Buscar

ESTUDO DA INTERCONEXÃO LÓGICA DE MARKETING E FINANÇAS - ANÁLISE DE POUPANÇA E CONSUMO NO ESCOPO MACROECONÔMICO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

13
INSTITUTO LUTERANO DE ENSINO SUPERIOR DE ITUMBIARA
CURSO BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO
ELCIVON FELIPE DOS SANTOS PEIXOTO
ESTUDO DA INTERCONEXÃO LÓGICA DE MARKETING E FINANÇAS: ANÁLISE DE POUPANÇA E CONSUMO NO ESCOPO MACROECONÔMICO
Itumbiara,
2015
ELCIVON FELIPE DOS SANTOS PEIXOTO
ESTUDO DA INTERCONEXÃO LÓGICA DE MARKETING E FINANÇAS: ANÁLISE DE POUPANÇA E CONSUMO NO ESCOPO MACROECONÔMICO
Monografia apresentada ao curso de Administração do Instituto Luterano de Ensino Superior de Itumbiara – Iles Ulbra, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração.
Orientador: Professor Márcio Alexandre Fischer
Itumbiara,
2015
ELCIVON FELIPE DOS SANTOS PEIXOTO
ESTUDO DA INTERCONEXÃO LÓGICA DE MARKETING E FINANÇAS: ANÁLISE DE POUPANÇA E CONSUMO NO ESCOPO MACROECONÔMICO
Monografia apresentada ao curso de Administração do Instituto Luterano de Ensino Superior de Itumbiara – Iles Ulbra, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração.
Orientador: Professor Márcio Alexandre Fischer
Data da apresentação: _____/ __________/ ___________.
_____________________________________________________
Márcio Alexandre Fischer
_____________________________________________________
Vânia Tanus Pereira
_____________________________________________________
Simone Medeiros Camargo
Primeiramente a Deus e meus mentores espirituais, amigos sempre presentes, sem os quais nada teria feito.
Aos amigos, que incentivaram meus sonhos e estiveram sempre ao meu lado.
A minha mãe, irmão e sobrinho, os quais lhes foram roubadas as atenções e mesmo assim compreensíveis e apoiadores durante todo o trabalho.
A professora Simone pelo interesse e motivação por está pesquisa.
Ao professor Márcio Fischer, pela ideia inicial e por me propor este desafio, o qual me acompanhou e orientou transmitindo-me tranquilidade e disciplina nas horas necessárias.
RESUMO
As fundamentais teóricas conceituais demonstram diversas dicotomias entre Marketing e finanças, dualidades de considerações que, muitas vezes, cerceia a gestão empresarial tornando-a, por vez, ineficaz e distorcendo o foco do crescimento econômico e aumento nos investimentos. Enquanto as fundamentações teóricas de finanças propõem, entre outras fundamentações, uma visão holística relacionada a instrumentos para mensuração do dinheiro ao longo do tempo e, por fim, evidenciando os aspectos econômicos em micro e macroeconomia das empresas nos ambientes quais estão inseridas, o Marketing também pode ser definido com um processo social e através deste as pessoas obtém os produtos e serviços que precisam e desejam, propiciando a empresa disponibilizar e inserir seus produtos no mercado econômico. Assim, enquanto uma está associada a melhor utilização dos recursos aplicados aos investimentos e gestão econômica, em detrimento, outra fomenta o consumo, na maioria das vezes demasiado. Assim, este estudo objetiva analisar se há dicotomias e/ou congruências nos pressupostos conceituais fundamentais de Marketing e finanças, quando colocadas em evidência ás variáveis poupança e consumo, como integrantes do universo macroeconômico. Especificamente, levantar dados relacionados ao consumo longitudinal para o Brasil, no período de 2011 a 2013; levantar dados longitudinais relacionados à poupança para o Brasil, no mesmo período; analisar as inter-relações existentes entre as variáveis supra; avaliar a interconexão dicotômica ou em congruência das relações acima mencionadas. Tem-se, como hipótese dessa pesquisa que, não existem incongruências nos pressupostos teóricos de Marketing e finanças no que se refere às variáveis de consumo e poupança, no período de 2011 a 2013. Entende-se que será possível encontrar as congruências e dicotomias existentes entre as variáveis supra. Por tanto, para atingir os objetivos desse estudo foram analisadas as fundamentações teóricas de Marketing, finanças e economia, permitindo ponderar sobre suas diferentes vertentes. Ainda, foram analisados dados sistemáticos de investimentos industriais e em Marketing, saldo de poupança e liberação de crédito durante o período supramencionado, isoladamente e relacionar essas variáveis, permitindo entender quais relações ás cerceiam. Consequentemente, foi possível indicar congruências e dicotomias entre elas e analisar suas inter-relações. Concluiu-se assim, a existência de dicotomias e congruências entre as fundamentais supramencionadas, estas, vez e outra, justificam-se na macroeconomia quando as variáveis poupança e consumo são colocadas em evidencia. Consequentemente a hipótese desta pesquisa é verdadeira. 
Palavras chave: Marketing, finanças, economia, crédito, congruências, dicotomias.
ABSTRACT
The conceptual theoretical fundamental demonstrate various dichotomies between Marketing and finance, considerations of dualities that often restricts business management making it, in turn, inefficient and distorting the focus of economic growth and increased investment. While the theoretical foundations of finance proposed, among other foundations, a holistic approach related to instruments for measurement of money over time and, finally, highlighting the economic aspects in micro and macroeconomics of the companies in the environments where they operate, Marketing also It can be defined as a social process and through this people get the goods and services you need and want, enabling the company to provide and enter their products in the market economy. So while one is associated with better use of resources applied to investment and economic management, rather, another promotes consumption, most of the time too. Thus, this study aims to examine whether there dichotomies and / or congruence in the fundamental conceptual assumptions Marketing and finance, when placed in evidence ace variable savings and consumption, as members of macroeconomic universe. Specifically, to collect data related to the longitudinal consumption for Brazil in the 2011-2013 period; raise savings related longitudinal data for Brazil in the same period; analyze the existing inter-relationship between the above variables; assess the dichotomous interconnection or congruence of the aforementioned relations. Has, as a hypothesis of this research that there are no inconsistencies in the theoretical assumptions of Marketing and finance with regard to consumption and savings variables in the period 2011 to 2013. It is understood that you can find the existing congruencies and dichotomies between the above variables. Therefore, to achieve the objectives of this study analyzed the theoretical foundations of Marketing, finance and economics, allowing ponder its different aspects. Still, systematic data of industrial investments and Marketing were analyzed, savings balances and credit release during the above period, isolation and relate these variables, allowing understand what ace curtail relations. Consequently, it was possible to indicate congruence and dichotomies between them and analyze their interrelationships. It was thus concluded, and the existence of dichotomies between the above congruences fundamental, these, again and again, if justified when the macro economy consumption and saving the variables are put into evidence. Consequently the hypothesis of this research is true.
Key words: Marketing, finance, economics, credit, congruence, dichotomies.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - IPCA: Inflação antes e depois de 1994	21
Figura 2 – Taxa Selic e Inflação	22
Figura 3 – Percentual de empresas que investiram	36
Figura 4 – Objetivo do investimento	38
Figura 5 – Crédito para consumo de pessoa física	42
Figura 6 – Importância histórica dos fatores responsáveis pelo comportamento do indicador de demanda	42
Figura 7 – Concessões e indicador de condições de crédito43
Figura 8 – Crédito para consumo de pessoa física	43
Figura 9 – Fatores de risco à estabilidade financeira do Sistema Financeiro Nacional em 2013	44
Figura 10 – Qualidade de clientes por faixa de depósitos de poupança	44
Figura 11 – Montantes aplicados por faixa de valor de depósitos de poupança	45
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Investimento industrial	36
Gráfico 2 – Objetivos dos investimentos	37
Gráfico 3 – Razões para a frustração dos planos de investimentos	38
Gráfico 4 – Relação financeira entre Investimento x Poupança x Crédito	39
Gráfico 5 – Marketing x Consumo	40
Gráfico 6 – Investimentos em Marketing	41
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	12
2.	FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	16
2.1	Poupança x Investimento	16
2.2	Poupança x crédito ao consumidor	18
2.3	Poupança x crédito ao setor privado	19
2.4	Demanda por produtos x inflação	20
2.5	Inflação e taxa de juros	22
2.6	Função de Marketing	23
2.2	Promoções: propaganda x publicidade	25
2.3	Marketing como indutor de Market Share	26
2.4	Marketing e inovação de produtos	26
2.5	Produtos de ciclo de vida curto	27
3	PROCEDIMENTOS METODÓLOGICOS	29
3.1	Discussões preliminares sobre a cientificidade de um estudo	29
3.2	Tipologia da pesquisa – classificação e definições	30
3.3	Fontes de coleta de dados e análise de dados	34
4	RESULTADO	36
4.1.	Resumo dos Resultados e Análise do Problema	45
5	CONSIDERAÇÕES FINAIS	47
6	REFERÊNCIAS	49
	
INTRODUÇÃO
Por ser um campo de estudo teórico e prático, as fundamentações de Finanças tem intrinsecamente em seus objetivos propor um processo melhor e mais eficiente de captação e alocação de recursos de capital. No ambiente empresarial, a administração financeira é voltada basicamente para quatro funções, planejamento financeiro, controle financeiro, administração de ativos e administração de passivos. Suas fundamentações são racionais instrumentais, pautadas diretamente em estatísticas e números, utilizando métodos quantitativos para análise de seus resultados, guiando-se pelos cálculos com o objetivo fim de maximizar recursos, objetivando a compreensão de fenômenos cada vez mais de forma macro, utilizando a matemática financeira para fornecer instrumentos para mensuração do dinheiro ao longo do tempo e, por fim, evidenciando os aspectos econômicos em micro e macroeconomia das empresas, nos ambientes quais estão inseridas. (ASSAF NETO, 2005; HERLING et al, 2014).
