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Conceitos básicos Função fisiológica do Sistema Imune; Ocasiões que podem influenciar no Sistema Imune; Resposta Imune; Imunidade inespecífica e específica; Alergias e Hipersensibilidades; Relação: Sistema imunológico e a Nutrição; Inflamação; Imunidade intestinal. Imunonutrientes e principais funções: Arginina, glutamina, aminoácidos de cadeia ramificada, ômega 3, nucleotídeos; Efeitos das vitaminas, minerais, antioxidantes na função imune; Cobre, magnésio, zinco, ácido fólico, complexo B, Vit. A, D, C, E; Planos alimentares e suplementos com foco na melhora Imunológica. Qual a ligação da imunologia com a nutrição? Um desequilíbrio do sistema imunológico pode agravar os danos causados aos tecidos e provocar inflamação crônica e desenvolvimento de doenças alérgicas e autoimunes. O funcionamento adequado da função imune pressupõe um delicado equilíbrio entre destruir os patógenos invasores e impedir a autodestruição do corpo. Para manter esse equilíbrio e poder desempenhar suas funções o sistema imune precisa de: Energia (macronutrientes) – PTN (glutamina); Componentes básicos como vitaminas essenciais para a produção de moléculas sinalizadoras (enzimas e citocinas); Proliferação celular; E a síntese de moléculas efetoras, como os anticorpos (IG). Imunidade Pode ser definida como o conjunto concatenado de mecanismos e respostas, utilizados pelo corpo para defendê-lo contra substâncias estranhas, micro-organismos, toxinas e células não compatíveis. Pode ser dividido em: Inespecífica (inata): as defesas passivas incluem barreiras anatômicas, secreções exógenas, atividade ciliar, fatores fisiológicos normais, flora microbiológica normal e mesmo fatores ambientais e ocupacionais. Específica (adaptativa): envolve a interação antígeno - anticorpo, que se inicia com o reconhecimento do antígeno pelos receptores de linfócitos T e B, a proliferação de clones linfocitários com reatividade antigênica específica, a produção e liberação no plasma de imunoglobulinas de alta afinidade antigênica e a “memorização”. O sistema imunológico é dividido em dois grandes ramos: 1) O sistema inato (não específico): Além das barreiras físicas (pele) e químicas (lágrima, sistema complemento). Fatores solúveis: proteínas de fase aguda e enzimas. Moléculas bactericidas como o óxido nítrico (NO) e ânion superóxido (O2-). Células: Neutrófilos, eosinófilos, basófilos, monócitos e células natural killer (NK). 2) O adaptativo (específico/memória):Linfócitos T (CD4+ e CD8+) e Linfócitos B. Atuação por fatores humorais (citocinas), as imunoglobulinas. Anticorpos ou imunoglobulinas são subdividas em cinco classes: IgA, IgD, IgE, IgG, IgM. Citocinas Classificadas como pró ou anti-inflamatórias, de acordo com as funções desempenhadas: Citocinas anti-inflamatórias: IL-10 e TGF-beta (fator de transformação de crescimento β) as quais podem inibir a produção de citocinas pró-inflamatórias; Citocinas pró-inflamatórias: IL-1, IL-2, IL-12, IL-18, IFN-γ e TNF-α. Citocinas no balanço da resposta imune: A resposta imune é caracterizada por um balanço de mensageiros químicos chamados citocinas, que são produzidos por células inflamatórias que ativam outras células da cascata imune. Além disso, há um efeito tanto pró como anti-inflamatório destas citocinas. Na autoimunidade há um predomínio de citocinas que aumentam a inflamação. Células inflamatórias nos tecidos alvo? Apresentação de antígenos Linfócitos T reconhecem antígenos apenas quando células apresentadoras (células dendríticas, macrófagos e linfócitos B) expõem antígenos em sua superfície associados a moléculas do complexo principal de histocompatibilidade (MHC – major histocompatibility complex). Antígenos - qualquer substância capaz de ser reconhecida pelo sistema imune adaptativo. Sistema Complemento É um sistema de proteínas plasmáticas que ativa uma cascata de reações proteolíticas na superfície microbiana, mas não nas células do hospedeiro. Recobrindo as superfícies (patógenos - LPS) com fragmentos que são reconhecidos e ligados pelos receptores fagocíticos dos macrófagos. Essa cascata de reações também libera pequenos peptídeos que contribuem para a inflamação. Sinais cardinais da inflamação: O que pode disparar o processo inflamatório? Microrganismo; Alergia; Produtos químicos; Tumores; Ferida/lesão; Trauma; Queimadura. O que modula a função imune? Calor Rubor Edema Dor Perda da Função A carência de energia de origem proteica costuma vir acompanhada da deficiência de micronutrientes, como vitamina A, vitamina E, vitamina B6, vitamina C, folato, zinco, ferro, cobre e selênio. Os obesos são mais sujeitos do que pessoas de peso normal a desenvolver diferentes tipos de infecção e a obesidade está associada a um maior risco de vários tipos de câncer. Os mecanismos que modulam a resposta imune ao exercício podem ser divididos em três grupos: Hormonais (catecolaminas: adrenalina e o cortisol; hormônio do crescimento (GH) e peptídeos 7pioides (endorfinas); Metabólicos (glutamina); Mecânicos (lesão). Adrenalina X Cortisol Estas moléculas ativam receptores em células imunológicas. A adrenalina está associada à redução de responsividade de (⬇) linfócitos a mitógenos. A estimulação de receptores β2-adrenérgicos por adrenalina pode inibir a proliferação linfocitária. Cortisol também parece inibir a proliferação por ação direta celular e por inibição da produção de IL-2 e reduzir ativação (⬇) NK. Cortisol – Hormônio do estresse agindo metabolicamente O cortisol apresenta ação oposta à da insulina e similar à do glucagon com a importante diferença de que este (glucagon) age em receptores da membrana celular, enquanto o cortisol interfere na transcrição, dentro do núcleo celular. Ele afeta três tecidos relacionados com o suprimento de energia para o corpo: Fígado; Músculos; Adipócitos. Estresse Adrenalina = Fuga Cortisol = Manutenção vida Cortisol Cortisol Pico 8h Reduz 0h Estresse desregula Hormonal Imune Ações Músculo Fígado Adipócito Proteólise (musculatura) Eleva a glicose sanguínea e pressão arterial e (fígado) Lipólise (adipócito) eleva gordura visceral Reduz leucócitos circulantes (LT) REDUZ IL1 e REDUZ anticorpos Altera homeoestase cellular Eleva o deslocamento de leucócitos para a lesão Eleva secreção gástrica HCL = úlcera Reduz hormônios sexuais Reduz GH e massa óssea (inibe reabsorção cálcio renal e intestinal) e reduz produção colágeno tipo 1 Estimula produção de leucócitos na medula Estresse O estresse agudo foi definido como estresse que tem a duração de minutos a horas, e estresse crônico como o estresse que persiste por várias horas por dias para semanas ou meses; A ligação entre o hipotálamo e função imunológica permite percepções neurológicas para modular o impacto da atividade física sobre os sistemas fisiológicos, incluindo células do sistema imunológico; O estresse psicológico e atividade física intensa parecem ter efeitos semelhantes; Ambos induzem respostas neuro-hormonais semelhantes, incluindo a secreção de cortisol, hormônio de crescimento (GH), epinefrina e norepinefrina. Alteração imune Exercícios aeróbios prolongados e extenuantes diminuem a expressão de receptores do tipo Toll (Toll-like receptor – TLRs) em macrófagos e comprometem a apresentação de antígenos para os linfócitos T, impedindo, sobretudo, a resposta inflamatória Th1. Esse efeito anti-inflamatório impede o dano tecidual causado pelos mediadores inflamatórios e reduz o risco de doenças inflamatórias crônicas, mas aumenta a susceptibilidadede infecções por microrganismos intracelulares. A Sociedade Internacional de Exercício e Imunologia (ISEI), em seu posicionamento oficial preconiza que a disfunção imune observada após o exercício é mais pronunciada quando: O exercício é contínuo, prolongado (> 1h30 min); Realizado em intensidade variando de moderada a alta (55 e 80% do VO2 máximo). Respostas imunológicas Th1 (+ tolerância) induz citotoxicidade e resposta inflamatória decorrente da produção de interleucinas como a IL-2 (estimula multiplicação de linfócitos T e B), o interferon-gama (IFN-gama) e o fator de necrose tumoral alfa (TNF-alfa). Há ativação dos macrófagos e da fagocitose, e dos mecanismos citotóxicos (linfócitos T), levando a extensa destruição das zonas infectadas. É eficaz na eliminação dos patógenos intracelulares (vírus e bactérias intracelulares). Th2 (- tolerância) produz citocinas como IL-4 (diferenciação LB), IL-5 (anticorpos), IL- 6 (anticorpos), e IL-10 contrarreguladora, que são importantes na formação de anticorpos. → Células Th1 e Th2 desempenham papéis distintos em várias condições fisiológicas ou patológicas. Em resposta a um exercício físico intenso ocorre neutrofilia (⬇), linfopenia (⬇) e monocitose temporariamente (⬆). O exercício físico intenso pode induzir inibição de muitos aspectos da defesa do organismo, incluindo a atividade das células NK (vírus e câncer), a resposta proliferativa dos linfócitos e a produção de anticorpos pelos plasmócitos (LB). Estas alterações comprometem a defesa do organismo contra agentes infecciosos e oncogênicos, assim como nos processos alérgicos e na autoimunidade. Doenças da imunidade Hipersensibilidade Alergias e choque anafilático (IgE); Degranulação (complemento) ou calor (sol) ou frio; Hipersensibilidade tipo 2 (citotóxico), transfusão