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TCC VERSÃO FINAL ADEMIR

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UNICATHEDRAL 
CENTRO UNIVERSITÁRIO CATHEDRAL 
CURSO DE DIREITO 
 
 
ADEMIR MACIEL DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O USO DE DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS POR ALUNOS DAS 
ESCOLAS PÚBLICAS DE BARRA DO GARÇAS-MT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Barra do Garças – MT 
Março – 2020 
 
 
 
 
ADEMIR MACIEL DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O USO DE DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS POR ALUNOS DAS 
ESCOLAS PÚBLICAS DE BARRA DO GARÇAS-MT 
 
 
 
 
Artigo Científico elaborado sob a orientação da 
Profª. Esp. Gricyella Alves Mendes Cogo, para 
obtenção do título de Bacharel em Direito, do 
UniCathedral – Centro Universitário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Barra do Garças – MT 
Março – 2020 
 
 
 
 
UNICATHEDRAL 
CENTRO UNIVERSITÁRIO CATHEDRAL 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
A Banca Avaliadora, abaixo assinada, __________________________, 
com a nota _____, o Artigo: 
 
 
 
 
O USO DE DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS POR ALUNOS DAS 
ESCOLAS PÚBLICAS DE BARRA DO GARÇAS-MT 
 
 
 
 
ADEMIR MACIEL DOS SANTOS 
 
 
como requisito parcial para obtenção do grau 
de Bacharel em Direito. 
 
 
 
 
 
BANCA AVALIADORA 
 
 
 
Profª Esp. Gricyella Alves Mendes Cogo 
 
 
 
(Assinatura por extenso do Membro Convidado) 
 
 
 
 
 
 
 
Barra do Garças – MT 
Março – 2020 
 
 
__________________________________ 
1 Acadêmico do curso de Direto do UniCathedral – Centro Universitário. 
2 Especialista em Direito e Processo do Trabalho e Direito Previdenciário. Professora do UniCathedral 
– Centro Universitário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O USO DE DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS POR ALUNOS DAS ESCOLAS PÚBLICAS 
DE BARRA DO GARÇAS-MT 
 
 
Ademir Maciel dos Santos 1 
Gricyella Alves Mendes Cogo 2 
 
 
 
 
RESUMO: Trata-se de artigo voltado ao uso de drogas, lícitas e ilícitas, por crianças e 
adolescentes matriculados na rede pública de ensino da cidade de Barra do Garças – MT. 
Pretendeu-se entender os motivos para o primeiro uso, a relação familiar, a aceitação social e 
a omissão estatal. Trouxe também, de modo específico, o uso do narguilé, como nova 
modalidade de substância que pode causar dependência e que é altamente consumida entre os 
jovens atualmente. Além de pesquisa bibliográfica, o trabalho utilizou-se de pesquisa 
semiestruturada para buscar informações diretamente com os jovens, tentando se entender 
quais os motivos determinantes para o consumo de quaisquer desses produtos. Do mesmo 
modo analisou-se as legislações local, estadual e nacional que tratam do tema. Dessa análise 
pretendeu se observar quais as possíveis consequências para os próprios jovens que fazem uso 
dessas drogas, e as penalidades para a família que introduz ou permite o uso e também para os 
comerciantes que fornecem ou deixam à disposição esses entorpecentes aos menores de 18 
anos. Por fim, o artigo tece conclusões com base na bibliografia e na pesquisa 
semiestruturada, com o intuito de produzir informações que sejam pertinentes para o 
enriquecimento acadêmico e do público em geral. O assunto em questão é complexo, merece 
atenção e estudos mais aprofundados. 
 
 
PALAVRA CHAVE: Drogas. Crianças e Adolescentes. Uso e Consumo.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
O uso de drogas é considerado um problema a nível mundial. No Brasil é um assunto 
sempre muito polêmico, principalmente quando se fala sobre o uso por crianças e 
adolescentes em idade escolar. A discussão gera desconforto e incômodo, isso quando se 
debate a questão, já que na maioria das vezes todos evitam falar sobre a temática, como se o 
problema fosse desaparecer sozinho. 
O consumo de drogas por jovens em idade escolar pode atrapalhar o rendimento do 
estudante, trazendo consequências para todo futuro acadêmico do usuário. Como se não fosse 
suficiente todos os problemas sociais que por si só já acompanham o vício. 
Além de ser um tema delicado, o uso de drogas por crianças e adolescentes levanta 
sempre muitas dúvidas, algumas das quais tentou se responder com esse trabalho, cujo tema é: 
O uso de drogas lícitas e ilícitas por alunos das escolas de Barra do Garças – MT. 
Respondendo ainda, ao seguinte questionamento: O que leva o jovem barra-garcense a 
experimentar drogas lícitas ou ilícitas em sua infância ou adolescência? 
Importante ressaltar que há proibições que precisam ser observadas no que se refere à 
venda de determinadas substâncias a crianças e adolescentes. A Lei 8.069/90 (Estatuto da 
Criança e do Adolescente - ECA) traz em seu bojo a vedação à comercialização de qualquer 
substância que possa causar dependência física ou psíquica a menores de 18 anos. Entretanto, 
percebe-se que faltam eficácia e efetividade a norma jurídica em questão. Esse ponto de 
reflexão traz ainda mais dúvidas, como por exemplo, os motivos da omissão estatal, o porquê 
da aceitação social, e os motivos da conivência dos pais. 
Para se chegar a uma resposta foi utilizado nesta pesquisa de natureza básica a forma 
de abordagem qualitativa e procedimento de pesquisa documental. Quanto aos objetivos, foi 
utilizado o método descritivo. Também se utilizou de pesquisa comparativa, para que fosse 
feito o confrontamento entre as escolas públicas regulares e as escolas que 
5 
 
