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PAPER DE ESTAGIO 1º LUDICO

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2
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO PROCESSO DA APRENDIZAGEM
Zilma Dos Santos Silva Goiris 
Professor-Tutor Externo: Daniela Gomes Cizs
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
TURMA: PED 1044 – Paper de Estágio
RESUMO
O lúdico na aprendizagem é algo concreto na realidade escolar, pois se acredita que a criança deva viver com alegria a própria infância, seja na escola ou em casa. Faz-se necessário investigar se o lúdico está sendo bem empregado no processo ensino e aprendizagem, com quais métodos e o que deve ser levado em conta pelo professor na aplicação dos jogos didáticos. A educação para obter um ensino mais eficiente aperfeiçoou novas técnicas didáticas consistindo numa prática inovadora e prazerosa. O jogo é a atividade lúdica mais trabalhada pelos professores atualmente, pois ele estimula as várias inteligências, permitindo que o aluno se envolva em tudo que esteja realizando de forma significativa. Através do lúdico o educador pode desenvolver atividades que sejam divertidas e que, sobretudo ensine os alunos a discernir valores éticos e morais, formando cidadãos conscientes dos seus deveres e de suas responsabilidades, além de propiciar situações em que haja uma interação maior entre os alunos e o professor numa aula diferente e criativa, sem ser rotineira.
Palavras-chave: Ludicidade. Aprendizagem, Educação, Jogo.
1. A TRANSIÇÃO DO LÚDICO
 A brincadeira, o lúdico tem sido explorado consideravelmente nos últimos anos, por vários pesquisadores e pensadores. Existe certo consenso por parte deles que estes elementos constituem-se como ações importantes para o desenvolvimento da criança. Para Silva et al (2008) a brincadeira teve origem na pré-história com festas pelo início da caça, danças, invocações aos deuses e foi sistematizada em 1774 na Alemanha com a fundação do Philantropinum que realizava trabalhos manuais, recreação e atividades intelectuais. Vygotsky (apud NEWMAN; HOLZMAN, 2002, p.99-116) afirma: Numa brincadeira, a criança faz uso espontâneo de sua habilidade de separar significado de um objeto sem saber que está fazendo isso, exatamente como não sabe estar falando em prosa, mas fala sem prestar atenção nas palavras. 
Muitos pesquisadores denominam o século XXI como o século da ludicidade. Vivemos em tempos em que diversão, lazer, entretenimento apresentam-se como condições importantes na sociedade. Viver ludicamente significa uma forma de intervenção no mundo, indica que não apenas estamos inseridos no mundo, mas, sobretudo, que somos ele. Logo, conhecimento, prática e reflexão são as nossas ferramentas para exercermos um protagonismo lúdico ativo. Negrine (2000) afirma que a capacidade lúdica está diretamente relacionada a sua pré-história de vida. Acredita ser, antes de qualquer coisa, um estado de espírito e um saber que progressivamente vai se instalando na conduta do ser devido ao seu modo de vida. O lúdico refere-se a uma dimensão humana que evoca os sentimentos de liberdade e espontaneidade de ação. Abrange atividades despretenciosas, descontraídas e desobrigadas de toda e qualquer espécie de intencionalidade ou vontade alheia. É livre de pressões e avaliações. Logo, para Freinet a dimensão lúdica é:
“(...) um estado de bem-estar que é a exacerbação de nossa necessidade de viver, de subir e de perdurar ao longo do tempo. Atinge a zona superior do nosso ser e só pode ser comparada à impressão que temos por uns instantes de participar de uma ordem superior cuja potência sobre-humana nos ilumina”. (pg.304)
Freinet (1998) refere que este “estado de bem-estar” jamais se restringe à circunscrição de nossa individualidade. Isto é, parte de uma espécie de exaltação íntima de nossa potência para a vida e atinge escalas sociais muito amplas, o que nos fará descobrir e exaltar novas potências íntimas em nosso ser que ocasionará novamente a expansão para o plano social, sendo assim uma vivência inesgotável da dimensão lúdica.