Considerando que, as empresas necessitam de capital constantemente, seja para manutenção do capital de giro, subsidiar ativos, ampliação da capacidade produtiva, lançamentos de novos produtos, entre outras situações. As decisões financeiras que envolvem aplicação de capital levam em consideração as taxas de juros e os critérios de decisões seguidas pelos agentes econômicos. Os tipos de taxa de juros conhecidos no mercado, quaisquer que sejam, exprimem a remuneração pela alocação de capital, por tanto, a taxa de juros reflete o preço do sacrifício de poupar. (ASSAF NETO, 2005)
 Já o Marketing, em suas fundamentações é visto com a tarefa principal criar, promover e fornecer serviços e produtos aos seus clientes, seus profissionais possuem técnicas para estimular a demanda, seu objetivo é influenciar a velocidade e a composição da demanda, a fim de, alcançar os objetivos da empresa. Em suma, pode-se dizer que, o Marketing tem como meta, conhecer e compreender tão bem o cliente que o produto ou serviço venda por si só, bastando apenas torna-lo disponível, “pode-se presumir que sempre haverá necessidade de algum esforço de vendas, mas o objetivo do Marketing é tornar a venda supérflua”. (KOTLER, 2000, p.45). 
 Para Falcão (2014) o Marketing preocupa-se, por parte de algumas empresas, relacionar-se de forma mais próxima com seu marcado, especial com o governo e entidades publicas relevantes ao seu negócio. Assim, entende-se que o objetivo fim é a aproximação do mercado, seja na divulgação de produtos, definição de estratégias ou desenvolvimento de novas teorias ou meios de expansão do Marketing.
Neste escopo, percebe-se que, enquanto de um lado o Marketing é um processo social e através deste as pessoas obtém os produtos e serviços que precisam e desejam (KOTLER, 2000), muitas vezes excessivamente, consequentemente gerando um aumento do consumo, este proporcionando uma diminuição da poupança. A poupança é uma parte da renda que não foi consumida na aquisição de bens e serviços e, portanto economizada devido a algum incentivo financeiro, na maioria das vezes, a taxa de juros (ASSAF NETO, 2005, p. 29). Os fundos para investimentos, seja em um bem, negócios, nova empresa, entre outros, irão se originar, na maioria das vezes, de uma instituição financeira que disponibiliza o crédito a título de empréstimo, cobrando uma taxa de juros pela sua utilização até que a divida seja paga. Assim, é importante a existência de uma poupança suplementar àquela que é necessária para melhorar a infraestrutura, para fazer frente a está necessidade. (HEINECK, 2012; MANKIW, 2001). No entanto, em detrimento, a baixa poupança, na maioria da vezes relacionada ao elevado consumo, difulta a obtenção de créditos para fomentar o crescimento das empresas, melhoria da economia e avanço do país.
Assim, esta pesquisa pretende investigar se há conexões lógicas entre Marketing e Finanças analisando as variáveis poupança e consumo no escopo macroeconômico. 
 Com base no exposto, pretende-se com este estudo responder a seguinte problemática: é possível estabelecer uma interconexão lógica entre os pressupostos fundamentais de Marketing e finanças, quando analisadas variáveis de poupança e incentivo a consumo, inerente a aspectos macroeconômicos?
Neste sentido, tem como hipótese saber se não existem incongruências nos pressupostos teóricos de Marketing e finanças no que se refere á variáveis de consumo e poupança, no período de 2011 a 2013.
Pretende-se então, como objetivo geral, analisar se há dicotomias e/ou congruências nos pressupostos conceituais fundamentais de Marketing e finanças, quando colocadas em evidência ás variáveis poupança e consumo, como integrantes do universo macroeconômico. Especificamente, levantar dados relacionados a consumo longitudinal para o Brasil, no período de 2011 a 2013; levantar dados relacionados à poupança longitudinal para o Brasil, no mesmo período; analisar as inter-relações existentes entre as variáveis supra; avaliar a interconexão dicotômico ou em congruência das relações acima mencionadas.
Analisando o aumento dos investimentos em Marketing, no período de 2011 a 2013 respectivamente: R$ 88,32, R$ 94,90, R$ 112,60 bilhões de reais (Banco Central do Brasil), os investimentos industriais, R$ 163,00 , R$ 197,00 e R$ 215,00 bilhões (IBOPE MÍDIA), e ainda um aumento no consumo, R$ 2.205,89, R$ 2.515,41 e R$ 2.746,22 bilhões (IBGE), justifica-se este estudo, pois será possível identificar os fatores que impactam diretamente e se estas variáveis possuem relações harmônicas ou dissonantes, proporcionando as diversas esferas econômicas tomarem melhores decisões em detrimento às ações passadas. 
Ainda, justifica-se, por ter sido identificado por Rossi, Bortoli e Castilho (2014), que apesar da economia ser fonte de estudo para o Marketing, este, por um lado, dispõe de um número limitado de artigos desta área como contribuição para Finanças e Economia, abrindo consequente variedade de espaço para trabalhos de diversas subáreas notadamente dos trabalhos ligados ao comportamento do consumidor, ainda identifica-se a existência de avenidas abertas e de uma potencial contribuição importante da área de Marketing para as duas disciplinas.
Este estudo, primeiramente, até onde sabemos é o primeiro a considerar a relação entre essas diferentes fundamentações teóricas, enfocando suas influências no universo econômico, analisando os impactos causados por cada, isoladamente e conjuntamente. Oferece as primeiras discussões empíricas de hipóteses congruentes. 
Propõe-se também uma relação inovadora buscando encontrar as dicotômicase congruências entre as teorias apresentadas, proporcionando um maior entendimento, abrindo discussões futuras sobre o tema e proporcionando, também um auxílio na tomada de decisões financeiras das instituições econômicas.
Esta pesquisa subdivide-se em introdução, em que é elucidado o problema de pesquisa e as variáveis que o envolvem. Em seguida, no segundo capitulo, no referencial é proposta a explorar da bibliografia disponível, está dividido duas etapas, uma primeira analisará finanças e suas variáveis, crédito e poupança, na segunda etapa será proposta uma elucidação teórica sobre o Marketing, explanando o consumo, Marketing e publicidade, inovação e ciclo de vida do produto, apresentando os principais conceitos a cerca do problema abordando, suas variáveis e suas analises. Após, o terceiro capitulo é dedicado à apresentação das formas metodológicas em que se enquadra esta pesquisa, as fontes utilizadas e os métodos para análise dos dados. No quarto capitulo, dedicado aos resultados, será realizado um estudo descritivo a cerca das informações disponíveis de saldo de poupança, consumo, investimentos industriais e investimentos em Marketing, finalizando o capitulo, serão correlacionadas, analisadas as dependências e o quanto uma variável explica a outra, permitindo assim alcançar o objetivo proposto no escopo deste estudo. Por fim, no sexto capitulo, serão realizadas as considerações finais, suas dificuldades e propondo novos problemas para estudos futuros. 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
A revisão da literatura proposta aqui para este estudo, objetiva propor o entendimento conceitual inicial dos tópicos que dão apoio ao esclarecimento do problema de pesquisa. Por tanto, inicia-se pelo entendimento das fundamentações teóricas de Finanças, sobre ótica das temáticas: investimento, poupança, crédito, taxa de juros e inflação, está ultima relacionando-a a demanda por produtos. Posteriormente abordará as fundamentações conceituais do Marketing, decorrendo das proposições: funções do Marketing, promoções, Marketing como indutor do Market Share, inovação de produtos e produtos com ciclo de vida curto. Assim, subsidiando as fundamentações necessárias para esclarecer o problema de pesquisa abordado.
2.1 Poupança x Investimento
A relação entre poupança e investimento é explicada por Mankiw (2001, p. 539), quando afirma que, se hoje a economia produz uma grande quantidade de bens de capital, logo terá um estoque de capital, consequente produzirá num futuro maiores quantidades de bens e serviços. Assim quando se destina mais recursos à produção de capital, automaticamente menos recursos são destinados à produção de bens e serviços de consumo corrente, ou seja, para uma sociedade investir mais em capital, precisa poupar mais e consumir menos. O crescimento da sociedade que acumula capital, não é de graça é preciso que sacrifique o consumo de hoje para poder desfrutar futuramente de mais consumo.
Compreende-se que, os investimentos em capital físico feitos na sociedade precisam ser renovados. Com o tempo, os equipamentos, prédios e tecnologias perecem e precisam ser atualizados. Quanto há necessidade de se fazer um investimento em um bem, negócios, nova empresa e entre outros, os fundos para este investimento irão se originar, na maioria das vezes, de uma instituição financeira que disponibiliza este crédito a título de empréstimo, cobrando uma taxa de juros pela sua utilização até que a divida seja paga. Mesmo, que em outro momento, estes fundos venham de amigos que os emprestem ou até mesmo de economias próprias do investidor, o valor a ser investido origina da poupança de algum outro terceiro. Diante deste cenário, é importante que a sociedade permanentemente poupe recursos para fazer frente a está necessidade, está necessita ser suplementar àquela que é necessária para melhorar a infraestrutura. Neste contexto, é de suma importância à existência de uma poupança mínima para repor os bens de capital existentes e o aumento de seu estoque, isto, se o desejo for um aumento da produção e não manutenção dos padrões atuais. O crescimento é essencial em qualquer economia, e manter os mesmos níveis de produção por muito tempo é considerado uma má política econômica. (HEINECK, 2012; MANKIW, 2001).
