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DIREITO DE FAMÍLIA

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DIREITO DE FAMÍLIA – CLÓVIS
05/02 Conteúdo:
· Introdução.
· Entidades familiares.
· Parentesco.
· Direito assistencial.
Bibliografia:
· Pablo Gagliano.
· Flavio Tartuce.
· Maria Berenice Dias.
· Rolf Madaleno.
07/02 PARTE I
 INTRODUÇÃO
A) OBJETO DE ESTUDO
· Princípios -> características.
· Entidades familiares: formas de constituir família.
Expressamente previstas no art. 226 CF: casamento, união estável e família monoparental.
Não prevista em lei: união homoafetiva (STF) e união pluriafetiva (aguardando decisão STF).
· Parentesco:
Consanguíneo:
 - Em linha reta: ascendentes e descendentes.
 - Em linha colateral: irmãos, tios e sobrinhos, primos.
Por afinidade: prevalece enquanto existir a entidade familiar, ex. sogra e cunhado.
 Obs. o casamento entre genro e ex-sogra é nulo.
Civil: adoção e afetividade.
· Direito assistencial ou direito protetivo.
Institutos: poder familiar, guarda, alimentos, tutela e curatela.
B) PRINCÍPIOS
1. PRINCIPIO DA IGUALDADE
· Entre os filhos
- Vedado qualquer tipo de discriminação.
- Não existem categorias ou classes de filhos: todos são filhos independentemente da procedência.
12/02
· Entre homem e mulher - art. 5º c/c art. 226, CF.
- Após a CF/88 não existe mais a figura do chefe da família, onde as decisões do casal são tomadas de forma cooperada.
· Entre entidades familiares.
Previstas expressamente:
- Casamento.
- União estável - não exige prazo, art. 1723/1727 do CC.
- Família monoparental.
Não previstas expressamente:
- União homo afetiva (STF).
- União pluriafetiva: três ou mais pessoas.
14/02
2. PRINCÍPIO DA AFETIVIDADE 
STF: segundo de maior relevância.
Concepção da família com fundamento no afeto e carinho. Exemplos:
- União Homo afetiva.
- Adoção Homo afetiva.
- Paternidade Socioafetiva: pai biológico x pai afetivo.
O STJ entende que se a adoção brasileira foi praticada por generosidade, a relação de afetividade sobrepõe a questão biológica. No entanto, se o pai biológico não registrou o filho em razão de a informação lhe ser ocultada e, a partir do conhecimento buscar estabelecer vínculo com a criança, há a possibilidade de a criança ter dois pais, o biológico e o afetivo.
- União Pluriafetiva (CNJ).
19/02
3. PRINCÍPIO DO LIVRE PLANEJAMENTO FAMILIAR, art. 227, CF
A constituição da família é livre decisão do casal.
Ausência de políticas públicas.
Consagração de desigualdades sociais.
Todo casal tem o livre planejamento familiar, mas, o Estado deve garantir o mínimo de educação para os cidadãos, para que essa liberdade não gere grandes problemas sociais.
4. PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO INTEGRAL À CRIANÇA, AO ADOLESCENTE E AO IDOSO
Educação, saúde, lazer.
 Criança: 0 – 12 anos.
 Adolescente: 12 – 18 anos.
 Idoso: 60 anos ou mais – é dever dos filhos amparar os pais na velhice.
5. PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DA FAMÍLIA 							 21/02
Junção de todos os princípios.
Respeito à dignidade da pessoa humana – fundamento do Estado brasileiro.
Qual o princípio do direito de família é mais relevante? 
R: Princípio da função social da família. Porém, no aspecto pratico, igualdade e afetividade.
PARTE II
ENTIDADES FAMILIARES
CASAMENTO
A) CONCEITO
· Requisitos essenciais:
I. É um acordo de vontades.
II. Celebrado por autoridade competente: juiz de paz.
 Excepcionalmente: autoridade religiosa – casamento religioso com efeito civil.
