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LICENCIATURA EM SOCIOLOGIA PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR (PCC) 5º. SEMESTRE NOME DO ALUNO RA: A EVOLUÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS NO BRASIL CIDADE – ESTADO 2020 INTRODUÇÃO A atividade solicitada para o 5° semestre propõe a realização de um levantamento bibliográfico nos livros didáticos de Sociologia, pelo menos 2, e elaborar um texto dissertativo, tratando da evolução dos direitos sociais no Brasil. O texto dissertativo deve apresentar o tema – a evolução dos direitos sociais no Brasil – e, ainda, contemplar uma proposta didáticopedagógica para tratar deste tema nas aulas do Ensino Médio. A fim de alcançar o objetivo solicitado nessa atividade, relacionado às disciplinas do semestre, selecionei os seguintes livros: Sociologia em Movimento (Afrânio Silva, Bruno loureiro, Cassia Miranda, Fátima Ferreira, João Catraio Aguiar, Lier Pires Ferreira, Marcela M. Serrano, Marcelo Araújo, Marcelo Costa, Martha Nogueira, Otair Fernandes de Oliveira, Paula Menezes, Raphael M. C . Corrêa, Ricardo Muniz de Ruiz, Rodrigo Pain, Rogério Lim, Tatiana Bukowitz,Thiago Esteves e Vinicius Mayo Pires.), e o segundo livro Sociologia para o Ensino Médio (Nelson Dacio Tomazi). Ainda tendo como base às seguintes disciplinas do semestre: Métodologia do Trabalho acadêmico, Sociologia Integrada, Prática de Ensino: Trajetória e Práxis, Estado e Cidadania, Estatística Aplicada às Ciências Humanas, Antropologia Brasileira, Sociologia do Desenvolvimento, Sociologia do Trabalho e os Estudos Disciplinares do semestre. Este presente trabalho tem por objetivo auxiliar os alunos do ensino médio a compreenderem através da história como ocorreu a evolução dos direItos sociais no Brasil, bem como o termo cidadania, para isso se faz necessário conhecer que essa ideia de “direito” só é possível com a criação do Estado Moderno. Ao longo deste trabalho iremos analisar diversos pensadores, bem como suas contribuições para a compreensão do termo Estado de Direito. É importante dizer, desde o inicio que, os direitos sociais, assim como os individuais, são direitos fundamentais assegurados pela Constituição brasileira de 1988. Os direitos sociais buscam a qualidade de vida dos indivíduos assim como os direitos individuais. No entanto, apesar de estarem interligados, é necessário diferenciá-los para uma melhor compreensão: DIREITOS INDIVIDUAIS DIREITOS SOCIAIS Reconhecem a todos os brasileiros, de acordo com a lei, o respeito: ao seu nome; sua intimidade; suas relações; sua privacidade; sua liberdade; seu domicílio; sua correspondência; e acima de tudo, o direito à vida e à qualidade igualitária de se viver. Buscam melhorar as condições de vida e de trabalho para todos; São cedidos à todos pelo Estado e dependem de sua atuação e regulamentação; Com o auxílio de outras leis, alcançam diferentes áreas de amparo aos indivíduos como: direitos trabalhistas; seguridade social (direitos à saúde, à previdência social e à assistência social); proteção à maternidade, à infância e aos desamparados; Contudo, a cidadania é a prática dos direitos e deveres de um indivíduo em um Estado. Os direitos e deveres de um cidadão devem andar sempre juntos, uma vez que o direito de um cidadão implica necessariamente numa obrigação de outro cidadão. Conjunto de direitos, meios, recursos e práticas que dá à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Um cidadão é uma pessoa que se considera em uma fase madura o suficiente desenvolvido para agir consciente e responsavelmente dentro da sociedade. DESENVOLVIMENTO EVOLUÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS NO BRASIL É comum ouvimos seja através da mídia ou em conversas entre os indivíduos temas sobre direito e cidadania. Estes são discutidos pelas várias camadas da população, trabalhadores, estudantes, políticos, empresários, etc. ou seja, pelos grupos pertencentes a sociedade brasileira. O Direito também possui importante missão: serve como instrumento para gerar a paz e harmonia nas diversas relações sociais. Vale dizer que o Direito não deve refletir interesses individuais, mas sim interesses de toda a coletividade, que muitas