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1.O que é o Furrundu, explique seu processo de produção?
Furrundum ou furrundu é um doce típico da culinária caipira da região do Vale do Paraíba, no interior de São Paulo. É feito de cidra ralada ou de mamão verde ralado com rapadura derretida ou açúcar mascavo. Em O dialeto caipira, de Amadeu Amaral, existe referência a este doce. O Furundu é um dos doces mais tradicionais da região do Pantanal, feito com canela, rapadura e mamão verde ou pau do mamoeiro.
(60 Pontos)
2.Muito conhecido, este prato é típico de Ubatuba, surgiu, segundo algumas teorias, da disponibilidade e abundância de seus componentes: peixe, farinha de mandioca, bananas e temperos. Um peixe suculento cozido com banana nanica verde e muito bem temperado, servido com arroz e pirão feito com o próprio caldo do peixe. Essa comida, é possivelmente resquício do hábito de nossos antepassados indígenas que tinham a banana como um dos seus alimentos. O peixe já sustentava muitas aldeias litorâneas, tanto que a palavra pirão é de origem tupi, “pirau” onde “pira” significa peixe e “u” comida. No entanto, devemos considerar a influência de nossos colonizadores na criação do prato, pois a banana nanica foi introduzida no país por eles, aqui os índios desfrutavam da banana pacova. O caldo do peixe, bem como todos os componentes do cozido apresentam um tom escuro, por conta da banana. Apesar de ser verde, neste estágio de vida, a banana é rica em uma substância chamada tanino. O tanino, ao ser liberado durante o cozimento se associa às proteínas do peixe e forma um composto que dá a cor característica do prato. Além disso, há quem diga que o verdadeiro prato é feito em panela de ferro, o que propicia a formação de mais pigmentos escuros, pois os taninos se ligam fortemente aos derivados do ferro e outros metais. De acordo com as informações do texto, identifique o nome do prato?
(60 Pontos)
Caldeirada
Frigideira de siri
Moqueca
Azul Marinho
Peixe na telha
3.O povo de São Luiz do Paraitinga (SP), no Vale do Paraíba, leva a festa do Divino Espírito Santo a sério. Passados 40 dias da Páscoa, a folia começa. Rituais cristãos e pagãos se alternam por dez dias, atraindo gente da cidade e da roça: tem reza, procissão, maracatu, congada, novena e comilança, tudo distribuído de graça à população. Manda a tradição, desde o século XIX, que todo luizense contribua. Ao longo do ano, a família do festeiro, eleito pelos moradores, percorre a vizinhança em busca de donativos – de dinheiro a pacote de arroz, cada um dá o que pode. “Ainda se crê, principalmente na zona rural, na importância da doação da prenda do Divino para colher bons frutos na plantação”, afirma o historiador João Rafael Coelho Cursino dos Santos, em sua tese de mestrado na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. A celebração é herança portuguesa, mas o ponto alto do evento leva às ruas um prato de origem ainda incerta, entre a influência tropeira e a dos cozidos lusitanos. Trata-se de um ensopado à base de carne bovina e batata, distribuído em duas ocasiões durante os festejos: na noite do primeiro sábado e no almoço do sábado seguinte. “Muitos que deram a prenda ao Divino enxergam, na comida que recebem gratuitamente, uma resposta direta à sua fé”, explica o historiador. O preparo do prato sempre coube aos homens – e nunca primou pelo refinamento. Em tachos enormes, sobre fogueiras rodeadas com tijolos, os voluntários vão jogando os cortes de carne bovina, picada grosseiramente, junto com muito alho, cebola, cheiro verde, batata e água. “Antigamente, usavam até enxada para mexer”, conta a chef Heloísa Bacellar, ex-moradora da cidade. Dos tachos, o ensopado vai para panelões menores, para que as mulheres se encarreguem da finalização – e um foguetório anuncia que está na mesa, ou no balcão. Baseando-se nas informações do texto identifique o nome do prato?