III. Pessoas de sexo diferentes.
IV. Visando constituir família.
 
B) NATUREZA JURÍDICA
· Divergências doutrinárias:
1º tese: negócio jurídico - é um contrato, um acordo entre as partes.
2º tese: instituição - pois, o casamento possui regras próprias, características e princípios que o difere. 
 Ex. guarda de filhos, alimentos.
3º tese: mista - negócio jurídico + instituição. 
C) ESPÉCIES DE CASAMENTO
· Casamento civil
Processo de habilitação: atos que antecedem o casamento.
 expede certificado de habilitação no prazo de 90 dias.
Celebração do casamento: “sim”.
· Casamento religioso com efeito civil
Autoridade religiosa.
Registro em 90 dias – prazo decadencial.
O efeito do registro é declaratório e retroage à data da celebração do casamento “ex tunc”.
Levar ao registro não é um procedimento personalíssimo, logo, pode ser realizado por um terceiro.
· Casamento inexistente
- Quando ocorre o descumprimento de um dos requisitos essenciais:
 I. Acordo de vontades: vontade livre e consciente.
 Coação física ou “vis absoluta”: elimina o elemento vontade, logo, o casamento é inexistente.
 Ex. pressão psicológica.
 Coação moral ou “vis compulsiva”: existe uma vontade, porém, viciada - o casamento é anulável.
II. Celebrado por autoridade competente: juiz de paz ou autoridade religiosa.
Autoridade relativamente incompetente: em razão do território, ou seja, fora da área de competência do juiz de paz/autoridade religiosa – casamento anulável, suscetível à prescrição e decadência.
Autoridade absolutamente incompetente: em razão da matéria, ou seja, por alguém que não é autoridade para celebrar o casamento – casamento inexistente.
III. União de pessoas de sexo diferentes.
· Casamento nulo
- Não admite convalidação.
- Ação declaratória de nulidade de casamento.
- Não está sujeito a prescrição e decadência.
- Descumprimento dos impedimentos matrimoniais, art. 1.521. CC
 Caput: não podem se casar:
I. Parentesco consanguíneo: aquele que decorre do sangue.
 Linha reta: ascendentes e descendentes, ex. pais, avós, bisavós, filhos, netos, bisnetos.
 Linha colateral até o terceiro grau: irmãos (2º grau), tios e sobrinhos (3º grau).
Dec. Lei 3.200/41: é possível desde que tenha autorização judicial (suprimento judicial) e dois laudos médicos.
Código civil: não podem se casar.
- Entendimentos doutrinários:
 Lei posterior revoga a anterior naquilo que for contrário.
 É possível, desde que busque a finalidade da norma – TJSP (prevalece).
II. Parentesco por afinidade: aquele que surge em virtude do casamento, da constituição de família.
 Linha reta: ascendentes e descendentes do cônjuge, ex. sogro(a).
 Linha colateral até o segundo grau: cunhado (a).
III. Parentesco civil: aquele que decorrei da lei – adoção, é a ruptura do vínculo jurídico biológico.
É vedado o casamento entre:
- Adotante e adotado (pais e filhos).
- Adotado e filho do adotante (irmãos).
- Adotado com cônjuge do adotante (adotado casando com a esposa do pai).
- Adotante com cônjuge do adotado (pai casando com a esposa do adotado).
IV. Pessoas já casadas: no Brasil vigora o sistema da monogamia.
V. Autor ou partícipe de crime de homicídio: consumado ou tentado.
- O cônjuge não pode casar com quem foi condenado (trânsito em julgado) pelo crime de homicídio doloso em face do seu consorte.
Ex. estou casada, vem um rapaz e mata o meu marido, logo, nosso ordenamento jurídico declara que, o casamento entre eu e a pessoa que matou o meu marido é nulo. 
