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Contabilidade Empresarial Aplicações Financeiras Pré e Pós Fixadas Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Ms. Divane Alves da Silva Revisão Textual: Prof. Ms. Selma Aparecida Cesarin 5 • Aplicações Financeiras Pré-Fixadas • Aplicações Financeiras Pós-Fixadas Nesta Unidade, iremos estudar as aplicações financeiras em suas duas modalidades principais, as aplicações pré e pós-fixadas. Aplicações são usadas pelo administrador financeiro no momento em que surge algum excedente de caixa na empresa. Longe de ser uma decisão fácil, aplicações financeiras exigem muito cuidado e critério de escolha. É muito importante que você acompanhe atentamente o texto principal e, em paralelo, acompanhe passo a passo as contabilizações (registros de partidas de diário) em seu caderno ou em uma folha de papel. Faça os exercícios e todas as atividades previstas. Espera-se que você, ao final desta Unidade, tenha completo entendimento de como as aplicações financeiras são contabilizadas no livro diário, na escrituração de uma empresa. Vamos tratar dos dois tipos de aplicações financeiras mais comuns: a pré e a pós-fixada. Estudaremos operações que são muito recorrentes nas empresas e conhecer os conceitos dessas operações e seu correto tratamento contábil irá abrir muitas portas em sua carreira. Aplicações Financeiras Pré e Pós Fixadas 6 UNIDADE: Aplicações Financeiras Pré e Pós Fixadas Contextualização Três sócias receberam um valor significativo de caixa e resolvem fazer um investimento. 7 Aplicações Financeiras Pré-Fixadas As empresas costumam aplicar seus excedentes de caixa em operações pré-fixadas, nas quais já sabem antecipadamente o valor dos rendimentos. A taxa acordada não varia em função da moeda. O período para resgate deste tipo de aplicação é de até um ano. Porém, parte dos rendimentos da aplicação deve ser retido pela instituição financeira na qual o investimento foi realizado. Esta determinação vem da Receita Federal, que recebe em seus cofres os valores com a denominação de Imposto de Renda Retido na Fonte. Para mais informações em relação ao Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre rendimentos auferidos em aplicações financeiras, bem como rendimentos isentos a este tributo, consultar o site da Receita Federal: www.receita.fazenda.gov.br. Contabilizações das Aplicações Financeiras Pré-Fixada Os investimentos em aplicações financeiras com resgate previsto até um ano deve ser classificado no grupo Ativo Circulante. Assim, teremos: D – Aplicações Financeiras C - Banco (1*) C - Rendimentos a apropriar A apropriação dos rendimentos deve ser contabilizada mensalmente, seguindo o princípio da competência para as operações mensais. Quando o período de apropriação for menor que 30 dias, este deve ser contabilizado no final da operação, até um ano. Exemplo de Cálculo e Contabilização de Aplicação Pré-Fixada Uma determinada empresa fez uma aplicação no Banco Intercontinental S/A, no valor de R$ 300.000, em Certificado de Deposito Bancário (CDB), por 60 dias, a uma taxa de juros de 2 % ao mês. O IRRF esta na ordem de 3% sobre o rendimento total e será apurado somente na data do vencimento, conforme determina a legislação vigente. » Data da aplicação: 1º de abril de 20X9. » Data do vencimento: 1º de julho de 20X9. * Por se tratar de movimentações financeiras, a conta Banco é a mais indicada para contabilizarmos o valor pela aplicação financeira. 8 UNIDADE: Aplicações Financeiras Pré e Pós Fixadas Vamos distribuir a proporção dos rendimentos: · Abril/20X9= ..................... = 29 dias 30 dias – 1 data da aplicação. · Maio /20X9 ...................... = 30 dias mês comercial. · Junho/20X9 ..................... = 30 dias mês comercial. · Julho/20x9 ....................... = 01 dia vencimento da aplicação. · Total ................................. = 90 dias de aplicação ou três meses. Não podemos esquecer que para 90 dias devemos registrar as operações seguindo o regime de Competência. 1 - Contabilização da aplicação em 01/04/20X9 pelo valor total D - Aplicações financeiras (AC) ............................318.000 C - Banco conta movimento (AC) ........................300.000 C - Rendimento a apropriar (AC) .........................18.000 Importante Rendimento a apropriar é uma conta redutora do Ativo Circulante, que demonstra a contabilização total até o fim da aplicação. Nesse próximo item, iremos contabilizar os rendimentos proporcionais com a finalidade de atendermos o principio da competência. 