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4Prisões - Liberdade Provisória

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LIBERDADE PROVISÓRIA
Quando cabe a prisão preventiva, o réu deve responder o processo preso e não cabe a liberdade provisória. Não havendo os fundamentos legais da prisão preventiva, cabe a liberdade provisória. 
Prisão em flagrante 
· Ilegal – relaxamento
· Legal – liberdade provisória. É pedido que o réu responda o processo em liberdade. 
1. Introdução – É um instituto que permite que o réu responda o processo em liberdade, desde que ausentes os requisitos da prisão preventiva. 
2. Fundamento - Art. 5, LVII CF. - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. O fundamento da liberdade provisória é o princípio da presunção de inocência. Ninguém deve ficar preso, sem que se tenha a certeza de quem realmente é culpado.
3. Princípio Constitucional relativo à liberdade provisória – Art. 5, LXVI CF - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança. 
4. Espécies de liberdade provisória
a. Obrigatória – A pessoa não pode ser presa. A liberdade provisória obrigatória. São os crimes de menor potencial ofensivo. (Art. 69, § único 9.099/95). Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários. Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso de violência doméstica, o juiz poderá determinar, como medida de cautela, seu afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a vítima. 
b. Proibida/vedada 
Art. 5, LXL (44 e 42) da CF.
Lei nº 11.343/06 – Art. 44.  Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos. Nesses crimes, a regra é a prisão. A maior discussão do STF é se é cabível a liberdade provisória nos crimes de tráfico. Além de a lei proibir, é necessário que o Juiz fundamente com base nos requisitos da prisão preventiva. 
Lei nº 9.613/98 – Art. 3º Os crimes disciplinados nesta Lei são insuscetíveis de fiança e liberdade provisória e, em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o réu poderá apelar em liberdade. Trata dos crimes de lavagem de dinheiro.
Lei nº 9.034/95 – Art. 7º Não será concedida liberdade provisória, com ou sem fiança, aos agentes que tenham tido intensa e efetiva participação na organização criminosa. Também não admite liberdade provisória.
· Crimes de racismo
· Ações/Grupos Armados/Estado Democrático.
c. Permitida/com ou sem fiança – na prática o Juiz concede a liberdade provisória sem fiança. 90% dos casos. 
· Art. 310, III e § único, CPP -  Art. 310 CPP.  Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente: III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. Parágrafo único. Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato nas condições constantes dos incisos I a III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais, sob pena de revogação. 
· Art. 321 CPP. Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva, o juiz deverá conceder liberdade provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares previstas no art. 319 deste Código e observados os critérios constantes do art. 282 deste Código. 
Os motivos da prisão preventiva estão contidos no art. 312 CPP. O Juiz pode conceder a liberdade provisória com ou sem fiança. Na prática, o Juiz concede a liberdade provisória sem fiança. 
5. Crimes afiançáveis e crimes inafiançáveis - Art. 323 CPP. Não será concedida fiança: I - nos crimes de racismo; .II - nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e nos definidos como crimes hediondos; III - nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático. 
6. Quem concede a fiança - Art. 322 CPP.  A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos. Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas.
Nos crimes com pena máxima igual e não superior a 4 anos, quem concede a fiança é autoridade policial. Nos demais casos quem concede é o Juiz. 
· O legislador ainda não foi claro para a questão da liberdade provisória com ou sem fiança, por isto somente, na prática, pede-se a liberdade provisória sem fiança. 
Caso 2
Art. 310, § único CPP. Falar que não está presente a prisão preventiva. Tem direito a liberdade provisória.
1. Assinatura – nunca
2. Jurisprudência/doutrina – não colocar na prova. A OAB não aceita.
3. Legislação atualizada – a prisão atualizou-se em 2011
4. Formatação/Linhas/Parágrafo – o § não pode ser muito extenso. Na OAB é interessante fazer 3 riscos para os § e citação de artigos. Art. 5, CF [....] embaixo [....] LXVI
5. Introdução/conclusão 
6. Relação com os fatos 
7. Citar artigos 
8. CF/CPP – mencionar primeiro os artigos da Constituição, depois a lei infraconstitucional.
· O pressuposto da prisão em flagrante é a liberdade provisória. Só falamos de liberdade provisória, quando temos prisão preventiva. 
Quando a prisão preventiva ou temporária é ilegal – arbitrária - tem que ser revogada. Na liberdade provisória, o indiciado tem que ser submetido a algumas situações, sendo a prisão preventiva ou temporária ilegal há a simples revogação. 
A revogação da prisão preventiva está contida no art. 316 do CPP.
 Art. 316 CPP. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.
“Se o Juiz decretar a prisão preventiva, o caminho da defesa é pedir a revogação, não tem o menor sentido solicitar a concessão de liberdade provisória, pois esta somente é cabível quando há prisão em flagrante” Nucci – Prática forense penal.
Mesmo raciocínio para a prisão temporária.

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