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P á g i n a | 1 Resulta da perda súbita de função do fígado sem doença hepática preexistente. Não pode ter doença hepática pré-existente → Não tem atresia de vias biliares, porque ela teria mais chances de ter insuficiência hepática, mas ela tem outras características, outros sinais e sintomas. Nesses casos, chamamos de insuficiência Hepática crônica agudizada. Sinônimos: Hepatite fulminante, insuficiência hepática, falência hepática fulminante e necrose hepática aguda. Aparecem 8 semanas a partir do início dos sintomas, sem evidencia de doença hepática pré- existente. Alterações neurológicas (encefalopatia). Coagulopatias (INR ≥ 1,5) fatores sintetizados no fígado Tempo curto – criança que começa com sintomas inespecíficos e começa a ficar ictérica, hipoativa, com alterações de coagulopatia. Mas pode início de sintomas mais arrastado. Infecções Metabólicas (galactosemia) Drogas (paracetamol, halotano) Imunológicoas (hepatite autoimune) Suspeita diagnostica depende da localização → No Brasil, causas infecciosas são bem prevalentes. Mas em países em que causas de saneamento já estão sanadas, pode-se pensar mais em metabólica e drogas. Depende da faixa etária também: em adolescentes é mais comum intoxicação por drogas, por exemplo. 50% dos casos o diagnóstico específico não pode ser estabelecido. Principais vírus em crianças Causada por reação exagerada e rápida que o sistema imunológico faz contra o vírus que causa reação no hepatócito. Hepatite A – mais frequente o Indicado vacina para hepatite A. o Tem evolução fulminante, não cronifica. o Quadro clínico geralmente muito leve ou subclínico na maioria dos casos. o Não é doença multissistêmica, é mais restrita ao fígado. o É o melhor prognóstico em relação as outras, maior chance de recuperação ou evolução melhor se transplante. Isabela Terra Raupp P á g i n a | 2 Epstein Barr- vírus da mononucleose. o Curso benigno ou evolui para pancreatite ou alterações leucocitárias. o Pode dar manifestações multissistêmicas. Outros vírus: herpes, citomegalovírus, adenovírus – quando investigamos a causa, devemos pedir triagem para vário vírus. o Mais comum em crianças menores ou pacientes imunocomprometidos – transmissão vertical. Intoxicação por acetaminofen/paracetamol: EUA – 10 a 20% IHF Inglaterra 50% de IHF Mais comum em países com questão de controle de saneamento, onde a hepatite A não é maior preocupação. São medicamentos com apresentação difundida do medicamento, com apresentações palatáveis. Na adolescência, existe a possibilidade de uso exagerado intencional (suicídio). *Muito utilizados em pediatria. Fazem muita IHA, porque tem gostos agradáveis para ser melhor de dar para as crianças, estimulando uso inadequado. Pensa mais na hora da anamnese, IH, se tem acesso, se tem em casa. Antimicrobianos (51%) e antiepiléticos (21%) podem fazer reações idiossincráticas em muitos casos, podendo ter curso autolimitado ou com potencial para hepatite aguda ou dano crônico. Por isso, devemos cuidar ao prescrever. o Pesar risco-beneficio Causas metabólicas: Doenças congênitas que a criança manifesta nos primeiros meses de vida. 1. Doença de Wilson – acúmulo de cobre 2. Galactosemia – detectada no teste do pezinho – fígado não metaboliza a glicose, resultando em metabolito tóxico faz lesão. Previsíveis • Paracetamol * • Sulfato ferroso * • AAS • cloro-hidrocarbono • Amanita phalloides • Fosfato amarelo • Solvente químico Idiossincráticas • Halotano • Isoniazida • Ácido volpróico • Metildopa • Tetraciclina • Hidantoína • anti-inflamatórios Independente da dose pode fazer IHA, podendo fazer encefalopatia, que não se espera, sem erro de uso, em dose habitual. P á g i n a | 3 3. Intolerância a frutose – lesão hepática quando inicia o alimento que tenham frutose. 4. Tirosinemia – detectada no teste do pezinho. 