Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE Prof.: Elaine Linhares de Assis Guerra, MSc. APOSTILA METODOLOGIA CIENTÍFICA Belo Horizonte 2015 SUMÁRIO O MÉTODO DE ESTUDO EFICIENTE .................................................................................................. 3 TESTE DE VELOCIDADE EM LEITURA ....................................................................................... 5 O CONHECIMENTO CIENTÍFICO ........................................................................................................ 6 ORIENTAÇÕES SOBRE FICHAMENTO .............................................................................................. 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................... 13 a. Referência de livro, manual, enciclopédia, dicionário impressos .................................................. 16 b. Livro no todo em meio eletrônico (cd ou online) ............................................................................ 16 c. Monografia, Dissertações ou Teses .............................................................................................. 17 d. Capítulo, volume, fragmento ou parte de livro impresso .............................................................. 17 e. Capítulo: meios eletrônicos ........................................................................................................... 17 f. Material de INTERNET em geral .................................................................................................. 18 g. Periódicos impressos: revistas, jornais, cadernos (caso sejam usados como um todo e não apenas um artigo ou matéria) ........................................................................................................................... 18 h. Artigo e/ou matéria de revista científica ou periódicos impressos ............................................... 18 i. Artigo ou matéria de jornal impresso ............................................................................................. 19 j. Artigos de jornais ou revistas eletrônicas ...................................................................................... 19 k. Trabalhos apresentados em eventos, congressos ou simpósios: anais, atas, resumos, etc ......... 19 l. Trabalhos acadêmicos e outros materiais (apostilas, anotações de aula, etc.) ............................. 20 m. Leis, Portarias e Decretos ............................................................................................................ 20 n. Observações Gerais ..................................................................................................................... 20 EXERCÍCIO DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 22 CITAÇÕES EM DOCUMENTOS ......................................................................................................... 24 EXERCÍCIO SOBRE NORMAS DE CITAÇÃO .................................................................................... 29 RESUMO E RESENHA ...................................................................................................................... 30 TIPOS DE PESQUISA CIENTÍFICA .................................................................................................... 36 FASES DA PESQUISA CIENTÍFICA ................................................................................................. 39 NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA .................................................. 44 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS .................................... 45 RELATÓRIOS TÉCNICO-CIENTÍFICOS ............................................................................................. 58 ARTIGOS CIENTÍFICOS ..................................................................................................................... 60 3 O Método de estudo eficiente1 Para que sua atividade de estudo seja eficiente, é preciso que ela envolva os seguintes elementos: Atenção Memória Organização Habilidade de leitura ATENÇÃO O estudo é uma atividade que exige concentração. Quanto maior for o interesse, maior a facilidade de manter atenção. A capacidade de dirigir a atenção a um determinado objeto ou ação é tão grande que pode levar o sujeito a “ficar cego e surdo” ao mundo circundante Porém, é sabido que períodos de atenção devem ser alternados com períodos de relaxamento. Em média, as pessoas conseguem manter a atenção concentrada por um período de 20 a 40 minutos. Este tempo varia em função da motivação e da natureza individual de cada um. MEMÓRIA Memorizar é reter de forma significativa um conteúdo inteligível. Memorizar não é a simples repetição de conteúdos, pois a este ato dá-se o nome de “decorar”. A memorização possui diversas fases, a saber: fixação, conservação, evocação e esquecimento Existem também vários tipos de memória: visual, auditiva, motora, afetiva, locativa e nominativa. Cada sujeito possui habilidades diferentes no exercício da memorização. Alguns são muito bons em memória visual, outros em memória auditiva, por exemplo, mas é importante lembrar que a memorização pode ser exercitada e com isto seu desempenho melhora significativamente. Normalmente o desenvolvimento da memória exige: repetição, atenção, emoção, interesse e identificação com conteúdos anteriores memorizados Muitas pessoas utilizam outros mecanismos que podem facilitar a memorização, tais como relacionar fatos ou idéias, buscar sentido de causa-efeito, meio-fim, substância-atributo, semelhança (pessoa/apelido) ou mesmo contraste (feio/bonito). Outros preferem recorrer às lembranças afetivas. 1 Texto preparado pela professora para fins didáticos 4 ORGANIZAÇÃO DOS ESTUDOS A eficiência de seus estudos depende de sua capacidade de organização. É preciso providenciar: ◦ Tempo: abrir um espaço na agenda pessoal para se dedicar ao estudo é importantíssimo. Recomenda-se habitualidade no horário escolhido, mesmo que seja apenas 30 minutos por dia. Para aqueles que afirmam sempre não ter tempo para estudar, lembre-se : “Tempo é questão de preferência ou prioridade!” ◦ Material para leitura e exercícios: material de estudo deve estar disponível e organizado. Muitas vezes gasta-se mais tempo procurando o material do que realmente lendo-o. ◦ Ambiente de estudo: o ideal é que o ambiente seja iluminado, arejado, silencioso e esteja em ordem. Porém, nem sempre alcança-se a situação ideal, mas o ser humano é s capaz de se adaptar ao que dispõe. CUIDADOS NO MOMENTO DA LEITURA O método do estudo eficiente recomenda procedimentos que devem ser observados na atividade de leitura. São eles: ◦ Ler pelos significados e não pelo conjunto de palavras ◦ Não usar movimentos de cabeça ◦ Ler silenciosamente. Não fazer sub-vocalização ou articular lábios ou língua durante a leitura ◦ Não ler vagarosamente: quanto mais veloz aleitura, mais se compreende e se fixa a atenção ◦ Fazer uma primeira leitura exploratória, principalmente se o assunto é desconhecido ◦ Destacar idéias centrais: pode-se sublinhar o texto e/ou fazer breves anotações ao lado dos parágrafos e/ou sinais de dúvida ou importância ◦ Fazer esquemas e resumos pessoais Normalmente o bom leitor possui as seguintes características: ◦ Têm vários padrões de velocidade ◦ Não para a primeira leitura para buscar significado das palavras, pois faz isto apenas depois de ler todo o texto ◦ Lê com objetivo pré-determinado ◦ Avalia o que lê ◦ Lê título, subtítulos, orelhas, prefácio e apresentaçõesdas obras ◦ Discute o que lê ◦ Lê muito e sobre vários assuntos ◦ Faz fichamento dos textos lidos. 