Segundo Resende (2007, p.137), poupança refere-se à parte da renda que não é consumida e retorna para o sistema financeiro, que será convertida e usada pelos investidores junto ao sistema financeiro nacional, à qual se torna passivo de longo prazo.
Esta relação entre poupança e investimento é necessária no mercado de forma geral. É através dela que empresas fomentam seu crescimento, possibilitando aumento do PIB nacional e o crescimento econômico do país. Neste conceito, quando um país poupa parte substancial do seu PIB, menor serão os juros de captação do dinheiro, da mesma forma, quanto menor a poupança, maior é a taxa de juros. Os juros, segundo Mankiw (2001, p. 538) são os valores pagos por está utilização, e também são eles que se ajustam para equilibrar a oferta e demanda, variam de acordo com várias vertentes econômicas, o impacto maior se dá pela própria relação entre Poupança e Investimentos. Contrariamente, Resende (2007, p.138), define que “a taxa de juros, por sua vez, não depende da poupança, pois se constitui num fenômeno monetário e se relaciona inversamente com o investimento”. No entanto, concordam que, em uma economia monetária, a retribuição “pela espera para consumir” não é a taxa de juros, está é a retribuição pela renúncia à liquidez. (MANKIW, 2001; RESENDE, 2007).
Heineck (2012, p. 17-18), afirma que quando as taxas de juros são atrativas a um incentivo a poupança, por outro lado, sendo os jutos maiores, é importante ter uma pequena poupança, para ser possível enfrentar compromissos financeiros futuros. Considera-se que, uma taxa de juros maior não necessariamente leva a uma poupança maior por parte dos indivíduos em uma sociedade, existem várias outras questões a serem consideradas.
"(...) num modelo com diversas mercadorias a taxa de juros pode não desempenhar o papel de variável de equilíbrio entre a poupança e o investimento. Esta é a razão pela qual a teoria neoclássica do emprego é falha. O mecanismo do multiplicador de Keynes fornece uma teoria consistente de ajustamento entre poupança e investimento e o nível de produção. De acordo com este mecanismo, a poupança se ajusta ao investimento através de mudanças nos níveis de produção e emprego". (COSTA apud AMADEO & DUTT, 2002, p.562).
Em seu cerne, a poupança nacional é a renda não consumida e está associada intrinsecamente à produção doméstica de capital. Assim, “argumenta-se que o déficit público estaria associado ao aumento do consumo para um dado nível do produto, o que resultaria em redução da taxa de poupança nacional”. Como consequência surgiria para o nível de investimento uma insuficiência de poupança nacional, causando assim uma restrição ao crescimento econômico. “A manutenção do nível do investimento requereria, então, absorção de poupança externa, implicando déficit em transações correntes”. (RESENDE, 2007).
Mankiw (2001, p. 565), afirma que não se pode confundir poupança com investimento, poupança é o ato de guardar o dinheiro não consumido com bens e serviços, sejam eles depositados em uma conta bancaria ou até mesmo aplicado em compra de ações. Investimento, por outro lado, está relacionado à aquisição de capital novo, equipamentos ou edificações, como por exemplo, quando uma empresa vende ações para construir uma fábrica nova ou quando uma pessoa toma um empréstimo para comprar uma casa nova, estes dois exemplos são investimentos.
As consequências desta relação são identificadas na disponibilidade de crédito ao consumidor, na maioria das vezes, o saldo em poupança define a disponibilidade de créditos.
2.2 Poupança x crédito ao consumidor
Crédito advém do momento em que uma determinada pessoa ou empresa necessita adquirir um empréstimo os intermediadores deste mercado são as instituições financeiras.Todos os poupadores recorrem a estas instituições para depositar suas poupanças e os tomadores de empréstimos buscam aí os recursos necessários. Este mercado, como qualquer outro é regido pela oferta e demanda. A taxa de juros é o preço que se paga por um empréstimo, representa a quantia que a tomador paga pelo empréstimo e a que poupador recebe por ter emprestado. (Mankiw, 2001).
Costa (2002), afirma que os CDC[footnoteRef:1] são linhas de crédito massificadas concedidas pelos bancos, apesar de registrar o maior nível de inadimplência é um dos segmentos mais rentáveis do sistema financeiro com altos spread[footnoteRef:2] chega a 100% no crédito pessoal e compensam as folgas e perdas com calotes. [1: Linhas de crédito direto ao consumidor e de empréstimo pessoal] [2: É a diferença entre a taxa de empréstimo e a média ponderada das taxas de captação de CDBs (Banco Central do Brasil)] 
Ao se tratar de linhas de crédito é importante argumentar que existem os chamados consumidores míopes, estes têm seu consumo totalmente dependente da renda corrente, por outro lado, existem os consumidores restritos ao crédito, os que estão impedidos de tomar emprestado e contraditoriamente podem acumular poupança. Assim, em uma situação que a renda aumenta o consumo deveria responder a tal aumento; no entanto, quando a renda cai, para evitar uma queda no consumo, o consumidor pode usar sua poupança. (GOMES apud SHEA, 1991).
Ainda é possível entender que a relação se diverge quando avaliamos as disponibilidade e concessões de crédito ao setor privado.
2.3 Poupança x crédito ao setor privado
Segundo Saes (2001), somente após a Segunda Guerra Mundial é que os economistas começaram a dar importância para o problema do desenvolvimento econômico, reconhecendo a importância dos investimentos como variável chave para o seu crescimento, então, imediatamente firmou-se a questão: qual seria a origem dos recursos necessários? A partir deste contexto, surge a discussão sobre duas vertentes, a primeira sobre a insuficiência de poupança no país e à noção do circulo vicioso da pobreza. De outro lado, a poupança até existia, porém não se sabia qual o meio mais adequado de financiar os investimentos.
O problema primordial não é ausência de crédito, mas sim concessão, ou seja, a quem ele se dirige, por certo, este é um fator fortemente inibidor do desenvolvimento socioeconômico. (TOSCANO, 2004). 
O poder de compra está intrinsecamente ligado ao endividamento das empresas, pois este permite, na maioria das vezes, as empresas sustentarem a dinâmica de acumulação, a criação de uma nova demanda de matérias-primas e de trabalho. É fundamental considerar a necessidade da transformação dos ativos pela venda da produção com lucros. Nesse sentido, “a taxa de juros e taxa de inflação possuem um papel decisivo nas relações entre credores e devedores”. A partir deste contexto, é possível determinar que na medida em que os lucros extraídos destas transações forem insuficientes para cobrir os encargos financeiros, haverá um sobreendividamento, consequentemente a esfera real não mais valida os encargos criados na esfera financeira, surge aí à aparição, do lado devedor, inerente a está sistemática, passa a existir a obrigação de se refinanciar para quitar os compromissos com seu credor. (COSTA, 1991).
Morais (2015) constatou que, as empresas julgam que o motivo de não conseguirem crédito ao procurarem as instituições financeiras para fomentarem seu desenvolvimento é: “40% atribuem à falta de garantias reais, 16%, a registros negativos em centrais de informação de crédito, 12%, à insuficiência de documentação e dificuldade de atendimento da burocracia bancária, 32%, a diversas razões”. Outro ponto importante desta pesquisa é que, devido à dificuldade encontrada, 20% das pequenas e médias empresas buscam créditos na condição de pessoas físicas, destes 89% conseguem os créditos desta forma, situação que exige menos burocracia.
Consequente à disponibilidade de crédito as empresas impacta diretamente na disponibilidade de produto mercado, pois uma empresa, na maioria das vezes contrata créditos para investimentos ou capital de giro. Sabe-se que está relação supra causa reações inflacionarias detalhadas no tópico à seguir. 
2.4 Demanda por produtos x inflação
Devido o Brasil ser um país subdesenvolvido e com um mercado de capital mal estruturado, a consequência é um efeito inflacionário, seja por existir setores chaves que se organizam em forma de carteis, organizando o mercado oligopolista ou devido a um estado economicamente forte, que determina de forma efetiva a distribuição do excedente (PEREIRA, 1980). Este fator causa enormes prejuízos sociais, sofridos pela maioria da população. Assim, se conclui que a inflação é um aumento generalizado e persistente nos índices dos preços, presente em todas as economias e sua consequência é a perda do poder aquisitivo da moeda causando um desequilíbrio de preços provocados por esta erosão (CASTRO, 2012; GREMAUD, VASCONCELOS, TONETO, 2010; ASSAF NETO, 2005).
Abaixo, Castro (2012) disponibiliza, para efeito de comparação a variação da inflação antes do Plano Real e após o plano real, o índice calculado pelo IBGE[footnoteRef:3], o IPCA[footnoteRef:4], estes dados são utilizado pelo Banco Central do Brasil para o acompanhamento dos objetivos estabelecidos no sistema de metas de inflação, tal índice é utilizado para o balizamento da política monetária: [3: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] [4: Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo] 
Figura 1 - IPCA: Inflação antes e depois de 1994[footnoteRef:5] [5: Fonte: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2012).] 