vezes colidem com os interesses individuais. O Direito, por ser fruto da elaboração humana, sofre influencia do tempo e do local, e por isso, ele deve estar sempre aberto às mudanças que ocorrem durante as diferentes épocas. O tempo faz surgir inúmeras e constantes transformações, e devido a isso, Direito deverá estar sempre atualizado. Cumpre salientar que o Direito exige a imposição de determinados comportamentos e posturas, que limitam a liberdade dos homens para uma interação harmônica. Há outras manifestações sociais que também auxiliam o Direito nessa missão, quais sejam: a religião, a moral, a ética e as regras de trato social. A Cidadania é o conjunto de direitos e deveres exercidos por um indivíduo que vive em sociedade, no que se refere ao seu poder e grau de intervenção no usufruto de seus espaços e na sua posição em poder nele intervir e transformá-lo. A expressão da cidadania frequentemente está associada ao campo do Direito, em que existe uma série de legislações voltadas para os direitos e deveres que o cidadão possui. Entre os deveres, destaca-se o voto eleitoral (que também é um direito), o zelo pelo espaço e o cumprimento das leis. Entre os direitos, destaca-se o de ir e vir, bem como o de ter acesso à saúde, moradia, alimentação e educação. O conceito de cidadania também está relacionado à nacionalidade do indivíduo, isto é, à legalidade de sua permanência em um determinado território administrado por um Estado Nacional. Fala-se, por exemplo, de cidadania brasileira, cidadania portuguesa e cidadania americana. Em casos de descumprimento aos deveres, o indivíduo poderá ter parte de sua cidadania caçada, a exemplo de presidiários que possuem o direito de votar vetado, entre outras limitações impostas pela lei penal. Contudo, é necessário entender que a ideia de cidadania está relacionada ao surgimento do Estado Moderno. Na prática, o Estado Moderno é responsável por fornecer direitos e deveres a todos os seus cidadãos (natos e naturalizados). Partindo deste ponto de vista, a principal função do Estado Moderno é de amenizar e/ou acabar com os conflitos existentes em seu território. Como exemplo de uma instituição democrática usada para solucionar conflitos, podemos destacar: a atuação do Poder Judiciário, que é responsável por aplicar o cumprimento fiel da legislação presente no Estado. As características mais conhecidas do Estado Moderno são: Poder Soberano - a Soberania representa a capacidade do Estado para atuar em seu território (internamente) ou se relacionar com outros países (externamente); Atuação da Sociedade Civil - o Estado não é a mesma coisa que Sociedade Civil Organizada. Na realidade, a Sociedade Civil Organizada é composta por instituições sociais que são importante para a manutenção do Estado e preservação dos direitos e liberdades. Exemplos: movimentos sociais, sindicatos, cooperativas e ONG's. A ideia de que os seres humanos nascem livres e iguais, foi defendida por muitos pensadores e sendo assim estes têm garantido determinados direitos que são intransferíveis. Para Thomas Hobbes (1588 -1679) pensador inglês, os seres humanos são naturalmente iguais e por terem liberdade excessiva, lutam uns contra os outros na defesa de interesses individuais. Sendo assim, há uma necessidade de um acordo entre as pessoas que Hobbes vai chamar de contrato a fim de evitar que estes se matem. Então para garantir a paz entre os indivíduos, todos os membros da sociedade deveriam renunciar à liberdade e dá-la ao Estado, que teria o direito de agir em seu nome,coibindo todos seus excessos, ou seja mantendo os em respeito e sob as leis. Outro pensador também inglês e que vai defender que somente os homens livres e iguais podem fazer um pacto com o objetivo de estabelecer uma sociedade política é John Locke (1632 -17040). Para ele, homens livres e iguais são aqueles que têm alguma propriedade a zelar. Tais propriedades para Hobbes seria o direito à vida, a liberdade e aos bens. Ver-se que o homem em seu “estado de natureza” como fala Thomas Hobbes, acaba por provocar conflitos com os outros, pois vive competindo, desconfiando de todos e buscando sua própria gloria, e isso é perigoso. Por esse motivo tornou se necessário que