5 TESTE DE VELOCIDADE EM LEITURA Histórico da Segurança Alimentar no Brasil Há uma larga tradição no tratamento da problemática alimentar na América Latina. No Brasil destacam-se as análises pioneiras e clássicas de Josué de Castro - um dos fundadores da FAO - sobre o fenômeno da fome, ainda na década de 1930. Porém, apenas em 1986, o objetivo da segurança alimentar apareceu, pela primeira vez, dentre os elementos definidores de uma proposta de política de abastecimento alimentar. Formulada por uma equipe de técnicos a convite do Ministério da Agricultura, ela teve poucas conseqüências práticas à época. Nota-se que a utilização da noção de segurança alimentar limitava-se, até então, a avaliar o controle do estado nutricional dos indivíduos, sobretudo a desnutrição infantil, sob a égide da Vigilância Alimentar e Nutricional. A concepção adotada atribuía um papel central a auto-suficiência produtiva nacional, porém enfatizando os problemas de acesso aos alimentos por insuficiência de renda, o que levou a acrescentar a eqüidade (acesso universal) aos quatro atributos da disponibilidade agregada de alimentos básicos - suficiência, estabilidade, autonomia e sustentabilidade. A agricultura camponesa figurava como componente estratégico num modelo de desenvolvimento com ênfase no mercado interno, sem subestimar a diversificação das exportações e valorizando a integração regional. Em 1991, divulgou-se no país uma proposta de uma Política Nacional de Segurança Alimentar, que só foi aceita, com algumas restrições, no início de 1993 pelo Governo Itamar Franco como uma das fundamentações para a instalação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar (CONSEA). O CONSEA é um órgão de aconselhamento da Presidência da República, composto de Ministros de Estado e representantes da sociedade civil. Este conselho efetivamente contribuiu para a introdução da questão agroalimentar e da fome como temas prioritários na agenda política nacional. Tornada um objetivo estratégico de governo, a segurança alimentar nuclearia as políticas de produção agro- alimentar (políticas agrária, de produção agrícola e agroindustrial), comercialização, distribuição e consumo de alimentos, com uma perspectiva de descentralização e diferenciação regional. A ampliação do conceito de segurança alimentar foi dada pela incorporação da garantia de acesso a alimento seguro (controle de qualidade dos alimentos) e em condições adequadas a seu aproveitamento. OBS: O bom leitor lê em torno de 350 palavras por minuto! 124 197 282 348 6 O CONHECIMENTO CIENTÍFICO1 O conhecimento científico é fático: parte dos fatos, respeita-os e sempre retorna a eles. A ciência procura descobrir os fatos tais como eles são independentemente do seu valor emocional ou comercial: a ciência não poetiza os fatos. Isto requer curiosidade impessoal, desconfiança pela opinião pré-estabelecida e sensibilidade à novidades. Por outro lado, o conhecimento científico transcende os fatos: põe de lado os fatos, produz fatos novos e explica-os. O senso comum parte dos fatos e atém-se a eles: amiúde, limita-se ao fato isolado, sem correlacioná- lo com outros ou sem explicá-lo. Pelo contrário, a investigação científica não se limita aos fatos observados: os cientistas exprimem a realidade a fim de ir mais além das aparências; recusam a percepção inicial dos fatos percebidos, selecionam os que julgam relevantes, controlam fatos e, se possível, os reproduzem para fins de experimentos. Inclusive, produzem coisas novas, desde instrumentos até partículas elementares; obtêm novos compostos químicos, novas variedades vegetais e animais e, pelo menos em princípio, criam novas regras de conduta individual e social. Há mais: o conhecimento científico racionaliza a experiência, em vez de se limitar a descrevê-la. A ciência dá conta dos fatos, não apenas faz um inventário dos mesmos, mas explica-os por meio de hipóteses ou teorias. A investigação científica é especializada, mas esta especialização não impede à formação de campos interdisciplinares, como a biofísica, a bioquímica, a psicofisiologia, a psicologia social, a teoria da informação, a cibernética ou a investigação operacional. A especialização tende a estreitar a visão do cientista individual e por isso deve-se cuidar para não se praticar o "especialismo". O conhecimento científico é claro e preciso: os seus problemas são distintos, os seus resultados são claros. A ciência torna preciso o que o senso comum conhece de maneira nebulosa. O conhecimento científico é comunicável: não é inefável, mas expressável; não é privado, mas público. A linguagem científica comunica informações a quem quer que tenha sido preparado para entendê-la. O que é inefável pode ser próprio da poesia ou da música, não da ciência, cuja linguagem é informativa e não expressiva ou imperativa. O conhecimento científico é verificável: deve passar pelo exame da experiência. As suposições científicas podem ser cautelosas ou ousadas, simples ou complexas, mas em todos os casos devem ser colocadas à prova. O teste das hipóteses fáticas é empírico, isto é, observacional ou experimental. Nem todas as ciências podem experimentar; e em certas áreas da astronomia e da economia, ciências sociais ou humanas, alcança-se uma grande exatidão com a ajuda das discussões, do princípio da objetividade e do rigor metodológico. 1 Compilação e adaptação de texto para fins didáticos: BUNGE, M. A ciência e seu método . In: ______. Um outro olhar sobre o mundo. Disponível em <http://ocanto.esenviseu.net/index.html>. Acesso em: 24 mar. 2009. http://ocanto.esenviseu.net/lexf.htm#facto 7 A investigação científica é metódica: não é errática, mas sim planejada. Os investigadores não tateiam na obscuridade; sabem o que buscam e como o encontrar. A planificação da investigação não exclui o inesperado, mas acaba sabendo apropriar-se do imprevisto tomando-o como um novo objeto de estudo ou pelo menos como nova variável a ser observada e controlada. Todo o trabalho de investigação se baseia no conhecimento anterior e, em particular, nas teorias melhor confirmadas. Mais ainda, a investigação procede de acordo com regras e técnicas que se revelaram eficazes no passado, mas que são aperfeiçoadas continuamente, não só à luz de novas experiências, mas também de resultados do exame matemático e filosófico. O conhecimento científico é sistemático: uma ciência não é um agregado de informações desconexas, mas um sistema de idéias ligadas logicamente entre si. Todo o sistema de idéias, caracterizado por um conjunto básico (mas refutável) de hipóteses peculiares, e que procura adequar-se a uma classe de fatos, é uma teoria. O caráter matemático do conhecimento científico - isto é, o fato de ser fundamentado, ordenado e coerente - é que o torna racional. A racionalidade permite que o progresso científico se efetue não só pela acumulação gradual de resultados, mas também por revoluções. O conhecimento científico é geral: situa os fatos