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CIMENTOS DENTÁRIOS É conhecido por cimento dentário, os materiais que tomam presa na cavidade oral e têm uma ampla gama de aplicações odontológicas e ortodônticas. Os usos comuns incluem restauração temporária dos dentes, revestimentos das cavidades para fornecer proteção pulpar, sedação ou isolamento e cimentação de aparelhos protéticos fixos. Eles são classificados de acordo com a sua reação química principal. Cada cimento deve ser testado em termos de bi condutibilidade, segurança e efetividade antes de ser usados em pacientes. Os cimentos tradicionais possuem componentes em pó e líquidos separados que são misturados manualmente para formar um líquido viscoso. Existem vários tipos cimentos dentários, tais como: Cimento para cimentação, muitas próteses são fixadas aos dentes com uso de agentes de cimentação, que apenas provêm adesão mecânica, como as usadas para próteses fixas; restaurações temporárias (ou provisórias), pinos e núcleos usados para retenção de restaurações. Alguns exemplos desses cimentos, são: o de fosfato de zinco, o de óxido de zinco e Eugenol reforçado, e cimento resinoso. Sua reação é ácido-base. Agentes de cimentação são desenvolvidos para preencher os espaços microscópicos entre uma peça proteica e o dente preparado. Ou seja, as áreas que não estão em contato devem ser preenchidas pelo cimento para prevenir o fluxo de fluidos orais e invasão bacteriana, essas seriam, as interfaces de cimentação. O procedimento para cimentação de coroas unitárias, é descrito como exemplo, em três etapas: aplicação de cimento, onde deve ser coberto toda superfície interna da coroa com cimento, e ser preenchido em torno da metade do volume interno da coroa, assentamento da peça, e a remoção do excesso de cimento, que logo após a assentamento fica presente nas margens da restauração excesso do material, e sua remoção vai depender do tipo de cimento usado. O deslocamento da peça proteica, pode ser causado por fratura na linha de cimentação, dissolução ou erosão, caries secundarias ou forças de cisalhamento excessivas. Cimento para proteção pulpar: São materiais especializados usados na cavidade preparada para proteger a polpa de irritantes térmicos ou químicos e dos demais agravos. As propriedades desses cimentos são, os Vernizes cavitários, materiais forradores como o Hidróxido de Cálcio P.A, que possui alto PH e estimula a formação de dentina segundaria, sobre a polpa traumatizada para protege-la a longo prazo. Cimentos para bases, ao contrário dos materiais para forramento, bases são aplicas em camadas mais grossas, abaixo de matérias restauradores para proteger a polpa de traumas térmicos, choques galvânicos e irritação química. Exemplos, são cimentos de fosfato de zinco e OZE. Cimentos para procedimentos restauradores: São materiais utilizados tanto para forramento da cavidade pulpar, fazendo com que proteja a polpa de agressões da cavidade bucal, assim como também apresenta funções de cimentos usados para restaurações tanto provisórias como definitivas, como é o caso de dente decíduo. Um exemplo o ionômero de vidro. O procedimento geral é o mesmo de resinas compostas. No começo do século XX, OZE, cimento de zinco e o cimento de silicato, era os principais materiais usadas para restaurações. O cimento de fosfato de zinco: Foi o primeiro cimento dental a aparecer no mercado odontológico e é visto como o "padrão" para comparação com outros cimentos dentários. Os muitos usos deste cimento incluem cimentação permanente de coroas, aparelhos ortodônticos, talas intraorais, sistemas de postes e próteses parciais fixas. O fosfato de zinco exibe uma resistência à compressão muito alta, resistência à tração média. A química presa do fosfato de zinco, ele é constituído por um pó e líquido que são misturados logo antes de serem usados. O líquido controla o pH e a taxa de reação ácido-base com o pó. A manipulação clínica desse cimento, ocorre quando o pó de oxido de zinco é dispensado numa placa de vidro e dividido em diversas porções. A quantidade do pó é indicada nas instruções do fabricante, e deve ser medida somente por sua própria colher dosadora. Já o líquido é medido pela quantidade de gotas dispensadas. O pó é dividido em 4 partes iguais, depois uma delas é dividida ao meio. Essa primeira porção