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Atividade 3 - Infancia na Historia e na Cultura Contemporanea

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Atividade 03
A desigualdade social existente no Brasil faz com que as crianças brasileiras tenham diferentes vivências. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF, 2018) sinaliza que 61% das crianças e adolescentes brasileiros são afetados pela pobreza em suas múltiplas dimensões, pois, além da renda financeira, é necessário levar em conta o acesso a diversos outros direitos. Como a desigualdade social pode atingir diferentes crianças e adolescentes no campo da saúde, educação e acesso à cultura? Quais são os possíveis impactos dessas desigualdades?
Se comparado com outros países de níveis semelhantes de desenvolvimento e renda per capita, o desempenho educacional do Brasil é insatisfatório; apenas consegue superar os países pobres da América Latina. Os indicadores sociais revelam que o país não oferece as mesmas oportunidades educacionais para todos os estratos sociais da população, e que a diferença educacional entre ricos e pobres, brancos e negros é bastante expressiva (Silva; Hasenbalg, 2000). Aqui, as desigualdades sociais e raciais estão refletidas na educação, influenciando negativamente no acesso, na permanência e no êxito dos grupos menos favorecidos e historicamente discriminados. Ou seja, no Brasil, a educação que se pensa democrática ainda não oferece oportunidades iguais para todos os brasileiros. Os indicadores sociais revelam o grande fracasso que é o ensino público, hoje, no país.
A desigualdade social está presente em nossa sociedade, devido a um contexto socio-cultural em que vivemos, em que as riquezas do país tem sido distribuídas de forma desigual aos indivíduos. Desta forma, observa-se que a desigualdade social atinge a todos em todos os campos, como exemplificados nos adolescentes, de forma que uns apresentam mais oportunidades de condições de trabalho e qualidade de vida, enquanto outros permanecem sem possíveis perspectivas de ascensão social.
Os menos favorecidos socialmente possuem acesso restringido a muitas atividades culturais, intelectuais, sociais, ate na alimentação, isso devido à falta de poder monetário suficiente para adquiri-las em muitos casos. Na saúde, por exemplo, o SUS é um sistema decadente onde as pessoas menos favorecidas sofrem muito com longas esperas e falta de recursos. De modo que o estado não fornece nos serviços públicos grande aparato educacional ou cultural para pessoa menos favorecidas, e com isso temos a cada geração aumento de certos tipos de desigualdade.  
Já está mais do que provado que a alimentação, o ambiente domiciliar, a participação da família, entre outros, são fatores determinantes na vida de uma criança. Quando esses fatores são debilitados pela condição social da família o resultado é percebido nas salas de aulas onde as dificuldades aparecem e persistem.
A extensão territorial de nosso país contribui com a diversidade socioeconômica e cultural, dificultando ações locais que necessitam de incentivos federais ou estaduais, para reduzir a distorção na oferta de ensino de qualidade.
É importante frisar que a qualidade de ensino, no Brasil, é mensurada por exames padronizados que não consideram as diferenças culturais e muito menos as diversidades que cada região do país apresenta. 
Quando se propõe aumentar a oferta e ampliar o número de acesso à escola esbarramos nas questões financeiras e administrativas, que para muitos municípios de nosso país é muito precária. Então, a educação tem o seu caminho para a equidade social interrompido não por uma pedra, mas por uma cadeia de fatores que necessitam a colaboração social, empresarial e principalmente, dos entes federados – União, Estados e Municípios.
Sem dúvida a educação escolar é a ferramenta que gera a cidadania. Sem dúvida a educação é capaz de mudar destinos cruéis. Sem dúvida a educação é o que realmente torna uma nação desenvolvida. Mas não se pode exigir que a educação seja a grande responsável por tudo aquilo que as políticas públicas não fizeram: gerar condições de desenvolvimento pessoal pleno e em todos os sentidos.
Para Haddad (2007, p. 32), “a falta de qualidade do ensino básico é uma das principais causas dos problemas educacionais no Brasil e do baixo nível de escolaridade da população”, pois, a seu ver, “o ensino sem qualidade induz ao aumento na taxa de reprovação dos alunos, bem como um incremento na taxa de evasão escolar” (Haddad, 2007, p. 32). A repetência e a evasão escolar são problemas que há tempo vêm sendo pesquisados e debatidos pelas escolas, pelas universidades, pelas organizações sociais e por órgãos governamentais, no entanto ainda não se encontrou meios eficazes de resolver tais problemas.

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