Ex. caso com o rapaz que matou o meu marido antes dele ser condenado – a nulidade é absoluta e retroage a data da celebração, “ex tunc”.
· Casamento anulável										07/03
- Está sujeito a prescrição e decadência.
Hipóteses:
I. As pessoas que não completaram a idade núbil, ou seja, 16 anos.
A menor de 16 anos pode se casar, desde que comprove a gravidez, com autorização judicial e seguindo a regra do regime da separação obrigatória de bens.
II. Casamento com ausência da autorização dos pais (16 e menor de 18 anos).
 No caso da negativa dos pais, é necessário pleitear autorização judicial.
III. Casamento celebrando por autoridade incompetente.
- Competência territorial: competência em razão do lugar, logo, é relativa.
Ex. juiz de paz autorizado para realizar casamentos em Mirassol, realiza um em Barretos – anulável.
- Competência material: competência em razão da pessoa, logo, é absoluta.
Ex. a pessoa não é autoridade competente para realizar o casamento – nulo.
IV. Casamento por procuração: escritura pública, com poderes específicos.
O casamento é anulável nos casos em que a procuração foi revogada e mesmo assim, oex-procurador a utiliza. 
V. Vícios de consentimento:
Coação Coação física “vis absoluta”: elimina o elemento vontade - casamento nulo (inexistente).
Coação moral “vis compulsiva”: casamento anulável.
Erro.
	Vícios de consentimento
	Vícios Sociais
	Lesão: lucro exagerado + imaturidade, inexperiência ou necessidade.
	Fraude contra credores.
	Erro.
	Simulação: aparência de um negócio jurídico.
Único vício que gera a nulidade (ato nulo).
	Coação.
	
	Dolo.
	
	Estado de perigo.
	
Obs. Lesão e estado de perigo: por não terem relação com o casamento, não são hipóteses de nulidade. O dolo, por ser uma premeditação de induzimento ao erro, caso fosse causa de nulidade, a maioria dos casamentos seriam anulados.
Lembrete: A SIMULAÇÃO é o único vício que tem como consequência a nulidade – não tem prazo para ação declaratória de nulidade.
VI. Erro essencial quanto à pessoa 									 12/03
 Pressupostos:
· Desconhecimento de;
· Causa (hipóteses abaixo) anterior ao casamento;
· Que tornou insuportável a vida em comum.
Hipóteses – art. 1557, CC:
a) Identidade, honra e boa fama.
b) Crime anterior com trânsito em julgado. 
 Execução provisória da pena em 2ª instância - discussão STF.
c) Defeito físico irremediável (impotência).
- Fertilidade não é causa de anulação, pois ter filhos não é requisito para contrair matrimônio.
	Qual a diferença entre a impotência generandi a e impotência coeundi?
À p. 131, de seu livro Direito Civil - Famílias, assim define Paulo Lôbo a diferença:
Impotentia coeundi, ou seja, que impede a relação sexual, tanto no homem quanto na mulher, diferentemente da impotência generandi, que impede a gravidez.
A importância legal dessa diferença constitui na possibilidade de anulação do casamento por vício de vontade (1550, III, CC), sendo considerado vício de consentimento o erro essencial quanto à pessoa do cônjuge (1556, CC) em razão de defeito físico irremediável (1557, III, CC):
Art. 1.550. É anulável o casamento:
III - por vício da vontade, nos termos dos artigos 1.556 a 1.558; 
Art. 1.556. O casamento pode ser anulado por vício da vontade, se houve por parte de um dos nubentes, ao consentir, erro essencial quanto à pessoa do outro. 
Art. 1.557. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge.
III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável, [...]
Apenas a impotência coeundi constituiria defeito físico irremediável, não a generandi, pois, segundo o autor acima citado, à mesma página de seu citado livro:
"A esterilidade masculina ou feminina não preenche o tipo, pois o princípio da afetividade não depende do fim procracional."
