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MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 1 Práticas médicas IV Locomotor, neurológico e tegumentar Conteúdos: 1. Fios e Agulhas 2. Suturas e princípios de segurança do paciente 3. Propedêutica neurológica 4. Controle de via aérea 5. Caso Clínico - Cefaleia 6. Semiologia Dermatológica 7. Semiologia do Aparelho locomotor 8. Nervos Cranianos 9. Semiologia da dor aguda e crônica 10. Dermatologia 11. Sistema Neurológico 12. GALS 13. Sistema Locomotor 14. Motricidade 15. REMS MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 2 Fios e agulhas § Porta agulha – Mayo-hegar e Mathieu § § Fechar cremalheira § Agulha: fundo ou olho, corpo, ponta § Agulha atraumática - Ligação do fio já vem de fábrica (são mais usadas); não lesiona o tecido § Agulha traumática – causam lesão no tecido; precisa passar o fio em seu fundo. § Agulhas podem ser curvas, semi-retas ou retas. Diferem quanto ao ângulo. (Agulhas mais usadas são as 3/8 de círculo e ½ círculo) o Curvas : 180° o Semi-retas: menor que 180° o Reta: secção grande, órgão grande. § Secção transversal da ponta: o Cilíndrica o Triangular o Prismática § FIOS DE SUTURA MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 3 o hemostasia e síntese § Fios de sutura – propriedades ideais : o Fácil manuseio o Resistência à tração e torção (maior força tensil) o Flexibilidade o Segurança no nó cirúrgico o Pouca reação tecidual o Facilmente esterilizável o Dificuldade para infecção dentro dele o Baixo custo o Absorção lenta § Critérios para escolha do fio: o Tecido a ser suturado o Resistência tênsil do fio o Pliabilidade (coeficiente de atrito e maleabilidade) o Reação tecidual que sua presença provocará. § Classificações: o Degradação pelo organismo: § Absorvível (categute) § Não absorvível (nylon, algodão, prolene) o Origem/ Natureza § Orgânicos (algodão, categute) § Sintéticos (nylon) § Minerais (aço) § Mistos o Configuração: número de camadas ou filamentos § Monofilamentados (menor traumatismo tecidual e menor risco de infecção) • Único filamento • Menos maleáveis (memória) • Nylon; PDS § Multifilamentados MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 4 • Possuem maior força tensil, flexibilidade e mais fáceis de manusear • Reação tecidual maior (mais propício a infecções) • Categute, algodão, vicryl • Não se pode dar nó duplo em fio multifilamentado. § Espessura / tamanho de zeros o Quanto maior o número mais grosso é o fio: 5-0, 4-0, 3-0, 2-0, 0, 1, 2, 3 o Quanto mais “zeros” haver, menor/mais fino será o fio o Pele : 4-0 o Cesária: 0; 2-0 § Categute o Colágeno ou submucosa de intestino bovino o multifilamentar, reação de corpo estranho (colágeno) podendo dificultar a cicatrização, pode formar granuloma; o Absorvível o alta variação na absorção e perda da tensão, suturas em TGI, TGU, TCSC (tecido celular subcutâneo), mucosas. o Manter sempre no pacotinho ao montar mesa. § Poliglactina - Vicryl o Multifilamentar o Fio sintético o Fibra trançada (melhora manuseio) o Mais forte que o categute o Pouca reação local vascular o Ele é roxo. o Fio cortante (tomar cuidado) o Absorvível (demora mais para absorver em relação ao categute) MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 5 § Polidiaxona- PDS: o Monofilamentar o Grande flexibilidade o Absorção mais lenta o Nenhuma reação local vascular o Fio caro. § Seda o Casulo do bicho da seda o Multifilamentar o Barato o Ótimo manuseio o Maior reação tecidual dos inabsorvíbeis § Algodão o Multifilamentar o Boa segurança para nós o Perda lenta da tensão o Maior índice de infecção o Reação tecidual elevada o Fio azul o Inabsorvível § Aço o Monofilamentar o Bom para tecidos infectados o Não há reação tecidual inflamatória o Maior segurança para nós (em relação a todos) o Maior dificuldade para manuseio o Destruição tecidual pela ponta o Quebra do fio. § Nylon o Monofilamentar o Inabsorvível o Inerte (mínima reação tecidual) MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 6 o Baixo índice de infecção (mais baixa dos inabsorvíveis) o Mínima reação tecidual o Manuseio ruim (“memória”) o Não tem problema se ficar dentro da pele. § Poliéster § Polipropileno o Monofilamentar o Grande segurança para nós o Grande flexibilidade o Excelente tensão o Grande resistência a infecção o Escorregadio MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 7 Suturas e princípios de segurança do paciente § Princípios de segurança do paciente o Cirurgia segura -> redução dos riscos ao paciente – antes, durante e após o OMS -> aliança mundial para segurança do paciente o Time out -> pausa antes da indução anestésica e incisão cirúrgica para verificação de todos os itens necessários para uma anestesia ou cirurgia segura estão disponíveis. o Itens de cirurgia segura – OMS: § EQUIPE DEVE: operar o paciente certo e no local certo § Usar métodos embasados cientificamente para prevenir danos na administração de anestésicos § Reconhecer efetivamente e se preparar para o risco de perda de via aérea ou de função respiratória § Reconhecer efetivamente e se prepara para o risco de perda sanguínea elevada § Evitar a indução de uma reação alérgica ou adversa de drogas (medicamentos) para os quais o risco ao paciente é conhecido § Usar métodos conhecidos para minimizar o risco de infecções de sítio cirúrgico § Impedir a retenção inadvertida de instrumentos ou compressas em feridas cirúrgicas § Garantir e identificar com precisão todos os espécimes cirúrgicos § Comunicar e trocar informações críticas para a condução segura da cirurgia o Cirurgia segura - 5 “certos” § Paciente -> instituir e assegurar a Política de Identificação do Paciente § Procedimento -> instituir e assegurar a implementação de protocolos, embasamento científico e boas práticas MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 8 § Lateralidade (demarcação do lado e membro a ser operado) -> deve ser feito de preferência antes de o paciente ir para o centro cirúrgico § Posicionamento -> seguir metodologias de posicionamento embasada cientificamente de acordo com cada tipo de cirurgia § Equipamentos -> garantia de estoque mínimo de equipamentos, materiais e insumos que todos estão validados pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), além de ter um serviço de engenharia clínica que garanta manutenções preventivas e corretivas desses equipamentos. § SUTURAS o Sutura é a aproximação de dois tecidos utilizando nós cirúrgicos. o Sutura de pele bonita tem que ser simétrica (mesma espessura de pele a ser utilizada) e sem tenção; sempre evitar colocar os nós sob as feridas; tração adequada. o Nem toda lesão é passível de sutura. o LAVAR LESÃO COM SOLUÇÃO SALINA PRESSURIZADA o Depois de lavar fazer antissepsia da lesão (ao redor da lesão) o Anestesia local (pode anestesiar antes de lavagem) – Lidocaína local; agulha de insulina para começar. Anestesia em leque, procedimento em todo ao redor da lesão (entrar em 45 graus; aspirar para verificar se não esta dentro de vaso, se não vier sangue, injetar o anestésico) MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 9 o Remover tecidos desvitalizados o Cicatrização § Visa restaurar a integridade tecidual local tendo a cicatriz como produto final § 3 fases: • Inflamatória – hemostasia (coagulação) • Proliferativa • Maturação • Fase inflamatória o Início imediato o Protagonistas: plaquetas e macrófagos o Objetivos: remoção de tecido lesado e desvitalizado Restauração dos mecanismo de defesa locais Estabelecimento dos sinais adequados para o prosseguimento das fases subsequentes • Fase proliferativa o Início: 2 a 4 dias o Protagonistas: fibroblasto, macrófagos, queratinócitos e células endoteliais o Objetivos: restauração de coberturaepidérmica, produção de MEC, contração da ferida e angiogênese. • Fase Maturação ou remodelação o Início: 6 a 8 semanas após a injúria -> duração de 1 ano ou mais o Protagonistas: macrófagos e fibroblastos o Objetivos: redução volume cicatriz; Aumento de força tensil MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 10 o Sutura § A sutura deve ser feita em até 6 horas após a injúria o Princípios -> sutura adequada: § Introdução da agulha § Perpendicular a estrutura a ser suturada § Próxima às margens da ferida (0,5 a 1cm) -> saída semelhante § Quantidade de tecido englobada pela agulha deve ser semelhante em ambas as bordas da ferida -> aproximação adequada § Espessura do tecido a ser suturado -> + espesso, + grosso o fio e maior a quantidade de tecido a ser englobado pela agulha § Agulhas curvas: respeitar movimento circular -> evitar maior lesão do tecido o Pele -> incisão § Programada de acordo com as “linhas de Langer” MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 11 § Não sendo possível -> trajeto paralelo o Etapas da sutura: § Passo 01: § Após atravessar ambas as bordas -> polegar + indicador (mão não dominante) -> < ou igual a 2cm -> fazer a volta (laço)/ economia de material § Passo 02: § Preparação do nó -> laço duplo: < risco de deslizar § Passo 03: § Extremidade livre do fio é presa pelo porta agulha -> 8 § Passo 04: § Cruzar as mãos § Perpendicular a incisão § Contato do nó com a pele § Aproximação das bordas MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 12 § Passo 05: § Preparação para o segundo nó § Passo 06: § Novo laço § Passo 07: § Extremidade livre do fio é presa pelo porta agulha § Retirar o porta agulha do interior do laço § Passo 08: § Segundo nó entra em contato com primeiro § Perpendicular a incisão o Melhores resultados nas suturas § Suturar Todos os planos § Pontos equidistantes -> simetria § Evitar nós sobre a ferida § Tração adequada § Tensão