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Psicofarmacologia 3

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Psicofarmacologia
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Dr.ª Anna Carolina Cassiano Barbosa
Revisão Textual:
Aline Gonçalves
Psicofarmacologia dos Transtornos Depressivos
Psicofarmacologia dos 
Transtornos Depressivos
 
 
• Conhecer os mecanismos neurológicos envolvidos nos quadros de transtorno de humor, a 
importância do tratamento farmacológico e sua integração com a psicoterapia
OBJETIVOS DE APRENDIZADO 
• Teoria Bioquímica da Depressão;
• Principais Antidepressivos;
• Integração com a Psicoterapia.
UNIDADE Psicofarmacologia dos Transtornos Depressivos
Teoria Bioquímica da Depressão
Segundo Dalgalarrondo (2019), estima-se que, no mundo, a prevalência da depressão 
chegue a cerca de 15% em países ocidentais e 10% em países orientais. No Brasil, um 
estudo conduzido em 2002, com 1.464 pessoas, mostrou prevalência de depressão de 
17%. Em pesquisa conduzida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) 
em 2013, com 49.025 adultos, indicou-se que 9,7% das pessoas entrevistadas já haviam 
apresentado sintomas depressivos nas últimas duas semanas, além disso, 7,2% dos en-
trevistados receberam, em algum momento, diagnóstico clínico da doença.
Importante! 
É muito importante diferenciar a depressão do luto normal. O luto, apesar de causar 
sofrimento, não induz à depressão. No luto, a tristeza está, comumente, relacionada à 
perda e é associada a lembranças da pessoa falecida.
Tabela 1 – Diferenças entre luto intenso e depressão
Aspectos Diferenciais Luto Intenso Depressão
Humor/Tristeza 
experimentados e 
sua evolução 
Trsiteza muito relacionada à experiência da 
perda, que tende a diminuir com o passar 
das semanas e meses (duração muito vari-
ável, de semanas a vários meses, eventual-
mente anos).
Humor deprimido constante que abrange mais 
que as perdas; humor que não melhora com o 
passar do tempo (duração variável, mas a média 
dos episódios fica em torno de quatro meses).
Padrão Temporal Tristeza ocorre “em ondas” (“dores do luto”), associada a lembranças da pessoa perdida.
Trsiteza e desânimo oscilam menos ao longo dos 
dias (execeção da depressão atípica).
Conteúdo do 
pensamento
Trsiteza e angústia mais centradas em pen-
samentos relacionadas à pessoa perdida.
Ruminações autocríticas e pessimistas abrangen-
tes não apenas realcionadas a uma perda.
Pensamento típico
“Por que não disse à pessoa que pedi o 
quanto a amava, por que não convivi mais 
com ela?”
“Nada na vida vale a pena, eu não sirvo para 
nada, sou um peso para as pessoas.”
Fantasias relacionadas a 
pensamentos suicidas
“Gostaria de morrer para me juntar à pessoa 
perdida, para revê-la.”
“Quero morrer para não sofrer mais”, ou “quero 
morrer pois não mereço mais viver, não darei 
mais trabalho a meus familiares.”
Fonte: Adaptada de DALGALARRONDO, 2019
Os vários transtornos depressivos se caracterizam pela presença recorrente de humor 
triste, vazio ou irritável, junto a alterações somáticas e cognitivas que causam prejuízo 
significativo ao funcionamento do indivíduo. Além disso, dificuldades decorrentes de 
alterações em funções neurovegetativas e períodos de remissão entre episódios são 
comuns (DSM-5, 2014).
Funções neurovegetativas são aquelas que envolvem o funcionamento involuntário do 
corpo, tais como respiração, circulação sanguínea e digestão.
8
9
Atualmente, é possível ter conhecimento extenso sobre os mecanismos neuronais 
envolvidos em inúmeros transtornos mentais com causas biológicas conhecidas, como é 
sabido que a deficiência em Vitamina B pode causar agitação, dificuldade de raciocínio 
e depressão. Compreender corretamente as causas biológicas envolvidas nos diversos 
transtornos mentais pode levar ao surgimento de tratamentos mais efetivos, que propor-
cionem melhor qualidade de vida aos pacientes.
Figura 1 – Via para produção de fármacos
Fonte: Adaptada de BEAR; CONNORS; PARADISO, 2017
O estudo neurobiológico da depressão busca entender como as alterações em redes 
neurais, produção de neurotransmissores e outros interferem para a modificação do 
comportamento e da experiência do indivíduo. Os estudos têm indicado maior conheci-
mento sobre alterações em nível molecular, além de plasticidade cerebral e modulações 
endócrinas e imunológicas (LAGE, 2010). 
