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Gabarito_Avaliacao_Proficiencia__Direito_RE_V1_PRF_116241_original

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Disciplina: Avaliação Proficiência _Direito
Modelo de Prova: Roteiro de Estudos - 15 Questões
Tipo de Prova: RE
Versão da Prova: 1
Código da Prova: 116241
Questão Resposta
correta
Gabarito Comentado
1 E
O artigo 5º da Constituição Federal de 1988 trata dos direitos e deveres
individuais e coletivos, espécie do gênero direitos e garantias fundamentais
(Título II). Assim, apesar de referir-se, de modo expresso, apenas a direitos
e deveres, também consagrou as garantias fundamentais. Resta diferenciá-
los. Assim, os direitos são bens e vantagens prescritos na norma
constitucional, enquanto as garantias são os instrumentos através dos quais
se assegura o exercício dos aludidos direitos (preventivamente) ou
prontamente os repara, caso violados. Já a diferença entre garantias
fundamentais e remédios constitucionais é que estes últimos são espécie do
gênero garantia. Isso porque, uma vez consagrado o direito, a sua garantia
nem sempre estará nas regras definidas constitucionalmente como remédios
constitucionais (ex.: habeas corpus, habeas data etc.). Em determinadas
situações a garantia poderá estar na própria norma que assegura o direito.
Vejamos dois exemplos: ■é inviolável a liberdade de consciência e de
crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos — art. 5.º, VI
(direito), garantindo-se na forma da lei a proteção aos locais de culto e suas
liturgias (garantia); ■ direito ao juízo natural (direito) — o art. 5.º, XXXVII,
veda a instituição de juízo ou tribunal de exceção (garantia). Essa
última situação é a que se aplica ao caso aqui descrito.
2 D
 A resolução requer do aluno o conhecimento e a interpretação do alcance
de princípios e conceitos básicos do regime jurídico ambiental, aplicando-os
em um contexto onde a idéia de meio ambiente aparece complexificada por
dados que inferem suas dimensões naturais, humanas e sociais. A questão
estrutura-se a partir de três proposições cuja veracidade deve ser avaliada.
A resposta correta é a que segue:
 
Proposição I - Falsa. O princípio da Indisponibilidade do Meio Ambiente torna
a proteção ambiental indisponível, prejudicando o anseio negocial relativo à
contemplação de interesses privados ou públicos dissociados desta idéia.
Entretanto, a própria idéia de Meio Ambiente, enquanto elemento interno da
estrutura do princípio, não deve ser restrita ao dado natural - a compreensão
contemporânea do Meio Ambiente aponta para um todo complexo de
relações onde o dado natural aparece entrelaçado com o dado humano e
social. Assim, é possível argumentar que não deve haver a prevalência do
dado natural ante as demais faces do bem jurídico, devendo este ser
harmonizado com os aspectos humanos e sociais para definir as ações
adequadas de preservação.
 
Proposição II - Verdadeira. O conceito de poluidor, definido no Artigo 3o da
Lei 6938/81, abrange não somente o interventor que causa através de ações
diretas a degradação ambiental, mas também quem o faz indiretamente.
Este fato têm sido aproveitado por robusta jurisprudência para reconhecer a
responsabilidade ambiental do Estado, como poluidor indireto, pela omissão
no cumprimento de seu dever de polícia, o que muitas vezes concorre para a
consolidação ou agravamento da situação de degradação.
 
Proposição III - Verdadeira. O voto vencido desenvolve exatamente a tese de
que as condições do caso impõe a necessidade de harmonizar a tutela do
Meio Ambiente em seu dado natural com seu dado humano e social, visando
evitar a aprovação judiciária da omissão estatal, cuja intervenção tardia e
intensa em situações de ocupação irregular impõe inúmeros gravames à
dignidade dos ocupantes, muitas vezes tolhendo-lhes as condições
necessárias para fixar uma moradia alternativa. Esta reflexão levará o
desembargador a defender como requisito para a desocupação a cessão de
uso pelo Poder Público de local alternativo para ocupação dos interessados.
3 D
Afirmação I - Incorreta. A proteção da criança, do adolescente e do idoso é
tratada ao nível constitucional como um imperativo de interesse público, do
que decorre a sua conceituação como um dever coletivo outorgado não só à
família, mas também à sociedade e ao Estado, nos termos do Art. 226, CF;
Afirmação II - Correta. O ato de adoção constitui a família adotiva como
equiparada à família biológica, nos termos do Art. 41, caput, do ECA;
Afirmação III - Correta. O abandono é causa de perda do poder familiar, nos
termos do Art. 1638, II, do CC;
4 A
As afirmativas I e II estão corretas.
 
Afirmativa I. Correta. A decisão proferida pelo STF no caso “Raposa
Serra do Sol” tem eficácia vinculante e deve ser seguida em todos os
processos de demarcação de terra indígena pelo governo federal, conforme
determinou o parecer da Advocacia-Geral da União. Essa decisão do STF foi
alvo de muitas críticas as estabelecer rigorosos critérios para a demarcação
de terras indígenas.
 