2.APRENDIZAGEM E LUDICIDADE 
Nas últimas décadas os jogos e as brincadeiras têm sido foco de muitos estudos e pesquisas, uma vez que muitos estudiosos já comprovaram a importância dos mesmos para o desenvolvimento infantil. Já é de natureza da criança que ela brinque, para isso não é preciso fixar regras, nem mandar-lhes brincar. O brincar é algo muito importante para a criança. Brincar traz inúmeros benefícios para o desenvolvimento cognitivo e afetivo, além de aprimorar suas habilidades motoras Assim, o termo “lúdico” abrange o brincar, a atividade individual, coletiva, livre e regrada. Normalmente os profissionais de educação associam o termo “ludicamente” ao “prazerosamente” e não ao “livremente”. O prazer é o resultado do caráter livre, gratuito, e pode associar-se a qualquer atividade, inversamente a imposição pode retirar o prazer de qualquer atividade. Mukhina (1995, p. 155) aponta que o jogo é extremamente importante para o desenvolvimento da criança porque ele “[...] dá origem às mudanças qualitativas na psique infantil.” Segundo Vygotsky (1989) o lúdico só pode ser considerado educativo quando desperta o interesse do aluno pela disciplina, portanto os professores precisam aproveitar o mesmo como facilitador da aprendizagem. Os jogos e brincadeiras despertam nas crianças o gosto pela vida. A vontade de aprender leva a criança ao sucesso ou ao fracasso escolar, o jogo pode ser essencial para estimular a vontade de aprender que as crianças vão buscar na escola e que muitas vezes são esquecidas nas salas de aulas, consequentemente levando o aluno ao fracasso na aprendizagem.
Quando se trabalha o lúdico na educação, abre-se um espaço para que a criança expresse seus sentimentos, oferecendo a ela a oportunidade para desenvolver a afetividade, para a assimilação de novos conhecimentos. A partir do lúdico criam-se espaços para a ação simbólica e a linguagem podendo ser trabalhado com limites e regras entre a imaginação e o real. Diante disto, Queiroz (2009) destaca que a atividade lúdica é essencial para acriança porque estimula à inteligência, a imaginação, a criatividade, ajuda o exercício de concentração e atenção, favorecendo a formação da motricidade infantil. Este aspecto é confirmado por Kishimoto (2000, p. 22), ao referir que:
Ao permitir a manifestação do imaginário infantil, por meio de objetos simbólicos dispostos intencionalmente, a função pedagógica subsidia o desenvolvimento integral da criança. Neste sentido, qualquer jogo [...], desde que respeite a natureza do ato lúdico, apresenta caráter educativo e pode receber também adenominação geral de jogo educativo.
Passando a necessidade básica da personalidade, do corpo e da mente. O lúdico faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana. Caracterizando-se por ser espontâneo funcional e satisfatório. Sendo funcional: ele não deve ser confundido com o mero repetitivo, com a monotonia do comportamento cíclico, aparentemente sem alvo ou objetivo. Nem desperdiça movimento: ele visa produzir o máximo, com o mínimo de dispêndio de energia. Segundo Luckesi são aquelas atividades que propiciam uma experiência de plenitude, em que nos envolvemos por inteiro, estando flexíveis e saudáveis. As ações são vividas e sentidas, não definíveis por palavras, mas compreendidas pela fruição, povoadas pela fantasia, pela imaginação e pelos sonhos que se articulam como teias urdidas com materiais simbólicos. Assim elas não são encontradas nos prazeres estereotipados, no que é dado pronto, pois, estes não possuem a marca da singularidade do sujeito que as vivencia. Na atividade lúdica, o que importa não é apenas o produto da atividade, o que dela resulta, mas a própria ação, o momento vivido. Possibilita a quem a vivencia, momentos de encontro consigo e com o outro, momentos de fantasia e de realidade, de ressignificação e percepção, momentos de autoconhecimento e conhecimento do outro, de cuidar de si e olhar para o outro, momentos de vida. Passando a necessidade básica da personalidade, do corpo e da mente. O lúdico faz partedas atividades essenciais da dinâmica humana. Caracterizando-se por ser espontâneo funcional e satisfatório. Sendo funcional: ele não deve ser confundido com o mero repetitivo, com a monotonia do comportamento cíclico, aparentemente sem alvo ou objetivo. Nem desperdiça movimento: ele visa produzir o máximo, com o mínimo de dispêndio de energia.. Na atividade lúdica, o que importa não é apenas o produto da atividade, o que dela resulta, mas a própria ação, o momento vivido. Possibilita a quem a vivencia, momentos de encontro consigo e com o outro, momentos de fantasia e de realidade, de ressignificação e percepção, momentos de autoconhecimento e conhecimento do outro, de cuidar de si e olhar para o outro, momentos de vida. 