 
trabalham com educação de jovens e adultos, tentando se observar a taxa de usuários, a idade 
do primeiro contato e a pré-disposição familiar para o consumo. 
Quanto aos procedimentos técnicos foram utilizadas fontes bibliográficas e estudos 
doutrinários visando encontrar opiniões e análises sobre o tema. Para tanto, utilizou-se das 
pesquisas de Mayra Costa Martins, Doutora em Ciências no Programa Psiquiatria da EERP-
USP (2011), e Sandra Cristina Pillon, Doutora em Ciências no Programa Psiquiatria e 
Psicologia Médica da UNIFESP (2003). Além disso, foi feito estudo de caso, por meio de 
pesquisa semiestruturada diretamente com os estudantes nas diversas modalidades e tipos de 
ensino. 
De mais a mais, utilizou-se do método indutivo para se fazer a análise das famílias 
dos alunos envolvidos no tema, utilizando-se ainda o método de procedimento comparativo, 
para identificação de como poderiam ser elaboradas as políticas públicas que garantam o 
efetivo combate aos ilícitos e tratamento dos usuários. 
Quando se trata de crianças e adolescentes, percebe-se que esse grupo é, 
preponderantemente, instigado, induzido ou auxiliado por pessoas próximas ou da própria 
família, a fazer uso dessas substâncias. 
Diante disso, um dos principais problemas no enfrentamento ao uso de entorpecentes 
por crianças e adolescentes é como agir frente às famílias, aos usuários, e sobre como tratá-
los. Há quem defenda que é caso de se aumentar a punição diminuindo-se, por exemplo, a 
maioridade penal. É o caso da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 04/2019, de 
autoria do senador Marcio Bittar que pretende a diminuição da maioridade penal para 16 anos. 
No entanto, na contramão dessa medida, foi aprovada a Lei 13.840/2019 que trata o 
uso de drogas como caso de saúde pública e institui dentre outras medidas a possibilidade de 
internação compulsória para tratamento dos dependentes. 
Utilizou-se, como contexto legal, a Lei 11.343/06 (Lei de Drogas), a qual trouxe um 
novo conceito de usuário de drogas que necessita de atenção e cuidados para sua reinserção 
social. Seja qual for a bandeira defendida, este tema merece atenção especial do Estado, da 
sociedade, da escola e principalmente da família. 
Esse Artigo se justifica por ser a cidade de Barra do Garças – MT considerada uma 
cidade universitária e possuir uma quantidade significativa de jovens. Esses jovens estão hoje 
expostos a todo tipo de drogas, lícitas e ilícitas, e muitas vezes em idade impúbere. 
As escolas, local de maior concentração de crianças e adolescentes, acabam se 
transformando em ponto estratégico de quem lucra com as drogas (lícitas ou ilícitas) e no 
meio desse alvo estão os menores. 
6 
 
 
 
 
 
2. O USO DE DROGAS POR ALUNOS DAS ESCOLASDE BARRA DO 
GARÇAS - MT 
 
 
O combate às drogas é um problema a nível mundial. Esse problema vem crescendo 
ao longo dos anos. No Brasil há diversas ações governamentais no intuito de prevenir e 
reprimir o uso de entorpecentes, mas ainda ineficazes. 
A legislação que trata das drogas no Brasil é a Lei 11.343 de 23 de agosto de 2006 
(Lei de tóxicos). Essa norma traz, em seu bojo, a definição legal de drogas logo no artigo 1º, 
parágrafo único, que diz: 
 
 
Art. 1º Esta Lei institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre 
Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção 
e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas 
para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas e 
define crimes. 
Parágrafo único. Para fins desta Lei, consideram-se como drogas as 
substâncias ou os produtos capazes de causar dependência, assim 
especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente 
pelo Poder Executivo da União. (BRASIL, 2006). 
 