estes buscassem fazer o que Hobbes vai chamar de ‘”Contrato”, a fim de as segura- lhes a paz. Mas como apenas um papel assinado não seria o suficiente, seria indispensável que os homens se submetessem a sua vontade a vontade de um só homem. Que é o que foi abordado até agora, esse homem seria um rei e essa organização seria o Estado Absolutista. O Estado absolutista é um regime político surgido no fim da Idade Média. Também chamado de Absolutismo se caracteriza por concentrar o poder e autoridade no rei e de poucos colaboradores. Nesse tipo de governo, o rei está totalmente identificado com o Estado ou seja, não há diferença entre a pessoa real e o Estado que governa. Não há nenhuma Constituição ou lei escrita que limite o poder real e tampouco existe um parlamento regular que contrabalance o poder do monarca. Observa-se que para Jhon Locke, a fim de que os homens garantissem o direito à propriedade, era necessária a criação de leis e a escolha da forma de governo através da decisão da maioria. Jean Jacques Rousseau (1712-1778) foi um importante intelectual do século XVIII para se pensar na constituição de um Estado como organizador da sociedade civil assim como se conhece hoje. Para Rousseau, o homem nasceria bom, mas a sociedade o corromperia. Da mesma forma, o homem nasceria livre, mas por toda parte se encontraria acorrentado por fatores como sua própria vaidade, fruto da corrupção do coração. O indivíduo se tornaria escravo de suas necessidades e daqueles que o rodeiam, o que em certo sentido refere-se a uma preocupação constante com o mundo das aparências, do orgulho, da busca por reconhecimento e status. Mesmo assim, acreditava que seria possível se pensar numa sociedade ideal, tendo assim sua ideologia refletida na concepção da Revolução Francesa ao final do século XVIII. A questão que se colocava era a seguinte: como preservar a liberdade natural do homem e ao mesmo tempo garantir a segurança e o bem-estar da vida em sociedade? Segundo Rousseau, isso seria possível através de um contrato social, por meio do qual prevaleceria a soberania da sociedade, a soberania política da vontade coletiva. Para Rousseau a igualdade só tem sentido se for baseada na liberdade, mas segundo sua definição, a igualdade só pode ser jurídica, ou seja, nós elaboramos as leis e ao mesmo tempo as obedecemos. Ou seja, obedecer às leis escritas por nós mesmos é um ato de liberdade. Para instituírem um contrato, os homens tiveram que fazer uso da razão e da liberdade e assim a melhor escolha prevalecer. Essa é a primeira condição que da legitimidade a vida pública. E foi apartir daí que os homens elaboraram um contrato que inaugurou a organização de um Estado. Diferentemente dos outros pensadores, Jean Jacques Rousseau afirma que qualquer forma de governo que se adote é secundária desde que ela esteja sub metida ao poder soberano do povo. Eletransfere o conceito de soberania da pessoa do governante para todo o povo, entendido como corpo político ou sociedade de cidadãos. A soberania é inalienável e indivisível e deve ser exercida pela vontade geral, denominada por soberania popular. Interessante notar que o termo soberania popular pode ser visto na Constituição da República Federativa do Brasil, em seu art. 14, caput. Até o presente momento nota-se as razões pelas quais foi necessário a organização de um Estado. Mais ainda é preciso compreender qual seria a melhor forma de organização desse Estado. Cada pensador estudado até aqui defende um modelo de governo, Hobbes a monarquia absolutista, John Locke defende que a melhor forma de governo é aquela escolhida pelo povo e para Jean Jacques Rousseau, aquele que for escolhido para governar deve ser funcionário do povo. – (Neste momento o professor(a), solicitará que os alunos(as) se dividam em grupos para pesquisar algumas formas de governos existentes em determinados países. Cada grupo deverá pesquisar e explicar dois (2) países. Grupo 1: Estados Unidos e Brasil. Grupo 2: Espanha e França. Grupo3: Inglaterra e Itália.) Grupo 1: Estados Unidos e Brasil. Estes dois países possuem a Republica Parlamentarista (República Constitucional Parlamentar), o chefe de Estado (presidente) normalmente não tem poderes