Buscar

Gerenciamento de Residuos da construção civil em Curitiba

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

4
FACULDADE DE TECNOLOGIA DE CURITIBA
CURSO SUPERIOR DE ENGENHARIA CIVIL
ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA DO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM PEQUENAS CONSTRUÇÕES, REFORMAS E DEMOLIÇÕES NA REGIÃO DE CURITIBA
CURITIBA
2019
03
DAYLON FELIPE POLICARPO DOS SANTOS
JHONATAN CONSTANTINO DE OLIVEIRA SILVA
LUCIANO PEREIRA FERNANDES
RAFAEL MOREIRA
ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA DO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM PEQUENAS CONSTRUÇÕES, REFORMAS E DEMOLIÇÕES NA REGIÃO DE CURITIBA
Projeto apresentado à disciplina de Projeto Integrador do curso de Engenharia Civil da FATEC/PR como exigência para obtenção de nota parcial do 2º bimestre.
Prof. Orientador: Prof. Fernando Vianna, MSc.
CURITIBA
25
2019
SUMÁRIO
	SEÇão
	PÁGINA
1	INTRODUÇÃO	4
1.1	Objetivo geral	4
1.1.1	Objetivos específicos	4
1.2	Justificativa	4
2	DESENVOLVIMENTO	6
2.1	A construção civil e as perdas	6
2.1.1	Conceito de perdas	6
2.1.2	Classificação das perdas	7
Perdas por superprodução	8
Perdas por manutenção de estoques	8
Perdas por transporte	8
Perdas por fabricação de produtos defeituosos	9
Outras perdas	9
2.2	Diretrizes para gerenciamento de RCC	9
2.2.1	Entulho ou RCC?	9
2.2.2	A Resolução 307 do CONAMA	10
Classificação dos RCC	11
2.3	Gerenciamento de RCC no município de Curitiba	12
2.3.1	Projetos de Gerenciamento de RCC	15
Principais etapas de um projeto de gerenciamento (PGRCC)	16
Segregação	16
Acondicionamento	17
Big bags	17
Baias	18
Caçambas estacionárias	18
Transporte	19
Tratamento e destinação final	19
2.4	Reciclagem de RCC	20
Reciclagem do Gesso	21
Reciclagem de Madeira	21
2.5	A racionalização como ferramenta para a redução da geração de RCC	22
3	RESULTADOS E DISCUSSÕES / CONCLUSÃO	24
BIBLIOGRAFIA	25
iii
INTRODUÇÃO
Xxx
Objetivo geral
Desenvolver um estudo a fim de mitigar as ações dos resíduos sólidos resultante das obras de construção civil de pequeno e médio porte na cidade de Curitiba, apresentando uma analise e entendimento das necessidades e as melhores maneiras de com lidar com os resíduos da construção civil.
Objetivos específicos
Para atingir o objetivo geral devem ser seguidos os seguintes objetivos específicos:
Realizar uma revisão bibliográfica focada nos pontos relacionados ao tema;
Analisar a quantidade de resíduos gerada por obras;
Analisar financeiramente os resultados da implementação de um programa de gerenciamento de resíduos sólidos em obras de pequeno e médio porte;
Verificação de aspectos dos resíduos para utilização na indústria da construção civil;
Examinar inovações tecnológicas que podem influenciar direta ou indiretamente a redução de resíduos da construção civil.
Justificativa
Para que sejam adotados novos procedimentos de gestão dos resíduos é necessário que haja estudos para diagnosticar a quantidade e as características dos resíduos da construção civil gerados nos municípios, pois cada região utiliza de processos construtivos e materiais diferentes na construção. Um plano integrado de gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (RCC), como o plano da cidade de Curitiba (Decreto 1.068/2004) disciplina o manuseio e disposição dos vários tipos de resíduos produzidos nos canteiros de obras, e atende pequenos, médios e grandes geradores e envolve toda a cadeia, incluindo transportadores e áreas de destino final. Além disso, a pesquisa pode ampliar a discussão sobre a responsabilidade civis e ambientais da destinação de RCC em pequenas e médias obras.
A crescente geração de resíduos sólidos resultantes de construções civis, demolições e reformas vêm exigindo cada vez mais soluções diversificadas de forma a reduzir o descarte de materiais e encaminhamentos para os aterros. Tem-se necessária, também, a potencialização do uso dos resíduos na geração de matérias-primas secundárias através da reciclagem, com vistas à redução da exploração dos recursos naturais não renováveis, de maneira que contribuam nas condições ambientais dos espaços urbanos (FRIGO e SILVEIRA, 2012). Este estudo pode ser um guia simplificado com sugestões simples e econômicas para clientes e construtores de pequenas e médias construções, inteligentes e responsáveis, na cidade de Curitiba, atendendo, assim, a resolução do CONAMA Nº 307/2002 e suas alterações (469/2015, 448/12, 431/11 e 348/04) que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos RCC.