9
UNIDADE Psicofarmacologia dos Transtornos Depressivos
Sabe-se que as alterações no humor sofrem impacto em partes variadas do encéfalo, 
algumas hipóteses têm sido estudadas a fim de explicar melhor a relação entre as inú-
meras alterações cerebrais e o estado de humor. Vejamos as hipóteses:
• Hipótese monoaminérgica: explica que o humor está fortemente vinculado à li-
beração de neurotransmissores do tipo “monoaminas”, que são a noradrenalina e 
a serotonina, ou seja, a depressão seria decorrente de um prejuízo em um desses 
sistemas modulatórios. Dessa hipótese decorre que muitas das medicações utiliza-
das para tratamento dos transtornos de humor promovem o aumento nas sinapses 
noradrenérgicas ou serotoninérgicas (BEAR; CONNORS; PARADISO, 2017).
Importante!
Uma descoberta científica importante revela que, mesmo que o fármaco atue imediata-
mente aumentando as sinapses, o efeito antidepressivo demora semanas para ser per-
cebido no organismo, deste modo, é provável que a Hipótese Monoaminérgica não seja 
a única explicação para os transtornos de humor.
• Hipótese diátese-estresse: já existem evidências consistentes de que os trans-
tornos de humor acontecem com certa frequência em famílias com predisposição 
genética, o que, do ponto de vista médico, se denomina diátese. Além disso, expe-
riências ambientais como abuso ou negligência na infância, bem como situações 
estressoras ao longo da vida, atuam como fortes fatores de risco para desenvol-
vimento dos transtornos de humor em várias etapas do ciclo vital (CONNORS; 
PARADISO, 2017).
Nessa hipótese, o eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA) é o principal circuito en-
volvido no encontro entre bases genéticas e influências ambientais, inclusive estresso-
res psicológicos, desencadeando os transtornos de humor. Ademais, as alterações nas 
funções do eixo HPA têm sido identificadas em pessoas com diagnósticos psiquiátricos 
diversos (CHECKLEY, 1996).
O estresse tem papel fundamental como desencadeador de episódios de transtornos psiqui-
átricos em indivíduos com predisposição.
Uma descoberta importante sobre o eixo HPA revela que em indivíduos com trans-
torno depressivo grave os níveis de cortisol estão elevados, bem como a concentração 
do hormônio liberador de corticotrofina (CRH). Além disso, em estudos com animais, 
injeções de CRH provocam comportamentos semelhantes aos da depressão, como insô-
nia, diminuição de libido e diminuição de apetite (VILELA; JURUENA, 2014).
De acordo com Vilela e Juruena (2014), a atividade do eixo HPA pode ser regulada 
por fatores como inervação direta catecolaminérgica, serotoninérgica e dopaminérgica, 
que influencia a liberação do ácido clorídrico (HCL), que podem produzir as conhecidas 
“úlceras de estresse”. As alterações na atividade do eixo HPA podem ser causadas por 
uma série de fatores ilustrados na Figura 3.
10
11
Tabela 2 – Estados associados à hiperativação ou à hipoativação do eixo HPA
Atividade aumentada 
do eixo HPA
Atividade diminuida 
do eixo HPA
Atividade disfuncional 
do eixo HPA
Doença crônica grave Sindrome de Cushing
Depressão melancólica Depressão atípica Deficiência de glicocorti-cóides
Anorexia nervosa Depressão sazonal
Resistência a 
glicocorticóides
Transtorno obsessivo-
compulsivo
Sindrome da fadiga 
crônica
Fibromialgia
Transtorno de pânico Hipotiroidismo
Exercicio extenuante 
crônico Supressão adrenal
Desnutrição
Diabetes mellitus
Hipertiroidismo
Após terapia com glicocor-
ticóides
Após estresse
Obesidade central
Abstinência de nicotina
Pós-parto
Abuso sexual na infância Menopausa
Gravidez Artrite reumatóide
Fonte: Adaptada de VILELA; JURUENA, 2014
Grande parte dos pacientes com depressão tem apresentado concentração aumen-tada de cortisol no plasma, na urina e líquido cerebroespinal, bem como resposta in-
tensificada de cortisol e aumento nas glândulas pituitária e adrenal, indicando que a 
hiperatividade do eixo HPA está nesse transtorno.
