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1_PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR SOCIOLOGIA_UNIP

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LICENCIATURA EM SOCIOLOGIA
PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR (PCC)
5º. SEMESTRE
NOME DO ALUNO
RA:
A EVOLUÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS NO BRASIL
CIDADE – ESTADO
2020
INTRODUÇÃO
A atividade solicitada para o 5° semestre propõe a realização de um levantamento
bibliográfico nos livros didáticos de Sociologia, pelo menos 2, e elaborar um texto
dissertativo, tratando da evolução dos direitos sociais no Brasil. O texto dissertativo deve
apresentar o tema – a evolução dos direitos sociais no Brasil – e, ainda, contemplar uma
proposta didáticopedagógica para tratar deste tema nas aulas do Ensino Médio. A fim de
alcançar o objetivo solicitado nessa atividade, relacionado às disciplinas do semestre,
selecionei os seguintes livros: Sociologia em Movimento (Afrânio Silva, Bruno loureiro,
Cassia Miranda, Fátima Ferreira, João Catraio Aguiar, Lier Pires Ferreira, Marcela M.
Serrano, Marcelo Araújo, Marcelo Costa, Martha Nogueira, Otair Fernandes de Oliveira,
Paula Menezes, Raphael M. C . Corrêa, Ricardo Muniz de Ruiz, Rodrigo Pain, Rogério
Lim, Tatiana Bukowitz,Thiago Esteves e Vinicius Mayo Pires.), e o segundo livro
Sociologia para o Ensino Médio (Nelson Dacio Tomazi). Ainda tendo como base às
seguintes disciplinas do semestre: Métodologia do Trabalho acadêmico, Sociologia
Integrada, Prática de Ensino: Trajetória e Práxis, Estado e Cidadania, Estatística Aplicada
às Ciências Humanas, Antropologia Brasileira, Sociologia do Desenvolvimento, Sociologia
do Trabalho e os Estudos Disciplinares do semestre. Este presente trabalho tem por
objetivo auxiliar os alunos do ensino médio a compreenderem através da história como
ocorreu a evolução dos direItos sociais no Brasil, bem como o termo cidadania, para isso
se faz necessário conhecer que essa ideia de “direito” só é possível com a criação do
Estado Moderno. Ao longo deste trabalho iremos analisar diversos pensadores, bem
como suas contribuições para a compreensão do termo Estado de Direito. É importante
dizer, desde o inicio que, os direitos sociais, assim como os individuais, são direitos
fundamentais assegurados pela Constituição brasileira de 1988. Os direitos sociais
buscam a qualidade de vida dos indivíduos assim como os direitos individuais. No
entanto, apesar de estarem interligados, é necessário diferenciá-los para uma melhor
compreensão:
DIREITOS INDIVIDUAIS DIREITOS SOCIAIS
Reconhecem a todos os brasileiros, de
acordo com a lei, o respeito: ao seu
nome; sua intimidade; suas relações; sua
privacidade; sua liberdade; seu domicílio;
sua correspondência; e acima de tudo, o
direito à vida e à qualidade igualitária de
se viver.
Buscam melhorar as condições de vida e
de trabalho para todos;
São cedidos à todos pelo Estado e
dependem de sua atuação e
regulamentação;
Com o auxílio de outras leis, alcançam
diferentes áreas de amparo aos indivíduos
como: direitos trabalhistas; seguridade
social (direitos à saúde, à previdência social
e à assistência social); proteção à
maternidade, à infância e aos
desamparados; 
Contudo, a cidadania é a prática dos direitos e deveres de um indivíduo em um
Estado. Os direitos e deveres de um cidadão devem andar sempre juntos, uma vez que o
direito de um cidadão implica necessariamente numa obrigação de outro cidadão.
Conjunto de direitos, meios, recursos e práticas que dá à pessoa a possibilidade de
participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Um cidadão é uma pessoa que
se considera em uma fase madura o suficiente desenvolvido para agir consciente e
responsavelmente dentro da sociedade.
DESENVOLVIMENTO
EVOLUÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS NO BRASIL
É comum ouvimos seja através da mídia ou em conversas entre os indivíduos
temas sobre direito e cidadania. Estes são discutidos pelas várias camadas da
população, trabalhadores, estudantes, políticos, empresários, etc. ou seja, pelos grupos
pertencentes a sociedade brasileira. O Direito também possui importante missão: serve
como instrumento para gerar a paz e harmonia nas diversas relações sociais. Vale dizer
que o Direito não deve refletir interesses individuais, mas sim interesses de toda a
coletividade, que muitas vezes colidem com os interesses individuais.
