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liberdade provisória

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AO DOUTO JUÍZO DA __ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE _____.
Anderson, nacionalidade, profissão, estado civil, portador do CPF n. xxx.xxx.xxx-xx, Residente e domiciliado na Rua., Bairro n., Cidade, Estado. Por intermédio de seu advogado(a) Isabella Tavares Lira, inscrito na OAB n. xx.xxx, com endereço profissional na Rua,n, Bairro, Cidade, Estado, onde recebe suas intimações de estilo.
Vem perante Vossa Excelência, propor:
Liberdade Provisória
Com fulcro no artigo 5º, inciso LXVI, da Constituição Federal, bem como nos artigos 310, III e 321 do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
I – DOS FATOS
O acusado encontra-se recolhido junto a delegacia à disposição da justiça, em virtude de prisão em flagrante pelas supostas pratica do delito previsto no artigo 129 do Código Penal.
Conforme informações, se trata de suspeito trabalhador de uma grande multinacional	, nunca se envolveu em nenhum crime, tem bons antecedentes, e com residência fixa.
II – DO DIREITO
2.1 DO PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA
A Constituição Federal, ao admitir que a regra, num Estado Social e Democrático de Direito, é a liberdade; e a restrição à liberdade é a exceção, previu que "ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança" (art. 5º, LXVI).
Como no art. 5º, LVII, da CF/88 diz que ninguém será considerado culpado até que seja prolatada sentença penal condenatória transitada em julgado, assim, está-se diante do princípio da não culpabilidade, pois nele é reconhecido um estado transitório de não culpabilidade durante a instrução processual, até a sentença irrecorrível.
Como está previsto na Constituição Federal o princípio da presunção de inocência, deverá o direito processual penal respeitá-lo, visto que é uma lei infraconstitucional.
Nesse sentido, ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. Portanto, a manutenção do cárcere não poderá ser decretada, vez que, fere o princípio da presunção de inocência.
2.2 DA LIBERDADE PROVISÓRIA
Ocorre, todavia , que a despeito de ter sido preso em flagrante, não há motivos que justifiquem sua segregação cautelar por mais tempo, uma vez que o indiciado é primário de bons antecedentes, além de possuir emprego e residência fixa. Por ora, não oferece perigo a sociedade.
Como dito , assim não há razão para a manutenção da prisão decorrente do flagrante, uma vez que incorrem as hipóteses que autorizam a prisão preventiva do acusado.
A segregação cautelar do agente, somente se justificaria, ante a existência de fatos concretos que recomendassem a sua manutenção, o que não é o caso.
2.3 DO NÃO CABIMENTO DA PREVENTIVA POR AUSÊNCIA DE REQUISITOS
É importante ressaltar que também não deve ser decretada a prisão preventiva a qual suas condições estão consignadas nos artigos 312 e 313 do Código de Processo Penal.
A priori, observa-se que o art. 313 do Código de Processo Penal, define que para a sua utilização é necessário que a conduta imputada refira-se a crime com pena superior a 04 (quatro) anos, o que no caso em análise não é compatível, pois o tipo imputado, tem pena máxima de um ano.
Embora os indícios de autoria estejam presentes, tal motivo não pode, por si só, justificar a segregação cautelar, sob pena de antecipação do cumprimento da pena.
O acusado tem bons antecedente e residência fixa, não havendo indícios de que este, uma vez solto, volte a delinquir
2.2 DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL
Ademais, a possibilidade de acusado desaparecer ou prejudicar a colheita de provas não foi demonstrada nos autos. Não se demonstrou que a prisão do requerente seja necessária para resguardar a eficácia do provimento final. Em outras palavras, está ausente a cautelaridade que deve nortear toda prisão provisória.
Ressalta-se que o acusado e portador de bons antecedentes. Portanto, não há risco à aplicação da lei penal e, destarte, não há fundamento que sustente a manutenção do cárcere.
Assim, uma vez verificado que estão ausentes os requisitos autorizadores da prisão preventiva previstos no artigo 312 do Código de Processo Penal, a liberdade provisória é medida que se impõe, conforme determina o artigo 321, do Código de Processo Penal.
III – DO PEDIDO
Por todo exposto, requer
A) a concessão de liberdade provisória, nos termos do art. 310, parágrafo único, do Código de Processo Penal;
B) a aplicação das medias cautelares previstas no art. 319 do CPP, caso seja Vossa Excelência entenda por necessárias;
C) a oitiva do representante do ministério público;
D) expedição de alvará de soltura colocando-se o INDICIADO em liberdade, que antecipadamente se compromete a comparecer a todos os atos do processo, quando intimado.
 Neste termos, pede deferimento
Comarca, data
Advogado
OAB/UF

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