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Atlas patologia oral

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Faculdade de odontologia – 2020 
 
ATLAS 
da DISCIPLINA de 
PATOLOGIA ORAL 
 
Variação de normalidade 
INDICE 
 
 
 
 
1 Agnatia 
2 Anquiloglossia 
3 Atrofia hemifacial 
4 Fossetas labial 
5 Fendas labial e palatina 
6 Glanulos de Fordyce 
7 Lábio duplo 
8 Língua fissuarada 
9 Língua pilosa 
10 Língua geográfica 
11 Macroglossia 
12 Macrognatia 
13 Microglossia 
14 Micrognatia 
15 Hiperplasia hemifacial 
16 Tireoide lingual 
17 Torus mandibular 
18 Torus palatino 
19 Varizes sublingual 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VARIAÇÃO DE NORMALIDADE 
 
 
Agnatia 
 
Trata-se de uma doença congênita grava que se caracteriza pela ausência parcial ou 
total da mandíbula, podendo dizer ainda que se trata de um distúrbio de 
desenvolvimento dos tecidos moles e dos ossos. Essa patologia geralmente vem 
acompanhada de outra má formação como a má formação da orelha interna, 
externa e média, osso temporal, gandulas parótidas, músculos da mastigação, e 
nervo facial. Além disso ela pode estar associada a síndromes como agnatia-
holoprosencefalia, octocefalia, uma forma grave da síndrome 
cerebrocostomandibular e síndrome de Ivemark. 
Seu diagnostico pode se dá através de radiografias e tomógrafa computadorizada 
sendo que as radiografias nem sempre conseguem detectar o tamanho da perda 
das estruturas. Em alguns casos quando associado a alguma síndrome esse 
diagnostico vem através de exames de ultrassonografia morfológicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Refere-se à agenesia da maxila ou mandíbula, 
ou seja, a falta de um segmento ou de todo 
esse osso. 
Feto com agnatia, paladar com persistência 
de crestas palatinas secundarias, hipoplasia 
lingual, lábio inferior parcialmente formado. 
Anquiloglossia 
 
A anquiloglossia consiste em uma malformação onde o freio lingual é curto e aderido ao 
assoalho bucal. A etiopatogenia desse problema congênito é desconhecida pois quando 
não ocorre de forma isolada, essa anomalia está associada a diversas anomalias 
craniofaciais. 
Clinicamente a anquiloglossia é avaliada pelos seguintes parâmetros: Aspecto da língua 
quando é levantada, elasticidade do freio, Comprimento do frênulo quando a língua é 
levantada, inserção do frênulo na língua e inserção do frênulo no rebordo alveolar 
inferior. Já histologicamente é possível observar fibras colágenas, elásticas e musculares 
menores do que a observada em um freio lingual padrão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Frênulo lingual curto. 
 
Atrofia hemifacial 
 
 
A síndrome de Parry-Romberg, também denominada atrofia hemifacial 
progressiva associada a outras alterações sistêmicas, dentre elas, neurológicas. 
Consiste em uma rara condição na qual há degeneração progressiva e 
encolhimento dos tecidos situados abaixo da pele da face, incluindo, em muitos 
casos, os ossos. 
Comumente afeta somente um lado da face; todavia, pode estender-se para 
outras regiões do corpo. Embora ainda não seja conhecida sua real etiologia, 
acredita-se que se trate de uma moléstia autoimune, podendo ser uma variante 
da esclerodermia localizada. 
A etiologia da atrofia hemifacial progressiva permanece controversa, sendo 
sugeridas várias teorias, como aprisionamento antigênico, trauma, infecção e 
neurite trigeminal, entre outras. 
As manifestações clínicas são diversas, incluindo alterações cutâneas e do tecido 
conjuntivo, neurológicas, oculares e da cavidade oral. 
A sua manifestação acontece durante as duas primeiras décadas de vida. A 
condição começa como uma atrofia da pele e das estruturas subcutâneas em 
uma área localizada da pele. Esta atrofia progride em um ritmo variável e afeta 
o hematoma de um ou mais ramos do nervo trigêmeo. Também pode ocorrer a 
hipoplasia do osso subjacente. 
As alterações faciais geralmente surgem como uma mancha circunscrita na 
região frontal do couro cabeludo, que, habitualmente, leva à queda capilar no 
local, além da aparência de uma cicatriz linear em depressão, conhecida como 
“golpe de sabre”, por assemelhar-se a uma ferida causada por um sabre. Por 
conseguinte, esta lesão espalha-se, levando à atrofia da pele e seus anexos, 
juntamente com as estruturas situadas abaixo da mesma, como tecido 
conjuntivo e/ou os músculos do lado afetado. Como resultado, é observado, na 
maior parte dos casos, desvio da boca e do nariz para o lado do rosto que foi 
atingido. 
 