singulares em hipóteses gerais, os enunciados particulares em esquemas amplos. O conhecimento científico insere os fatos singulares em regras gerais chamadas "leis científicas". Por detrás da fluência ou da desordem das aparências, a ciência descobre os elementos reguladores da estrutura e do processo do ser e do devir. A ciência é explicativa: tenta explicar os fatos em termos de leis e as leis em termos de princípios. Os cientistas não se conformam com descrições pormenorizadas; além de inquirir como são as coisas, procuram responder ao por que: por que é que ocorrem os fatos tal como ocorrem e não de outra maneira? . A ciência deduz asproposições relativas aos fatos singulares a partir de leis gerais, e deduz as leis a partir de enunciados mais gerais (princípios). O conhecimento científico é preditivo: transcende a massa dos fatos de experiência, imaginando como pode ter sido o passado e como poderá ser o futuro. A previsão é, em primeiro lugar, uma maneira eficaz de pôr à prova as hipóteses; mas também é a chave do controle ou ainda da modificação do curso dos acontecimentos. A previsão científica, em contraste com a profecia, funda-se em leis e em informações específicas fidedignas, relativas ao estado de coisas atual ou passado. A ciência é aberta: praticamente não reconhece barreiras que limitem o conhecimento, exceto as de natureza ética. Se o conhecimento não é refutável em princípio, então não pertence à ciência, mas à algum outro campo de conhecimento. As noções acerca do meio natural ou social, ou acerca do próprio eu, não são finais; estão todas em movimento, todas são falíveis. Sempre é possível surgir uma nova situação (novas informações ou novos trabalhos teóricos) em que as idéias, por mais firmemente estabelecidas que pareçam, se revelem inadequadas em algum sentido. A ciência carece de axiomas evidentes; inclusive, os princípios mais gerais e seguros são postulados, mas podem ser corrigidos ou substituídos. Em virtude do caráter hipotético dos enunciados das leis, e da natureza perfectível dos dados empíricos, a ciência não é um sistema dogmático e fechado, mas controvertido e aberto. Ou melhor, a ciência é aberta como sistema, porque é falível, por conseguinte, capaz de progredir. http://ocanto.esenviseu.net/lexs.htm#sistema http://ocanto.esenviseu.net/lext.htm#teoria 8 ORIENTAÇÕES SOBRE FICHAMENTO1 1 Definição O fichamento é uma forma de investigar que se caracteriza pelo ato de fichar (registrar) todo o material necessário à compreensão de um texto ou tema. É uma parte importante na organização da pesquisa de documentos, permitindo um fácil acesso aos dados fundamentais para a conclusão do trabalho. Esse trabalho facilitará a procura do pesquisador, que terá ao seu alcance as informações coletadas nas bibliotecas públicas ou privadas, na Internet, ou mesmo em seu acervo particular, evitando consultas intermináveis e repetitivas a respeito de um determinado tema, por não conseguir guardar em sua memória todos os dados aos quais teve acesso em leitura anteriores ou por ter o material de leitura registrado de forma indevida. Os registros em fichas não são mais feitos necessariamente nas tradicionais folhas pequenas de cartolina pautada. Podem ser feitos em folhas de papel comum, cadernos ou, mais modernamente, em bancos de dados ou arquivos e pastas eletrônicas. O importante é que eles estejam bem organizados e de acesso fácil para que os dados não se percam. Existem alguns tipos básicos de fichamento: o fichamento bibliográfico, o fichamento de transcrição, e o fichamento de resumo e o fichamento analítico. Cada pesquisador deve avaliar seus objetivos e assim utilizar um ou mais modelos de fichas de leitura, conforme suas necessidades e especificidade do estudo ou pesquisa a ser feito 2 Tipologia 2.1 Ficha bibliográfica de autores ou assuntos Conforme o pesquisador vai tomando contato com o material impresso, deve organizá-lo. Poderá fazê-lo através do fichamento bibliográfico por autor ou por assunto, onde ficarão anotados o nome do autor, o título da obra, edição, local de publicação, editora, ano da publicação, número do volume se houver mais de um e número de páginas. Estas fichas podem se assemelham à lista de referencias bibliográficas construídas ao final de um trabalho acadêmico. Aqui elas estão inseridas em um quadro com duas colunas, onde registra-se também o local onde se teve acesso ou se guarda o texto referido. Esta é apenas uma sugestão de modelo, não é obrigatório esta apresentação gráfica Exemplo: REPRODUÇÃO ASSISTIDA OBSERVAÇÃO: Se estas fichas são feitas visando a produção de artigo científico na área biomédica, pode-se usar o sistema de Vancouver nas referências e citações. Caso seja em periódicos do campo da Psicologia, pode-se usar o Padrão APA. 1 Texto preparado para fins didáticos pelo professor Referência Bibliográfica Disponibilidade SCARO, Mônica Sartori. Fertilização assistida: questão aberta. Rio de Janeiro: Forense, 1991. 89 p. Biblioteca RENAULT, Paul. Inseminando: técnicas, acertos e erros. Porto Alegre: Artmed, 1998, 134 p. Xerox – Pasta 1 9 Esse tipo de fichamento é mais utilizado quando se faz uma listagem por assuntos. O assunto deve estar encabeçando a ficha (na chamada). Assim, cada assunto estudado pelo pesquisador poderá ter uma ficha específica, como se fosse uma lista de bibliografias já consultadas. 2.2 Ficha de transcrição (ou de citação) Este tipo de fichamento serve para que o pesquisador selecione as passagens que julgar mais interessantes no decorrer da obra. É necessário que seja reproduzido fielmente o texto do autor (cópia literal). Após a transcrição ou antes dela indica-se a referência bibliográfica completa. Nesta caso, é fundamental usar o número de páginas .Esta ficha é muito utilizada por pesquisadoras da área da literatura, pois a reprodução fidedigna do autor é importante . Exemplo: REPRODUÇÃO ASSISTIDA Obra Comentário pessoal SCARPARO, Monica Sartori. Fertilização assistida: questão aberta. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1991. 89 p. A personalidade começa com o nascimento, com a vida, que se verifica quando o feto se separa completamente do corpo materno. Neste momento é que pode ser objeto de uma proteção jurídica independente da que concerne à mãe. (SCARPARO, 1991, p. 40). Usar este trecho no início da parte 2 do desenvolvimento. FONTINELLE, Maria do Rosário. Reprodução assistida: aspectos técnicos. Porto Alegre: Artmed, 1999, 189 p. Reprodução Assistida é um conjunto de técnicas, utilizadas por médicos especializados, que tem como principal objetivo tentar viabilizar a gestação em mulheres com dificuldades de engravidar. Muitas vezes essas dificuldades, até mesmo a infertilidade do casal ou um de seus membros, podem trazer sérios prejuízos ao relacionamento conjugal. (FONTINELLE, 2001, p. 32) Usar este conceito no início da Introdução OBSERVAÇÕES: este tipo de ficha pode ser dispensado e substituído pela ficha resumo ou na ficha analítica 2.3 Ficha resumo Uma ficha resumo consiste numa síntese de um livro, capítulo, trecho ou de vários livros com a intenção de elaborar um trabalho ordenado de conclusões pessoais. Para fazer uma ficha resumo é necessário: verificar a indicação bibliográfica, fazer um esquema e elaborar o resumo propriamente dito. É indicada para estudo de um texto com o objetivo de extrair da leitura conhecimentos necessários para uma prova ou registro em banco de dados pessoal. A indicação bibliográfica mostra a fonte da leitura; o resumo sintetiza o conteúdo da obra em redação do próprio fichador e/ou através de transcrições literais, e neste caso, com indicação parentética da(s) página(s); as citações dizem respeito às transcrições significativas da obra; a análise crítica do conteúdo lido apresenta as apreciações do fichador, através de análise e críticas coerentes e cientificamente responsáveis, sustentadas nas idéias do próprio fichador e/ou em outros textos, os quais serão devidamente referenciados conforme ABNT, APA ou Vancouver. Pode-se também colocar na ficha ou em notas de rodapés as novas idéias surgidas frente à leitura reflexiva. 