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P á g i n a | 1 É a primeira barreira de proteção, nutrição e lubrificação do olho. É uma membrana que recobre a superfície anterior do olho e da pálpebra. Ela circunda a superfície da esclera frouxamente e está firma ao tarso. Ela faz uma dobra, formando um “saco” que não deixa nada passar. Chamamos essa estrutura de saco conjuntival. Não deixa as estruturas que estão na superfície irem lá para dentro, como lentes de contato. Carúncula: especialização da conjuntiva, com folículos pilosos, glândulas sudoríparas e sebáceas, que produzem uma substância que pode se acumular e formar a “remela”. Prega semilunar: dobra de conjuntiva. Observe a proximidade com o canal lacrimal. A conjuntiva é dividida em 3 porções: Palpebral, fórnice (tarsal que forma o fundo de saco) e bulbar (translucida na frente do olho, em frente a esclera, vemos apenas os vasos dela). A conjuntiva palpebral é bem aderida ao tarso e bem fina. Quando temos edema, ele se acumula no fundo de saco. No epitélio da conjuntiva temos células caliciformes que são importantes para o filme lacrimal. Nutrição da conjuntiva: por tufos vasculares que quando inflamados ou infectados fazem o olho ficar vermelho. • É uma proliferação fibrovascular da conjuntiva, causada por lesão degenerativa - degeneração hialina, geralmente no canto interno do olho. • Não invadem a córnea. • Fator de risco: luz solar. • Como regra, não causa problema, só quando chegar próxima à pupila. • Geralmente a queixa é de hiperemia, ou sensação de corpo estranho ou ainda ressecamento dos olhos. • O tratamento é excisão cirúrgica, podemos receitar colírios vasoconstritores, mas devemos cuidar em idosos. Isabela Terra Raupp P á g i n a | 2 • Proliferação fibrovascular mais intensa que vai até a córnea, associada a mais exposição solar, e muitas vezes pode ser bilateral. • É como se fosse uma membrana que vai crescendo em direção à córnea, que se chegar até ela, pode acabar necessitando cirurgia por atrapalhar visão. • Maioria dos casos é conduta expectante em jovens. • Pode ser necessário o transplante de córnea em casos mais avançados. • Tratamento paliativo: descongestionante ocular (colírio com base de simpaticomiméticos que promovem uma vasoconstrição e melhoram o aspecto ocular). • É uma inflamação autoimune relacionada as fibras colágenas e doenças articulares e reumáticas. • A doença reumatológica pode aparecer primeiro como doença ocular. • Apresentação: Hiperemia de um setor da conjuntiva. • Mulheres jovens • Não costuma dar tanto dor, mais sensação de areia nos olhos, irritação, um desconforto. • Não é conjuntivite: lesão localizada, mais interna. • Paciente faz crises repetidas. • Tratamento: Corticoides tópicos. • Quadro bem grave • Adulto jovem, mais na mulher • História de doença autoimune (LES) • Bastante doloroso e difuso e acomete vasos mais profundos. • Tratamento: Corticoide VO altas doses por períodos prolongados • Lente de contato, ar condicionado. • Mulheres na menopausa e meia idade • Antidepressivos → diminuição do líquido aquoso • Síndrome de Sjogren → comum nessa patologia autoimune. Relacionado com olho e reumatismo que tem conteúdo menos aquoso. • Se apresenta como hiperemia difusa • Pode ser avaliada a produção da lágrima (teste de schirmer) – a lágrima normal é composta de lipídeos, conteúdo aquoso e conteúdo proteico. • Também pode ser avaliado pelo exame com fluoriscina. ▪ Infecção viral mais comum do ser humano. Olho é a porta de entrada. ▪ Vírus faz lesões na córnea, difratando a luz, o que apresenta como alteração de visão. ▪ 1- Bacteriana ▪ 2- Viral ▪ 3- Atópica P á g i n a | 3 ▪ Sintomas o Hiperemia o Lacrimejamento o Secreção o Prurido o Edema o Adenopatia • Gânglio submandibular(1/3 superior e 2/3 inferior) e parotídeo (2/3 superiores e 1/3 inferior). o Fotofobia o Quadro associado com gripe Bacteriana Viral Atópica Hiperemia +++ + + Lacrimejamento + +++ +++ Secreção ++++ + ++ Prurido - - +++++++++++ Edema ++ - +++ Fotofobia + +++ - Adenopatia + ++ (IVAS) - Tratamento: vasoconstritor + anti-histamínico Bacteriana: ATB que cubra Stafilococo. • Associado a rinite, conjuntivite com bolhas. • Tratamento: anti-histaminico, compressa fria com SF, colírio com corticoide e não coçar. • Lesões vesiculares ou ulceradas com umbulicação na pálpebra. • Pode fazer ulcera dendrítica geográfica e lesão na córnea. • Geralmente primo-infecção da varicela-zoster no gânglio do trigêmeo. • Hiperemia = procurar ajuda logo. • Recidivas comuns. ▪ Normalmente não gera lesão na primo-infecção, após acometer olho não sai mais, causando lesões a cada recidiva, podendo levar a necessidade de transplante de córnea. ▪ Pacientes idosos com forte dor no olho em região frontal ou dorso (investigar couro cabeludo). ▪ Muita dor. ▪ Perfuração! ▪ Analgésico pesado e antiviral (aciclovir VO). • Cox vírus, lesões umbilicadas na pálpebra P á g i n a | 4 • Muito mais comum em crianças • Série dessas lesões ao redor das pálpebras • Perfurar e remover (curetagem) Contaminação no canal de parto. Causa tracomas, apresentação como hiperemia. • Conjuntivite gonocócica, bilateral. • Muito prurido. • Nitrato de prata após parto normal → só previne gonocócica! • É uma urgência. • Conjuntivites neonatais ▪ Clamídia • Mais tardia • Uni ou biocular • Pus • Não é tão invasiva • Não necessita tratamento sistêmico ▪ Gonocócica • Mais precoce • Evolução mais rápida • Secreção mais purulenta • Precisa de ATB sistêmico • Nitrato de prata para profilaxia ▪ Staphylo/Strepto • Mais tardia que as demais • Respondem a tratamento tópico ▪ Herpes • Pode acometer o RN durante a passagem pelo canal de parto o Pensar em conjuntivite pelo gonococo o Secreção muito abundante e lesões de córnea frequentes. o Pode perder a visão o Deve ser internada e tratar parenteralmente. o Afinamento da região central da córnea, ficando com formato de cone, gerando grandes problemas de visão o Relação com atopias (prurido, alergia ocular) o Córnea pode ser depósito de medicações: ▪ Amiodarona e cloroquina.
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