 
 
 
 
 
Atrofia facial do lado direito da face 
 
Fossetas labiais 
 
A síndrome de Van der Woude, também conhecida como síndrome da fenda 
palatina, fosseta labial ou covas de papila no lábio, é uma doença rara, autossômica 
dominante sendo considerada como a síndrome de fendas mais comum. 
As fossetas labiais paramedianas são malformações congênitas raras, definidas 
como poços simétricos ou eminências no vermelhão do lábio inferior. Elas originem-
se de sulcos laterais persistentes no arco mandibular embrionário. Estes sulcos 
normalmente desaparecem por volta da sexta semana de vida embrionária. 
As fossetas apresentam-se na característica clinicam de maneira geral, as fossetas 
aparecem como depressões no vermelhão do lábio, variando de uma pequena dobra 
até um trajeto mucoso com 1 a 25 mm de profundidade são herdadas como um 
traço autossômico dominante em combinação com a fenda labial e/ou a fenda 
palatina (síndrome de van der Woude). As fossetas são assintomáticas, mas, 
dependendo da profundidade, podem apresentar comunicação com glândulas 
salivares menores e um líquido claro e viscoso pode ser secretado por estas 
estruturas, o que facilita a instalação de um processo infeccioso e a presença de 
sintomatologia. 
No exame histopatológico das fossetas, geralmente observa-se um trato mucoso 
revestido por epitélio estratificado escamoso, por vezes hiperplásico, contínuo com 
o epitélio labial. A maioria das células basais do epitélio estratificado está 
vacuolizada e com núcleo deslocado. Entre a parede lateral e o fundo do trajeto 
mucoso, uma pequena região com células colunares paraqueratóticas é observada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fossetas labiais. Fossetas bilaterais (seta) em 
um paciente com síndrome de van der Woude 
 
Figura mostra a extensão da lesão 
stenção 
Fendas Labial e Palatina 
 
A fissura labial e/ou fenda palatina (FLP) são malformações congênitas que ocorrem 
entre a 4ª e 10ª semana do período embrionário e pode ser detectado no primeiro 
trimestre da gravidez por ultrassonografia de alta resolução. É causada devido a um 
atraso no desenvolvimento ou falta de fusão dos processos de formação dos 
componentes da face relacionados à região frontal, maxilar e abóboda palatina. São 
atribuídas aos fatores genéticos e ambientais, que podem atuar isolados ou em 
associação. Mais da metade dos indivíduos fissurados apresenta familiares 
portadores da síndrome. 
A fissura labial pode ser mínima, frustra, completa, unilateral ou bilateral. A fenda 
palatina pode envolver a úvula, o palato mole e duro e o peri-alveolar, com 
envolvimento da gengiva. O portador pode apresentar diversos problemas desde o 
seu nascimento, tais como dificuldades na amamentação e refluxo nasal devido à 
sucção, deglutição e respiração prejudicadas, distúrbios na audição e fonação, com 
prejuízo na comunicação e esteticamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figuras ilustram as várias formas da fissura labial e fissura palatina. 
 Grânulos de Fordyce 
 
Glândulas sebáceas localizadas na mucosa oral, consideradas como ectópicas por 
estarem fora do local de costume, considerada uma variação de normalidade. 
Encontrados na mucosa oral, lábio superior e região retromolar. A glândula de Fordyce 
em alguns casos estão presentes desde o nascimento, mas pode aparecer durante a 
puberdade. 
 Sua causa pode ser por fatores hormonais e desta forma podem aumentar de tamanho 
e ficar visíveis. Caracteriza-se através de múltiplas lesões papulares amareladas ou 
branco-amareladas assintomáticas de 0,1 a 1mm de diâmetro, em alguns casos o 
paciente pode sentir uma leve rugosidadeno local. 
Nos exames Histopatológicas é possível verificar lóbulos acinares podem ser vistos logo 
abaixo da superfície epitelial, muitas vezes se comunicando com a superfície através de 
um ducto central. As células sebáceas nestes lóbulos são de forma poligonal, contendo 
núcleo localizado centralmente e abundante citoplasma espumoso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paciente apresenta glândulas de Fodyce no lábio 
superior. 
Glândula de Fodyce na comissura labial. 
Lábio Duplo 
 