São lúdicas as atividades que propiciem a vivência plena do aqui e agora, integrando a ação, o pensamento e o sentimento. Tais atividades podem ser uma brincadeira, um jogo ou qualquer outra atividade que possibilite instaurar um estado de inteireza: uma dinâmica de integração grupal ou de sensibilização, um trabalho de recorte e colagem, uma das muitas expressões dos jogos dramáticos, exercícios de relaxamento e respiração, uma ciranda, movimentos expressivos, atividades rítmicas, entre outras tantas possibilidades. Mais importante, porém, do que o tipo de atividade é a forma como é orientada e como é experimentada e o porquê de estar sendo realizada.
A atividade lúdica mais trabalhada atualmente nas escolas pelos professores é o jogo, principalmente nas salas de aula do ensino fundamental por ter sua clientela na maioria das vezes formada por crianças. Sendo importante dizer que a palavra "jogo" foi utilizada para se referir ao "brincar", se tratando de forma lúdica, levando em conta que o indivíduo não apenas se diverte jogando, mas também aprende.
Luckesi (2004) acredita que a ludicidade se expande para além da idéia de lazer restrito às experiências externas, para ele:
[...] quando estamos definindo ludicidade como um estado de consciência, onde se dá uma experiência em estado de plenitude, não estamos falando, em si das atividades objetivas que podem ser descritas sociológica e culturalmente como atividade lúdica, como jogos ou coisas semelhantes. Estamos, sim, falando do estado interno do sujeito que vivencia a experiência lúdica. Mesmo quando o sujeito está vivenciando essa experiência com outros, a ludicidade é interna; a partilha e a convivência poderão oferecer-lhe, e certamente oferecem, sensações do prazer da convivência, mas, ainda assim, essa sensação é interna de cada um, ainda que o grupo possa harmonizar-se nessa sensação comum; porém um grupo, como grupo, não sente, mas soma e engloba um sentimento que se torna comum; porém, em última instância, quem sente é o Sujeito (LUCKESI, 2004, p.18).
O objetivo principal do jogo como atividade lúdica é proporcionar ao indivíduo que está jogando, conhecimento de maneira gratificante, espontânea e criativa não deixando de ser significativa independente de quem o joga, deixando de lado os sistemas educacionais extremamente rígidos.
Trabalhar com os jogos na sala de aula possibilita diversos objetivos, dentre eles, foram pontuados os seguintes:
· Desenvolver a criatividade, a sociabilidade e as inteligências múltiplas;
· Dar oportunidade para que aprenda a jogar e a participar ativamente;
· Enriquecer o relacionamento entre os alunos;
· Reforçar os conteúdos já aprendidos;
· Adquirir novas habilidades;
· Aprender a lidar com os resultados independentemente do resultado;
· Aceitar regras;
· Respeitar essas regras;
· Fazer suas próprias descobertas por meio do brincar;
· Desenvolver e enriquecer sua personalidade tornando-o mais participativo e espontâneo perante os colegas de classe;
· Aumentar a interação e integração entre os participantes;
· Lidar com frustrações se portando de forma sensata;
· Proporcionar a autoconfiança e a concentração.
Nota-se também um entusiasmo maior sobre o conteúdo que está sendo trabalhado por haver uma motivação dos educandos em expressar-se livremente, de agir e interagir em sala de aula. Mas lembrando sempre que os jogos devem está devidamente associado aos conteúdos e aos objetivos dentro da aprendizagem, auxiliando a parte teórica, tornando o ensino mais prazeroso apresentando opiniões para crescer ainda mais o trabalho dos profissionais da área da educação.