2 - Contabilização proporcional aos 29 dias do mês de abril/ 20x9 D - Rendimento a apropriar (AC) ............................5.800,00 C - Rendimentos sobre aplicação financeira (DRE) ...5.800,00 2.1 - Cálculo e contabilização dos rendimentos proporcionais a 29 dias do mês de abril/20X9: R$ 18.000,00/90 dias = 200 x 29 dias = R$ 5.800,00 9 Razonetes Aplicações financeiras (1) 318.000,00 Banco conta movimento (SI) 310.000,00 300.000,00 (3) 10.000,00 Rendimento a apropriar (2) 5.800,00 18.000,00 (1) 12.200,00 Rendimento sobre aplicação financeira 5.800,00 (2) Representação no Balanço Patrimonial em 30/04/20X9 Ativo Passivo Circulante ....................................................................... ....................................................................... ............ Aplicação financeira..............318.000,00 (-) Rendimentos a apropriar...(12.200,00) Não circulante Circulante ....................................................................... ....................................................................... ............ Não circulante Patrimônio Líquido Total Total 3 - Contabilização do rendimento auferido do mês de maio/ 20x9 D - Rendimento a apropriar (AC ) ...........................6.000,00 C - Rendimentos sobre aplicação financeira (DRE).....6.000,00 3.1 - Cálculo e contabilização dos rendimentos proporcionais a 30 dias do mês de maio/20X9: R$ 18.000,00/90 dias = 200 x 30 dias = R$ 6.000,00 Razonetes Aplicações financeiras (SI) 318.000,00 Rendimento a apropriar (3) 6.000,00 12.200,00 (SI) 6.200,00 Rendimento sobre aplicação financeira 6.000 (3) 10 UNIDADE: Aplicações Financeiras Pré e Pós Fixadas Representação no Balanço Patrimonial em 30/04/20X9 Ativo Passivo Circulante ....................................................................... ....................................................................... ............ Aplicação financeira ................... 318.000,00 (-) Rendimentos a apropriar .............(6.200,00) Não circulante Circulante ....................................................................... ....................................................................... ............ Não circulante Patrimônio Líquido Total Total 4 - Contabilização do rendimento auferido do mês de junho/ 20x9 D - Rendimento a apropriar (AC) 6.000,00 C - Rendimentos sobre aplicação financeira (DRE) 6.000,00 4.1 - Cálculo e contabilização dos rendimentos proporcionais a 30 dias do mês de junho/20X9: R$ 18.000,00/90 dias = 200 x 30 dias = R$ 6.000,00 Razonetes Aplicações financeiras (SI) 318.000,00 Rendimento a apropriar (4) 6.000,00 6.200,00 (SI) 200,00 Rendimento sobre aplicação financeira 6.000 (4) Representação no Balanço Patrimonial em 30/04/20X9 Ativo Passivo Circulante ....................................................................... ....................................................................... ............ Aplicação financeira ............ 318.000,00 (-) Rendimentos a apropriar ............ (200,00) Não circulante Circulante ............................................................................................................................................. ............. Não circulante Patrimônio Líquido Total Total 11 Neste último lançamento, teremos o resgate da aplicação de apenas um dia e como este indica o término da aplicação, teremos de calcular o Imposto Retido na Fonte. 5 - Contabilização do rendimento auferido no dia primeiro de julho/20x9 D - Rendimento a apropriar (AC ) ..........................200,00 C - Rendimentos sobre aplicação financeira (DRE) ..200,00 5.1 - Cálculo e contabilização dos rendimentos proporcionais a um dia do mês de julho/20X9 R$ 18.000,00/90 dias = 200 x 1 dia = R$ 200,00 6 - Apuração de 3% de IRRF sobre o rendimento total da operação e resgate da aplicação financeira efetuada D - Banco Conta Movimento (AC) ..........................317.460 D - IRRF a recuperar (AC) ....................................540,00 C - Aplicações Financeiras ( AC) .............................318.000 6.1 - Cálculo dos 3% de IRRF sobre a aplicação financeira R$ 18.000,00 X 0,03 = R$ 540,00 Razonetes Aplicações financeiras (SI) 318.000,00 318.000,00 (6) Banco conta movimento (SI) 10.000,00 (6) 317.460,00 327.460 Rendimento a apropriar (5) 200,00 200,00 (SI) Rendimento sobre aplicação financeira 200,00 (5) Imposto de renda a recuperar (7.1) 540,00 12 UNIDADE: Aplicações Financeiras Pré e Pós Fixadas Representação no Balanço Patrimonial em 30/04/20X9 Ativo Passivo Circulante ....................................................................... ....................................................................... ............ IRRF a recuperar 540,00 Não circulante Circulante ....................................................................... ....................................................................... ............ Não circulante Patrimônio Líquido Total Total Trocando Ideias O IRRF a recuperar registrado no Balanço Patrimonial poderá ser compensado com o Imposto de Renda Pessoa Jurídica a Pagar (imposto calculado sobre o resultado apurado no período, assunto a ser abordado na disciplina Planejamento Contábil Tributário) ou com quaisquer outros tributos federais, conforme determina a legislação vigente. Aplicações Financeiras – Pós-Fixadas Nas operações pós-fixadas, as taxas de juros se modificam ao longo da operação, ou seja, não é possível identificar o valor do resgate da operação. Ocorre o inverso que nas operações pré-fixadas, nas quais se conhecem os juros e rendimentos no ato da operação. Este fator se deve à inflação que pode gerar uma variação monetária ativa ou passiva, respectivamente. A rentabilidade depende da lei da oferta e procura e está atrelada a um índice econômico. As empresas que investem em operações pós-fixadas tem um risco maior, porém, seu retorno também tende a ser maior. De acordo com o Banco Central do Brasil, os principais indicadores econômicos nacionais que medem a variação da moeda no tempo são: · INPC/IBGE: Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; · IGP-M/FGV: Índice Geral de Preços-Mercado, da Fundação Getúlio Vargas; · TJLP/BNDES: Taxa de Juros de Longo Prazo, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. 13 Breve relato dos principais indicadores econômicos Conforme pesquisa efetuada no site http://br.advfn.com/indicadores, os principais indicadores econômicos do Brasil, utilizados para o cálculo de taxa de juros, inflação, aluguéis e outros valores contratuais, são coletados diretamente das fontes dos dados: Banco Central do Brasil (BCB), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Fundação Getúlio Vargas (FGV). As informações podem ser visualizadas em forma de tabelas ou gráficos interativos. IPC-Fipe – Índice de Preços ao Consumidor, calculado semanalmente pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) – USP, mede a variação dos preços de produtos e serviços consumidos pelas famílias com rendas entre um e vinte salários mínimos, na cidade de São Paulo. As variações são obtidas comparando-se preços médios das quatro últimas semanas (referência) com os das quatro semanas anteriores (base). a) IPCA – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, calculado mensalmente pelo IBGE, é o índice oficial do governo para medição das metas inflacionárias, estabelecidas no acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Mede a variação nos preços de bens e serviços consumidos por famílias com rendimentos entre um e quarenta salários mínimos. A taxa é calculada nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além do Distrito Federal e do município de Goiânia. b) IGP – A FGV calcula três índices gerais de preço – IGP-M, IGP-10 e IGP-DI – que diferem entre si apenas pelo período de coleta de dados. Os três são calculados com base em outros três indicadores: o Índice de Preços no Atacado (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), que representam, respectivamente, 60%, 30% e 10% em cada um dos IGPs. Base: Rio de Janeiro e São Paulo. » IGP-M: compreende o período entre o dia 21 do mês anterior ao de referência e o dia 20 do mês de referência; » IGP-10: compreende o período entre o dia 11 do mês anterior ao de referência e o dia 10 do mês de referência; » IGP-DI: compreende o período entre o primeiro e o último dia do mês de referência. c) INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor, apurado pelo IBGE, foi criado com o objetivo de orientar os reajustes dos salários dos trabalhadores. Mede a inflação para famílias com renda entre um e oito salários mínimos. A taxa é calculada nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, além do Distrito Federal e do município de Goiânia. d) ICV – Apurado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o Índice do Custo de Vida mede a variação dos preços de bens e serviços consumidos pelas famílias com renda entre um e três salários mínimos da cidade de São Paulo. 14 UNIDADE: Aplicações Financeiras Pré e Pós Fixadas Contabilização das Aplicações Financeiras – Pós-Fixadas Conforme mencionado, o indicador econômico pode gerar tanto um ganho como uma perda. Quando ganho, a conta contábil será registrada como variação monetária ativa, enquanto na perda, será variação monetária passiva. Ambas as contas são registradas na DRE-Demonstração do Resultado do Exercício. A variação cambial, que é um indicador econômico estrangeiro, também interfere nas aplicações financeiras Pós-Fixadas. De acordo com a NBC-T–10.9.2.2 – que trata do registro contábil das operações pós-fixadas, temos as descrições: a) As operações ativas ou passivas com taxas pós-fixadas ou flutuantes contabilizam-se pelo valor do principal, a débito ou