O lábio duplo é uma anomalia de origem congênita ou adquirida rara, que 
tem como característica um crescimento de tecido hiperplásico na mucosa 
labial, de consistência e aparência normais, podendo ser causada por 
trauma, hábitos viciosos orais, como sugar o lábio ou ter causas 
desconhecidas. É mais frequente no lábio superior, de forma uni ou bilateral, 
podendo afetar também o lábio inferior ou ambos, não havendo predileção 
por etnia ou gênero. 
 Quando os lábios estão em repouso, nenhuma alteração é observada, no 
entanto, torna-se mais evidente durante a fala ou quando o paciente sorri 
devido à tensão produzida, apresentando uma massa exuberante de tecido. 
É uma anomalia assintomática e pode causar problemas funcionais como 
interferências na fonética e mastigação, além de ser esteticamente 
desagradável. No exame histopatológico nota-se crescimento de tecido 
conjuntivo, hiperplasia de células escamosas e glândulas salivares sem 
presença de células inflamatórias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aspecto clínico inicial com o paciente 
sorrindo evidenciando a deformidade no lábio 
superior. 
Aspecto clínico com o lábio superior evertido, 
expondo as dobras que causavam 
desconforto estético ao paciente. 
 
Língua fissurada 
 
São fissuras ou sulcos na superfície dorsal da língua de profundidade variável 
de 2 a 6 mm, pode se notar um sulco central, do qual se irradiam para as 
laterais, sua causa é incerta, mas pode ter relação com hereditariedade, 
podendo haver caráter poligênico, ou autossômico dominante com 
penetrância incompleta. Idade e fatores ambientais podem cooperar para sua 
evolução. Em estágios avançados as fissuras envolvem toda a superfície 
dorsal, dividindo as papilas em ilhas. As lesões costumam ser assintomáticas, 
porém alguns pacientes se queixam de dor leve e ardência, não tem 
predileção por idade podendo acometer adultos e crianças e nenhum 
tratamento especifico é indicado, apenas orientação de escovar a língua para 
remover os resíduos alimentares que podem ser uma fonte de irritação. 
No exame histopalógico pode ser observado presença de leucócitos 
polimorfonucleares se deslocando para o epitélio, formando algumas vezes, 
microabscessos na camada epitelial superior. Infiltrado inflamatório mesclado 
está presente na lamina própria, no exame microscópico pode ser observado 
perda dos pelos de ceratina das papilas filiformes e hiperplasia das projeções 
epiteliais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aspecto clínico das fissuras envolvendo 
a superfície dorsal da 
língua. 
 
Língua pilosa 
 
Língua pilosa ou saburrosa é caracterizada pelo acumulo de ceratina nas 
papilas filiformes no dorso da língua que acomete cerca de 0,5% dos adultos, 
sua aparência é idêntica a pelos, sua causa é incerta, porém inúmeros 
pacientes acometidos são tabagistas crônicos, outros fatores que 
supostamente estão associados a doença são: debilidade geral, radioterapia 
na região de cabeça e pescoço e deficiência da higiene oral. A língua pilosa 
é mais frequente na linha média anterior às papilas circunvaladas, se 
espalhando para as margens lateral e anterior. As papilas alongadas 
habitualmente têm cores amareladas, enegrecidas ou acastanhadas devido 
ao crescimento de bactérias cromogênicas, alimentos e pigmentos do tabaco, 
por algumas vezes o dorso da língua pode esta envolvida conferindo uma 
aparência espessa. Geralmente é assintomática, porém alguns pacientes se 
queixam de gosto desagradável na boca ou sensação de náusea. 
No exame histopatológico, pode ser observado alongamento pronunciado e 
hiperparaceratose das papilas filiformes além de desenvolvimento de 
diversas bactérias na superfície epitelial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Papilas filiformes alongadas semelhantes a 
pelos ceratina na língua e na superfície. 
Dorso lingual com acúmulo de bactérias. 
Língua geográfica 
 