DESENVOLVIMENTO
A construção civil e as perdas
A indústria da construção civil se divide em duas áreas básicas, edificações habitacionais, comerciais, reformas e outras. A construção pesada abrange vias de transporte e obras de saneamento, irrigação e drenagem, geração e transmissão de energia, sistema de comunicação e de infraestrutura de forma geral (SESI, 2008). Esta mesma fonte menciona que a indústria da construção, edificações, caracteriza-se pela dispersão geográfica, produção de bens fixos em uma área de trabalho temporária, com reduzido coeficiente de importação, mas elevada utilização de matérias-primas nacionais e por atividades que dependem das condições climáticas e são realizadas por empresas publicas, privadas ou indivíduos atuando por conta própria.
No Brasil, a construção civil é responsável por cerca de 14% do PIB nacional, sendo o setor um dos maiores consumidores de matérias-primas naturais, cerca de 20% a 50% deste total consumidos pela sociedade.(MESQUITA, 2012).
A indústria da construção civil emprega mão de obra direta e indireta em abundancia, sendo considerada uma das mais importantes atividades para o desenvolvimento econômico e social, gerando grande impactos ambientais devido ao consumo de recursos naturais, pela modificação da paisagem ou pela geração de resíduos. (PINTO, 1999).
Segundo Franco (2001), muitos setores da economia veem a construção civil como uma atividade atrasada, que emprega um grande contingente de mão de obra e adota procedimentos obsoletos para a realização de seus produtos. Sabe-se que ela é responsável por grande parte desperdício de materiais, tem deficiência de mão de obra qualificada, as condições de trabalho são precárias e há grande incidência de acidentes e de doenças ocupacionais.
Conceito de perdas
As dificuldades econômicas que assolam o país reflete este panorama para todos os setores, e considerando que o setor da construção civil é um setor produtivo estratégico como alavanca de desenvolvimento social e econômico do país, adotar estratégias empresariais mais eficazes focadas na racionalização possibilitando a obtenção de um produto final de mais barato, sem adelgaçar a qualidade.
Em um canteiro de obras, as perdas geradas ao longo do processo de produção podem ser o foco das atenções para obtenção de economia no montante final de uma obra ou reforma, combatendo os desperdícios e procurando soluções para o reaproveitamento de resíduos, de preferência in loco.
As perdas são resultados da ineficiência no uso de equipamentos, materiais, mão de obra, por isso, as perdas abrangem tanto a ocorrência de desperdícios de materiais quanto à execução de tarefas desnecessárias que geram custos adicionais e não agregam valor. As perdas de materiais nos canteiro de obras são provenientes de sobras de materiais adquiridos e restos de materiais tipo concreto e argamassa produzidos e não utilizados no final do dia de trabalho, alvenaria demolida, argamassa que cai durante a aplicação e não reaproveitada, sobras de tubos, aço, eletrodutos e etc.
Uma pesquisa desenvolvida no Brasil que contou com a participação de 18 (dezoito) Universidades e 52 (cinquenta e duas) empresas mostrou como um de seus principais resultados que as variações na perda chegaram a ordem de 100 vezes. Em alguns casos estas variações aconteceram entre diferentes empresas e em outros, entre canteiros de uma mesma empresa. Essas variações revelam que é possível reduzir enormemente as perdas sem mudança na tecnologia utilizada (AGOPYAN, et al., 1998).
A supressão de perdas exige que as empresas, em seus profissionais, saibam diferenciar, dentre as diversas atividades que compõe o processo produtivo,as que de fato contribuem para a obtenção do produto final e daquelas que são complementares, ou seja, que possam ser melhoradas ou suprimidas sem o prejuízo de qualidade do produto final. Deve-se tomar certo cuidado com a racionalização de atividades complementares, como a higiene e segurança do trabalho, que não agregam valor ao produto, mas produzem valor para os clientes internos.
Classificação das perdas
Seguindo a ideia de diversos autores quanto à classificação de perdas que geram resíduos e causam desperdício, foco do nosso estudo, podem ser divididas em:
Perdas por superprodução;
Perdas por manutenção de estoques;
Perdas por transporte;
Perdas por fabricação de produtos defeituosos;
Outras perdas.
Perdas por superprodução
As perdas por superprodução são aquelas decorrentes da falha de planejamento, produzindo mais que a necessidade, gerando demanda de espaço físico para armazenamento ou prejuízo, no caso de materiais perecíveis como o concreto, argamassa, etc.
Perdas por manutenção de estoques
Este tipo de perda também decorre de erro no planejamento, pois estoques podem gerar perdas diretas e indiretas de materiais devido à falta de cuidados no armazenamento expondo estes materiais às intempéries, roubos, danos físicos e até mesmo obsolescência tecnológica.
Para Costa (1999), a manutenção de estoques nos canteiros é compreendida pelo fato de que os gestores da obra sentem-se mais seguros quando podem contar com grandes quantidades de materiais estocado, garantindo assim a continuidade da produção e evitando paradas e ociosidade de operários, mas explicita a falta de planejamento, erros em orçamentos ou programação de entrega dos materiais no canteiro temporãmente.
Há ainda outro ponto negativo associado à manutenção de grandes estoques: a indução dos trabalhadores ao desperdício, pois sabem que há materiais disponíveis em grande quantidade no canteiro.