 
Percebe-se que apesar de conceituar legalmente o que são drogas, que a lei é omissa 
no que diz respeito a quais são as drogas e seus princípios ativos, considerando-se assim como 
uma norma penal em branco. Significa dizer que se faz necessária outra norma para explicar e 
listar quais são as substâncias que são consideradas drogas. 
Essa norma complementar foi trazida ao ordenamento jurídico por meio da portaria 
344 do Ministério da Saúde. É nesta norma de extensão que se encontram todas as substâncias 
que, caso apreendidas em mãos alheias, sem a devida autorização, trazem consequências 
penais e extrapenais para o autor desse fato. 
A lei de drogas inovou ao trazer ao ordenamento jurídico pátrio a ideia de lei 
despenalizadora, que se preocupa com a educação e a prevenção e não apenas com a punição 
dos usuários. O artigo 28 da referida lei discorre sobre as medidas despenalizadoras para 
quem consome drogas, conforme abaixo: 
 
 
7 
 
 
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer 
consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo 
com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: 
I - advertência sobre os efeitos das drogas; 
II - prestação de serviços à comunidade; 
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
(BRASIL, 2006). 
 
 
Entretanto, essa lei, na prática, serve apenas para liberar o usuário mediante 
compromisso de participação nas medidas despenalizadoras aplicadas pelo juiz. Essas 
medidas dificilmente são cumpridas pelos usuários, que acabam retornando ao vício. O 
problema das drogas vai muito além do crime, é um caso de saúde pública e de educação 
familiar. 
O uso de drogas, por jovens no Brasil, está balizado principalmente em três alicerces 
básicos: o desconhecimento, a complacência dos pais e a omissão estatal. Em primeiro lugar, 
as informações a respeito dos efeitos do uso reiterado dos entorpecentes ainda são escassas 
aos jovens; em segundo lugar, a falta de estrutura familiar adequada e muitas vezes de 
instrução dos pais; e por último, na omissão promovida pelos agentes públicos, que por vezes 
percebem a prática de infrações penais envolvendo jovens consumindo drogas (lícitas e 
ilícitas) e nada fazem. 
Outrossim, quando se discute sobre o uso de drogas por menores, na grande maioria 
das vezes, refere-se apenas às drogas ilícitas. Contudo, sabe-se que hoje o consumo das 
drogas lícitas ganha cada dia mais adeptos e cada vez mais espaço entre os jovens. Essa 
informação foi comprovada por uma pesquisa feita pela Fundação Oswaldo Cruz 
(FIOCRUZ), considerada a maior já realizado no Brasil, que trouxe o álcool como a droga 
mais consumida. 
O estudo em questão foi realizado em mais de 300 municípios brasileiros e concluiu 
que: 
 
 
(...) “a prevalência do uso de bebidas alcoólica nos últimos 30 dias, na 
população brasileira, foi de 30,1% - o que representa aproximadamente 46 
milhões de habitantes. A prevalência do consumo em binge foi 16,5%, 
correspondendo a aproximadamente 25 milhões de habitantes. (BASTOS, 
2017, p. 79). 
 
 
A expressão binge trazida pelo estudo é definida como beber em uma única ocasião 
cinco ou mais doses, para homens, ou quatro ou mais doses, para mulheres. Depreende-se 
8 
 
 
claramente, por meio dos resultados obtidos pela FIOCRUZ, que o álcool é a droga mais 
consumida atualmente no Brasil. Ficando, inclusive, bem à frente da segunda, que é o tabaco. 
A Lei 11.343/2006 (Lei de Drogas) redefiniu a forma de tratamento dispensado aos 
usuários de drogas, rompendo com a forma criminalista e preconceituosa anteriormente 
utilizada. Para efetivação das políticas públicas, essa lei criou planos de ações e medidas que 
deverão ser tomadas pelo Estado a fim de se combater os ilícitos. 
Dentre as medidas a serem adotadas, esse diploma legal instituiu o Plano Nacional de 
Políticas sobre Drogas, que tem entre seus objetivos: 
 
 
Art. 8º-D. São objetivos do Plano Nacional de Políticas sobre Drogas, dentre 
outros: (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) 
I - promover a interdisciplinaridade e integração dos programas, ações, 
atividades e projetos dos órgãos e entidades públicas e privadas nas áreas de 
saúde, educação, trabalho, assistência social, previdência social, habitação, 
cultura, desporto e lazer, visando à prevenção do uso de drogas, atenção e 
reinserção social dos usuários ou dependentes de drogas; (BRASIL, 2006). 
 