10 Exemplo: FICHA RESUMO SCARPARO, Monica Sartori. Fertilização assistida: questão aberta. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1991. 189 p. Página Conteúdo Comentário pessoal 02 – 0406 - 09 Os diversos aspectos – biomédicos, psicológicos, bioéticos, religiosos e jurídicos – constituem questões fundamentais na abordagem das novas práticas conceptivas. A fertilização assistida – termo preferível a artificial – ainda é uma questão aberta, suscitando debates e polêmicas nos vários países em que é praticada. Devido à atualidade do tema e ao significado dos valores éticos e morais implicados no processo, torna-se cada vez mais necessária a normalização jurídica da matéria, o que só se verificará a partir de uma ampla discussão entre os especialistas e a difusão de esclarecimentos e informações à opinião pública. É neste sentido que a autora salienta que “ [...] a fecundação artificial pressupõe um enfoque interdisciplinar que dê cobertura à multiplicidade das variáveis e que conduza à convergência para um horizonte amplo a ser abrangido pelo conhecimento jurídico.” (SCARPARO, 1991, p.2) Surgindo para auxiliar os problemas de esterilidade, as tecnologias reprodutivas, especialmente a técnica da fecundação “in vitro” com transferência embrionária, têm trazido questionamentos diversos. No campo jurídico, os progressos não atingiram somente o casamento em si mesmo considerado, privilegiando a relação marido e mulher, mas afetaram a filiação que vincula uma criança a seu pai e a sua mãe. Até que ponto a biotecnologia “age” em benefício da humanidade? Quando parar? Surge a verdade afetiva no lugar da verdade biológica. No Brasil, percebe-se a lacuna jurídica nesta matéria, pois a única norma a respeito é a Resolução nº 1.358/92 do Conselho Federal de Medicina. Há uma disparidade entre a Ciência e o Direito o que tem gerado insegurança no âmbito familiar já que não existe, até o momento, um critério que estabeleça a maternidade e paternidade no caso de utilização desta técnica. Diversos questionamentos éticos têm sido levantados e a discussão e conscientização em matéria reprodutiva deve ser incentivada para que os recursos tecnológicos sejam postos realmente em favor de toda a humanidade. (SCARPARO, 1991) OBS: O Resumo continua ........... Após a leitura chega- se ao posicionamento de que se faz necessária, no Brasil como em outras partes do mundo, a criação de leis que venham a dirimir os possíveis conflitos advindos das novas técnicas de reprodução assistida. OBSERVAÇÃO e CRÌTICAS SOBRE A OBRA OU SOBRE AUTOR Em anexo a obra contém a proteção nacional: Resolução n. 1 do Conselho Nacional de Saúde, de 13 de junho de 1988, sobre as Normas de Pesquisa em Saúde; o tema da Constituinte: Projetos de lei nacionais. Além disso, traz legislação e jurisprudência internacional: legislação portuguesa, lei espanhola, Recomendação 1.100 do Conselho da Europa, o caso do Bebê M, estudo do direito comparado. O grande trunfo da obra é apresentar uma discussão multidisciplinar e fornecer subsídios jurídicos ao leitor 11 2.4 Fichas analíticas ou de categorias Este trabalho pressupõe a anotação dirigida à objetivos específicos de uma pesquisa. É um tipo de fichamento indicado para quem vai fazer uma pesquisa científica. Anotação é um procedimento de seleção de dados para futura utilização. Uma das características marcantes de uma anotação adequada é permitir a redação posterior de um texto. Deste modo, elas não podem ser sintéticas demais, a ponto de serem incompreensíveis. Muitas vezes, deseja-se reduzir a informação e usa-se códigos que não são lembrados posteriormente, inviabilizando a construção de um texto a partir deles. Estas fichas devem ser feitas em conjunto com as fichas bibliográficas ou com uma lista de referências que constará do trabalho final. Para tornar o fichamento mais produtivo, apresenta-se um método para tomar notas: Antes de começar a tomar nota, é preciso folhear a fonte de referência. É fundamental uma visão do conjunto antes de se decidir se a leitura do material é proveitosa. Não pular o resumo, em caso de artigos, ou comentários e prefácios em caso de livros. Quando se usa fichas analíticas podem-se construir várias fichas ao mesmo tempo. Um mesmo texto poderá ter informações úteis a vários assuntos ou categorias analíticas de sua pesquisa e por isto você irá construindo várias fichas ao mesmo tempo. É preciso incluir somente um tema em cada ficha. No início da ficha, coloca-se o tema na parte superior da ficha e, em seguida, pode-se fazer a descrição do conteúdo da obra sobre a temática específica da ficha. É preciso fazer a citação bibliográfica ( o sobrenome, ano e página do autor) lembrando que o restante das informações sobre a obra lida podem estar registrado em , uma ficha bibliográfica ou lista de referência. Na parte de descrição do conteúdo recomenda-se ser objetivo, claro e para isto você pode usar verbos ativos (ex: analisa, contém, critica, define, descreve, apresenta, revisa, sugere, assevera, postula, etc.). Veja os exemplos a seguir: FICHA 1 - PEFIL DOS GARIMPEIROS Página Conteúdo Observações pessoais 98 MARCONI, 1999 Os garimpeiros são economicamente independentes, pois começam a trabalhar cedo. Possuem em geral família nuclear. 42-43 SERRATO, 2002 A escolaridade dos garimpeiros é geralmente baixa, mas sua preocupação com os filhos e familiares leva a insistência na escolarização, pois aspiram à independência para os mesmos e consideram penosa sua atividade. O principal fator da baixa escolaridade é a situação econômica, que conduz à atividade remunerada com pouca idade. Porém, em média, a escolaridade dos garimpeiros é mais elevada que a dos pais. É a única obra que aborda a escolaridade OBS: Nas fichas bibliográficas ou na lista de referências, estes autores e suas respectivas obras devem estar presentes, com dados completos, no formato ABNT: 12 Em outro arquivo eletrônico, novas fichas, usando ainda os mesmos textos. Ver a seguir: FICHA 2 - RELACIONAMENTOS E INTERAÇÕES SOCIAIS DOS GARIMPEIROS Página Conteúdo Observações pessoais 102 MARCONI, 1999 Segundo Marconi (1999) o círculo de amizade entre os garimpeiros é restrito, predominando os laços de parentesco e de trabalho. A mulher desempenha papel secundário, raramente dirigindo a palavra a homens, com exceção dos parentes. 