VII. Moléstia grave transmissível: risco à saúde.
	Obs. Todos os vícios do negócio jurídico têm prazo decadencial de 04 anos para entrar com ação. No entanto, o ERRO (essencial quanto à pessoa), ou seja, nessa hipótese específica relacionada ao casamento, o prazo é de 03 anos.
	Casamento nulo - art. 1521
	Casamento anulável - art. 1550
	Não decadência e não prescrição: não admite convalidação.
	Decadência e prescrição: admite convalidação – prazos de 06 meses a 03 anos.
	Ação Declaratória
	Ação Constitutiva
	“ex tunc”
	“ex nunc”
	Ofensa à ordem pública
	Ofensa à ordem privada
	Legitimidade:
· Qualquer cidadão.
· MP.
· Juiz, de ofício.
	Legitimidade:
· Interessados.
· Casamento putativo 										 14/03
Casamento imaginário para um dos cônjuges.
É o casamento nulo ou anulável que gera efeitos para o cônjuge de boa-fé (não tinha ciência do vício).
É a única exceção no Código Civil onde um ato nulo gera efeitos, desde que comprovada a boa-fé.
	Pesquisa – CAIRÁ NA PROVA:
1. Casamento consular.
2. Casamento nuncupativo (“in extremis”).
UNIÃO ESTÁVEL
A) Evolução Histórica
 - Antes da CF/88:
· Anteriormente era conhecida por concubinato:
· Puro: união fática de pessoas desimpedidas de contrair casamento.
· Impuro: pelo menos um dos dois era impedido – relacionamento extraconjugal.
Diante dos avanços sociais, o termo concubinato passou a ser pejorativo, quando os Tribunais passaram a analisar os casos concretos com mais cautela, dando início à uma jurisprudência sinalizando o Legislativo a regulamentar o caso.
- Após a CF/88: 
Foi reconhecida a união estável como entidade familiar no art. 226, §3º, CF/88 – “É reconhecida a união estável nos termos da lei.” – Norma de eficácia limitada – depende de Lei Complementar – Lei 8.971/94 regulamentou o concubinato PURO; após 2 anos, surgiu a Lei 9.278/96, complementando a lei anterior; com a vigência do Código Civil de 2002, a união estável passou a ser regulada pelos artigos 1723 à 1727. 
Em razão do projeto Miguel Reali ser anterior à lei de 1994, foi considerado um retrocesso a regulamentação trazida pelo CC de 2002, devendo inclusive ser reanalisado antes da sua publicação, em razão da CF/88 já dizer que a União Estável é considerada entidade familiar.
B) Requisitos – Art. 1723, CC
· União fática: informal, não exige prazo.
· União contínua e duradoura.
· Convivência pública: comportamento de marido e mulher.
· Entre pessoas de sexo oposto.
· Pessoas desimpedidas de contrair casamento.
· Com intenção de constituir família.
21/03
C) Aspectos Probatórios: qualquer meio de prova admitido em direito, logo, não é obrigatório a coabitação. 
Ex. facebook, whatsapp, plano de saúde, conta conjunta, sócios, testemunhas.
 Contrato de união estável: pode ser por meio de instrumento particular ou escritura pública.
D) Ação de reconhecimento de união estável: ação declaratória, geralmente, cumulada com o pedido de dissolução de união estável, no qual serão discutidos assuntos sobre guarda, alimentos, visita, nome e partilha de bens (não existindo contrato escrito, presume-se que a união estável segue o regime da comunhão parcial de bens).
FAMILIA MONOPARENTAL
Família concebida com apenas um dos genitores e os descendentes.
Exemplos: viúva, divorciada, adoção unilateral, formas artificiais de concepção de vida.
NP2 11/04
UNIÃO HOMOAFETIVA
STF: maio de 2011.
Princípios Constitucionais
· Dignidade da pessoa humana.
· Liberdade.
· Igualdade.