ideal § Agulha e fio adequados o Tipos de pontos o Pontos separados : § Ponto simples § Pontos separados MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 13 § Pode ser reaberta em infecções § Pouco isquemiante § Donatti (longe longe, perto perto); § ferimentos com hemostasia maior; ou em ponto que precisa um pouco mais de tensão. § entra mais longe da borda da ferida. § Pontos em U (ou Wolff) § Ponto em X § Vantagens e desvantagens § Perda de um nó (não se perde a sutura inteira) § Menor quantidade de corpo estranho no interior da ferida § Menor isquemia § Mais trabalhosa o Pontos contínuos: § Sutura continua simples (Kurshner) § Sutura continua ancorada (Ford ou Reverdin) § Hemostático § Barra grega ou U contínuo § Ponto intradérmico (entra no vértice da ferida); transição entre a derme e epiderme MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 14 Propedêutica neurológica § Hiporexia – perda da vontade de se alimentar § EXAME NEUROLÓGICO o Sintomas comuns e preocupantes § Alterações de humor (estado emocional, estado de ânimo, disposição); ou fala • Humor mania = humor muito positivo – sempre patológico • Mania com psicose (delírio e alucinações) • Hipomania = humor exaltado (pode ser patológica ou não; patológica é quando altera a qualidade de vida, ou alguém que convive está sofrendo com isso. • Distimia = mal humor (pode ser patológico ou não), negativista, pessimista, pré depressão • Depressão = sempre patológico; melancólica, triste, labalidade emocional, pessimista ao extremo; humor negativo. o existe também depressão com psicose MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 15 • Ciclotímico = Humor positivo e negativo cíclicos; pequenas oscilações ao longo do dia; “de lua” • Bipolaridade = mais grave que ciclotimia, chama-se de transtorno afetivo bipolar; em geral está envolvida com psicose. § Alterações de Atenção • Déficit de atenção e hiperatividade • Déficit de atenção – ela não é hiperativa, só tem dificuldade de concentração. • Hiperatividade § Alterações de fala • Disfonia é diferente de disartria • Vocal = vogais fônicas -> a, â, é, i, o, ó, u ; • Eufonico é o normal. • Disfonico possui dificuldade de fala (pode ser lesão em ramo do nervo vago chamado laringo recorrente) • Disartria = dificuldade na articulação das palavras o Consoantes são as articulações • Afasia = transtornos centrais -> expressão e compreensão o Afasia de Expressão = afasia motora = afasia de broco § Lesão na área de Broca = lobo frontal esquerdo § As vezes tem-se afasia de expressão parcial o Afasia de compreensão = afasia sensitiva = afasia de Wernicki § Pessoa consegue falar mas não entende o que você está falando. o Afasia mista = componente das duas tanto expressão quanto compreensão o Afasia global = afeta globalmente a expressão e compreensão o Afasia de condução ou anômica = lesão da área do cérebro que conduz informações da área de Wernicki até a área de MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 16 Broca. Ela entende o que você fala, consegue falar, mas não consegue repetir uma palavra, nomear um objeto. § Alterações na orientação, memória, percepção ou julgamento • Orientação no tempo e espaço o No tempo = saber hora, dia, dia da semana, mês e ano (na hora é tolerável 3h a mais ou a menos) o No espaço = qual o local, alguma referência (rua, shopping, bairro) cidade, estado. • Memória o Memória de trabalho – atenção; lobo frontal; memória de mais curto prazo o Memória de fixação – o que for importante você acaba fixando um pouco mais; lobo mais temporal. o Memória de longo prazo – memória que você guarda por anos; hipocampo o Distúrbios de memória : § Hipomnésia = diminuição da memória • Retrógrada – da doença/evento para o passado • Anterógrada – da doença/evento em diante § Alzheimer geralmente tem-se hipomnésia anterógrada associada a hipermnésia retrógrada (lembra-se muito do passado) • Percepção ou julgamento § Delirium ou demência • Delírio é diferente de Delirium • Delirium: estado confusional agudo • Delírio: alteração da percepção subjetiva da realidade o Infidelidade o Persecutório • Demência – quadro de declínio cognitivo em pessoas que tinham capacidade cognitiva normal • Alucinações – alterações de percepções sensoriais MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 17 o Auditivas o Visuais o Táteis o Olfatórias o Gustativas § Cefaleia • Exaqueca o (hemicraniana – um lado do crânio); pode ser dos dois lados ; o dor forte o é limitante (pessoa não consegue fazer nada); dor pulsátil o Mais comum em mulheres por maior produção de serotonina • Tencional o dor leve a moderada; o geralmente bilateral (holocraniana – bilateral); dor em aperto (opressivo) • Cefaleia em Salvas o parece com enxaqueca (pulsátil e unilateral); o lacrimejamento, olho hiperemiado e congestão nasal. o Dor 10/10 (pode levar a casos de suicídio); o mais comuns em homens. (Vírus infecta o trigêmeo § Tontura ou vertigem • Tontura – desequilíbrio • Vertigem - rotacional, envolvida com órgãos vestibulares, canais semicirculares, utrículo e sáculo § Paresia generalizada, proximal ou distal • Paresia – perda parcial da força • Plegia – perda total da força • 0-5 – gradação de força o 5 = normal o 0 = plegia (sem movimento ou contração) o 1-4 = paresia MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 18 § 1 – contração porém não movimenta § 2 – movimenta porém não vence a gravidade § 3 – vence a gravidade porém não sustenta § 4 – sustenta mas não vence uma força de oposição • Monoparesia – somente um membro paralisado o Braquial – braços (membros superiores) o Crural – pernas (membros inferiores) o Monoparesia crural esquerda (membro inferior esquerdo) o Monoplegia braquial direita ( membro superior direito)• Para = membros paralelos (ou ambos os braços ou ambas as pernas) o Paraparesia (afetou 2 membros paralelos) o Paraparesia braquial (afetou os dois braços) o Paraplegia crural (afetou ambas as pernas) • Hemiparesia (um lado afetado) o Hemiplegia o Hemiparesia completa – rosto, braço e perna (facio-braquio- crural) o Hemiparesia incompleta – ou paralisou apenas rosto e braço (facio-braquial) ou apenas braço e perna (braquio-crural) • Mesmo grau de força no braço e na perna (proporcionada) o Hemiparesia com força grau 3 na perna e braço (proporcionada) o Grau de força diferente no braço e perna (desproporcionada) o Força grau 3 no braço e grau 4 na perna. (Hemiparesia predominante braquial) • Tetraparesia § Parestesia, perda de sensibilidade • Parestesia = alteração de sensibilidade = formigamento ou adormecimento • Anestesia = perda de sensibilidade; não sente mais nada MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 19 • Anestesia térmica = não sente calor ou frio • Anestesia vibratória = não sente mais a vibração • Hipoestesia tátil = perde parcialmente o tato • Anestesia dolorosa = analgesia • Hipoestesia dolorosa = hipoalgesia § Perda de consciência, síncope ou lipotímia • Concussão = perda breve de consciência após um trauma craniano (TCE) o Duração menor que 6 horas • Síncope (desmaio) • Diaforese (suor profundo) • Palidez cutânea mucosa • Turvação visual • Lipotímia = pré síncope, pessoa não perde a consciência § Convulsões • Toda convulsão é uma crise epiléptica mas nem toda crise epiléptica é uma convulsão. • Convulsão é um tipo de crise epiléptica tônico clônica generalizada (perda da consciência) – cérebro desligou por um instante (tônico), depois as crises clônicas • Crises epilépticas parciais § Tremores ou movimentos involuntários • Tremor essencial – pequenos tremores Controle de Via aérea § Abordagem da via aérea: o Crash airway – não se faz avaliação da via aérea; já tenta entubar; dispensa qualquer avaliação prévia; emergência. (infarto, parada cardiorrespiratória, trauma) MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 20 o Controle urgente – paciente entrando em falência respiratória, deve ser entubado, deve fazer o mínimo dessa avaliação de via aérea; urgência o Controle eletivo – entubação no centro cirúrgico em situação de indicação de entubação, porém o paciente não está entrando em insuficiência respiratória, tem-se tempo de fazer avaliação. § Anatomia § Manobras: o HEAD TILT/ CHIN LIFT = Hiperextensão – mento puxa o osso hioide que puxa a epiglote desobstruindo a via. (Situações de fratura de cervical não se faz a hiperextensão) § O Chin Lift pode ser feito associado ao Head Tilt – consiste em elevar o queixo o JAW THRUST = Elevar a mandíbula sem hiperextender a cabeça MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 21 o Cartilagem cricóidea é a única cartilagem de anel completo na laringe § SELLICK = pressionar a cartilagem impedindo que o conteúdo do estômago suba através do esôfago e cause broncoaspiração. o Membrana cricotireoídea – acesso cirúrgico emergencial (saturação arterial de oxigênio baixa) = CRICOTIREOIDOSTOMIA o TRAQUEOSTOMIA é feita no segundo anel traqueal – anteriormente a essa região tem-se risco de estenose traqueal. § Reparo da tireoide, anel traqueal § Acesso cirúrgico eletivo (paciente não está em hipóxia) § Duração de 5 min para ser feita. o Valécula epiglótica – coloca-se a ponta do laringoscópio; inervação pelo IX par craniano (glossofaríngeo) -> não desencadeando reflexos vagais. § Nervo vago (X)(laríngeo superior) inerva a epiglote e traqueia § Se a ponta do laringoscópio for colocada na epiglote -> bradicardia -> assistolia MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 22 § Habilidade essenciais: aspirar via aérea, desobstrução de via aérea, sonda orofaríngea, sonda nasofaríngea, ventilação com BVM (balão válvula máscara) § Dispositivos supraglóticos: máscara