ou materna (IgG); Hipersensibilidade do tipo 3 (imunocomplexos); Hipersensibilidade 1 tardia (celular, tuberculose/granulomatoma, transplante). Autoimunidade Alteração na anergia das células t/tolerância. Imunodeficiências AIDS. Alergia Os alérgenos alimentares são definidos como componentes específicos do alimento, sendo representados, na maioria das vezes, por glicoproteínas hidrossolúveis, termoestáveis, resistentes à ação de ácidos e proteases. São reconhecidos por células especificas do sistema imunológico, desencadeando resposta imunológica humoral (IgE) ou celular, que resultam em manifestações clínicas características. Os recentes avanços tecnológicos relacionados à̀ biologia molecular tem permitido o mapeamento dos epítopos dos alérgenos alimentares. Epítopo é a parte de um antígeno capaz de estimular resposta imunológica. Fisiopatologia nas alergias alimentares Alergia Alimentar (AA) Segundo os mecanismos imunológicos envolvidos, as AAs podem ser classificadas em: → Mediadas pela IgE; → Não mediadas pela IgE (linfócitos T); → Mistas. AAs mediadas por IgE As alergias alimentares mediadas pela IgE, em comparação as não mediadas, são de mais fácil diagnostico e o seu mecanismo imunológico é melhor compreendido. Em indivíduos geneticamente predispostos, a exposição à alérgenos alimentares (geralmente glicoproteínas), por via inalatória, cutânea ou parenteral, ocasiona a produção de anticorpos IgE-específicos. Após a sensibilização, os anticorpos circulantes se ligam a receptores de alta afinidade nas superfícies dos mastócitos e basófilos e a receptores de baixa afinidade nos linfócitos, eosinófilos e plaquetas. O que são alérgenos? Contatos posteriores com o alérgeno alimentar induzem a ligação com as moléculas de IgE específicas deflagrando uma cascata de eventos intracelulares, que culminam com a liberação de mediadores pré-formados e neoformados, responsáveis pelas diferentes manifestações alérgicas. Os sintomas podem ocorrer de quatro a seis horas após a ingestão, visto que se faz necessário tanto a digestão como o processamento do alérgeno para o desenvolvimento da reatividade clínica. AAs não mediadas por IgE 1) Geralmente se manifestam com sintomas tardios envolvendo preferencialmente o trato gastrointestinal. 2) Os mecanismos imunológicos envolvidos ainda permanecem “obscuros". 3) Fazem parte deste grupo: coloproctite, proctite ou proctocolite eosinofílica ou alérgica, enterocolite induzida por proteína e a hemossiderose pulmonar (doenças autoimunes). AA – Reações mistas São exemplos a esofagite eosinofílica, a gastroenteropatia eosinofílica, a dermatite atópica e a asma. As manifestações clínicas são decorrentes de mecanismos Peixes; Crustáceos; Leite (caseína); Ovos (albumina); Soja; Amendoim; Pólen; Ácaros; Trigo (glúten); Centeio, cevada e aveia. mediados por IgE, com participação de linfócitos T, eosinófilos e citocinas pró- inflamatórias e mecanismos celulares complexos demonstrados pela presença de linfócitos CD8 no epitélio. Hipersensibilidade mediada IgE e mistas Manifestações clínicas: Sistêmica – choque anafilático; Localizada – rinite alérgica, asma, alergia alimentar, eczema. Reações de hipersensibilidade: Hipersensibilidade Tipo 1: Alergia Atopia Caracterizada por uma reação alérgica que se estabelece imediatamente após o contato com o antígeno por indivíduo sensibilizado; Vasodilatação; Aumento da permeabilidade capilar; Espasmo das células musculares lisas; Secreção glandular; Iniciada 5-30 min após a exposição do indivíduo sensibilizado ao alérgeno específico; Mediada por IgE. Ocorre inflamação mediada por IgE quando o antígeno ligado aos anticorpos IgE ocupam os receptores de alta afinidade dos mastócitos. Resposta de duas fases: Efeito imediato inicial: sobre os vasos, músculo liso e secreção glandular. Deve-se aos mediadores pré-formados: histamina, fator quimiotático de eosinófilo e derivados do ácido araquidônico de síntese rápida. Efeito tardio: infiltração celular da área afetada. Deve-se ao TNF, PAF, IL-4 e outros mediadores. Fase imediata Fase tardia Hipersensibilidade tardia Enterocolite induzida por Proteínas Alimentares (EIPA): A enterocolite induzida por proteínas alimentares (EIPA) é uma hipersensibilidade gastrointestinal alimentar. Os linfócitos intestinais são ativados pelas proteínas dos alimentos produzem citocinas inflamatórias. O que resulta em um aumento da permeabilidade intestinal, má absorção, dismotilidade, vômitos, diarreia, dor abdominal e má progressão ponderal. → O leite de vaca, soja e arroz são as causas mais comuns de EIPA. A EIPA também está descrita em associação com outros cereais (aveia, milho, cevada), frango, peru, ovo, leguminosas, batata, batata-doce, abóbora, frutos frescos e moluscos. Surge tipicamente entre o primeiro e o terceiro mês de vida ao ofertar o alimento ao bebê. Pode surgir em adultos, mas é mais raro. Possui característica genética. Choque anafilático Os sintomas na anafilaxia surgem rapidamente (minutos - horas), atingindo o pico entre 3 e 30 minutos, podendo permanecer quiescente por um período de 1 a 8 horas, quando se inicia, então, a fase tardia. Lista de alimentos alergenicidade: Leite de vaca e derivados; Amendoim; Ovo; Soja; Trigo; Peixes; Aditivos alimentares (corantes, conservantes, glutamato monossódico); Adoçantes artificiais; Chocolate. Alergia Alimentar A alergia alimentar é uma patologia relativamente comum nos primeiros anos de vida especialmente a mediada pela IgE. Contudo, a maioria das crianças com antecedentes de alergia alimentar adquire tolerância até à idade escolar. Na vida adulta podemos desenvolverIntolerância ou Hipersensibilidade tardia (IgG4). Tolerância Oral Capacidade de o organismo compreender que aquela proteína não representa um risco hoje; Reagir produzindo resposta não inflamatória; O trato gastrintestinal (TGI) é considerado o maior órgão linfoide do corpo, representando uma das maiores áreas de contato com o meio externo. Diariamente, recebe grande quantidade de alimentos contendo proteínas com potencial alergênico, sendo atribuída a ele a difícil tarefa de orquestrar o desenvolvimento de tolerância oral. Tolerância oral (TO) é definida como um estado de não reatividade local e sistêmica do sistema imunológico que é induzida por um antígeno administrado pela via oral. Embora esta seja a definição mais encontrada é interessante ressaltar que a não reatividade aos antígenos encontrada nesta situação não representa ausência de inflamação local. Pelo contrário, a infiltração celular; em especial de linfócitos, é uma característica do TGI, mesmo na ausência de doenças. Este fato é uma evidência de que a TO é mantida à custa de uma reação imunológica de supressão contínua, caracterizando a TO como um processo ativo. Como a produção de IgA e IL10. Esta tolerância pode ser adquirida de forma especialmente precoce nos lactentes com alergia ao leite de vaca por mecanismos não mediados primariamente pela IgE, mas por células e cujas manifestações são predominantemente gastrintestinais. Artigo publicado recentemente (2012), é referido que 85% das crianças alérgicas ao leite de vaca e 66% das alérgicas ao ovo se tornam tolerantes a estes alimentos até aos cinco anos de idade. Alergia X Tolerância Se, por um lado, a tolerância a alimentos como o leite, o ovo, o trigo e a soja ocorrem na maioria das crianças, a alergia a frutos secos, peixes e mariscos, tende a persistir na idade adulta. O amendoim é um forte gatilho imunológico, assim como o leite, ovo, trigo, peixe e soja. A alergia alimentar pode ser encarada como um marcador de predisposição atópica. Em muitas crianças coexiste com diversas condições de alergia, como eczema atópico, asma e rinite alérgica. Esses pacientes são de alto risco. A prevenção primária de alergia alimentar poderá, assim, contribuir para a prevenção de doença atópica em geral. Alergia Alimentar - Papel da microbiota intestinal A formação da microbiota intestinal acontece de forma predominante até os dois anos de vida e sofre influência de fatores ambientais. O parto cesáreo associa-se a maior risco de alergia alimentar nos dois primeiros de vida. O uso indiscriminado de antibióticos em crianças e jovens aumenta o risco de doenças atópicas em geral. A exposição a animais de estimação pode reduzir o risco de sensibilização a alérgenos alimentares e ambientais até os cinco anos de idade. Consequências da Disbiose RELEMBRAR A CÉLULA Doença Inflamatória Intestinal Intestino Irritável Obesidade Rota virus e infecção DII X Candida (fungo) Resistencia a insulina e obesidade Esteatose hepática PTN REPARO ENZIMAS HORMÔNIOS LISO LIP RUGOSO PTN CONCEITOS SOBRE GENÉTICA Disbiose Estado em que microrganismos de baixa virulência se tornariam patogênicos em virtude do desequilíbrio qualitativo e quantitativo que está instalado. Disbiose foi conceituada como um antônimo para simbiose que expressa uma convivência harmônica entre os seres. O conceito atual de Disbiose intestinal diz que: → Disbiose é um estado no qual a microbiota produz efeitos nocivos via: 1) Mudanças qualitativas e quantitativas na própria microbiota intestinal; 2) Mudanças na sua atividade metabólica; 3) Mudanças em sua distribuição no trato gastrointestinal. Equilíbrio entre ingestão de alimentos e o intestino • QUE A CÉLULA PRODUZ? • SAÚDE, MANUTENÇÃO