Requisitos: os mesmo da união estável, salvo, “entre pessoas do mesmo sexo”
· União fática: informal, não exige prazo.
· União contínua e duradoura.
· Convivência pública: comportamento de marido e mulher.
· Entre pessoas do mesmo sexo.
· Pessoas desimpedidas de contrair casamento.
· Com intenção de constituir família.
Obs. Ausência de regulamentação legislativa – Projeto Marta Suplicy.
UNIÃO PLURIAFETIVA/POLIAFETIVA
União de 03 ou mais pessoas com a intenção de constituir família.
CNJ novembro/2018: proíbem os cartórios de lavrarem escritura pública reconhecendo a união pluriafetiva.
Requisitos: os mesmo da união estável, salvo, “independentemente da opção sexual”
· União fática: informal, não exige prazo.
· União contínua e duradoura.
· Convivência pública: comportamento de marido e mulher.
· Independentemente da opção sexual.
· Pessoas desimpedidas de contrair casamento.
· Com intenção de constituir família.
INSTITUTOS AFINS											 16/04
I. EFEITOS PESSOAIS
 Direitos e deveres.
a) Lealdade e respeito. 
b) Mútua assistência: companheirismo, cooperação.
c) Poder familiar: guarda, educação e sustento dos filhos menores - não existe hierarquia, bem como também não existe mais a figura do chefe de família.
O sustento dos filhos cessa aos 18 anos.
STJ: estende-se até os 24 anos, se os filhos estiverem cursando ensino superior.
d) Fidelidade recíproca: no casamento, união estável, união homo afetiva e na união pluriafetiva.
II. EFEITOS PATRIMONIAIS
REGIME DE BENS 
Conjunto de regras sobre a partilha de bens.
Princípios:
· Regime legal: não existindo escolha das partes, presume-se que eles escolheram o regime da comunhão parcial de bens - mesma coisa para a união estável.
· Liberdade mitigada
- De escolha: com relação ao regime de bens.
- Salvo, artigo 1.641 CC.
I. Maiores de 70 anos.
 STF: diz que essa norma é plenamente constitucional.
II. Pessoas que dependem de suprimentojudicial para se casar. 				 23/04
· Pessoas entre 16 e 18 anos, sem consentimentos dos pais.
· Colaterais de 3º grau (tios e sobrinhos).
Autorização judicial + 02 laudos médicos atestando que não existe incompatibilidade genética.
III. Descumprimento das causas suspensivas do casamento – art. 1.523 do CC
· Viúvo(a) que se casa novamente antes de realizar a partilha de bens do 1º relacionamento.
· Divorciado(a) que se casa novamente antes de realizar a partilha de bens do 1º relacionamento.
· A mulher que se casa dentro de 10 meses após a dissolução do casamento.
· Ausência de homologação de prestação de contas do tutor ou curador.
Ex. tutor ou parente próximo deste casa-se com o tutelado.
Ex. curador ou parente próximo deste casa-se com o curatelado.
Regime de bens típicos:
· Comunhão parcial de bens: regra - no silêncio das partes.
· Comunhão universal de bens.
· Separação convencional de bens.
· Separação legal ou obrigatória de bens: as partes não podem escolher, pois, este regime é imposto pelo legislador.
· Participação final nos aquestos: é uma junção da comunhão parcial de bens com a separação de bens.
É possível criar um novo regime de bens por meio de pacto antenupcial, porém, este novo regime não pode criar clausula ofensiva ao nosso ordenamento jurídico.
· Mutabilidade motivada: mudança do regime de bens na constância da entidade familiar.
Requisitos: cumulativos.
1º Acordo de vontades.
2º Autorização judicial: processo com intervenção do MP.
3º Não pode causar prejuízos à terceiros (credores).	
É possível alterar o regime de bens nos casos do artigo 1.641 do CC (separação obrigatória)?
Divergência doutrinária:	
1º Ordem Pública: norma de ordem pública, logo, não pode alterar.
