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Direito Aplicado a Negócios
Aula nº 02 - Empresa, Empresário, Registro e Inscrição
1
Qual a relevância da atividade empresarial em um Estado? 
As empresas são organizações que desempenham atividades comerciais, produtivas, agrícolas ou de prestação de serviços tendo como principal finalidade a obtenção do lucro.
 Elas servem para produzir bens e serviços que satisfazem as necessidades dos consumidores. Nesse processo, as empresas geram lucro, criam riqueza. Essa riqueza é distribuída não só pelos proprietários, como também pelos colaboradores, fornecedores, Estado e a sociedade em geral.
Entendemos que existe a plena necessidade do exercício da atividade empresarial, visto ser esta a principal fonte de "giro" da chamada economia de mercado. A atividade empresarial gera empregos, impostos, encargos previdenciários, e tudo isso alavanca a economia de um país.
Nesse aspecto, a ordem econômica está fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa (Art. 170 da CF/1988), permitindo que as atividades empresariais sejam exercidas pelos agentes que atuam no mercado.
O Estado permite o exercício da atividade, porém a regulamenta, exigindo registro nos órgãos de registro de empresas, que ficam a cargo das Juntas Comerciais (Art. 967 do Código Civil). 
O novo Código civil de 2002 (art.966), corresponde ao Direito Empresarial, que compreende, além do comércio, qualquer atividade organizada, para a produção ou circulação de bens ou serviços, exceto a atividade intelectual, de natureza científica, literária ou artística. 
Empresa- Empresário
Art. 966 do Código Civil
O Código Civil de 2002, revogando a parte geral do Código Comercial de 1850, adotou a “Teoria da Empresa”, estendeu o conceito de comerciante e da própria sociedade mercantil, passando a denominação de empresário e sociedade empresária.
Empresa - empresário
O art. 966 define o que seja empresário: 
"Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Profissionalismo
Atividade
Econômica
Organizada
Produção
Circulação
Bens
Serviços
Hoje, para identificação do empresário é considerada a forma pela qual é exercida a atividade (art. 966 do Código Civil), noção que abrange praticamente todas as atividades econômicas.
 
 Empresário
Conceito: é todo aquele que exerce com profissionalismo, uma atividade econômica, organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços.
· Profissionalismo - atuar com habitualidade (e não esporadicamente) e com pessoalidade, ou seja, ser o responsável direto pelo exercício da atividade. 
· Atividade econômica - deverá explorar uma atividade com fins lucrativos, ou seja, que tenha por escopo o lucro. O lucro é o objetivo.
· Organizada – o sujeito deverá organizar todos os fatores relacionados à sua atividade (fatores de produção), tais como: 
. capital (quantidade de recursos a ser aplicada na atividade empresarial), 
. mão de obra (qualidade e desempenho dos funcionários),
. insumos e tecnologia (conhecimento específico para o exercício da atividade).
Exceções
O parágrafo único do referido art. 966 algumas hipóteses nas quais certas pessoas, ainda que preencham os requisitos necessários, não são consideradas empresárias.
Não se considera empresário quem exercer profissão intelectual de natureza científica (médicos e dentistas), literária (escritores e editores) ou artística (artesãos, atores e cantores), ainda que, para tanto, atuem com profissionalismo, voltados fins lucrativos e de modo organizado, salvo se, no exercício da profissão for constituído elemento de empresa.
O elemento de empresa é constituído quando o sujeito deixa de se dedicar preponderantemente ao exercício da atividade intelectual para gerir sua atividade, tornando-se assim, um verdadeiro empresário.
Parágrafo Único do Artigo 966 – PROFISSIONAIS LIBERAIS
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, SALVO se o exercício da profissão constituir elemento da empresa".
Comentário:
Quais são os tipos de profissionais liberais?
O profissional liberal é aquele que tem total liberdade para exercer a profissão após concluir o ensino universitário ou técnico. São pessoas físicas que prestam serviços em sua área de trabalho. Entre esses profissionais estão médicos, advogados, jornalistas, dentistas, psicólogos, arquitetos, entre outras categorias.
