisa, 
 Descrita como dolorimento, dor surda, dor profunda e cãibra, 
 Intensidade proporcional ao estímulo casual (leve a moderada), 
o Dor visceral 
 Dor nociceptiva consequente da estimulação dos receptores 
viscerais, 
 Caracterizada por profundidade, difusão, difícil localização, 
descrita como dor surda, vaga, contínua e que piora com a 
solicitação funcional do órgão, 
 Tende a se localizar próximo ao órgão que a origina. Ex: dor 
cardíaca, localização retroesternal ou precordial, 
 Condições: Comprometimento da própria víscera, 
comprometimento secundário do peritônio, irritação do 
diafragma ou do nervo frênico. Reflexo viscerocutâneo. 
o Dor referida 
 Percepção dolorosa superficial, que está longe do órgão profundo, 
cuja estimulação nóxica é a responsável pela dor, 
 Distribuição metamérica: convergência de impulsos dolorosos 
viscerais e somáticos para neurônios nociceptivos. Tegumento com 
maior aporte nervoso nociceptivo que o das estruturas profundas 
viscerais e somáticas, acarretando em uma representação muito 
menor, 
Exemplos: infarto agudo do miocárdio e dor na face medial do braço. 
o Dor irradiada 
 Sentida a distância de sua origem, porém ocorre, sem exceção, em 
estruturas inervadas. 
Exemplo: Ciatalgia 
 
 
 
43 
 
o Características Semiológicas da Dor: 
 
 LOCALIZAÇÃO; 
 Lugar onde o paciente sente a dor, 
 Deve pedir para o paciente apontar com o dedo a 
área dolorida, e esta deve ser registrada de acordo 
com a nomenclatura das regiões da superfície 
corporal, pois assim sabe-se sua etiologia, 
 Se o paciente alegar dor em mais de um local, é 
importante que todos eles sejam registrados no mapa 
corporal e estudados separadamente. 
 IRRADIAÇÃO; 
 Ela segue o trajeto de uma raiz nervosa ou nervo 
conhecido, 
 Geralmente aponta a estrutura nervosa que está 
comprometida, 
 Exemplo: Radiculopatia de C6 (cervicobraquialgia) - 
dor cervical com irradiação para a face lateral do 
braço e antebraço. 
 QUALIDADE OU CARÁTER; 
 Pede-se ao paciente para descrever a dor, ou 
descrever que tipo de sensação e emoção ela lhe traz. 
 Ajuda a definir o processo patológico implícito. 
 Pode ser classificada em: 
 EVOCADA: ocorre com algum tipo de 
provocação, 
o Alodínia: sensação desconfortável, 
dolorosa, provocada pela estimulação 
tátil, principalmente se for repetitiva. 
o Hiperpatia: sensação mais dolorosa que a 
comum, provocada pela estimulação 
nóxica. 
 ESPONTÂNEA: 
44 
 
o constante: ocorre continuamente, 
podendo variar de intensidade, porém 
sem nunca desaparecer completamente. 
o intermitente: ocorre em episódios, sendo 
sua frequência e duração bastante 
variáveis. 
 INTENSIDADE; 
 Resulta da interpretação dos seus aspectos sensoriais, 
emocionais e culturais. 
 Sua magnitude é determinante para o tipo terapêutico 
escolhido. 
 Adulto: escala analógica visual – consiste em uma linha 
reta de 10 cm, com designações: sem dor, leve, 
moderada, intensa, muito intensa, a pior possível. 
 Adulto com baixa escolaridade, crianças e idosos: 
escala com representação gráfica não numérica – 
expressões faciais de sofrimento: sem dor, leve, 
moderada, intensa. 
 DURAÇÃO; 
 inicialmente: calcula-se com precisão a possíveldata 
de início da dor. 
 contínua: tempo transcorrido entre seu início e o 
momento da anamnese. 
 cíclica: registra a data e duração de cada episódio 
doloroso. 
 intermitente: ocorre várias vezes ao dia. Registrar a 
data do seu início, duração média, número médio de 
crises por dia e de dias por mês. 
 aguda: dura menos de 3 meses e desaparece dias ou 
semanas após a cura. 
 crônica: persiste por 1 mês além do necessário para 
cura. Pode durar habitualmente mais de 3 meses 
 EVOLUÇÃO; 
 Revela a maneira como a dor evoluiu, desde o seu 
início até o momento da anamnese. 
45 
 