A glossite migratória é popularmente conhecida como língua geográfica 
devido a características de um mapa geográfico no dorso da língua. São 
áreas erosivas, representadas por manchas avermelhadas, com 
consequente desaparecimento das papilas filiformes. As áreas 
despapiladas permanecem por um período de tempo curto, normalizam-
se e aparecem em outro lugar da língua, é esse episódio que define a 
nomeação de migratória à condição, as lesões se apresentam com placas 
eritematosas irregulares que exibem normalmente formas circulares, com 
limites delimitados por uma linha branco-amarelado, prontamente 
proeminente ou plana e bem precisa, é benigno e não contagiosa. 
Normalmente é assintomático, porém alguns pacientes relatam dor, 
sensibilidade e/ou queimação na língua principalmente quando ingerido 
alimentos quentes, apimentados ou cítricos. As lesões podem variar de 
tamanho, forma e tempo de duração, sua etiologia é baseada em fatores 
psicológicos como estresse, distúrbios hormonais, fatores genéticos, 
deficiência nutricional, diabetes juvenil e condições alérgicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Língua geográfica associada a alto 
nível de estresse. 
Língua geográfica associada a 
nível moderado de estresse. 
Macroglossia 
 
A macroglossia consiste na Hipertrofia do tecido muscular da língua, essa malformação 
pode ocorrer pelas seguintes situações: síndrome de Beckwith-Wiedemann; por 
infiltração de tecidos (malformação linfática, malformação venosa, neoplasia, cistos 
congênitos, mucopolissacaridose e amiloidose), podendo ser relativa à síndrome de 
Down, micrognatia, hipotonia muscular. Clinicamente se observa o tamanho da língua 
fora do padrão, sendo visivelmente grande. A Histopatologia é variada, dependendo da 
causa da macroglossia, no caso de um hemangioma as células mais evidentes serão as 
fusiformes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Criança com macroglossia 
Macrognatia 
 
Trata-se de uma anomalia de desenvolvimento antero-posterior que causa 
desarmonia facial que envolve ossos, dentes e músculos e se caracteriza 
pelo crescimento excessivo da mandíbula, fazendo que ocorra o 
desalinhamento oclusal e deixando a mordida cruzada, (mandíbula projetada 
para frente). Além disso pode deixar a face em desarmonia, por exemplo 
geralmente os pacientes possuem o lábio inferior maior, o queixo fica 
volumoso e mais proeminente trazendo uma aparência raivosa. 
Sua causa não é bem determinada, porém pode ser congênita ou envolver a 
hereditariedade não tem predileção por sexo e não é uma patologia comum. 
Essa deformidade dentofacial promove problemas ortognaticos que por sua 
vez interferem na mastigação, fonação, deglutição e estética facial. Os 
pacientes com prognatismo mandibular “verdadeiro”, isto é, que são 
portadores de excesso antero-posterior de mandíbula, poderão ou não 
ser portadores também de deformidade a nível da sínfise mandíbula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Macrognatia vista lateral evidencia a projeção da 
mandíbula. 
Macrognatia vista frontal. 
Microglossia. 
 
É uma alteração de desenvolvimento incomum que se caracteriza por a Língua 
apresentar tamanho menor que o normal (língua muito pequena), em casos raros 
pode até haver a falta dessa língua (aglossia). 
De Causa desconhecida, a microglossia geralmente vem associada grupo de 
condições sobrepostas conhecidas como síndromes de hipogênese oro-
mandibular-membros Tais 
Síndromes são caracteristicamente associadas a anomalias dos membros, comohipodactilia (ausência de dedos) e hipomelia (hipoplasia de parte ou de todo o 
membro). 
Outros pacientes têm anormalidades simultâneas, como fenda palatina, bandas 
intraorais e transposição das vísceras. A microglossia está frequentemente 
associada a hipoplasia da mandíbula e os incisivos inferiores podem estar 
ausentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Microglossia. A , Língua anormalmente p Microglossia. A , Língua anormalmente pequena asso- 
 Microglossia, língua anormalmente pequena associada ao 
estreitamento da arcada inferior. 
 