2º Cessação da causa: entendimento aceito pelo STJ.
É possível a mudança do regime de bens se cessar a causa que gerou a imposição do legislador.
Ex. entre 16 e 18 anos, sem consentimento dos pais - após a maioridade, o casal pode pleitear uma ação para alterar o regime de bens.
REGIMES TÍPICOS										 25/04
I COMUNHÃO PARCIAL DE BENS
Regra: comunicabilidade dos bens adquiridos na constância da entidade familiar.
Espécies de bens:
· Bens particulares, individuais ou incomunicáveis: 
· Adquiridos anteriormente à entidade familiar.
· Bens incomunicáveis de acordo com a lei.
· Bens do casal:
· Bens comunicáveis.
São bens incomunicáveis, art. 1659, CC
· Bens anteriores.
Ex. João compra um imóvel e lavra a escritura pública em 2011. Em 2013, ele se casa com Maria e, em 2015, registra a escritura lavrada anteriormente. Por fim, o casal se divorcia em 2017.
Diante do caso exposto, Maria terá direito à meação, pois, o registro ocorreu durante a entidade familiar.
· Doação.
As benfeitorias e melhoramentos feitos no imóvel, na constância da entidade familiar, serão partilhados entre o casal, no caso de um eventual divórcio.
Ex. João, casado com Maria, recebeu por doação uma casa no valor de R$ 200.000,00. Posteriormente, fez uma reforma neste imóvel que teve o custo de R$ 100.000,00. Em um eventual divórcio, os R$ 100.000,00 referente a benfeitorias e melhoramentos feitos no imóvel, será partilhado com Maria.
· Herança.
· Sub Rogação.
Sub rogação pessoal (direito das obrigações): pagamento indireto, ou seja, a substituição de uma pessoa por outra no vínculo jurídico obrigacional, ex. fiador e avalista.
Sub rogação real (direito de família): substituição de um objeto por outro.
Ex. João possui uma casa no valor de R$ 100.000,00, que foi adquirida anteriormente à entidade familiar. Na constância do casamento, ele vende está casa e compra uma outra no valor de R$ 400.000,00. No caso de um eventual divórcio, como este imóvel será partilhado?
João terá direito à R$ 250.000,00 e Maria R$ 150.000,00.
Como provar? Qualquer meio de prova admitido em lei, logo, o ônus da prova é de quem alega.
Obs. FGTS é partilhável se sacado e utilizado na constância do casamento.
Obs. correção monetária é incomunicável, comunica-se apenas os rendimentos civis (juros)
· Obrigações anteriores à união/entidade familiar.						30/04
Dívidas: segundo o STJ, se for em benefício do casal, essa regra não se aplica. 
Ex. João compra um micro-ondas, uma geladeira e uma TV antes de casar-se com Maria, logo, meses depois, eles se casam. Se João não conseguir pagar os eletrodomésticos a dívida poderá atingir o patrimônio de Maria, pois, a obrigação foi em benefício do casal.
Gogliano: as dívidas que cada cônjuge possuía antes da união, qualquer que seja a sua origem, não se comunicarão, salvo, se essas dívidas forem contraídas em benefício do casal.
Ex. João adquire uma dívida referente a festa de casamento com Maria.
· Obrigações decorrentes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal.
Porque as obrigações decorrentes de atos ilícitos são incomunicáveis? Pois, a pena/punição não pode passar da pessoa do devedor, a pessoa que praticou o ilícito é o infrator.
Obrigações decorrentes de atos ilícitos, não apenas criminais mas também civis, não se comunicam, ressalvadas as hipóteses de que a conduta antijurídica perpetrada haver resultado em benefício comum dos cônjuges.
· Bens de uso pessoal, livros e instrumentos da profissão.
Roupas, sapatos, anéis, relógios, celulares... No entendimento do STJ e do TJ/SP, são considerados bens incomunicáveis, porém, se extrapolar o valor significativo, serão divididos.