 A investigação é iniciada pelo modo de instalação, se 
é súbito ou insidioso. 
 É fundamental definir ao mesmo tempo a causa e o 
início da sensação dolorosa. 
 Durante a evolução pode haver as mais variadas 
modificações na dor. 
 RELAÇÕES COM FUNÇÕES ORGÂNICAS; 
 É avaliada de acordo com a localização da dor e os 
órgãos e estruturas situados na mesma área. 
 Exemplo: se for torácica, pesquisa-se sua relação 
com a respiração, movimentos do tórax, tosse, 
espirro e esforços físicos. 
 FATORES DESENCADEANTES E AGRAVANTES; 
 São fatores que desencadeiam a dor, em sua ausência 
ou que a agravam, se estiverem presentes. 
 Devem ser procurados ativamente. 
 Esclarecem a enfermidade subjacente e seu 
afastamento constitui parte importante da terapia 
escolhida. 
 Exemplos: alimentos ácidos e picantes, bebidas 
alcoólicas e anti-inflamatórios na esofagite e gastrite. 
 FATORES ATENUANTES; 
 Aqueles que aliviam a dor. 
 O paciente deve ser questionado sobre os fatores que 
aliviam sua dor. 
 exemplos: funções orgânicas, distração, 
ambientes apropriados, medicamentos, 
fisioterapia, acupuntura, bloqueio anestésico e 
procedimento cirúrgico. 
 No caso dos medicamentos devem ser anotados os 
nomes, doses e período em que foram utilizados. 
 MANIFESTAÇÕES CONCOMITANTES; 
 São manifestações associadas à dor e relacionadas 
com a enfermidade. São de grande valia para o 
46 
 
diagnóstico, ainda mais quando dados como sexo, 
idade, doenças prévias e hábitos de vida são levados 
em conta. 
 Exemplo: enxaqueca com aura e 
acompanhada por disausia, fotofobia, náuseas 
e vômitos é mais frequente em mulheres. 
 
 Tipos de Pacientes: 
 
o Paciente ansioso: quase toda enfermidade ou medo de estar doente 
provoca certo grau de ansiedade. A ansiedade é contagiosa e passa 
facilmente pros familiares. O reconhecimento da ansiedade se faz por 
manifestações psíquicas e somáticas. Reconhecendo a ansiedade o 
estudante deve demonstrar segurança e tranquilidade, sem fazer 
perguntas que possam intensificar a ansiedade. Não são corretas as 
tentativas de “acalmar” o paciente dizendo que “está tudo bem” 
o Paciente deprimido: aparenta desinteresse por si mesmo e pelas coisas 
que acontecem ao se redor, tem tendência a se isolar durante a 
entrevista. O examinador deve conquistar sua confiança demonstrando 
sincero interesse pela sua pessoa, é importante dar atenção ao familiar 
acompanhante e pedir sua colaboração. 
o Paciente que chora: deve-se deixar claro que não há nada demais em 
chorar, deve-se deixa-lo chorar sem indagação e sem consolo num 
primeiro momento, apenas pequenos gestos como um leve toque de 
mão ou até mesmo um silencio respeitoso podem ajudar o paciente a 
sair daquela situação. 
o Paciente que demonstra medo: deve-se esclarecer os fatos. 
o Paciente verborreico: aquele que fala muito, com tendência minuciosa. 
Esse tipo de paciente deve ser reconduzido a todo momento ao relato 
dos sintomas. 
o Paciente hostil: A pior conduta consiste em adotar uma posição 
agressiva revidando com palavras ou atitudes a hostilidade do 
paciente. Serenidade e autoconfiança são as qualidades básicas do 
examinador 
47 
 
o Paciente agitado: Na agitação leve a maneira como o médico se 
comporta pode ser suficiente pra acalmar o paciente, nos casos mais 
graves pode ser necessário lançar mão de processos de contenção. 
o Paciente eufórico: fala e movimenta-se exageradamente. Seu 
pensamento é rápido e muda de assunto inesperadamente. 
o Paciente com déficit de inteligência ou retardo mental: deve-se adotar 
m raciocínio simples e linguagem adequada no nível de compreensão 
do doente. 
o Paciente psicótico: deve-se buscar o auxilio da família, delimitar o inicio 
da doença que é marcado pela interrupção do sentido da 
continuidade existência. 
o Paciente hipocondríaco: sempre tem alguns diagnósticos a oferecer 
de contradize-lo não ajuda em nada, ouvi-lo com paciência e 
compreensão e atitudes firmes bem fundamentadas são as qualidades 
necessárias no relacionamento com este paciente. 
o Paciente surdo: A anamnese terá de ser resumida aos dados essenciais. 
o Pacientes em estado grave: é necessário ser objetivo e só fazer o que 
for estritamente necessário para coletar os dados que permitirão o 
diagnostico.. 
o Paciente terminal ou sem possibilidade terapêutica: é o que sofre de 
uma doença incurável em fase avançada e para o qual não há 
recursos médicos capazes de alterar o prognostico de morte em curto 
prazo 
o Crianças e adolescentes: a qualidade mais importante para se lidar 
com crianças seja a bondade, traduzida na atenção, no manuseio 
delicado e no respeito pela sua natural insegurança.

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