 
Por meio da leitura deste dispositivo, fica clara a intenção do legislador em promover 
ações de interdisciplinaridade e integração aos programas instituídos pelo poder público, com 
o fim de se combater o uso de drogas. No entanto, essa norma se mostra ineficaz por sua má 
implementação na prática. 
Não obstante todo o aparato legislativo a respeito do tema, há ainda uma discussão 
sobre a possível descriminalização do uso de drogas para consumo próprio no poder 
judiciário. Estava marcada para o dia 06 de novembro de 2019 a audiência no Supremo 
Tribunal Federal (STF) encarregada de tratar do assunto. No entanto, o presidente do STF, 
Ministro Dias Toffoli, excluiu a discussão do calendário de julgamento da corte. 
 
 
2.1 A PRIMEIRA VEZ 
 
 
O primeiro uso de drogas por crianças e adolescentes no Brasil ocorre, normalmente, 
dentro de casa, acompanhado dos pais, amigos ou vizinhos, são as chamadas drogas lícitas. 
Destarte, o uso por menores de idade é negligenciado, tolerado e muitas vezes incentivado por 
quem deveria protegê-los. 
No país existe uma cultura de consumo de drogas lícitas, e isso interfere, 
principalmente, na formação dos jovens em idade escolar, que estão em fase de 
9 
 
 
desenvolvimento físico, mental, social e espiritual, conforme o artigo 3º do Estatuto da 
Criança e do Adolescente (ECA), in verbis: 
 
 
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais 
inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata 
esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as 
oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, 
mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. 
(BRASIL, 1990). 
 
 
Nota-se claramente a preocupação legislativa com esse grupo, considerado frágil, e 
que denota proteção específica do Estado. Importante destacar que a legislação brasileira 
protetiva desse grupo hipossuficiente é considerada umas das melhores do mundo, 
esbarrando, contudo, na ineficiência e falta de efetividade da norma. 
A proteção em questão pode ser encontrada com a leitura do mesmo diploma legal, 
em seu artigo 81, onde está a vedação à venda de qualquer substância que possa causar 
dependência a menores de 18 anos, ainda que usada de forma indevida. Em seu artigo 81, in 
verbis: 
 
 
Art. 81. É proibida a venda à criança ou ao adolescente de: 
I - armas, munições e explosivos;II - bebidas alcoólicas; 
III - produtos cujos componentes possam causar dependência física ou 
psíquica ainda que por utilização indevida; 
IV - fogos de estampido e de artifício, exceto aqueles que pelo seu reduzido 
potencial sejam incapazes de provocar qualquer dano físico em caso de 
utilização indevida; 
V - revistas e publicações a que alude o art. 78; 
VI - bilhetes lotéricos e equivalentes. 
(BRASIL, 1990). 
 
 
A legislação definiu claramente que esses produtos não deveriam entrar em contato 
com as crianças e adolescentes. Entretanto não é isso que se vê na prática, quando 
comerciantes dos mais variados segmentos fornecem todo tipo de produto aos jovens, desde 
que estes tenham dinheiro para pagar. 
Apesar da norma proibitiva posta, há diversos casos de violação. Pode-se perceber 
que, não raras às vezes, amigos, familiares, comerciantes, dentre outros, colocam ao alcance 
dos jovens inúmeras substâncias proibidas. 
10 
 
 
Ademais, sabe-se que fornecer de qualquer forma drogas, ainda que lícitas para 
menores de 18 anos é crime, sujeitando os infratores às consequências jurídicas trazidas pelo 
artigo 243 do ECA: 
 
 
Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que 
gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou a adolescente, bebida 
alcoólica ou, sem justa causa, outros produtos cujos componentes possam 
causar dependência física ou psíquica: (Redação dada pela Lei nº 13.106, de 
2015). 
Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não constitui 
crime mais grave. (BRASIL, 1990) 
 
 
Contudo, a penalidade é subestimada e parece não assustar quem comercializa ou 
repassa produtos e substâncias que causam dependência a crianças e adolescentes. Esse 
comportamento demonstra aceitação social da conduta pela maioria, que ignora o 
cometimento desse crime. A consequência disso é o número cada vez maior de consumidores, 
e usuários cada vez mais jovens. 
Mayra Costa Martins, Doutora em Ciências no Programa Psiquiatria da EERP-USP 
(2011), e Sandra Cristina Pillon, Doutora em Ciências no Programa Psiquiatria e Psicologia 
Médica da UNIFESP (2003) dizem que “Quando os vínculos primários são fortes, as chances 
de o adolescente exibir comportamento antissocial são menores do que quando os vínculos 
com os pais não existem ou são fracos” (MARTINS; PILLON, 2008, p. 1113). 
Portanto, levando-se em consideração que esse pode ser um dos motivos para o uso 
de drogas, ainda assim não traz certeza sobre como pode ser feito o enfrentamento. Em 
qualquer roda de discussão surgem argumentos sobre como deve ser feito o combate ao uso 
de drogas no país. Porém, são sempre insipientes, sem nenhuma base científica ou estudo a 
respeito, apoiados quase sempre no senso comum. 
 