5. Hemocromatose neonatal – geralmente detectada nos primeiros dias de vida. 6. Defeitos de oxidação de ácidos graxos - Doenças genéticas com manifestação mais precoce 7. Síndrome de Reye – insuficiência Hepática + encefalopatia – pode ser desencadeada por uso de AAS (independente da dose) + vírus, por exemplo. o Por isso não se usa AAS quando tem dengue ou outras viroses. o Por isso o uso em crianças passou a ser mais restrito, porque crianças tem mais infecções virais. Uso de medicamentos/drogas→ pergunta aberta e após orientar medicamentos que são mais frequentes Tylenol, AAS... Contato com doenças infecciosas Vacina em dia Doenças prévias → até que ponto é hepatite aguda ou já tem doença de base e é agudização. Atraso neurológico → doenças metabólicas ou congênitas podem se apresentar com atraso neurológico e pode ser recorrência. Transfusão de sangue → CMV e outras hepatites. História Familiar →- Wilson, cirrose, doenças hepáticas Consanguinidade → doenças genéticas Perdas fetais anteriores → alteração genética ou metabólica que justifique. Doenças hereditárias Funções afetadas: fígado é órgão muito importante 1. Gliconeogênese → forma glicose que da energia. Galactosemia não forma glicose, formando substância toxica e falta glicose. 2. Depuração da bilirrubina → metabolito da hemácia, reciclagem de hemácias 3. Produção de lactato → função hepática alterada tem déficit 4. Síntese proteica → albumina, fatores de coagulação que dependem de proteínas de coagulação 5. Síntese de fatores de coagulação I,II,V,VII,IX, X 6. Detoxificação de metabólicos→ encefalopatia 7. Imunológica → formação do complemento e proteínas de fase aguda. 1. Hipoglicemia 2. Icterícia 3. Acidose metabólica – lactato detoxificado 4. Hipoalbuminemia – síntese proteica 5. Coagulopatia 6. Encefalopatia 7. Infecções bacterianas, fúngicas, síndrome da resposta sistêmica e falência múltipla de órgãos P á g i n a | 4 Coagulopatia Marca registrada TP, KTTP, plaqueta Pode se apresentar com petéquias, sangramento não habitual, epistaxe, sangramento gengival, machas roxas, sufusão sanguíneas. Fatores de coagulação são produzidos no fígado. Por isso eles vão estar reduzidos. Não corrigida com vitamina K, porque o problema não é a vitamina K, é a falta dos fatores de coagulação Plaquetopenia → causada pelo aumento de consumo pelo quadro inflamatório e supressão da medula óssea, o < 50.000 → sangramento gastrointestinal → sangue produz mais amônia e a amônia é detoxificada pelo fígado, mas se o fígado não funciona não tem detoxificação, fazenda maior risco de sangramento e de deposição de metabólitos no SNC. Sempre proteger TGI em Hepatite Infecção Menor formação de complemento e macrófagos. Cateter central, procedimentos invasivos, diminuir pressão intracraniana servem de porta de entrada para infecções secundárias. 80% infecção bacteriana – pode levar a morte. Insuficiência em outros órgãos Insuficiência Renal – sepse, hipotensão, síndrome hepatorrenal. Pior prognóstico. Ocorre mais nos casos de intoxicação por acetoaminofeno, por causar lesão direta. *Sangramento gastrointestinal, infecção e insuficiência renal tem que pensar no diagnóstico de IHA Insuficiência Cardíaca: vasodilatação periférica, sangramento, hipotensão. Menor estabilidade. Insuficiência Pulmonar – edema pulmonar por aumento da permeabilidade vascular. Cuidar com excesso de liquido e desidratação. Manter hidratação adequada, analisando volume de diurese, sinais de hiperidratação (edema palpebral), controle clinico. Encefalopatia Marca registrada do adulto, mas na criança não, é coagulopatia Sinais: variam muito, pode começar com distúrbio de comportamento, hipercinesia, agitação e em casos mais graves pode chegar em coma. P á g i n a | 5 Acontecepor acúmulo de substâncias neurotóxicas, como inibidores de neurotransmissores (gaba) e toxicidade da amônia. A amônia chega o fígado pela circulação enterro-hepática e os metabólitos que estão no intestino a partir da circulação, tem a capacidade de detoxificar. Se o fígado não funciona bem, há acúmulo. o A amônia é o produto do ciclo do nitrogênio. Cuidar com excesso de proteína IHA Critérios bioquímicos – enzimas hepáticas, glicemia, bilirrubinas, Não ter doença de base. Coagulopatia – INR> 1,5 ou INR>2 Coagulopatia não corrigível com vitamina K Critérios diagnósticos Critérios