A partir destas informações Assaf Neto (2005), elucida como calcular a inflação, onde I refere-se ao índice utilizado: 
A inflação é classificada em dois aspectos, o primeiro, inflação oferta, ocorre quando algum produto básico da cadeia produtiva, como por exemplo, o petróleo, tem um aumento de preço, oriundos a este aumento os preços de todos os seus derivados sobem, bem como os preços dos produtos que dependem dessa matéria-prima. Um segundo aspecto é a inflação de demanda, ocorre quando em um curto prazo acontece um aumento no consumo e aproxima-se da capacidade total de produção das empresas, os preços sobem. (MOREIRA, 2011)
A estabilidade de preços é um fator extremamente difícil de alcançar, pois as causas que cerceiam a inflação são diversas, consequente a este aumento de preços ou inflação há uma limitação do poder de compra das pessoas, Castro (2012). Consequente à maioria da população sofre enormes prejuízos sociais se comparados ao que se produziu de propostas e teorias no Brasil.
No que cerceia os problemas inflacionários, há aspectos substancialmente marcantes  no modo como está atua sobre a economia e seus diferentes agentes (empresas, poupadores, assalariados, entre outros), gerando uma desigualdade na distribuição das riquezas. Oriunda dessa desigualdade há uma redução relativa do poder aquisitivo das classes, que dependem de rendimentos fixos, com prazos legais de reajustes, os assalariados, que, com o passar do tempo, vão ficando com seus orçamentos cada vez mais reduzidos, até a chegada de um novo reajuste. (CASTRO, 2012; ASSAF NETO, 2005).
As políticas monetárias são as principais formas de controle à inflação, permitem um controle rigoroso do consumo, que influenciam os preços e consequentemente a inflação.
2.5 Inflação e taxa de juros
Existem vários mecanismos de controle da inflação, as políticas monetárias são um desses mecanismos. Consiste basicamente em aumento ou redução da taxa de juros de curto prazo determinada no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC), para aquecer ou desaquecer a economia. Assim, o Banco Central do Brasil, através do Copom[footnoteRef:6] e da taxa básica de juros, toma decisões que irão determinar os índices de consumo e produção, realizando um controle rigoroso sobre o consumo e os preços e influencia diretamente no crescimento anual do país. (COELHO,2011; LEITE, ALMEIDA, 2012). Estas decisões econômicas, aumento ou redução da taxa de juros de curto prazo fixada, afeta a tomada de decisões das famílias e empresas em algumas variáveis cruciais, são elas: o valor dos ativos, o crédito disponível, a taxa de câmbio, entre outras (LEITE, ALMEIDA, 2012). [6: Comitê de Política Monetária] 
O gráfico abaixo representa a taxa de juros SELIC e a inflação anual no Brasil de 1999 a 2011.
Figura 2 – Taxa SELIC e Inflação[footnoteRef:7] [7: Fonte: Copom - Comitê de Política Monetária (2012).] 
Juros, pela sua natureza, é a remuneração que se é paga pelo uso do dinheiro, o valor pago por uma aplicação ou o valor a ser pago pelo capital tomado, quando trata-se de empréstimos (COELHO, 2011)
Para que não ocorra remarcação de preços o Banco Central utiliza a taxa de juros, aumentando-a, sempre que os preços estão acima das metas estabelecidas, consequentemente o dinheiro em circulação diminui, pois há uma contenção na expansão do crédito, taxas de juros mais altas desestimulam novos empréstimos, e, assim, evitam que a inflação dispare. Como menos pessoas e empresas consomem menos produtos e serviços, pela lei de oferta e demanda, a mão do mercado age fazendo com que os preços caiam. Na pratica, quando há uma redução da taxa SELIC, o inverso acontece, aquecendo a economia e aumentando o consumo de bens e serviços, o sistema de crédito cresce e o volume de dinheiro em circulação aumenta. A facilidade em obter financiamentos pode, por exemplo, fazer com que as pequenas empresas cresçam, novos negócios surjam e os empregos se multipliquem. Uma redução abrupta da taxa de juros pode trazer como consequência a inflação, tamanho é o estímulo dado à economia (COELHO, 2011; LEITE, ALMEIDA, 2012).
Uma consequência do aumenta da taxa de juros SELIC e o aumento da dívida pública. Em nosso País, metade da dívida é atrelada ao juro. Quando o Copom eleva os juros para combater a inflação, essa metade da dívida aumenta. Um país com dívida alta em relação ao PIB precisa de juros mais altos, assim, cria-se um círculo vicioso do qual só se sai com cortes profundos de gastos (LEITE, ALMEIDA, 2012).
Quando se leva em consideração o lado da oferta há certo consenso de que os juros reais – que é o resultado da taxa SELIC menos a inflação anual – não podem ficar abaixo de 8% ao ano, sob o risco de despertar o dragão inflacionário. Consequente, abaixo desse patamar, a economia pode ficar sujeita a dois choques; um choque interno, pois ha superaquecimento da atividade, que causa inflação; e o choque externo, porque os juros baixos podem se tornar menos atraentes para os investidores, o que levaria a uma fuga de capitais e disparada do dólar. Assim, essa política quando executada por mais de dez anos na economia brasileira traz grandes consequências, devido ao alto custo econômico e social (COELHO, 2011; LEITE, ALMEIDA, 2012).
2.6 Função de Marketing
Kotler (2000) delibera que, o Marketing é o responsável por criar, promover e fornecer bens e serviços, seu objetivo e estimular a demanda. É um processo social e através deste as pessoas obtém os produtos e serviços que precisam e desejam. Entre suas funções está compreender a necessidade do mercado alvo e suas demandas. A principal meta da orientação de Marketing é auxiliar as organizações a atingirem seus objetivos. Completa ainda que, os lucros alcançados devem ser consequência da criação de valor superior ao cliente, empresas ganham dinheiro ao satisfazer as necessidades dos clientes melhor do que a concorrência faz e não devem puramente objetivando lucros.
Contudo, para Scare (2008) as funções do Marketing são entendidas em nível corporativo como questão estratégica, após definir em quais negócios a empresa está e quais são a sua missão, escopo, a forma e estrutura, depende também do mercados relacionados a longo prazo, as alianças estratégicas e os formatos organizacionais requeridos para análise e a decisão. Assim, quando a empresa está neste nível, a função do Marketing pode ser entendida:
“ avaliar a atratividade de mercados, por meio da análise das necessidades e dos desejos do consumidor, da oferta competitiva em mercados potenciais, verificando seu potencial competitivo;
 promover a orientação da empresa para o consumidor, sendo forte defensor do ponto de vista dos consumidores versus outros influenciadores na tomada de decisão;
 desenvolver a proposta de valor geral da empresa e divulgá-la tanto no mercado como na empresa.”
Já Menezes (2011), caracteriza as cinco principais funções do Marketing como, gerencia de produtos, responsável por acompanhar todo o processo de criação do produto até seu lançamento no mercado; definição do preço; distribuição, a forma o produto será distribuído: através de site na internet, varejo ou atacado, telemarketing, entre outras formas; publicidade, função capaz de atrair e criar na mente do consumidor diferenciações positivas em relação ao produto, seu objetivo principal é criar e desenvolver ou mudar hábitos e necessidades do consumidor; e vendas, nesta parte o agente crucial com papel de suma importância é o vendedor.
As funções do Marketing (vendas, propaganda, promoção e distribuição) têm como objetivo principal desenvolver um amplo entendimento do ambiente de mercado e assegurar que os produtos e os serviços produzidos pela empresa signifiquem o que o consumidor deseja ou precisa, estas são responsáveis por gerar demanda de mercado necessária para os mix de produtos disponíveis, por criar nos consumidores através da comunicação de massa ou pessoal a preferência destes pelos produtos, e ainda, por gerir os canais de distribuição capazes de tornarem os produtos acessíveis aos consumidores. Assim, a função do Marketing estratégico não é simplesmente explorar um mercado existente, se torna mais amplo perpassando pelo objetivo prioritário de encontar segmentos ou nichos portadores de crescimento, desenvolver conceitos e produtos novos adaptados a necessidades de mudança. Conclui-se assim que, a base óptica de Marketing é a satizafação do cliente, este deve ser o objetivo primordial da empresa, assim consegue-se atingir um objeitvo maior: rentabilidade e crescimento. Neste sentido as funções do Marketing e a análise das necessidades devem estar no escopo das políticas de Marketing. (ALVAREZ, 2004; SCARE, 2008).
2.2 Promoções: propaganda x publicidade
Apesar de algumas literaturas brasileiras não diferenciarem propaganda e publicidade, elas divergem entre si. Enquanto a propaganda está intrinsecamente ligada a qualquer forma paga de apresentação e promoção não-pessoal de ideias e mercadorias ou serviços por um anunciante identificado, publicidade está se referindo a conjugação de diferentes esforços para divulgar um produto especifico. (Kotler, 2000).
Para Dias (2010), a publicidade vai muito além do que tornar o produto de conhecimento geral, seu objetivo econômico é inerente ao seu conceito, está intrinsecamente ligado a criar no consumidor interesse pela aquisição do produto. A técnica é regulamentada pelo Código de Defesa do Consumidor, com o objetivo fim de evitar abuso por parte dos fornecedores, sua finalidade conceitual é criar meios de divulgação de produtos e serviços com o intuito de incentivar o seu consumo, trata-se, do duto par excellence através do qual o consumidor passa a ter conhecimento da existência dos bens e serviços a serem examinados para uma possível aquisição. A propaganda, por outro lado, é também uma técnica de persuasão, a ideia de propagar está relacionada com difundir, alastrar, disseminar, porém sem qualquer intuito econômico a priori, visa induzir o homem a alguma ideia política, religiosa ou cívica. A palavra propaganda tem origem eclesiástica, designava um organismo do Vaticano, a Congregatio de Propaganda Fide (“Congregação para a propagação da fé”), fundada pelo Papa Clemente VIII (1597) e organizada pelo Papa Gregório XV (1962), o seu objetivo era a difusão fé católica nos países não católicos e responsável pelo trabalho missionário no mundo.