 O Direito, por ser fruto da elaboração humana, sofre influencia do tempo e do local, e por
isso, ele deve estar sempre aberto às mudanças que ocorrem durante as diferentes
épocas. O tempo faz surgir inúmeras e constantes transformações, e devido a isso,
Direito deverá estar sempre atualizado. Cumpre salientar que o Direito exige a imposição
de determinados comportamentos e posturas, que limitam a liberdade dos homens para
uma interação harmônica. Há outras manifestações sociais que também auxiliam o Direito
nessa missão, quais sejam: a religião, a moral, a ética e as regras de trato social. A
Cidadania é o conjunto de direitos e deveres exercidos por um indivíduo que vive em
sociedade, no que se refere ao seu poder e grau de intervenção no usufruto de seus
espaços e na sua posição em poder nele intervir e transformá-lo. A expressão da
cidadania frequentemente está associada ao campo do Direito, em que existe uma série
de legislações voltadas para os direitos e deveres que o cidadão possui. Entre os
deveres, destaca-se o voto eleitoral (que também é um direito), o zelo pelo espaço e o
cumprimento das leis. Entre os direitos, destaca-se o de ir e vir, bem como o de ter
acesso à saúde, moradia, alimentação e educação. O conceito de cidadania também está
relacionado à nacionalidade do indivíduo, isto é, à legalidade de sua permanência em um
determinado território administrado por um Estado Nacional. Fala-se, por exemplo, de
cidadania brasileira, cidadania portuguesa e cidadania americana. Em casos de
descumprimento aos deveres, o indivíduo poderá ter parte de sua cidadania caçada, a
exemplo de presidiários que possuem o direito de votar vetado, entre outras limitações
impostas pela lei penal.
Contudo, é necessário entender que a ideia de cidadania está relacionada ao
surgimento do Estado Moderno. Na prática, o Estado Moderno é responsável por fornecer
direitos e deveres a todos os seus cidadãos (natos e naturalizados). Partindo deste ponto
de vista, a principal função do Estado Moderno é de amenizar e/ou acabar com os
conflitos existentes em seu território. Como exemplo de uma instituição democrática
usada para solucionar conflitos, podemos destacar: a atuação do Poder Judiciário, que é
responsável por aplicar o cumprimento fiel da legislação presente no Estado. As
características mais conhecidas do Estado Moderno são: Poder Soberano - a Soberania
representa a capacidade do Estado para atuar em seu território (internamente) ou se
relacionar com outros países (externamente); Atuação da Sociedade Civil - o Estado não
é a mesma coisa que Sociedade Civil Organizada. Na realidade, a Sociedade Civil
Organizada é composta por instituições sociais que são importante para a manutenção do
Estado e preservação dos direitos e liberdades. Exemplos: movimentos sociais,
sindicatos, cooperativas e ONG's.
A ideia de que os seres humanos nascem livres e iguais, foi defendida por muitos
pensadores e sendo assim estes têm garantido determinados direitos que são
intransferíveis. 
Para Thomas Hobbes (1588 -1679) pensador inglês, os seres humanos são
naturalmente iguais e por terem liberdade excessiva, lutam uns contra os outros na defesa
de interesses individuais. Sendo assim, há uma necessidade de um acordo entre as
pessoas que Hobbes vai chamar de contrato a fim de evitar que estes se matem. Então
para garantir a paz entre os indivíduos, todos os membros da sociedade deveriam
renunciar à liberdade e dá-la ao Estado, que teria o direito de agir em seu nome,coibindo
todos seus excessos, ou seja mantendo os em respeito e sob as leis. Outro pensador
também inglês e que vai defender que somente os homens livres e iguais podem fazer um
pacto com o objetivo de estabelecer uma sociedade política é John Locke (1632 -17040).
Para ele, homens livres e iguais são aqueles que têm alguma propriedade a zelar. Tais
propriedades para Hobbes seria o direito à vida, a liberdade e aos bens. 