deve ser manipulada por 10 segundos, assim como a segunda e a terceira. A quarta e a quinta porção deve ser por 15 segundos cada, e a última por 30 segundos. Após o término da manipulação a consistência final deve ser verificada pela formação de um fio ao levantar a espátula. Logo depois da presa, acontece a remoção do excesso de cimento, que devem ser removidos com um fio dental. O seu controle de tempo de trabalho, pode ser até certo ponto controlada para se adequar a situações clínicas específicas. Depois a retenção. As propriedades mecânicas e biológicas do fosfato de zinco, ele apresenta resistência a compressão, resistência diametral e módulo de elasticidade, tornando-o relativamente resistente e rígido em comparação com os outros cimentos. O cimento de porlicarboxilato de zinco: foi o primeiro sistema de cimentação que surgiu como resultado do esforço para s obter um agente adesivo cimentado que pudesse ser firmemente preso a estrutura do dente. Ele é apresentado como um sistema pó-líquido e sua presa se dar por meio de uma reação ácido-base, seu tempo de presa varia de 6 a 9 minutos. Ele tem adesão química à estrutura do dente, tendo adesão maior no esmalte do que na dentina. Para a manipulação clínica do cimento de policarboxolato, é essencial limpar a superfície contaminada da cavidade da prótese para melhorar a mobilidade e a adesão mecânica na interface do cimento dental e garantir um melhor contato íntimo, favorecendo a interação entre o dente e o cimento. A cavidade deve ser isolada para evitar contaminação. Após esta exposição do metal, a fundição deve ser enxaguada para remover os resíduos e depois secar. Absorção com algodão antes da cimentação é considerada secagem adequada. Depois da mistura do cimento, acontece a remoção do seu excesso de cimento, que só deve ser removido quando o processo de assentamento é concluído e o cimento endurece completamente. Seu tempo de trabalho é bem menor do que o de fosfato de zinco, cerca de 2,5 a 5 minutos. As propriedades mecânicas e biológicas do policarboxolato, a resistência à compressão oscila aproximadamente entre 55 e 67 MPa, menor que o fosfato de zinco. Porém, ele é mais elástico, o que o torna mais difícil de fazer remoções dos excessos de cimento na peça depois do assentamento. Cimento de ionômero de vidro (CIV0: são materiais que consistem de partículas inorgânicas de vidro dispersa numa matriz insolúvel de hidro gel. Apresentam adesividade com a estrutura dental, liberam flúor, apresentam maior resistência à degradação do que os cimentos de fosfato de zinco. Ele é considerado superior, pelo fato de ser aderente e translúcido. São usados para restaurações estéticas dos dentes anteriores. A capacidade de liberar flúor torna os CVIs o material de escolha para restaurações que falharam por cáries segundarias, a sua principal desvantagem é seu processo de maturação longo. Os CIVs são classificados como: Tipo I: cimentação; Tipo IIa: restauração estética; Tipo IIb: restaurações reforçadas; Tipo III: material de base e forramento. Sua reação de presa é ácido-base. A composição do vidro, vai variar conforme o fabricante. Mas, alguns elementos, como sílica, cálcio, alumio e flúor, estão sempre presentes em sua composição. O ácido tártaro é um composto somado ao líquido do CIV para equilibrar a taxa de reação e permitir a utilização de uma maior gama de tipos de vidro, além de melhorar as características de manipulação. Tem reação de presa é ácido-base. O CIV tem uma adesão parecida com ao do cimento de policarboxilato. Para a manipulação do Ionômero,a superfície dentária deve apresentar-se limpa e seca. A limpeza pode ser feita com peróxido de hidrogênio ou solução aquosa de ác. Poliacrílico. Secar, mas não desidratar. Para preparo do material, coloca-se a quantidade de pó recomendado para cada caso sobre a placa de vidro ou bloco de papel. Divide-se o pó em duas metades, depois goteja o líquido com o frasco na posição perpendicular. Aglutina-se a primeira metade do pó ao líquido e manipula por 15 segundos, adiciona o pó restante a massa, e manipula por mais 15 segundos, obtendo-se uma massa cremosa, vítrea e úmida. Na inserção do material, o preparo cavitatorio deve ser preenchido com ligeiro excesso de CIV para restauração. Depois dessa inserção, a superfície deve ser recoberta com matriz