OU INFLAMAÇÃO? Ingestão de toneladas de alimentos ao longo da vida. Maior superfície de contato com o meio ambiente. Maior órgão linfoide. Proteção X Tolerância. Desenvolvimento da Imunidade Intestinal Consequência das mudanças da sociedade ocidental, como da redução do contato das crianças com microrganismos, propiciada tanto por melhores condições de higiene e vacinação como por mudanças na alimentação que, em conjunto, determinam alterações na microbiota intestinal. Frequentemente, as mães introduzem, de forma precoce, alimentos ricos em dissacarídeos e monossacarídeos, como mel, xarope de frutose e sacarose na alimentação de seus filhos. Estes alimentos são conhecidos promotores da disbiose intestinal, em qualquer idade. Equilíbrio Imunológico Colonização bacteriana inicial Leite materno Oligossacarídeos não digestíveis Fermentados no colón Proliferação de probióticos BACTÉRIAS SIMBIONTES BACTÉRIAS COMENSAIS ESTAR VIVO ALIMENTOS AMBIENTE BEIJOS CONTATO Controle pH (AGCC) Aumentando Bifidios Produzindo bacteriocinas ESTAR VIVO BACTÉRIAS PATOGÊNICA S ALIMENTOS DOENÇAS O ácido lático e os ácidos carboxílicos de cadeia curta, principalmente acetato, propionato e butirato, são os produtos finais da fermentação de substâncias prebióticas que contribuem para a redução do pH do intestino grosso. O aumento do número de bifidobactérias, por serem resistentes em meio ácido, enquanto que as patogênicas, sensíveis à acidez, são diminuídas. As bifidobactérias, ao lado dos lactobacilos, produzem e secretam bacteriocinas, substâncias antibacterianas que exercem efeito sobre a microbiota patogênica. Microbiota Função imunomoduladora: A flora bacteriana interage com as células do epitélio intestinal do hospedeiro e provoca uma resposta contínua do sistema imune, este, por sua vez, tende a desenvolver-se, fortificando o mecanismo de defesa do individuo (tolerância). O desenvolvimento do sistema imune local e sistêmico com o estímulo da microflora matura (amadurece) o sistema imune, impede a estruturação de resposta alérgica alimentar, o eczema atópico, doenças inflamatórias intestinais e artrite. MUCOSA SAUDÁVEL PERMEABILIDADE São renovadas a cada 3-5 dias - Enterócitos Homeostase Diferenciam-se no tipo celular que esta precisando e migram Eixo vilosidade Cripta-Intestinal Formação da Barreira Intestinal Células Tronco Diferenciam-se em: Enterócitos; Células endócrinas; Células caliciformes; Células de Paneth. O equilíbrio entre a morte e a proliferação celular é reconhecido como determinante para homeostase intestinal. Células especializadas em absorção e secreção; Alto turn-over; Adesão celular. Origem Embrionária Pode originar-se dos 3 folhetos embrionários. → Ectoderma: Epitélios de revestimento externos (epiderme, boca, fossas nasais, orifício retal). → Endoderme: Epitélio de revestimento do tubo digestivo, da árvore respiratória, do fígado e do pâncreas. → Mesoderma: Endotélio (vasos sanguíneos e linfáticos) e mesotélio (revestimento de serosas). Microbiota Quais os benefícios de uma microbiota saudável? Função Metabólica: → Diferenciação de células epiteliais intestinais; → Metabolização de carcinógenos; → Síntese de vitaminas/Fermentação de fibras dietéticas. pH Competição NUTRIENTES e sítios Bacteriocinas Junções Contribuição nutricional: As bactérias intestinais atuam na produção de vitaminas (complexo B) e na digestão de alimentos, principalmente carboidratos não digeridos no trato gastrointestinal superior formando ácidos graxos de cadeia curta (AGCC/Butirato) FOS, que constituem a fonte alimentar energética das células intestinais (colonócitos). DISBIOSE = REDUÇÃO DE LACTOBACILUSE BIFIDIUS O que causa a disbiose? Vida sedentária; Ingestão de álcool em excesso; Baixa ingestão de fibras; Estresse físico e emocional; Consumo de bebidas e alimentos com aditivos químicos; Contaminantes veiculados pelo alimento e água; Uso de antibióticos; Idade; Clima; Fumo; Infecções; Alimentação Industrializada. Disbiose Alterações da microbiota intestinal natural trazem como consequência um desequilíbrio na resposta inflamatória sistêmica ou exacerbação do processo inflamatório pré-existente intensificando a resposta aos estímulos dolorosos e provocando artrites, vasculites, e dores musculoesqueléticas. Este desequilíbrio imunológico tem efeito irrefutável nas inflamações e pode ser secundário ao consumo frequente de dieta pró-inflamatória intolerâncias e alergias alimentares, disbiose microbiana de diferentes órgãos, desequilíbrios hormonais e exposição e acúmulo de xenobióticos que podem resultar em imunotoxicidade por ativação na produção de autoantígenos. Prisão de ventre ou constipação intestinal? Menos de três evacuações por semana; Esforço ao evacuar; Presença de fezes endurecidas ou fragmentadas; Sensação de evacuação incompleta; Sensação de interrupção da evacuação; Manobras manuais para facilitar as evacuações. Lúmen Intestinal Muco Enterócitos e células especializadas (células de Paneth, células M. Calciformes etc.) Lâmina própria/GALT 2 critérios ou mais Constipação Menos de três evacuações por semana; Esforço ao evacuar; Presença de fezes endurecidas ou fragmentadas; Sensação de evacuação incompleta; Sensação de interrupção da evacuação; Manobras manuais para facilitar as evacuações. Em qual nível você está? 1 e 2 – Fezes duras, T. intestinal lento = CONSTIPAÇÃO. 3 e 4 – Fezes brandas – T. INTESTINAL REGULAR. 5 6 e 7 – Fezes pastosas ou líquidas – T. INTESTINAL RÁPIDO OU DIARREIA. A constipação intestinal leva à presença no colón de fezes putrefativas, gerando placas duras e aderentes na mucosa intestinal, que liberam toxinas para todo o organismo. Estas toxinas podem ser absorvidas pela pele, resultando em um quadro de urticária e acne, ou para as articulações, gerando quadros de inflamação e até mesmo lesões articulares como a artrite reumatoide. Cepa específica: SII: Bifidius. Infantis; Intolerância lactose: Streptococcus thermophilus e Lactobacillus delbrueckii subsp. Bulgaricus; Constipação: Bifidobacterium bifidum; Diarreia por Clostrium (pós-antibiótico grave): Sacaromiceas (Floratil®); Diarreia pós-antibiótico simples: Lactobacillus acidophilus e casei; Alergia e eczema: Lactobacillus acidophilus e Bifidobacterium lactis; Rinite: Lactobacillus casei, L. reuteri. Colesterol: Bifidobacterium longun Elevar HDL: Enterococcus faecium Obesidade e Diabetes 2: Bifidobacterium e Lactobacillus acidophilus (gran positivas) Disbiose: Lactobacillus acidophilus e Bifidobacterium bifidum Candidíase: Lactobacillus rhamnosus e Fermentum. Melhora imunológica: Lactobacillus salivarius; Lactobacillus plantarum. Colite: Sacaromiceas Boulardi, S. cerevisiae. Alergias Alimentares Diagnósticos laboratoriais para Disbiose e Alergias Alimentares O diagnóstico é o primeiro passo para o tratamento da disbiose intestinal e, consequentemente, da obesidade. Primeiro, é preciso uma avaliação completa do paciente, com história clínica e avaliação da composição corporal, exames laboratoriais. Além do teste de hidrogênio expirado, que mede o crescimento bacteriano no intestino e tem se mostrado um diferencial pelos resultados. Neste exame, o paciente ingere uma substância específica e depois se avalia o ar expirado, indicando se a pessoa possui ou não um crescimento bacteriano normal. Características do Perfil Organix™ de Disbiose: 1) Amostra de urina colhida pela manhã, resultando numa aceitação melhor do paciente que o exame de fezes; 2) Discernimento entre classes microbiais, permitindo terapias mais focadas; 3) D-arabinitol, um marcador específico para Candida SP; 4) D-lactato, um indicador de crescimento excessivo de L. acidófilos e má absorção de carboidrato; 5) Como componente, o Perfil Orgânico (Organix™) pode ser usado como um acompanhamento para controlar as terapias. (Sem comprovação científica) Diagnóstico SII Calprotectina exame de fezes para descobrir doença inflamatória intestinal em pacientes com suspeita de SII, embora, provavelmente, a causa seja doença inflamatória intestinal (DII). Agora é feito rotineiramente em muitos pontos de atenção primária no Reino Unido. Sinais clínicos SII e disbiose: Efeitos clínicos podem ser diversos, como: Distúrbio de comportamento; Fadiga crônica; Depressão; Dor de cabeça; Disfunção imunológica; Insônia; Dores articulares; Distúrbio de aprendizado; Deficiências nutricionais; Distúrbio de pele; Sudorese noturna. Marcadores para alergia IgE; IgG; O número crescente de aquisições tem melhorado o valor preditivo de alguns testes laboratoriais empregados no diagnóstico de alergias alimentares. Entretanto, até hoje não há teste in vitro ou in vivo que mostre correlação completa com a clínica da alergia alimentar. Diagnóstico de alergia alimentar Com relação à̀ alergia, os testes diagnósticos mais utilizados são: 1) Testes cutâneos como prick test ou patch test; 2) Diagnóstico Laboratorial: análise sérica IgE específica (ImmunoCap®), RAST (radioallergosorbent test) e ELISA; 3) Endoscopia Digestiva alta e baixa; 4) Biópsia intestinal; 5) Dieta de exclusão; 6) Teste de Desencadeamento Oral. Testes laboratoriais para alergias: Ex. IgE no soro. IgE total no soro; Elisa competitivo; IgE contra alérgeno específico; Placas sensibilizadas com o alérgeno. Teste cutâneo para alergia IgG4 = Alergias Tardias Os anticorpos IgG4 estão