Ex¹. Um relógio de R$ 50.000,00 e um celular de R$ 10.000,00 – será analisado o poder aquisitivo do casal, nos valores acima, para um casal de classe média alta, os bens serão considerados incomunicáveis, mas, para um casal de classe média baixa, os bens serão comunicáveis.
Ex². João comprou um caminhão na constância da entidade familiar, anos depois, ele se divorciou de Maria e, na partilha dos bens, alegou que o caminhão é um instrumento de trabalho. Segundo entendimento do STJ, tendo em vista a vedação do enriquecimento ilícito, terá que dividir – essa discussão foi alterada no STJ, nas varas e tribunais anteriores foi mantida a decisão de que o caminhão é um instrumento de trabalho, logo, bem incomunicável.
· Proventos do trabalho.
Salário, subsídio e remuneração são bens incomunicáveis, porém, se eu transformar esse saldo em bens, será comunicável, ex. usei o meu salário para comprar uma moto, logo, ela será comunicável.
· Pensões, meio soldo, montepios e equiparados.
Meio soldo: pensões de militares. 
Montepios: pensão pós morte de ordem previdenciária. 
Questões:
1. Mega sena/loteria: é bem comunicável, o fundamento é fato eventual.
2. Verbas trabalhistas: se a reclamação trabalhista foi proposta antes da constância da entidade familiar, não comunica quando receber a indenização.
3. Previdência privada: os rendimentos do valor principal são comunicáveis, mas, e o valor depositado mensalmente? Existe divergência de entendimento de acordo com as turmas do STJ.
4. Administração: a administração do patrimônio comum compete a qualquer dos cônjuges, em cooperação.
5. Outorga uxória.
6. Dívidas particulares: salvo, se demonstrar que foram em benefício do casal.
Exemplos:
Ex¹. Tácio possui uma conta poupança com o valor de R$ 380.000,00, algum tempo depois, casa-se com Maria. Ambos viveram juntos durante muitos anos e divorciaram-se. Atualmente, o montante supramencionado, com a correção monetária é de R$ 760.000,00. Com relação ao divórcio, a correção monetária é bem incomunicável, logo, comunica-se apenas os juros, frutos, benfeitorias e os rendimentos. 
Ex². João casado com Maria recebe uma casa no valor de R$ 200.000,00 por escritura pública de doação. Depois de certo tempo, o casal se divorcia e, consequentemente, na partilha, Maria não receberá nada com relação ao imóvel doado, salvo, se este foi reformado, logo, neste caso, o valor da reforma pode ser partilhado (se provocado).
Ex.³ Sub-rogação real: substituição de um objeto por outro - João possui uma casa no valor de R$ 100.000,00. Anos depois casa-se com Maria, vende a respectiva casa e compra uma outra no valor de R$ 200.000,00. Contudo, em um eventualdivórcio, será partilhada apenas a diferença (R$ 100.000,00 2 = R$ 50.000,00).
Ex4. João fez o financiamento de uma casa e usou o seu FGTS para dar de entrada. Pagou 12 parcelas e casou-se com Maria. Após a união, construiu um muro e um outro cômodo. Estabeleça a partilha: 
O FGTS, se foi sacado na constância do casamento é bem comunicável, a incomunicabilidade recaíra sobre o valor das parcelas pagas e as benfeitorias.
II COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS								 02/05
Regra: comunicabilidade dos bens adquiridos antes e na constância da entidade familiar.
Espécies de bens:
· Bens particulares, individuais ou incomunicáveis, art. 1.668 CC 
· Bens do casal: meação (tudo).
São bens incomunicáveis, art. 1668, CC
· Doação e herança com cláusula de incomunicabilidade.
Deve conter clausula expressa na escritura pública de doação ou testamento.
No testamento, pode-se dispor de 50% do patrimônio (parte disponível).