Exemplo de profissional liberal – constituiu ELEMENTO DE EMPRESA
Como exemplo, de elemento de empresa pode-se considerar a situação de um médico especialista que inicialmente atende em uma consultório particular e conta somente com a ajuda de uma secretária. Após expandir suas atividades vê a necessidade de contratar mais médicos especialistas para trabalhar no local, bem como disponibilizar serviços referentes a atividade que exercem, oferecer exames, estrutura hospitalar, atendimento personalizado passando a contar com toda uma equipe de administradores, secretários, serviço de limpeza, setor de Recursos Humanos, advogados. Assim, passa-se a constituir uma empresa, onde o médico que deu inicio será um elemento da empresa, fará parte do todo.
Trata-se de estrutura organizacional da atividade, que, ao ganhar complexidade na sua organização, deixa de se tratada como uma atividade desvinculada do mundo empresarial. 
Para Fabio Ulhoa, "o elemento de empresa é a organização". Assim uma vez organizada a atividade passa a ser empresarial, ainda que baseada em uma atividade originalmente intelectual ou artística
A nomenclatura “sociedade simples” é estabelecida pela primeira vez no Brasil pelo Código Civil de 2002. É a forma societária adotada para as atividades não empresariais, ou seja, nas sociedades de profissionais liberais ou intelectuais.
A sociedade simples é uma sociedade entre duas ou mais pessoas, que tem como objetivo a prestação de serviços por meio de seus sócios. Neste tipo de parceria, os sócios exercem a suas profissões ou prestam serviços de natureza pessoal.
Podemos citar como exemplo, a parceria entre médicos, nutricionistas, dentistas, advogados, pesquisadores e escritores, entre outros profissionais, que formam uma sociedade para oferecer serviços alinhados com as suas atividades pessoais.
Art. 1.150. O empresário e a sociedade empresária vinculam-se ao Registro Publico de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, e a sociedade simples ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas...
Exemplos: Art. 966 parágrafo Único
SALVO SE:
É o caso, por exemplo, do médico que agrega a prática da medicina um “SPA”, onde ao paciente se oferece repouso e alimentação; 
. do veterinário que, além do seu oficio, em uma pet shop vende ração para os animais, medicamentos, bem como hospeda os animais na viagem de seus donos.
***Com o advento do Novo Código Civil é considerado empresário quem realiza tarefas de modo esporádico?
NÃO será empresário, porque, aquele que organizar ESPORADICAMENTE a produção de certa mercadoria, mesmo destinando-a à venda no mercado.
Ex: se uma pessoa está apenas fazendo um teste ou socorrendo-se de uma situação emergencial em suas finanças, e NÃO se torna habitual o exercício da atividade, ele não é empresário.
 
*** O comerciante de perfume, que trabalha com os produtos até os locais de trabalho (sacoleiros), são considerados empresários?
NÃO, porque explora atividades de circulação de bens, com intuito de lucro, habitualidade e em nome próprio, NÃO é empresário, porque NÃO contrata empregado, NÃO organiza mão-de-obra.
Registro de Empresa
Registro de Empresa
LANÇANDO O DESAFIO...
VAMOS AJUDAR MÁRIO A ORGANIZAR-SE COMO EMPRESÁRIO?
-Atos do registro de empresa
São três os atos de registro de empresa: a matrícula (1), o arquivamento (2) e a autenticação (3).
(1) Matrícula. Ato de inscrição dos tradutores públicos, interpretes comerciais, leiloeiros, trapicheiros e administradores dearmazéns gerais. São profissionais que desenvolvem atividades comerciais.
 
(2) Arquivamento. Referente a inscrição do empresário individual bem como à constituição, dissolução e alteração contratual das sociedades empresárias.
(3) Autenticação. Referente aos instrumentos de escrituração, que são os livros comerciais e as fichas escriturais. É a condição de regularidade do documento
Inscrição:
Art. 967 do Código Civil:
É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.