laríngea, máscara laríngea de intubação, king tube, combitube § Intubação orotraqueal § Intubação orotraqueal com sequência rápida § Intubação nasotraqueal § Dispositivos infraglóticos § Traqueostomia § HABILIDADES ESSENCIAIS o Pode ser feito por enfermeiros, paramédicos e médicos 1. Aspiração de via aérea § Aspirador de Yankauer MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 23 2. Desobstrução de via aérea § Cânula de Guedel – cânula orofaríngea. • Tamanho adequado vai de rima bucal e ângulo da mandíbula. • Guedel muito grande empurra a epiglote • Guedel pequeno empurra a base da língua contra o palato mole • Colocar no adulto ao contrário contra o palato duro para não empurrar a língua, abaixar até transição palato duro/ palato mole e depois rodar 180° MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 24 • O uso de espátula também é uma forma de colocar o Guedel. • Glasgow baixo ou sedado -> aceitação do Guedel. Paciente acordado não aceita (ânsia), necessário utilizar cânula nasofaríngea. § Cânula nasofaríngea • Paciente aceita melhor por não causar náuseas. • Contra indicação do uso de cânula de nasofaríngea: fratura de base de crânio. Pode-se introduzir a cânula dentro do crânio. • Tamanho adequado: asa da narina e ângulo da mandíbula 3. Monitorização § Paciente grave mas ainda se move -> MOVE • MONITORAMENTO o Cardioscopia o Pressão arterial não invasiva MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 25 o Oximetria o Capnografia -> Stand By. Só liga depois da intubação. • OXIGENAÇÃO o Cateter nasal § Cânula nasal simples § Cateter nasal duplo (prong) o Máscaras de oxigênio § Máscaras simples (tenda) § Hudson simples; § Hudson com reservatório; § Venturi. • ACESSO VENOSO • EVALUETE (Glasgow) – AVALIAÇÃO o Orienta se precisa de Guedel, se precisa sedar. o Abaixo de 8 é indicado a intubação, sem utilização de sedativo. o Glasgow abaixo de 8 não adianta a oxigenação por cânula ou máscaras. Faz o uso de AMBU. § Ventilação com BVM – oxigenação a 100% § DISPOSITIVO SUPRAGLÓTICO o Atividade restrita ao médico o Máscara laríngea – tradicional ou em J § Desinsuflar o cuff § Hiperextensão da cabeça do paciente § Lubrificar com algum gel (lidocaína ou KY) § Empurrar contra o palato duro, ela bate no palato mole e vai ganhando sua posição. § Depois insuflar o cuff selando e podendo ventilar tranquilamente. § Tipos: máscara laríngea clássica, máscara laríngea anatômica, máscara laríngea de intubação. § Paciente anestesiado ou Glasgow baixo. MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 26 o Máscara laríngea de intubação permite que passe um tubo que ganha a via traqueal. o King Tube § possui dois cuffs (proximal e distal) que isolam o esôfago e o palato mole, e o ar segue diretamente para a traqueia. § Introduz as cegas na boca do paciente. § INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL (IOT) 1. Reconhecimento de uma via aérea difícil (VAD) 2. Definição dos planos de contingência (plano A, B, C) MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 27 3. Monitorização e acesso venoso 4. Escolha e preparo dos equipamentos que serão usados/ disponíveis 5. Posicionamento adequado do paciente 6. Oferta de oxigênio 7. Fármaco anestésicos para facilitar e intubação quando indicado (Glasgow não muito baixo) 8. Técnica de Intubação Orotraqueal § 1º BVM e depois intubação, podendo colocar Guedel ou não. § Maior risco -> “não consigo ventilar nem intubar”. § Hipóxia mata em 100% das vezes (diminui o O2) -> pode levar a erros de conduta -> óbito ou lesão cerebral irreversível. o Hipóxia – saturação de oxigênio menor que 90% o Paciente adulto normal, ofertando 100% de oxigênio, tem-se 8 min para intubação. o Paciente adulto doente, ofertando oxigênio, 5 min para intubação. o Criança normal -> menos que 4 min o Adulto obeso -> desatura mais rápido.MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 28 § Hipercarbia (aumento de CO2) = não mata. § Algoritmo de controle de via aérea no trauma o Plano A § intubação convencional ou IOT sequência rápida o Plano B § objetivo: tirar o paciente da hipóxia, mais rápido § Com hipoxemia grave -> ventilação BVM com ajuda (seguro com as duas mãos e alguém espreme o AMBU) § Sem hipoxemia é mais tranquilo podendo pedir laringoscópio. § Dispositivo de contingência – bougie, lâminas diferenciadas, etc o Plano C § Dispositivos supraglóticos – ML, MLI, King Tube § Esses dispositivos não selam a VA, menos eficiente que IOT. o Plano D § dispositivo infraglóticos – crico por punção, crico cirúrgica, etc. § Reconhecimento de via aérea difícil o Dificuldade de ventilação sob AMBU – O B E S E S § O – obesity – barriga desloca cefalicamente o diafragma, precisa de pressão maior na máscara -> vazamento. § B – Bearded - presença de barba – dificulta acoplamento da máscara § E – Eldery - idade acima de 55 anos – artrose cervical, não hiperestende. § S – Snorers - roncador -> VA edemaciada § E – Edentulous -desdentados -> vazamento § S – Stiff lungs - pulmão duro – fibrose pulmonar o Laringoscopia difícil (IOT difícil) – L E M O N § L - look – avaliar externamente (micrognata – espaço curto atrás da mandíbula, possui dificuldade de intubação) MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 29 § E – evaluate – regra 3-3-2 • 3 dedos de abertura bucal; 3 dedos entre o mento e o osso hioide e 2 dedos de distância tireo-hioidea. § M – mallampati – classificação de Mallampati. MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 30 • I – cavidade oral grande para o tamanho da língua • II – palato mole, fauce e úvula visível • III – palato mole e base da úvula visível • IV – cavidade oral pequena para uma língua grande § Obstruction – Obstrução de VA • Edema angioneurótico, paciente traumatizado etc. § Neck Mobility – Mobilidade do pescoço • Paciente idoso principalmente – artrose cervical o Locação de dispositivos supra-glóticos difícil – R O D S o Acesso cirúrgico infra-glótico difícil – S H O R T § POSICIONAMENTO PARA IOT o Eixo oral tem que coincidir o máximo com o eixo laríngeo. MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 31 o Tamanho de Coxim -> Até meato acústico externo e manúbrio formem uma linha. o Na criança como o corpo é menor em relação a cabeça, então até os dois anos de idade, colocar Coxim no ombro MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 32 o Adulto obeso § LÂMINAS o Pegar o laringoscópio com a mão esquerda; mão direita pega o tubo. o Entra pela rima bucal direita o Falange afasta língua para o lado o Evitar a Báscula -> apoio no dente -> quebra MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 33 MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 34 o Cormack e Lehane 4 -> utilizar vídeo laringoscopia para direcionar o tubo o Grau 2 e 3 só o Bougie resolve o Tubo traqueal – deve ser introduzido até a marca 20-22. Introduzir muito pode intubar seletivamente -> só lado direito. Pode ocorrer atelectasia do outro lado o Auscultar para verificar se não houve seletividade MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 35 § COMPLICAÇÕES DA INTUBAÇÃO o Equipamento -> ex: falta de iluminação o Técnica -> aspiração, lesão de dentes (pode reimplantar até 2h), lesão de corda vocal, IOT seletiva. o Método precoce -> Traqueite, laringite etc o Método tardia -> Granuloma (itens esquecidos), estenose de traqueia (pressão maior que 60mmHg no Cuff pode isquemiar -> cicatriz), etc. Caso clínico – cefaleia § Tipo de dor – pulsátil, em aperto ou em queimação § Intensidade – interfere nas atividades diárias; leve e intensa § Irradiação § Frequência § Fatores desencadeantes § Fatores de melhora e piora § Fatores associados § Tratamento usual – analgésico, AINE MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 36 § História familiar § Relação com atividade física e ciclo menstrual § Nível de consciência § Inspeção e palpação do crânio § PA § Fundoscopia § Sinais meníngeos § Déficits focais § Migrânea – migra Semiologia dermatológica § Pele – maior órgão do corpo humano § Representa mais que 15% do peso corpóreo § Principal barreira de proteção entre o nosso organismo e agentes agressores externos § Interface com meio ambiente (sensações) § Pode traduzir manifestações sistêmicas § Anexos (pelos, cabelos, unhas, glândulas sebáceas e sudoríparas) § Dermatóglifo (superfície com sulcos e saliências, mais pronunciados nas regiões palmo-plantares) o Impressões digitais Anatomia o Pele compõem-se de três camadas : § Epiderme – camada mais superficial, composta por epitélio estratificado - fino) • Queratinócitos – queratinina; 90% das células, produtores da queratina • Melanócitos – células produtoras de melanina; a quantidade de melanócitos não várias em relação as raças (mas sim a quantidade de melanina produzida) • Células de Langerhans – apresentadora de antígeno; função imunológica; ainda não se sabe todas suas funções § Derme MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 37 • Rede complexa de fibras, como colágeno e elastina; sistema vascular e nervoso; anexos cutâneos; células – fibroblastos, mastócitos, células dendríticas etc. § Hipoderme – tecido adiposo Funções da pele o Proteção § Barreira de proteção a ação de agentes externos/ luz UV § Impede perdas de água, eletrólitos e outras substâncias § Proteção imunológica o Termorregulação § Sudorese § Constrição e dilatação da rede vascular cutânea o Percepção § Órgão receptor sensitivo do calor, frio, dor e tato o Secreção sebácea § Manutenção eutrófico da própria pele § Propriedades antimicrobianas e contém substâncias precursoras da vitamina D. Semiologia o Anamnese § Idade(patologias mais comuns na infância, idosos, adultos)/ cor/ sexo § Procedência (doenças endêmicas) § Ocupação (dermatoses ocupacionais) § Antecedentes pessoais (outras patologias, medicações) § Antecedentes familiares (doenças genéticas) § Queixas específicas: • Motivo consulta • Evolução temporal • Sintomas associados (dor, ardor, prurido) • Medicações (que toma pra outros problemas ou para o problema presente dermatológico) • Resposta tratamento MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 38 o Exame físico § Paciente despido (despir-se em partes) § Iluminação adequada (lanterna/lupa) § Inspeção (de toda a pele e mucosa) • Lesão • Toda a pele (todo o corpo) • Mucosas • Anexos • Ao encontrar lesão: o Forma (circular, ovalada, estrelada, disco) o Borda (regulares / irregulares) o Cor (vermelha, roxa, acastanhada, variações de cores) o Localização (área exposta – sol) o Tamanho (medir e descrever o tamanho da lesão) o Superfície (plana, nodular, deprimida, solução de continuidade = corte) § Palpação • Tropismo, elasticidade, temperatura • Observar textura o Dura/mole o Úmida/seca o Móvel/aderida (nódulos, placas o Superficial/profunda o Fria/quente o Dolorosa/indolor § Digitopressão/ compressão (da lesão) • Diferenciar equimose de eritema • Principalmente lesões avermelhadas (pressionada para ver se a cor desaparece) § Anexos • Cabelos: o Quantidade MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 39 o Distribuição o Textura o Alopecias (tipo) – perda de pelos e cabelos; localizada ou generalizada • Unhas: o Cor o Formato o Lesões Lesões elementares em dermatologia o Alterações da cor o Formações sólidas o Coleções líquidas o Alterações da espessura o Perdas teciduais 1. Lesões por alterações de cor (mancha ou mácula) o Da cor à pele: • Pigmentos § Aumento de pigmentos -> hipercromia § Diminuição de pigmentos -> hipocromia ou acromia • Vascularização – manchas vásculo-sanguíneas§ Alterações inflamatórias – vasodilatação o Manchas pigmentares • Leucodermia § Hipocromia – diminuição de pigmento – ex: ptiríase versicolor (lesão hipocrômica causada por micose, lesões pequenas circulares com descamação) § Acromia – ex: vitiligo (perde totalmente o pigmento) MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 40 • Hipercromia – mancha por aumento de pigmento § Melanina – manchas simples (Nevus); neoplasias § Hemossiderina - doenças por extravasamento de sangue § Icterícia § Tatuagem -> hipercromia adquirida o Manchas vásculo-sanguíneas • Eritema § Desaparece temporariamente com digitopressão § Causado por vasodilatação, congestão ou hiperemia § Enantema -> se for na mucosa. § Exantema morbiliforme -> áreas normais e alteradas intermeadas § Exantema escarlatiniforme -> distribuído por todo o corpo § Eritema figurado § Eritrodermia • Mancha angiomatosa (angioma) § Grande dilatação do vaso (má formação) • Alteração congênita, comum no rosto, mas pode estar presente em diversas áreas do corpo. MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 41 o • Mancha anêmica § Mancha vásculo-sanguínea por constrição do vaso o • Telangiectasias § Vasos visíveis, tortuosos, dilatados, pequenos vasos visíveis por estarem dilatados diferente de varizes o MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 42 • Púrpuras § Saída de sangue dos vasos com infiltração no tecido, visível pela pele § Não desaparecem a digitopressão § Hemossiderina “tatua a pele” § Petéquias -> até 1cm § Equimoses -> maior que 1cm § Víbices -> lineares § Espectro equimótico • variação de cores, resultado da degradação do sangue extravasado no vaso. • Importante por traduzir lesões em momentos diferentes. • Nos primeiros dias é roxeada -> violácea (2-4) -> azulada (5-7) -> esverdeada (8-14) -> amarelada (5-20) -> desaparece • Indicativo de agressão 2. Formação sólida o Pápula • Qualquer elevação sólida menor que 1cm • Qualquer estrutura da pele pode originar uma pápula • Podem se juntar e formar uma placa o Nódulo • Lesões sólidas de 1 a 3cm o Nodosidade ou tumor • Lesões sólidas maiores que 3 cm (ex: hanseníase) o Verrucosidade (pele) ou vegetação (mucosas) • Hiperplasia epitelial • Projeções digitiformes para fora • Molusco contagioso – vírus; o Urtica • Placas normalmente elevada e figuradas MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 43 • Mudam de lugar • Prurido intenso 3. Coleções líquidas o Vesículas • Coleções líquidas de Até 1cm • Processos inflamatórios, traumáticos, infecciosos • Vesícula pode se romper e dar origem a um exsudato (líquido claro) diferente de transudato (líquido com células inflamatórias e proteína) o Bolhas • Maior que 1cm • Clivagem: § Na epiderme (rompem com facilidade – ex: pênfigo) § Entre a derme e epiderme o Pústulas • Até 1cm • Conteúdo: polimorfonucleares (pus) o Abcesso • Tamanho variado • Líquido Pustuloso • Compromete a epiderme, derme e planos mais profundos. o Hematoma • Coleção de sangue 4. Alterações de espessura o Cicatriz • Resultante do processo inflamatório, reparação tecidual • Queloide – reação em área cicatricial mas não é uma cicatriz. o Hiperqueratose • Alterações epidérmicas que produzem mais queratina • Epitélio em constante renovação • Geralmente em área de atrito (planta dos pés, palma das mãos o Liquenificação • Elevações acentuam sulcos naturais da pele MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 44 • Epitélio aumentado • Geralmente em processo crônico, dobras o Edema • Extravasamento de líquido dentro da pele • Alteração transitória • Sinal de Godet o Infiltração • Processo celular o Esclerose (pele endurecida em todas as camadas) o Atrofia • Pele diminuída • Superfície da pele fica brilhante 5. Perdas teciduais o Escama • Descamação excessiva • Processo de reparação da pele em queimadura do sol por exemplo – descamação mais fina • Doenças imunes que ocorre descamação mais grossa • Descamação relacionada a doenças infecciosas como micoses. o Erosão/ abrasão (epiderme) ou exulceração (mucosa) • Perde a camada mais superficial o Ulceração • Lesão aberta (perda de continuidade) com perdas teciduais até a derma o Fissura • Ulceração linear § Contornos de orifício (ex: região anal) § Em pregas ou dobras o Fístula • Conteúdo dérmico que exterioriza • Algo que está ligando. Um “buraquinho”/ orifício • Fístulas cavitárias MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 45 o Crosta • Perdas teciduais advindas de vesículas • Transudato para fora da pele (ex: impetigo) • Situações de reparação tecidual o Escara • Ulceração necrótica § Distribuição das lesões o Anular o Cacho § Herpes simples o Arciforme (ferradura) o Zosteriforme (padrão por acometer um dermátomo) § Herpes zoster o Linear Semiologia do aparelho locomotor § Identificação o Gênero o Idade o Etnia o Profissão o Hábitos de vida § Queixa principal § Historia da moléstia atual o Dor (ILICIPDF) § Dor inflamatória – melhora quando se realiza movimento § Dor mecânica – inicia ao movimento § Queixa articular o Dentro da articulação o Extra-articular § Exame físico o Inspeção § estática (observar) § Dinâmica • Ativa – próprio paciente que faz o movimento • Passiva – profissional que faz o movimento para ele (movimento possível de fazer) o Palpação/ percussão MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 46 o Ausculta (raro) o Testes especiais (reflexos, testes de força) § Sinais articulares o Ruídos § Estalos (ressalto, corpos livres) § Crepitações (atrito) – preocupar com dor associado somente o Alteração de ADM § Limitação (parcial ou total, intra ou extra-articular) § Bloqueio (parada completa do movimento – lesão de menisco por exemplo) § Aumento de movimento § Inspeção o Comparação o Exposição do segmento examinado o Descalço § Palpação o Confirmar os achados observados § Hiperemia § Derrame § Tumefação § Calor § Crepitação § Pontos dolorosos § Exame articular o Mobilidade articular § Amplitude de movimento § Goniômetro o Inflamação § Sinovite – palpação e mobilidade dolorosa § Derrame versus edema (derrame é dentro da articulação; edema é em região de pele) § Tumefação/ rubor/ calor/ dor o Deformidade o Infecção de articulação – bioartrite – tratamento de urgência (cirurgia) § Torcicolo congênito – alterações no m. Esternocleidomastoideo § Giba dorsal § Doenças o Lombalgia § Dor localizada entre o último arco costal e prega glútea § Ciatalgia/ ciática • Dor originada na raiz da coxa, uni ou bilateral, que ultrapassa o joelho, dependendo da raiz nervosa acometida. § Presente em 80% da população ao longo da vida § Segunda causa mais comum de atendimento médico § É um sintoma, incaracterístico (diversas etiologias) • Influência do sistema nervoso • Apenas 15% possui definição § Lombalgia : causa mais comum MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 47 • Hérnias, estenose, fraturas, doença visceral, tumor primário • Mais de 50 doenças que causam dor nas costas § Síndrome da calda equina (final da medula – termina no cone medular (L1-L2)) – compressão dessas raizes o Dormência e parestesia em sela (região medial de coxas, períneo, glúteos) o Dificuldade de movimentações dos dedos (hálux por exemplo – raiz de S1) o Perda do controle esfíncteriano § Exames complementares o Não precisa fazer raio-x se não tiver sinal de alerta o Sinais de alerta § Dor com mínimo esforço § Escoliose § Dificuldade para urinar § Perda de força § Dor em articulações periféricas § Alterações reumatológicas § Histórico familiar § Dor lombar em crianças (<18 anos ou adultos >55 anos) § Dor progressiva e noturna (ciclocircadiano do corticoide – hormônio anti- inflamatório; a noite diminui concentrações e por isso aumenta a dor) – não é comum se ter dor noturna • Infecção ou tumor – confirmação por exames § Paciente com