Diante do que fora observado, pode-se dizer sem sombra de dúvida que o lúdico é importante sim para uma melhoria na educação e no andamento das aulas, provocando uma aprendizagem significativa que ocorre gradativamente e inconscientemente de forma natural, tornando-se um grande aliado aos professores na caminhada para bons resultados.
3. O JOGO NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZADO
 A palavra jogo tem origem do termo latino ludus, que constitui divertimento, brincadeira que se apresenta como processo apropriado promovendo assim um espaço organizado, estimulador e agradável, permitindo um aprendizado de múltiplas aptidões. Portanto, educandos que apontam problemas de aquisição podem desfrutar-se dos jogos como método favorável na concepção dos diversos conteúdos pedagógicos.
 Geralmente os jogos abranger finalidades de diversão, e não tem a obrigação exclusiva de ligar aos procedimentos de ensino aprendizado. Deste modo, os jogos que adaptam a aprendizagem comprimindo certas deficiências de modo que quem o usufruir saiba continuamente com o jogo, adequando uma percepção agradável e, portanto, mais dinâmica. Igualmente consequências que não se da exclusivamente ao esboço e finalidades musicais; todo o método de invenção predisposto a planejar a aprendizagem iniciando de desígnios intercessores fundamentados em pedagogia e psicologia, de tal modo que atividade que, mesmo que oculta, o sujeito aprende e absorve o aprendizado a partir de fatos vivenciados e compartilhados.
 Segundo Barbosa (1998), os jogos são apropriado em cooperar para o “ processo de resgate do interesse do aprendiz, na tentativa de melhorar sua vinculação afetiva com as situações de aprendizagem”.
 Constituindo a infância uma etapa em que o desenvolvimento do entendimento é permanente e ocorre ligeiramente, o incentivo ao aprendizado da chance de extensões onde criança embora não tem noção, oferecendo maior probalidade de ambientes e circunstâncias. Estímulos esses que oferecem, por meio de jogos com papel essencial para o aprendizado, visto como, atividades que promovem momentos de aprendizagem pelo qual a criança desloca o conceito de aprender brincando. Então, é necessário ser cuidadoso com a concepção e elaboração dos jogos educacionais, sendo que é a partir desses jogos que a criança se desenvolvera sua parte sensório- motora, lógica e raciocínio. 
Tipos de jogos: 
3. EXPLORAÇÃO DE JOGOS MATEMÁTICOS
4. A PRESENÇA DO LÚDICO E DA BRINCADEIRA NAS SÉRIES INICIAIS
O lúdico é entendido como fenômeno subjetivo que possibilita ao individuo se sentir inteiro, sem divisão entre o pensamento, a emoção e a ação. Assim, a ludicidade se caracteriza como uma atitude das pessoas e não como inerente a algo ou alguém. Todavia não é pelo fato de propor uma atividade com jogos, brincadeiras ou mesmo oferecer uma festa que nestes momentos haverá a ludicidade presente nesses ambientes. O lúdico e a brincadeira constituem-se em uma estratégia importante para o desenvolvimento e aprendizagem de qualquer criança, pois o lúdico, além de contribuir e influenciar na aprendizagem dos conteúdos escolares, também auxilia no desenvolvimento dos aspectos cognitivos, afetivos e psicomotores da criança. E não existe idade para que se deixe de propor aos alunos a interação do conteúdo programático aliado a jogos e brincadeiras, visto que na educação infantil o jogo simbólico é naturalmente desenvolvido devido à maturidade e forma de assimilação dos pequenos, mas quando se insere a criança nas series iniciais há um choque entre as formas de se ministrar os conteúdos inerentes à fase escolar, pois a criança ainda pensa ludicamentee age como se estivesse brincando, aí se o professor continua estimulando o fazer pedagógico criativo tanto a criança obterá uma construção de aprendizagem significativa e o professor estará promovendo em seus alunos o aprender prazeroso. O jogo como objeto, como ferramenta do ensino, da mesma forma que o conteúdo, carece de uma intencionalidade. Ele, tal qual o conteúdo, é parte do projeto pedagógico do professor. Ao utilizar o jogo como objeto pedagógico, o professor já tem elegido (ou deveria ter) uma concepção