• Disfunção do córtex cingulado anterior: a hipótese de alteração no córtex cingu-
lado anterior tem sido sustentada em diversos estudos, mostrando que a atividade 
nessa região é intensificada quando o indivíduo ativa memórias tristes e negativas, e 
que apresenta redução quando o sujeito é submetido a tratamento medicamentoso 
para depressão.
Figura 2 – Córtex cingulado anterior
Fonte: Adaptado de BEAR, CONNORS e PARADISO, 2017
11
UNIDADE Psicofarmacologia dos Transtornos Depressivos
“Essa região do encéfalo considerada um “nó” em uma extensa rede de estruturas 
interconectadas, que inclui outras regiões do córtex frontal, o hipocampo, a amígdala, o 
hipotálamo e o tronco encefálico” (BEAR; CONNORS; PARADISO, 2017, p. 768). Com 
base nos estudos desenvolvidos, essa região tem sido considerada uma importante chave 
para compreensão da relação entre um estado emocional gerado internamente e o HPA.
Em Síntese 
A compreensão sobre a neurobiologia da depressão nos indica que esse conhecimento 
necessita ser expandido, pois constitui-se como um processo complexo que envolve re-
des neurais, neurotransmissores, hormônios, genes e, inclusive, o ambiente e as experi-
ências de vida do sujeito.
Por fim:
[...] o entendimento desses mecanismos favorecerá, também o desenvol-
vimento de biomarcadores, que poderão servir como ferramentas úteis 
para o diagnóstico precoce, a escolha terapêutica adequada e a monito-
ração de resposta farmacológica e de risco de recorrência. (FRIES et al., 
2011, p. 192)
Principais Antidepressivos
A história da psiquiatria nos indica que os modernos antidepressivos surgiram após 
uma descoberta acidental, quando, nos anos 1950, pesquisadores perceberam que 
pacientes com tuberculose apresentavam humor elevado quando faziam uso da substância 
iproniazida, que, naquele período, era considerada uma substância antituberculosa. 
Os estudos não revelaram melhora na tuberculose, mas melhora no estado de humor, 
mostrando-se um antidepressivo eficaz (SCHATZBERG; DEBATTISTA, 2017).
Atualmente, os fármacos usados no tratamento da depressão são os inibidores seleti-
vos da recaptação de serotonina (ISRSs), inibidores da recaptação de serotonina e nore-
pinefrina (IRSNs), antidepressivos atípicos, antidepressivos tricíclicos (ADTs) e inibidores 
da monoaminoxidase (IMAOs) (BRUNTON; CHABNER; KNOLLMANN, 2016).
Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRSs)
Esse grupo de fármacos inibe seletivamente a receptação da 5-HT (5-hidroxitripta-
mina), e encontraremos aqui as substâncias fluoxetina, sertralina, citalopram, escita-
lopram, fluvoxamina e paroxetina. São medicações bem absorvidas por via oral e so-
frem metabolismo hepático com meia-vida de 18 a 24 horas (BRUNTON; CHABNER; 
KNOLLMANN, 2016).
O mecanismo de ação dos ISRSs é o bloqueio da recaptação de 5-HT que provoca 
o aumento da concentração da serotonina na fenda sináptica. Além disso, identificou-se 
12
13
mais recentemente que o tratamento prolongado com essa classe de fármacos aumenta 
a neurogênese e a proliferação de novos neurônios no hipocampo, tendo impacto posi-
tivo sobre o eixo HPA (WHALEN ; FINKEL; PANAVELLI, 2016).
Quadro 1 – Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRSs)
Efi cácia
Tratamento de primeira linha na:
• DM (aprovação da FDA para todos, exceto para fluvoxamina); distimia;
• TP (aprovação da FDA para fluoxetina, paroxetina e sertralina);
• TOC (aprovação da FDA para todos, execeto para citalopram 
e escitalopram);
• Fobia social (aprovação da FDA para sertralina e paroxetina);
• TEPT (Aprovação da FDA para sertralina e paroxetina);
• Bulimia (aprovação da FDA para fluoxetina);
• TAG (aprovação da FDA para paroxetina e escitalopram);
• TDPM (aprovação da FDA para fluoxetina [apenas Sarafem], pa-
roxetina [apenas a fórmula de liberação controlada] e sertralina).
Efeitos colaterais
• Efeitos colaterais GIs (náuseas, diarreia, azia);
• Disfunção sexual ( libido, orgasmo retardado);
• Cefaleia;
• Insõnia/sonolência.