De modogeral, Gomes (2001, p. 114) enfatiza que, apesar da confusão entre estes termos, relaciona publicidade e propaganda como agentes que não agem isoladamente, e sim fazem parte de um contexto maior, o Marketing. Completa ainda, que a publicidade é arte de, através de ações psicológicas exercer algum um impacto sobre o público, para fins comerciais ou políticas, em uma outra vertente, a propaganda, relaciona-se com a propagação de princípios, ideologias, conceitos e teorias.
Contudo, para Genaro (2012) ao observar a utilidade da publicidade, principalmente tratando-se da impressa, está cumpre sua função econômica de comunicação para a venda, pode ser tomada como uma forma de representação sociocultural de uma determinada época. Academicamente, é vista como a sociologia e antropologia, pois os anúncios são tratados como uma representação social de sua época.
2.3 Marketing como indutor de Market Share
Os estudos de Market Share iniciaram-se na década de 80, era apontada como uma forte variável preditiva do fluxo de caixa e da lucratividade. Este, são alterados pelos impactos que os clientes recebem e como os ativos do Marketing agem no mercado, de modo a alavancar as vendas. As ações do Marketing, neste sentido, podem ser definidas como ações de curto prazo que possuem efeito imediato, porém sua influência não é duradoura, pode-se citar as promoções,. Já as ações de longo prazo, exercem efeitos mais duradouros, cita-se a gestão de marca e a melhoria continua. Compreender estas diferenças é suma importância, pois os seus resultados são avaliados ao longo do tempo e não somente no período contábil. (SASTRE, 2015).
O Market share, pode ser caracterizado a competência e eficiência da empresa, que é obtida a partir da relação insumo-produto. Para se buscar maior Market share a empresa precisa buscar seu crescimento e investir considerável tempo e recursos na busca de novos clientes (KOTLER, 2002).
Guissoni et al (2009), nos afirma que há uma relação direta e crescente entre a distribuição e o resultado do Market share, conforme há um aumento na distribuição, consequentemente o Market share cresce a uma razão constante. Enfatiza, no entanto, que quando está crescente e convexa, há então um ponto de inflexão que o crescimento é mais acentuado, conclui-se assim que há um mínimo de distribuição que o produto precisa atingir e ganhar participação de mercado. Neste contexto, a distribuição é um fator fundamental para tomar o produto disponível em diversos canais, possibilitando que os consumidores finais realizem sua compra.
Os esforços dos programas de comunicação integrada do Marketing tornam-se eficientes quando os elementos executados estimulam a demanda e o consumo dos produtos e serviços das empresas anunciantes, os investimentos em comunicação precisam alavancar o volume de vendas e o market share, permitindo as empresas se destacarem de seus concorrentes. (GUISSONI, 2009)
2.4 Marketing e inovação de produtos
Para Oliveira (2012), as inovações podem ser caracterizadas de duas formas, a primeira são as inovações de produtos, referem-se à criação ou aprimoramento de produtos e serviços. A segunda, inovação de processos, corresponde a mudanças de métodos utilizados para produzir e entregar os bens e serviços. No planejamento da inovação as informações são fundamentais, caracteriza como primordial as propostas do produto e sua execução, este processo é dificultado quando se trata de produtos inovadores, todo ele deve anteceder ao desenvolvimento das tecnologias dos produtos.
Freitas (2015, p.48), vai além, caracteriza as inovações como inovações de mercado, relacionados às inovações em processos operacionais das organizações, suas consequências são processos e entrega de produtos aos usuários mais eficiente e as inovações da organização, caracteriza pela mudança em estrutura, estratégias e processos administrativos. Identificou, ainda, as caracterizadas inovações auxiliares, estão relacionadas com ambientes externos “(outros aos provedores de serviço, usuários e outras organizações) e ligadas a outros tipos de inovação”.
Novos produtos, na década de 50, eram vistos como o resultado de grandes esforços proativos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), a partir daí gerou-se um novo modelo de inovação, baseado nas demandas dos clientes ou do mercado, neste contexto a premissa básica do planejamento de novos produtos é o mercado. Com a evolução dos mercados, abertura de novos mercados, globalização e avanços tecnológicos de processos e produtos a inovação tem se tornado um fator decisivo para o sucesso estratégico da empresa. Neste ambiente competitivo dinâmico, em que a tecnologia avança consideravelmente e com ela a necessidade dos clientes e mercados, este processo de inovação ganha destaque estratégico nas empresas e garanti uma vantagem competitiva no que tange o processo de escolha de alternativas, e a empresa ganha destaque (GOMES et all, 2011; DANILEVICZ, RIBEIRO, 2013)
Por outro lado, Kotler (2000), enfatiza que o Marketing não tem a única a tarefa desenvolver novos produtos, mais também passar pela distribuição, informação e educação de mercado. No processo de inovação a riscos, mas a recompensa está no pioneirismo, garantindo a empresa à liderança deste mercado.
2.5 Produtos de ciclo de vida curto
O ciclo de vida de um produto é composto por quatro etapas: introdução, crescimento, maturidade e declínio. O tempo que cada produto passa por varias etapas estas dependem do nicho, mercado e produto. Alguns produtos como eletrodomésticos, roupas (modismos e moda), possuem um ciclo de vida curto, pois a demanda por novos produtos e inovação é constante. (KOTLER, 2000).
Os contínuos avanços tecnológicos tornam o mercado cada vez mais competitivo, assim instituiu-se alguns efeitos colaterais que se manifestam nas empresas. Entre esses diversos efeitos, o mais significativo é a redução do ciclo de vida dos produtos, consequentemente exigindo maior rapidez no lançamento de novos modelos (DANILEVICZ, RIBEIRO, 2013).
 As empresas, agregam uma responsabilidade impar no processo de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos. Estás devem exercer estratégias a se posicionaram quando os produtos tornam-se frageis pelas constantes alterações na expectativa do consumiro, os avanços tencnólogicos e a concorrência acirrada, estes fatores contribuem para um ciclo de vida mais curtos do produtos e serviços. (RUBIO, 2003; CADDAH NETO, 2002)
3 PROCEDIMENTOS METODÓLOGICOS
3.1 Discussões preliminares sobre a cientificidade de um estudo
Segundo Eco (1998), para alguns a ciência identifica-se com as ciências naturais ou com a investigação em base quantitativa: uma investigação não é científica se não procede através de fórmulas e diagramas. No entanto, evidentemente, não é esse o sentido que se dá ao termo “científico” na universidade.
O modelo pode muito bem ser o das ciências naturais como foram apresentados desde o início da idade moderna. Porém, uma pesquisa é científica quando responde aos seguintes requisitos, com base em Eco (1998):
· A pesquisa debruça-se sobre um objeto reconhecível e definido de tal modo que seja reconhecível pelos outros. Cabe lembrar que o termo objeto não tem necessariamente um significado físico e tangível, mas antes. Significa, portanto, a produção de provas científicas que embasem estudos posteriores.
· A pesquisa deve dizer sobre este objeto coisas que não tenham sido ditas ou rever com uma ótica diferente coisas que já foram ditas.
· A pesquisa deve ser útil aos outros. A importância científica é proporcional ao grau de indispensabilidade que o contributo exige.
· A pesquisa deve fornecer os elementos para a confirmação e para a rejeição das hipóteses que apresenta e, portanto, deve fornecer os elementos para uma possível continuação pública. Nesse sentido, quatro situações se fazem necessárias: produzir provas, dizer como foi procedido para encontrar o achado, dizer como se deveria proceder para encontrar outros, dizer possivelmente que tipo de achado no dia em que fosseencontrado destruiria a minha hipótese.
Por outro lado, segundo Castro (1997), a cientificidade também perpassa pela análise de três situações:
· Importância: diz-se que um tema é importante quando está ligado de alguma forma a uma situação crucial que polariza ou afeta um segmento substancial da sociedade. Um tema pode também ser importante se está ligado a uma questão teórica que merece atenção continuada na literatura especializada.
· Originalidade: um tema original é aquele cujos resultados têm o potencial para nos surpreender. O fato de não haver sido feito não confere necessariamente originalidade ao tema.
· Viabilidade: dentre os três, este é seguramente o conceito mais tangível. Dados os prazos, os recursos financeiros, a competência do futuro autor, a disponibilidade potencial de informações, o estado da teorização a respeito, são situações que devem ser levantadas acerca da possibilidade de se fazer uma pesquisa.
No campo da Administração, Cooper e Schindler (2003) afirmam que a pesquisa em administração tem origem recente e é, em grande parte, patrocinada pelas organizações empresariais que esperam atingir alguma vantagem competitiva. Os métodos e resultados de pesquisa não podem ser patenteados, e compartilhar resultados sempre gera perda de vantagem competitiva. Quanto mais valioso o resultado da pesquisa, mais importante é mantê-lo em segredo. Sob tais condições, o acesso ao resultado é obviamente mais restrito. Embora haja um número crescente de pesquisa em administração acadêmica, ela recebe pouco apoio quando comparada à pesquisa na área de ciências físicas.
Ainda segundo os mesmos autores, a pesquisa em administração também opera em um ambiente menos favorável em outras situações. A pesquisa física é normalmente conduzida sob condições controladas em laboratórios; a pesquisa em administração raramente o é. 