Perdas por transporte
O transporte de materiais num canteiro sempre acarretará em tempo e esforço do empregado na carga, descarga e condução dos materiais, e nessas ações é muito comum ocorrerem perdas por dispersão ou danos. Este tipo de perda é fácil combater realizando uma análise do ambiente com o processo produtivo, aprimorando do layout dos canteiros e aperfeiçoando a programação dos serviços e entregas de materiais.
Este tipo de perda está relacionado a todas as atividades de movimentação de materiais que geram custos e não adicionam valor, e que, além disso, podem ser eliminadas em um curto prazo de tempo (MEIRA et al, 1998).
Perdas por fabricação de produtos defeituosos
Produtos em desacordo com os requisitos de qualidade especificados em projeto tornam-se resíduos, e além de gerarem perda física dos materiais utilizados, ainda causam outras perdas associadas.
Para Costa (1999), estas perdas normalmente estão relacionadas a falhas na inspeção do processo, à falta de especificações e/ou detalhamentos nos projetos, à utilização de materiais defeituosos ou de qualidade inferior, à falta de capacitação da mão-de-obra, e outras.
Um exemplo muito comum em canteiros é a quebra manual de blocos cerâmicos, para formar meio bloco na construção de paredes de alvenaria.
Outras perdas
Nestas perdas estão inclusas todas as perdas de natureza diferentes das descritas nas categorias anteriores, que causam prejuízos para as empresas e podem ocasionar em atraso de cronograma da obra. Neste tipo de perdas relacionam-se: roubos, vandalismos, acidentes, condições climáticas adversas, etc.
Diretrizes para gerenciamento de RCC
Neste tópico começamos com um questionamento e uma definição de RCC, abordaremos a abrangência da Resolução 307 do CONAMA e a forma que esta classifica os resíduos, e como deve ser feito o gerenciamento de RCC no município de Curitiba. 
Entulho ou RCC?
O entulho pode ser definido como: caliça, pedregulhos, areia, restos de tijolos, argamassa, materiais resultantes de demolição ou desmoronamento. Na consciente popular também é sugerido como sinônimo de algo que atravanca ou enche, estorvo, mas poucos, entre os leigos, sabem que é um material muito rico para ser tratado como lixo. Numa linguagem mais técnica, o entulho é chamado de Resíduos de Construção Civil (RCC), mas também é citado na literatura técnica como RCD - Resíduos da Construção Civil e Demolição.
O entulho, ou RCC, acumulado é vetor de doenças como a dengue, febre amarela e local atrativo para roedores e insetos. Quando descartado irresponsavelmente em rios e córregos eleva o seu leito causando assoreamentos, resultando em enchentes e riscos de desabamento de residências próximas ao rio.
A Resolução 307 do CONAMA
Todo resíduo gerado a partir das atividades de construção, reforma, reparos e demolições de estruturas e estradas, bem como por aqueles resultantes da remoção de vegetação e escavação de solos é de responsabilidade do agente gerado, ou seja, do responsável da obrar. Os resíduos da construção civil representam um percentual significativo dos resíduos sólidos produzidos nas áreas urbanas, mas há caminhos viáveis, técnica e economicamente, para produção e uso de materiais provenientes da reciclagem destes.
Considerando a necessidade de implementar diretrizes com o objetivo de reduzir impactos ambientais gerados pelos resíduos oriundos da construção civil, frequentemente dispostos em locais inadequados contribuindo para a degradação da qualidade ambiental, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), no uso de suas competências, publicou, em 5 de julho de 2002, uma resolução que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil.
O objetivo principal desta resolução, e que deve ser o objetivo dos gestores de obras, é a não geração de resíduos e, depois, a redução, reutilização, reciclagem e destinação final adequada.
A elaboração e implantação do Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC) pelos geradores é outra exigência da resolução 307, porém este documento é obrigatório ser elaborado apenas aos grandes geradores para cada novo empreendimento, os pequenos e médios geradores não tem esta obrigação, mas podem se utilizar do modelo para orientar suas ações, adaptando à realidade de sua obra.
Classificação dos RCC
A resolução CONAMA 307 (BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente, 2002), art. 3º, classifica os RCC da seguinte forma:
Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:
de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;
de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto;
de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meio-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;
Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras, embalagens vazias de tintas imobiliárias e gesso; (Redação dada pela Resolução nº 469/2015).
Classe C - são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação; (Redação dada pela Resolução n° 431/11).
Classe D - são resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem como telhas e demais objetos, e materiais que contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde. (Redação dada pela Resolução n° 348/04).
§ 1º No âmbito dessa resolução consideram-se embalagens vazias de tintas imobiliárias, aquelas cujo recipiente apresenta apenas filme seco de tinta em seu revestimento interno, sem acúmulo de resíduo de tinta líquida. (Redação dada pela Resolução nº 469/2015)
§ 2º As embalagens de tintas usadas na construçãocivil serão submetidas a sistema de logística reversa, conforme requisitos da Lei nº 12.305/2010, que contemple a destinação ambientalmente adequados dos resíduos de tintas presentes nas embalagens. (Redação dada pela Resolução nº 469/2015).
