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Disciplina: Análise Matemática para Engenharia I Aula 10: Áreas, volumes e comprimento de arco Apresentação Em nossa última aula, veremos diversas aplicações para as integrais de�nidas e veri�caremos a importância deste conceito nas diferentes disciplinas do seu curso de Engenharia. A proposta é que você, ao �nal desta aula, possa responder, com propriedade, ao questionamento mais comuns nas aulas desta disciplina: Para que serve isso? Vamos praticar! Objetivos Calcular a área de �guras planas; Determinar o volume de sólidos de revolução; Identi�car o comprimento de arcos. Área entre curvas Aluno, esta aula contém um documento <galeria/aula10/pdf/aula10.pdf> com todos os exemplos da aula sintetizados. Durante a leitura, os exemplos serão referenciados para que os consulte. Nas aulas anteriores, estudamos o conceito de integral de�nida e, posteriormente, de integral inde�nida. Por meio da soma de Riemann, tivemos uma noção de como encontrar a área de uma região, lembra? Agora, aprenderemos a encontrar as áreas de regiões no plano coordenado integrando as funções que de�nem as fronteiras das regiões. Posteriormente, veremos como os cálculos de tais áreas serão extremamente úteis na determinação do centro de massa de objetos. Vamos começar? Considere a seguinte situação: Você quer encontrar a área de uma região limitada superiormente pela curva y=f(x), inferiormente pela curva y=g(x) e à esquerda e à direita, respectivamente, pelas retas x=a e x=b (Figura 1). Figura 1: Região S compreendida entre as curvas y=f(x) e y=g(x) e as retas x=a e x=b. Fonte: Google Imagens. http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0023/galeria/aula10/pdf/aula10.pdf Por vezes, a região S apresenta uma forma cuja área você pode determinar geometricamente. Porém, se f e g forem funções contínuas arbitrárias, geralmente, você precisa encontrar a área com uma integral. Para determinar qual deve ser a integral, primeiro você deve aproximar a região com n retângulos verticais com bases em uma partição P = xo, x1, …, xn de [a, b] (Figura 2a). A área do k-ésimo retângulo (Figura 2b) é: A área da região pode ser obtida, aproximadamente, por meio da soma das áreas dos n retângulos. Veja: { } ∆ Ak = altura × largura = f ck - g ck ∙ ∆ xk[ ( ) ( )] A ≈ ∑nk = 1 ∆ Ak = ∑ n k = 1 f ck - g ck ∙ ∆ xk Soma de Rieman[ ( ) ( )] Figura 2: (a) Aproximação da região por meio de retângulos perpendiculares ao eixo x; (b) ∆A_k=área do k-ésimo retângulo, f(c_k )-g(c_k )=altura e ∆x_k=largura. Fonte: Google Imagens. Conforme ||P|| → 0, as somas à direita aproximam-se do limite ∫ba [f(x) - g(x)]dx porque f e g são contínuas. Você pode tomar a área da região como o valor dessa integral. Ou seja: Assim sendo, observe a de�nição: A = lim || P || → 0 ∑nk = 1 f ck - g ck ∙ ∆ xk = ∫ b a[f(x) - g(x)]dx[ ( ) ( )] Se f e g são contínuas com f(x) ≥ g(x) ao longo de [a, b], então, a área da região entre as curvas y = f(x) e y=g(x) desde a até b é a integral de [f - g] desde a até b : A = ∫ba[f(x) - g(x)]dx Dica Para aplicar a de�nição em um problema, você deve seguir o seguinte procedimento: Passo 1: Esboce o grá�co das curvas e desenhe um retângulo representativo. Isso revelará qual curva é f (curva superior) e qual é g (curva inferior). Isso também ajuda a determinar os limites de integração. Passo 2: Determine os limites de integração. Passo 3: Escreva uma fórmula para f(x) - g(x). Simpli�que, se puder. Passo 4: Integre [f(x) - g(x)] desde a até b. O valor obtido é a área. Para compreender a de�nição acima, observe os exemplos 1, 2 e 3 no documento. Integração numérica Você aprendeu que o modo ideal para calcular uma integral de�nida ∫abfxdx é encontrar uma fórmula F(x) para uma das primitivas de f(x) e calcular o número F(b) - F(a). No entanto, algumas primitivas são difíceis de encontrar, e outras ainda não têm fórmulas elementares co mo, por exemplo, sin x x . Seja qual for a razão, você ainda pode calcular o valor da integral de�nida recorrendo aos métodos numéricos, como a Regra do Trapézio e a Regra de Simpson, que serão vistas a partir de agora. Aproximações trapezoidais Quando a primitiva de uma função f não pode ser determinada, a integração ainda é possível. Neste