Afirmativa II. Correta. É a interpretação do art. 232 da Constituição Federal.
 
Afirmativa III. Incorreta. O rol de direitos dos povos indígenas trazido
pela Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas é
exemplificativo, como se interpreta do art. 43 da referida Declaração.
5 B
A prescrição é a perda da ação atribuída a um direito e de toda sua
capacidade defensiva, devido à não utilização em um determinado espaço
de tempo. Já a decadência também chamada de caducidade, ou prazo
extintivo, é o direito outorgado para ser exercido em determinado prazo,
caso não for exercido, extingue-se.
Em relação à situação problema, Valdir é professor, possuía contrato de
honorários, mas não recebeu o valor acordado entre as partes, pelo serviço
prestado em 2005. Conforme consta no Código Civil, prescreve em 5 anos a
pretensão dos profissionais liberais em geral, inclusive dos professores. “Art.
206. Prescreve(...). § 5º Em cinco anos: II - a pretensão dos profissionais
liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores pelos seus
honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos
respectivos contratos ou mandato”.
De acordo com o Código de Processo Civil, artigo 487, II, podemos entender
que: “Haverá resolução de mérito quando o juiz: (...) II - decidir, de ofício ou
a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição”. Assim,
Valdir não receberá os valores devidos, e a sentença será com resolução de
mérito.
Resposta: I, II e III estão corretas.
 
Afirmativa I - A Apelação admite recurso adesivo, conforme se depreende do
art. 1.010, § 2º, e do art. 997, § 2º, II, ambos do NCPC.
 
Afirmativa II - Via de regra, a Apelação tem efeito suspensivo, de acordo com
o art. 1.012, caput, do NCPC. Contudo, este mesmo artigo traz hipóteses no
6 E
§ 1º em que o efeito suspensivo não se verificará. Desse modo, pode-se
compreender que a regra é ter efeito suspensiva, porém é exceção quando
não o tem, daí a necessidade de o NCPC prever essas situações.
 
Afirmativa III - Na hipótese de interposição de Apelação contra sentença que
decreta a interdição, essa sentença poderá ser executada provisoriamente
(art. 1.012, § 2º, do NCPC), visto que essa sentença não terá efeito
suspensivo, tratando-se da exceção prevista no art. 1.012, § 1º, VI, do
NCPC.
 
Afirmativa IV, está incorreta, pois a apelação devolverá ao tribunal o
conhecimento da matéria impugnada ( art. 1013, do CPC).
7 A
De acordo com o artigo 539 do novo CPC: Nos casos previstos em
lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a
consignação da quantia ou da coisa devida.
 
Conforme delimita o artigo 700 do novo CPC: A ação monitória pode ser
proposta por aquele que afirmar, com base em prova escrita sem eficácia de
título executivo, ter direito de exigir do devedor capaz:
I - o pagamento de quantia em dinheiro;
II - a entrega de coisa fungível ou infungível ou de bem móvel ou imóvel;
III - o adimplemento de obrigação de fazer ou de não fazer.
 
"O rol, provavelmente em razão de sua natureza exemplificativa, não consta
do Novo Código de Processo Civil, mas ainda assim os exemplosprevistos
no revogado art. 1.046, caput, do CPC/1973 continuam a ensejar o
cabimento de embargos de terceiros. [...] Penhora, arresto, sequestro, busca
e apreensão, imissão na posse etc [...]" (NEVES, Daniel Amorim Assumpção.
Novo Código de Processo Civil Comentado. Salvador: JusPodivm. 2016, p.
1080).
 
As ações possessórias se fundamentam no direito de posse, sendo que
abrangem apenas a manutenção de posse, reintegração de posse e interdito
proibitório.
 
Alegada pelo réu a insuficiência do depósito inicial, e ainda sendo útil ao
credor a prestação devida, o juiz intimará o autor para que realize no prazo
de 10 dias a sua complementação.
8 C
O juízo de admissibilidade é sempre preliminar ao juízo de mérito: a solução
do primeiro determinará se o mérito será ou não examinado. Assim, como na
situação problema apresentada no enunciado, por falta do preparo não
houve julgamento do mérito.
No juízo de admissibilidade, verifica-se a existência dos requisitos de
admissibilidade. Distingue-se do juízo de mérito, que é aquele "em que se
apura a existência ou inexistência de fundamento para o que se postula,
tirando-se dai as consequências cabíveis, isto é, acolhendo-se ou rejeitando-
se a postulação. No primeiro, julga-se esta admissível ou inadmissível; no
segundo, procedente ou improcedente". Por isso que se fala em
admissibilidade do recurso, da petição inicial, da denunciação da lide etc. O
juízo de admissibilidade funciona como um mecanismo de filtragem em
relação às demandas propostas diariamente perante o Judiciário, a fim que
somente aqueles que preencham os requisitos exigidos sejam admitidos e
ultrapassem a barreira para que a análise do mérito seja realizada. O juízo
de admissibilidade será positivo quando se conhece o recurso, passando-se
a examinar seu mérito, e negativo quando não se admite o recurso,
deixando-se de analisar seu mérito.
I e IV, apenas.
9 B
 
Embora os imóveis tenham o mesmo valor venal, estão em municípios
diferentes e a alíquota pode ser diferente em cada município. O estado tem
competência apenas para fixar tributos estaduais. Dessa forma, a orientação
do advogado apresentada no contexto está incorreta. É possível verificar na
Constituição Federal e no Código Tributário Nacional, a regulamentação dos
impostos municipais, a seguir:
 
Constituição Federal:
“Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
I - propriedade predial e territorial urbana”.
 