A classificação conforme resolução 307 pode ser resumida pela tabela abaixo:
Tabela 2.1 – Classificação de Resíduos da Construção Civil
	CLASSE
	DEFINIÇÃO
	EXEMPLOS
	A
	Resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados
	Solos, tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento, argamassa, concreto, peças pré-moldadas, isopor.
	B
	Resíduos recicláveis para outras destinações
	Plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras, embalagens vazias de tintas imobiliárias (com filme seco), drywall, gesso.
	C
	Resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação
	Lã de rocha, lã de vidro, tubos de poliuretano, massa de vidro, saco de cimento pós-consumo.
	D
	Resíduos perigosos oriundos do processo de construção
	Tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde.
Fonte: BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente. 2002.
Gerenciamento de RCC no município de Curitiba
A resolução 307 determina, aos municípios, que seja implementada a gestão dos resíduos da construção civil através da elaboração do Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil.
O Plano Municipal de Gestão de RCC de Curitiba (CURITIBA, 2004) foi publicado por meio do Decreto Municipal n.º 1.068/2004, denominado de Plano Integrado de Gerenciamento de RCC, o qual estabelece diretrizes para o manejo e disposição dos resíduos de construção civil produzidos nos canteiros de obra e estabelece diretrizes para toda cadeia do setor, incluindo transportadores e áreas de destino final. O plano também define os pequenos geradores, aqueles que geram a quantidade máxima de 2500 litros ou 2,5 m³ de resíduos da construção civil classe A e C, num intervalo superior a dois meses, e estabelece que os empreendedores considerados grandes geradores, ou seja, construção com área construída acima de 600,0 m² ou demolição com área acima de 100,0 m², devem elaborar e executar os seus Projetos de Gerenciamento de RCC.
Os pequenos geradores que produzem até 0,5 m³ de resíduos num período não inferior a dois meses devem:
Separar os resíduos Classe A do Classe C;
Dispor os resíduos separados no passeio, em frente ao seu imóvel;
A coleta e o destino destes materiais será de responsabilidade do município.
Conforme o portal da prefeitura, Portal 156[footnoteRef:1], solicitações para coleta de resíduos vegetais (limitado a 10 carrinhos de mão), entulhos e caliças (limitados a 5 carrinhos de mão). Caso o volume depositado ultrapasse o limite coletado, será necessário contratar serviço particular para remoção. Importante especificar o material a ser coletado (azulejo, cimento, gramas, galhos, madeiras, etc) e depositá-lo de forma a não impedir o fluxo de pedestres na calçada. O registro de solicitação de coleta pode ser feito pelo telefone 156 ou pelo aplicativo “Curitiba 156” que está disponível na Google Play e Apple Store. [1: <http://www.central156.org.br/conteudo/coleta/24>, acesso em 13 de maio de 2019.] 
Os pequenos geradores que produzem até 2,5 m³ de resíduos num período não inferior a dois meses devem:
Separar os resíduos Classe A do Classe C;
Encaminhar os resíduos separados aos locais de recebimento ou transbordo designados pelo município;
Os resíduos Classe D (resíduos perigosos) deverão ser encaminhados à coleta especial de resíduos tóxicos do município.
A seguir será apresentada uma tabela com as relações de tipo de resíduo com a destinação adequada no município de Curitiba. Estas informações apresentadas na tabela foram confirmadas pelo telefone 156 (protocolo de atendimento nº 13119476). Posteriormente será apresentada uma tabela que relaciona as estações de sustentabilidade distribuídas por diversos bairros da cidade.
Tabela 2.2 – Relação do Tipo de resíduo x Destinação adequada para pequenos geradores na cidade de Curitiba
	CLASSE DO RESÍDUO
	VOLUME GERADO
	DESTINAÇÃO ADEQUADA
	VALOR APROXIMADO
	A
	até 0,5 m³ (*)
	Solicitar coleta pelo telefone 156 e dispor os resíduos separados no passeio, em frente ao imóvel
	Gratuito
	A
	entre 0,51 e 2,5 m³ (*)
	Encaminhar os resíduos separados aos locais de recebimento ou transbordo designados pelo município (estações de sustentabilidade)
	Gratuito
	A
	entre 2,51 e 5,0 m³ (**)
	Contratar empresa especializada de locação de caçamba, transporte e destinação final de resíduos
	R$ 200,00
	B
	até 0,6 m³ (***) 
	Dispor os resíduos recicláveis no passeio, em frente ao imóvel, para coleta do caminhão do "Lixo que não é lixo" ou encaminhar os resíduos separados aos locais de recebimento ou transbordo designados pelo município (estações de sustentabilidade)
	Gratuito
	C
	até 0,5 m³ (*)
	Solicitar coleta pelo telefone 156 e dispor os resíduos separados no passeio, em frente ao imóvel
	Gratuito
	C
	entre 0,51 e 2,5 m³ (*)
	Encaminhar os resíduos separados aos locais de recebimento ou transbordo designados pelo município (estações de sustentabilidade)
	Gratuito
	C
	entre 2,51 e 5,0 m³ (**)
	Contratar empresa especializada de locação de caçamba, transporte e destinação final de resíduos
	R$ 400,00
	D
	até 10 kg (****)
	Entregar, no terminal de onibus mais próximo da obra, para o caminhão da coleta especial (lixo tóxico). Esse caminhão tem um calendário próprio que pode ser confirmado pelo telefone (41) 3313-5739 ou pelo email limpezapub@smma.curitiba.pr.gov.br
	Gratuito
	D
	acima de 10 kg (**)
	Contratar empresa especializada de locação de caçamba, transporte e destinação final de resíduos
	R$ 200,00 da caçamba + R$0,52 p/ kg
(*) num intervalo não inferior a 02 (dois) meses;
(**) locação de caçamba por até 07 (sete) dias;
(***) por semana, sendo que a quantidade máxima a ser disposta à coleta deverá ser este valor dividido pelo número de frequência de coleta oferecido pela Prefeitura Municipal de Curitiba;
(****) uma vez por mês em cada terminal.
