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PARQUES URBANOS E ECOGÊNESE “Os parques urbanos são espaços públicos com dimensões significativas e predominância de elementos naturais, principalmente cobertura vegetal, destinado à recreação”. (KLIASS, 1993, p. 19) . Parques urbanos “é uma área verde, com função ecológica, estética e de lazer, entretanto com uma extensão maior que as praças e jardins públicos”, desempenham funções importantes em uma cidade, como, a estética, a social e a ecológica. Contribuições ecológicas, pois à medida que os elementos naturais compõem esses espaços minimizam os impactos decorrentes da urbanização e da industrialização (LIMA,1994). Estética - integração entre os espaços construídos e os destinados à circulação, assim como a diversificação dos elementos que compõem a paisagem urbana. Social - oferta de espaços para lazer da população. É neste sentido, que os espaços livres de uso público merecem especial atenção sendo que possibilitam a garantia do uso e conservação dessas áreas livres como um dever público e da coletividade. Parques urbanos são - “todo espaço de uso público destinado à recreação de massa, qualquer que seja o seu tipo, capaz de incorporar intenções de conservação e cuja estrutura morfológica é auto-suficiente (não é diretamente influenciada em sua configuração por nenhuma estrutura construída em seu entorno)” Macedo e Sakata (2003, p. 14) Neste caso, além dos tipos de uso, funções e morfologia deve-se incluir a obrigatoriedade da presença da vegetação arbórea, pois a massa vegetal e seus efeitos positivos no ambiente urbano é que fazem à diferença do parque em relação a outras áreas verdes. Parques lineares ou greenways - são intervenções urbanísticas construídas ao longo de cursos d’água. Normalmente maiores em seu comprimento do que na sua largura – por acompanhar o trajeto de rios e córregos e estarem sempre associados à rede hídrica – tais espaços são capazes de conectar áreas verdes, proteger e recuperar o ecossistema, controlar enchentes, abrigar práticas de lazer, esporte e cultura, além de contribuir com alternativas não motorizadas de mobilidade urbana. O próprio termo greenway (“caminho verde”, em português) é uma referência a cinturões de vegetação associadas ao tráfego não motorizado, indicando movimento – de água, pessoas, animais, sementes, entre outros. Parques lineares são uma iniciativa sustentável de uso e ocupação das áreas urbanas em pontos mais baixos de um terreno acidentado, formando uma calha por onde escoam as águas das chuvas – nos âmbitos ambiental, social, econômico e cultural. Geralmente, tais partes dos rios são canalizadas e ocultadas por avenidas. Os parques lineares procuram, justamente, ocupar esses pontos, a fim de evitar o processo de pavimentação. Por sua linearidade, essas áreas verdes potencializam os fluxos de pessoas, ciclistas, avifauna e de vida na cidade. Constituem um grande potencial de mobilidade associada à circulação não motorizada”, Parque Tiquatira, na zona leste, é o primeiro parque linear de São Paulo. Parques lineares - mais sombra e umidade do ar, redução das ilhas de calor e maior permeabilidade do solo, possibilitando a percolação – passagem mais rápida – das águas pluviais. A cidade ganha espaços verdes públicos que favorecem o exercício da esfera pública, do encontro, da sociabilidade, da contemplação, da qualidade de vida urbana. Rever a relação da cidade e seus rios, sua canalização e supressão dos cursos d’água, aliada à construção de avenidas. Possibilitam um resgate do sítio natural em meio à cidade que nele se desenvolveu, favorecendo a reconexão do homem urbano à natureza da qual somos todos parte. Consequências da canalização rios são as inundações à medida que a precipitação ocorre e a água não é infiltrada no solo, o volume escoa pelos condutos do sistema de drenagem e a retificação de um córrego aumenta a velocidade das águas, podendo causar verdadeiras catástrofes em relação à inundação. Os parques lineares apresentam novas e desafiadoras questões à administração pública municipal, desde a fase de planejamento e concepção do projeto até a fase de gestão pós-implantação” Diferente de um parque municipal com desenho regular e limites estabelecidos, o parque linear compõe um espaço aberto na cidade, diferenciado por seu papel na conservação dos recursos hídricos. Podem desempenhar funções ecológicas, estéticas, recreacionais, educacionais e de sociabilidade. Em outro aspecto, as investigações evidenciaram a importância dos programas de despoluição dos córregos para que sejam reintegrados à paisagem urbana - Importante a limpeza e manutenção dos canais dos rios, de modo a valorizar seus potenciais