Segurança 
na overdose
• Geralmente seguros na overdose até 30 a 90 dias de suprimento; 
controlada pelo suporte aos sinais vitais, lavagem gástrica;
• Convulsões/ estados epiléticos (raro).
Dosagem e 
administração
• Citalopram, paroxetina, fluoxetina: dosagem uma vez ao dia, 
iniciado com 10 a 20mg, aumentado até o máximo de 40 mg (ci-
talopram), 50mg (paroxetina) e 80mg (fluoxetina);
• Escitalopram: dosagem uma vez ao dia, iniciado com 210mg, au-
mentado até 20mg após, no mínimo, uma semana;
• Sertralina: iniciar com 25 a 50 mg e aumentar, de acordo com a 
necessidade, até o máximo de 200mg.
Benefícios totais 
em 4 a 8 semanas
Descontinuação:
• Paroxetina, fluvoxamina, sertralina: descontinuação associada a 
parestesia, naúsea, cefáleia, sintomas do tipo gripe de 1 a 7 dias 
após a descontinuação súbita.
Interações medicamentosas:
• IMAO (contraindicado): síndrome serotonérgica
•  níveis do ADT (paroxetina, fluoxetina)
•  níveis de carbamazepina, do fenobarbital, da fenitoína
•  níveis do haloperidol, da clozapina (fluvoxamina)
•  níveis da teofilina (fluvoxamina)
•  níveis da encainida, flecainida (avitar)
Nota: ADT = Antidepressivo tricíclico: DM = depressão maior; FDA = U.S. Food and Drug Administration; GI = Trato 
gastrintestinal; IMAO = inibidor da monoaminoxidase; TAG = transtorno de ansiedade generalizada; TDPM = 
transtorno disfórico pré-menstrual; TEPT -= transtorno de estresse pós-traumático; TOC = transtorno obsessi-
vo-compulsivo; TP = transtorno de pânico.
Fonte: Adaptado de SCHATZBERG; DeBATTISTA, 2017
Os fármacos ISRSs têm seu uso principal no tratamento da depressão de intensidade 
leve a moderada, com eficácia verificada em inúmeros estudos conduzidos. Além disso, 
têm demonstrado eficácia na depressão atípica, e na depressão psicótica, quando 
13
UNIDADE Psicofarmacologia dos Transtornos Depressivos
combinado com uso de antipsicóticos, se mostram, ainda, eficazes no tratamento da 
Distimia (SCHATZBERG; DeBATTISTA, 2017).
Os ISRSs são considerados fármacos seguros e bem tolerados, ainda assim, podem 
causar efeitos adversos. A overdose com esses fármacos é comum na prática clínica, 
mas em raras vezes apresenta resultados de mortalidade. 
Efeito ou evento adverso é um evento desfavorável que ocorre durante ou após o uso de 
medicamento ou outra intervenção.
Os efeitos mais comuns encontrados são cefaleia, sudorese, ansiedade, agitação, náu-
seas, diarreia, sensação de fraqueza e cansaço. Podem causar, ainda, disfunções sexuais, 
como perda de libido, ejaculação retardada e anorgasmia. Esses efeitos podem ser ma-
nejados com a troca por outro antidepressivo (WHALEN; FINKEL; PANAVELLI, 2016).
Inibidores da Recaptação de Serotonina e Norepinefrina (IRSNs)
Nessa categoria, temos os fármacos com estrutura não tricíclica que inibem a recap-
tação tanto de 5-HT quanto de norepinefrina (NE), que têm demonstrado eficácia no 
tratamento de depressão, ansiedade e dor. Esses fármacos são a venlafaxina, desven-
lafaxina, duloxetina e milnaciprano (BRUNTON; CHABNER; KNOLLMANN, 2016).
Os fármacos IRSNs têm se mostrado úteis no tratamento de pacientes ambulatoriais 
com depressão maior ou hospitalizados com melancolia (SCHATZBERG e DeBATTIS-
TA, 2017). Além disso, alguns estudos têm indicado eficácia nos pacientes hospitaliza-
dos com depressão grave. 
Os IRSNs têm se mostrado benéficos no tratamento de pacientes com depressão 
resistente às medicações ISRSs, além de mostrarem benefício nos casos de pacien-
tes deprimidos com comorbidades como dor crônica, dor muscular ou dor neuropática 
(BRUNTON; CHABNER; KNOLLMANN, 2016).
