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ESTUDOS DIRIGIDOS PSICANÁLISE

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TEORIAS E SISTEMAS PSICOLÓGICOS II: PSICANÁLISE 
Professora: Fabíola de Lima Soares 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDOS DIRIGIDOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Camila da Rocha Bastos Leite. 
Mat. 201904051138 
 
 
Rio de Janeiro/RJ 
2020 
Texto O Id e o Ego 
1) No texto, Freud diz que “todo conhecimento está ligado à consciência e nas falhas da 
linguagem, é possível acessar os conteúdos inconscientes”. Discorra sobre essa afirmação. 
Sabendo-se que o inconsciente se constitui de conteúdos psíquicos que estão fora do campo da 
consciência, podemos afirmar que o indivíduo não possui livre acesso a esses conteúdos, uma vez 
que o conhecimento está diretamente ligado à consciência, ou seja, só se sabe aquilo à que tem acesso. 
Contudo, o inconsciente transparece por meio de “falhas da linguagem” tais como: lapsos, chistes, 
ato falho, repetições… E no decorrer de sessões de análise é possível detectar essas falhas da 
linguagem e então acessar o inconsciente, trazendo à tona os traumas vividos e que foram recalcados. 
 
2) Descreva e relacione as instâncias psíquicas (ID, EGO E SUPEREGO). 
ID - Busca o prazer e a satisfação imediata. Está relacionado a ação de impulsos, sendo considerado 
inato. Está localizado no inconsciente e, desconhecendo a “realidade”, age, portanto, a partir de 
estímulos primitivos, atribuindo-lhe a característica de “amoral”. 
EGO - É responsável por funções como percepção, memória, sentimentos e pensamentos. Sendo a 
parte consciente da mente, é regido pelo “princípio da realidade”, influindo na interação do sujeito e 
o mundo a sua volta. Atua como mediador entre o ID e o SUPEREGO. 
SUPEREGO – Atua de forma contrário ao ID, sendo considerado “hipermoral”, segue o “princípio 
do dever” e realiza uma espécie de julgamento das intenções do indivíduo, sempre agindo de acordo 
com valores morais e regras de conduta. É o componente moral e social da personalidade. 
 
3) O Ideal do Ego é um conceito fundamental na clínica psicanalítica. Por quê? 
Sendo estabelecido através do complexo de Édipo, o ideal do Ego trata-se da formação e fixação dos 
valores morais e culturais. Não sendo formado apenas pela identificação com os pais, mas também 
por identificações com as proibições parentais que impedem a realização dos desejos. 
Quanto mais forte tiver sido o complexo de Édipo mais severa será a influência do Ideal do Ego, 
enquanto consciência moral, sobre o EGO. Desta forma, um sujeito que teve o complexo de Édipo 
mal resolvido poderá apresentar conflitos e angústias causados por uma dominação do sentimento de 
culpa advindo da predominância do Ideal do Ego. 
 
4) Sobre o Complexo de Édipo, um dos principais conceitos da teoria psicanalítica, pode-se 
AFIRMAR: 
( ) É percebido o Complexo de Édipo apenas no gênero masculino. 
( ) O Complexo de Édipo envolve a relação mãe-filho, em nada influenciando as demais relações 
da criança. 
( x ) O Complexo de Édipo masculino vai ter seu término, concomitantemente com o término 
da angústia de castração no menino. 
( ) O Complexo de Édipo é um conceito trabalhado apenas na análise individual, não sendo 
possível focá-lo em grupos. 
5) Agora, justifique sua resposta. 
Quando o menino percebe que sua mãe não pode ser seu objeto de desejo, acontece a angústia de 
castração. Ele percebe o pai como superior, como a lei e que este possui o falo, causando-lhe o medo 
de ser castrado. Ao notar isto, o menino desiste de competir com o pai e passa a encará-lo como um 
modelo a ser seguido, colocando fim, ao mesmo tempo, ao complexo de Édipo (direcionado à figura 
da mãe) e à angústia de castração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Texto Cinco lições em psicanálise 
 
PRIMEIRA LIÇÃO 
Em primeiro plano, Freud coloca Dr. Breuer como o responsável pelo start da Psicanálise, quando 
este usava o tratamento em uma paciente histérica. 
Apresenta as emoções como uma reguladora tanto da doença como da cura. Estas emoções, quando 
reprimidas, tornavam-se patogênicas e em parte desviavam-se para sintomas físicos, sendo proposto 
o nome de “conversão histérica”. 
Pontos-chaves 
Histeria – Neurose complexa caracterizada pela instabilidade emocional. Os conflitos interiores 
manifestam-se em sintomas físicos. As duas principais formas de histerias teorizadas por Freud foram 
a histeria de angústia, cujo sintoma central é a fobia, e a histeria de conversão. 
Absence -(ausência) - confusão e alteração da personalidade. 
Trauma Psíquico – resíduos e efrações de experiências traumáticas. 
 