história pregressa de câncer § Uso sistêmico de corticosteroide § Perda de peso o Lesão lítica - destruição do osso o TC e ressonância – § pouca indicação no PS na teoria § Luxação o Perda da congruência articular o Tipos: traumática aguda, recidivante, inveterada (crônica) o Exame físico § Dor severa o Atendimento inicial § Imobilização provisória na posição de conforto § Analgesia potente § Avaliar situação neuro/vascular do membro § Sempre fazer raio X antes de colocar no lugar (redução) § Ex: luxação glenoumeral § Sempre avalie função do nervo axial § Manobra de Kocher Nervos cranianos - SEMIOLOGIA § 12 nervos cranianos, se distribuem em pares. § Nascem no encéfalo § I nervo – OLFATÓRIO MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 48 o sensorial o Primeiro nervo craniano o Nasce no bulbo olfatório o Se liga diretamente ao encéfalo o Responsável pelo olfato – aroma, cheiros do ambiente através das células olfatórias o Percepção consciente o Percepção não consciente o Avaliação / exame § Aromas conhecidos (que não sejam cítricos ou ácidos) § Unilateral com os olhos fechados; ocluir uma narina de cada vez • Hiposmia – diminuição do olfato • Anosmia – ausência de olfato • Cacosmia – distorção • Fantosmia - Alucinação olfativa (alucinação perversão sensorial) § Olfato auxilia a percepção do gosto das coisas o Disfunções olfativas § Traumas (fraturas da base do crânio – lâmina cribrosa) § Neoplasias (10%) – base de crânio (gliomas/ meningiomas/ adenomas) § IVAS (infecção de via aérea superior) – hiposmia transitória § idiopática § outras: Medicamentos; parkinson (queda da dopamina); tabagismo; epilepsia § II nervo - ÓPTICO o Sensorial o Se unem no quiasma óptico e mandam irradiações para o córtex. o Retina temporal do lado esquerdo se une a retina nasal do lado direito § Retina nasal enxerga campo temporal § Retina temporal enxerga campo nasal § Retina nasal cruza (Campos temporais cruzam) § Retina temporal segue do mesmo lado (Campos nasais seguem do mesmo lado) § Visão do lado esquerdo – retina nasal direita e retina temporal esquerda § HEMI = METADE § ANO = ausência dê o LESÕES § Lesão no nervo – amaurose; perde visão de um olho (monocular) § Lesão no quiasma – perde-se retinas nasais, perdendo portanto visão temporal -> hemianopsia bitemporal (visão em túnel) § AVC lado direito do cérebro – perde visão temporal do lado esquerdo e perde visão nasal do lado direito -> hemianopsia homônima esquerda - perde visão do lado esquerdo • AVCI a direita – hemiparesia à esquerda e hemianopsia homônima esquerda • AVCI a esquerda – hemiparesia à direita e uma hemianopsia homônima direita o Avaliação § Campo visual – exame de confrontação MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 49 • Testar quatro quadrantes § Acuidade visual - lâmina de Snellen (60 cm) • Espera-se visão 20/20 § Fundo de olho – fundoscopia direta e indireta • Fundoscopia indireta o Aumento até 3,6x o Maior campo visual o Imagem invertida e virtual o Mais equipamentos o Maior resolução • Fundoscopia direta o Aumento de 1,5x o Aparelho portátil o Campo de visão restrito • Principais campos a serem avaliados: • Papila o Borramento (papiledema) -> hipertensão intracraniana o Atrofia – papila pálida/ esbranquiçada • Fóvea/ mácula – verifica se tem lesão em mácula e fóvea • Vasos retinianos (retinopatia diabética/ HAS) o Lesões – principais causas § Traumáticas (fratura de órbita/ FAF) § Neoplásicas (adenoma hipofisário); tumor do nervo óptico § Vasculares (AVCs/ aneurismas cerebrais; NOIA – neurite óptica isquêmica aguda) § Inflamatórias (doença autoimune; neurite óptica, esclerose múltipla) § Hipertensão intracraniana (massa tumoral; edema de papila) § Motricidade ocular extrínseca o III Oculomotor o IV Troclear o VI Abducente MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 50 o Disfunção – principais causas § Vasculares – aneurisma cerebral, AVT (síndrome de tronco encefálico), neuropatia diabética § Neoplasias – tumores de base de crânio; tumores de órbita § Inflamatórias – autoimunes § Hipertensão Intracraniana (mais comum no VI nervo) § III nervo - OCULOMOTOR o Mexe no músculo reto inferior (olha para baixo), reto superior (olha pra cima) , reto medial (olhar para o meio), oblíquo inferior (região superior temporal – para cima e lateral) e elevador da pálpebra o motor; sensorial visceral o Lesão § estrabismo divergente (pálpebra caída, ao levantar a pálpebra, olhar para fora) § ptose palpebral § midríase § IV nervo TROCLEAR o Oblíquo superior – Depressão (olhar para baixo) e adução (olhar para a ponta do nariz) o Lesão – adução e desvio superior discretos § V nervo TRIGÊMEO o motor, sensorial o Três Ramos § V1 – oftálmico § V2 – maxilar § V3 – mandibular o Mexe com músculos § Masseter § Temporal o Exame – Função Motora § Inspeção: desvio da mandíbula; palpação do músculo temporal (avaliar crepitação, tônus do músculo) § Reflexo masseterino/ mentoniano § Sensibilidade • Tátil – algodão • Térmica – tubos com líquido (frio >15 graus; quente menor que 45) • Dolorosa – alfinete • Vibratória – diapasão • Reflexo córneo-palpebral – algodão (reflexo utilizado em avaliação de morte cerebral) o Aferência V o Eferência VII • Anestesia – não há sensibilidade • Hiposestesia – sensibilidade diminuída MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 51 • Disestesia – sentir um outro tipo de toque diferente do realizado propriamente. • Hiperpatia (estímulo repetitivo não doloroso mas causa dor)/ alodínia (sente dor com estímulo não doloroso) o Disfunções – principais causas § Vascular – neuralgia do nervo trigêmeo; trombose do seio cavernoso/ aneurisma GIG § Infecciosa – Herpes Zoster vírus varicela zoster -> síndrome de Ransey-Hunt § Neoplasia – tumores da fossa temporal/ seio cavernoso § Síndrome do seio cavernoso • Sinais e sintomas: o Oftalmoparesia (III/ IV/ VI) o Hiposestesia facial (V1 e V2) o Causa: aneurisma, meningiomas, inflamatória § VI nervo ABDUCENTE o Mexe com músculo reto lateral – abdução o Lesão - Estrabismo convergente (pálpebra continua aberta) § VII nervo FACIAL o motor, sensitivo o Inspeção § Passiva – desvio de rima labial; redução das linhas de expressão; simetria do rosto § Ativa – fechar os olhos (sinal de bell) § Gustativa – amargo/ azedo/ doce/ salgado o Coordena alguns músculos como o orbicular dos olhos (fecha os olhos); franzir a testa; risório; elevador da asa do nariz; orbicular dos lábios. o Lesão central (AVC) a parte de cima funciona normal e a parte inferior fica afetada (paralisada); paralisa o quadrante inferior (1/4 do rosto) o Paralisia periférica – lesão do nervo (pega toda metade da face); paralisia de toda metade do rosto. (paralisia de Bell) § Tratamento – corticosteroide e sinais de vírus herpes –> aciclovir; colírio, pomada oftálmica MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 52 o Causas da disfunção: § Paralisia de Bell -> Idiopática (>50%); infecciosa (herpes vírus) § Neoplasia -> neurinoma do acústico § Vascular -> alça vascular (compressão) – hemiespasmo hemifacial (contração/ espasmo da fácie) § VIII nervo VESTIBULOCOCLEAR o Nervo sensitivo o Função: equilíbrio o Pode-se ter comprometimento da audição por infecção, lesão de tímpano, tumor na orelha média. - Perda de condução aérea – hipoacusia por perda de condução aérea (diagnóstico sindrômico) § Diagnóstico topográfico é orelha média. o Perda neurosensorial – hipoacusia neurosensorial § diagnóstico topográfico é orelha interna o Exame § Audição (coclear) • Unilateral com olhos fechados • Provas – Rinne (diapasão)neurossensorial x condução weber o Condução de Weber – colocar diapasão em cima do crânio – paciente relata ouvir melhor do ouvido em que tinha dificuldade. – hipoacusia por condução aérea – diagnóstico anatômico é em orelha média. • Audiometria § Equilíbrio (vestibular) • Manobra de Romberg – posição em “sentido”, fechar os olhos e avaliar se desequilibra. (se ele cai para esquerda a tendência é que a lesão vestibular seja do lado esquerdo); marcha em estrela (pedir para andar para frente e retorna com os olhos fechados de costas) • Nistagmo • Provas calóricas o Disfunção – Causas § Coclear (hipoacusia/ anacusia) • Perda neurosensorial (idoso/ruído) MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 53 • Inflamatória infecciosa (otites) • Neoplasia (scwanoma vestibular) § Vestibular • Inflamatória – síndrome vestibular periférica -> Romberg + • Neoplasia • Idiopática o Acuidade auditiva § Anacusia = surdez § Hipoacusia § Acufenos = zumbidos/pulsação § Alucinações auditivas (epilepsia/ doença psiquiátrica) o Equilíbrio § Vertigem – central (alterações de marcha); periférica (vômitos/ piora ao deitar/ romberg +/ marcha em estrela) § IX nervo GLOSSOFARÍNGEO & X VAGO o Sensorial visceral o Somático sensorial o Visceral motor o Visceral motor especial o Sensorial especial o Exame § Sensibilidade – meato acústico esterno § Reflexo do vômito reduzido – (estímulo da parede posterior da faringe) § IX – gustação (1/3 posterior da língua) § Inspeção da cavidade oral • IX – sinal da cortina (deslocamento da parede posterior da faringe); deslocamento da úvula • X – queda do palato; paralisia das pregas vocais (laringoscopia) o Lesão no nervo glossofaríngeo e vago § Sintomas • Disfagia • Disfonia/ afonia (X) • Dor § XI nervo ACESSÓRIO o Visceral motor especial o Visceral motor o Misto – raiz craniana e raiz espinal o Envolvido com movimentação do m. esternocleidomastóideo e trapézio o Sinais e sintomas § Inspeção estática • Queda do ombro • Escapula alada • Assimetria do volume muscular § Dinâmica • Trapézio – elevação do ombro contra resistência • ECM – rotação da cabeça contra