 
2.2 O USO DE NARGUILÉ 
 
 
O narguilé chegou ao Brasil trazido pelos árabes e se tornou muito popular, em 
especial após a novela o clone, exibida pelo canal da TV aberta rede Globo, que exibia várias 
pessoas fazendo uso do produto. Hoje é uma febre entre os jovens de todo Brasil, e em Barra 
do Garças não é diferente, podendo, inclusive, serem encontrados vários pontos de comércio, 
chamados de lounge ou tabacaria, especialmente para seu uso. 
11 
 
 
Apesar das proibições, no que diz respeito a expor crianças e adolescentes a produtos 
que possam causar dependência química, isso parece não assustar e nem surtir efeito na 
prática. Na cidade de Barra do Garças, alvo deste trabalho, vê-se crianças e adolescentes, em 
vários pontos da cidade, fazendo uso do famoso narguilé. 
De acordo com o dicionário Aurélio online, narguilé é um “cachimbo turco, índio ou 
persa, composto de um fornilho, um tubo longo e um vaso cheio de água perfumada, que o 
fumo atravessa antes de chegar à boca”. (AURÉLIO, 2019). 
Os efeitos do uso de narguilé podem ser bem piores do que os do cigarro comum, já 
que os usuários acabam inalando mais toxinas pelo tempo de uso. Segundo Stella Regina 
Martins, médica especialista em Dependência Química (UNIAD/UNIFESP, 2003) com ênfase 
em Controle do Tabagismo, diz que: 
 
 
A maneira pela qual se fuma com um narguilé é completamente diferente da 
forma pela qual se fuma um cigarro. Com um narguilé, os fumantes inalam 
produtos da combustão do carvão utilizado no aquecimento do tabaco, bem 
como o próprio fumo do tabaco; a fumaça é resfriada e parece ser mais suave 
e mais fácil de inalar, pois ela passa através da água. A maneira pela qual um 
indivíduo fuma com um narguilé (frequência de tragadas, profundidade da 
inalação e duração da sessão de fumo) afeta as concentrações de toxinas 
absorvidas pelo fumante. (MARTINS, 2014, p. 107). 
 
 
Diante de tão grave ameaça aos jovens, não parece que as autoridades estão 
precipuamente engajadas em combater os locais que ofertam esses produtos aos menores, 
deixando os proprietários de lounge e tabacarias tranquilos para continuarem seus comércios 
da forma que bem entendam. 
Ao contraponto dessa situação, na capital do estado de Mato Grosso – Cuiabá – foi 
sancionada a Lei municipal 6.284/2018 para regulamentar especificamente a proibição da 
utilização do narguilé em locais públicos, ou onde haja concentração de pessoas. Essa norma 
buscou restringir o uso aos ambientes feitos exclusivamente para essa prática, ou seja, as 
tabacarias. A lei ainda vai além, quando proíbe a frequência ou permanência de menores de 
18 (dezoito) anos nesses estabelecimentos, culminando multa de até R$ 500,00 (quinhentos 
reais) aos comerciantes infratores, ou aos pais dos menores. 
Em âmbito nacional, a prática do uso do narguilé também está em discussão no 
Congresso Nacional. O deputado Capitão Augusto (PR-SP) é autor do Projeto de Lei 9.566/18 
que tramita na Câmara dos Deputados, e que em seu texto traz a expressa proibição da 
comercialização do narguilé aos menores de 18 (dezoito) anos. O Projeto de Lei também 
12 
 
 
prevê a inclusão expressa do produto no rol de substâncias proibidas aos menores constantes 
na Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e Adolescente – ECA). 
Outro ponto relevante do Projeto de Lei diz respeito à possível aplicação de multa 
que pode variar entre R$ 3.000,00 (três mil reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais), bem acima 
do valor previsto atualmente na lei da capital do estado de Mato Grosso. Contudo, sabe-se que 
para que essa norma tenha eficiência e eficácia é necessária a total aderência dos pais, amigos 
e familiares que convivem com os jovens. 
Outrossim, a população, infelizmente, parece não se importar com o uso dessa 
substância, guardando todas as suas preocupações para as drogas ilícitas. E ainda assim, 
aqueles que têm maior preocupação veem o uso desta e de outras drogas como falta de 
punição e de leis mais severas. 
Carolina Christoph Grillo, Doutora em Ciências Humanas (Antropologia Cultural) 
pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da Universidade Federal do 
Rio de Janeiro (2013), Frederico Policarpo, Doutor em Antropologia pelo Programa de Pós-
Graduação em Antropologia Universidade Federal Fluminense (PPGA/UFF) e Marcos 
Veríssimo, Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Universidade Federal 
Fluminense (2013), dizem que: 
 
 
O “problema das drogas” vem complicando-se de tal forma que a opinião 
pública parece concordar que sua “solução” deva passar pela vigente 
suspensão dos direitos civis de uma série de indivíduos, fundamentando-se 
no bem maior almejado, que é o combate às substâncias proibidas. 
(GRILLO; POLICARPO; VERÍSSIMO, 2011, p. 146). 
 