3.2 Tipologia da pesquisa – classificação e definições
3.2.1 Classificações e definições quanto ao objetivo do estudo
Um plano de pesquisa fornece as orientações básicas para a realização de um projeto. Seguindo o princípio da parcimônia, o pesquisador deverá escolher um plano que oferecerá informações relevantes sobre as questões de pesquisa e desempenhará sua função de modo mais eficiente.
Os planos de pesquisa em Administração, segundo Hair et al (2005) podem ser agrupados em uma de três categorias: exploratório, descritivo e explicativo ou casual. Um projeto de pesquisa exploratório é útil quando as questões de pesquisa são vagas ou quando há pouca teoria disponível para orientar as previsões. As vezes, os administradores podem achar impossível a formulação de uma afirmação básica do problema de pesquisa. A pesquisa exploratória é usada para desenvolver uma melhor compreensão. A pesquisa descritiva descreve alguma situação. Geralmente, as coisas são descritas com a mensuração de um evento ou atividade. Muitas vezes, a pesquisa descritiva consegue isso por meio de estatísticas descritivas, o que inclui contagens de frequências, medidas de tendência central ou uma medida de variação. Os planos de pesquisa explicativas são quase sempre mais intrincados. Tentam testar se um evento causa o outro.
Este estudo sobre o processo de terceirização é classificado, portanto, como descritivo. Esse tipo de estudo em geral está estruturado e especificamente criado para medir as características descritas em uma questão de pesquisa. As hipóteses, derivadas da teoria, normalmente servem para guiar o processo e fornecer uma lista do que precisa ser mensurado.
Segundo Triviños (1987) os estudos descritivos exigem do pesquisador uma série de informações sobre o que se deseja pesquisar, embora tais estudos não fiquem simplesmente na coleta, ordenação e classificação dos dados. Pode-se até mesmo estabelecer relações entre as variáveis.
Com base em Andrade (1997), pode-se dizer que neste tipo de estudo descritivo, os fatos são observador, registrados, analisados, classificados e interpretados, sem que o pesquisador interfira sobre eles. Portanto, os fenômenos do mundo físico e humano são estudados, mas não manipulados pelo pesquisador.
Finalmente, cabe ressaltar que no escopo da pesquisa descritiva, o presente estudo pode ser tido como longitudinal, uma vez que os dados longitudinais descrevem eventos ao longo do tempo. Segundo Hair et al (2005) os estudos longitudinais são adequados quando as questões de pesquisas e as hipóteses são afetadas pela variação das coisas com o decorrer do tempo. Diferentemente dos estudos transversais, os longitudinais exigem que os dados sejam coletados das mesmas unidades de amostra em mais de um ponto no tempo. Os dados representam uma série temporal de observações e coletas. Os dados longitudinais permitem mapear elementos administrativos de modo que se possam observar as tendências.
3.2.2 Classificações e definições quanto à natureza do estudo
A natureza da pesquisa envolve a discussão quanto à sua aplicabilidade prática ou teórica, basicamente. Dessa forma, Castro (1997) define pesquisa pura ou teórica como o tipo de estudo sistemático que tem a curiosidade intelectual como primeira motivação e a compreensão como principal objetivo. O pesquisador puro está interessado em teoria. Por pesquisa aplicada, o autor entende o tipo de estudo sistemático, motivado pela necessidade de resolver problemas concretos.
Não é absolutamente vital estabelecer se uma pesquisa é teórica ou aplicada. A importância maior da distinção reside no tipo de justificativa que cabe oferecer para a escolha de tópicos de pesquisa em cada uma destas duas áreas.
Castro (1997) ainda afirma que a pesquisa aplicada é o coroamento de um esforço de investigações em pesquisas teóricas, não um substituto ou uma alternativa. O salvo conduto de uma pesquisa aplicada reside na clareza de seus objetivos. Se a pergunta a que se tenta responder é importante, então a pesquisa é importante. A pesquisa teórica não pode ter esse nihil obstat instantâneo. Sua relevância tem que ser decifrada.
Nesse sentido, o presente estudo é enquadrado como sendo de pesquisa aplicada, fazendo jus ao um resgato teórico que fundamente todas as análises aqui apresentadas, e que serão objeto de discussão e conclusão.
3.2.3 Classificações e definições quanto ao delineamento do estudo
Os procedimentos de coleta de dados são os métodos práticos utilizados para juntar as informações, necessárias à construção dos raciocínios em torno de um fato ou problema. Na verdade, a coleta de dados de cada pesquisa terá peculiaridades adequadas àquilo que se quer descobrir. As formas mais comuns de se coletarem dados são, conforme Santos (1999):
· Experimento: é quando um fato ou fenômeno da realidade é reproduzido de forma controlada, com o objetivo de descobrir os fatores que o produzem ou que por ele são produzidos. Normalmente procede-se da seguinte forma: decide-se sobre um fenômeno ou fato (o objeto de estudo); selecionam-se as variáveis; e escolhem-se os instrumentos. Experimentos são geralmente realizados por amostragens. Os resultados se mostram válidos para uma ou um conjunto de amostras e consideram-se, por indução, válidas para o universo.
· Levantamento: é a pesquisa que busca informação diretamente com um grupo de interesse a respeito dos dados que se deseja obter. Trata-se de um procedimento útil, especialmente em pesquisas exploratórias e descritivas. É geralmente desenvolvido em três etapas: seleciona-se uma amostra significativa, aplicam-se questionários ou formulários, ou entrevistam-se diretamente os indivíduos. Os dados são então tabulados e analisados quantitativamente, com o auxílio de cálculos estatísticos. Os resultados conseguidos são então aplicados, com margem de erro estatisticamente prevista, ao universo gerador da amostra.
· Estudo de caso: selecionar um objeto de pesquisa restrito, com o objetivo de aprofundar-lhe os aspectos característicos é o estudo de caso, cujo objeto pode ser qualquer fato ou fenômeno individual, ou um de seus aspectos. É também comum a utilização do estudo de caso quando se trata de reconhecernum caso, um padrão científico já delineado, no qual possa ser enquadrado. Por lidar com fatos ou fenômenos geralmente isolados, o estudo de caso exige do pesquisador grande equilíbrio intelectual e capacidade de observação, além da parcimônia quanto à generalização de resultados.
· Pesquisa bibliográfica: o conjunto de materiais escritos ou gravados, mecânica ou eletronicamente, que contém informações já elaboradas e publicadas por outros autores é uma pesquisa bibliográfica. São fontes bibliográficas os livros (de leitura corrente ou de referência), as publicações periódicas (jornais, revistas, panfletos etc.) fitas gravadas de áudio e vídeo, páginas de web sites, relatórios de simpósios, seminários, anais de congressos, etc. A utilização total ou parcial de quaisquer dessas fontes é o que caracteriza uma pesquisa como bibliográfica.
· Pesquisa documental: documentos são as fontes de informação que ainda não receberam organização, tratamento analítico e publicação. São fontes documentais as tabelas estatísticas, relatórios de empresas, documentos informativos arquivados, obras originais de qualquer natureza, fotografias, epitáfios, correspondência pessoal ou comercial, entre outros. A pesquisa documental é a que se serve dessas fontes.
Pode-se, portanto, evidenciar, que este estudo monográfico utilizou-se de pesquisa bibliográfica e documental para coleta, tabulação e análise de dados.
3.2.4 Classificações e definições quanto à abordagem do problema de pesquisa
A pesquisa nas ciências sociais, conforme Godoy (1995), tem sido fortemente marcada, ao longo dos tempos, por estudos que valorizam a adoção de métodos quantitativos na descrição e explicação dos fenômenos de seu interesse. Atualmente, no entanto, é possível identificar com maior clareza uma outra forma de abordagem que vem ganhando espaço e se instalando como alternativa mais global de investigação para a descoberta e compreensão do que se passa dentro e fora dos contextos organizacionais e sociais. Trata-se da pesquisa qualitativa.
Triviños (1987) evidenciou que as pesquisas qualitativas podem ser classificadas sob o enfoque subjetivista-compreensivista, ou sob um enfoque mais crítico, com visão histórico-estrutural. Assim, para o primeiro enfoque haveria o privilégio dos aspectos de conscientização subjetivos dos autores, isto é, privilegiam-se as percepções, processos de tomada de consciência, de compreensão do contexto cultural, da realidade a histórica, de relevância dos fenômenos pelos significados que eles têm para o sujeito. Para o segundo enfoque, haveria uma pesquisa que aponta as contradições existentes na realidade que se quer conhecer. Assim, através das percepções, reflexões, e até da intuição, a realidade é conhecida para que se possa mudá-la e transformá-la.
Pode-se considerar então como pesquisa qualitativa as análises documentais e bibliográficas, o estudo de caso, a análise do discurso, a análise de conteúdo, a etnografia e a análise histórica. Segundo Yin (1984), a essência da pesquisa qualitativa consiste em duas condições: o uso de uma detalhada observação do mundo natural pelo investigador; e uma coerência e comprometimento com qualquer modelo teórico adotado. Assim sendo, é necessário ainda levantar-se a questão da coerência ou adequação entre o paradigma escolhido nas monografias e a metodologia usada.
Já no estudo quantitativo, em linhas gerais o pesquisador conduz seu trabalho a partir de um plano estabelecido a priori, com hipóteses claramente definidas e variáveis operacionalizadas quantitativamente. O quantitativo preocupa-se com a medição objetiva e a quantificação dos resultados. Busca a precisão, evitando distorções na etapa de análise e interpretação dos dados, garantindo assim, uma margem de segurança em relação a inferências obtidas. A pesquisa quantitativa apoia-se no quadro de referência conhecido por positivismo e estruturalismo.