associados a reações não-atópicas ou “tardias” que podem complicar ou contribuir para vários problemas de saúde e são considerados como a forma mais comum de intolerância imunológica imediada (celular). Essas reações são mais complicadas de serem identificadas, pois podem ocorrer horas ou até mesmo dias após o consumo do alimento agressor. Intolerância a lactose Métodos diagnósticos: 1) Biopsia; 2) Os testes de tolerância à lactose são realizados com desafio, o paciente ingere de 25g a 50g de lactose e se avalia os sintomas por duas a três horas. A técnica mais difundida nos laboratórios de análises clínicas é a curva glicêmica. Nesta técnica, é coletada a glicemia em jejum e depois é feita uma curva. Se o paciente absorver a lactose, a glicemia deve se elevar de 1,4 mmol/l ou mais. 1) O teste respiratório do hidrogênio expirado (realizado no Hospital das Clínicas da FMUSP) é considerado padrão-ouro para o diagnóstico de intolerância à lactose, seguindo o primeiro Consenso de Roma para metodologia e indicações de teste respiratório do hidrogênio expirado para doenças gastrintestinais. O paciente tem que fazer o preparo na véspera, só podendo ingerir dieta não fermentativa com restrição total de lactose, sem fumar (o cigarro aumenta o hidrogênio expirado). Deve também evitar antibióticos por um mês antes do exame (a presença da flora bacteriana é essencial para a produção do hidrogênio), não pode fazer exercícios físicos (aumentam o hidrogênio expirado) e tem que se apresentar para o exame com jejum de 10 a 12 horas, podendo ingerir água. A sensibilidade do exame é de 80% a 92,3% e a especificidade 100% com 25g de lactose, desde que o preparo esteja correto.A flora bacteriana colônica fica com atividade diminuída em pH ácido (é esse o pH das fezes quando se dá a fermentação da lactose), podendo neste pH o exame ser falso- negativo. Prevalência de intolerância No intestino humano, os níveis de lactase são baixos até a 27ª- 32ª semana de gestação, quando se elevam, rapidamente, começando a cair por volta dos cinco anos de idade. Desta forma, os bebês prematuros nascidos com 28 a 32 semanas de gestação têm atividade reduzida de lactase, porém se forem de outra maneira saudáveis, o cólon pode recuperar os carboidratos não absorvidos, prevenindo a desnutrição e diarreia. 57% adultos brancos Os sintomas típicos incluem: Dor abdominal; Sensação de inchaço no abdome; Flatulência; Diarreia; Borborigmos; E particularmente nos jovens, vômitos; A dor abdominal pode ser em cólica e frequentemente é localizada na região periumbilical ou quadrante inferior esquerdo; O borborigmo pode ser audível no exame físico e para o paciente; As fezes usualmente são volumosas, espumosas e aquosas; ácidas; Uma característica importante é que estes indivíduos, mesmo com quadro de diarreia crônica, geralmente não perdem peso. Intolerância a lactose - Genético Com a validação do polimorfismo LCT-13910C>T, o exame genético passou a incorporar a rotina de exames de laboratório para diagnosticar hipolactasia. Na Europa o exame é feito com kit MutaReal Lactase Test que utiliza o PCR em tempo real, e com kit GenoType LCT que se baseia na hibridização dos produtos de PCR de PCR multiplex com sondas selvagens e mutantes aderidas às tiras de nitrocelulose. O kit que emprega hibridização reversa não sofre interferência dos polimorfismos africanos observados nos pacientes da raça negra imigrantes da África que vivem na Europa, e que provocam um desvio da curva de melting por PCR em tempo real, sendo considerado melhor. Doenças Inflamatórias Doenças autoimunes Diversas doenças são ativadas por este mecanismo autoimune inflamatório como: Asma; Rinites; Sinusites; Dermatites; Artrite reumatoide; Lúpus; Psoríase; Espondilite anquilosante; Gastrenterites e esofagites eosinofílicas alérgicas; Síndrome do intestino irritável; Enterocolites; Infecções urinárias crônicas; Cefaleias; Tireoidite de Hashimoto e outras. Urticária Caracterizada pela vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular da pele. Trata-se de uma forma cutânea localizada da anafilaxia e uma das manifestações da anafilaxia sistêmica. O mesmo mecanismo de anticorpos IgE é responsável pela patogenia da urticária e da anafilaxia sistêmica e os alérgenos causais são muito semelhantes. Ao contrário da anafilaxia, a urticária é uma condição benigna, de ocorrência muito mais comum. Lesões típicas de paciente com urticária Histamina Dermatite Atópica (DA) A incidência de doenças alérgicas vem aumentando nas últimas décadas como consequência de predisposição familiar e fatores ambientais. Estima-se que cerca de 20% da população ocidental sofre de algum tipo de alergia. A dermatite atópica (DA) é uma doença inflamatória crônica da pele que apresenta um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes. Há associação entre aspectos psicológicos e DA. Apresenta uma pele intensamente pruriginosa, inflamada, que permite a penetração de irritantes e alérgenos e predispõe os pacientes à colonização e à infecção por micro- organismos. Princípios da imunologia Modulação do sistema imune a partir da NUTRIÇÃO. → Imunonutrição; → Imunonutrientes; → Vitaminas e minerais e a função imune; → Alimentos imunoprotetores. Nutrição x Imunologia O funcionamento adequado do sistema imune é fortemente influenciado pelo estado nutricional do organismo e pelos nutrientes ingeridos na alimentação. A ingestão inadequada de energia, macronutrientes e micronutrientes resulta em efeito supressor (diminuição) de funções imunes, aumentando os riscos de infecções. Diversos nutrientes apresentam propriedades moduladoras do sistema imunológico. Aminoácidos não essenciais, ou seja, que são produzidos pelo organismo humano, como a arginina e a glutamina, podem se tornar essenciais em condições de estresse e apresentar importante efeito no funcionamento da resposta imunológica. A arginina aumenta a atividade de células exterminadoras naturais, linfócitos e macrófagos, ajuda no tratamento de tumores e melhora a resposta tardia à hipersensibilidade. A glutamina é uma importante fonte energética para células do sistema imune e sua deficiência é associada com disfunção imune e maior mortalidade em doentes críticos. As vitaminas também podem exercer importante papel no funcionamento do sistema imune. A vitamina e, por exemplo, é um importante antioxidante que previne os efeitos agressivos do estresse oxidativo e ajuda a preservar o funcionamento adequado da imunidade. Assim como a vitamina E, outras vitaminas são consideradas antioxidantes, como a vitamina C. Os lipídios são substâncias que exercem efeitos profundos na modulação do sistema imune. Dentre eles destacam-se os ácidos graxos poli-insaturados ômega-6 e ômega-3. Esses ácidos graxos são essenciais, isto é, o organismo humano é incapaz de produzi-los, sendo necessária sua ingestão pela dieta. Exercem importante efeito modulador em funções imunes, alteram a expressão de moléculas de superfície e produção de citocinas, além de participarem na síntese de mediadores inflamatórios, como leucotrienos, prostaglandinas e tromboxanos. Imunonutrientes e principais funções: Arginina; Glutamina; Aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA); Ômega 3; Nucleotídeos; Cobre; Magnésio; Zinco; Ácido Fólico; Complexo B; Vit. A, D, C, E. Planos alimentares e suplementos com foco na melhora. Arginina A arginina é um aminoácido semi-essencial, que se torna condicionalmente essencial em situações de hipercatabolismo, como no trauma. Atua imunologicamente através de proliferação do linfócito T. Como estimulante da síntese protéica, participa da produção de prolina, importante na formação de colágeno e no processo de cicatrização de feridas na presença de traumas. Controle da pressão arterial. A liberação do óxido nítrico (ON) pelas células endoteliais vascular, via conversão da L-arginina, regula a pressão sanguínea e perfusão tecidual. É também um secretagogo para hormônio de crescimento, prolactina e insulina. Porem, a suplementação excessiva de arginina pode levar à hiperprodução de ON, que induz a vasodilatação. → Doses de 3g/dia por 30 dias (Angeli, 2006); → Muito utilizada para Nutrição Enteral em dose de 7 a 30g/L. BCAA ou ACR O sistema imune é influenciado agudamente, e em menor extensão, cronicamente, pelo exercício. Dados epidemiológicos e experimentais sugerem que o exercício moderado aumenta a imunocompetência, enquanto que durante o treinamento intenso e após um evento competitivo ocorre aumento da incidência de infecções do trato respiratório superior (ITRS) em atletas. O exercício intenso e prolongado está associado com temporária imunossupressão que afeta macrófagos, neutrófilos e linfócitos. Os ACR podem atuar como precursores da síntese de glutamina no tecido muscular. Esses aminoácidos fornecem grupamentos amino em reações de transaminação, as quais acarretam na formação de glutamato que, posteriormente, na reação catalisada pela enzima glutamina sintetase, participa da síntese de glutamina. A suplementação com ACR (BCAA) promoveu maior capacidade de proliferação de linfócitos obtidos do sangue periférico, quando estimulados com mitógenos, em relação ao grupo placebo tanto antes quanto após o triatlo.Paralelamente a esses efeitos, esse estudo também demonstrou redução da incidência de sintomas de