 
Nota-se que existem diversos problemas relacionados ao uso de drogas que devem 
ser estudados. O Brasil, no critério de combate ao uso de drogas, ainda precisa evoluir para 
buscar soluções que tragam eficácia e efetividade na aplicação das políticas públicas. 
 
 
2.3 PESQUISA SEMIESTRUTURADA: Resultados e Discussão 
 
 
A fim de se conhecer os estudantes usuários e compreender o que os levou ao 
primeiro contatocom o mundo das drogas, foi feito um levantamento de dados utilizando-se 
com base em uma pesquisa semiestruturada. Foram elaboradas 09 (nove) questões objetivas 
que continham até 05 (cinco) alternativas de respostas para cada uma. 
13 
 
 
As perguntas e as possíveis respostas foram cuidadosamente escolhidas pelo 
pesquisador com a intenção de conhecer a idade, a classe social, a estrutura familiar e o tipo 
de educação dos jovens estudantes da rede pública de ensino da cidade de Barra do Garças – 
MT. Antes de ser aplicada a pesquisa, foi feita uma palestra para explicar o conceito de 
drogas e sua definição legal, bem como as consequências jurídicas e o fundamento e 
finalidade das perguntas. 
Com o propósito de obter a máxima sinceridade dos entrevistados, a pesquisa foi 
desenvolvida em caráter facultativo, utilizando-se do aplicativo Google Doc, por meio do 
Google Drive, ou seja, aplicada totalmente empregando-se da tecnologia de planilhas da 
empresa Google, que, além de garantir o anonimato aos respondentes, auxilia o pesquisador 
preparando de forma automática e virtual os gráficos de pizza. 
Como resultado da proposta, obteve-se 330 (trezentos e trinta) respostas aos 
questionamentos propostos. Essas respostas foram separadas em dois grupos, um que seria 
utilizado e outro que seria dispensado. O critério para pertencer a cada grupo foi etário, de 
modo que, quem contava à época da pesquisa com 18 (dezoito) anos completos ou mais foram 
descartados, por estarem fora do objeto de estudos deste trabalho. A primeira pergunta da 
pesquisa, que possibilitou essa divisão, foi justamente sobre a faixa etária dos respondentes. 
Com a divisão das respostas que seriam utilizadas e das que seriam descartadas, 
criou-se um grupo de 274 (83%) respondentes utilizados e 56 (17%) respondentes 
descartados, conforme gráfico 01 em anexo. Importante ressaltar que todos os estudantes 
estavam na faixa etária dos 15 (quinze) aos 17 (dezessete) anos, ou seja, todos eram 
adolescentes prestes a entrar na fase adulta de suas vidas. 
O segundo questionamento foi a respeito de que tipo de escola os entrevistados 
faziam parte, pública ou privada. Contudo, as escolas privadas não quiseram participar da 
pesquisa e rejeitaram a proposta do pesquisador. Com isso, todos os entrevistados (100%) 
eram de escolas da rede pública estadual de ensino de Barra do Garças – MT, conforme se 
verifica no gráfico 02 em anexo. 
O próximo questionamento (gráfico 03, em anexo) dizia respeito à etapa de ensino na 
qual os jovens estavam inseridos, e praticamente todos 272 (99%) eram alunos do ensino 
médio, e apenas 02 (1,0%) do ensino fundamental. Outro dado interessante da pesquisa, que 
pode ser observado na próxima pergunta feita aos estudantes (gráfico 04, em anexo), é que 
menos da metade dos pesquisados – 125 (46%) – conviviam com família tradicional, ou seja, 
composta por pai e mãe, o restante – 149 (54%) – conviviam com outras pessoas, ou com 
família monoparental, isto é, apenas pai ou apenas mãe. 
14 
 