Ver-se que o homem em seu “estado de natureza” como fala Thomas Hobbes,
acaba por provocar conflitos com os outros, pois vive competindo, desconfiando de todos
e buscando sua própria gloria, e isso é perigoso. Por esse motivo tornou se necessário
que estes buscassem fazer o que Hobbes vai chamar de ‘”Contrato”, a fim de as segura-
lhes a paz. Mas como apenas um papel assinado não seria o suficiente, seria
indispensável que os homens se submetessem a sua vontade a vontade de um só
homem. Que é o que foi abordado até agora, esse homem seria um rei e essa
organização seria o Estado Absolutista. O Estado absolutista é um regime político surgido
no fim da Idade Média. Também chamado de Absolutismo se caracteriza por concentrar o
poder e autoridade no rei e de poucos colaboradores. Nesse tipo de governo, o rei está
totalmente identificado com o Estado ou seja, não há diferença entre a pessoa real e o
Estado que governa. Não há nenhuma Constituição ou lei escrita que limite o poder real e
tampouco existe um parlamento regular que contrabalance o poder do monarca.
Observa-se que para Jhon Locke, a fim de que os homens garantissem o direito à
propriedade, era necessária a criação de leis e a escolha da forma de governo através da
decisão da maioria.
Jean Jacques Rousseau (1712-1778) foi um importante intelectual do século XVIII
para se pensar na constituição de um Estado como organizador da sociedade civil assim
como se conhece hoje. Para Rousseau, o homem nasceria bom, mas a sociedade o
corromperia. Da mesma forma, o homem nasceria livre, mas por toda parte se encontraria
acorrentado por fatores como sua própria vaidade, fruto da corrupção do coração. O
indivíduo se tornaria escravo de suas necessidades e daqueles que o rodeiam, o que em
certo sentido refere-se a uma preocupação constante com o mundo das aparências, do
orgulho, da busca por reconhecimento e status. Mesmo assim, acreditava que seria
possível se pensar numa sociedade ideal, tendo assim sua ideologia refletida na
concepção da Revolução Francesa ao final do século XVIII. 
A questão que se colocava era a seguinte: como preservar a liberdade natural do
homem e ao mesmo tempo garantir a segurança e o bem-estar da vida em sociedade?
Segundo Rousseau, isso seria possível através de um contrato social, por meio do qual
prevaleceria a soberania da sociedade, a soberania política da vontade coletiva.
Para Rousseau a igualdade só tem sentido se for baseada na liberdade, mas
segundo sua definição, a igualdade só pode ser jurídica, ou seja, nós elaboramos as leis e
ao mesmo tempo as obedecemos. Ou seja, obedecer às leis escritas por nós mesmos é
um ato de liberdade. Para instituírem um contrato, os homens tiveram que fazer uso da
razão e da liberdade e assim a melhor escolha prevalecer. Essa é a primeira condição
que da legitimidade a vida pública. E foi apartir daí que os homens elaboraram um
contrato que inaugurou a organização de um Estado. 
Diferentemente dos outros pensadores, Jean Jacques Rousseau afirma que
qualquer forma de governo que se adote é secundária desde que ela esteja sub metida ao
poder soberano do povo. Eletransfere o conceito de soberania da pessoa do governante
para todo o povo, entendido como corpo político ou sociedade de cidadãos. A soberania é
inalienável e indivisível e deve ser exercida pela vontade geral, denominada por soberania
popular. Interessante notar que o termo soberania popular pode ser visto na Constituição
da República Federativa do Brasil, em seu art. 14, caput.
Até o presente momento nota-se as razões pelas quais foi necessário a
organização de um Estado. Mais ainda é preciso compreender qual seria a melhor forma
de organização desse Estado.
Cada pensador estudado até aqui defende um modelo de governo, Hobbes a
monarquia absolutista, John Locke defende que a melhor forma de governo é aquela
escolhida pelo povo e para Jean Jacques Rousseau, aquele que for escolhido para
governar deve ser funcionário do povo.
– (Neste momento o professor(a), solicitará que os alunos(as) se dividam em grupos
para pesquisar algumas formas de governos existentes em determinados países.
Cada grupo deverá pesquisar e explicar dois (2) países. Grupo 1: Estados Unidos e
Brasil. Grupo 2: Espanha e França. Grupo3: Inglaterra e Itália.)