No Código Tributário Nacional (LEI Nº 5.172, de 25 de outubro de 1966) é
mencionada a competência dos Municípios sobre a cobrança do IPTU:
“Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade
predial e territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio
útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como
definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município. Dessa forma,
cada município tem autonomia para estabelecer as alíquotas de cobrança do
IPTU, obedecendo os limites estabelecidos no Estatuto das Cidades e na Lei
Municipal criada para tal finalidade”.
10 A
Não se convencendo da materialidade do fato ou da existência de indícios
suficientes de autoria ou de participação, o juiz, fundamentadamente,
impronunciará o acusado, justamente porque, enquanto não ocorrer a
extinção da punibilidade, poderá ser formulada nova denúncia ou queixa, se
houver prova nova. A falta de testemunhas impede a correta apreciação do
Juiz sobre o caso. Ao impronunciar o acusado, abre a possibilidade de nova
denúncia, caso as testemunhas sejam encontradas e ouvidas, por exemplo.
Vide artigo 414 e parágrafo único do CPP.
11 B
Resposta: As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II justifica a I.
 
Proposição I: correta.
Os direitos de primeira geração ou dimensão encontram-se no contexto de
transição entre o Absolutismo e o Estado Liberal. Relacionam-se, pois, às
liberdades negativas clássicas, destacando o indivíduo.
 
Proposição II: correta.
Os Direitos Civis correspondem à fase inicial do constitucionalismo no
Ocidente e têm como fundamento a liberdade.
12 A
Segundo Marinela (2013), o princípio da supremacia do interesse público
justifica o exercício dos poderes administrativos na estrita medida em que
sejam necessários ao atingimento dos fins públicos. Dessa forma, o exercício
ilegítimo das prerrogativas previstas no ordenamento jurídico à
Administração Pública se caracteriza, de forma genérica, como abuso de
poder. O abuso de poder desdobra-se em duas categorias: a) excesso de
poder: quando o agente público atua fora dos limites de sua esfera de
competência; b) desvio de poder (desvio de finalidade): quando o agente
atua dentro de sua esfera de competência, porém de forma contrária
à finalidade explícita ou implícita na lei que determinou ou autorizou o ato.
Nesse caso, será desvio de poder a tanto conduta contrária à finalidade
geral (interesse público, finalidade mediata) quanto à finalidade específica
(imediata). Dessa forma, o excesso de poder se relaciona com o elemento
da competência; enquanto o desvio de poder se refere ao elemento da
finalidade.
Alternativa correta: Divórcio/ brasileiros/ 1 (um)/separação/ STJ.
 
13 B
O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem
brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da
sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual
prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato, obedecidas as
condições estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no país.
O Superior Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento interno, poderá
reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferidas em
pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de
brasileiros, a fim de que passem a produzir todos os efeitos legais. 
(Redação dada pela Lei nº 12.036, de 2009). Vide - Artigo 7º, § 6º.
do Decreto-Lei nº 4.657, de 04 de setembro de 1942. Lei de Introdução às
normas do Direito Brasileiro. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del4657compilado.htm 
Acesso em: 04 Fev. 2019.
14 A
A alternativa correta da questão é a que aduz que as afirmativas I e II são
verdadeiras. Na afirmativa III, é correto afirmar que a ausência injustificada
das partes na audiência de conciliação ou de mediação é considerada ato
atentatório à dignidade da justiça, sendo reprimido com multa de até 2% da
vantagem econômica visada pelo demandante ou do valor da causa. O
respectivo montante será revertido em prol da União ou do Estado. Já na
alternativa IV, é sabido que a legislação disciplina o procedimento da
audiência de conciliação ou de mediação, que poderá ser realizada por meio
eletrônico.
15 C
A Ação Popular, elevada ao nível constitucional em 1934, retirada da
Constituição de 1937, retornou na de 1946 e permanece até os dias atuais,
prevista no artigo 5.º, LXXIII, da CF/88, in verbis: “qualquer cidadão é parte
legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio
público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando
o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da
sucumbência”.
Os cidadãos brasileiros podem propor uma ação popular sempre que
considerarem que uma ação do poder público foi prejudicial a algum desses
itens. O remédio é regulamentado pela Lei 4.717, de 1965.
 
Constituição Federal de 88:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que
vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o
Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-
fé, isento de custas judiciaise do ônus da sucumbência.
 
Vide - LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado® / Pedro Lenza. –
22. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2018. p.1223-1228.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12036.htm#art2

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