infecção (34%) reportada pelos atletas suplementados com ACR no decorrer do período de suplementação – 30 dias antes do exercício intenso da prova de triatlon. Sendo assim, não está elucidado qual o mecanismo de ação da suplementação com ACR sobre a imunocompetência, ou seja, se é efeito decorrente da manutenção da concentração plasmática de glutamina, ou se é efeito direto dos ACR. Outros alimentos com potencial Soro do leite (Whey protein/ modulador/ Lactoferrina); Obs: A lactoferrina é a segunda proteína predominante no leite humano, com concentrações mais elevadas no colostro. Antibacteriano e antiviral, Bifidogênico, reduz NFKB; Alga Spirulina (PTN e fibras prebióticas). Algas: Spirulina As proteínas presentes possuem digestibilidade de 70%; Aminoácidos não essenciais presentes na Spirulina: alanina, arginina, ácido aspártico, cistina, ácido glutâmico, glicina, histidina, prolina, serina e tirosina; Aminoácidos essenciais: isoleucina, a leucina, a lisina, a metionina, a fenilalanina, a treonina e a valina; A fim de suprir as necessidades diárias de aminoácidos essenciais requeridas por um adulto saudável, seria necessário o consumo de 25 g/dia de Spirulina spp; Para resposta imunológica doses de 5 a 10g/dia. Nucleotídeos São precursores de ácidos nucleicos: ácido desoxirribonucleico (DNA) e ribonucleico (RNA), sendo indispensáveis para a síntese de proteínas celulares; São importantes na homeostase do sistema imunológico do adulto, onde o RNA aumenta a contagem total de linfócitos; Os nucleotídeos da dieta são essenciais na imunidade célula-mediada. Sua presença é especialmente importante durante o desenvolvimento, maturação e reparo intestinal. Suplementos de nucleotídeos podem ajudar a preservar a estrutura e função intestinal; Ainda não foi bem conhecida e não há um valor recomendado para sua suplementação. Vitamina A Consequências da deficiência de vitamina A: comprometimento da integridade do revestimento dos tratos pulmonar, gastrointestinal e urinário, ficando assim mais fácil para as bactérias patogênicas penetrar a barreira epitelial e provocar infecções mais graves e inflamações mais exacerbadas; Um exemplo: a suplementação com vitamina a limita a diarreia, restaurando a integridade intestinal; Foi demonstrado recentemente que o ácido retinóico, um metabólito da vitamina A, é produzido exclusivamente por células imunes intestinais, mas não do mesmo tipo de célula imune de outros órgãos linfoides; Esse ácido direciona a migração de células T antígeno especificas da periferia de volta para o intestino, onde encontraram seu antígeno pela primeira vez. Inflamação - Influência imunológica e Fenótipo da Dieta Nutrigenômica - Estudo do efeito de componentes bioativos da dieta na expressão de genes e consequências nas funções bioquímicas/fisiológicas. Nutrigenética - Estudo do efeito da variação genética individual na resposta a dieta e a nutrição. Doenças: Doenças cardiovasculares; Câncer; Obesidade; Diabetes; Desordens neurológicas; Osteoporose; Desordens inflamatórias. Macro e micro nutrientes As macro moléculas são: Carboidratos (CHO) Proteínas (PTN) Lipídios (LIP) As micro moléculas são os oligoelementos minerais e vitaminas, oferecidos todos os dias para manutenção e crescimento de novos tecidos. → Todos os alimentos são mistos: CHO + PTN + LIP + H2O Carboidratos Os carboidratos possuem a classificação entre os simples (absorção rápida para obtenção de energia) e os complexos (precisam ser hidrolisados até simples para obtenção de energia). Devido à diferença nos processos de digestão e a velocidade no tempo de absorção dos carboidratos, foi determinado um mecanismo denominado Índice Glicêmico, para avaliar a resposta da glicemia, de acordo com o tipo de carboidrato. O índice glicêmico é um indicador qualitativo da habilidade de um carboidrato ingerido, em elevar os níveis glicêmicos no sangue. Para verificar a quantidade de carboidrato nos alimentos, utiliza-se como referência o Manual de contagem de carboidratos. Carboidratos Proteínas Gorduras totais Índice glicêmico Tecidos DEPENDENTES de GLICOSE; Tecidos NÃO DEPENDENTES de INSULINA; Cérebro; Hemácias; Cristalino do olho; Células da Medula Renal. DIAPEDESE = SAÍDA DO VASO/CELULAS HEMÁCIAS ESTASE ACUMULO BACTERIANO MONÓCITOS INFLAMAÇÃO SINALIZAÇÃO INTRACELULAR NA RESISTÊNCIA A INSULINA/INFLAMAÇÃO Via de sinalização da Insulina e leptina. Via de ativação serina/TNF-α Produtos de Glicação Avançada (AGEs) AGEs (advanced glycation end-products); São formados por meio da reação de glicação não enzimática de escurecimento, também conhecida como reação de Maillard; Os principais AGEs formados no organismo são: carboximetil-lisina, pentosidina, pirralhinha e dímeros de glioxal e metilglioxa. Diabetes 2 Aterosclerose PPAR família receptores nucleares protetores Os produtos de glicação avançada constituem uma grande variedade de moléculas formadas a partir de interações aminocarbonilo, de natureza não enzimática; Entre açúcares redutores ou lipídeos oxidados e proteínas, aminofosfolipídeos ou ácidos nucléicos; E ocorrem aceleradamente no estado hiperglicêmico; A glicação não enzimática de proteínas ou reação de Maillard é um mecanismo relacionado à ̀ hiperglicemia crônica, a qual ocasiona uma série de alterações fisiológicas importantes no desenvolvimento das complicações crônicas do diabetes (Placa de Ateroma e lesão renal). A dieta é a principal fonte exógena de AGEs. AGEs podem ser absorvidos no trato gastrintestinal e transportados pela albumina e ou por partículas de LDL-c (lipoproteína de baixa densidade). Os alimentos que têm sido descritos com altas concentrações de AGEs são aqueles ricos em gorduras, como manteiga e margarina, carnes e queijos (especialmente o queijo parmesão), produtos industrializados, como cereais matinais, biscoitos e batatas do tipo chips ou fast food. As técnicas de processamento empregadas pela indústria podem promover a formação de AGEs nos alimentos, especialmente a desidratação e o aquecimento a altas temperaturas. A utilização de temperaturas superiores a 170°C, como fritar, assar e grelhar potencializa a formação de AGEs. A cocção em temperaturas mais brandas (em torno de 100°C) na presença de umidade (H2O), como o cozimento em água ou em vapor, contribui para o menor conteúdo de AGEs. Cerca de 10% dos AGEs ingeridos com a dieta são absorvidos. Da fração absorvida, aproximadamente 2/3 são armazenados no organismo e apenas 1/3 é eliminado pela urina por indivíduos com função renal normal, dentro de 48 horas. Os macrófagos fazem a retirada dos AGEs formados nos tecidos pela endocitose de AGEs (via receptores) e que, após a degradação intracelular, liberam na circulação AGE-peptídeos, também denominados “segunda geração de AGEs” solúveis e de baixo peso molecular, posteriormente eliminados na urina, dessa forma, a eficácia da remoção de AGEs ESTÍMULO INFLAMATÓRIO DENTRO DO GLOMÉRULO depende do clearance renal. O alvo principal da sinalização dos AGEs é o fator de ativação nuclear NF-κB. AGEs promovem: Estresse oxidativo; Alterações morfofuncionais celulares; Aumento da expressão de mediadores inflamatórios; A formação de AGEs ocorre vagarosamente sob condições fisiológicas; Afeta predominantemente moléculas de meia-vida longa, como o colágeno,exercendo importante função no processo de envelhecimento. AGEs se formam in vivo na presença de hiperglicemia e contribuem para a fisiopatologia da doença vascular no diabetes. NF-kB é também ativado em resposta à ligação do RAGE, embora os mecanismos ainda não estejam claramente definidos. A ativação de monócitos por albumina sérica humana sérica modificada por AGE leva à expressão do RNAm da IL-1β e do TNFα. Os AGEs podem danificar as células por três mecanismos básicos: 1) A modificação de estruturas intracelulares, incluindo aquelas envolvidas com a transcrição gênica (DNA e RNA). 2) A interação de AGEs com proteínas da matriz extracelular modificando a sinalização entre as moléculas da matriz e a célula, gerando disfunção. Vários receptores diferentes para AGEs foram descobertos, um dos quais, denominado receptor de AGEs (RAGE), que inicia a cascata de sinalização que estimula NADPH oxidase, aumenta as espécies reativas de oxigénio (ROS), e ativa p21 RAS e MAPKs (mitogen-activated protein kinases). 3) A modificação de proteínas sanguíneas como citocinas e fatores de crescimento (neutrófilos). 