executivos reais. O Presidente da República pode ser eleito pelo povo e nomeado pelo Parlamento, por tempo determinado. Há também vários países em que o presidente é eleito pelo próprio Parlamento. Quem governa de fato (com poderes executivos) é chefe de governo, ou seja, o primeiro-ministro. A República parlamentarista é uma forma de governo republicano organizado sob um sistema parlamentarista de governo. Grupo 2: Espanha e França. Em ambos existe a Monarquia parlamentarista é uma dasformas de governo existente nos países ocidentais atuais, na que o Rei exerce a função de Chefe de Estado sob o controle do Poder Legislativo (Parlamento) e do Poder Executivo (Governo), isto é, o Rei reina, mas não governa (expressão devida a Adolphe Thiers). As normas e decisões emanadas do Parlamento regulam não só o funcionamento do Estado, mas também a atuação e funções do próprio Rei. É muito usual, inclusive na bibliografia das ciências políticas, identificar com outro tipo de monarquia, a Monarquia constitucional, ainda que esta tenha uma característica bem diferente, e é que permite reservar uma maior capacidade e funções ao Rei, que retém grande parte do poder, por exemplo, controlando ao Poder Executivo. Grupo 3: Inglaterra e Itália. Nestes dois países o sistema de governo é o parlamentarismo é um sistema de governo democrático, em que o poder executivo baseia a sua legitimidade democrática a partir do poder legislativo(representado pelo parlamento nacional); os poderes executivo e legislativo são, portanto, interligados neste sistema de governo. Em um sistema parlamentarista, o chefe de Estado é normalmente uma pessoa diferente do chefe de governo, em contraste ao sistema presidencial, onde o chefe de Estado muitas vezes é também o chefe de governo e o poder executivo não deriva a sua legitimidade democrática da legislatura. Estes diferentes modelos de governo se dá devido ao processo histórico de cada país. CONCLUSÃO https://pt.wikipedia.org/wiki/Poder_legislativo No século XVIII, quando as colônias inglesas da América do Norte se tornaram independentes, foram criados alguns documentos importantes, como a Declaração de Direitos da Virginia (1776) e a Constituição de 1787. E também neste mesmo ano foram ratificadas as dez primeiras emendas à Constituição estadunidense, no qual ficou determinado claramente os limites do Estado e definiam aind aos campos em que a liberdade deveria ser estendida aos cidadãos. Mas não fora abolida a escravidão. Na Inglaterra a partir do século XVIII, criaram – se as primeiras cartas e estatutos que asseguraram alguns direitos humanos, foi o que foi visto na pesquisa, A Carta Magna. Que protegia apenas os homens livres, e a Petition of Rights, que requeria o reconhecimento de direitos e liberdades aos súditos do rei. No entanto foi a Bill Of Rigths que submeteria a monarquia a soberania popular. Transformando-a numa monarquiaconstitucional. Já na França, os direitos baseados nos princípios da liberdade e da igualdade foram declarados universais com a Revolução Francesa. E é importante ressaltar que os documentos originados da Revolução Francesa e da independência dos Estados Unidos são a base da declaração Universal dos Direitos humanos da Organização Mundial Das Nações Unidas (ONU). Direito a liberdade, a igualdade foi o que vimos nos documentos assinados ao longo da história por diversos países. No entanto século XVIII e mais claramente no século XIX, a sociedade europeia estava estruturada na desigualdade, e as diferenças entre as classes eram evidentes. Deste contexto histórico, vão surgir pensadores como Karl Marx e Émile Durkheim. Para o primeiro a ideia de democracia passaria pelo critério da igualdade social, que só uma revolução social poderia tornar realidade. Já para Émile Durkheim, a ideia de cidadania estaria ligada a questão da coesão social, estabelecida com base na solidariedade orgânica. Ou seja, quando o indivíduo desempenha diferentes funções sociais, este está integrado numa sociedade que por sua vez apresenta se como um organismo estruturado. Portanto seu papel como cidadão é cumprir suas obrigações e desenvolver uma prática social. Ao participar da solidariedade social, levando em conta as leis