62 SERRATO, 2002 O compadrio foi considerado um laço forte entre os garimpeiros estudados por Serrato (2002). Este elo une famílias, e se manifesta com clareza na educação das crianças, que aprendem a ter respeito aos padrinhos. É quase uma relação de parentesco. Acrescenta o compadrio nas relações de parentesco 43 MONTEMOR, 2003 Por viverem isolados nos garimpos, os garimpeiros freqüentemente casam-se cedo e não vêem com bons olhos o celibato, considerando a aquisição de uma esposa como um ideal que lhes confere prestígio. A mulher é a principal encarregada da educação dos filhos, que segue padrões diferentes, conforme o sexo da criança. É a obra que mais fala do papel da mulher do garimpeiro Ainda em outro arquivo: FICHA 3 - RELIGIOSIDADE DOS GARIMPEIROS Página Conteúdo Observações pessoais 38 MARCONI, 1999 Segundo Marconi (1999), em seu estudo, a quase totalidade dos garimpeiros é católica (97%), tal como são ou eram seus pais, sendo que as mulheres e filhos revelam maior assiduidade aos cultos. Eles mantêm, em suas residências, sinais exteriores de suas crenças (imagens de santos e outros objetos). 19 MONTEMOR, 2003 A prática religiosa comum entre os garimpeiros da Serra Leoa está mesclada. Fé no catolicismo com crendices. Com freqüência fazem promessas à Nossa Senhora ou a outros santos, mas também recorrem a outras formas de negociação com forças divinas de origem diferente das católicas. Sua religião é um misto de catolicismo e práticas mágicas. Este é o único autor que fala do sincretismo religioso. O leitor/pesquisador pode construir quantasfichas julgar adequado ao seu trabalho de pesquisa. 13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1 Extratos relevantes da NBR 6023 (agosto de 2002) Válida a partir de 29.09.2002 A Norma NBR 6023 foi elaborada pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas para orientar a preparação e compilação de referências de material utilizado para a produção de documentos científicos e para a inclusão em bibliografias, resumos e resenhas. Compreende-se Referências Bibliográficas como o conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite sua identificação individual por qualquer leitor ou investigador. A referência pode aparecer: No rodapé; No fim de texto ou de capítulo; Em lista de referência; Antecedendo resumos e resenhas. ORIENTAÇÕES GERAIS As referências são alinhadas somente à margem esquerda do texto e de forma a se identificar individualmente cada documento, em espaço simples, separadas entre si por espaço duplo. O recurso tipográfico (negrito, grifo ou itálico) usado para destacar o elemento título deve ser uniforme em todas as referências . Ao optar por elementos ou informações complementares, estes devem ser incluídos em todas as referências de uma lista Os prenomes dos autores podem ser redigidos na íntegra ou pode-se optar por colocar apenas as iniciais de cada um dos prenomes. A opção escolhida deve ser utilizada em toda obra referenciada na lista de dum documento. 1 Texto preparado para fins didáticos pelo professor. 14 CASOS MAIS COMUNS DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Forma de entrada da obra, artigo ou qualquer documento a ser citado Quando vamos construir a lista de referencias ao final de um documento científico, ou seja, um trabalho, um relatório, um projeto, uma resenha, uma dissertação ou teses, etc. geralmente fazemos a entrAda na lista pelo nome(s) do autor(s). A regra de autoria se aplica a qualquer caso abaixo de referencia listados da letra a até a letra m. Devemos usar o último sobrenome do autor e observar algumas particularidades nesta regra. Sempre podemos optar por lançar todos os prenomes ou abreviá-los. A regra define que a opção adotada para um autor em uma mesma lista deve ser adotada para todos. Lembrem-se que o nome colocado como entrada na lista de referencia deve ser o nome colocado nas citações no texto. Vejam o quadro a seguir: TIPO DE AUTORIA FORMA DE REFERENCIAR 01 autor pessoal: José Maria Soares SOARES, J.M. ou SOARES, José Maria. 02 autores pessoais : Júlia Lanna Maria da Glória Hernandez LANNA, J.; HERNANDEZ, M.G. ou LANNA, Júlia; HERNANDEZ, Maria da Glória. 03 autores pessoais: Eder Campos Marilena Gontijo Adão Reis e Silva OBS: caso os autores aparecem na obra fora da ordem alfabética, mantém-se a ordem apresentada CAMPOS, E.; GONTIJO, M.; SILVA, A.R. Ou CAMPOS, Eder; GONTIJO, Marilena; SILVA, Adão Reis. 04 autores pessoais ou mais: João Reis Salgado Lauro Mendonça Mário Lima Santos Sandro Pereira Jorge Gonçalves Silva SALGADO, J.R. et al. ou SALGADO, João Reis et al. OBS: usa-se o primeiro nome da lista para entrada, seguido da expressão et al. ( e outros em latim) 15 TIPO DE AUTORIA FORMA DE REFERENCIAR Autor pessoal: Editor, Organizador ou Coordenador Selma Camões (Org.) Nilza Santos Helen Martins CAMÕES, S. (Org.) ou CAMÕES, Selma (Org.) Autor Pessoal com particularidades nos sobrenomes Caio Monte Verde Adalto Morais Filho Jaime Ferreira Sobrinho Everton Oliveira-Dias MONTE VERDE, Caio. MORAIS FILHO, A. FERREIRA SOBRINHO, Jaime OLIVEIRA-DIAS, E. Autor entidade, empresa ou organização: Instituto Moreira Salles Universidade Federal do Paraná. Biblioteca Central. Embrapa- Empresa brasileira de pesquisa agropecuária. Unidade de pesquisa e apoio. INSTITUTO MOREIRA SALLES. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. EMBRAPA. Empresa brasileira de pesquisa agropecuária. Unidade de pesquisa e apoio. Autor órgão público: Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo Supremo Tribunal Federal. Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte. Ministério da Justiça SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Meio Ambiente. BRASIL. Supremo Tribunal Federal. BELO HORIZONTE. Secretaria Municipal de Saúde. BRASIL. Ministério da Justiça. Legislação Decreto 42.828/98. Governo do Estado de São Paulo. Medida Provisória n. 1569/97 – Palácio do Planalto Lei Municipal n. 324/12. Prefeitura de Belo Oriente. Constituição da República Federativa do Brasil/1988 SÃO PAULO (Estado). Decreto n.º42.828, de 20 de janeiro de 1998. BRASIL, Medida Provisória n.º 1.569, de 11 de dezembro de 1997. BELO ORIENTE. Lei n.º 324, de 24 de março de 2012. BRASIL. Constituição da República, de 5 de outubro de 1988. Obra sem autoria Desastre marcam o fim do feriado Atlas mirador internacional. DESASTRES marcam o fim do feriado ATLAS Mirador Internacioanl. Simpósios, Congressos, etc. IV Congresso de Iniciação Científica da Una 20ª Reunião anual da Sociedade Brasileira de Química. CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNA, 4., .... REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA, 20., ... 16 a. Referência de livro, manual, enciclopédia, dicionário impressos Os elementos essenciais são: autor(es), título e subtítulo (se tiver), edição (exceto a 1ª), local (cidade), editora e data de publicação. Não se destaca com negrito, itálico ou sublinhado os subtítulos e sim apenas os títulos Os elementos complementares como nº de ISBN, suplementos inclusos, e até número de paginas são opcionais. Observe a norma para até 3 autores, mais de 3 autores e sem autoria ATENÇÃO: O FORMATO PARA CITAR OS AUTORES É VALIDO PARA QUALQUER TIPO DE DOCUMENTO A SER CITADO. ASSIM, MESMO QUE O EXEMPLO ESTEJA EM LIVRO OU MONOGRAFIA, A REGRA DE AUTORIA SE APLICA A ARTIGOS, CAPÍTULOS, ETC LIVRO - 1 autor: GOMES, Luciano Guimarães. Novela e sociedade no Brasil. 