a crédito das contas que as registrem. Essas mesmas contas acolhem os juros e os ajustes mensais decorrentes das variações da unidade de atualização; b) As rendas ou os encargos dessas operações são apropriados mensalmente, a crédito ou a débito das contas de resultado, em razão da fluência de seus prazos, admitindo-se a apropriação em períodos inferiores a um mês; c) Os ajustes decorrentes das variações da unidade de atualização devem ser registrados em contas específicas de resultado diferenciadas das contas representativas dos juros relativos à operação; d) As rendas ou os encargos relativos aos dias decorridos no mês da contratação da operação devem ser apropriados dentro do próprio mês, pro rata temporis; e) A apropriação das rendas ou dos encargos mensais dessas operações faz-se mediante a utilização de métodoexponencial, admitindo-se a apropriação segundo o método linear naquelas contratadas com cláusula de juros simples. Importante A norma NBC-T–10.9.2.2 foi revogada pela Resolução CFC N.º 1.286/10 por conta da convergência às normas contábeis internacionais. Está sendo mantida para estudo por conta de sua relevância didática. Você também irá estudar as normas internacionais sobre operações financeiras, que são as seguintes: · CPC 38 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração; · CPC 39 - Instrumentos Financeiros: Apresentação; · CPC 40 - Instrumentos Financeiros: Evidenciação (R1). Para acessar as Normas Brasileiras de Contabilidade, acesse: http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre. E para acessar as Normas do CPC, acesse: http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/ Pronunciamentos. 15 Exercício Resolvido sobre aplicações Financeiras Pós-Fixadas A empresa “Unidos Venceremos” aplicou em ações um valor de $ 500.000, com variação monetária com base no CDB mais juros de 2% sobre o valor atualizado. Data da aplicação: 5 de maio de 20X9. Data do resgate: 2 de novembro de 20X9. Juros de 2% ao mês, total de 12% (maio a novembro). Variação do CDB no período: 8%. IRRF sobre o total dos rendimentos: 5%. Para fins didáticos, será utilizado o método de juros simples. Efetuaremos a contabilização no Diário, Razonete e Balanço Patrimonial respectivamente: · Representação no Livro Razão 1 - Contabilização da aplicação em 05/04/20X6 D - Aplicação financeira (A.C).....................................500.000 C - Banco conta movimento (A.C)...............................500.000 Devemos lembrar que a classificação entre circulante ou não circulante deve ser feita de acordo com o prazo da aplicação. · Representação no Razonete – Aplicação ocorrida em 05/abril. Aplicações financeiras (1) 500.000 Banco conta movimento 500.000 (1) · Representação no Balanço Patrimonial – Aplicação ocorrida em 5/abril. Ativo Passivo Circulante ....................................................................... ....................................................................... ............ IRRF a recuperar 500.000,00 Não circulante Circulante ....................................................................... ....................................................................... ............ Não circulante Patrimônio Líquido Total Total 16 UNIDADE: Aplicações Financeiras Pré e Pós Fixadas · Cálculo das receitas auferidas somente na data do regate da aplicação financeira: Variação monetária ativa = variação do CDB no período de 8%. R$ 500.000,00 x 0,08 = R$ 40.000,00 Ganho. Rendimentos = juros de 2% a.m. = 12% sobre o valor da aplicação atualizada. R$ 540.000,00 x 0,12 = R$ 64.800,00. 2 - Contabilização das receitas auferidas sobre a aplicação financeira D - Aplicações financeiras ....................................104.800,00 C - Variação monetária ativa .................................40.000,00 C - Rendimentos sobre aplicação financeira .......64.800,00 · Representação no Razonete – Aplicação ocorrida em 5/abril. Aplicações financeiras (1) 500.000 (2) 104.800 Variação monetária ativa 500.000 (1) 40.000 (2) Rendimentos sem aplicações financeiras 64.800 (2) · Calculo do IRRF sobre o valor total dos rendimentos IRRF sobre os rendimentos → 104.800,00 X 0,05 = 5.240,00 3 - Contabilização do IRRF sobre o valor total dos rendimentos e do resgate da operação efetuada em 02/novembro: D - Bancos Conta Movimento (A.C.) .............................. R$ 534.760,00 D - IRRF a Recuperar (A.C.) ........................................... *2R$ 5.240,00 C - Aplicações Financeiras (A.C.) .................................... R$ 540.000,00 (*) As alíquotas para o exemplo foram aleatórias. 