Aqui, os efeitos adversos mais encontrados são as náuseas, disfunções sexuais, ton-
turas, insônia, sedação e constipação. Além disso, é muito importante atentar-se ao 
fatode que, em doses mais elevadas, o paciente pode apresentar aumento da pressão 
arterial e da frequência cardíaca. No caso da duloxetina, o médico deve observar a ocor-
rência de disfunções hepáticas no paciente, uma vez que esse fármaco é extensamente 
biotransformado no fígado em metabólitos inativos (SCHATZBERG e DeBATTISTA, 
2017; BRUM, 2018).
Importante!
No uso da venlafaxina e duloxetina, é preciso ter cuidado na retirada da medicação, uma 
vez que existe o risco de “síndrome de descontinuação dos antidepressivos” no caso de 
suspensão súbita.
14
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Antidepressivos Tricíclicos (ADTs)
Esses são os primeiros antidepressivos a serem utilizados na clínica para o tratamento 
da depressão; incluem a imipramina, amitriptilina, clomipramina, doxepina, trimipramina, 
desipramina, nortriptilina e protriptilina. São considerados fármacos de boa absorvição 
por via oral e se distribuem amplamente pelo SNC, sua eliminação se dá por metabólitos 
inativos na urina (WHALEN ; FINKEL; PANAVELLI, 2016).
 Quadro 2 – Antidepressivos tricíclicos (ADTs)
Antidepressivos tricíclicos (ADTs)
Efi cácia
• Agentes de segunda ou terceira linha para DM (aprovação da FDA para todos) ;
• Transtorno de pânico ;
• TOC (aprovação da FDA para clomipramina) ;
• Síndormes dolorosas ;
• Profilaxia da enxaqueca ;
• Enurese (aprovação da FDA paa imipramina) .
Efeitos colaterais
• Boca seca, constipação, retenção uninária, visão borrada, confunsão ;
• Ganho de peso ;
• Sedação ;
• Disfunção sexual ;
• Hipotensão ortostática ;
• Taquicardia ;
• Anormalidades na condução cardíaca .
Dosagem e 
administração
Individualizar com dosagem/hora baixa (25-50 mg) para imipramina e amitriplina. Aumentar em 
25- 50 mg a cada 3-7 dias para alcançar a dosagem-alvo de 150-300 mg/dia.
( A nortriptilina deverá ser iniciada com 10-25 mg e aumentada conforme a necessidade até a dose 
máxima de 150 mg/dia.) Monitorar níveis sérticos e ECGs depois da estabilização da dose.
Segurança na 
overdose
• Letal na overdose (induz arritmias) ;
• Lavagem gástrica e monitoramento cardíaco paa alargamento do intervalo QRS.
Descontinuação Sintomas do tipo gripe e Gis do rebote colinérgico. Reduzir em 25 - 50 mg a cada 3 dias.
Interações 
medicamentosas
• Depressões SNC: ⇡ sedação, ataxia ;
• Anticoagulantes: ⇡ níveis da varfarina ;
• Antipsicóticos: ⇡ níveis do ADT e Antipsicótico ;
• Cimetidina: ⇡ níveis do ADT ;
• Clonidina: Crise hipertensiva (evitar) ;
• L-Dopa: ADTs ⇣ absorção ;
• IMAOs: síndorme seotonérgica (evitar clomipramina: imipramina e amitriptilina podem ser usa-
das com monitoramento intensivo) ;
• Estimulante: ⇡ níveis do ADT ;
• Contraceptivos orais: ;⇡ níveis do ADT ;
• Quinidina: ⇡ arritmias (evitar) ;
• ISRSs: ⇡ níveis do ADT
• Simpatimiméticos ⇡ arritmias, hipertensão, taquicardia .
Nota: DM = depressão maior; ECG = eletrocardiograma; FDA = U.S. Food and Drug Administration GI = gastrintestinal; IMAO = inibidor da monoaminoxida-
se; ISRS = inibidor seletivo da recaptação de seretonina; SNC = sistema nervoso cenral; TOC = transtorno obsessivo-compulsivo.
Fonte: SCHATZBERG e DeBATTISTA, 2017
Essas medicações têm se mostrado eficazes para pacientes com depressão de inten-
sidade moderada a grave, além de pacientes com Transtorno de Pânico. A amitriptilina 
também tem sido usada para a prevenção de enxaqueca e tratamento de dor crônica. 
Já a doxepina tem sido usada em baixas dosagens no tratamento da insônia (WHALEN ; 
FINKEL; PANAVELLI, 2016).