Tabela 2.3 – Relação de Estações de Sustentabilidade na cidade de Curitiba
	NOME
	CLASSE DO RESÍDUO
	LOCALIZAÇÃO
	BAIRRO
	
	
	
	
	Estação Boa Vista
	B
	Esquina das ruas Flavio Dallegrave e Jovino de Rosário
	Boa Vista
	Estação Santa Cândida
	B
	Esquina das ruas João Gbur, Oswaldo Portugal Lobato e Nicolau Scheffer
	Santa Cândida
	Estação Tingui
	B
	Esquina da Avenida Paraná com Rua Joaquim Nabuci
	Tingui
	Estação Guabirotuba
	B
	Esquina da Avenida Senador Salgado Filho com a Linha Verde, em frente ao Horto Municipal do Guabirotuba
	Guabirotuba
	Estação Vila Verde
	A
	Rua Lydio Paulo Betega esquina com Rua Marco Campos
	CIC
	Estação Sítio Cercado
	A
	Esquina da Rua Guaçuí com Travessa Eli Volpato
	Sítio Cercado
	Estação Cic
	A
	Esquina da Rua Cid Campello com a Rua João Bettega
	CIC
	Estação Cajuru
	B
	Esquina da Rua Florianópolis com a Rua Fabiano Barcik
	Cajuru
	Estação Cic - Mairi
	B
	Rua Paulo Roberto Biscaia (Parque Mairi)
	CIC
	Estação Fazendinha
	B
	Rua Frederico Lambertucci com Rua Pedro Floriano Sobrinho
	Fazendinha
	Estação Capão Raso
	B
	Rua João Rodrigues Pinheiro entre as Ruas Francisco de Camargo Pinto e Fátima Bark
	Capão Raso
Fonte: < http://www.curitiba.pr.gov.br/conteudo/estacoes-de-sustentabilidade/2715>, acesso em 18 de maio de 2019.
Projetos de Gerenciamento de RCC
De acordo com o PORTAL SINDUSCON-PR (s.d.), os Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC) deverão ser elaborados e implementados pelos geradores e terão como objetivo estabelecer os procedimentos necessários para o manejo e destinação ambientalmente adequada dos resíduos. Ficam isentos da apresentaçãodo Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil os geradores cuja obra seja inferior a 600 m² de área construída ou inferior a 100 m² no caso de demolição.
Os geradores cujas obras que se enquadram nos seguintes requisitos de área construída entre 70 m² e 600 m², ou remoção de solo acima de 50 m³, deverão preencher formulário específico nas Secretarias Municipais de Urbanismo ou Meio Ambiente, na ocasião da obtenção do alvará de construção, reforma, ampliação e demolição ou do licenciamento ambiental.
Obras maiores que 600 m² de área construída ou demolição com área maior que 100 m² deverão apresentar o PGRCC, o qual deverá ser aprovado para obtenção do licenciamento ambiental da obra ou para obtenção do alvará de construção, reforma, ampliação ou demolição.
Principais etapas de um projeto de gerenciamento (PGRCC)
Caracterização. Identificar e quantificar os resíduos;
Triagem. Realizar triagem, que poderá ser feita pelo gerador na origem, ou ser realizada nas áreas de destinação licenciadas para essa finalidade, respeitadas as classes de resíduos estabelecidos na resolução do Conama.
Acondicionamento. O gerador deve garantir o confinamento dos resíduos após a geração até a etapa de transporte, assegurando nos casos que sejam possíveis, a condição de reutilização e de reciclagem;
Transporte. Deverá ser realizado de acordo com as normas vigentes para o transporte de resíduos;
Destinação. Deverá ser feita de acordo com as classes a que pertencem os resíduos.
Segregação
Esta fase engloba a caracterização e a triagem dos resíduos entre as diferentes classes. A segregação é necessária para as etapas subsequentes do tratamento adequado aos resíduos, facilitando o acondicionamento e também para o próprio reaproveitamento na obra.
Os resíduos perigosos da Classe D, devido às suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, por isso estes resíduos devem ser separados dos resíduos não perigosos com o objetivo de evitar a contaminação.
Acondicionamento
O acondicionamento deve garantir a separação dos resíduos e facilitar o transporte do canteiro de obras para encaminhamento ao tratamento e destinação final. Os dispositivos definidos para o acondicionamento devem ser compatíveis com o tipo e quantidade de resíduos, com o objetivo de evitar acidentes, a proliferação de vetores, minimizar odores e o impacto visual negativo. Nesta etapa podem ser utilizados big bags, baias, caçambas, lixeiras comuns e entre outros.