resistência § Sintomas • Disfonia (raiz bulbar) MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 54 o Lesão – causas § Neoplasias (forame jugular) § Iatrogênica (biopsia de linfonodos cervicais) § XII nervo HIPOGLOSSO o Nervo somático motor o Ira fazer maior parte da movimentação da língua o Sinais e sintomas § Inspeção estática (língua) • Trofismo • Fasciculações § Inspeção dinâmica • Exteriorizar e observar desvios • Mobilizar para todos os lados § Palpação unilateral – tônus o Sintomas : disfagia e disartria o Lesões – causas § Doença autoimune – ELA (fasciculações de língua) § Neoplasias – neurinoma § Siringobulbia Semiologia da dor aguda e crônica • Dor – queixa mais comum nas unidades de emergência Somato-receptores e a somato-sensação • O que são receptores sensoriais ? o Detectam mudanças no meio ambiente e disparam impulsos aos sistema nervoso central para sua elaboração o 1. Sentido somático (somato-sensação) § Tato, pressão, temperatura, dor etc. o 2. Sentido especial § Olfato, visão, equilíbrio, sabor etc. o Somato-sensação : § Processo fisiológico pelos quais estruturas especializadas ativam o sistema nervoso, resultando na percepção de pressão, tato, temperatura, dor, etc. MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 55 o Nociceptor (ou nocirreceptor) é o receptor periférico (somato-sensitivo) que responde a estímulos nocivos, como a dor. (são receptores livres nos vários tecidos) o Nocicepção : § Transdução de um estímulo de agressão pelos nociceptores, não necessita consciência. Diferente de dor que necessita sua elaboração (consciência e emoção). Conceito de dor • Experiência sensorial e emocional desagradável, associada a dano real ou potencial, ou descrita em termos de tal dano. – (IASP); 1979 • Dor = Nocicepção (percepção e resposta a estimulo nociceptivo) + Componente subjetivo (dimensão afetiva e emocional do sofrimento) • A dor é um importante componente de defesa corporal diante de um ambiente hostil; • Constitui um sinal de alarme que visa proteger o organismo de possíveis danos. a. Classificação temporal o Aguda – papel de alerta, acompanha manifestações neurovegetativas (principalmente na dor visceral), desaparece com remoção do fator causal. o Crônica – não tem papel de alerta, persiste por período maior que o necessário para cura do processo mórbido, ou associada a afecções crônicas, ou decorrente de lesões do sistema nervoso. Determinando stress e perda de qualidade de vida. (ela não tem o papel de preservação, é uma doença essa dor) A sensação de dor nociceptiva compreende 4 mecanismos básicos: o TRANSDUÇÃO – ativação de nociceptores por estímulos mecânico, térmico ou químico e transformação em potencial de ação; o TRANSMISSÃO – conjunto de vias o mecanismo que permite a condução do impulso nervoso, causado pelo estimulo doloroso, até o SNC. MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 56 o RECONHECIMENTO DO ESTÍMULO DOLOROSO; - córtex -> desencadeando um comportamento, emoção e consciência de que algo esta errado – sentindo dor. o MODULAÇÃO - vias responsáveis pela supressão da dor. (endorfinas por exemplo ) Vias neurais da dor • Estímulo na periferia em receptores livres; • Dor e inflamação andam de mãos dadas. Inflamação tecidual -> células lesadas liberam mediadores inflamatórios -> estímulo de receptores nas fibras nervosas -> dor além de gerar a inflamação. • Mas para proteção, existem células no local que liberam endorfinas (morfinas endógenas) que irão diminuir a aferência de estímulos para dor. • Resposta inflamatória : MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 57 o Sistema complemento o Serotonina o Histamina o Sistema Bradicinina e Calicreína o Interleucinas o Leucotrienos o Prostaglandinas o Fator ativador de plaquetas • Mecanorreceptores – quando a pressão é muito intensa eles também podem desencadear a dor. (por via Aβ -> corno posterior da medula); se o estímulo não é muito intenso ele pode até diminuir a aferência dolorosa. • A dor pode caminhar por três qualidades de fibras : Aβ , Aδ e C. • Aδ e C são as mais comuns, mais importantes. São fibras mais finas -> transmite o impulso elétrico mais rápido. Elas fazem conexões em varias regiões no corno posterior da medula. • Lâmina II0 e II1 -> São as mais importantes -> substância gelatinosa de Roland -> região com grande quantidade de receptores de endorfina. o Anestesista -> peridural com morfina + anestésico local (irá impedir a aferência dolorosa, bloqueando a raiz dorsal). Analgesia pós operatória ? morfina irá agir na lâmina II e III que tem receptores de endorfina -> analgesia pós operatória. MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 58 • Fascículo lateral da medula : o Trato neo-espinotalâmico (trato espinotalâmico) – faz uma conexão no núcleo ventro-póstero do tálamo –> córtex o Trato paleoespinotalâmico (trato espinoreticular) (via mais lenta) – faz conexões na região bulbar (sinapses químicas) – trato espinoreticular; trato espinoperiaquedutal; sistema límbico -> ínsula -> córtex. Amplificadores e moduladores • Após o encéfalo ter reconhecido a dor, as próprias vias nociceptivas ativam a via de modulação com o intuito de tentar suprimir a via da dor. • Vias de modulação: o Segmentar (a nível medular) o Supra-segmentar (a partir do encéfalo) § estas estruturas enviam impulsos descendentes que inibem a transmissão dos sinais de dor nos neurônios do corno dorsal da medula espinhal; MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 59 § as principais estruturas envolvidas nesse sistema descendente inibitório são: • substancia cinzenta periaquedutal (SCP); • Bulbo rostroventromedial (RVM) que inclui o núcleomagno da rafe (NMR) e o locus coeruleus (LC). • Mecanismo do sistema porta -> envolve as fibras grossas que transmitem tato e pressão • Via de modulação periférica -> células imune e queratinócitos liberam endorfinas que são ativadas através dos receptores opióides/ mi. • Via de modulação central -> trato descendente. SEMIOLOGIA DA DOR • A dor é caracterizada como quinto sinal vital (PA, Temperatura, FC, FR) • Características semiológicas da dor o 1. Início da dor – paciente relata há quanto tempo iniciou a dor. o 2. Duração da dor – menos de três meses -> aguda; mais de três meses -> crônica o 3. Localização da dor – bem localizada ou difusa MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 60 o 4. Irradiação da dor – pode irradiar para outros lugares especialmente em dores viscerais. o 5. Intensidade da dor – leve, moderada e intensa. o 6. Qualidade da dor (queimação, cólica, pontada, pulsátil..) o 7. Evolução da dor (vem com melhora ou piora; contínua ou intermitente) o 8. Medidas de alívio o 9. Sintomas contribuintes o 10. Efeitos da dor no paciente o 11. Efeitos comportamentais CLASSIFICAÇÃO DA DOR • DOR -> ORIGEM -> NOCICEPTIVA -> TEM UM SUBSTRATO ANATÔMICO; TERMINAÇÃO NERVOSA SENDO ESTIMULADA. -> SOMÁTICA (OSSOS, MUSCÚLOS); VISCERAL • DOR -> ORIGEM -> NEUROPÁTICA -> NÃO HÁ ESTÍMULO NOCICEPTIVO MAS O SNC INTERPRETA QUE ESTA TENDO DOR. (EX: Herpes Zoster. – paciente não tem mais a doença mas o paciente se queixa de dor) • Dor aguda -> duração por menos de 3 meses; sintomas auxiliam no diagnóstico. É curável. TEM UTILIDADE BIOLÓGICA. MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 61 • Dor crônica -> dor que persiste acima de 3 meses (controverso). Acomete 1 entre 5 adultos; aumenta com a idade; atinge mais mulheres, em trabalhos extenuantes ou naqueles com menores níveis de escolaridade. DOR SEM UTILIDADE BIOLÓGICA. Síndromes Dolorosas • Dor somática o Bem localizada o Próxima da lesão o Pode piorar com o movimento o Ex: artrite, fraturas, Pós operatório. • Dor Visceral o Pouco localizada o Desencadeia reações autonômicas o Relaciona-se com dor referida o Ex: obstrução intestinal, tumor de pâncreas, IAM, apendicite. • Fibromialgia o Dor crônica o Mais comum em mulheres com depressão o Cada vez ela acomete um local o Não existe substrato anatômico • Dor neuropática o Herpes na fase aguda o Dor de origem central o Inicio com alterações após uma lesão nervosa o Provoca mudanças na transmissão e leitura do estímulo doloroso. o Não há nenhum dano tecidual, não tem objetividade biológica. o O que ocorre é uma disfunção das vias que transmitem dor, levando a uma transmissão crônica dos sinais dolorosos. o Injúrias aos nervos sensoriais periféricos são provavelmente a causa mais comum o Associada a uma doença crônica degenerativa do sistema nervoso MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 62 o Sensação de queimação, peso, agulhadas, ferroadas, choques. o Pode ser acompanhada ou não de “formigamento” ou “adormecimento”(sensações chamadas de parestesias) o Alodínea é característica; alodínea são estímulos não dolorosos que o SNC interpreta como dor. • A distrofia simpático-reflexa (atrofia de Sudek, algodistrofia); síndrome complexa regional o Síndrome dolorosa que ocorre principalmente após trauma periférico que pode ser acompanhada por sintomas autonômicos (edema, vasodilatação e sudorese) e alterações do crescimento e aparência da pele e das unhas. • Cefaleias • Neuralgia do trigêmeo o Comum principalmente em homens o Grande característica : alodínea o Dor aguda o Duração de segundos a vários minutos o Característica choque elétrico ou esfaqueamento (queimadura). o Sem febre ou edema associados. o Desencadeada por ações simples, mastigação, escovar o dentes, sopros de ar ou vento no rosto ao tocar o rosto. o Episódios podem ser recorrentes o Períodos de remissão variáveis o Pode evoluir para cronicidade o Depressão e ansiedade Quantificação da dor • O controle adequado da dor é considerado uma