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Interação medicamentosa entre antipsicóticos e analgésicos narcóticos.


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Interação medicamentosa é a consequência da administração de dois medicamentos simultaneamente, onde ocorrem modificações da natureza, importância ou duração do efeito de uma das medicações. Tal ação ocorre, muitas vezes, em virtude da automedicação praticada pelos usuários que paralelamente ao uso de psicotrópicos, por exemplo, utilizam outras medicações sem prescrição e acompanhamento médico, trazendo possíveis riscos a saúde que ocasionalmente são irreversíveis. 
Tratando-se de psicotrópicos associados a outras medicações, podemos citar os antipsicóticos que são utilizados no tratamento de esquizofrenia. 
A esquizofrenia é uma das mais graves doenças neuropsiquiátricas que apresenta sintomas como alucinações, delírios, dificuldades no raciocínio e alterações no comportamento como indiferença afetiva e isolamento social. Esse transtorno atinge em média 1% da população e não há causa específica para seu surgimento, mas um conjunto de fatores que incluem o ambiente, a genética e estrutura e química cerebral modificada. 
Para o tratamento de esquizofrenia, como já mencionado, é indicado o uso de antipsicóticos que, apesar de não serem curativas, essas drogas aliviam os sintomas, melhoram a condição de vida do paciente e propiciam uma redução de tempo hospitalizado desse sujeito. 
Os antipsicóticos são caracterizados por sua ação psicotrópica. Eles são utilizados no tratamento sintomático das psicoses e também como anestésicos e em outros distúrbios psíquicos. 
Uma interação medicamentosa perigosa é o caso da associação entre clorpromazina, um antipsicótico utilizado no tratamento de esquizofrenia e Codeína, um analgésico que atua diretamente no sistema nervoso central (SNC) utilizado para alívio de dores de intensidade moderada. 
Quando essa associação ocorre poderá ser provocada uma depressão aditiva do SNC, bem como hipotensão arterial, já que uma das funções da clorpromazina é antagonizar receptores dopaminérgicos, causando ação calmante, somado com codeína que tem efeitos sedativos suaves. Outra consequência dessa interação é o aumento de excreção urinária. 
Dito isso percebe-se o grau da importância em observar e monitorar os horários das medicações para que não haja associações indesejadas. Sugere-se também que os pacientes não façam nenhum tipo de automedicação sem orientação médica. É válido ainda, ressaltar a importância de sempre comunicar aos médicos e farmacêuticos do uso de suas medicações já em andamento, para que esses profissionais tenham noção do que receitar e como fazer a manutenção desses novos medicamentos de modo que não haja uma interação medicamentosa com os do tratamento já em processo.