bioquímicos enzimas, glicemia, bilirrubinas Não tem doença de base Coagulopatia Não corrigível com vitamina K Coagulopatia INR> 1,5 Maneiras para reduzir o estresse inflamatório. R P á g i n a | 6 Se melhora dos exames com vitamina K quer dizer que ainda tem fatores dá coagulação. Coagulopatia é marca registrada. Sinais de encefalopatia → dependentes da idade da criança o Pode ter única manifestação como convulsão em criança menor ou em criança maior em alteração em atividade, deambulação ou coma. Febre → saber a causa tem relação com infecção. o Vírus o Evoluído e tem infecção secundaria o Tratar mais rapidamente Hipotensão → pulso/PA o Repercute em função renal e cardíaca. Taquicardia e palidez → hipovolemia ou sangramento ativo que pode não estar visível. o TGI ou cerebral. Hipertensão ou bradicardia → edema cerebral o Precisa de alivio do edema, como drenagem. Icterícia. o Avaliar esclera o Descrever minuciosamente é importante → colocar as mucosas, porque é o quadro evolutivo da criança depois. o É sinal de encaminhamento para centro terciário Fetor hepaticus → hálito odoroso o É mais frequente no adulto em casos mais crônicos. o Cheiro de maça podre pela acidez do lactato e da amônia. o Não se espera muito na criança Fígado reduzido de tamanho o Quadro inicial pode ter hepatomegalia, depois diminui o fígado. o Sinal ruim porque fígado não está em quadro inflamatório e sim de insuficiência. Esplenomegalia → comprometimento sistêmico ou doença metabólica de base. Sinais de coagulopatia → procurar, despir para avaliar todo o corpo, avaliar, mucosas. Evolução mais lenta Aranhas vasculares –→ comprometimento crônico e apresentou doença de base. Ascite→ doença crônica, como fibrose hepática que dificulta o retorno. Edema inferior → pode se manifestar pela hipoalbuminemia, mas se em associação com ascite e aranhas é quadro mais crônico agudizado. P á g i n a | 7 Exame neurológico: Aumento do tônus, Hiperreflexia, Tremores, Alterações do reflexo pupilar → mais lento. Exame oftalmológico: Anéis de Kayser-Fleishcer o Oftalmologista com lâmpada de fenda. o Doença metabólica – como Wilson. Ebrioxton posterior Acompanhar escala de coma de Glasgow – comprometimento neurológico, junto com alteração de PA, cardíaco •Hemograma •Plaquetas •TP/INR •KTTP •Fator V ou fator VII → prognóstico para transplante •Proteinas totais e albumina •Glicose Síntese Hepática P á g i n a | 8 1. Estabelecer o diagnóstico 2. Estabelecer o paciente independente de estabelecer diagnóstico 3. Tratar causas especificas. Prescrição: Manipulação cuidadosa do paciente → menos invasivo para não infectar, se encefalopatia e hiperestimulação aumenta possibilidade. Elevação da cabeceira → edema cerebral. Dieta → depende das condições cerebrais – menos proteínas porque se transforma em amônia no final da sua degradação e aumenta a possibilidade de encefalopatia. Glicose → monitorizar glicemia e usar quantidade maior de glicose, podendo usar 10 ou + sem aumentar o liquido, para não causar IC e edema de pulmão. Vitamina K → se tiver algum resquício de função, conseguimos preservar um pouco mais. Pode ser retirada se não tiver evolução boa. Transfusão de sangue e plasma → se sangramento ativo o Ranitidina ou omeprazol → para prevenir sangramento gastrointestinal. o Omeprazol indicado mesmo sem sangramento. •Bilirrubinas diretas → produto da destruição do hepatócito, já foi conjugada, mas não foi excretada do fígado. Indireta é mas por hemolise. •AST • ALT •Fosfatase alcalina (não é exclusiva do fígado, tem produto relacionado com o metabolismo ósseo, e pode estar auemntado porque a criança está crescendo e tem metabolismo ósseo) •Gama gt. Necrose Hepática •Anti- HVA IgG e IgM •HbSAG anti Hbc e anti Hbe(hepatite B) •Anti HCV •Sorologias para CMV, EBV, HSV, HIV •hemocultura •Cobre e ceruloplasmina (Wilson) •Dosagens toxicológicas (acetoaminofen, anticonvulsivantes) •Outros conforme suspeita Causais P á g i n a | 9 o Estresse gera possibilidade de gastropatia. Uso de diuréticos em casos especiais (ascite) → cuidar com controle de volemia. ATB se suspeita de infecção (após culturas, mas antes de ter resultado) → para prevenir infecção/se febre. Anfotericina ou aciclovir empiricamente conforme anamnese e exame físico → lactentes pequenos e crianças imunodeprimidas, suspeita de fungos ou vírus, pode pedir avaliação com infectologista. Lactulose → encefalopatia – laxante osmótico. Usado no acúmulo de amônia no intestino que pode levar a encefalopatia pode amenizar ou prevenir evolução para encefalopatia Evitar narcótico → por causa da encefalopatia, porque precisa acompanhar pelo Glasgow e também porque a criança não vai metabolizar bem o narcótico e vai acumular. Tratamento precoce do edema cerebral → manitol e hiperventilação se sinais de alteração no sensório, bradicardia, hipertensão. N-acetil cisteina vo ou ev → intoxicação por paracetamol, protetor do hepatócito, com efeito antioxidante, podendo ser usado nas insuficiências hepáticas por outras causas, diminui risco de mortalidade. Plasmaferese e corticoides → especifico para hepatite autoimune. Encaminhamento para centro de referência de transplante pediátrico: Bilirrubinas direta > 15 mg/dL TP > 16 a 18 seg. Sinais de encefalopatia Criterios do King’s college o TP, gasometria arterial (acidose metabólica), bilirrubinas, causas da IHA, idade: Pacientes com encefalopatia grau 3 ou 4 e umas das condições abaixo: a) Fator V < 30% e maiores de 30 anos de idade b) Fator < 205 m menores de 30 anos de idade. Redução de enzimas hepáticas – enzimas altas não preocupam tanto se não acompanhadas de encefalopatia e outros sinais. Redução é muito mal prognostico, porque não tem mais hepatócito. Encefalopatia – pior prognóstico Icterícia piorando Aumento da bilirrubina direta Aumento de TP Em pacientes em que o quadro não reverteu espontaneamente. 11 a 13% dos transplantes pediátricos são por hepatite fulminante, os outros são por doenças congênitas, doença infecciosa crônica ou doença hepática crônica, malformações, doenças metabólicas. Sinais de necrose maciça ↑TP ↑ Bilirrubina direta ↓ Enzimas hepáticas Um deles nos autoriza a indicar! P á g i n a | 10 Sobrevida em 1 ano é de 55 a 75% enquanto que na insuficiência hepática crônica é 90%. Transplante recém feito tem risco de infecção, principalmente associado com grau de insuficiência renal, é pior prognostico. Doador cadáver ou em vivo tem que ter familiar compatível, disponibilidade em hospital. Fígado inteiro é mais difícil de fazer porque o doador geralmente é adulto. Tem que retirar a parte que permite recanalização. Esse fígado pode ser doado para 2 pessoas, mas depende de centros especializados Transplante de doador vivo: pai, mãe ou imrão compative. Pesar risco x beneficio. O doador também passa por risco. Grau de comprometimento de insuficiência hepática da criança. Questão ética. Tempo hábil para avaliaçãodo doador. Tamanho do enxerto Opções terapêuticas em estudo: o Transplante de hepatócito o Transplante de células tronco, do cordão umbilical. Mortalidade sem transplantes: 70% Taxa de recuperação espontânea: 30% e considerar sequela renal, imunológica e cerebral. Sobrevida atual dos transplantados pode alcançar em 98%. Idade, causa da IHA, tempo de doença, coagulopatia, grau de encefalopatia, resultados de exames, modelos prognósticos específicos para pediatria. o Reconhecimento precoce (avaliar bem pele, acompanhar, avaliar outros diagnósticos). o coagulopatia pode ser único critério. o Diferenciar de doença hepática crônica subclínica (ascite, aranha vascular, alteraões de ganho de peso e estatura). o Manejo multidisciplinar (hepatologista, neurologista, nefrologista, equipe de enfermagem, equipe de nutrição, psicologia, equipe de ética). o Reavaliação de sinais clínicos e exames continuados (Glasgow, enzimas hepáticas, bilirrubinas, coagulação para ver se está regenerando ou indo para necrose maciça). o Pensar em transplante e encaminha precocemente. Melhor: Acetaminofen (tem antídoto); Hepatite A; Idade entre 10 a 40 anos. Pior: Outras drogas; Outras Hepatites (chance de cronificar); Idade < 10 ou > 40 anos. P á g i n a | 11
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