boa prática médica e é empregado como marcador de qualidade. • Dor -> 5 sinal vital do ser humano. MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 63 • Instrumentos de avaliação da dor o Escala numérica verbal descritiva -> consiste em uma escolha de um numero ordenados com ou sem descritoras da ausência de dor (zero) até a pior dor que se possa imaginar (dez). (validação para grupos específicos) o Escala analógica facial descritiva Analgesia multimodal – controle da dor • Perifericamente : anestésico local ou anti-inflamatório • Bloqueios analgésicos o Peridural o Raquianestesia (feito depois da membrana subaracnoídea) o Bloqueios nervosos periféricos • Modulação via descendente o Encefalinas o Serotonina • Modulação central o Opióides o Alfa2-agonistas (age em receptor alfa 2 -> feedback negativo na liberação de adrenalina no SNC; com isso diminui as necessidades opióides) o Cetamina o Dipirona • Modulador como posterior MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 64 o Opióides o Alfa2-agonistas o TENS • Dor de baixa intensidade – AINHs e dipirona • Dor de intensidade moderada -> opióides fracos; alfa 2 agonista; bloqueios analgésicos; mas continua com AINHs e dipirona • Dor intensa -> opióides fortes ou intermediários; • Bloqueio periférico de membro superior -> anestésico em plexo braquial • Peridural -> feita em cesarianas; com cateter ou sem cateter. • PCA -> usa uma bomba de infusão programável para permitir uma base de infusão de fármacos (anestésico local e opóide) e de bolus auto-administrado se necessário (venoso, peridural ou em plexos). o Venoso o Peridural o Bloqueios periféricos o Vantagens de PCA § Pacientes podem definir sua analgesia § Os pacientes estão no controle da dor; (dentro de limites determinado pelo médico); § Resposta rápida a demanda por analgesia MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 65 § Diminuição da ansiedade do paciente em comparação com outras técnicas de analgesia. Dermatologia § Dermatites eczematosas o Doença dermatológica mais frequente o Eritema o Edema o Infiltração o Vesiculação e crosta o Escama o Prurido o Dermatite atópica § Pessoas com predisposição alérgica § Quadro eczematoso § Quadro vesiculoso § Comum em lactente – muito agudo e exsudativo § Poupa o maciço central da face (área maxilar, nariz, bochecha) -> diferente de dermatite seborreica § Infantil – quadro subagudo • Lesões limitam-se as dobras • Semelhantes a lesões da piodermite com exsudação e formação de crostas § Adulto – quadro crônico típico • Lesões liquenificadas (espesso) em grandes dobras • Acomete especialmente pescoço, joelho (cavo poplíteo) e axila. § Critério para diagnóstico: • Sempre -> prurido, distribuição e morfologia típica (face e dobras) e expusera recidivante crônico o Dermatite de contato § Irritantes primários MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 66 • Primeira exposição § Anotações § Disidrose o Etiologia : Sistema Neurológico Caso clínico: • Paciente sexo masculino, 55 anos, pardo, autônomo • QP: cefaleia há 2 dias • HPMA: paciente a duas semanas iniciou quadro de desorientação temporo-espacial, agitação, alucinações visuais, evoluindo há dois dias com cefaleia de forte intensidade que o fez acorda a noite, vômitos de restos alimentares, febre aferida (38 a 40 graus) e apatia. Negou alterações de força, crise convulsiva, disartria, ou ventos prévios semelhantes. • AP: HAS, DM. • Medicação em uso : insulina NPH, losartana, anlodipino e hidroclorotiazida (diurético de alça) • Hábitos de vida: negou etilismo e tabagismo. b. Exame físico o BEG, consciente, afebril, acianótico, hidratado, corado, sem edemas o Dados vitais: PA:120X60 mmHg, FC: 72 bpm, FR: 18 ipm, temperatura: 37, Sat.O2: 98% o Pulmonar: MVBD (presentes) em ambos HT, sem ruídos adventícios o Cardiovascular: ritmo cardíaco regular em 2 tempos, bulhas normofonéticas, sem sopros. o Abdome : plano, simétrico, ruídos hidroaéreos presentes, flácido, indolor a palpação, ausência de visceromegalias. o Neurológico MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 67 § Estado mental: paciente vigil e contactante, desorientado temporo- espacialmente, perda de memória imediata, fazendo as mesma perguntas frequentemente e com exacerbação de crenças religiosas. § Pares cranianos: pupilas isocóricas e fotorreagentes, motricidade ocular extrínseca preservada. Nistagmo horizontal discreto. § Sensibilidade: Coordenação, equilíbrio e marcha : sem alterações. § Motricidade: forca muscular preservada globalmente, reflexos osteotendinosos preservados § Sinais meníngeos: ausentes. c. Exames complementares o Estudo do liquor: espectro límpido, incolor, 290 células (90% linfócitos, 5% neutrófilos, 5% monócitos), 70 proteínas, 12 hemácias, glicorraquia normal (dosagem de açúcar no liquor). o Ressonância magnética de encéfalo: áreas hiperintensas em T2/FLAIR com discreta restrição difusional e algumas zonas de realce pós-gadolínio de permeio, acometendo principalmente o córtex das regiões mesiais dos lobos temporais, em grau mais acentuado à esquerda. d. Qual o diagnóstico provável para o caso? o Diagnóstico sindrômico, topográfico e etiológico o Diagnóstico Sindrômico – paciente com síndrome cognitiva a custa de alteração de comportamento (agitação, apatia) e desorientação têmporo- espacial, associada a uma síndrome álgica craniana (cefaleia de forte intensidade), com presença também de uma síndrome febril. o Diagnostico Topográfico – sinais clínicos do paciente melhor se encaixam é no encéfalo, mais especificamente nas regiões corticais associadas ao Sistema límbico, como o lobo temporal ou os lobos frontais. o Diagnostico etiológico – O provável diagnóstico é de Encefalite Herpetica (EHS). As encefalites se diferenciam das meningites por caracteizarem alterações funcionais do sistema nervoso central e são em sua maioria de etiologia viral e devem ser suspeitadas na presença de febre com alterações MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 68 neurológicas e/ou cognitivas agudas, em especial se houver prodromos virais recentes. A encefalite viral mais proeminente é aquela causada pelo vírus do herpes simples, dada sua rica apresentação clínica, sua elevada morbimortalidade e o seu potencial de tratamento específico. e. Encefalite Herpética (EHS) § A encefalite herpética é uma doença de alta mortalidade (70%) que se expressa clinicamente por inicio agudo de febre e sintomas neurológicos focais, principalmente secundários ao acometimento do lobo temporal. § Tríade clássica de sintomas da EHS: febre, dor de cabeça e alteração do comportamento. § O vírus herpes simples (HSV) é causador da EHS, sendo esta a principal encefalite esporádica (não sazonal) no mundo ocidental. Aproximadamente 90% dos casos de EHS em adultos e crianças são causados pelo HSV-1, enquanto que em neonatos o HSV-2 é o responsável. Os Vírus HSV-1 e HSV-2 são classificados como alfa-herpesvirus. Uma característica importante desta subfamília é a capacidade de estabelecer infecção latente em células do sistema nervoso. § A patogênse da EHS não é totalmente esclarecida. A hipótese é a reativação de infecção latente pelo HSV-1 no gânglio trigeminal, que atinge o sistema nervoso central (SNC) por esta via, acometendo principalmente córtex frontal e temporal. Outra gênese, menos comum, seria a primo-infecção, em que o HSV-1 atingiria o SNC, principalmente o lobo temporal e estruturas do sistema límbico, através da mucos nasal e bulbo olfatório. § O método de escolha para o diagnóstico consiste na demonstração do DNA do herpes vírus no liquor (LCR) por reação de polimerase em cadeia (PCR). Outros exames corroboram para o diagnóstico, tais como tomografia (TC), ressonância magnética cerebral (RNM), eletroencefalograma (EEG) e analise do liquor. O exame do LCR tem grande valor no diagnóstico de EHS, apresentando-se classicamente com pleocitose (10-200 cel/mm3) com predomínio de mononucleares, glicose normal ou elevada e proteínas aumentadas ou levemente aumentada. f. Quais importantes diagnósticos diferenciais ? o Infecções do SNC: meningites e abcessos cerebrais MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 69 o Doenças cerebrovasculares: hemorragia subaracnóidea ou parenquimatosa (por ruptura de aneurisma ou malformação arteriovenosa) o Encefalopatias metabólicas o Intoxicações o Doenças inflamatórias do SNA: doenças desmielizantes (esclerose múltipla, encefalomielites aguda disseminada); o Encefalites autoimune, (encefalopatia da tireoide de Hashimoto, neurolupus) o Encefalopatias para infecciosas (síndrome de Reye, síndrome hemolítico- urémico, síndrome de choque tóxico, doença de Kawasaki); o Encefalopatia aguda associada com vasculites o Enxaqueca aguda confusional. g. Qual o tratamento mais adequado para o paciente ? • A EHS requer tratamento precoce e agressivo ! • Diante da hipótese diagnóstica de EHS, inicia-se o tratamento empírico com Aciclovir até a confirmação ou não do diagnóstico, tendo em vista sua baixa toxicidade e alta eficácia no tratamento, quando iniciado precocemente. • Utilizam-se Aciclovir de 10mg/kg por via intravenosa a cada 8h por 10-14 dias, sendo que em casos de imunossupressão comprovada deve-se estender o tratamento por ate 21 dias, diminuindo assim a chance de recidiva. • A concentração no LCR é aproximadamente a metade encontrada no plasma. Aconselha-se boa hidratação e monitoramento da função renal. A baixa disponibilidade do Aciclovir oral contraindica o seu isso por esta via no tratamento da EHS. • O prognóstico desta infecção depende principalmente da precocidade do tratamento (melhor prognóstico se iniciando nos primeiros quatro