SEGUNDA LIÇÃO 
Dr. Breuer praticava a talking cure (cura pela fala) ao mesmo tempo em que, em Paris, Charcot ( com 
as doentes histéricas) iniciava as investigações de onde surgiria uma nova concepção de enfermidade. 
Freud toma a divisão da mente e a dissociação da personalidade como ponto central da sua teoria e 
também abandona a hipnose, optando pelo método Cartático estando os pacientes em estado normal. 
Ele compreende que para acessar emoções reprimidas é indispensável que se suprimam as resistências. 
Pontos-chaves 
Catártico – método catártico o procedimento terapêutico pelo qual um sujeito consegue eliminar seus 
afetos patogênicos e então revivendo os acontecimentos traumáticos a que eles estão ligados. 
Repressão - é uma operação psíquica que tende a suprimir conscientemente uma ideia ou um afeto 
cujo conteúdo é desagradável. 
Resistência – para designar o conjunto das reações de um analisando cujas manifestações, no contexto 
do tratamento, criam obstáculos ao desenrolar da análise. 
Sublimação – Freud conceituou o termo em 1905 para dar conta de um tipo particular de atividade 
humana ( criação literária, artística, intelectual) que não tem nenhuma relação aparente com a 
sexualidade, mas que extrai sua força da pulsão sexual, na medida em que esta se desloca para um 
alvo não sexual, investindo objetos socialmente valorizados. 
 
TERCEIRA LIÇÃO 
Estabelece que duas forças antagônicas atuam no doente: de um lado o esforço para trazer à 
consciência o que permanecia no inconsciente e de outro lado a resistência, impedindo que o conteúdo 
reprimido fosse liberado à consciência. 
Freud enxerga na interpretação dos sonhos o caminho para o conhecimento do inconsciente, 
considerando-a a base mais segura da psicanálise. Para ele não há necessidade de nenhuma hipnose 
mística. Diferente desde conceito, o sonho seria a realização de desejos trazidos pelo durante o dia. 
Apresentam-se de forma distorcida da sua forma original, tendo uma expressão verbal diversa da 
apresentada no sonho. Devendo diferenciar o conteúdo manifesto, o qual se recorda no dia seguinte, 
do conteúdo latente do sonho, o qual pertence ao inconsciente. 
Pela análise dos sonhos, descobriu-se o importantíssimo papel que os fatos e impressões da tenra 
infância exercem no desenvolvimento do homem, conservando todas as peculiaridades e aspirações, 
bem como o desenvolvimento das repressões, sublimações e formações reativas. 
O estudo das ideias livremente associadas pelos pacientes, seus sonhos, falhas e ações sintomáticas, 
considerando ainda outros fenômenos de decurso do tratamento psicanalítico, chega-se à conclusão 
de que a técnica é suficientemente capaz de realizar aquilo que propôs, conduzir à consciência o 
material psíquico patogênico, dando fim aos padecimentos ocasionados pela produção dos sintomas 
de substituição. 
Pontos-chaves: 
Catexia – é o processo pelo qual a energia libidinal disponível na psique é vinculada a ou investida 
na representação mental de uma pessoa, ideia ou coisa. A libido que foi catexizada perde sua 
mobilidade original e não pode mais mover-se em direção a novos objetos. Está enraizada em 
qualquer parte da psique que a atraiu e segurou. 
Associação livre - foi um método utilizado por Freud em substituição á hipnose, que consistia em 
deitar o paciente no divã e encoraja-lo a dizer o que viessea sua mente, sendo também este convidado 
a relatar seus sonhos. Freud analisava todo o material que aparecesse, e buscava entendê-los e 
encontrar os desejos, temores, conflitos, pensamentos e lembranças que pudessem se encontrar, que 
estivessem além do conhecimento consciente do paciente. 
Conteúdo manifesto e latente – o conteúdo manifesto é uma deformação do conteúdo latente, o que 
equivale a dizer que o conteúdo latente se dissimula por trás do conteúdo manifesto. Essa deformação 
é a marca de uma defesa contra o desejo veiculado pelo sonho. 
Condensação – termo empregado por Freud para designar um dos principais mecanismo do 
funcionamento do inconsciente. A condensação efetua a fusão de diversas ideias do pensamento 
inconsciente, em especial no sonho, para desembocar numa única imagem no conteúdo manifesto, 
consciente. 
Deslocamento – processo psíquico inconsciente, teorizado por Freud sobretudo no contexto da análise 
do sonho. O deslocamento, por meio de um desligamento associativo, transforma elementos 
primordiais de um conteúdo latente em detalhes secundários de um conteúdo manifesto. 
Ato falho – ato pelo qual o sujeito, a despeito de si mesmo, substitui um projeto ao qual visa 
deliberadamente por uma ação ou conduta imprevistas. 
 