17 · Representação nos Razonetes dos fatos ocorridos com o resgate Aplicações financeiras (1) 500.000 (2) 104.800 604.800 (3) 604.800,00 604.800 Bancos (SI) 30.000 (3) 534.760 564.760 IRRF a Recuperar (3) 5.240 Variação monetária ativa 40.000 (2) Rendimentos sobre Aplicação financeira 64.800 (2) · Representação no Balanço Patrimonial – Aplicação ocorrida em 31/11/X9 Ativo Passivo Circulante ....................................................................... ....................................................................... ............ IRRF a recuperar 5.240,00 Não circulante Circulante ....................................................................... ....................................................................... ............ Não circulante Patrimônio Líquido Total Total Importante Para fins didáticos, o resultado sobre a aplicação financeira, ganhos e rendimentos foram registrados no final da operação. Porém, numa situação empresarial, deve-se acompanhar a variação do índice escolhido para a operação e registrar mensalmente os ganhos, mesmo que sejam de forma aproximada, atendendo, assim, o regime de competência. Ao final da operação, serão feitos os devidos ajustes. 18 UNIDADE: Aplicações Financeiras Pré e Pós Fixadas Material Complementar Uma das grandes dificuldades de gestores das empresas brasileiras, sobretudo as pequenas e médias, está em como decidir qual o melhor investimento a fazer. No artigo a seguir, Alberton et al. (2004) realizaram uma interessante investigação para entender como os gestores brasileiros lidam com esse aspecto. XXIV Encontro Nac. de Eng. de Produção - Florianópolis, SC, Brasil, 03 a 05 de nov. de 2004. ENEGEP 2004 ABEPRO 2321 Seleção de investimentos: aspectos e ferramentas relevantes na perspectiva dos gestores Anete Alberton (PMA/UNIVALI) Rosilene Marcon (PMA/UNIVALI) Anielson Barbosa da Silva (PMA/UNIVALI) Éverton Luís Pellizzaro de Lorenzi Cancellier (PMA/UNIVALI) Resumo No desempenho de suas atividades, os profissionais defrontam-se com decisões envolvendo somas consideráveis de recursos. Geralmente, tais recursos são escassos e a otimização na escolha dos futuros investimentos ou na busca por fontes de recursos economicamente mais vantajosas é necessária para a eficácia empresarial. Além disso, os investimentos, independente de qual modalidade, são de fundamental importância para o crescimento e desenvolvimento econômico local e/ou regional. O objetivo deste artigo é a caracterização do processo decisorial de seleção de investimentos em empresas da Grande Florianópolis. A pesquisa é exploratória- descritiva, de corte transversal, tipo levantamento ou survey, realizada por meio de questionários respondidos, preferencialmente, pelos dirigentes das empresas. A amostra compreende 83 empresas da região com pelo menos um ano de atividade. Face às características regionais, o trabalho foi direcionado ao estudo das micro e pequenas empresas, que é relevante, já que elas desempenham um importante papel na sociedade, gerando empregos e renda com menor capital investido, dinamizando a economia de sua região. Apesar do alto grau de instrução observado na maioria dos dirigentes das empresas pesquisadas, dentre os principais resultados obtidos, observou-se que as empresas privilegiam métodos pouco sofisticados para a análise de investimentos, como já observado em estudos similares realizados. Palavras-chave: Análise de Investimentos, Tomada de Decisões, Pequenas Empresas. Artigo completo disponível em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2004_Enegep0304_1609.pdf 19 Referências BRASIL. Decreto-Lei No 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal Brasileiro. Art. 160. CORDEIRO DA SILVA, Edson. Como Administrar o Fluxo de Caixa das Empresas: Guia de sobrevivência empresarial. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2011. IUDÍCIBUS, Sergio de. et al. ContabilidadeIntrodutória. 11.ed. São Paulo: Atlas, 2010. MARION, J. C. Análise das demonstrações contábeis: Contabilidade Empresarial. 7.ed. São Paulo: Atlas, 2012. GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 12.ed. São Paulo: Pearson Education Brasil, 2010. (e-book) ARAÚJO, I. P. S. Introdução à contabilidade. 3.ed. São Paulo: Saraiva, 2008. (e-book) GRIFFIN, M.P. Contabilidade e finanças. São Paulo: Saraiva, 2012. (Série Fundamentos). (e-book) GUERRA, L. Contabilidade descomplicada. São Paulo: Saraiva, 2010. (e-book) MÜLLER, A. N. Contabilidade básica: fundamentos essenciais. São Paulo: Pearson Education, 2012. REIS, A. Demonstrações contábeis. 3.ed. São Paulo: Saraiva, 2009. (e-book) 20 UNIDADE: Aplicações Financeiras Pré e Pós Fixadas Anotações www.cruzeirodosulvirtual.com.br Campus Liberdade Rua Galvão Bueno, 868 CEP 01506-000 São Paulo SP Brasil Tel: (55 11) 3385-3000 www.cruzeirodosulvirtual.com.br Rua Galvão Bueno, 868 Tel: (55 11) 3385-3000
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