de poliéster por em torno de 5 minutos, para proteger o material do ganho ou perda de água durante a presa inicial. Dentre os materiais fluoretados, os cimentos de ionômero de vidro têm demonstrado maior liberação de flúor. Através da liberação de íons flúor, o cimento de ionômero de vidro consegue manter ao seu redor um ambiente propício à remineraliza cão, pois o flúor interfere no metabolismo das bactérias, se liga ao esmalte tornando-o mais resistente aos ácidos e diminui a desmineralização. Propriedades mecânicas e biológica, o ionômero de vidro promovem uma maior reação pulpar do que cimentos de OZE, mas menor do que o fosfato de zinco. Cimentos de ionômero de vidro reforçados por metais: alguns ionômeros convencionais podem ser reforçados pela incorporação de íons metálicos ao vidro – geralmente a prata, durante a etapa de manipulação, em que partículas de liga de amálgama ou partículas de liga são acrescentadas ao pó do ionômero em volume ou são sintetizadas a altas temperaturas e fundidas ao vidro durante o processo de fabricação do material. Cimentos de ionômero de vidro de alta viscosidade: se caracterizam por conterem pó cujas partículas têm dimensões inferiores às dos ionômeros comerciais, e ainda por possuírem ácido liofilizado agregado ao pó. Como resultado esses materiais são mais densos que os ionômeros convencionais, e a dureza superficial também é maior. Os passos clínicos para Manipulação, são os seguintes: isolamento do dente com rolos de algodão, acesso da lesão da cariosa com instrumentos manuais, remoção do tecido cariado amolecido com curetas, aplicação de um CIV de alta viscosidade usando pressão digital. Cimentos de ionômero de vidro modificados por resina (ionômero Híbrido: apresentam na sua composição uma mistura de água/HEMA. A quantidade de água absorvida parece ser diretamente proporcional ao conteúdo de HEMA do material. São usados para substituir parte do componente liquido de CIV, também está aplicado em selantes, base, núcleo de preenchimento, restaurações adesivos, brackets ortodônticos, material para forramento de fóssulas e fissuras, e para base. O componente liquido geralmente contém uma solução aquosa de ácido poliácrilico, HEMA, e ácido poliacrílico modificado com metacrilato. O pó, contem partículas de vidro de flúor, alumino silicato de um CIV convencional e iniciadores para fotoativação. Sua reação é ácido-base. Seu mecanismo de adesão é o mesmo escrito para CIVs convencionais. Por conta dos monômeros presentes nesse cimento, ele se torna mais translúcido nas restaurações. Tem uma liberação de flúor igual ao do CIVs convencionais, mas a resistência a tração diametral é maior. Os monômeros contidos do CIVs híbrido aumentam a sorção de água e causam expansão de até 8% em volume. Cimentos de ionômero de vidro com aluminato de cálcio: um produto híbrido de composição intermediaria entre o aluminato de cálcio e o CIV, desenvolvido para cimentação de próteses fixas, é uma nova adição para família dos ionômeros de vidro. Os compômeros são resinas compostas que contém uma matriz de fluosilicato de alumínio com componentes poliácidos. Possuem propriedades de resistência melhores do que os cimentos de ionômero de vidro e piores do que as resinas compostas. São compostos, Pasta única, Pó: fluorsilicato de estrôncio e alumínio, óxidos metálicos e iniciadores de ativação química e/ou por luz; Líquido: Monômero metacrilato/ácidos carboxílicos polimerizáveis, acrílicos multifuncionais e água. Seu mecanismo de adesão, é autoadesivo, assim como os CIV convencionais ou ionômeros híbridos, pela hidrólise dos grupamentos. Para manipulação, a estrutural dental deve ser condicionada antes da aplicação do agente adesivo dentário seguida da aplicação do compômero. Seu acabamento é realizado da mesma maneira que para resinas compostas. A absorção de agua por compômeros restauradores, podem chegar a 3,5 % em ácido-base e causar subsequente liberação de flúor. Cimentos resinosos: virtualmente insolúveis nos fluidos orais, e apresentam a tenacidade à fratura mais alta do que todos os cimentos. Química e presa; São versões de baixa viscosidade de resinas compostas. Manipulação clínica; são adequados para todo tipo de restaurações. Se apresentam em forma de pó e líquido ou de duas pastas, que devem ser misturadas num bloco de papel