3. ed. Niterói: Pergamo, 1998. 137 p. LIVRO - Até 3 autores: PASSOS, L. M. M.; FONSECA, A.; CHAVES, M. Alegria de saber: matemática, segunda série. São Paulo: Scipione, 1995. 136 p. LIVRO - Mais de 3 autores: URANI, Antônio et al.Constituição de uma matriz de contabilidade social para o Brasil. Brasília, DF: IPEA, 1994. LIVRO - Obra sem autoria: PERFIL da administração pública paulista. 6. ed. São Paulo: Fundação de Cultura, 1994. 317 p. Inclui índice. ISBN 85-228-0268-8 OBS: As informações finais colocadas após o ano são opcionais ( Ex: número total de páginas do livro) MANUAL - autor entidade SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Coordenadoria de Planejamento Ambiental. Estudo de impacto ambiental – EIA : manual de orientação. São Paulo, 1989. 48 p. (Série Manuais). b. Livro no todo em meio eletrônico (cd ou online) HOUAISS, Antonio (Ed.). Enciclopédia e dicionário digital 98. São Paulo: Delta, 1998. 5 CD-ROM. OBS: Veja que em caso de obra de mais de um autor, sendo um deles Editor, Organizador ou Coordenador, cita-se apenas este autor e coloca-se seu status entre parênteses ( Ed., Coord. ou Org.) ALVES, Castro. Navio negreiro. [S.l]: Virtual Books, 2.000. Disponível em: <http://www.terra.com.br/virtualbooks/freebook/port/ Lport2/navionegreiro.htm> Acesso em: 10 jan 2002, 16:30 Obs: a hora é opcional. Nota: a expressão [S.l.] significa sine loco, sem local definido. 17 c. T.C.C, Monografia, Dissertações ou Teses Nas teses, dissertações ou outros trabalhos acadêmicosdevem ser indicados em nota o tipo de documento (tese, dissertação, trabalho de conclusão de curso etc.), o grau, a vinculação acadêmica, o local e a data da defesa, mencionada na folha de aprovação (se houver). MORGADO, M. L. C. Reimplante dentário. 1990. 51 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização) – Faculdade de Odontologia, Universidade Camilo Castelo Branco, São Paulo, 1990. ARAUJO, U. A. M. Máscaras inteiriças Tukúna: possibilidades de estudo de artefatos de museu para o conhecimento do universo indígena. 1985. 102 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, São Paulo, 1986. ALENTEJO, Eduardo. Catalogação de postais. 1999. Trabalho apresentado como requisito parcial para aprovação na Disciplina Catalogação III, Escola de Biblioteconomia, Universidade do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1999 d. Capítulo, volume, fragmento ou parte de livro impresso Elementos essenciais: autor(es) do capítulo, título do capítulo e subtítulo (se tiver), seguidos da expressão “In:” autor (es) do livro, título do livro: subtítulo se tiver, cidade: editora, ano. No final da referência, deve-se informar a paginação ou outra forma de individualizar a parte referendada (cap. 01). Com autor do capítulo diferente do autor do livro: ROMANO, Giovanni. Imagem da juventude na era moderna. In: LEVI, Giuliano; SCHMIDT, Jean. História dos jovens. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p.7-16. Com autor do capítulo igual ao do livro: SANTOS, F.R. A colonização do Tucujús. In:_____ . História do Amapá. 2.ed. Macapá: Valcan, 1994. cap. 3. OBS: Os seis toques na tecla do underline após a expressão “In” indicam que o nome do autor do livro é o último nome de autor citado. e. Capítulo: meios eletrônicos MORFOLOGIA dos artrópodes. In: ENCICLOPÉDIA multimídia dos seres vivos. [S.l.]: Planeta DeAgostini, 1998. CD-ROM 9. OBS: este capítulo e este livro não possuem autor, por isso a entrada é pelo título POLÍTICA. In: DICIONÁRIO da língua portuguesa. Lisboa: Priberam Informática. 1998. Disponível em: <http://www.priberam.pt/dlDLPO>. Acesso em: 8 mar. 1999. OBS: as datas de acesso à internet devem ser colocadas conforme modelo acima. O mês sempre abreviado com três letras, exceto maio. 18 f. Material de INTERNET em geral Elementos essenciais: autor, título e subtítulo, edição, local, editora, data de publicação, disponível em, endereço eletrônico entre brachets < >, acesso em: dia, mês e ano. A hora é opcional. Caso o material não tenha autor pessoal ou institucional, deve-se dar entrada pelo título, conforme exemplos anteriores MUELLER, Suzana Machado. A pesquisa na formação do bibliotecário. Disponível em: <http://biblioteconomia.net>. Acesso em: 9 ago. 2000. ÁCAROS no Estado de São Paulo. In: FUNDAÇÃO TROPICAL DE PESQUISAS E TECNOLOGIA “ANDRÉ TOSELLO”. Base de Dados Tropical. 1985. Disponível em: <http://www.bdt.fat.org.br/acaro/sp/>. Acesso em: 30 ago. 2002. g. Periódicos impressos: revistas, jornais, cadernos (caso sejam usados como um todo e não apenas um artigo ou matéria) Os elementos essenciais são: título da publicação, local, editora, datas de início e término da publicação (se houver): SÃO PAULO MEDICAL JOURNAL. São Paulo: Associação Paulista de Medicina, 1941- . Bimensal. ISSN 0035-0362. DINHEIRO. São Paulo: Ed. Três, n.148, 28 jun. 2000. h. Artigo e/ou matéria de revista científica ou periódicos impressos Os elementos essenciais são: autores do artigo, título do artigo, título da revista ou da publicação, local da publicação, número correspondente ao ano, volume e fascículo, paginação inicial e final , data ou intervalo de publicação: Com autor da matéria/artigo: GURGEL, Carlos. Reforma do Estado e segurança pública. Revista Política e Administração, Rio de Janeiro, ano 11, v. 3, n. 2, p. 15-21, set. 1997. Sem autor do artigo ou matéria: VOCÊ sabe controlar seu bolso? Dinheiro: revista semanal de negócios, São Paulo: Ed. Três, n.148, p. 54-55, 28 jun. 2000. 19 i. Artigo ou matéria de jornal impresso Os elementos essenciais são: autor do artigo ou matéria (se houver), título da matéria, título do jornal, local, data do jornal, seção, caderno ou parte do jornal, paginação correspondente. Quando não houver seção, caderno ou parte, a paginação do artigo precede a data. Sem autoria: LAGOS andinos dão banho de beleza. Folha de São Paulo, São Paulo, 28 jun. 1999. Caderno 8, p. 13. Com autoria: LEAL, L. M. Governo estadual fiscaliza com autonomia total. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, p.2, 12 jan. 2002 j. Artigos de jornais ou revistas eletrônicas VIEIRA, C. L.; LOPES, M. A queda do cometa. Revista Neo Interativa, Rio de Janeiro, n. 2, inverno 1994. 1 CD-ROM. RIBEIRO, P. S. G. Adoção à brasileira: uma análise sociojurídica. Revista Dataveni@, São Paulo, ano 3, n. 18, ago. 1998. Disponível em: <http://www.datavenia.inf.br/frame.artig.html>. Acesso em: 10 set. 1998. SILVA, Ives Gandra. Pena de morte para o nascituro. O Estado de São Paulo, São Paulo, 19 set 1998. Disponível em: <http://www.providafamilia.org/pena_morte_nascituro. htm>. Acesso em: 19 set. 1998. k. Trabalhos apresentados em eventos, congressos ou simpósios: anais, atas, resumos, etc. Os elementos essenciais são: autores do trabalho, título do trabalho, expressão “In”: NOME DO EVENTO, número do evento, ano e local de realização, título do publicação dos trabalhos (anais, atas,resumos, etc.), local, editora, datas de publicação (se houver), página inicial e final da parte referenciada: Impressos: BRAYNER, A. R. A.; MEDEIROS, C. B. Incorporação do tempo em SGBD orientado a objetos. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE BANCO DE DADOS, 9, 1994, São Paulo. Anais... São Paulo: USP, 1994. p. 16-29 Em meios eletrônicos: GUNCHO, M. R. A educação à distância e a biblioteca universitária. In: SEMINÁRIO DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 10, 1998, Fortaleza. Resumos... Fortaleza: TEC. Treina, 1998. 