Big bags
Os big bags são sacos confeccionadas em material plástico, com tamanho variando de acordo com a necessidade de armazenamento, porém os utilizados são os de 1 m³. Os big bags devem ser utilizados no acondicionamento de resíduos Classe B (papéis, plásticos e uniformes, luvas, botas inservíveis). O local dos bags deve ser coberto, sendo necessária a construção de suportes para posicioná-los abertos.
	
	
Figura 2.1 – Exemplos de Big Bags em canteiros de obras
Baias
Baias são instalações com divisórias para o acondicionamento temporário dos resíduos. As baias podem ser utilizadas para o acondicionamento de resíduos Classes B, C e D. Para resíduos Classe A o mais indicado são as caçambas estacionárias.
	
	
Figura 2.2 – Exemplos de Baias para RCC
Caçambas estacionárias
São estruturas metálicas com capacidade para cerca de 5 m³, indicadas ao acondicionamento de resíduos cuja massa e volume de geração sejam consideráveis, como os pertencentes à Classe A, além das madeiras, classificadas como Classe B. Sua retirada do local é realizada por caminhões-caçamba, projetados especialmente para este fim, que levam a caçamba até o local de segregação, tratamento dos resíduos ou destinação final.
Figura 2.3 – Caçamba estacionária 5m³
Lixeiras comuns
Nas áreas onde são gerados resíduos com características domésticas, (Classe B), indica-se a utilização de contentores comuns.
Transporte
A etapa do transporte define-se pela remoção dos resíduos dos locais de origem para estações de transferências, centros de tratamento ou, então, diretamente para o destino final, por diferentes meios de transporte (MASSUKADO, 2004). É de fundamental importância implantar uma logística para o transporte dos resíduos de modo a combater o acúmulo excessivo destes materiais no canteiro.
Para deslocamento horizontal dos resíduos são utilizados carrinhos de mão conforme vários modelos, já para a movimentação vertical utiliza-se tubos condutores de entulho ou elevadores de carga e/ou ainda grua para grande montantes de RCC.
A utilização de caçambas estacionárias facilita o transporte para destinação final com caminhões adaptados para este fim. As empresas transportadoras devem possuir licença ambiental para exercer esta atividade junto à Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
Tratamento e destinação final
O artigo 10 da resolução 307 menciona que os RCC de Classe A devem ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados; em último caso podem servir como aterros nas áreas de construção civil. No entanto, para os resíduos das Classes B, C, e D; a resolução não especifica formas de reutilização e reciclagem para cada tipo de classe, apenas indica que devem ser armazenados, transportados e destinados conforme as normas técnicas especificas.
O tratamento de RCC é determinante para que estes resíduos não sejam destinados incorretamente aos aterros sanitários, encostas de rios, terrenos baldios. A reciclagem de RCC pode resultar em subprodutos que retornam à construção civil como agregados e materiais reaproveitados de demolições.
Figura 2.4 - Processo de destinação e tratamento do RCC
Reciclagem de RCC
A reciclagem dos RCC poupa florestas, reduz a extração de pedras, protege as águas, evitando que o entulho seja descartado em rios, riachos, represas e ainda gera trabalho e renda, formando um tripé de sustentabilidade: economia, proteção ambiental e desenvolvimento social.
Os resíduos encontrados predominantemente no entulho, que são recicláveis para a produção de agregados, pertencem a dois grupos:
Grupo I - Materiais compostos de cimento, cal, areia e brita: concretos, argamassa, blocos de concreto;
Grupo II - Materiais cerâmicos: telhas, manilhas, tijolos, azulejos.
Figura 2.5 – Usina de reciclagem de RCC HB Ambiental
A empresa HB ambiental[footnoteRef:2] é uma usina de reciclagem de RCC classes A e B, a qual faz a recepção, triagem, beneficiamento e venda de materiais reciclados. Situada no município de Araucária, região metropolitana, a usina de reciclagem tem fácil acesso por meio da PR 421, a qual liga Curitiba a Araucária. [2: < http://www.hbambiental.com.br/>, acesso em 19 de maio de 2019.] 
Reciclagem do Gesso
A Resolução 307 disciplina a gestão e gerenciamento dos RCC’s. Nela o gesso era classificado como Classe C, ou seja, sem tecnologias ou aplicações economicamente viáveis para sua reciclagem ou recuperação, mas através da resolução 431/2011 altera o art. 3º da resolução 307/2002, estabelecendo nova classificação para o gesso. Esse resíduo foi reclassificado como Classe B, onde estão os materiais recicláveis como plásticos, papéis, metais, vidros e madeiras.