4) As proteínas e os lipídeos circulantes modificados por AGEs podem ligar-se a receptores específicos, causando a produção de citocinas inflamatórias e fatores de crescimento, que, contribuem para a patologia vascular do diabetes e envelhecimento (Barbosa, 2008). A formação de AGEs in vivo pode envolver: → Neutrófilos, monócitos e macrófagos. Que após estímulo inflamatório, produzem mieloperoxidase (derivada de neutrófilos catalisa formação ERO) e a enzima NADPH oxidase (de superfície celular de macrófagos), induzindo a formação de AGEs por meio da oxidação de aminoácidos. Sob condições de hiperglicemia (diabetes e excessos alimentares) e ou estresse oxidativo, a geração de AGEs aumenta intensamente. A mensuração da hemoglobina glicosilada (HbA1C) reflete a ocorrência de hiperglicemias nos últimos 4 meses e, indiretamente, de glicação avançada (AGEs). A alta concentração de glicose intracelular é considerada atualmente o evento iniciador primário da formação de AGEs intra e extracelular. Produtos da reação de Maillard (PRM) Os PRM estão presentes em alimentos submetidos a qualquer tipo de tratamento térmico, incluindo alimentos fritos, assados em churrasqueiras, cozidos em forno convencional ou de micro-ondas. Sendo a temperatura o parâmetro crítico relativamente a essa reação. Métodos mais brandos de cozimento e com alta atividade de água, como preparações ensopadas e a vapor, geram teores menores de PRM. O teor de PRM em peito de frango pode variar de: 1.100kU/100g - quando cozido em cocção úmida; 4.700kU/100g - quando frito (1/3 recomendação). A preparação frita atinge cerca de um terço da recomendação de ingestão desses compostos por diabéticos, a qual não deve ser ultrapassar 16.000kU por dia. Combate aos AGES Recomendação: Evitar alimentos FRITOS e ou grelhados a altas temperaturas; Evitar preparações assadas (seco) a altas temperaturas (200° c); Utilizar fogo mais baixo e temperaturas de forno médias e sempre envoltas em líquidos; Assados marinados e grelhados com um pouco de líquidos (cozidos) e com temperos protetores; Reduzir o consumo de CHO de alto índice glicêmico. Preferir: Farinha de amêndoas ou 60g de amêndoas/dia; Farinhas ou cereais: quinoa, aveia, trigo sarraceno; Frutas de baixo índice glicêmico; Orientar ao uso de especiarias secas e condimentos como: cúrcuma, açafrão, curry, gengibre, (cravo e canela/cápsulas); O uso de cebola e alho é protetor na reação de Mailard; Suplementação de B6 (piridoxina) inibidor natural dos AGEs; ALA – Óleo de linhaça ou chia; Ômega 3 – EPA e DHA; Óleo de semente de uva – 125mg (3x) ao dia. Lipídeos Gorduras São substâncias orgânicas de origem animal ou vegetal, formadas predominantemente de produtos de condensação entre glicerol e ácidos graxos, chamados triacilgliceróis. Além de fonte de energia, são veículos importantes de nutrientes, como vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K) e ácidos graxos essenciais. Estrutura química São compostos de carbono, hidrogênio e oxigênio. Diferencia-se dos carboidratos pela proporção desses nutrientes. Cada molécula de gordura possui glicerol (álcool) combinado com ácidos graxos (ácido). Ácidos graxos saturados, monoinsaturados e poli-insaturados: O grau de saturação de um ácido graxo é definido pelo número de ligações duplas entre os átomos de carbono nas cadeias. A cadeia que não apresentar ligações duplas é um ácido graxo saturado. Já, a cadeia que apresentar um ácido graxo apenas insaturado é monoinsaturado ou pode ser um ácido graxo poli-insaturado que contém várias duplas ligações. Saturados: Presentes em carnes gordas, banha, manteiga, palma, cacau, laticínios, coco, etc. Deve ser limitada a menos de 10% do total de ingestão calórica. Aumentam o colesterol total e a LDL. Monoinsaturados: Presentes no azeite de oliva, canola, açaí, abacate e frutas oleaginosas (amendoim, castanhas, etc.). Diminui o LDL e o colesterol total. Poli-insaturados: Presentes nos peixes, óleos vegetais (girassol, soja, milho, canola, açafrão, algodão, gergelim, etc.) e nas frutas oleaginosas (castanhas, nozes, avelãs, etc.). Diminuem a concentração de colesterol na LDL, possuem efeito anti-inflamatório sobre as células vasculares, inibindo a expressão de proteínas endoteliais pró- inflamatórias. São os ácidos graxos essenciais, que o organismo não produz, necessitando serem incorporados na dieta. Têm papel importante no transporte de gorduras e na manutenção da integridade das membranas celulares. Lipídeos poli-insaturados: 1) Ômega 6 (ácido Linoleico): Carnes, prímula, girassol, semente de abóbora, milho, soja, gergelim, canola, linhaça, groselha negra (açaí), oliva e leite humano. Reduz o colesterol total, LDL e eleva HDL; 2) Ômega 3 (ácido Alfa-Linolênico): Óleo de peixe (salmão, atum, arenque, sardinha, etc.) chia, linhaça. Reduz os triglicerídeos e o colesterol total. Lipídeos x Imunologia A PGE2 tem muitos efeitos pró-inflamatórios como a indução de febre, aumento da permeabilidade vascular, aumento da dor e edema. Entretanto, a PGE2 também diminui a proliferação de linfócitos e a atividade das células NK, além de inibir a produção de TNF-α, IL-1, IL-2, IL-6 e INF-γ, portanto, a PGE2 também possui efeitos anti- inflamatórios. Já́ o LTB4 pode aumentar a produção de citocinas pró-inflamatórias, a permeabilidade vascular, o fluxo sanguíneo local e a atividade das células natural killer. ALA Apenas 5% de conversão TCM (óleo de coco) Os triacilgliceróis de cadeia média (TCM) são formados por ésteres de glicerol contendo ácidos graxos com 6 a 12 átomos de carbono; Os TCM são absorvidos através da parede intestinal sem ação enzimática e sem ressíntese dos triacilgliceróis nas células intestinais; Os TCM sofrem, predominantemente, β-oxidação (energia) e não são estocados nas células adiposas; Consequentemente, constituem boa fonte de energia para pacientes com insuficiência pancreática e má́ absorção lipídica. SAT MONO W6 W3 Apesar dos potenciais benefícios do óleo de coco no HDL, os estudos experimentais comprovam o efeito hipercolesterolêmico do coco e seus subprodutos, como o recente estudo com cobaias que comparou óleo de coco com azeite de oliva e óleo de girassol. O grupo tratado com óleo de coco apresentou aumento significativo da fração não HDL e triglicérides. Lipídeos x Colesterol Somente três ácidos graxos de cadeia longa podem elevar a concentração de colesterol plasmático: Láurico (12:0); Mirístico (14:0); Palmítico (16:0); Composição do chocolate amargo: 33% de ácido oleico (cis-18:1 monoinsaturado); 25% de ácido palmítico (16:0 saturado ⬆ colesterol); 33% de ácido esteárico (SAT) NÃO ELEVA O COLESTEROL. Ponto Fumaça Óleo Temperatura (ºC) e tempo Azeite 185 – 7 min Girassol 183 – 5 min Soja 240 – 7 min Canola 233 – 9 min Milho 215 – 17 min Gorduras Saturadas Óleo de coco - muito lauritico - 50% Ponto de fusão de 44 a 69 graus. Então qual é o melhor óleo para se usar? Soja; Girassol; Canola; Milho; Azeite. Ao se fritar um alimento se evapora a água (0 kcal) e adiciona gordura = 9kcal/g. A partir de aproximadamente 200°C o efeito é drástico, por isso recomenda-se para o uso de temperatura até 180°C no processo de fritura. O melhor é o óleo de soja (?), porque, além de ser fácil de encontrar e manusear tolera melhor altas temperaturas. Esse produto contém ômega 3 e 6 e bom custo-benefício (é mais barato e melhor para a saúde). Lipídeos – Gorduras trans São formadas a partir do processo de hidrogenação industrial ou natural (rumem dos animais) dos ácidos graxos; Encontram-se nos alimentos industrializados; Alimentos de origem animal (carnes gordas e leites integrais) apresentam pequenas quantidades dessas gorduras; Possuem a finalidade de melhorar a consistência, sabor dos alimentos e aumentar a vida de prateleira de alguns produtos; O consumo excessivo aumenta a concentração de LDL e diminuem a concentração de HDL plasmático. → Fontes alimentares: naturais (carnes, leites e derivados) e industrializados (biscoitos, salgadinhos, frituras, bolos, margarinas, pães, sorvetes, doces, etc.). MEMBRANA BICAMADA LIPÍDICA Ômega-3 O ácido graxo poli-insaturado ômega-3 é derivado do óleo de peixe e tem potentes efeitos anti-inflamatórios em pacientes com trauma, substituindo o ácido araquidônico dos fosfolipídios das membranas das células imunes e inibindo a ciclooxigenase. Gordura Trans Gordura saturada Esse efeito reduz inflamação sistêmica, através de uma menor produção de prostaglandinas da série 2 (PGA-2) e leucotrienos da série 4. As citocinas produzidas pelo ácido graxo poli-insaturado ômega-3 são as PGAS-3 e tromboxano 3, que têm como principais funções a redução da agregação plaquetária, diminuição do potencial pró-inflamatório e imunomodulação na resposta inflamatória. CLA x Imunidade Entre os mecanismos de modulação do processo inflamatório exercido pelo CLA está a alteração no padrão de produção dos eicosanoides. Da mesma forma que os outros poli-insaturados isômeros e metabólitos do CLA podem ser incorporados nos fosfolipídios das membranas celulares. O CLA parece ser capaz indiretamente de diminuir as concentrações de ômega-6 ao aumentar os ômega-3, reduzindo dessa forma a produção de PGE2. Sendo assim, o CLA pode modular o sistema imune diminuindo o acúmulo de ácido araquidônico nos fosfolipídios das membranas celulares e os seus eicosanoides derivados. Efeitos colaterais: redução HDL, elevação LDL e a glicose sanguínea. Vitamina E Estudos experimentais mostrando que a deficiência de vitamina E compromete vários aspectos da resposta imune, entre eles a imunidade mediada por células B e T. A vitamina É capaz de aumentar a produção de imunoglobulinas de uma forma semelhante ao CLA (diminuindo o acúmulo de ácido araquidônico nos fosfolipídios das membranas celulares). Já́ foi observado que a suplementação com vitamina E deprime a produção de PGE2 que por sua vez inibe a IL-2. Como já ́foi citado anteriormente, a IL-2 é responsável pelo aumento da síntese de IgG, IgA e IgM. DOSES: 15mg (DRI), UL 100mg (ANVISA). Vitamina A Para Diarreias e doenças respiratórias. A vitamina A promove a regeneração do epitélio danificado da mucosa e a atividade fagocítica dos neutrófilos e macrófagos. Além disso, restaura a capacidade das células imunes do intestino de produzir