 
A renda dos entrevistados (gráfico 05, em anexo) foi o fator com maior índice de 
distribuição entre as opções de respostas, sendo que, foi o único questionamento que utilizou 
todas as cinco (05) alternativas de respostas possíveis para esse quesito. A renda com maior 
incidência foi a opção “de R$ 2.000,00 (dois mil reais) até menos de R$ 4.000,00 (quatro mil 
reais”, que obteve 87 (32%) das respostas. Seguida pela opção “de R$ 1.000,00 (mil reais) a 
menos de R$ 2.000,00 (dois mil reais)”, que obteve 76 (27%) de respostas positivas. 
A sexta pergunta foi trazida com o intuito de descobrir se a incidência das drogas 
estaria ou não ligada ao trabalho dos jovens. Com isso, conseguiu-se que 182 (66%) dos 
jovens entrevistados não trabalham, contra 92 (34%) dos que trabalham (gráfico 06, em 
anexo). Nota-se que até esse momento a intenção do pesquisador era conhecer o perfil 
socioeconômico dos jovens e a estrutura de suas famílias. 
O sétimo item da pesquisa (gráfico 07, em anexo) foi o primeiro a adentrar no tema 
das drogas, questionando os jovens se alguém no seu núcleo familiar utilizava algum tipo de 
droga, seja ela lícita ou ilícita. Antes da entrevista foi orientado aos respondentes que 
deveriam responder com base apenas nos integrantes de sua residência. A resposta, como já 
esperada, tendeu para a maior parte dos jovens respondendo positivamente a esse 
questionamento, com 174 (64%) sim, e 100 (36%) não. 
O próximo questionamento é preocupante (gráfico 08, em anexo). Cuidou-se de 
saber se os jovens já usaram algum tipo de droga, lícita ou ilícita, e com que idade fizeram 
esse uso. Do total de 274 entrevistados, apenas 95 (35%) disseram nunca terem utilizado 
nenhum tipo de droga, ou seja, 179 (65%) dos jovens já haviam experimentado algum tipo de 
droga, lícita e ilícita. 
A idade com maior preponderância para o primeiro uso foi dos 12 (doze) aos 15 
(quinze) com 88 (32%) das respostas positivas. A segunda idade com maior incidência foi dos 
15 (quinze) aos 17 (dezessete) com 76 (28%) de respostas positivas. Finalizando, com 15 
(5%) de respostas positivas, a idade antes dos 12 (doze). Esses números revelam que os 
jovens têm contato muito cedo com o mundo das drogas e esse comportamento pode ser 
levado para a vida adulta, tornando-os dependentes para o resto da vida. 
A última pergunta da entrevista (gráfico 09, em anexo) tratou especificamente do uso 
de narguilé, pois, por sua alta incidência entre os jovens, o pesquisador quis dar enfoque 
especial a esse quesito. 144 (53%) dos entrevistados declararam nunca ter feito uso do 
produto, enquanto que 130 (47%) responderam já ter utilizado. Dentre as idades do primeiro 
uso, a maior convergência de uso – 68 (25%) – ocorreu na faixa etária atual dos adolescentes, 
dos 15 aos 17. 
15 
 
 
Observa-se, no tocante ao uso de drogas lícitas e de acordo com a percepção do 
pesquisador, que os adolescentes não sentiam culpa por utilizar os produtos, e nem mesmo 
achavam o seu comportamento socialmente inadequado, denotando a aceitação social, 
principalmente do álcool. 
 
 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
As drogas são um problema que todos os países do mundo enfrentam. Elas podem 
ser divididas em dois grupos, as lícitas e as ilícitas. As primeiras são aquelas regulamentadas, 
ou seja, existe autorização do Estado para que as pessoas comercializem, desde que respeitem 
regras básicas para isso. Já as segundas, são proibidas de serem comercializadas, constituindo 
ilícito penal para quem descumpra essa norma. Essa proibição, no entanto, não é absoluta e 
cabem algumas exceções, como por exemplo, em caso de tratamento de doenças 
degenerativas, com autorização prévia e expressa. 
No Brasil, foram criadas leis e mecanismos para coibir o uso e o tráfico de qualquer 
tipo de produto ou substância que cause dependência, física ou psíquica. A preocupação é 
maior no caso dos menores de 18 anos, considerados vulneráveis pelas leis protecionistas. 
Nesses casos não há diferenciação para drogas lícitas e ilícitas, sendo todas elas vedadas às 
crianças e adolescentes. 
Contudo, não é isso que é observado na prática na cidade de Barra do Garças – MT, 
onde crianças e adolescentes podem ser vistas fazendo uso de tais substâncias. O índice de 
uso é maior para as drogas lícitas, álcool e tabaco. Nesses casos as drogas são vendidas sem 
medo pelos comerciantes do município. 
Conforme se observa nos resultados da pesquisa semiestruturada o uso de drogas 
lícitas é algo comum e corriqueiro entre os jovens da cidade de Barra do Garças – MT. A 
prática tornou-se socialmente aceita e nem mesmo os agentes de segurança pública agem em 
face dos ilícitos. 
Ainda de acordo com os resultados da pesquisa os fatores familiares podem ser 
considerados como um gatilho para a entrada e permanência dos jovens no mundo das drogas, 
lícitas ou ilícitas. Observa-se que quanto mais bem estruturadafor a família maior será a 
possibilidade de proteção do jovem. 
Portanto, as ações sociais e estatais devem estar voltadas à proteção e aos cuidados 
da família como um todo. Devem-se criar mecanismos para conscientização dos familiares 
16 
 
 
sobre os malefícios do vício. Sendo essa a melhor maneira de se evitar o primeiro uso e o 
consequente envolvimento dos jovens no mundo das drogas. 
 