Para serem reciclados, os resíduos de gesso devem ser armazenados separadamente dos outros RCC. Adotando este procedimento, pode-se reciclar 100% do material, que possui inúmeras empregabilidades. Além da reutilização na construção civil, pode ser aplicado controladamente na agricultura para a correção de solos, como aditivo para compostagem, absorvente de óleos, controle de odores e secagem de lodos em estações de tratamento de esgoto. (PORTAL CONEXÃO PLASTILIT, 2013)
Reciclagem de Madeira
A empresa OK Ambiental[footnoteRef:3] trabalha com reciclagem de madeira na região de Curitiba. A madeira chega na empresa de diferentes geradores, sendo um destes a: construção civil. A madeira recebida tem dois destinos ambientalmente corretos e permitidos pela legislação, quais sejam: energiaou compostagem. A compostagem é o caminho ideal e absolutamente correto ambientalmente para empreendimentos com certificação LEED, modalidade de certificação que proíbe que a madeira produzida num empreendimento civil gere qualquer tipo de emissão. [3: < http://okambiental.com.br/>, acesso em 19 de maio de 2019.] 
A racionalização como ferramenta para a redução da geração de RCC
A construção civil atualmente é o seguimento industrial que abrange maior quantidade de mão de obra direta e indireta devido a grande cadeia produtiva de materiais empregados nas edificações. Sabe-se que a mão de obra não é tão bem qualificada como em outros segmentos industriais, mas por isso mesmo tem uma capacidade de absorção de mão de obra muito grande; portanto a relação homem-homem e homem-máquina devem ser desenvolvidos com o objetivo de melhorias na qualidade e obtenção de menor custo.
O seguimento de construção civil gera grande quantidade de resíduos, fruto do desperdício, cálculos de utilização mal feitos e planejamento desequilibrados, resultando o descarte dos RCC desfavorável ao meio ambiente.
É possível controlar a geração e descarte de RCC através da Racionalização da construção civil. O objetivo desta ferramenta é o aumento da produtividade, rentabilidade e qualidade e/ou simplesmente produzir qualidade.
Segundo Gehbauer (2002), racionalização é o "estudo do sistema de produção realista, com o objetivo de definir melhorias".
Racionalização para obter melhorias:
Melhorar as inter-relações: homem-homem e homem-máquina;
Melhorar o fluxo de materiais e produto;
Melhorar o fluxo de informações;
Melhorar a organização do processo de produção.
A racionalização é simplesmente fazer algumas alterações nas rotinas de trabalho dos colaboradores para produzir melhorias no processo construtivo, como economia de tempo, material e mão de obra e consequentemente diminuição de RCC.
No livro Racionalização na Construção Civil de Fritz Gehbauer, abrange-se processos de produção e gestão da racionalização no canteiro de obras. Em virtude das dificuldades inerentes no processo de construção de uma obra, cenário pouco convidativo para introduzir melhorias, o autor pretende fornecer subsídios para promover a racionalização.
Segundo, Fritz Gehbauer, tem-se três níveis de racionalização:
R1- Racionalização tipo 1: estudos de racionalização focado no processo de produção e no canteiro de obras, trata do fluxo de materiais e minimização das distâncias de transporte, otimização de máquinas utilizadas, melhoria do fluxo de informação e capacidade de pessoal.
R2- Racionalização tipo 2: trata de modo geral dos processos de uma empresa com ênfase no gerenciamento de funções de apoio, como aquisição, logística, novas tecnologias, disponibilização de recursos, gestão da informação, administração e desenvolvimento de pessoal, estratégias e outras.
R3- Racionalização tipo 3: organização da cadeia produtiva e suas interferências no foco da empresa.
Figura 2.6 - Níveis Distintos da Racionalização
A Racionalização tipo 1, foco deste trabalho, utiliza recursos da própria obra, onde proporciona condições para o processo construtivo eliminar os tempos de espera e ociosidades das equipes, principalmente nas interfaces de trabalho.
O incremento da mecanização na construção civil é uma realidade que possibilita métodos modernos de análise dos processos de construção. Mas ainda detalhes na organização do trabalho muitas vezes são desapercebidos propiciando a racionalização.
Outra fonte de racionalização é a ocorrência permanente de "retrabalho" devido a erros e defeitos eminentes, bem como trabalho incompleto por falta de material ou pela negligencia de trabalhadores, influenciando diretamente no aumento de custos da obra; consequência de planejamento inadequado.
RESULTADOS E DISCUSSÕES / CONCLUSÃO
Este estudo focou a necessidade de pequenas obras de construção, reformas e demolições se adequarem às legislações vigentes e às melhores práticas de gestão de canteiros de obras. A adoção de uma metodologia para a gestão dos RCC é, sem erros, viável técnica e economicamente, pois o estudo aponta que o município oferta serviços gratuitos de coleta e destinação final para pequenos volumes de RCC.
A segregação correta e a disposição final dos diferentes tipos de RCC permitem a valorização do resíduo, através da reutilização, reciclagem e a redução dos custos. Um gerenciamento eficaz dos resíduos, além de promover sua responsabilidade ambiental e atuação legal como agente gerador, é economicamente vantajoso e possibilita imprimir maior qualidade aos seus processos e produtos.
A reciclagem de RCC surge como uma solução para os entulhos, mas, considerando a energia gasta para o processamento desde o transporte até a usina, o ideal seria procurar reaproveitar o resíduo na própria obra, contudo seria ainda melhor se a execução do empreendimento gerasse o menor volume de RCC possível, combatendo as perdas com o auxílio de um planejamento ótimo das demandas que uma obra apresenta. 