QUARTA LIÇÃO 
Como sendo componentes instintivos eróticos, os desejos patogênicos inerentes à natureza humana, 
sendo as perturbações do erotismo as têm maior importância entre as influências que levam ao 
adoecimento em ambos os gêneros. 
Para Freud a criança possui desde o princípio o instinto e as atividades sexuais. Elas os trazem consigo 
para o mundo através de uma evolução rica de etapas, até chegar à chamada sexualidade normal do 
adulto. Contudo, nem todos os componentes instintivos originários são admitidos a tomar parte nesta 
fixação definitiva da vida sexual, bem como nem todos os impulsos parciais se sujeitam à soberania 
da zona genital. O que ficou independente é o que chamamos de perversão e pode substituir a 
finalidade sexual normal. 
 
Pontos-chaves: 
Auto – erotismo – termo proposto por Havelock Ellis e retomado por Freud para designar um 
comportamento sexual de tipo infantil, me virtude do qual o sujeito encontra prazer unicamente com 
seus próprio corpo, sem recorrer a qualquer objeto externo. 
Zona erógena - se distribuem por quatro regiões do corpo: oral, anal, uretro-genital e mamaria. A 
cada zona correspondem uma ou mais atividades eróticas, dentre as quais Freud situou os atos mais 
simples da vida cotidiana das crianças sucção do polegar ou do seio da mãe, defecação e masturbação. 
Complexo de Édipo – é a representação inconsciente pela qual se exprime o desejo sexual ou amoroso 
da criança pelo genitor do sexo aposto e sua hostilidade para com o genitor do mesmo sexo. Essa 
representação pode inverter-se e exprimir o amor pelo genitor do mesmo sexo e o ódio pelo do sexo 
oposto. Chama-se Édipo à primeira representação, Édipo os 5 anos. Seu declínio marca a entrada num 
período chamado de latência, e sua resolução após a puberdade concretiza-se num novo tipo de 
escolha de objeto. 
Libido – designar a manifestação de pulsão sexual na vida psíquica e, por extensão, a sexualidade 
humana em geral e a infantil em particular, entendida como causalidade psíquica (neurose), 
disposição polimorfa (perversão), amor-próprio (narcisismo) e sublimação. 
Sadomasoquismo – termo forjado por Freud, a partir do sadismo e masoquismo, para designar uma 
perversão sexual baseada num modo de satisfação ligado ao sofrimento infligido ao outro e ao que 
provém do sujeito humilhado. Por extensão, esse par de termo complementares caracteriza um 
aspecto fundamental da vida pulsional, baseado na simetria e na reciprocidade entre um sofrimento 
passivamente vivido e uma sofrimento ativamente infligido. 
 