Art. 968 do Código Civil
A inscrição do empresário far-se-á mediante requerimento que contenha:
I - o seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se casado, o regime de bens;
II - a firma, com a respectiva assinatura autógrafa que poderá ser substituída pela assinatura autenticada com certificação digital ou meio equivalente que comprove a sua autenticidade, ressalvado o disposto no inciso I do § 1o do art. 4o da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006;
III - o capital;
IV - o objeto e a sede da empresa.
§ 1º Com as indicações estabelecidas neste artigo, a inscrição será tomada por termo no livro próprio do Registro Público de Empresas Mercantis, e obedecerá a número de ordem contínuo para todos os empresários inscritos.
§ 2º À margem da inscrição, e com as mesmas formalidades, serão averbadas quaisquer modificações nela ocorrentes.
Finalidades do Registro:
 dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos da empresas;
 cadastrar as empresas nacionais e estrangeiras em funcionamento no país e manter atualizadas as informações dessas empresas.
Consequências para o empresário irregular:
 também não pode pedir recuperação empresarial;
 os seus livros não poderão ser autenticados na Junta Comercial, ficando impossibilitado de utilizá-los como prova (artigo 379 do CPC), e se for decretada sua falência, esta será fraudulenta;
 sendo uma sociedade, a responsabilidade dos sócios será ilimitada;
 não pode participar de licitações;
 não pode inscrever-se nos cadastros fiscais nem no INSS.
As Juntas Comerciais dos estados, subordinadas administrativamente aos respectivos governos e tecnicamente ao DNRC - O Departamento Nacional de Registro do Comércio , têm a competência da execução do registro das empresas.
O que é e para que serve a Junta Comercial?
A Junta Comercial é um órgão governamental que registra atividades relativas a empresas e sociedades empresariais.
Cada estado tem sua Junta Comercial própria com o acervo de registros de empresas em todas as cidades daquele estado.
A Junta de cada estado é representada por uma sigla diferente.
Embora os serviços oferecidos sejam os mesmos.
Por exemplo:
a Junta Comercial do estado de São Paulo é representada pela sigla JUCESP, a de Minas Gerais, pela sigla JUCEMG, a de Santa Catarina, pela sigla JUCESC, entre outras.
Outra informação importante é que toda Junta Comercial é subordinada ao Poder Executivo de seu respectivo estado.
E também ao Departamento Nacional do Registro do Comércio, ou DNRC.
Art. 969 do Código Civil
O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em lugar sujeito à jurisdição de outro Registro Público de Empresas Mercantis, neste deverá também inscrevê-la, com a prova da inscrição originária.
Parágrafo único. Em qualquer caso, a constituição do estabelecimento secundário deverá ser averbada no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede.
Preposto X Preponente 
 
Preponente
É quem constitui o preposto, em seu nome, por sua conta e sob sua dependência, para ocupar-se dos negócios relativos a suas atividades, ou seja, é a sociedade empresária ou o empresário, podendo ainda ser identificado como o patrão, empregador ou titular do negócio.
O CÓDIGO CIVIL DISPÕE EM SEU ARTIGO 1.177.
 Seção III
 Do Contabilista e outros Auxiliares 
Art. 1.177. Os assentos lançados nos livros ou fichas do preponente, por qualquer dos prepostos encarregados de sua escrituração, produzem, salvo se houver procedido de má-fé, os mesmos efeitos como se o fossem por aquele. 
PARÁGRAFO ÚNICO. No exercício de suas funções, os prepostos são pessoalmente responsáveis, perante os preponentes, pelos atos culposos (conduta VOLUNTÁRIA, porém DESCUIDADA de um agente) perante terceiros, solidariamente com o preponente, pelos atos dolosos (conduta INTENCIONAL de alguém). 
Preposto:
Prepostos são os auxiliares dos empresários direcionados ao exercício da atividade empresarial, ou seja, da empresa. 