 Grupo 1: Estados Unidos e Brasil. Estes dois países possuem a Republica
Parlamentarista (República Constitucional Parlamentar), o chefe de Estado (presidente)
normalmente não tem poderes executivos reais. O Presidente da República pode ser
eleito pelo povo e nomeado pelo Parlamento, por tempo determinado. Há também vários
países em que o presidente é eleito pelo próprio Parlamento. Quem governa de fato (com
poderes executivos) é chefe de governo, ou seja, o primeiro-ministro. A República
parlamentarista é uma forma de governo republicano organizado sob um sistema
parlamentarista de governo.
Grupo 2: Espanha e França. Em ambos existe a Monarquia parlamentarista é uma
dasformas de governo existente nos países ocidentais atuais, na que o Rei exerce a
função de Chefe de Estado sob o controle do Poder Legislativo (Parlamento) e do Poder
Executivo (Governo), isto é, o Rei reina, mas não governa (expressão devida a Adolphe
Thiers). As normas e decisões emanadas do Parlamento regulam não só o funcionamento
do Estado, mas também a atuação e funções do próprio Rei. É muito usual, inclusive na
bibliografia das ciências políticas, identificar com outro tipo de monarquia, a Monarquia
constitucional, ainda que esta tenha uma característica bem diferente, e é que permite
reservar uma maior capacidade e funções ao Rei, que retém grande parte do poder, por
exemplo, controlando ao Poder Executivo.
Grupo 3: Inglaterra e Itália. Nestes dois países o sistema de governo é o
parlamentarismo é um sistema de governo democrático, em que o poder executivo
baseia a sua legitimidade democrática a partir do poder legislativo(representado pelo
parlamento nacional); os poderes executivo e legislativo são, portanto, interligados neste
sistema de governo. Em um sistema parlamentarista, o chefe de Estado é normalmente
uma pessoa diferente do chefe de governo, em contraste ao sistema presidencial, onde o
chefe de Estado muitas vezes é também o chefe de governo e o poder executivo não
deriva a sua legitimidade democrática da legislatura. 
Estes diferentes modelos de governo se dá devido ao processo histórico de cada
país.
CONCLUSÃO
https://pt.wikipedia.org/wiki/Poder_legislativo
No século XVIII, quando as colônias inglesas da América do Norte se tornaram
independentes, foram criados alguns documentos importantes, como a Declaração de
Direitos da Virginia (1776) e a Constituição de 1787. E também neste mesmo ano foram
ratificadas as dez primeiras emendas à Constituição estadunidense, no qual ficou
determinado claramente os limites do Estado e definiam aind aos campos em que a
liberdade deveria ser estendida aos cidadãos. Mas não fora abolida a escravidão.
Na Inglaterra a partir do século XVIII, criaram – se as primeiras cartas e estatutos
que asseguraram alguns direitos humanos, foi o que foi visto na pesquisa, A Carta Magna.
Que protegia apenas os homens livres, e a Petition of Rights, que requeria o
reconhecimento de direitos e liberdades aos súditos do rei. No entanto foi a Bill Of Rigths
que submeteria a monarquia a soberania popular. Transformando-a numa monarquiaconstitucional.
Já na França, os direitos baseados nos princípios da liberdade e da igualdade
foram declarados universais com a Revolução Francesa. E é importante ressaltar que os
documentos originados da Revolução Francesa e da independência dos Estados Unidos
são a base da declaração Universal dos Direitos humanos da Organização Mundial Das
Nações Unidas (ONU).
Direito a liberdade, a igualdade foi o que vimos nos documentos assinados ao
longo da história por diversos países. No entanto século XVIII e mais claramente no
século XIX, a sociedade europeia estava estruturada na desigualdade, e as diferenças
entre as classes eram evidentes. 
Deste contexto histórico, vão surgir pensadores como Karl Marx e Émile Durkheim.
Para o primeiro a ideia de democracia passaria pelo critério da igualdade social, que só
uma revolução social poderia tornar realidade. 
Já para Émile Durkheim, a ideia de cidadania estaria ligada a questão da coesão
social, estabelecida com base na solidariedade orgânica. Ou seja, quando o indivíduo
desempenha diferentes funções sociais, este está integrado numa sociedade que por sua
vez apresenta se como um organismo estruturado. Portanto seu papel como cidadão é
cumprir suas obrigações e desenvolver uma prática social. Ao participar da solidariedade
social, levando em conta as leis e a moral vi gentes em uma sociedade, o sujeito
desenvolve plenamente sua cidadania.