e a moral vi gentes em uma sociedade, o sujeito desenvolve plenamente sua cidadania. Segundo o sociólogo inglês Thomas Humphrey Marshall, a ideia de cidadania só começou a aparecer nos séculos XVII e XVIII, e de forma sutil por meio da formulação dos chamados direitos civis. Que naquele momento histórico procurava garantir a liberdade religiosa e de pensamento, o direito de ir e vir, o direito à propriedade, a liberdade contratual, principalmente a de escolher o trabalho e por último, a justiça, que deveria salvaguardar todos os direitos anteriores. Vimos também, que a cidadania é um status concedido aqueles que são membros integrais de uma comunidade. Cidadania e direitos humanos: As dimensões da cidadania, incluem os direitos civis, políticos e sociais. Os direitos civis podem ser definidos como aqueles cujo objetivo é garantir ao indivíduo a liberdade de expressão e movimento e obediência as leis. Ou seja, os direitos civis estão relacionados com respeito do Estado e dos demais cidadãos e as escolhas que cada um faz para sua vida. Ou seja, suas ideias políticas, sua religião, seu direito de ir e vir, sua liberdade de expressão, seu exercício profissional, etc. Direitos Políticos: Estes direitos segundo Thomas Humphrey Marshall, são entendidos na forma de possibilidade de participação da sociedade civil nas diversas relações de poder presentes em uma sociedade, em especial a possibilidade de escolha de representantes ou de se candidatar a qualquer cargo, assim como de se manifestar em relação a possíveis transformações a serem realizadas. Direitos Sociais: São vistos como essenciais para a construção de uma vida digna a partir de padrões de bem-estar socialmente estabelecidos, como educação, saúde, lazer e moradia. Direitos Humanos: A ideia de direitos humanos surgiu após a Segunda Guerra Mundial, diante das barbaridades e dos efeitos destrutivos produzidos pelo conflito. A Declaração Universal dos Direirtos Humanos foi aprovada em 10 de dezembro de 1948 pela ONU, criada em 1945 com o objetivo de proporcionar o diálogo e impedir conflitos entre países por questões políticas, econômicas ou culturais. A Declaração teve por base os direitos essências a vida e a liberdade e o reconhecimento da pluralidade como meio de combater ações discriminatórias. – (É hora de aprofundar os artigos desta declaração... A turma deve se dividir em grupos para pesquisar no link sugerido pelo professor(a), os artigos I, II, III, VI e VII desta Declaração e em seguida cada grupo irá escolher um destes artigos e desenvolver um texto onde estes direitos são aplicados ou até mesmo violados no cotidiano do cidadão (https://www.unicef.org/brazil/pt/resources_10133.htm).) Democracia, cidadania e direitos humanos no Brasil: Primeiramente é preciso compreender que o sistema político brasileiro preenche formalmente, os requisitos mínimos de uma poliarquia. Ou seja, sistema democrático em que o poder é atribuído com base em eleições livres e em que há ampla participação política e concorrência pelos cargos eletivos. No entanto, segundo o cientista político e historiador brasileiro José Murilo de Carvalho, a estruturação dos direitos de cidadania no Brasil, esteve constantemente vinculada aos interesses das elites socioeconômicas e políticas. Ou seja, poucas vezes foi resultado de um projeto com ampla participação popular e com vista à inclusão social. Deste modo, José Murilo de Carvalho via desenvolver a teoria de que vivemos uma estadania, pois muitos de nossos direitos seriam resultantes de uma “concessão” relativa do Estado, feita “de cima para baixo”, a uma população muitas vezes desinteressada da “coisa pública”. Sendo assim, os direitos costumam ser vistos como benefícios oferecidos pelos grupos dominantes ao restante da população. Já para outro cientista político brasileiro, Wanderley Guilherme dos Santos, vai utilizar o conceito de cidadania regulada para identificar a concessão dos direitos por parte do Estado como forma de mediar possíveis conflitos entre classes. Portanto, neste caso, o Estado controlaria os grupos sociais a partir de práticas regulatórias. Neste contexto, Wanderley Guilherme dos Santos, cita o governo de Getúlio Vargas, quando foi criada