Sozinho o empresário não é capaz de exercer a empresa e dependendo do tamanho desta há necessidade de dezenas, centenas ou até milhares de auxiliares que são também denominados prepostos. 
Imagine por exemplo uma grande loja de departamento, há vendedores, caixas, gerentes, seguranças entre outros e todos esses são caracterizados como prepostos.
Preposto
O preposto deve exercer suas funções com muito zelo e diligência, agindo sempre nos limites dos poderes e das funções dos cargos que exerce, pois embora pratique seus atos em nome do titular, poderá responder pelo uso inadequado da preposição. 
Ex; de prepostos: o vendedor, o contabilista da empresa, o representante comercial, o caixa da loja.
A condição de preposto é personalíssima não podendo ele, sem autorização escrita do preponente, fazer-se substituir no desempenho da preposição. Na hipótese em que o preposto põe outra pessoa em seu lugar para atuar como tal, sem o consentimento expresso, será pessoalmente responsável pelos atos do substituto e pelas obrigações que este venha a contrair.
Os atos praticados pelos prepostos no estabelecimento do preponente, estando nos limites de seus poderes, tornam o preponente responsável por eventuais problemas junto aos clientes, fornecedores e quaisquer pessoas a eles vinculados. Esta responsabilidade decorre do fato de que aos terceiros é assegurada a presunção de que os prepostos estão autorizados a praticar aqueles atos.
CAPÍTULO III
Dos Prepostos
Seção I
Disposições Gerais
Art. 1.169. O preposto não pode, sem autorização escrita, fazer-se substituir no desempenho da preposição, sob pena de responder pessoalmente pelos atos do substituto e pelas obrigações por ele contraídas.
Art. 1.170. O preposto, salvo autorização expressa, não pode negociar por conta própria ou de terceiro, nem participar, embora indiretamente, de operação do mesmo gênero da que lhe foi cometida, sob pena de responder por perdas e danos e de serem retidos pelo preponente os lucros da operação.
Exercícios
Questão 01
Amauri é um reconhecido poeta e renomado pintor de tela a óleo em estilo renascentista. Seus quadros buscam inspiração em Leonardo Da Vince e já lhe renderam algumas centenas de milhares de reais. Amauri sempre trabalha sozinho, não aceita a ajuda ou parceria de ninguém. A solidão também é sua fonte de inspiração. Pensando em sua profissionalização e na regularização de sua ocupação, Amauri resolveu intitular-se empresário das telas. No intuito de registrar-se como empresário Amauri procurou o Registro Público de Empresas Mercantis, mas teve seu pedido negado. 
Pergunta-se: 
Legalmente, quem pode ser considerado empresário em nosso País? Explicar.
b) Apresente o fundamento legal pelo qual Amauri não pode ser considerado empresário. Explicar.
Resposta: a) O Código Civil Brasileiro, em seu Artigo. 966 define o conceito de empresário: 
 “Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços”
 b) O Parágrafo único do Artigo. 966 do Código Civil Brasileiro aponta que NÃO se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
Questão 02
Imagine o médico pediatra recém-formado, atendendo seus primeiros clientes no consultório. Já contrata pelo menos uma secretária, mas se encontrana condição geral dos profissionais intelectuais: não é empresário, mesmo que conte com auxílio de colaboradores. Nesta fase, os pais buscam seus serviços em razão, basicamente, de sua competência como médico.
 Imagine, porém, que, passado o tempo, este profissional amplie seu consultório, contando, além do pessoal de apoio, enfermeiro e outros médicos. Não chama mais o local de consultório e sim de clínica. Nesta fase de transição, os clientes ainda procuram aqueles serviços de medicina pediatra, em razão da confiança que depositam no trabalho daquele médico. 
Mas a clientela se amplia e já há, entre os pacientes, quem nunca foi atendido diretamente pelo titular, nem o conhece. Numa fase seguinte, cresce mais ainda aquela unidade de serviço. Não se chama mais clínica e sim hospital pediátrico. Entre os muitos funcionários, além dos médicos, enfermeiros e atendentes, há contador, advogado, nutricionista, administrador hospitalar, segurança, motorista e outros. 