dias), da idade (pios nos maiores de 60 anos) e da gravidade inicial do quadro, sendo padronizado pela escala de Glasgow (< 6 pior prognóstico). Marcha e Vertigens Tontura MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 70 • Sintoma comum quando paciente se sente inseguro em relação a sua movimentação ou posição em relação ao meio ambiente externo. • Sintoma vago, não muito específico -> pode ser vertigem Vertigem (rotatória) • Sensação de que tudo esta rodando ao seu redor ou que ele próprio esta rodando. É uma alucinação (ilusão de algo que não existe) de movimento e apresenta causas específicas o Vertigem Objetiva – objetos rodam o Vertigem Subjetiva – sujeito roda • Orelha média = Mácula (utrículo – sáculo) – pedrinha sai por trauma e vão para os canais semicirculares -> fica girando -> vertigem posicional paroxística benigna. (VPPB) – súbita, duração breve, pode persistir por algumas semanas, mais comuns em idosos. • Neuronite vestibular – subida mas não é desencadeada pelo movimento • Doença de Meniére – pior doença, pode durar dias ou horas, perda auditiva. Processo inflamatório • Intoxicação por drogas (aminoglicosídeos, álcool) – súbito ou insidioso • Transtorno do tronco cerebral e do cerebelo Sincope • Desmaios; baixo fluxo sanguíneo cerebral. • Perda de consciência (duração curta e recuperação rápida); • perda da consciência pode ser uma concussão (bate a cabeça em algum lugar e desmaia – desaceleração do cérebro ou pela rotação da cabeça) • Síncope vasovagal – mais comum; cena de violência, muito tempo em pé; o Aumento da resposta adrenérgica ou colinérgica -> taquicardia e aumento de pressão -> quimiorecptores mandam sinais para região cerebral -> sinal nervo vago liberando acetilcolina -> vasodilatação (redução da pré carga – retorno venoso diminui; redução de pós carga – queda da resistência vascular periférica, bradicardia, reduçãodo débito cardíaco e PA -> redução do fluxo sanguíneo cerebral -> perda de consciência. MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 71 o Resposta parassimpática também pode levar a redução do fluxo sanguíneo cerebral • HIPOGLICEMIA, HIPOTENSÃO POSTURAL, ARRITMIAS CARDÍACAS, DOENÇAS CARDÍACAS (INSUFICIÊNCIA), LESÕES DE ARTÉRIAS (roubo da subclávia, etc) • Lipotímia -> pré sincope ou quase síncope. (sintomas que antecedem a perda de consciência) o Palidez cutâneo-mucosa o Cianose labial (nem sempre) o Diaforese (suor profuso) o Epigastralgia ou dor abdominal o Sensação de morte o Palpitações o Turvação visual • Quase-síncope – paciente com sensação de que vai cair mas se protege e acaba não caindo. Desequilíbrio • Paciente se sente desequilibrado (sensação de que não esta pisando em terra firme) • Pode ser causado por ataxia (cerebelar), ataxia sensitiva (propriocepção), sequela de AVC (hemiparesia), doença de Parkinson. Romberg • Teste para o equilíbrio • Em pé com os pés unidos e braços estendidos • Se tem queixa de vertigem ele pende para algum lado • Romberg sensibilizado – braços estendidos, rotação da cabeça e pequenos empurrões Dix-Hallpike • Paciente originalmente sentado com as pernas para dentro da maca • Deitar o paciente em superfície plana com a cabeça pendente (30 graus negativos) • Rotação da cabeça para o lado esquerdo e na segunda manobra para o lado direito. MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 72 • Após a manobra, tiver o nistagmo -> positivo VPPB; ou se sentir sintomas ao fazer a manobra -> VPPB • Nistagmo – movimento rápido dos olhos Marchas • Marcha em bloco o Parkinsoniano (tende a curvar os joelhos para frente, coluna em C, braços muito próximos ao corpo, olhar para o chão) • Marcha Ebriosa/ Cerebelar o ataxia cerebelar (andando em “zig-zag”), anda com os pés bem largos • Marcha Talonante/ Tabética o ataxia sensitiva (sempre com olhar fixo no chão, bate o pé no chão, pois não tem mais a propriocepção – não sabe onde esta os pés. • Marcha “em estrela” / Vestibular o ataxia vestibular – tende em seguir em linha reta, ao pedir para voltar com os olhos fechados ele faz um V invertido mais deslocado para a direita (lesão vestibular a direita); VPPB, meniére, neuronite. • Marcha a pequenos passos o marcha em que a pessoa não consegue tirar o pé do chão – ataxia frontal – causas: lesão frontal ou hidrocefalia de pressão normal (HPM) – acumula liquido mas não aumenta muito a pressão. o TAP Teste – tirar liquido. • Marcha escarvante o Déficit de flexão dorsal do pé (pé fica caído) – lesão do nervo fibular ou ciático ou raiz de L5. • Marcha ceifante o Sd piramidal o Geralmente paciente que teve AVC. o Espástica hemiplégica • Marcha Espástica/ Espasmódica o Lesão axonal difusa (pior que a concussão) – lesão cerebral MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 73 • Marcha anserina o Lesão muscular (miopatia, miosites, distrofias musculares) o Fraqueza muscular o Levanta o quadril para andar) Manobras • Caminhar em linha reta – colocar o calcanhar à frente do hálux do pé contrário • Equilibrar-se sobre um único pé. • Pé formando um 4 GALS MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 74 • Exame do sistema locomotor : • Gait – marcha • Arms – braços • Legs – pernas • Spine - coluna • Exame físico geral inicial; triagem • Marcha o pedir para o paciente dar alguns passos, ida e volta (observar a parte posterior e anterior do paciente, mudança de direção ); o ritmo da marcha, habilidade de se virar, assimetrias; o examinador realiza inspeção estática. (articulações com altura simétrica – cotovelos, joelhos valgo ou varo, tornozelos, quadril, ombros, coluna; verificar se há inchaço, vermelhidão; verificar fâneros em extremidades). Lateral: hiperextensão de joelho, curvaturas da coluna (lordose, cifose), ver alinhamento dos pés. Distância média entre os calcanhares geralmente é a distancia do quadril da pessoa. • Braços o Mãos atrás da cabeça e rotação externa de ombros (atividades de vida diária; movimento que traz informações sobre a qualidade de vida do paciente) o Apenas antebraços elevados, braços ao lado do corpo, mãos em pronação o Mãos em supinação (tônus da região tenar) o Fechar as mãos o Movimentos de pinça o Apertar dedos do examinador (cruzar as mãos – melhor) o Pressão sobre metacarpofalangiana (região mais acometida por artrites – se houver processo inflamatório ele irá sentir dor nessa região) • Pernas o Paciente deitado, testar flexão de joelhos e quadril (mão no joelho sentir se o movimento foi tranquilo, liso, movimento em roda dentada, ou seja, avaliar o deslocamento em si); (as mãos do joelho e tornozelo vão trabalhar) o Rotação interna de quadril (mão do joelho vai empurrar para o centro do corpo) MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 75 o Patela (sinal da tecla); mão segurando o tendão do quadríceps, mantém a patela fixa. o Pés o Pressionar metatarsofalangianas • Coluna o Inspeção posterior (escoliose) e lateral (cifoses e lordoses) o Flexão lateral de pescoço o Tocar os polegares no chão (flexão de coluna ou flexão de quadril) – colocar três dedos próximo ao final da coluna, quando o paciente esta com a coluna reta e levanta, os dedos permanecem na mesma distância – flexão de quadril; o Abertura de mandíbula e lateralização (ATM – articulação bastante acometida; paciente abre a mandíbula e joga a mandíbula para o lado). IMOBILIZAÇÕES • Conceitos / objetivos: o Redução de perda sanguínea o Redução de dor o Facilitação no transporte • Perda de continuidade - Imobilizar o segmento • Toda fratura ou suspeita de fratura deve ser imobilizada • Luxações: se não houver prejuízo do suprimento vascular, não realizar redução sem rediografia prévia. • Avaliar sangramentos, exposição óssea, pulsos periféricos • Evitar reentrada de osso exposto. • Material: Tala aramada moldável; na maioria das vezes o que se tem são meteriais aleatórios. • Acima/abaixo: o fratura de osso longo: imobilizar articulação acima e articulação abaixo. o Fratura articular: imobilizar o osso acima e o osso abaixo. • Direção de fixação : distal -> proximal • Colocar tala em lateral e posterior (“L”) -> membros inferiores • Membro superior -> possíveis fraturas: MEDICINA PM IV – THAYNÁ BORBA 76 o Clavícula e ombro -> colocar o braço em 90 graus, colocar uma tipóia no outro ombro; pode amarrar o braço junto ao corpo. o Úmero -> desde o ombro ate o cotovelo • Após imobilizar o Reavaliar pulso, cor, sensibilidade e temperatura. • Princípios de esparadrapagem -> trabalho em “X” ; X fica na articulação que você não quer que mexa. o Sempre contra articulação/movimento que deseja proteger. Sistema Locomotor • Caso clínico • Dor nas costas há cerca de um mês • Após levantar uma caixa pesada, apresentou uma dor aguda intensa (8 na EVA), sem irradiação, com piora aos movimentos, na região de vertebras torácicas inferiores, T10 a T12. • Automedicando-se com dipirona (500mg duas vezes ao dia) e repouso por uma semana, apresentando melhora parcial dos sintomas. Relata que continuou sentir dor moderada de intensidade 5. • AP: HAS e DM compensados há 6 anos. Fratura de rádio distal a 10 anos. • Medicamentos em uso: captopril, hidroclorotiazida e metformina. • Menarca aos 14 anos; menopausa aos 53 anos (não fez terapia de reposição hormonal). Pai falecido aos 70 anos por IAM há 30 anos e mãe falecida aos 65 por complicações de CA de mama, tinha diagnóstico de osteoporose. • Hipótese principal : osteoporose com fratura de vértebra. • Exames a serem solicitados: hemograma sem alterações; velocidade de hemossedimentação (VHS): normal; TSH normal; albumina, creatinina, ureia, enzimas hepáticas normais; • Radiografia de coluna torácica
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