de contemplação e interação, reintegrando-os à paisagem urbana”, Necessidade da criação de políticas públicas para a fixação da população local, uma vez que com a implementação de áreas verdes e despoluição dos córregos, há uma tendência de valorização imobiliária nos entornos. “É preciso atentar-se à valorização imobiliária do seu entorno, de forma a não permitir a gentrificação, com a consequente expulsão da população original”. PARQUES ECOLÓGICOS - A finalidade de um parque ecológico é proteger o ecossistema no qual este se desenvolve embora estas regiões também sirvam para o lazer e permitam que a população conheça a natureza de um determinado lugar. PARQUE ESTADUAL ECOLÓGICO DO COCÓ 1.575 ha PARQUE ECOLÓGICO DO PASSARÉ: área destinada à proteção dos ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, onde podem ser realizadas atividades de recreação, educação e interpretação ambiental, e desenvolvidas pesquisas científicas. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjx4K_wxNbVAhUGxpAKHc6tAsIQjRwIBw&url=http%3A%2F%2Fwww.fortalezaemfotos.com.br%2F2011%2F01%2Fparque-ecologico-do-passare.html&psig=AFQjCNGRLTHuxxvRdDcm8jcBxgcbCZcX5A&ust=1502793664901456 ECOGÊNESE Fernando Chacel foi um dos maiores paisagistas brasileiros, sua obra foi importantíssima para o avanço das práticas contemporâneas no país. Foi estagiário do escritório de Burle Marx e é autor do livro Paisagismo e ecogênese Chacel fala da ecogênese; recuperar áreas degradas através da criação de parques em um trabalho multidisciplinar, envolvendo botânicos, biólogos, arquitetos paisagistas, zoólogos, etc.. O Parque da Gleba E foi o primeiro trabalho com este conceito. Foi feito por Fernando Chacel e Luiz Emygdio, numa parceria público-privada com a construtora Carvalho Hosken. Localiza-se numa península lagunar na Barra da Tijuca que encontrava-se em processo de desertificação. A proposta foi criar faixas, cada qual com seu programa: manguezal, restinga e parque. O mangue, natural da área, localiza-se na faixa entre a terra e a água, e segura a maré e a terra, e serve como elemento de recuperação para a fauna da lagoa. A restinga é o elemento de transição do mangue para os parques, funcionando tanto para a contemplação como para proteção ao mangue. O projeto da Gleba E foi pioneiro na área e teve continuidade com o Parque de Educação Ambiental Professor Mello Barreto. Localiza-se logo atrás do Barra shopping e tinha o diferencial de sua área já estar ocupada por moradias irregulares, e o entulho das antigas casas viria a ser um elemento dificultante. Na área de uso extensivo foram implantado o “Jardim de Restinga”, o “Jardim de Bromélias”, o “Arboreto de Mata Atlântica” e o “Bosque de fruteiras” com o objetivo de atrair as aves. Também existem propostas de lagoas artificiais, ciclovias, quiosques e outros equipamentos para o uso dos visitantes, algumas que foram vetadas pela Secretaria do Meio Ambiente. Apesar de ser um parque,a prioridade é recuperar as áreas e proteger a beira da lagoa, dando espaço para a natureza regenerar-se e criar seu próprio espaço. Praças e parque urbanos Elementos de projeto: Centralidade; Complexidade; Insolação; Delimitação espacial Complexidade: O espaço deve oferecer uma multiplicidade de motivos para as pessoas frequentarem. O espaço deve ter locais diferentes para usos e estados de espírito diferentes, e para estimular a visita mais de uma vez. Exemplos: mudanças de nível de piso, locais com árvores, espaços abertos. Centralidade: Os espaços devem ter um local reconhecido pelas pessoas como o centro. Lugar de encontro, de referência, diferença em relação ao resto. 3. Insolação: Espaços que permitam às pessoas receber sol (locais frios); Espaços com sombra (locais quentes). 4. Delimitação espacial: Os prédios em volta criam uma forma definida de espaço; as edificações como pano de fundo das praças e parque. “Quanto mais a cidade conseguir mesclar a diversidade de usos e usuários do dia-a-dia nas ruas, mais a população conseguirá animar e sustentar com sucesso e naturalidade (e também economicamente) os parques bem localizados, que assim poderão dar em troca à vizinhança prazer e alegria, em vez de sensação de vazio.” JANE JACOBS PARQUES URBANOS ROSA KLIASS PARQUES MANGAL DAS GARÇAS BELÉM PARQUES MANGAL DAS GARÇAS BELÉM PARQUES MANGAL DAS GARÇAS BELÉM PARQUES MANGAL DAS GARÇAS BELÉM PARQUES MANGAL DAS GARÇAS BELÉM PARQUES MANGAL DAS GARÇAS BELÉM PARQUES MANGAL DAS GARÇAS BELÉM PARQUES MANGAL DAS GARÇAS BELÉM PARQUE DAS ESCULTURAS SALVADOR PARQUE DAS ESCULTURAS SALVADOR PARQUE DAS ESCULTURAS SALVADOR PARQUE DAS ESCULTURAS SALVADOR PARQUE DAS ESCULTURAS SALVADOR
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