anticorpos (IgA e IgG) contra toxinas bacterianas, que mostram comprometimento na deficiência de vitamina A. Palmitato de Retinila: UL 2000 microgramas (30 dias). Vitamina D Estima-se que um bilhão de pessoas no mundo todo tenham deficiência ou insuficiência de vitamina D. Seus receptores (RVD) ocorrem na maioria das células do corpo, inclusive nas células imunes. O Institute of Medicine acabou aumentando o valor para 600 UI no fim de 2010. A pele é a principal: Metabolismo e função da vitamina D: Ações clássicas Ação hormonal: - Metabolismo mineral e saúde esquelética (promove a mineralização da matriz óssea); Ação intestinal: - Aumenta a absorção de cálcio e de fosfato. Literatura científica recente: - Prevenção de doenças neurológicas, ex: depressão. - Prevenção de câncer; - Obesidade; - Prevenção de doenças autoimunes: DM tipo 1 Artrite reumatoide, Esclerose múltipla e etc. - Prevenção de doenças inflamatórias: Ex: Doença Inflamatória Intestinal. Ação da vitamina D ligada aos receptores: Receptor de vitamina D (RVD): RVD em várias células do sistema imune, entre elas linfócitos T, linfócitos B e células dendríticas, despertou interesse pela vitamina D como um fator imunorregulatório. NOS LINFÓCITOS, AS PRINCIPAIS AÇÕES DA VITAMINA D SÃO: Alteração na secreção de citocinas pró-inflamatórias, como a diminuição de Interferon-Gama (IFN-γ) e a Interleucina-2 (IL-2), bloqueando, assim, o principal sinal de retroalimentação das células dendríticas, gerando uma diminuição da capacidade de apresentação de antígenos aos linfócitos e diminuição da ativação e expansão clonal dos linfócitos. Ao mesmo tempo, ela aumenta a produção de IL-4, IL-5 e IL-10, e gera uma mudança de fenótipo T helper 1 (Th1) para T helper 2 (Th2), o que leva a uma maior tolerância imunológica. Vitamina D X Doenças Autoimunes A ação da vitamina D sobre o sistema imune também afeta a subpopulação de linfócitos Th17. Esses linfócitos T helper se caracterizam por secretar IL-17 e com isso participam na fisiopatogenia de doenças autoimunes. Outras citocinas também sofrem diminuição na sua produção na presença de vitamina D, como IL-6, IL-12 e IL-23. As células Tregs reguladoras (células T) são críticas para a manutenção da tolerância imunológica e se caracterizam por secretar IL-10 e prevenir o desenvolvimento de enfermidades autoimunes. Os linfócitos B também são alvo da ação da vitamina D: Sobre essas células, eles têm efeitos diretos e potentes, estimulando a apoptose, inibindo sua proliferação e formação de células de memória, impedindo a diferenciação de células plasmáticas e síntese de imunoglobulinas. Resposta Imune Dependente de Vitamina D Deficiência de Vitamina D A ausência de receptores intestinais de vitamina D causa achatamento das vilosidades: Deficiência de Vitamina D Níveis sanguíneos de 25 OH D3 <20ng/mL ↓Controle da asma; ↑Doenças alérgicas; ↑ Obesidade e DM; ↑ Doenças neurológicas. ↑Colite ulcerativa e ↑ Doença de Crohn. Alteração da microbiota intestinal? Receptor de Vitamina D & Barreira Intestinal Colite experimental Sulfato de sódio (2,5%DSS) Por 7 dias. Ulceração intestinal em camundongo com ausência de VDR. Sem VDR = permeabilidade: Humanos com deficiência de vitamina D Ausência de VDR em camundongos promove maior permeabilidade do complexo tight junction VS. Camundongos com presença de VDR Receptor de Vitamina D tem papel fundamental na integridade da barreira da mucosa intestinal. Associação entre deficiência na ingestão de vitamina D & microbiota Americanos africanos = 42 adultosAnálise da microbiota intestinal: - Extração de DNA; - Denaturing Gradient Gel Electophoresis (DGGE); - Fluorescentin situ hybridization (FISH); - Quantitative PCR (qPCR). Questionário de frequência alimentar Menor ingestão de vitamina D Altera a composição da microbiota intestinal (p<0,05) ↑ Bacteroidetes; ↑ Clostridium BACTERIAS PATOGÊNICAS Probióticos Como o nutricionista pode atuar nesse cenário? Anamnese alimentar: Verificar a quantidade de alimentos consumidos ricos em vitamina D; Verificar função intestinal e disbiose; Solicitar exames bioquímicos para avaliar os níveis plasmáticos de 25OHD3; Orientar alimentação rica em alimentos fontes de vitamina D, e explicar a exposição solar adequada (se possível); Se necessário suplementar de acordo com as normas da ANVISA. Probióticos podem aumentar níveis plasmáticos de vitamina D Adultos com hipercolesterolemia e IMC entre 22 – 32Kg/m² n=127 9 semanas L. reuteri NCIME 30242 2,9 x 10 9 UFC/cápsula 2 cápsulas por dia Placebo Lactobacilus reuteri ⬆ 25% VIT D sanguínea Suplementação de Vitamina D ANVISA: 200UI/dia Esquema de suplementação: 1 mês e meio de suplementação com a dose máxima, realização de novo exame e depois manutenção pela DRI por tempo indeterminado. Indicação Dose recomendada (duração) Nível de evidência Manutenção da saúde Idade 18 – 65 anos, sem doenças crônicas. Exposição ao sol (Indefinido) D Idade ≥65 anos para saúde óssea 800-2.000 UI/dia A Idade ≥65 anos, para prevenção de fraturas. 800-5.000 UI/dia (Indefinido) A Idade < 18 anos sem doenças crônicas 400 UI/dia (Até 18 anos) B Deficiência de Vitamina D (20ng/ml) 50.000 UI/semana (3 meses) OU 50.000 UI/3x semana (1 ½ mês). B Índice Inflamatório da Dieta Este potencial inflamatório foi analisado por meio da proteína C-reativa (PCR), que é um conhecido marcador inflamatório. Esta proteína é produzida em resposta a estimulação de interleucinas (IL), que são produzidas por células hematopoiéticas; Portanto, a partir de revisão de estudos científicos originais a dieta foi avaliada sobre os seis principais marcadores inflamatórios: IL-1beta⬆, IL-6⬆, TNF-alfa⬆ e PCR⬆ IL- 4⬇, IL-10 ⬇ (inflamação⬆ ou ⬇) Foi criada uma pontuação para diversos compostos alimentares e alguns alimentos, dependendo de seu potencial inflamatório. A pontuação de -1 foi dada aqueles alimentos ou nutrientes com efeitos pró- inflamatórios (ou seja, que aumentaram significativamente a IL-1beta, IL-6, TNF- alfa e PCR, ou diminuíram a IL-4 ou IL-10); +1 para os alimentos cujos efeitos foram anti-inflamatórios (quando diminuíram significativamente) a IL-1beta, IL-6, TNF-alfa e PCR; ou aumentaram IL-4 ou IL- 10; E 0 para as variáveis dietéticas que não produziram mudanças nos marcadores inflamatórios. Compostos alimentares com características pró-inflamatórias (ou seja, aqueles que adquiriram pontuação mais próxima de -1) em ordem decrescente: Carboidratos (-0,346) +++++; Lipídios (-0,323); Gordura saturada (-0,25); Colesterol (-0,21); Vitamina B12 (-0,09); Ácidos graxos monoinsaturados (-0,05) E ácido graxo ômega-6 (-0,016) Compostos alimentares anti-inflamatórios (com pontuação mais próxima de +1) em ordem decrescente: Magnésio (0,905) ++++++; Açafrão-da-índia (0,774); Betacaroteno (0,725); genisteína (isoflavona, 0,680); Vitamina A (0,580); chás (0,552); fibras alimentares (0,520); Vinhos (0,480); quercetina (flavonóide, 0,490); Luteolina (flavonoide, 0,430); vitamina E (0,401); Ácido graxo ômega-3 (0,384); vitamina C (0,367); Vitamina D (0,342); zinco (0,316), vitamina B6 (0,286); Alho (0,27); niacina (0,26); ácido fólico (0,214); Cerveja (0,2); gengibre (0,18); daidzeína (isoflavona, 0,17); Cianidina (pigmentos vermelhos de vegetais, 0,130); epicatequina (0,12); cafeína (0,035); riboflavina (0,160); Bebidas alcoólicas (0,1); Proteínas e tiamina (0,05); ferro (0,029) e selênio (0,021). Magnésio O magnésio é um mineral que apresenta também um papel fundamental em várias reações biológicas. O magnésio é um mineral do meio intracelular. É ativador de sistemas enzimáticos que controlam o metabolismo de carboidratos, lipídeos, proteínas e eletrólitos; Influencia a integridade e transporte da membrana celular; media as contrações musculares e transmissões de impulsos nervosos. Acredita-se que o fornecimento de quantidades adequadas de magnésio seja importante para o funcionamento do sistema imune, uma vez que ele é necessário para a realização de inúmeros processos metabólicos de fundamental importância para todas as células do nosso organismo incluindo as células imunes. Fonte alimentar: - Clorofila - Leite de derivados O meio ácido do estômago favorece a feofitinização, que corresponde à remoção do átomo de Mg2+. O estudo de Ferruzzi e colaboradores (2001) comprovam que 95% da clorofila é totalmente convertida em feofitina. De qualquer forma, o Mg2+ liberado durante esse processo pode ser absorvido pelo organismo animal, contribuindo com as necessidades diárias desse mineral. A ingestão de 100 g de espinafre disponibilizaria teoricamente aproximadamente 58 mg de Mg2+ para serem absorvidos. UL 400 mg. Deficiência de Magnésio: A deficiência de magnésio é relacionada a prejuízos na função imune celular (como macrófagos, neutrófilos e células endoteliais). A deficiência grave desse mineral em ratos induziu, após alguns dias, a ativação de macrófagos, liberação de citocinas pró-inflamatórias e maiores produções de EROs. Zinco A deficiência moderada de zinco induzida experimentalmente afetou as funções das células T e provocou um desequilíbrio entre as subpopulações de células T, queda na produção de citocinas (interleucina-2, interferon-γ) e atenuação na atividade das células exterminadoras naturais. Existem várias maneiras pelas quais a deficiência e a suplementação de zinco afeta o sistema imune. Em primeiro