Segundo o sociólogo inglês Thomas Humphrey Marshall, a ideia de cidadania só
começou a aparecer nos séculos XVII e XVIII, e de forma sutil por meio da formulação
dos chamados direitos civis. Que naquele momento histórico procurava garantir a
liberdade religiosa e de pensamento, o direito de ir e vir, o direito à propriedade, a
liberdade contratual, principalmente a de escolher o trabalho e por último, a justiça, que
deveria salvaguardar todos os direitos anteriores. Vimos também, que a cidadania é um
status concedido aqueles que são membros integrais de uma comunidade. 
Cidadania e direitos humanos: As dimensões da cidadania, incluem os direitos
civis, políticos e sociais. Os direitos civis podem ser definidos como aqueles cujo objetivo
é garantir ao indivíduo a liberdade de expressão e movimento e obediência as leis. Ou
seja, os direitos civis estão relacionados com respeito do Estado e dos demais cidadãos e
as escolhas que cada um faz para sua vida. Ou seja, suas ideias políticas, sua religião,
seu direito de ir e vir, sua liberdade de expressão, seu exercício profissional, etc. 
Direitos Políticos: Estes direitos segundo Thomas Humphrey Marshall, são
entendidos na forma de possibilidade de participação da sociedade civil nas diversas
relações de poder presentes em uma sociedade, em especial a possibilidade de escolha
de representantes ou de se candidatar a qualquer cargo, assim como de se manifestar em
relação a possíveis transformações a serem realizadas.
Direitos Sociais: São vistos como essenciais para a construção de uma vida digna
a partir de padrões de bem-estar socialmente estabelecidos, como educação, saúde,
lazer e moradia.
Direitos Humanos: A ideia de direitos humanos surgiu após a Segunda Guerra
Mundial, diante das barbaridades e dos efeitos destrutivos produzidos pelo conflito. A
Declaração Universal dos Direirtos Humanos foi aprovada em 10 de dezembro de 1948
pela ONU, criada em 1945 com o objetivo de proporcionar o diálogo e impedir conflitos
entre países por questões políticas, econômicas ou culturais. A Declaração teve por base
os direitos essências a vida e a liberdade e o reconhecimento da pluralidade como meio
de combater ações discriminatórias. 
– (É hora de aprofundar os artigos desta declaração... A turma deve se dividir em
grupos para pesquisar no link sugerido pelo professor(a), os artigos I, II, III, VI e VII
desta Declaração e em seguida cada grupo irá escolher um destes artigos e
desenvolver um texto onde estes direitos são aplicados ou até mesmo violados no
cotidiano do cidadão (https://www.unicef.org/brazil/pt/resources_10133.htm).)
Democracia, cidadania e direitos humanos no Brasil: Primeiramente é preciso
compreender que o sistema político brasileiro preenche formalmente, os requisitos
mínimos de uma poliarquia. Ou seja, sistema democrático em que o poder é atribuído
com base em eleições livres e em que há ampla participação política e concorrência pelos
cargos eletivos. No entanto, segundo o cientista político e historiador brasileiro José
Murilo de Carvalho, a estruturação dos direitos de cidadania no Brasil, esteve
constantemente vinculada aos interesses das elites socioeconômicas e políticas. Ou seja,
poucas vezes foi resultado de um projeto com ampla participação popular e com vista à
inclusão social. Deste modo, José Murilo de Carvalho via desenvolver a teoria de que
vivemos uma estadania, pois muitos de nossos direitos seriam resultantes de uma
“concessão” relativa do Estado, feita “de cima para baixo”, a uma população muitas vezes
desinteressada da “coisa pública”. Sendo assim, os direitos costumam ser vistos como
benefícios oferecidos pelos grupos dominantes ao restante da população.
Já para outro cientista político brasileiro, Wanderley Guilherme dos Santos, vai
utilizar o conceito de cidadania regulada para identificar a concessão dos direitos por
parte do Estado como forma de mediar possíveis conflitos entre classes. Portanto, neste
caso, o Estado controlaria os grupos sociais a partir de práticas regulatórias. Neste
contexto, Wanderley Guilherme dos Santos, cita o governo de Getúlio Vargas, quando foi
criada as leis trabalhistas e o controle dos sindicatos. E como consequência, a classe
trabalhadora conquista direitos, mas perde poder de concessões. Em 1964, o Brasil sofre
o golpe da ditadura e um conjunto de práticas repressivas foram adotadas. O que impôs
um retrocesso à construção da democracia e dos direitos humanos do país. Em meio a
esta turbulência, as mobilizações políticas ganharam destaque, em geral tendo como
referência a luta por direitos sociais e liberdade.