Micrognatia 
 
A micrognatia também conhecida como síndrome de Pierre Robin (sequência 
de Pierre Robin) é uma má formação que se caracteriza pelo tamanho 
minúsculo da mandíbula e posteriormente pela falta de espaço para o 
nascimento dos dentes. Essa patologia apesar de ser normalmente 
observada na infância, porém pode acontecer mais tarde. De causa 
hereditária ou genética como a tríssomia 13 e progeria. Pode leva o paciente 
a ter dificuldade em se alimentar em decorrência do esforço em respirar em 
alguns casos é necessário o uso de soda para alimenta-se. 
Frequentemente durante o crescimento principalmente na puberdade o 
quando da micrognatia acaba por se corrigir, pois na puberdade é conde 
ocorre o surto de crescimento da mandíbula, porém é necessário o 
acompanhamento de um ortodontista, porém se o fato da correção na 
puberdade não ocorrer, o paciente pode ser submetido a uma ditração 
osteogênica da mandíbula ou cirúrgico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Micrognatia vista lateral. Micrognatia vista frontal. 
 
Ilustrações mostram a má oclusão ocasionada pela micrognatia. 
Hiperplasia hemifacial 
 
Hemi-hiperplasia, uma anomalia de desenvolvimento rara, caracterizada pelo 
crescimento acentuado e assimétrico de uma ou mais partes do corpo. 
Quando o aumento é apenas de um lado da face, denomina-se hiperplasia 
hemifacial. A himi-plasia, ela representa, na verdade, muito mais uma 
hiperplasia dos tecidos do que uma hipertrofia. É uma rara anomalia de 
desenvolvimento que se caracteriza pelo crescimento rápido e assimétrico 
unilateral do rosto e geralmente está associada a síndromes de Beckwith-
wiedemann, Síndrome de neurofibromatose, Síndrome de Klippel-
Trénaunay-Weber, Síndrome de proteus, Síndrome de McCune-Albright, 
Síndrome de nervo epidérmico, Síndrome de Langer-Giedion, Síndrome de 
Ollier, Síndrome de Marffucci, Sindrome de diploide/triploide. 
A doença tem etiologia desconhecida, porém alguns autores sustentam que 
alterações no tubo neural durante o desenvolvimento embrionário seria a 
hipótese mais aceita. 
Para a conduta clínica deve descartar a possibilidade de síndromes e quando 
cessado o crescimento, cirurgias corretivas podem ser realizadas, assim 
como tratamento endodôntico. Muitas vezes, a assimetria pode ser notada 
ao nascimento, ainda que, em alguns casos, a condição só se torne evidente 
na infância. O aumento fica mais acentuado com a idade, especialmente na 
puberdade. 
Na característica histopatológica o exame microscópio mostra um aumento 
de espessura epitelial, com hiperplasia do tecido conjuntivo subjacente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aumento do lado direito da face Radiografia panoramica da mesma paciente. 
 
Tireóide Lingual 
 
Na fase de migração da tireóide para o pescoço (que acontece por volta da 
sétima semana de vida uterina do bebê) pode haver uma falha, onde a glândula 
primitiva não migra de forma comum e um tecido tireoidiano ectópico pode ser 
encontrado entre o forame cego e a epiglote formando assim uma lesão nodular 
de tamanho variados podendo ser uma lesão pequena assintomática ou uma 
lesão de massa grande sintomática que podem bloquear as vias aéreas onde os 
sinais clínicos mais comuns são a disfagia, a disfonia e a dispnéia. O seu 
diagnóstico é definido pela cintilografia da tireóide. A tomografia 
computadorizada (TC) e a imagem por ressonância magnética (IRM) podem ser 
úteis na avaliação do tamanho e da extensão da lesão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cintilografia da tireoide. Lesão nodular 
 Tórus Mandibular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uma exostose comum que se desenvolve na região lingual na mandíbula 
acima da linha milo-hioidea, na região de pré-molares. Tem etiologia 
multifatorial, ambiental e genética. Na região onde se desenvolve podemos 
verificar uma protuberância óssea, bilateral ou unilateral onde os pacientes 
podem ou não sentir a sua existência. Os tórus mandibulares são facilmente 
visualizados nas radiografias oclusais mostrando sua radiopacidade bem 
visível. Histologicamente observa-se uma densa massa lamelar de osso 
cortical, podendo também observar uma zona mais interna de osso trabecular 
associada à medula gordurosa. 
 