QUINTA LIÇÃO 
Com o descobrimento da sexualidade infantil e atribuindo aos sintomas da neurose os componentes 
eróticos instintivos, Freud pôde chegar a algumas fórmulas inesperadas sobre a natureza e tendência 
dos sintomas neuróticos. 
Percebeu-se que os indivíduos adoecem quando lhes falta na realidade a satisfação das necessidades 
sexuais, refugiando-se então na doença, para encontrar uma satisfação substitutiva. 
 A resistência oposta pelos doentes à cura seria composta de vários elementos. Não somente o ego do 
doente se recusa a desfazer a repressão por meio da qual se esquivou de suas disposições originais, 
como também pode o instinto sexual não renunciar à satisfação que este lhe proporciona. 
Esta satisfação proporcionada pela doença se dá pelo caminho de regressão às primeiras fases da vida 
sexual ao qual à época lhe não faltou satisfação. Esta regressão mostra-se sob dois aspectos: temporal, 
devido á libido em sua necessidade erótica fixando-se aos mais remotos estados evolutivos e forma, 
porque emprega os meios psíquicos originais e primitivos para manifestação da mesma necessidade. 
Em ambos os aspectos a regressão orienta-se para a infância, reestabelecendo um estado infantil da 
vida sexual. 
Faz-se possível inferir que o conteúdo psíquico dos neuróticos, pode ser encontrado nos sãos. Ambos 
adoecem pelos mesmos complexos. Conforme a quantidade e proporção entre as forças em choque 
obtêm-se o resultado da luta: a saúde, a neurose ou a sublimação compensadora. 
 A transferência surge espontaneamente em todas as reações humanas e de igual modo nas que o 
doente entretém com o médico. É ela em geral, o verdadeiro veículo da ação terapêutica, agindo tão 
fortemente quanto menos se pensa em sua existência. A psicanálise, portanto, não a cria, apenas a 
desvenda à consciência e dela se apossa, a fim de encaminhá-la ao termo desejado. 
É preciso levar em conta dois obstáculos para a aceitação das ideais psicanalíticas, primeiramente a 
falta de hábito de contar com o rigoroso determinismo da vida mental, e em segundo, o 
desconhecimento das singularidades pelas quais os processos mentais inconscientes se diferenciam 
dos consciente que nos são familiares, nestes emprega-se o temor que se faça mal de chamar à 
consciência do doente os impulsos sexuais reprimidos, como se lhe oferecessem então perigo de 
aniquilar as mais altas aspirações morais e o privassem das conquistas da civilização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Texto Os três ensaios sobre a sexualidade 
 
1)O texto acima citado apresenta a importância dos conceitos de objeto e meta. Faça uma breve 
discussão sobre a função desses conceitos para a clínica psicanalítica. 
 
Sendo o objeto sexual aquele ao qual atrai a pulsão, e a meta sexual o caminho por onde o sujeito vai 
buscar a satisfação, há desvios nessa meta que podem ocasionar recalques, angústias, ansiedade... 
Durante o processo de análise observa-se os insigths e, por meio destes, compreende-se o inconsciente, 
para que seja possível tratar esse sujeito. 
 
2)O que é o apoio biológico e qual a sua importância para o desenvolvimento sexual infantil, 
segundo a obra de Freud? 
Freud deixa claro, por exemplo, que, associado à função alimentar (biológico), desenvolve-se o pro-
cesso sexual no qual o objeto passa a ser fonte de satisfação e gozo infantis. Ao ato alimentar é asso-
ciado o prazer advindo do atrito entre a boca da criança e o bico do seio, ou mesmo em função do 
fluxo do leite. Tudo isso passa a ser fonte de excitação. Mais tarde quando o bico do seio é substituído 
pelo dedo, evidencia-se o caráter propriamente sexual do ato de sucção, independentemente de uma 
função biológica conhecida. A condição para que isso ocorra é a separação da "necessidade de repetir 
a satisfação sexual" da "necessidade de nutrição". 
Uma afirmação como essa nos faz pensar que, a despeito da ênfase dada por Freud à ausência de 
objeto sexual como uma das características da sexualidade infantil, quando da referência ao ato de 
sucção do bebê, é possível depreender a ideia de que o autoerotismo não sejaoriginário, já que a 
condição de seu surgimento é a separação das funções auto conservativas da necessidade de reprodu-
zir o prazer obtido originariamente na relação com o seio da mãe. Este, como veremos, deverá ser 
abandonado a partir da representação da mãe como objeto total, tornando-se a sexualidade infantil, 
em seguida, auto erótica. 
3)Cite e desenvolva sobre as fases de desenvolvimento sexual. 
 