15
UNIDADE Psicofarmacologia dos Transtornos Depressivos
Os ADTs melhoram o humor e o alerta mental, aumentam a atividade física e re-
duzem a preocupação mórbida de 50% a 70% dos indivíduos com depressão. No en-
tanto, o início da melhora do humor é lento, levando em torno de duas semanas entre 
o início do tratamento e a obtenção do efeito farmacológico (BRUM, 2018, p. 245).
Quanto aos efeitos adversos, os estudos têm indicado inúmeros impactos; talvez 
nessa categoria de fármacos tenhamos os efeitos mais significativos: visão turva, 
boca seca, retenção urinária, taquicardia, constipação, tonturas, taquicardia, sedação, 
aumento de peso, disfunção sexual e agravamento de quadros como epilepsia e 
arritmias (BRUNTON; CHABNER; KNOLLMANN, 2016; WHALEN; FINKEL; 
PANAVELLI, 2016; BRUM, 2018).
Em relação a esses fármacos as overdoses podem ser causadoras de óbito, uma 
vez que a margem de segurança dos ADTs é muito estreita e as substâncias podem 
ocasionar confusão, delírios e perda de consciência. A descontinuação deve ser feita 
de forma cuidadosa, pois a retirada dessas substâncias pode ocasionar hipomania 
como efeito rebote, bem como náuseas, desconforto estomacal, cólicas, transpiração, 
cefaleia, dores no pescoço e vômitos (SCHATZBERG; DeBATTISTA, 2017).
Os antidepressivos tricíclicos foram a primeira geração de medicamentos desenvolvidos 
para tratar a depressão na década de 1950.
Inibidores de Monoaminoxidase (IMAOs)
Os IMAOs também são fármacos que fazem parte da primeira geração de antidepres-
sivos produzidos ainda na década de 1950. No entanto, nos anos 1970, foram retirados 
do mercado por conta de efeitos colaterais identificados como crises hipertensivas fatais 
e hepatotoxicidade, sendo substituídos por outros fármacos com menos efeitos adversos 
(SCHATZBERG; DeBATTISTA, 2017). 
Atualmente, os IMAOs utilizados têm menos efeitos colaterais e menos interações 
com alimentos ou outras substâncias farmacológicas. Estão disponíveis as substâncias 
fenelzina, tranilcipromina e a selegilina. Elas são bem absorvidas em administração por 
via oral, são metabolizadas no fígado e eliminadas rapidamente na urina (BRUNTON; 
CHABNER; KNOLLMANN, 2016). 
Esses medicamentos têm sido utilizados, principalmente, em pacientes refratários 
a outros tratamentos, sendo escolhidos quando outros medicamentos não produziram 
bons resultados. Além disso, parte dos estudos têm indicado bons resultados no trata-
mento de pacientes com depressão grave.
16
17
Tabela 3 – Inibidores da Monoaminoxidase (IMAOs)
Antidepressivos tricíclicos (ADTs)
Efi cácia
Agentes de terceira linha para DM (aprovação da FDA para depressão resistente)
Fobia Social
Transtorno de pânico
Agentes de segunda linha para a doença de Parkinson
(a selegilina está aprovada pela FDA)
Efeitos colaterais
Ganho de peso
Hipotensão ortostática
Disfunsão sexual
Boca seca
Insônia/sonolência
Cefaleia
Segurança na 
overdose
Pode ser ser letal na overdose. Há relatos de crises de hipertensão, AVC e infarto do miocárdio. 
Controle com lavagem gástrica, indução de vômitos e monitoramento intensivo da pressão 
arterial e das vias respiratórias.
Dosagem e 
administração
Fenelzina: iniciar com 15 mg. 2-3 vezes ao dia, e aumentar 10 mg por semana até alcançar a 
dosagem-alvo de 40-60 mg/dia.
Tranilcipromina: inciar com 10 mg. 2-3 vezes ao dia, e aumentar 10 mg por semana até alcançar a 
dosagem-alvo de 40-60 mg/dia.
Inocarboxazida iniciar com 10 mg. 2 vezes ao dia, e aumentar a dosagem, se o medicamento for 
tolerado, em 10mg a cada 2-4 dias até 40 mg/dia no final da primeira semana. Dosagem máxima 
recomendada de 60 mg/dia administrada em doses divididas.