Aplica-se também à estes casos a sub rogação (bens substituídos).
Ex. João vende a casa que herdou com cláusula de incomunicabilidade e compra outra. Logo, este novo imóvel também é considerado um bem incomunicável.
· Doações antenupciais com cláusula de incomunicabilidade.
Ex. João dá um carro de presente para Maria, sua namorada. Anos depois, eles se casam no regime da comunhão universal de bens. Logo, ele se torna meeiro daquele veículo, salvo, se existir cláusula expressa de incomunicabilidade.
· Obrigações anteriores à entidade familiar, salvo, se provar que a dívida foi contraída em benefício do casal: ex. preparativos do casamento.
· Fideicomisso
Aparece dentro do testamento, por meio de uma cláusula expressa.
É uma espécie de substituição testamentária.
Ocorre uma inversão, logo, o patrimônio é administrado por um terceiro, por um período determinado e, após esse lapso temporal, os herdeiros receberão suas respectivas partes hereditárias.
 				 Prazo máximo: até que este administrador venha à falecer.
O administrador Tem que prestar contas e distribuir os lucros.
 Pode ser, inclusive, um dos herdeiros.
STJ: não ofende nenhum preceito, nenhuma lei.
· Art. 1.654, V a VII CC
Proventos do trabalho.
Salário, subsídio e remuneração são bens incomunicáveis, porém, se eu transformar esse saldo em bens, será comunicável, ex. usei o meu salário para comprar uma moto, logo, ela será comunicável.
Bens de uso pessoal: exemplo joias.
Instrumentos do trabalho.
Livros, pensões, meio soldo, montepios e equiparados: benefícios previdenciários com caráter personalíssimo.
Meio soldo: pensões de militares. 
Montepios: pensão pós morte de ordem previdenciária. 
Administração dos bens: 
- É feita em cooperação, pois, praticamente tudo pertence ao casal.
- Outorga uxória: é obrigatória no regime da comunhão universal de bens, ex. hipoteca, aval, fiança, logo, em qualquer um destes atos é necessária a anuência do casal.
- Dívidas: Anteriores - bens incomunicáveis, salvo, proveito comum.
 Na constância - pertencem ao casal.
III SEPARAÇÃO DE BENS		 							 07/05
Convencional: pacto/contrato escrito ou mudança. 
Legal: obrigatória, art. 1.641 CC.
Separação Legal/Obrigatória
Partilha
Entendimentos
· Súmula nº 377 STF: são comunicáveis os aquestos, ou seja, os bens adquiridos na constância do casamento com esforço comum – princípio da vedação do enriquecimento ilícito.
· Incomunicabilidade: bens particulares.
 Entendimento majoritário.
O art. 259 do antigo Código Civil foi revogado. 
A súmula nº 377 STF interpreta o art. 259 do antigo Código Civil, porém, ainda não foi revogada.
Art. 1829, I, CC: ordem da sucessão hereditária.
O cônjuge/companheiro concorre com os descendentes, exceto, se casados no regime da separação obrigatória de bens, logo, neste caso, concorre apenas com os ascendentes.
Separação Convencional
· Súmula nº 377 STF: foi redigida para aplicação ao regime da separação obrigatória, porém, estendeu-se para a separação convencional também, tendo em vista o princípio da vedação do enriquecimento ilícito.
· Bens particulares: art. 1687 e 1688 do Código Civil 
 Entendimento majoritário.
· Comunicabilidade dos aquestos: salvo, exclusão expressa no pacto antenupcial. 
 Entendimento majoritário.
· Incomunicabilidade: exceto, comunicabilidade expressa no pacto antenupcial.
Administração dos bens
· Os bens são administrados de forma exclusiva, independente, autônoma. 
· Não é necessária a outorga uxória: autorização do outro cônjuge para praticar ato de alienação.
· Dívidas particulares, salvo, se demonstrar que foram em benefício do casal.

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