Fase oral (primeiro ano de vida) 
A zona de erotização é a boca e o prazer está ligado à ingestão de alimentos e à excitação da mucosa 
e dos lábios, e por isso a criança leva tudo à boca. 
A pulsão básica do bebê é receber alimentos para atenuar as tensões de fome e sede. Enquanto é 
alimentada, a criança é também acalentada e acariciada. Dessa forma, ela associa prazer e redução da 
tensão à amamentação. 
No início da fase oral a criança é passiva e a forma com que a mãe lida com a amamentação e a 
dentição do bebê é significativa para o desenvolvimento emocional deste, especialmente a maneira 
de lidar com a agressividade. 
 
Fase anal (segundo ano de vida) 
A zona de erotização é o ânus relacionado à questão do controle dos esfíncteres (anal e uretral), esse 
controle revela-se um ponto crítico no desenvolvimento nessa fase. Geralmente, no segundo ano, as 
crianças aprendem a controlar os esfíncteres anais e a bexiga. A obtenção do controle fisiológico está 
ligada à percepção que esse controle é uma nova fonte de prazer. 
As crianças aprendem que o crescente nível de controle lhe traz atenção e elogio por parte dos seus 
pais. O interesse dos pais no treinamento da higiene, permite à criança exigir atenção tanto pelo 
controle bem-sucedido quanto pelas dificuldades. A criança, inicialmente, gosta de observar suas 
fezes na privada, na hora de dar a descarga, e às vezes, dizem-lhe adeus. O treino da higiene é muito 
significativo no desenvolvimento emocional da criança. 
Característica adultas que estão associadas à fase anal são: ordem e obstinação. 
 
Fase fálica (3 a 5 anos de idade) 
Segundo Freud, essa fase é melhor caracterizada por fálica uma vez que é o período no qual uma 
criança se dá contas das diferenças sexuais. Nessa fase, acontece o que Freud chama de Complexo de 
Édipo, e é um torno dele que ocorre a estruturação da personalidade do indivíduo. 
No complexo de Édipo, a mãe é o objeto de desejo do menino e o pai (ou a figura masculina que 
representa o pai_ é percebido com rival que impede seu acesso ao objeto desejado. Essa face 
caracteriza-se pelo desejo da criança de ir para a cama de seus pais e pelo ciúme da atenção que seus 
pais dão um ou outro, ao invés de dá-la à criança. 
 
Fase de latência 
Um tempo no qual os desejos sexuais da fase são recalcados com sucesso, pelo Superego. Durante 
ele, o desejo sexual toma-se inconsciente. Nesse período da vida, depois que a primeira eflorescência 
da sexualidade de feneceu, surgem experiências como vergonha, repulsa e moralidade, resultado da 
relação. 
 
Fase genital 
A fase final do desenvolvimento biológico e psicológico ocorre com o início da puberdade e o retomo 
da energia libidinal aos órgãos sexuais. Nesse momento, meninos e meninas tomam-se conscientes 
de suas identidades sexuais distintas e passam a buscar formas de satisfazer suas necessidades e 
conseguir amar e trabalhar. 
 
 
 
4) Segundo citado por Freud neste texto, por que o processo educacional possui uma 
importância no processo de desenvolvimento nas fases? Discorra. 
 
Freud apresentou diferentes concepções sobre a educação, por vezes, criticando-a como 
desencadeadora da neurose, ou aproximando-a da psicanálise enquanto profissão impossível. No 
texto sobre os Três Ensaios sobre a teoria da Sexualidade, Freud lançou os alicerces de temáticas 
importantes como a sublimação, o desejo de saber e a sexualidade infantil. Nesta obra, ele relaciona 
as pesquisas infantis à curiosidade sexual entrelaçando desejo de saber e sexualidade. A educação 
passa a ser citada em diversos textos, ora enquanto prática pedagógica, ora estando relacionada ao 
campo clínico. Tal aproximação com a clínica destaca a repressão da curiosidade sexual infantil, feita 
pela educação, como força motriz para a inibição do pensamento. 
Freud afirma que a educação tem um papel fundamental na inibição do pensamento, pois a repressão 
da sexualidade traz como resultado a debilidade do pensamento. Posteriormente, ele fundamenta tal 
assertiva ao explanar que a debilidade tem o intuito de causar uma autopunição, evitando o conflito 
entre o ego e o superego. Assim, observa-se que uma das contribuições da psicanálise para o campo 
educacional é um novo olhar sobre o problema da debilidade do pensamento, e a relação desta com 
o desenvolvimento da criança e a sexualidade, o que tira a problemática do campo orgânico e a lança 
no plano do psiquismo.

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