caso, o intervalo de integração precisa ser dividido e a função f substituída por um polinômio ajustado bem próximo a f em cada subintervalo. Os polinômios são integrados e os resultados somados para aproximar a integral de f . Com este objetivo, você deve começar com segmentos de reta que dão trapézios. Observe a Figura 6, se [a, b] for dividido em n subintervalos de igual comprimento h = ( b - a ) n , chamado de tamanho do passo, o grá�co de f em [a,b] pode ser aproximado por um segmento de reta em cada subintervalo. Figura 6: A regra do trapézio aproxima pequenos trechos da curva y=f(x) por segmentos de reta. Para fazer uma aproximação para a integral de f de a até b, somamos as áreas assinaladas dos trapézios obtidos pela união do final de cada segmento com o eixo x. A região entre a curva e o eixo x é, então, aproximada pelos trapézios e a área de cada trapézio é o comprimento de sua “altura” horizontal vezes a média de suas duas “bases” verticais. As áreas são adicionadas contando a área acima do eixo x como positiva e a área abaixo do eixo x como negativa. Assim: Para fazer uma aproximação para ∫ba f(x)dx, use: Os ‘y’s são os valores de f nos pontos de divisão: T = 1 2 yo + y1 h + 1 2 y1 + y2 h + … + 1 2 yn - 2 + yn - 1 h + 1 2 yn - 1 + T = h 1 2 yo + y1 + y2 + … + yn - 1 + 1 2 yn T = h 2 ∙ yo + 2y1 + 2y2 + … + 2yn - 1 + yo Onde yo = f(a); y1 = f x1 ; …; yn - 1 = f xn - 1 ; yn = f xn ( ) ( ) ( ) ( ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) A regra do trapézio diz: use T para estimar a integral f de a até b. T = h 2 ∙ yo + 2y1 + 2y2 + … + 2yn - 1 + yo( ) xo = a; x1 = a + h; x2 = a + 2h; …; xn - 1 = a + (n - 1)h; xn = h Onde h = ( b - a ) n . Veja o exemplo 4 no documento. Atenção Os dados sugerem que a magnitude de erro: A aproximação trapezoidal diminuirá quando o tamanho do passo h decrescer, porque os trapézios se ajustam melhor à curva conforme seu número aumenta. Um teorema do cálculo avançado garante que esse será o caso se f tiver uma segunda derivada contínua. A estimativa do erro absoluto na regra do trapézio seria, então, de�nida como: Se f'' for contínua e M for qualquer limite superior para os valores de |f'' | em [a, b], então: Onde h = ( b - a ) n Voltando ao Exemplo 4, teríamos: O número M pode ser qualquer limite superior para a magnitude da segunda derivada de f x = x2 ao longo de [1,3]. ET = ∫ b af(x)dx - T ET ≤ b - a 12 h 2M| | ET ≤ 3 - 1 12 ∙ 2 5 2 ∙ M ∴ ET ≤ 2 75 ∙ M| | ( ) | | ( ) Aproximações usando parábolas Até o momento, utilizamos a soma de Riemann e a regra do trapézio para obter aproximações razoáveis de integrais de funções contínuas em intervalos fechados. A regra do trapézio é mais e�ciente, fornece uma aproximação melhor para pequenos valores de n, o que torna o algoritmo mais rápido para integrações numéricas. No entanto, a regra do trapézio depende de segmentos retos para fazer a aproximação de arcos curvos. Agora, vamos conhecer um algoritmo que usa parábolas para a aproximação das curvas: a regra de Simpson. A regra de Simpson para fazer aproximações em ∫ba f(x)dx baseia-se em fazer aproximações para f com polinômios quadráticos em vez de lineares. A integral do polinômio quadrático y = Ax2 + Bx + C desde x = - h até x = h é: A regra de Simpson resulta da partição em [a, b] em um número par de subintervalos de comprimento h igual, aplicando-se a equação (1) em pares de intervalos sucessivos e somando-se os resultados. Para fazer aproximações em ∫ba f(x)dx, você deve usar: Os ‘y’s usados são valores de f nos pontos de divisão. O número n é par e h = (b - a) /n. ∫h- h Ax 2 + Bx + C dx = h 3 ∙ yo + 4y1 + y2 Equação 1( ) [ ] S = h 3 ∙ yo + 4y1 + 2y2 + 4y3 + … + 2yn - 2 + 4yn - 1 + yn[ ] xo = a; x1 = a + h; x2= a + 2h; …; xn - 1 = a + (n - 1)h; xn = b Figura 8: Regra de Simpson para a aproximação de pequenos trechos de curvas usando arcos parabólicos. Fonte: Google Imagens. Veja o exemplo 5 no documento. Atenção A magnitude do erro na regra de Simpson, diminui com o tamanho do passo, como era de se esperar. Contudo, a inequação para controlar o erro na regra de Simpson admite que f tenha uma quarta derivada contínua em vez de apenas uma segunda derivada contínua. A fórmula, mais uma vez do cálculo avançado, é: “Se f ( 4 ) for