Sistema selegilina transdérmica (Emsam): Iniciar com a porção diária de 6 mg por quatro sema-
nas; depois aumentar para uma porção de 9 mg por duas semanas: então para uma porção de 12 
mg conforme a necessidade. Sem restrições dietéticas com 6 mg/dia.
Descontinuação Relatados sintomas do tipo gripe, alucinações, hipomania e disforia na descontinuação súbita. Reduzir a dose em 25% por semana.
Interações 
medicamentosas
Alimentos com alto teor de tiramina (contraindicados) (ver Tab. 3-14); crise de hipertensão
β-bloqueadores: ⇡ hipotensão, bradicardia
Hipoglicêmicos orais: ⇡ efeitos hipoglicêmicos
Bupropiona (contraindicada): crises de hipertensão, convulsão
Carbamezepina (contraindicada): crises de hipertensão
Meperidina (contraindicada): síndrome serotonérgica
Nefazodona: possível síndrome serotonérgica
Simpatomiméticos: crises de hipertensão
ISRs (contraindicada):síndrome serotonérgica
ADTs: clomipramina contraindicada
Mirtazapina (contraindicada): crises de hipertensão
IRSNs (contraindicados): síndrome serotonérgica
Nota: ADT = Antidepressivo tricíclico: DM = depressão maior; FDA = U.S. Food and Drug Administration; ISRN = inibidor da recaptação de serotonina e 
noradrelanina; ISRS = inibidor seletivo de recaptação de serotonina.
Fonte: Adaptada de SCHATZBERG; DeBATTISTA, 2017
Os principais efeitos adversos encontrados provocados por esses fármacos são: 
hipotensão ortostática, crises de hipertensão (interações com gêneros alimentícios ou 
medicamentos), reações de hiperpirexia, anorgasmia ou impotência sexual, insônia 
durante a noite, sedação (especialmente durante o dia, devido à insônia durante a noite), 
espasmos musculares, incontinência urinária, boca seca, ganho de peso, entre outros 
(SCHATZBERG ; DeBATTISTA, 2017).
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UNIDADE Psicofarmacologia dos Transtornos Depressivos
Integração com a Psicoterapia
Atualmente, inúmeros estudos de metanálises estão publicados indicando a eficácia 
tanto da farmacoterapia quanto da psicoterapia no tratamento da depressão, além disso, 
estudos recentes têm indicado que tão importante quanto a melhora de sintomas tem 
sido a melhora na qualidade de vida, apontada pelos pacientes (CUIJPERS et al., 2015).
Importante! 
A metanálise é uma técnica estatística que permite reunir diferentes estudos individuais 
e integrá-los, resumindo seus resultados em análise única.
Quando o paciente é submetido a tratamento medicamentoso juntamente com o 
tratamento psicoterápico, isso é chamado de tratamento combinado. Muito tem sido 
pesquisado sobre as vantagens e desvantagens dos tratamentos combinados para pa-
cientes com depressão. Kamenov et al. (2017) tentaram responder, por meio de estudo 
de metanálise, as seguintes questões: qual a melhor abordagem de tratamento para um 
paciente com depressão? Uma abordagem combinada seria mais eficaz que outras op-
ções isoladamente?
Figura 3 – Tratamento combinado em saúde mental 
implica o uso medicamentoso e a psicoterapia
Fonte: Pixabay
Foram analisados 153 estudos randomizados que reuniram 29.879 pacientes. O estu-
do verificou as medidas de melhora do paciente no funcionamento quanto a sintomas e em 
melhora na qualidade de vida. Os resultados obtidos foram divididos em três categorias:
1. Pacientes que foram submetidos a psicoterapia ou farmacoterapia versus placebo;
2. Pacientes que foram submetidos a psicoterapia ou farmacoterapia;
3. Pacientes que foram submetidos a psicoterapia com farmacoterapia versus pa-
ciente submetido a psicoterapia ou farmacoterapia.
Os resultados encontrados por Kamenov et al. (2017) indicaram que as medicações 
auxiliam na melhora da capacidade comunicativa do paciente, o que permite maior par-
ticipação no processo terapêutico; por sua vez, a psicoterapia favorece que o paciente se 
torne mais acessível ao tratamento farmacológico, o que, por outro lado, pode tornar o 
paciente menos resistente para iniciar o tratamento psicoterapêutico; nesse estudo, não 
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se chegou a um consenso quanto à melhor abordagem psicoterapêutica a ser utilizada 
no tratamento da depressão.