Descreva no contexto sobre o Art. 966, parágrafo único do Código Civil Brasileiro sobre o empresário neste caso hipotético é considerado empresário.
Elemento de empresa é a organização. Assim uma vez organizada a atividade passa a ser empresarial:  “Não se considera empresário, por força do parágrafo único do art. 966 do CC., as pessoas profissão intelectual, de natureza cientifica, literária ou artística, mesmo que contrate empregados para auxilia-lo em seu trabalho. Estes profissionais exploram, portanto, atividades econômicas civis, não sujeitas ao direito comercial. Entre eles se encontram os profissionais liberais, os escritores e artistas de qualquer expressão.
Há uma exceção, prevista no mesmo dispositivo legal, em que o profissional intelectual se enquadra no conceito de empresário. Trata-se da hipótese em que o exercício da profissão constitui elemento de empresa. 
. Ninguém mais procura os serviços ali oferecidos em razão do trabalho pessoal do médico que os organiza. Sua individualidade se perdeu na organização empresarial. Neste momento, aquele profissional intelectual tornou se elemento de empresa. Mesmo que continue clinicando, sua maior contribuição para a prestação dos serviços naquele hospital pediátrico é a de organizador dos fatores de produção. Foge, então, da condição geral dos profissionais intelectuais e deve ser considerado, juridicamente empresário."
Também os outros profissionais liberais e artistas sujeitam-se à mesma regra.
Então podemos verificar que empresário é quem exerce a atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.  Então se a atividade de natureza cientifica, literária ou artística forem organizados seus titulares serão empresários. (Ulhoa, Fábio).
Questão 03
Descreva se com o advento do Novo Código Civil é considerado empresário quem realiza tarefas de modo esporádico. 
NÃO será empresário, porque, aquele que organizar ESPORADICAMENTE a produção de certa mercadoria, mesmo destinando-a à venda no mercado.
Ex: se uma pessoa está apenas fazendo um teste ou socorrendo-se de uma situação emergencial em suas finanças, e NÃO se torna habitual o exercício da atividade, ele não é empresário.
 
*** O comerciante de perfume, que trabalha com os produtos até os locais de trabalho (sacoleiros), são considerados empresários?
NÃO, porque explora atividades de circulação de bens, com intuito de lucro, habitualidade e em nome próprio, NÃO é empresário, porque NÃO contrata empregado, NÃO organiza mão-de-obra.
Questão 04
Descreva se o Código Civil prevê a inscrição obrigatória do empresário.
Questão 04
Descreva se o Código Civil prevê a inscrição obrigatória do empresário.
Sim. Conforme o Art. 967 do Código Civil:
“É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade”.
Questão 05
Descreva qual a finalidade do Registro Público de Empresas Mercantis. 
Finalidades do Registro:
 dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos da empresas;
 cadastrar as empresas nacionais e estrangeiras em funcionamento no país e manter atualizadas as informações dessas empresas;
 matricular os agentes auxiliares do comércio, bem como seu cancelamento.
Questão 06
Descreva quais as consequências para o empresário irregular, sem o do Registro Público de Empresas Mercantis.
 não pode pedir recuperação empresarial;
 os seus livros não poderão ser autenticados na Junta Comercial, ficando impossibilitado de utilizá-los como prova (artigo 379 do CPC), e se for decretada sua falência, esta será fraudulenta;
 sendo uma sociedade, a responsabilidade dos sócios será ilimitada;
 não pode participar de licitações;
 não pode inscrever-se nos cadastros fiscais nem no INSS.
Questão 07
As Juntas Comerciais dos estados, subordinadas administrativamente aos respectivos governos e tecnicamente ao DNRC - O Departamento Nacional de Registro do Comércio , têm a competência da execução do registro das empresas. O que é e para que serve a Junta Comercial?
Resposta:
A Junta Comercial é um órgão governamental que registra atividades relativas a empresas e sociedades empresariais.