Neste estudo, merece destaque citar que sua condução se deu por vias qualitativas, não procurando enumerar ou medir os eventos estudados, nem emprega material estatístico na análise dos dados. Parte de questões ou focos de interesse amplos, que se vão definindo a medida que o estudo se desenvolve. Envolveu a obtenção de dados sobre processos interativos pelo contato direto do pesquisador com a situação estudada, procurando entender os fenômenos segundo a perspectiva dos sujeitos, embora tenha concluído e analisado as informações por via numérica.
3.3 Fontes de coleta de dados e análise de dados
De acordo com Cooper e Schindler (2003), pode-se considerar diferentes tipos de fontes de informação, classificadas geralmente em três níveis.
Fontes primárias são trabalhos originais de pesquisa ou dados brutos, sem interpretação ou pronunciamentos, que representam uma opinião ou posição oficial. São sempre as mais importantes, porque as informações ainda não foram interpretadas ou filtradas por uma segunda parte. As informações de todas as fontes citadas passarão a ser sua literatura secundária, dando suporte à sua pesquisa original.
Fontes secundárias são interpretações de dados primários. Na verdade, quase todos os materiais de referência entram nessa categoria.
Fontes terciárias podem ser a interpretação de uma fonte secundária, mas geralmente são representações de índices, bibliografias e outros auxiliares de busca.
O presente estudo perpassou por fontes primárias e secundárias. Como fontes primárias, as informações encontradas sobre saldo em poupança, liberação de crédito, investimentos em Marketing e investimentos industriais destinados ao fim último do estudo desta monografia.
Como fontes secundárias, foram utilizadas obras da literatura relacionada no referencial teórico desta pesquisa que embasa grande parte das discussões apresentadas.
	A análise de dados preocupou-se tão somente em descrever um método comparativo de situações longitudinais e situacionais, no sentido de prover a pesquisa acerca da viabilidade de uma proposição levantada na questão de pesquisa. Nesse sentido, foram realizadas análises do objeto de estudo antes e depois das proposições, para se avaliar a viabilidade da implantação das propostas sugeridas quando da elaboração dos objetivos da pesquisa.
4 RESULTADO
Notoriamente os investimentos industriais vêm diminuindo, desde 2009, quando a CNI (Confederação Nacional da Indústria) iniciou a pesquisa em 2014, representa o menor índice de intenção de investimentos. O gráfico abaixo apresenta este histórico detalhado:
Figura 3 – Percentual de empresas que investiram[footnoteRef:8] [8: Fonte: CNI - Confederação Nacional da Indústria (2015)] 
Diversos são os motivos que permearam este declínio significativo, a crise no mercado externo, alta do dólar, inflação elevada, entre outros. 
Para analisarmos melhor a problemática, escolhemos os anos 2011, 2012 e 2013, estes sofreram menor interferência de fatores econômicos que desfavorecem o aquecimento da economia.
Gráfico 1 – Investimento industrial8
	
Analisando o gráfico acima, é possível identificar que no final de cada período os investimentos reais são abaixo das intenções. Entre os motivos para estas frustrações está a burocracia no processo de obtenção de créditos, proporcionando está queda gradativa.
Gráfico 2 – Objetivos dos investimentos8
Em relação aos investimentos, é possível notar que a maioria estão relacionados a aumento ou manutenção da capacidade produtiva, destaque para o ano de 2011 onde ouve um expressivo aumento na destinação do investimento para manutenção da capacidade produtiva, demonstrando assim, de certa forma, insegurança por parte das indústrias na expansão e aumento de sua capacidade, está insegurança é reafirmada no aumento da melhoria dos processos nos três anos, demonstrando assim que as indústrias não pretende arriscar seus investimentos.
Ainda, é possível identificar que os investimentos em inovação não são expressivos. Provavelmente reflexo da incerteza econômica, apresentada no gráfico a seguir, pois com tamanha incerteza a probabilidade de riscosnos investimentos aumentam significantemente.
Gráfico 3 – Razões para a frustração dos planos de investimentos8
A incerteza econômica, é o principal fator que determina a frustração dos investidores, consequentemente os próximos quatro fatores estão, a retração desta em 2012 ter diminuído, não diminui seu efeito posterior.
Figura 4 – Objetivo do investimento3
Devido o aumento de investimentos na melhoria dos processos tem é possível concluir assim, que as empresas possuíam uma capacidade ociosa que as permitia aumentar a produção sem necessidade de grandes investimentos.
Os investimentos em inovação não estão sendo feitos com a devida importância, ainda há resistência, por parte das indústrias em investimentos inseguros e de riscos, que não proporcionem resultados claros e certos.
Gráfico 4 – Relação financeira entre Investimento x Poupança x Crédito
Gráfico 4 – Relação financeira entre Investimento x Poupança x Crédito[footnoteRef:9] [9: Fonte: Investimentos – Câmara Nacional da Indústria (2015); Poupança e Crédito – BC (2015)] 
Este resultado traz informações sistemáticas importantes, a partir de uma breve análise é possível identificar uma relação direta e crescimento entre estes três fatores importantes para a economia.
Analisando os investimentos realizados em 2011, identifica-se que de todo o crédito liberado apenas 0,73% foi destinado aos investimentos industriais, deixando uma parcela significativa dos créditos para os outros setores e pessoa física, percentual que não muda muito nos anos seguintes que correspondem a 0,75% e 0,71% respectivamente. Ainda, é possível observar, que este equivale a apenas 39% do saldo disponível em poupança no ano 2011, no ano seguinte 40%, já em 2013 o investimento equivale a apenas 36%. 
Analisando os o gráfico como um todo, é possível identificar que apesar da relação ser crescente e estar sistematicamente correlacionada, é possível identificar uma queda no índice de investimento, enquanto de 2011 para 2012 o aumento foi 21%, no período seguinte foi de apenas 9%, o saldo de poupança aumentou 18% no primeiro período e 20% no segundo, já o crédito reduziu, enquanto temos no primeiro período 17% de aumento, no segundo há uma queda, fechando com apenas 16%. Assim, percebe-se que quando os investimentos diminuem, o crédito diminui, mas que um não influencia o outro totalmente. As indústrias deixaram de investir em média 17 bilhões, em contrapartida o saldo de poupança recebeu um acrescimento 25 bilhões, permitindo concluir que parte dos investimentos não realizados foram destinados a poupança, já que a relação entre a queda dos investimentos e a liberação de crédito é de apenas 1,5%.
Gráfico 5 – Marketing x Consumo[footnoteRef:10] [10: Investimentos em Marketing – Fonte: IBOPE Mídia (2014); Consumo – Fonte: IBGE (2015)] 
O gráfico acima demonstra uma relação esperada, dispensando outros fatores que poderiam interferir na demanda, considerando apenas os investimentos realizados em mídia, nos três períodos analisados, pode-se identificar uma relação crescente, um explica o outro em média 25%, ou seja, a cada R$ 1,0 investido em marketing, R$ 25,00 são consumidos. Está relação demonstra a importância destes investimentos no aumento do consumo, está relação é apenas uma suposição numérica matemática, não possui rigor estatístico, para tal importância seria necessário utilizar regressão, com uma base de dados de pelo menos 12 períodos. Por fim, é importante citar, na introdução de um produto no mercado o investimento é significativamente alto, após sua consolidação não há necessidade de investimentos expressivos para sua manutenção.
Uma análise importante pode ser feita, enquanto o percentual de investimentos em Marketing aumenta 19% em 2013, comparando com 2012, o consumo aumentou apenas 9%, permite-se assim, concluir que, há uma relação muito forte no investimento destinado a mídia e o consumo, no entanto, um não justifica totalmente o outro.
Gráfico 6 – Investimentos em Marketing[footnoteRef:11] [11: Instituo IBOPE Mídia] 
Exceto revista e Outdoor, todas as outras mídias utilizadas pelo Marketing aumentaram, mesmo que em alguns casos este aumento não seja tão significativo quanto na TV aberta, que sozinha representa em média 54% do investimento total em mídia, no período analisado. Nota-se também, um aumento tímido dos investimentos em publicações para internet, que é de conhecimento comum, vem aumentando significativamente nos últimos anos. 
Os investimentos em TV merchandising só começaram a ser tratado separado pelo instituto IBOPE Mídia somente a partir de 2013, nos anos anteriores somava-se aos investimentos em TV aberta e TV por assinatura.
Figura 5 – Crédito para consumo de pessoa física[footnoteRef:12] [12: IBOPE Mídia (2012, 2013).] 
Figura 6 – Importância histórica dos fatores responsáveis pelo comportamento do indicador de demanda7
Os gráficos acima representam os fatores que determinam a demanda por crédito. A necessidade de reforço no capital de giro destaca-se seguida pela necessidade de investimentos em ativo fixo. Investimentos estes, anteriormente observado, destinado principalmente à melhoria de processos. Para as grandes empresas, identifica-se que do 4T2011 até o início de 2013, os investimentos em ativo fixo superaram a necessidade de capital de giro, fator este não acompanhado pelas MPMES.
Outro item que merece destaque é para diferença entre o fator importante na decisão por uma linha de crédito, enquanto para grandes empresas o fator decisivo é a concorrência entre os bancos, para as MPMEs o fator decisivo é a alteração nas taxas de juros, e ainda, no final de 2013, para estas, a taxa de juros ganhou importância em detrimento a necessidade de investimento em ativo fixo.