1 CD-ROM. SILVA, R. N.; OLIVEIRA, R. Os limites pedagógicos do paradigma da qualidade total na educação. In: CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife. Anais eletrônicos... Recife: UFPe, 1996. Disponível em: <http://www. propesq. ufpe.br/ anais/anais/educ/ce04.htm>. Acesso em: 21 jan. 1997. SABROZA, P. C. Globalização e saúde: impacto nos perfis epidemiológicos das populações. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE EPIDEMIOLOGIA, 4., 1998, Rio de Janeiro. Anais eletrônicos... Rio de Janeiro: ABRASCO, 1998. Mesa-redonda. Disponível em: <http://www.abrasco.com.br/epirio98/>. Acesso em: 17 jan. 1999. 20 l. Trabalhos acadêmicos e outros materiais (apostilas, anotações de aula, etc.) Os elementos essenciais são: autor do texto, título da publicação, observações sobre a natureza da publicação, instituição a que pertence, local, editora ( se tiver), ano da publicação. ALENTEJO, Eduardo. Catalogação de postais. Trabalho apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina Catalogação III. Faculdade de Biblioteconomia, Universidade de São Paulo. São Paulo, 1999. ARAÚJO, Carlos. Apostila de aulas práticas. Apostila para fins didáticos usada na disciplina Quimíca II. Faculdade de Saúde. Centro Universitário Libertas. Braúnas, 2007. 55 p. FONSECA, Clarice. Corretivo de acidez dos solos: o uso de carbonato de cálcio. Anotações em caderno de aulas da disciplina Solos II, ministrada pelo Prof. João Luiz Santos. Faculdade de Agronomia. Universidade Federal de Viçosa. Viçosa, 2007. m. Leis, Portarias e Decretos Os elementos essenciais são: jurisdição, título numeração, data, dados da publicação. Impressos: BRASIL. Decreto-lei nº 5. 452, de 01 de maio de 1943. Lex: coletânea de legislação. Brasília,D.F.: Congresso Nacional, v.7, 1943. BRASIL. Código civil. 46 ed. S ão Paulo: Saraiva, 1995. MINAS GERAIS. Decreto nº 42.822, de 20 de dezembro de 1997. Dispõe sobre desativação das unidades administrativas de órgãos da administração direta. Diário Oficial Minas Gerais, Poder Executivo, Belo Horizonte, 22 dez. 1997. Seção 1, p. 34 Em meios eletrônicos: BRASIL. Lei no 9.887, de 7 de dezembro de 1999. Altera a legislação tributária federal. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 8 dez. 1999. Disponível em: <http://www.in.gov.br/ mp_leis/leis_texto.asp?ld=LEI%209887>. Acesso em: 22 dez. 1999. BRASIL. Regulamento dos benefícios da previdência social. In: SISLEX: Sistema de Legislação, Jurisprudência e Pareceres da Previdência e Assistência Social. [S.l.]: DATAPREV, 1999. 1 CD-ROM. n. Observações Gerais Usa-se [ ] para indicar datas, cidades ou títulos que podem ser determinados, embora não estejam registrados no documento ou texto usado. Ex: [1973] data certa, mas não registrada no documento pesquisado; [197-] década provável; [Apostila de química] [São Paulo] Quando a data de publicação não puder ser pressumida, utiliza-se a expressão sine die, abreviada, entre colchetes [S.d] 21 A utilização do nome dos meses na forma abreviada, no caso do Português, é feita usando-se as 3 primeiras letras do mês, seguida de ponto. Exceção apenas para o mês de maio, que deve vir todo por extenso. EX: jan.; mar.; maio; ...dez. Caso não seja possível determinar o local, utiliza-se a expressão sine loco, abreviada, entre colchetes [S.l.]. Quando a editora não puder ser identificada, deve-se indicar a expressão sine nomine, abreviada, entre colchetes [S.n.]. Quando o local e o editor não puderem ser identificados na publicação, utilizam-se ambas as expressões, abreviadas e entre colchetes [S.l.: S.n.]. Edição: Quando houver uma indicação de edição, esta deve ser transcrita, utilizando-se algarismos arábicos (e não ordinais) e da palavra edição. Indicam-se, caso houver, acréscimos à edição original (ver terceiro exemplo) SCHAUM, Daniel. Schaum’s outline of theory and problems. 5. ed. New York: Schaum Publishing, 1956. 204 p. PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente. 6. ed. Rio de Janeiro: L. Cristiano, 1995. 219 p. FRANÇA, Júnia Lessa et al. Manual para normalização de publicações técnico-científicas. 3. ed. rev. e aum. Belo Horizonte: Ed. da UFMG, 1996. No caso de homônimos de cidades, acrescenta-se o nome do estado, do país etc.. Exemplos: Viçosa, AL Viçosa, MG Viçosa, RJ Quando houver mais de um local para uma só editora, indica-se o primeiro ou o mais destacado. SWOKOWSKI, E. W.; FLORES, V. R. L. F.; MORENO, M. Q. Cálculo de geometria analítica. Tradução de Alfredo Alves de Faria. Revisão técnica Antonio Pertence Júnior. 2. ed. São Paulo: Makron Books do Brasil, 1994. 2 v. Quando o documento for publicado em mais de uma unidade física, ou seja, mais de um volume, indica-se a quantidade de volumes, seguida da abreviatura v. TOURINHO FILHO, F. C. Processo penal. 16. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 1994. 4 v. 22 Exercício de Referências Bibliográficas a) Livro consultado ( um autor) Título: ALEITAMENTO MATERNO Subtítulo: NÃO TEM Autores: Selma Brito Editora: LTC Cidade: Porto Alegre Edição: 8ª ed. Ano de Publicação: 2014 Páginas: 398 b) Livro consultado ( até 3 autores) Título: ESTUDO DE CASO Subtítulo: UMA INICIAÇÃO À CIÊNCA Autores: Ivo Coelho e Celma Cannes Editora: Melhoramentos Cidade: São Paulo Edição: 1ª ed. Ano de Publicação: 2012 Páginas: 162 c) Livro consultado (mais de 3 autores) Título: Introdução à Análise Quântica Autores: Ivna Lancaster; Erick Malhado; Denisl Salvianni; Pedro Demógenes Santos Editora: Moderna Cidade: São Paulo Edição: 9ª ed. Ano de Publicação: 2001 Páginas: 198 d) Livro consultado (mais de 3 autores, sendo um deles o coordenador/editor/organizador) Título: biotecnologia e aplicações Subtítulo: NÃO TEM Autores: Ana Braga (Editor.); Roberto Piva; Lena Campos; Marialva Borges Editora: MELHORAMENTOS Cidade: São Paulo Edição: 3ª ed. revista e ampliada Ano de Publicação: 2006 Páginas: 298 e) Capitulo de livro utilizado (não possui autor diferente nos capítulos) Título do Livro: Introdução à anatomia humana Subtítulo do livro: não tem Autor: Sara Dantas Gomes Editora: Pearson Ano de edição: 1998 Edição: 1ª ed. Cidade: São Paulo Título do capitulo: O adolescente Subtítulo do capítulo: não tem Autor do capítulo: Sara Dantas Gomes Número do Capítulo: capítulo 3 Páginas do livro: 338 páginas f) Capitulo de livro utilizado (com autor diferente nos capítulos) Nome do livro: Jovens sem direção Autor: Karol Strauss Editora: News Books Cidade: Nova Iorque Ano de edição: 2006 Título do capítulo: Novas configurações? Subtítulo: não tem Autor do capítulo: May Semer Número do Capítulo: não tem numeração Páginas do capítulo: 67 até 92 Páginas do livro: 218 páginas 23 g) Artigo de revista (periódico impresso com autor de artigos) Título da revista : Revista Brasileira de Ergonomia Ano: XII volume: 05 Nº: 12 Cidade da publicação: São Paulo Editora: USP Data: outubro/ novembro de 2014 Título do artigo consultado: Cadeiras de trabalho e bancadas suspensas Autor do artigo: Pedro Alves Páginas do artigo: 13 e 24 h) Artigo de revista (revista eletrônica) Título da revista : Revista Brasileira de Meterologia Subtítulo da revista: não tem Volume: 01 Nº: 25 Cidade da publicação: Rio de Janeiro Editora: não tem Data: março/abril/ 2011 Título do artigo consultado: Acertos e erros da previsão do tempo Subtítulo: uma abordagem cultural Autor do artigo: Fernanda Rocha; Rosa Lira Nascimento; Renato Ortiz; Ângelo Ortega Páginas do artigo: 06 até 13 Endereço eletrônico: www.revistaciencias/art./324354/ aspx.com.br Acessado em 03 de outubro de 2011 i)Matéria de Jornal (sem autor da matéria) Título da matéria: Manifestações contra Dilma crescem no país Subtítulo : não tem Autor da matéria: não tem Nome do Jornal: Estado de Minas Cidade da publicação: Belo Horizonte Data do Jornal: 20 de agosto de 2015 Editora: não tem Páginas da matéria: 02 j)Dissertação Título : Degradação Ambiental: um estudo sobre o impacto do crescimento do rebanho bovino Autor : Regis Santos Nome da Universidade: USP Cidade da publicação: São Paulo Data: 18 de abril de 2009 Mestrado em Biologia Páginas do documento: 225. 