 
 
 
Exostose comum que se desenvolve na 
região lingual na mandíbula acima da linha 
milo-hioidea. 
Protuberância óssea, bilateral ou unilateral 
Nas radiografias oclusais mostrando sua 
radiopacidade bem visíveis. 
Observar uma zona mais interna de osso 
trabecular associada à medula 
gordurosa 
Tórus Palatino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uma exostose comum que se desenvolve na região de linha média do palato duro. 
Tem etiologia ambiental, genética e estresse mastigatório. Na região onde se 
desenvolve podemos verificar uma massa dura óssea que pode ser classificada em 
torus plano, alongado, nodular e lobular de diversos tamanhos, mas é comum serem 
pequeno. O tórus palatino não é facilmente visualizado nas radiografias. 
Histologicamente observa-se uma massa de osso cortical lamelar denso e ás vezes, 
uma zona mais interna de osso trabecular é observada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Massa nodular na linha média do 
palato duro 
 
 Massa óssea lobulada assimétrica 
Torus palatino com grande massa lobulada. 
 
Varizes sublingual 
 
As varizes sublinguais consistem em veias dilatadas ou tortuosas de forma 
anormal. Apresentam-se como múltiplas vesículas papulares ou elevadas, 
azul avermelhadas, na borda lateral e no ventre da língua. Ocorre em dois 
terços da população com mais de 60 anos, portanto a idade é um importante 
agente etiológico. As lesões normalmente são assintomáticas, exceto em 
raras ocasiões, quando ocorre trombose secundária. As varizes solitárias 
podem ocorrer em outros locais como lábios e mucosa jugal, sendo notadas 
quando sofrem trombose. Caso haja necessidade de tratamento, será por 
motivos estéticos e raramente por motivos funcionais. 
O exame microscópico de uma variz revela uma veia dilatada, cuja parede 
mostra pouco músculo liso e reduzido desenvolvimento de tecido elástico. Se 
ocorrer a trombose secundária, a luz do vaso pode conter camadas 
concêntricas de plaquetas e hemácias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aspecto clínico inicial da variz labial. 
 
Varizes linguais 
REFERÊNCIAS 
 
CARVALHO,T. H. Leandro et al. Lábio Duplo: relato de caso clínico. REV. BRAS. 
ODONTOL. V 70, n1, p 37-39. Junho de 2013. Rio de Janeiro. 
DIAS, Mateus. Alterações Congênitas Bucais Mais Prevalentes Em Neonatos: Uma 
Revisão De Literatura. Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA).2018 
Palmas 
FERRAZ , B. Vale et al. Odontologia: Micrognatia e macrognatia. Faculdade Pitagoras 
p1-3. 2018 São Luiz 
MONTEIRO,Flavia. Síndrome de Van der Woude e manifestações orais UNIVERSIDADE 
FERNANDO PESSOA FACULDADE CIÊNCIAS DA SAÚDE Porto, 2015 
 KLAASSEN, Michael et al. Fissura Labial e Palatina. Uma Visão Geral para os 
Otorrinolaringologistas 
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Relato de casos. Bibli. UFOP 2009. Piracivaba. 
MONTEIRO,Flavia. Síndrome de Van der Woude e manifestações orais UNIVERSIDADE 
FERNANDO PESSOA FACULDADE CIÊNCIAS DA SAÚDE Porto, 2015 
MELO, Norma Suely et al. Anquiloglossia: relato de caso. RSBO. 2011, vol.8, n.1, pp. 
102-107. ISSN 1984-5685.NEVILLE, B.et al. Patologia Oral e Maxilofacial. 3ª edição. Elsevier Editora Ltda, 2009. 
OLIVEIRA, Elaine Helena et al. Diagnóstico de língua pilosa negra durante campanha de 
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OLIVEIRA, Elaine Helena et al. Diagnóstico de língua pilosa negra durante campanha de 
prevenção ao câncer de boca. Int J Dent, V9, n 1, p44-47, jan./mar 2010 , Recife 
RODRÍGUEZ. María Luisa Hernández et la. Complexo agnathia-otocefalia: ampliando o 
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