contínua e M for um limite superior para os valores de f ( 4 ) em [a, b], então: Es = ∫ b af(x)dx - S | | Es ≤ b - a 180 h 4M Em que h = ( b - a ) n .” | | A regra de Simpson é mais precisa do que a regra do trapézio. Contudo, a regra do trapézio é útil em várias aplicações especí�cas, pois leva a expressões muito mais simples. Além disso, ela é a base da integração de Rhomberg, um dos métodos mecânicos mais satisfatórios quando é necessário ter alta precisão. Aplicações variadas: trabalho em molas, bombeamento e levantamento Quando um corpo percorre uma distância d ao longo de uma reta, como resultado da aplicação de uma força F constante no sentido do movimento, você pode calcular o trabalho w realizado sobre o corpo com a fórmula: W = Fd No sistema internacional de unidades (SI), a força é expressa em newtons (N) e a distância em metros (m). Dessa forma, o trabalho W deve ser expresso em newton-metro (N. m) ou joule (J) . Se a força que você aplica varia ao longo do trajeto, a fórmula de trabalho deve ser substituída por uma fórmula integral que leve em consideração a variação de F. Assim: O trabalho realizado por uma força variável F(x) na direção do eixo x, de x = a a x = b é W = ∫baF(x) ∙ dx A Lei de Hooke diz que a força necessária para esticar ou comprimir uma mola com x unidades de comprimento, partindo de sua posição original (não forçada), é proporcional a x. Em símbolos: F=kx Onde a constante k, medida em unidades de força por comprimento unitário, é uma característica da mola, denominada constante de força da mola (ou constante da mola). A Lei de Hooke apresenta bons resultados desde que a força não distorça a estrutura da mola. Veja o exemplo 6 no documento. Comprimento de arco do grá�co de uma função Outra aplicação para a integral de�nida é feita no cálculo do comprimento do arco do grá�co de uma função. O comprimento de um arco deve ser entendido como um número puro, isto é, sem unidades. Suponha que a função f seja contínua no intervalo fechado [a, b]. Além disso, suponha que existe um número L tendo as seguintes propriedades: Para todo ε > 0, existe um δ > 0 tal que para toda partição ∆ do intervalo [a, b] seja verdade que: Assim, escrevemos: L é chamado de comprimento do arco da curva y = f(x) do ponto A(a, f(a)) ao ponto B(b, f(b)). . Se o limite (1) existir, o arco é reticável e temos: Se a função f e sua derivada f’ forem contínuas no intervalo fechado [a, b], então, o comprimento do arco da curva y = f(x) do ponto (a, f(a)) ao ponto (b, f(b)) será dado por Quando x é expresso como uma função de y, o comprimento do arco de uma curva será: Se a função g e sua derivada g’ forem contínuas no intervalo fechado [c, d], então, o comprimento do arco da curva x = g(y) do ponto (g(c), c) ao ponto (g(d), d) será dado por Seǁ ∆ ǁ < δ então ∑ni = 1 - Pi - 1Pi - L < ε| | | | L = lim || ∆ || → 0 ∑ni = 1 - Pi - 1Pi 1| | | | ( ) L = ∫ba 1 + f ' x 2dx√ [ ( )] L = ∫dc 1 + g ' x 2dy√ [ ( )] Veja o exemplo 7 no documento. O volume de sólidos por discos e anéis circulares A de�nição de área de uma região plana levou você à de�nição da integral de�nida. No desenvolvimento, você utilizou a fórmula para a área de um retângulo, da Geometria Plana. Agora, usará um processo similar para obter volumes de determinados tipos de sólidos. Um deles é um cilindro reto. Um sólido será um cilindro reto se for limitado por duas regiões planas congruentes R1 e R2, situadas em planos paralelos, e por uma superfície lateral gerada por um segmento de reta, tendo seus extremos sobre os limites de R1 e R2, que se move de modo que seja sempre perpendicular aos planos R1 e R2. A altura do cilindro é a distância perpendicular entre os planos de R1 e R2 e a base é R1 ou R2. Figura 11: Cilindro retos. Quando a base for encerrada por um retângulo, temos um paralelepípedo retângulo. Quando a base for encerrada por círculo, temos um cilindro circular reto. Fonte: Google Imagens. Se a área da base de um cilindro reto for A unidades quadradas e a altura for h unidades, então, da geometria dos sólidos, se V for o volume: V = Ah. A partir desta fórmula, você obtém um método para o cálculo da medida do volume de um sólido. Veja: Seja um sólido tal que S esteja entre os planos perpendiculares ao eixo x em a e b. Se