impermeável de 20 a 30 segundos. Sua ativação é lenta e permite tempo de trabalho prolongado. Os excessos de cimento devem ser removidos imediato, logo após o assentamento da restauração. Próteses metálicas - A composição metálica, geralmente, é de uma liga de níquel-cromo ou cromo-cobalto. A principal vantagem é a estabilidade que ela oferece durante a mastigação, além de proteger e manter os dentes originais e remanescentes do paciente. Próteses poliméricas, facetas resinosas, coroas e prótese fixas são cimentadas como cimentos resinosos. - Próteses Cerâmicas; algumas restaurações cerâmicas são translúcidas e a cor do cimento resinoso pode afetar a estética da peça. Brackets ortodôntico, são acessórios fundamentais no tratamento ortodôntico. Cimento de óxido de zinco e eugenol (OZE): É formado a partir da reação entre o óxido de zinco e o eugenol. Geralmente encontrado na forma de pó e líquido, é utilizado principalmente como cimento temporário, base ou forramento, restaurador provisório e na obturação de canais radiculares, sendo que uma consistência diferente é utilizada para cada fim. O OZE é comumente usado para cimentação e restauração provisórias devido as suas qualidades terapêuticas e pH NEUTRO. O cimento de OZE é apresentado como um sistema pó-líquido ou de duas pastas. O pó contém, óxido de zinco e o líquido é eugenol. Quando um cimento de OZE, é misturado até conquistar uma consistência rígida, parecida com massa de vidraceiro, ele serve efetivamente como restaurador provisório com duração de até um ano. Sua manipulação clínica, por ter diversos usos se tona um material versátil. O OZE, deve ser manipulado da seguinte forma; a dosagem de pó e líquido deve ser feita de acordo com às recomendações do fabricante. O pó deve ser adicionado lentamente ao líquido em uma placa de vidro, inicialmente em pequenas porções e aumentando gradativamente. No caso de restaurações provisórias, deve-se obter um material com viscosidade bem maior, na forma de massa, para facilitar a inserção na cavidade e permitir ótimas propriedades mecânicas e terapêuticas (dentro das limitações do produto). Apesar das possíveis variações, devem ser obedecidos os seguintes tempos, contados a partir do início da mistura: • tempo de mistura - 3 minutos; • tempo de trabalho - cerca de 30 minutos; • tempo de presa na placa de vidro - cerca de 2 horas. Sua reação química; a reação de presa é uma reação de quelação que envolve basicamente o óxido de zinco e o eugenol. Na presença de água, esses compostos formam uma matriz de eugenolato de zinco. A água hidrolisa o óxido de zinco, tornando-o hidróxido de zinco. Algumas vantagens desse cimento, é o tempo de presa adequado, fácil aplicação. E desvantagem como, sabor desagradável e o eugenol queirrita os tecidos. Cimentos de mineral Trióxido agregado: é um cimento cuja composição envolve os elementos silicato tricálcico, aluminato tricálcico, óxido de silicato, óxido de bismuto e ainda pequenas quantidades de outros óxidos que modificam as propriedades químicas e físicas. Sua aplicação na odontologia é indicada em casos de apicificações radiculares, nas situações que exigem apicectomias com retrobturações e nos procedimentos onde há necessidade de realizar capeamento pulpar direto. Podem ser destacados fatores desfavoráveis, como: consistência granulosa, tempo de trabalho curto e tempo de presa lento. A manipulação clínica, O MTA apresenta vantagens quando comparado a outros compostos, como resposta inflamatória apresenta a característica de atividade antimicrobiana, esse cimento também se destaca por ser de fácil manipulação, favorece a formação de tecido duro, possuir baixa solubilidade. Porém apresenta algumas desvantagens, como um longo tempo de presa, baixa resistência à compressão e um alto custo. Aplicações endodônticas; O cimento de MTA está começando a substituir o hidróxido de cálcio como curativo endodôntico. Capeamento pulpar; para o tratamento de exposições pulpares, a consistência do MTA pode ser mais fluida, o sangramento deve ser controlado com pressão no local da exposição com uma bolinha de algodão umedecida em solução salina, uma solução bem diluída de hipoclorito de sódio ou em uma solução fraca de homeostático. Selantes do canal radicular; são versões especializadas dos cimentos usados com guta-percha para obturar