de como se dá o conhecimento. Esta concepção tem como elementos principais o papel reservado à interação como fator de desenvolvimento e as idéias de que o conhecimento evolui, de que o ensino deve ser lúdico e de que o objetivo final é o conceito científico. Ao optar pelo jogo como estratégia de ensino, o professor o faz com uma intenção: propiciar a aprendizagem. E ao fazer isto tem como propósito o ensino de um conteúdo ou de uma habilidade. Dessa forma, o jogo escolhido deverá permitir o cumprimento deste objetivo. O jogo para ensinar qualquer matéria que compõem o currículo escolar deve cumprir o papel de auxiliar no ensino do conteúdo, propiciar a aquisição de habilidades, permitir o desenvolvimento do sujeito e, mais, estar perfeitamente localizado no processo que leva a criança do conhecimento primeiro ao conhecimento elaborado.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através da minha vivencia do estágio, compreendi que quando as crianças passam pelo processo de transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental, elas aos pouco perdem sua capacidade lúdica, pelo fato de estarem na escola, às crianças tem que vivenciar a infância na escola também, e a escola tem que buscar o lúdico dentro do espaço escolar. Por meio da ludicidade as crianças vivenciam a sua independência, estimula sua sensibilidade auditiva e visual, aprimorando e descobrindo o ambiente em que vive, amplia suas habilidades motoras, exercita a criatividade e a imaginação, aumenta a integração promovendo assim sua adaptação social. 
Por meio da brincadeira a criança envolve-se no jogo e sente a necessidade de partilhar com o outro. Ainda que em postura de adversário, a parceria é um estabelecimento de relação. Esta relação expõe as potencialidades dos participantes, afeta as emoções e põe à prova as aptidões testando limites. Brincando e jogando a criança terá oportunidade de desenvolver capacidades indispensáveis a sua futura atuação profissional, tais como atenção, afetividade, o hábito de permanecer concentrado e outras habilidades perceptuais psicomotoras. Brincando a criança torna-se operativa. Uma aula com características lúdicas não precisa ter jogos ou brinquedos. O que traz ludicidade para a sala de aula é muito mais uma "atitude" lúdica do educador e dos educandos. Assumir essa postura implica sensibilidade, envolvimento, uma mudança interna, e não apenas externa, implica não somente uma mudança cognitiva, mas, principalmente, uma mudança afetiva. A ludicidade exige uma predisposição interna, o que não se adquire apenas com a aquisição de conceitos, de conhecimentos, embora estes sejam muito importantes.
Diante do que fora exposto concluiu-se que o lúdico e a brincadeira constituem-se em uma estratégia importante para o desenvolvimento e aprendizagem de qualquer criança, pois o lúdico, além de contribuir e influenciar na aprendizagem dos conteúdos escolares, também auxilia no desenvolvimento dos aspectos cognitivos, afetivos e psicomotores da criança.
REFERÊNCIAS
FREINET, Célestin.  A educação do trabalho.  1ª ed. São Paulo-SP: Martins Fontes, 1998; 
·.
NEGRINE, Airton.  O lúdico no contexto da vida humana: da primeira infância à terceira idade. In: Brinquedoteca: a criança, o adulto e o lúdico.  1ª ed. Petrópolis-RS: Vozes, 2000; 
http://www.brinquedoteca.org.br/si/site/0018031/p.
BRASIL. Secretaria do Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Educação 
Física. Brasília: MEC, 1996.
ROSE, SANNY. Brincar, conhecer, ensinar.
ALMEIDA, Ana C. P. C. de; SHIGUNOV, Viktor. A Atividade Lúdica Infantil e Suas
Possibilidades. In: Revista da Educação Física. Maringá. v. 11. n. 01, 2000. 
BRASIL. Referencial curricular nacional para a educação infantil. v. 1. Brasília:
MEC/SEF, 1998.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São
Paulo: Cortez, 2000.
LUCKESI, Cipriano. Estados de consciência e atividades lúdicas. In: PORTO, Bernadete
(Org.). Educação e ludicidade. Salvador: UFBA, 2004
VYGOTSKY, Lev Semenovitch. A Formação social da mente. São Paulo: Martins
Fontes, 1989. _____. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

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