a medida da área da secção plana de S no plano perpendicular ao eixo x em x for dada por A(x), onde A é contínua em [a, b], então, a medida do volume de S será dada por: V = ∫baA(x)dx Determinação do volume de um sólido de revolução A de�nição pode ser aplicada para a determinação do volume de um sólido de revolução, que é um sólido obtido com a rotação de uma região em um plano em torno de uma reta no plano, chamada de eixo de revolução que pode ou não interceptar a região. Considerando o primeiro caso em que o eixo de revolução é uma fronteira da região que gira e os n retângulos que irão gerar n discos circulares, temos: Seja f uma função contínua em [a,b] e suponha que f(x) ≥ 0 para todo x em [a,b]. Se S for o sólido de revolução obtido pela rotação efetuada, em torno do eixo x, da região limitada pela curva y = f(x), pelo eixo x e pelas retas x = a e x = b, e se V for o número de unidade cúbicas no volume de S, então: V = π∫ba[f(x)] 2dx Figura 12: Sólido de revolução que será gerado pela função y=f(x) e os discos circulares que serão usados no cálculo do volume. Fonte: Google Imagens. Veja o exemplo 8 no documento. Eixo de revolução fora da fronteira da região a ser rotacionada Suponha, agora, que o eixo de revolução não esteja na fronteira da região a ser rotacionada. Neste caso, temos: Sejam f e g funções contínuas no intervalo fechado [a, b] e suponha que f(x) ≥ g(x) ≥ 0 para todo x em [a, b]. Então, se V unidades cúbicas for o volume do sólido de revolução, em torno do eixo x, da região limitada pelas curvas y = f(x) e y = g(x) e pelas retas x = a e x = b, V = π∫ba (f(x)) 2 - (g(x))2 dx[ ] Figura 14: O n anéis circulares (arruelas) são usados para a determinação do volume do sólido de revolução gerado. Fonte: Google Imagens. Veja o exemplo 9 no documento. Volumes de sólidos por invólucros cilíndricos (casca cilíndrica) Na seção anterior, você encontrou o volume de um sólido de revolução, tomando elementos retangulares de área perpendiculares ao eixo de revolução e o elemento de volume era um disco circular ou um anel circular. Porém, para alguns sólidos de revolução esse método não é viável. Nesses casos, o método do invólucro cilíndrico torna-se útil. Ele pode ser enunciado como: Seja f uma função contínua no intervalo fechado [a, b], onde a ≥ 0. Suponha que f(x) ≥ 0 para todo x em [a, b]. Se R for a região limitada pela curva y = f(x), pelo eixo x e pelas retas x=a e x=b, se S for o sólido de revolução obtido pela sua rotação R em torno do eixo y e se V unidades cúbicas for o volume de S, então: V = ∫ba2π(Raio da casca)(Altura da casca)dx = 2π∫ b ax ∙ f(x)dx Veja o exemplo 10 no documento. Atividade 1. Calcule a área compreendida entre as curvas y = x2 e y = 2x. 2. Determine o volume do sólido gerado pela rotação, em torno do eixo x, da região limitada por y = x2, x = 2 e x=0 3. Determine o volume do sólido gerado pela rotação, em torno do eixo x, da região limitada por y = e - x, x = 1, x = 0 e y = 0. 4. Determine a área da região limitada por f(x) = 8 - x2 e g(x) = x2. 5. Calcule o volume gerado pela rotação, em torno do eixo x, da região limitada pela curva y = x2, oeixo x e as retas x = 1 e x = 2 . Notas Referências ANTON, H.; BIVENS, I.; DAVIS, S. Cálculo. Volume 1. Porto Alegre: Artmed Editora S.A., 2007. BROCHI, A. Cálculo Diferencial e Integral I. Rio de Janeiro: SESES, 2015. FERNANDES, D. B. Cálculo. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. PANONCELI, D. M. Análise Matemática. Curitiba: Intersaberes, 2017. Explore mais Para concluir nossa discussão sobre integrais, seguem sugestões de vídeos: “Cursos Unicamp: Cálculo 1 / aula 46 - Volumes - parte 1” <https://youtu.be/njO-gPgQbjs> ; “Cursos Unicamp: Cálculo 1 / aula 47 - Volumes - parte 2” <https://youtu.be/agEKx6LzGKw> ; “Cursos Unicamp: Cálculo 1 / aula 48” <https://www.youtube.com/watch?v=5q8Ad7EK7cE&feature=youtu.be> ; “Cursos Unicamp: Cálculo 1 / aula 49 - Volumes por Cascas Cilíndricas - parte 2” <https://www.youtube.com/watch? v=8bIx_Tg6v6w&feature=youtu.be> ; https://youtu.be/njO-gPgQbjs https://youtu.be/agEKx6LzGKw https://www.youtube.com/watch?v=5q8Ad7EK7cE&feature=youtu.be https://www.youtube.com/watch?v=8bIx_Tg6v6w&feature=youtu.be
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