(60 Pontos)
Afogado
Buraco Quente
João Deitado
Carne na Lata
Rojão
4.Os registros da imigração portuguesa apareceram no século XVIII e se tornaram mais regulares a partir do século XIX. Devido aos inúmeros estudos sobre o tema, hoje já se pode contar com estimativas mais confiáveis sobre o número de imigrantes que vieram para o Brasil desde o século XVI. Nos primeiros dois séculos de colonização, vieram para o Brasil cerca de 100 mil portugueses, uma média anual de 500 imigrantes. No século seguinte, esse número aumentou: foram registrados 600 mil e uma média anual de 10 mil imigrantes portugueses. O ápice do fluxo migratório ocorreu na primeira metade do século XX, entre 1901 e 1930: a média anual ultrapassou a barreira dos 25 mil. A origem socioeconômica do português imigrante é muito diversificada: de uma próspera elite nos primeiros séculos de colonização, passou-se a um fluxo crescente de imigrantes pobres a partir da segunda metade do século XIX. Estes últimos foram alvo de um anedotário pouco condizente com a rica herança cultural que nos deixou o português. Durante 322 anos o território foi colonizado por Portugal, o que implicou a transplantação tanto de pessoas quanto da cultura da metrópole para as terras sul-americanas. O número de colonos portugueses aumentou muito no século XVIII, na época do Ciclo do Ouro. Em 1808, a própria corte de D. João VI mudou-se para o Brasil, um evento com grandes implicações políticas, econômicas e culturais. A mais evidente herança portuguesa para a cultura brasileira é a língua portuguesa, atualmente falada por virtualmente todos os habitantes do país. A religião católica, crença da maioria da população, é também decorrência da colonização, o que legou ao Brasil as tradições do calendário religioso (festas, procissões), além do carnaval e festas juninas. Na culinária, muitos dos pratos típicos brasileiros são o resultado da adaptação de pratos portugueses às condições da colônia. Este prato muito típico brasileiro é resultado da adaptação dos cozidos portugueses, composto por diversos tipos de carnes (porco e boi), embutidos e feijão. De acordo com as informações do texto, identifique o prato?
(60 Pontos)
Moqueca
Arroz de Pato
Bacalhoada
Bolinho de Bacalhau
Feijoada
5.Este lanche é um dos atrativos do Mercado Municipal de São Paulo. Turistas visitam o local só para comer a iguaria, que chega a ter mais de 200 gramas de um embutido em um pão francês. Com muito recheio e opções de acompanhamento como queijo cheddar, cebola caramelizada e bacon, o prato é uma tradição do “Mercadão”, localizado no centro da capital paulista. O lanche ficou famoso em terras paulistanas na década de 1930, quando o Mercadão abriu suas portas. Primeiro, ele conquistou os funcionários do local, que viram no sanduíche uma opção de alimentação barata e acessível. Depois, chamou a atenção da população paulistana e se transformou em atração turística. Um dos sanduíches mais vendidos dentro no Hocca Bar (cerca de 700 por dia), o proprietário, Horácio Gabriel, herdou o nome do pai, um imigrante português que fundou o bar em 1952. O dono diz que não é possível afirmar quem inventou de fato o prato tão famoso de São Paulo, mas conta como fez história vendendo o quitute por aí. Além da tradição de pratos sempre grandes e fartos, coisa que herdou da cultura portuguesa de sua família, ele explica que o pai montou o sanduíche com o intuito de ajudar os funcionários que trabalhavam no Mercadão logo nos primeiros anos de funcionamento do local. "O pessoal chegava aqui e pedia: “Seu Horácio, capricha no lanche! Só vou comer isso hoje.' Meu pai dobrava o recheio para dar sustância aos trabalhadores. Foi assim que surgiu o lanche que servimos até hoje." Baseado nas informações do texto, identifique o nome do lanche?
(60 Pontos)
Bauru
Misto quente
Sanduíche de Mortadela
Sanduíche de Pernil
Hambúrguer
6.Vindos principalmente das Vilas de São Paulo e São Vicente, os bandeirantes foram os exploradores que, adentraram os sertões em busca de riquezas e escravos, na época do Brasil colônia. Sobre a alimentação desses paulistanos avalia as afirmações a seguir. I. Típico da Mata Atlântica e extraído da palmeira Juçara,o palmito também era consumido pelos bandeirantes junto com o broto da samambaia e o pinhão. II. Depois das longas caminhadas e para levantar os ânimos, eles preparavam a gengibirra, mistura de milho socado, gengibre, açúcar refinado, cravo, canela, noz moscada e leite. III. Ao final da tarde paravam para descansar, relaxavam e tomavam um leite com chocolate, que carregavam em suas bruacas. IV. Era habitual no café da manhã os bandeirantes consumirem a jacuba, uma espécie de pirão feito de farinha de milho socada, sobre a qual derramavam água fervente, adoçada com rapadura. Estão corretas as alternativas:
(60 Pontos)
I, III
Todas as alternativas
II, III
I, IV
Somente I
7.Qual a diferença entre o bolinho caipira de Jacareí e de São José dos Campos?