lugar, o zinco é necessário para a atividade biológica da timulina, um hormônio específico do timo que promove as funções das células T, como a citotoxicidade e a produção de citocinas. Em segundo lugar, o zinco afeta as vias de transdução do sinal que controla a expressão gênica de várias citocinas imunorreguladoras. Por último, o zinco é um cofator de várias enzimas envolvidas nas respostas antioxidantes que contribuem para um menor dano oxidativo nas células imunes. A ingestão de zinco duas vezes maior que a recomendada por dia não exerce efeitos negativos sobre o sistema imune de adultos saudáveis, mas em quantidade superior a essa, o zinco pode comprometer a imunidade. No sistema imune, pelo fato de as células específicas e não-específicas apresentarem alta proliferação, o zinco desempenha papel fundamental no processo de transcrição, tradução e replicação do DNA. O zinco, em conjunto com o cobre, participa da estrutura da enzima SOD, sendo sua atividade reduzida pela deficiência desse mineral. Comprometimento no processo de fagocitose realizado por macrófagos e neutrófilos na lise celular mediada pelas células NK e na atividade antioxidante da SOD. Os efeitos da deficiência de zinco sobre a produção de citocinas imunorreguladoras em crianças e concluíram haver significativa redução de células brancas e da IL-6. Como o zinco estimula a síntese de anticorpos, a proliferação de células T, a ativação do mecanismo natural de morte celular e citotoxidade. Indica-se a suplementação terapêutica de zinco em duas situações bem definidas pela Organização Mundial da Saúde: diarreia aguda e na desnutrição grave. A deficiência de zinco pode ocasionar atrofia do timo e de outrosórgãos linfoides, acarretando diminuição da proliferação de linfócitos, reconhecida como linfopenia, o que reduz a ação citolítica das células T e diminui a relação das células CD4+/CD8+. DOSES: 25mg /dia Na diarreia aguda a recomendação é de 20 mg de zinco elementar/dia (crianças acima 6 meses). Cobre Cobre, zinco e magnésio atuam como cofatores de enzimas responsáveis tanto por diversas atividades metabólicas como na resposta imune inata e adquirida, além do papel importante na maturação dos tecidos e células linfoides. Sua deficiência acarreta neutropenia e linfopenia, comprometendo a imunocompetência. O cobre desempenha papel importante na maturação dos tecidos linfoides. Atua também como cofator para a enzima superóxido dismutase (SOD), enzima chave na defesa antioxidante. Portanto, sugere-se que a depleção de cobre contribua para uma maior suscetibilidade a infecções. UL 3000 mcg Vitamina B6 (Piridoxina) A vitamina B6 está amplamente distribuída nos alimentos, sendo suas fontes mais ricas as aves, peixes, fígado, cereais e grãos de leguminosas. Sabe-se desde a década de 1940 que deficiências de vitamina B6 debilitam a função imune. Esse efeito não surpreende, já́ que a vitamina B6 é essencial para grande variedade de reações necessárias para a síntese e o metabolismo de aminoácidos e, durante a resposta imune, a necessidade de síntese proteica é maior. Estudos feitos com seres humanos demonstram que a deficiência de vitamina B6 compromete a produção de anticorpos e a atividade das células T. O crescimento e a maturação dos linfócitos também sofrem alteração, assim como cai a atividade das células exterminadoras naturais. Doses UL 10mg (ANVISA 100mg) Glutamina A glutamina é considerada um aminoácido condicionalmente essencial, exercendo efeito benéfico na função imune através da produção de linfócitos T e B e imunoglobulina A (IgA). O principal combustível para CÉLULAS DE MULTIPLICAÇÃO RÁPIDA como o rápido o sistema celular como o epitélio do trato gastrointestinal e células imunológicas. Foi observado que a glutamina promove a manutenção do GALT. Serve como energia para células intestinais. A análise dos resultados permite concluir que a associação da glutamina e probióticos confere um maior trofismo na mucosa colônica em ratos submetidos à peritonite bacteriana. Glutamina X Imunidade Os macrófagos são consumidores de glutamina, tanto para o seu metabolismo (síntese de purinas e de coenzimas) como para realizar suas funções. Os animais que receberam glutamina apresentaram um maior ganho de peso corporal, comparativamente aos seus pares que não a receberam. Um dos fatores que pode influenciar a imunossupressão é a diminuição da disponibilidade de glutamina no plasma. Entretanto, este estudo verificou que, mesmo aumentando a disponibilidade de glutamina, não houve atenuação dos parâmetros imunes analisados. Obs: o Whey comum (concentrado) pode conter 3,5g de Glutamina e o isolado 6g. Recomendação 5 a 10g/dia. Estresse Oxidativo Desequilíbrio entre radicais livres e antioxidantes. Radicais livres e antioxidantes: NEUTRALIZAR EXCESSO ALIMENTOS FONTES VITAMINA C VITAMINA E SELÊNIO…. RADICAIS LIVRE Oxigênio Singlete NO· óxido nítrico ONOO- peroxinitrito Q· radical semiquinona C6-H12-O6 – CHO; C20-H30-O36 – LIP; -0H-C-C-NH2 – PTN; ALIMENTOS. O2 e CO2 ORAC O ORAC é um método que usa a avalia o teor de substancias que neutralizem radicais livres. O ORAC combina o tempo de inibição e a percentagem (%) de inibição da ação do radical pelo antioxidante e usa a área sob a curva para a quantificação. Radicais Livres O estado crítico é associado à formação de radicais livres de oxigênio e diminuição da capacidade antioxidante, levando ao estresse oxidativo. Acredita-se que o suprimento exógeno de determinadas vitaminas e elementos-traço podem ajudar a balancear os níveis de oxidantes e antioxidantes no paciente crítico. Doses de selênio, zinco, vitaminas, C, E betacaroteno podem ser utilizados. O efeito benéfico do estresse oxidativo em situações de infecção, o mesmo passa a ser prejudicial quando a inflamação torna-se sistêmica. Equilíbrio: O sistema imunológico dos seres humanos é excelente, envolvendo métodos de prevenção (executado por proteínas extracelulares), de reparo por meio de enzimas, como a superóxido desmutase, catalase e glutationa peroxidase (ENDÓGENA). O sistema não enzimático (EXÓGENO) inclui compostos sintetizados pelo organismo como bilirrubina, hormônios sexuais, melatonina, coenzima Q, ácido úrico; e outros, ingeridos por meio da dieta regular ou via suplementação como agentes antioxidantes, como as vitaminas C e E os carotenoides. Selênio O selênio dietético ocorre em alimentos ricos em proteína, como carne, peixe, frutas secas e sementes. Trata-se de um elemento essencial para a resposta imune mais adequada e que influencia tanto o sistema imune inato quanto o adquirido, desempenhando papel fundamental no equilíbrio de oxidação-redução inclusive na proteção do DNA. O selênio é também importante cofator de um grupo de enzimas que contribuem para proteger as células de dano oxidativo. Como os fagócitos geram grandes quantidades de espécies de oxigênio reativo, o selênio pode ser um fator na proteção dos fagócitos contra o excesso desses oxidantes. Porem, a avaliação dos efeitos diretos do selênio é difícil por causa das interações entre o selênio e outro antioxidante, a vitamina E. Foi feito um estudo com homens saudáveis, com ingestão baixa de selênio, que receberam selênio suplementar durante várias semanas. Essa suplementação de selênio (50 e 100 μg/dia) melhorou a resposta imune celular. Vitamina C Os mecanismos pelos quais a vitamina C afeta o sistema imune não estão bem esclarecidos. Devido à̀ sua atividade antioxidante, pode ser que ela proteja as células imunes do dano oxidativo e que alguns órgãos apresentem concentração de vitamina C muito mais elevada do que a do sangue. Um desses órgãos é o timo, que desempenha papel crucial na imunidade mediada pelas ações dos linfócitos T. A vitamina C também é encontrada em elevada concentração nas células imunes, mas essa concentração cai rapidamente durante as infecções. Ela modula as funções dos fagócitos, a proliferação de linfócitos T, a produção de citocinas e a expressão gênica das moléculas de adesão dos monócitos. Os efeitos da vitamina C no resfriado e eles mostram que quem consome regularmente 200 mg/dia ou mais de vitamina C costuma sofrer um pouco menos com resfriados (cerca de 10%) do que quem não consome. A suplementação com vitamina C, porém, não afeta a incidência de resfriados na população normal; a redução na incidência de resfriados pela suplementação com vitamina C é observada apenas nas pessoas que praticam atividades físicas muito extenuantes (maratonistas, por exemplo) ou expostas a ambientes subárticos. Doses: 100mg 3x ao dia. Ácido Fólico Essa vitamina é essencial para a formação dos leucócitos (glóbulos brancos) na medula óssea. Segundo a literatura científica, existe uma relação entre a deficiência de AF, a Hhcy (HOMOCISTEÍNA) e o EO (ESTRESSE OXIDATIVO). Embora as ERO estejam associadas com efeitos negativos à saúde, elas são necessárias para a ocorrência de várias reações do organismo, tais como apoptose, fagocitose e reações de detoxificação. O sistema antioxidante remove apenas o excesso de ERO, mantendo as concentrações necessárias para as reações citadas anteriormente. O equilíbrio entre os antioxidantes e as ERO é importante para o adequado funcionamento celular e o excesso pode inibir a apoptose e prejudicar a ação de fármacos
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