– É hora de aprofundar: O regime da ditadura foi um período de retrocesso para o
pais. Vários filmes retratam esse período triste da história brasileira. Cada grupo de
alunos(as) deve assistir um dos filmes sugeridos e apresentar uma resenha do
mesmo. Grupo 1: Pra frente Brasil (1982), Grupo 2: Ação entre Amigos (1998),
Grupo 3: O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias (2006) e Grupo 4: Batismo de
Sangue (2007).
A constituição Brasileira de 1988: É a lei de maior importância do nosso país. Isto
se dá em decorrência de ser a primeira Constituição que tivemos no Brasil após o período
da ditadura militar. Importante por ser uma Constituição que inovou em vários aspectos,
em especial, na proteção a dignidade da pessoa Humana, na determinação de que o
Estado brasileiro exista para atender a proteger a pessoa humana e não o contrário.
Portanto a partir desta Constituição, a proteção da pessoa passa a ser um fundamento do
Estado Brasileiro. A Constituição Federal de 1988, contou com destacada presença social,
em sua elaboração e incorporou diversas reinvindicações populares, principalmente no
campo das liberdades civis e políticas.
– Vamos pesquisar e conhecer os direitos elencados no artigo 6° da Constituição
Federal, da qual trata dos direitos sociais. Para que conhecendo tais direitos nos
tornemos cidadãos conscientes para exigirmos das autoridades públicas o
cumprimento dos mesmos
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm). O professor(a) deve
levar a turma a refletir se tais direitos são efetivamente garantidos aos cidadãos
brasileiros?
No Brasil existe uma diferença entre cidadania formal e cidadania real.
Entendemos por cidadania formal, aquela presente nas leis. Imprescindível para a
liberdade e para as garantiasindividuais de cada indivíduo. Ou seja, a cidadania formal
garante a igualdade de todos perante a lei. Mas na prática, no dia a dia dos cidadãos
brasileiros, do povo trabalhador, existe realmente igualdade? No que diz respeito a
educação, saúde, segurança etc. Reflita com seu grupo e elabore um texto contando a
realidade do cidadão em nosso país.
Para refletir: Ser cidadão é ter garantido todos os direitos civis, políticos e sociais
que assegurem ao povo uma vida plena. Esses direitos foram exigidos, integrados e
assumidos pelas leis, pelas autoridades e também pela população em geral. A cidadania
não foi dada, mas construída em um processo de organização, participação e intervenção
social, de indivíduos e de grupos sociais. E, portanto, se faz necessário uma constante
vigilância no dia a dia para que de fato se faça valer esses direitos. Caso contrário esses
ficarão apenas no papel. 
Referências Bibliográficas
– Sociologia em Movimento (Afrânio Silva, Bruno loureiro, Cassia Miranda, Fátima
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
Ferreira, João Catraio Aguiar, Lier Pires Ferreira, Marcela M. Serrano, Marcelo
Araújo, Marcelo Costa, Martha Nogueira, Otair Fernandes de Oliveira, Paula
Menezes, Raphael M. C . Corrêa, Ricardo Muniz de Ruiz, Rodrigo Pain, Rogério
Lim, Tatiana Bukowitz,Thiago Esteves e Vinicius Mayo Pires).
– Sociologia para o Ensino Médio (Nelson Dacio Tomazi).
– http://www.unisul.br/wps/wcm/connect/5d879b89-a6d9-493e-aa50-
4ea5de90b535/o-que-e-cidadania.pdf?MOD=AJPERES 
– (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm).
– (https://www.unicef.org/brazil/pt/resources_10133.htm).)
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
http://www.unisul.br/wps/wcm/connect/5d879b89-a6d9-493e-aa50-4ea5de90b535/o-que-e-cidadania.pdf?MOD=AJPERES
http://www.unisul.br/wps/wcm/connect/5d879b89-a6d9-493e-aa50-4ea5de90b535/o-que-e-cidadania.pdf?MOD=AJPERES

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