e selar canais radiculares preparados. Cimentos de fosfato e cálcio; Cimentos de fosfato de cálcio (CFC) possuem um perfil biológico atraente para o desenvolvimento de implantes ou preenchimentos ósseos, pois apresentam composição química muito semelhante à fase mineral dos ossos e dentes (íons fosfato e cálcio). Podem, então, participar ativamente do equilíbrio iônico entre o fluido biológico e a cerâmica apresentando grande habilidade em formar ligações com o tecido hospedeiro sem, no entanto, apresentar toxidade local ou sistêmica, resposta inflamatória ao implante e formação de um tecido fibroso envoltório. Materiais com liberação de flúor; Material liberadores de flúor; tem apresentado grande desenvolvimento nos últimos anos, pois o íon flúor liberado é capaz de controlar o desenvolvimento de cárie, quer inibindo a desmineralização, quer ativando a remineralização do esmalte/dentina. Embora o cimento de ionômero de vidro tenha a propriedade de liberar flúor, ele foi modificado com a incorporação de resina para melhorar suas propriedades físicas. Em acréscimo, resinas compostas com flúor têm sido desenvolvidas com o intuito de interferir no desenvolvimento de cárie. Fatores que afetam a liberação de flúor in vitro: Estudos sobre a liberação de flúor são geralmente realizados in vitro, onde as condições experimentais podem ser rigorosamente controladas e o conteúdo do flúor é mais facilmente mensurado. Recarga de flúor; Dados de estudos in vitro demonstraram que a liberação de flúor dos ionômeros de vidro permanece ativa por muitos anos, embora a taxa de liberação diminua em aproximadamente 10 vezes nos primeiros meses. Significância clínica, é importante pois, mostra a relevância dos estudos clínicos, onde trazem a avalição dos materiais restauradores. Solubilidade e degradação de cimentos; Cimentos no ambiente oral estão constantemente expostos a uma variedade de ácidos produzidos por micro-organismos ou consumidos com alimentos e bebidas. Manipulação de Óxido de Zinco e Eugenol FLS O óxido de zinco e Eugenol, é um cimento para restaurações provisórias. Para sua manipulação, se faz necessários os seguintes materiais: Manequim, placa de vidro, espátula N36, pinça clínica, espátula N1, algodão, pote dappen de vidro, óxido de zinco em (pó), Eugenol (liquido). Para iniciar o procedimento de manipulação, com o óxido de zinco em pó, junto com Euganol em mãos, na placa de vidro deve pingar duas gotas do líquido de euganol, junto com 3 medidas de óxido de zinco. Divide-se o pó em duas porções de partes iguais, depois uma das partes divide-se ao meio e vai misturando aos poucos com o euganol. Forma- se um rolo com a massa trabalhada e verifica-se a consistência. Em seguida, deve ser levado pequenas porções da massa até a cavidade utilizando a espátula N1, faz-se isso até preencher toda a cavidade com o material. Logo, retira-se o excesso e adequa o material as paredes da cavidade obedecendo a forma do elemento dentário. Passa um algodão umedecido, em água destilada sobre o local restaurado auxiliando o tempo de presa. Assim, também utilizando a seringa tríplice para secar a estrutura. As propriedades físicas e biológicas do material: É bom selador; permite um bom vedamento marginal; - Ação terapêuticas sobre a polpa (prop. Anódinas e antissépticas), além de promover a formação de dentina secundária; - baixa solubilidade nos fluidos bucais; - baixa resistência mecânica (incorpora-se substâncias p/ aumentar a resistência. Ótimo isolante térmico; - bactericida e bacteriostático. Ele é utilizado para cimentação provisória, forramento, material restaurador provisório. Adicionalmente, podem ser utilizados para fixação de próteses e dispositivos ortodônticos. A sua reação de presa ocorre em duas fases o Hidrólise do óxido de zinco; Hidróxido de zinco (base) reage com eugenol (ácido), formando o eugenolato de zinco (sal). Há formação de água como subproduto, que é utilizada na hidrólise do ZnO (reação auto catalítica). O resultado final é uma matriz amorfa (eugenolato de zinco, um quelato) envolvendo as partículas de óxido de zinco que não foram totalmente consumidas na reação. A reação é caracterizada, como ácido-base, reação auto catalítica. A velocidade da reação é aumentada na presença de umidade e calor.
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