 
4. REFERÊNCIAS 
 
 
BASTOS, Francisco Inácio Pinkusfeld Monteiro et al. III Levantamento Nacional sobre o 
uso de drogas pela população brasileira. 2017. 
 
BRASIL. Lei 11.343 de 23 de agosto de 2006. Lei de tóxicos. Institui o Sistema Nacional de 
Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, 
atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para 
repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras 
providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2006/lei/l11343.htm>. Acesso em 20 de set. de 2019. 
 
BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Estatuto da criança e do adolescente. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm>. Acesso em 21 de set. 
de 2019. 
 
DICIONÁRIO AURÉLIO. Dicio: Dicionário online de português. Disponível em: 
<https://www.dicio.com.br/narguile/>. Acesso em 21 de set. de 2019. 
 
GRILLO, Carolina Christoph; POLICARPO, Frederico; VERISSIMO, Marcos. A" dura" e o" 
desenrolo": efeitos práticos da nova lei de drogas no Rio de Janeiro. Revista de Sociologia e 
Política, v. 19, n. 40, p. 135-148, 2011. 
 
MARTINS, Stella Regina et al. Experimentação de e conhecimento sobre narguilé entre 
estudantes de medicina de uma importante universidade do Brasil. Jornal Brasileiro de 
Pneumologia, v. 40, n. 2, 2014. 
 
MARTINS, Mayra Costa; PILLON, Sandra Cristina. A relação entre a iniciação do uso de 
drogas e o primeiro ato infracional entre os adolescentes em conflito com a lei. Cadernos de 
Saúde Pública, v. 24, p. 1112-1120, 2008. 
 
 
5. ANEXOS 
 
 
 
 
17 
 
 
GRÁFICO 01 
 
 
GRÁFICO 02 
 
 
 
 
274
83%
56
17%
QUANTOS ANOS VOCÊ TEM?
ATÉ 12 ANOS INCOMPLETOS
12 A 14
15 A 17
18 OU MAIS
330
100%
QUAL O TIPO DE ESCOLA VOCÊ ESTUDA?
PÚBLICA
PRIVADA
18 
 
 
GRÁFICO 03 
 
 
GRÁFICO 04 
 
 
 
2
1%
272
99%
QUAL O TIPO DE ENSINO?
FUNDAMENTAL
MÉDIO
EJA
125
46%
97
35%
25
9%
27
10%
COM QUEM VOCÊ VIVE?
OS DOIS PAIS
APENAS PAI, OU APENAS MÃE
AVÓS
OUTROS
19 
 
 
GRÁFICO 05 
 
 
GRÁFICO 06 
 
 
 
35
13%
76
27%
87
32%
52
19%
24
9%
QUAL A RENDA MÉIDA DA SUA FAMÍLIA? TODOS OS 
INTEGRANTES DA CASA.
MENOS DE R$ 1.000,00
DE R$ 1.000,00 A MENOS DE R$ 
2.000,00
DE R$ 2.000,00 A MENOS DE R$ 
4.000,00
DE R$ 4.000,00 A R$ 8.000,00
ACIMA DE R$ 8.000,00
92
34%
182
66%
VOCÊ TRABALHA?
SIM
NÃO
20 
 
 
GRÁFICO 07 
 
 
GRÁFICO 08 
 
 
 
174
64%
100
36%
NA SUA CASA ALGUÉM UTILIZA DROGAS LÍCITAS OU 
ILÍCITAS? EX.: ÁLCOOL, TABACO, DROGAS ILÍCITAS.
SIM
NÃO
15
5%
88
32%
76
28%
95
35%
COM QUANTOS ANOS VOCÊ EXPERIMENTOU 
DROGAS, LÍCITAS OU ILÍCITAS, PELA PRIMEIRA VEZ? 
EX.: ÁLCOOL, CIGARRO, DROGAS ILÍCITAS.
ANTES DOS 12
12 AOS 15
15 AOS 17
18 OU MAIS
NUNCA
21 
 
 
GRÁFICO 09 
 
4
1%
58
21%
68
25%
144
53%
COM QUANTOS ANOS VOCÊ USOU NARGUILÉ PELA 
PRIMEIRA VEZ?
ANTES DOS 12
12 AOS 15
15 AOS 17
18 OU MAIS
NUNCA USEI

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