Acredita-se que o trabalho alcançou a maior parte dos objetivos propostos, contribui para conscientização ambiental dos impactos causados pelos RCC quando dispostos inadequadamente, suscita a desejo de se aprofundar no tema e sugere a continuidade do assunto em trabalhos futuros com análise de estudos de casos. 
BIBLIOGRAFIA
AGOPYAN, Vahan, SOUZA, Ubiraci Espinelli Lemes de, PALIARI, José Carlos, e ANDRADE, Artemária Coêlho de. Pesquisa Alternativas para a redução do desperdício de materiais nos canteiros de obras. 1998. http://perdas.pcc.usp.br/Volume4/index.htm (acesso em 05 de maio de 2019).
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente. “Resolução CONAMA Nº 307.” Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. 05 de julho de 2002. http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=307 (acesso em 20 de abril de 2019).
COSTA, Adriano Luiz. Perdas na construção civil: uma proposta conceitual e ferramentas para prevenção. Porto Alegre: Dissertação (Mestrado em Engenharia) - Escola de Engenharia, PPGEC/UFRGS, 1999.
CURITIBA. “Decreto n.º 1068.” Institui o regulamento do Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil do município de Curitiba e altera disposições do Decreto n.º 1.120/97. 18 de novembro de 2004. https://leismunicipais.com.br/a/pr/c/curitiba/decreto/2004/106/1068/decreto-n-1068-2004-institui-o-regulamento-do-plano-integrado-de-gerenciamento-de-residuos-da-construcao-civil-do-municipio-de-curitiba-e-altera-disposicoes-do-decreto-n-1120-97-2004-11-1 (acesso em 26 de 04 de 2019).
CURITIBA. Secretaria Municipal de Meio Ambiente. “Manual de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil.” 2015. http://multimidia.curitiba.pr.gov.br/2016/00178995.pdf (acesso em 21 de março de 2019).
FRANCO, Eliete de Medeiros. Gestão do Conhecimento na Construção Civil: uma aplicação dos mapas cognitivos na concepção ergonômica da tarefa de gerenciamento dos canteiros de obras. 2001. https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/101514/182672.pdf?sequence=1&isAllowed=y (acesso em 28 de abril de 2019).
FRIGO, Juliana Pires, e SILVEIRA, Djalma Silva da. “Educação Ambiental e Construção Civil: Práticas de Gestão de Resíduos em Foz do Iguaçú-PR.” REMOA/UFSM - Revista Monografias Ambientais. 2012. https://periodicos.ufsm.br/remoa/article/view/5678/3912 (acesso em 05 de março de 2019).
GEHBAUER, Fritz. PLANEJAMENTO E GESTÃO DE OBRAS Um Resultado Prático da Cooperação Técnica Brasil-Alemanha. 2002. https://www.ebah.com.br/content/ABAAAgY9cAJ/planejamento-gestao-ras-fritz-gehbauer (acesso em 11 de maio de 2019).
MASSUKADO, Luciana Miyoko. Sistema de apoio a decisão: Avaliando cenários de gestão integrada de resíduos sólidos urbanos domiciliares. 2004. https://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/4292/DissLMM.pdf?sequence=1&isAllowed=y (acesso em 13 de maio de 2019).
MEIRA, Alexsandra Rocha, LIBRELOTTO, Lisiane Ilha, SANTOS, Patrícia Lima, e HEINECK, Luiz Fernando Mahlmann. Metodologiapara redução das perdas na construção civil. 1998. http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/8188/1/1998_eve_lfmheineck_metodologia.pdf (acesso em 10 de maio de 2019).
MESQUITA, Átila da Silva Gomes de. Análise da Geração de Resíduos Sólidos da Construção Civil em Teresina, Piauí. 2012. http://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/download/835/530 (acesso em 03 de maio de 2019).
PINTO, Tarcísio de Paula. Metodologia para a gestão diferenciada de resíduos sólidos da construção urbana. 1999. http://www.casoi.com.br/hjr/pdfs/GestResiduosSolidos.pdf (acesso em 03 de maio de 2019).
PORTAL CONEXÃO PLASTILIT. Reciclagem de gesso traz solução para construção civil. 27 de dezembro de 2013. http://www.conexaoplastilit.com.br/reciclagem-de-gesso-traz-solucao-para-construcao-civil/ (acesso em 20 de maio de 2019).
PORTAL SINDUSCON-PR. Gerenciamento de resíduos da construção civil. https://sindusconpr.com.br/gerenciamento-de-residuos-da-construcao-civil-1960-p (acesso em 2019 de maio de 13).
SESI, Serviço Social da Indústria. Manual de segurança e saúde no trabalho: Indústria da Construção Civil – Edificações. 2008. http://www.cpn-nr18.com.br/uploads/documentos-gerais/manual_de_sst_ind._construo_edificaes.pdf (acesso em 04 de maio de 2019).
Resíduos da Construção Civil
Trituração e transformação em agregados 
Revenda (para uso na construção civil)
Usina de reciclagem de RCC

Continue navegando