Figura 7 – Concessões e indicador de condições de crédito7
Figura 8 – Crédito para consumo de pessoa física7
O indicador das condições de credito variou no mesmo sentido da evolução das concessões, demonstrando assim uma relação significativa, para as Grandes empresas e MPMEs.
Já nos segmentos de pessoas físicas, está eficiência é menor, no entanto é possível identificar esta tendência nos períodos mais recentes. 
Estes indicadores, disponibilizados pelo BCB (Banco Central do Brasil) nas series históricas em seu site na internet por meio do Sistema Gerenciador de Séries Temporais (SGS), atualizadas a cada trimestre é fonte de informação macroeconômica relevante para a condução da politica monetária e para a análise de cenários por parte dos agentes econômicos. 
Figura 9 – Fatores de risco à estabilidade financeira do Sistema Financeiro Nacional em 20137
A tabela acima, disponibilizada pelo Banco Central, representa as principais ameaças a estabilidade financeira citada pelos respondentes. Destaca-se como fator de risco, em 2013, o cenário externo. A maior preocupação está ligada diretamente a recuperação do crescimento econômico de importantes economias, tais como Estados Unidos, União Europeia, Japão e China, devido ao volume de comercio e ao fluxo de capitais envolvendo o Brasil.
São fatores que impactam diretamente nas decisões tomadas pelos investidores brasileiros, por fim, os cinco riscos que os respondentes consideram mais difíceis de gerenciar são: i) risco de liquidez; ii) crise de confiança causada pela falência de uma instituição financeira importante; iii) aumento do nível da inflação; iv) risco soberano; e v) mudanças regulatórias no SFN.
Figura 10 – Qualidade de clientes por faixa de depósitos de poupança7
Figura 11 – Montantes aplicados por faixa de valor de depósitos de poupança7
É importante analisarmos as tabelas acima conjuntas, nelas é possível constatar as variações ocorridas entre dezembro de 2006 e dezembro de 2010, seja de número de clientes, seja de montantes. Claramente, ocorreram maiores variações nas faixas de maior valor, notadamente, naquelas acima de R$15.000,00. Destacam-se ainda os montantes da faixa de depósitos acima de R$1 milhão. Enquanto o montante dos depósitos das faixas até R$5 mil permaneceram bastante estáveisno período à faixa acima de R$1 milhão em apenas dois anos, 2006 a 2008, mais que dobrou de valor e, em quatro anos, de dezembro de 2006 a dezembro de 2010, quase triplicou. 
1. 
2. 
3. 
4. 
4.1. Resumo dos Resultados e Análise do Problema
Com base nas diversas análises abordadas neste capitulo foi possível identificar as relações entre as variáveis acerca desta pesquisa, identificou-se uma relação significante entre estes determinantes, concluindo assim, a partir da análise das figuras e gráficos que estas variáveis estão diretamente relacionadas.
Nos dados longitudinais levantados, considera-se que o investimento em mídia justifica o aumento do consumo, no período analisado, porém, estes, também são afetados por fatores genéricos como: disponibilidade de renda e inflação, por exemplo, além de outros fatores sociais, não abordados.
Tratando-se dos investimentos industriais, mesmo em períodos com pouco investimento, há uma elevação na demanda esperada pelos próprios investidores, pois estes objetivaram investir em melhoria e aumento da capacidade, subtende-se assim que há um acréscimo nas expectativas de demandas, confirmadas nos gráficos de consumo acima.
Ainda é possível identificar que a uma diferença significativa nos depósitos em poupança de pessoas jurídicas em detrimento as pessoas físicas, provavelmente ligadas à disponibilidade de capital que uma possui sobre a outra. Por outro lado, a disponibilidade de crédito não está diretamente ligada ao saldo em poupança, pois no período de 2012 para 2013, apesar do aumento do saldo de poupança a liberação de credito não acompanhou na mesma proporção, pelo contrário, há retração neste percentual de aumento. Ainda sobre os créditos, nota-se que a disponibilidade não está diretamente ligada a sua concessão.
Pode-se observar, então, que existe congruência entre os pressupostos fundamentais de Marketing e Finanças supramencionados, o aumento no consumo está diretamente ligado aos investimentos em Marketing, mesmo que não totalmente, pois enquanto os investimentos em Marketing aumentam 19% em 2013, comparando com 2012, o consumo aumentou apenas 9%, consequentemente aumentando a receita das empresas, que terão mais capital disponível e solicitaram menos créditos a instituições financeiras. Identifica-se como dicotomia, a existência de outros fatores, não considerados na pesquisa que possivelmente justificaria melhor está relação, um desses pressupostos é citado por Kotler (2000), explica que uma vez que se atende à demanda de um produto os gastos futuros com investimentos em Marketing serão menores.
A relação proposta foi identificada no gráfico 4 possibilitando demonstrando que há relação lógica entre os pressupostos supramencionados, está é direta e crescimento, considerando que quando os investimentos aumentam, o nível de crédito aumenta e a poupança aumenta demonstrando uma significativa congruência. Dessa forma, pode-se afirmar que o comportamento é crescente.
Com isso, a hipótese formulada neste estudo, foi confirmada, nas asserções supramencionadas, demonstrando que há relações de incongruências entre esses pressupostos fundamentais.
Outros dados foram intencionalmente alocados, com o objetivo de elucidar melhor os informações abordadas, proporcionando maior explanação das informações obtidas à partir das análises no período escolhido para a pesquisa, 2011 à 2013. Permitindo uma visão sistêmica de fatores que impactam diretamente na alteração das diversas variáveis abordadas no período acima citado.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando que a literatura de Marketing e Finanças propõem dicotomias e congruências, posicionando vagamente a cerca de suas relações. A partir da análise do referencial teórico disponível e dos dados de consumo, Marketing, crédito e poupança, este estudo analisou as dicotomias e congruências entre essas fundamentações teóricas, com objetivo de contribuir para o entendimento das analogias supramencionadas. A partir desta base de dados, foi permitido em consonância com o objetivo principal desta pesquisa, analisar quais as dicotomias e/ou congruências nos pressupostos conceituais fundamentais de Marketing e finanças, quando colocadas em evidência às variáveis poupança e consumo, como integrantes do universo macroeconômico e com os objetivos específicos levantar dados relacionados ao consumo longitudinal para o Brasil, no período de 2011 a 2013; levantar dados longitudinais relacionados à poupança para o Brasil, no mesmo período; analisar as inter-relações existentes entre as variáveis supra; avaliar a interconexão dicotômica ou em congruência das relações acima mencionadas, ainda foi possível responder a hipótese que não existem incongruências nos pressupostos teóricos de Marketing e Finanças.
Considerando, os dados apresentados nos capítulo anterior, há evidências para inferir que há dicotomias e congruências entre os pressupostos conceituais fundamentais de Marketing e finanças.
Logo, pesquisadores e profissionais de mercado interessados em compreenderem melhor estas relações, não podem tratar de maneira igual às fundamentações teóricas abordadas nesta pesquisa, porém é possível torna-las harmônicas e consonantes.
Sobretudo, é importante colocar que este estudo propõe um entendimento inicial das dicotomias e congruências, com o objetivo de estimular outras pesquisas no tema como resultados e discussões que aqui foram colocados, ou seja, os resultados e sua proposta iniciam diversos estudos futuros para avançar mais no entendimento das relações entre essas duas fundamentações teóricas.
Com tudo, foram identificadas algumas limitações relacionadas a este estudo, pois nele são analisadas as variáveis poupança e consumo, no período de 2011 a 2013, havendo outras variáveis e períodos que poderiam ser investigados em estudos futuros. Ainda, devido os dados dispostos acima, não serem suficientes para validações estatísticas deixando espaço para estudos estatísticos preliminares a este estudo. Assim uma agenda de estudos futuros poderiam investigar dados longitudinais em outros períodos, confrontando-os com fundamentações estatistas; abordar outras variáveis que complemente este estudo, possibilitando a utilização destes resultados para prever movimentações do mercado, além de identificar o que seria necessário para desenvolver modelos preditivos para analisar os mercados. Espera-se, portanto, que mais pesquisas sobre o tema sejam desenvolvidas, também motivadas pelas consistentes evidencias congruências das fundamentações teóricas de finanças e Marketing, está harmonia permite um melhor entendimento do mercado como apontados por este estudo.
No Brasil, nota-se um avanço neste entendimento e da importância de analisar estas fundamentações teóricas como forma de corroborar com estes estudos demonstrando uma importante relação entre essas fundamentações significantes em âmbito econômico e social. Apesar da importância deste estudo, deve-se considerar que, nesse contexto, há um conjunto de variáveis que também tem influências sobre o fenômeno; por exemplo, o papel da força de vendas e da capacidade das empresas de gerarem demanda; das decisões de investimentos tomadas pelos empresários; da situação econômica do país em períodos de crise; do poder de compra do consumidor. Dessa forma, este estudo não pode ser considerado conclusivo, por existirem outras variáveis, as quais ao mesmo tempo podem ser objetos de estudo futuros sobre o tema.
6 REFERÊNCIAS
ALVAREZ, Francisco Javier Sebastian Mendizabal. O modelo de gerência de contas especiais: um estudo exploratório em instituições financeiras no brasil. Universidade de São Paulo: São Paulo, 2004.
ANDRADE, M.M. Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação: noções práticas. São Paulo: Atlas, 1997.
CADDAH NETO, Elias Dib. Contribuição a formulação de um modelo de apuração de resultados da atividade de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos na indústria têxtil – uma abordagem da gestão econômica. Universidade de São Paulo: São Paulo, 2002.
CASTRO, C.M.

Outros materiais