as leis trabalhistas e o controle dos sindicatos. E como consequência, a classe trabalhadora conquista direitos, mas perde poder de concessões. Em 1964, o Brasil sofre o golpe da ditadura e um conjunto de práticas repressivas foram adotadas. O que impôs um retrocesso à construção da democracia e dos direitos humanos do país. Em meio a esta turbulência, as mobilizações políticas ganharam destaque, em geral tendo como referência a luta por direitos sociais e liberdade. – É hora de aprofundar: O regime da ditadura foi um período de retrocesso para o pais. Vários filmes retratam esse período triste da história brasileira. Cada grupo de alunos(as) deve assistir um dos filmes sugeridos e apresentar uma resenha do mesmo. Grupo 1: Pra frente Brasil (1982), Grupo 2: Ação entre Amigos (1998), Grupo 3: O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias (2006) e Grupo 4: Batismo de Sangue (2007). A constituição Brasileira de 1988: É a lei de maior importância do nosso país. Isto se dá em decorrência de ser a primeira Constituição que tivemos no Brasil após o período da ditadura militar. Importante por ser uma Constituição que inovou em vários aspectos, em especial, na proteção a dignidade da pessoa Humana, na determinação de que o Estado brasileiro exista para atender a proteger a pessoa humana e não o contrário. Portanto a partir desta Constituição, a proteção da pessoa passa a ser um fundamento do Estado Brasileiro. A Constituição Federal de 1988, contou com destacada presença social, em sua elaboração e incorporou diversas reinvindicações populares, principalmente no campo das liberdades civis e políticas. – Vamos pesquisar e conhecer os direitos elencados no artigo 6° da Constituição Federal, da qual trata dos direitos sociais. Para que conhecendo tais direitos nos tornemos cidadãos conscientes para exigirmos das autoridades públicas o cumprimento dos mesmos (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm). O professor(a) deve levar a turma a refletir se tais direitos são efetivamente garantidos aos cidadãos brasileiros? No Brasil existe uma diferença entre cidadania formal e cidadania real. Entendemos por cidadania formal, aquela presente nas leis. Imprescindível para a liberdade e para as garantiasindividuais de cada indivíduo. Ou seja, a cidadania formal garante a igualdade de todos perante a lei. Mas na prática, no dia a dia dos cidadãos brasileiros, do povo trabalhador, existe realmente igualdade? No que diz respeito a educação, saúde, segurança etc. Reflita com seu grupo e elabore um texto contando a realidade do cidadão em nosso país. Para refletir: Ser cidadão é ter garantido todos os direitos civis, políticos e sociais que assegurem ao povo uma vida plena. Esses direitos foram exigidos, integrados e assumidos pelas leis, pelas autoridades e também pela população em geral. A cidadania não foi dada, mas construída em um processo de organização, participação e intervenção social, de indivíduos e de grupos sociais. E, portanto, se faz necessário uma constante vigilância no dia a dia para que de fato se faça valer esses direitos. Caso contrário esses ficarão apenas no papel. Referências Bibliográficas – Sociologia em Movimento (Afrânio Silva, Bruno loureiro, Cassia Miranda, Fátima http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm Ferreira, João Catraio Aguiar, Lier Pires Ferreira, Marcela M. Serrano, Marcelo Araújo, Marcelo Costa, Martha Nogueira, Otair Fernandes de Oliveira, Paula Menezes, Raphael M. C . Corrêa, Ricardo Muniz de Ruiz, Rodrigo Pain, Rogério Lim, Tatiana Bukowitz,Thiago Esteves e Vinicius Mayo Pires). – Sociologia para o Ensino Médio (Nelson Dacio Tomazi). – http://www.unisul.br/wps/wcm/connect/5d879b89-a6d9-493e-aa50- 4ea5de90b535/o-que-e-cidadania.pdf?MOD=AJPERES – (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm). – (https://www.unicef.org/brazil/pt/resources_10133.htm).) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm http://www.unisul.br/wps/wcm/connect/5d879b89-a6d9-493e-aa50-4ea5de90b535/o-que-e-cidadania.pdf?MOD=AJPERES http://www.unisul.br/wps/wcm/connect/5d879b89-a6d9-493e-aa50-4ea5de90b535/o-que-e-cidadania.pdf?MOD=AJPERES
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