Cada estado tem sua Junta Comercial própria com o acervo de registros de empresas em todas as cidades daquele estado.
A Junta de cada estado é representada por uma sigla diferente.
Embora os serviços oferecidos sejam os mesmos.
Por exemplo:
a Junta Comercial do estado de São Paulo é representada pela sigla JUCESP, a de Minas Gerais, pela sigla JUCEMG, a de Santa Catarina, pela sigla JUCESC, entre outras.
Outra informação importante é que toda Junta Comercial é subordinada ao Poder Executivo de seu respectivo estado e também ao Departamento Nacional do Registro do Comércio, ou DNRC
Questão 08 
Conforme o Código Civil em seu artigo 1.179 refere que:
"O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva ..“. Segundo o artigo citado o que compreende o sistema de contabilidade? Explicar.
 
Resposta:
O sistema de contabilidade "compreende o conjunto de proposições coordenadas entre si com o fim precípuo de fixar as transformações patrimoniais do empresário ou da sociedade empresária".
 
Ou seja, a escrituração dos livros é a materialização do andamento da empresa e de todo o sistema de contabilidade que a mesma produz, seguindo as regras estabelecidas pela contabilidade.
  A escrituração deve ser feita em livros próprios, sendo alguns obrigatórios outros facultativos.
Portfólio do Estudante – pág. 08
Qual a relevância da atividade empresarial em um Estado? E suas repercussões econômica e social para o Estado no qual esta inserida? 
▪ Todo vendedor pode ser considerado um empresário? 
Portfólio do Estudante – pág. 08
9)- CASO PROBLEMA 
Lino é gerente do estabelecimento empresarial do microempresário individual Teotônio Palmeira. Na ausência do empresário, sob a justificativa de que precisa de um tratamento médico, Lino decidiu transferir unilateralmente sua condição de gerente e as prerrogativas decorrentes dela a seu amigo Mário, que aceitou o encargo. 
Com base nessas informações, responda aos questionamentos a seguir. 
Na condição de gerente do empresário Teotônio Palmeira e com a justificativa apresentada, Lino pode designar outro gerente para substituí-lo sem autorização do primeiro? 
B) Caso Lino venha a praticar um ato doloso no exercício da gerência que cause prejuízo a terceiro, este poderá responsabilizar o empresário Teotônio Palmeira? 
10)- Assinale a alternativa correta. Conforme o artigo 966 do Código Civil define como empresário aquele que exerce:
a)- Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
b)- Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade para a produção e circulação de bens ou serviços.
c)- Considera-seempresário quem exerce profissionalmente atividade econômica e organizada.
d)- Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica .
e)- Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade para a circulação de bens ou de serviços.
11)- Assinale a alternativa correta. Considera-se juridicamente empresa:
 
a)- a atividade economicamente organizada exercida pelo empresário. 
b)- o fundo de comércio das entidades empresariais.
c)- as sociedades empresárias registradas devidamente no Registro de Comércio. 
d)- as sociedades unipessoais que exerçam atividade econômica para produção ou circulação de bens ou serviços, de maneira habitual e com intuito de lucro. 
e)- O Código Civil define somente a empresa e não empresário.
Comentários: 
O Código Civil não define empresa, mas sim empresário, que é aquele que exerce profissionalmente atividade econômica organizada de produção ou circulação de bens ou serviços. Empresa é essa atividade desempenhada pelo empresário. GABARITO: A
12)- Assinale a alternativa correta. O Código Civil prevê a inscrição do empresário individual no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade. Esta inscrição é: 
a)- facultativa como requisito de regularidade da condição de empresário.
b)- obrigatória e é condição para a regularização da atividade de empresário. 
c)- não é obrigatória, gerando efeito constitutivo. 
d)- é facultativa para a condição de caracterização da condição de empresário. 
e)- facultativa e é condição para a caracterização da condição de empresário. 
Comentário: 
O registro de todo e qualquer empresário junto ao Registro Público de Empresas Mercantis é obrigatório na condição de requisito de regularidade.

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