O de São José dos Campos e feito com farinha de milho amarela, e o de Jacarei e feito de farinha de milho branca
(60 Pontos)
8.Os portugueses haviam tido seu primeiro contato com os nativos daquelas novas terras no dia 23 de abril de 1500, quando Nicolau Coelho, um dos integrantes do grupo de descobridores, dirigiu-se à praia e, provavelmente na foz do rio Caí, encontrou “uns dezoito ou vinte homens”, e com eles fez trocas amistosas de alguns presentes como conta Pero Vaz de Caminha. Na manhã seguinte, a clara manhã de 24 de abril, uma sexta-feira, após a noite de muitos sustos para os navegantes, diante de naus desgarradas por chuvas e ventos fortes, a expedição, seguindo rumo norte por cerca de 65 quilômetros , jogou novamente suas âncoras. As terras à frente eram os locais que hoje são conhecidos pelos nomes de Trancoso, Arraial da Ajuda, Porto Seguro, Coroa Vermelha e Cabrália. Ali, pela primeira vez, o sabor europeu foi experimentado pelos habitantes daquele novo mundo. Eram dois índios, que foram embarcados pelo piloto Afonso Lopes num dos botes que exploravam as praias. Ao chegarem a nau-capitania encontraram uma verdadeira celebração. Caminha conta: “Mostraram-lhes um papagaio pardo que o capitão trazia consigo, tomaram-no logo na mão e acenaram para a terra, como quem diz que os havia ali. Mostraram-lhes um carneiro não fizeram caso. Mostraram-lhes uma galinha, quase tiveram medo dela: não queriam pôr a mão, e depois a tomaram como que espantados.” A ceia começou a seguir, com uma caprichada comida de bordo. O que foi oferecido nesta ceia?
(60 Pontos)
Milho, carne boi, carne de porco, abóbora e uva
Mandioca, queijo, leite, carne de porco e goiabada
Pão, peixe cozido, doces variados, mel e figos maduros
Arenque, bacalhau, batata, arroz, tomate e caju
Feijão, couve, arroz, linguiça, manteiga e pão
9.Quando conheceram a primeira povoação indígena – nove ou dez casas (ocas), cobertas de palha – os portugueses puderam apreciar parte da preferência alimentar dos nativos, “muito inhame e outras sementes, que na terra há e eles comem”. Caminha não deixa de registrar seu espanto diante dessa frugalidade: “Eles não lavram, nem criam. Não há aqui boi, nem vaca, nem cabra, nem ovelha, nem galinha, nem qualquer outra alimária, que costumada seja ao viver dos homens. Nem comem senão desse inhame, que aqui há muito, e dessa semente e frutos, que a terra e as árvores de si lançam. E com isto andam tais e tão rijos e tão nédios (brilhante) que não o somos tanto, com quanto trigo e legumes comemos”. A boa aparência dos nativos, no entanto, não entusiasmou os descobridores a ponto de fazê-los experimentar seus alimentos. O que logo perceberam foi que a carne, proveniente da caça, assim como os peixes, não eram limpos de seu pelo, pele e escamas, nem de seus miúdos, e quando não se comia tudo cru, cozinhava-se o alimento em uma espécie de grelha rudimentar colocada sobre uma fogueira, sistema precursor do que viria a ser um dos hábitos mais populares do país, o churrasco. De acordo com o texto identifique o nome deste instrumento utilizado pelos nativos?
(60 Pontos)
Moquém
Trempe
Parrilla
Tucuruva
Biaribi
10.Nome e RA do aluno
11.Curso
12.A comida típica paulista é uma comida simples e saborosa que ainda existe em muitas cidades do Vale do Paraíba. A contribuição de diversos povos propiciou variadas receitas, com destaque para aquelas feitas a base de mandioca, milho, carne de porco e cana de açúcar. Tendo em vista as receitas salgadas e doces desta região paulista avalie as informações a seguir: I. O furrundum ou furrundu, um doce tradicional da região do Vale do Paraíba, feito à base de batata doce, coco ralado, rapadura derretida e canela. II. Feito com carne seca, linguiça, torresmo frito e farinha de milho, o feijão tropeiro é um prato que remete aos antigos viajantes. III. Nas fazendas de café, nos panelões, as cozinheiras mexiam as compotas de frutas, o bolinho de chuva, os biscoitos de polvilho, o arroz doce, o pão de ló, as broas de milho, entre outros. IV. O bolinho caipira é feito com farinha de trigo e linguiça de porco em Jacareí, e com farinha de milho e carne moída em São José dos Campos. Estão corretas as alternativas:
(60 Pontos)
Somente I
Todas as alternativas
II, III
I, IV
I, II, III

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