Os benefícios encontrados no tratamento combinado foram: maior adesão ao trata-
mento farmacológico, melhor monitoramento clínico, redução no número de internação 
de pacientes graves, menor risco de recaídas, melhor funcionamento social e ocupacio-
nal e melhora na qualidade de vida (KAMENOV et al., 2017).
Por fim, Kamenov et al. (2017) fazem as seguintes recomendações, com base nos 
achados dos estudos: psicoterapia e farmacoterapia devem ser integradas e colaborati-
vas; as linhas de psicoterapia podem variar, e qualquer uma delas pode ser combinada 
com a farmacoterapia, quando for útil ao paciente; deve haver compartilhamento de 
informações entre os profissionais e, finalmente, esses profissionais precisam de com-
patibilidade e respeito em relação à prática do outro.
Assim, podemos entender que existe uma base consistente de evidências dos benefí-
cios da associação entre psicoterapia e farmacoterapia. Hoje, não faz sentido atuar com 
base nas visões dualistas de tratamento, e sim utilizar modelos integrados.
Saiba mais sobre as teorias dualistas desenvolvidas a partir da perspectiva do filósofo Rene 
Descartes . Disponível em: https://youtu.be/Z2dpE4E6Zoo 
Os modelos integrados derivam da concepção do neurocientista Eric Kandel, que 
postula um sistema em que todos os processos mentais são derivados do cérebro, ou 
seja, os genes determinam as conexões e o funcionamento dos neurônios; por outro 
lado, a aprendizagem produz alterações na expressão gênica; essa alteração gênica, por 
sua vez, altera as conexões neurais que interferem nos comportamentos (OLIVEIRA ; 
SCHWARTZ; STAHL, 2015).
Desse modo, a psicoterapia e farmacoterapia utilizadas de modo integrado no trata-
mento do paciente com depressão auxiliam nas alterações sintomáticas de longo prazo 
pela alteração de expressão gênica e mudança da estrutura cerebral. A partir disso, 
pesquisadores têm buscado entender qual a melhor associação entre medicação e psico-
terapia com a expectativa de proporcionar o melhor recurso para aumentar o grau de 
alívio dos sintomas, melhora no funcionamento social e aumento na adesão do paciente 
ao tratamento (HOLLON et al., 2005).
Nesse momento, três modelos psicoterapêuticos são identificados como aqueles que 
apresentam resultados mais consistentes no tratamento do paciente com depressão: 
Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), Terapia Interpessoal (TIP) e Psicoterapia Di-
nâmica Breve (PDB), esses modelos têm em comum uma prática focada e breve. Por 
fim, de acordo com as diretrizes atuais da Associação de Psicologia Americana (APA), 
a combinação entre psicoterapia e farmacoterapia deve ser considerada quando o pro-
fissional está lidando com pacientes de sintomas moderados a graves, com problemas 
psicossociais ou transtornos de personalidade comórbidos (OLIVEIRA ; SCHWARTZ; 
STAHL, 2015).
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UNIDADE Psicofarmacologia dos Transtornos Depressivos
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
O que causa depressão?
https://youtu.be/a5IbwtFXepc
Qual o melhor tratamento para depressão?
https://youtu.be/xC5Udw9s_SI
 Leitura
A neurobiologia da depressão
https://bit.ly/3rvwMuD
Uso de antidepressivos na infância e na adolescência
https://bit.ly/3kXN6l8
Terapia cognitivo-comportamental no tratamento da depressão
https://bit.ly/3caYAxM
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Referências
BEAR, M. F.; CONNORS, B. W.; PARADISO, M. A. Neurociências: desvendando o 
sistema nervoso. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
BRUM, L. F. da S. Farmacologia básica. Porto Alegre: SAGAH, 2018.
BRUNTON, L. L.; CHABNER, B. A.; KNOLLMANN, B. C. As bases farmacológicas 
da terapêutica de Goodman & Gilman. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2016. 
CHECKLEY, S. The neuroendocrinology of depression and chronic stress. Br Med 
Bull., v. 52, n. 3, p. 597-617, 1996. 
CUIJPERS, P. et al. The effects of blinding on the outcomes of psychotherapy and 
pharmacotherapy for adult depression: a meta-analysis. European Psychiatry, v. 30, 
p. 685-693, 2015.
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Porto Alegre: Artmed, 2019.
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Alegre: Artmed, 2014.
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et al. Bases biológicas dos transtornos psiquiátricos: uma abordagem translacional. 
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Clinical Psychiatry, v. 66, p. 455-468, 2005.
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combination on functioning and quality of life in depression: a meta-analysis. 
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