24 CITAÇÕES EM DOCUMENTOS1 (Extratos da NBR 10520 - agosto de 2002) Válida a partir de 29.09.2002 A norma NBR 10520 foi elaborada pela ABNT para garantir que as citações de autores respeitem os direitos autorais e possam ser claras e identificáveis. A norma entende por citação a menção de uma informação extraída de outra fonte. Assim, existem 3 tipos de citação: a. CITAÇÃO DIRETA: Transcrição textual de parte da obra do autor consultado. b. CITAÇÃO INDIRETA: Texto baseado na obra do autor consultado c. CITAÇÃO DA CITAÇÃO: Citação direta ou indireta de informação que o leitor não teve acesso no texto do autor original As citações podem estar localizadas em várias partes de um documento, ou seja, no corpo do texto ou em notas de rodapé. Fica a critério do autor. REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO DA CITAÇÃO Nas citações, as chamadas pelo sobrenome do autor, ou instituição responsável (obras sem autoria) devem ser em letras minúscula só com a inicial maiúscula. Quando estiverem citadas entre parênteses, devem ser toda em letras maiúsculas. Depois do nome do autor coloca-se só o ano de publicação da obra. Nas citações diretas temos que especificar no texto, o nome do autor, o ano e a página de onde a citação foi extraída.Nas citações indiretas, a indicação da página consultada é apenas opcional Vejamos a segui exemplos de citação indireta: Conforme classificação proposta por Reiritz (1988), a ironia seria uma forma implícita de hostilidade. Ou A ironia é uma forma implícita de hostilidade (REIRITZ, 1988) 1 TEXTO PREPARADO PARA FINS DIDÁTICOS PELO PROFESSOR 25 A sociedade dispõe de mecanismos de controle social que podem assumir formas violentas e podem ser explícitos ou implícitos. (OLIVEIRA; BRETAS; AIRES, 2007) As citações diretas (cópias) com até três linhas, devem estar contidas entre aspas duplas. As aspas simples são utilizadas para indicar citação no interior da citação. As citações diretas, no texto, com mais de três linhas, devem ser destacadas com recuo de 4 cm da margem esquerda, com letra menor que a do texto utilizado, espaço entrelinhas simples e sem aspas. Exemplos de citações diretas de até 3 linhas: O estudo da psicanálise é bastante complexo. A percepção do inconsciente pode ser dificultada por uma série de mecanismos. “Apesar das aparências, a desconstrução da identidade não é imediata e tão pouco é entregue gratuitamente em um divã.” (DERRIDA et al., 1967, p.29). Obs: No caso são mais de 3 autores e por isto usa-se a expressão em latim et al. ( e outros). Esta regra vale em qualquer tipo e tamanho de citação. Oliveira e colaboradores (1943, p. 146) afirmam que “[...] a relação da série São Roque com os granitos portiróides pequenos é muito clara”. Os autores chamam a atenção dos analistas para a ..... OBS: Nestes casos usa-se aspas e mantém-se o mesmo tamanho e estilo da fonte. Apenas insere-se a citação em seu texto. Para suprimir trechos da parte que se quer copiar, usa-se [...]. Observe que foi usada a expressão e colaboradores. Ela é possível, quando é citada uma obra que possui mais de 3 autores no texto que você está redigindo. ela substituiu a expressão latina et al. Metodologicamente, você poderia também optar por esta versão: Oliveira et al. (1943, p. 146 Exemplo de citação direta com mais de 3 linhas: A diversidade de opções existentes no mercado tem reduzido custos na promoção de eventos. Pode-se destacar a utilização em larga escala das chamadas teleconferências. A telecomunicação permite ao indivíduo participar de um encontro nacional ou regional sem a necessidade de deixar seu local de origem. Tipos comuns de teleconferência incluem o uso da televisão, telefone, e computador. Através de áudio-conferência, utilizando a companhia local de telefone, um sinal de áudio pode ser emitido em um salão de qualquer dimensão. (NICHOLS, 1993, p.181). Destaca-se que em períodos de crise econômica o fator ‘custo’ do evento torna-se variável fundamental na decisão..... 26 CITAÇÃO DA CITAÇÃO (apud ): Citação direta ou indireta de um trecho em que não se teve acesso direto. Foi aproveitada a citação já feita por um autor anteriormente. Neste caso, utiliza-se a expressão latina apud, ou seu equivalente em português “citado por”, seguida da fonte realmente consultada. EXEMPLO: Quando o assunto é produção de conhecimento científico, pode-se afirmar que “ [...] as regras que formam o corpo da ciência são públicas. Elas sobrevivem ao cientista que as construiu.” (SKINNER, 1969, p.157 apud ANDREY, 2000, p.140). Xavier (1983) citado por Magila (1989, p.17) conceitua memória como “ [...] a capacidade de alterar o comportamento em função de experiências anteriores próprias ou não”. OBS: Neste exemplo não estava disponível na obra consultada a página da citação do Xavier. CASOS ESPECIAIS Se o texto citado já contiver aspas, estas devem ser substituídas pelo apóstrofo. Veja: "[...] pelo menos para quem não está disposto a fazer do ‘calvário’ um meio para dar sentido à sua vida" (SIQUEIRA-BATISTA; SCHRAMM, 2005). Em caso de transcrições de textos de outros idiomas podem ser mantidas no idioma original ou traduzidas. Em ambos os casos, as aspas devem ser mantidas. No caso de se optar pela transcrição da tradução, o texto no idioma original pode ser colocado entre colchetes, em nota de rodapé, com chamada por asterisco. Texto: Para Rowley (2004, p. 1) " [...] o sistema de informação geográfica e a análise espacial podem ser aplicados para a identificação de áreas alvo de pneumonia para intervenções em saúde pública" * . Indicado em Nota de rodapé: __________________ * [...] The geographical information system and special analysis can be applied to discriminate target areas of pneumonia for public health intervention. 27 Em caso de obras com dois ou três autores, citam-se obrigatoriamente todos, separados por ponto e vírgul; , ou se no bojo da frase, com a conjunção “e”: Embora o método Kaiser seja pouco conhecido e utilizado, ele foi discutido há aproximadamente 25 anos (LÉBART; DREYFEIS, 1972). Ou Carvalho, Dornelas e Fonseca (2001) caracterizaram o grupo segundo variáveis sociodemográficas. Quando for necessário citar obras diferentes de um mesmo autor publicadas no mesmo ano, faz-se a diferenciação dos autores citados com o uso de letra minúscula, acrescida ao ano da publicação, tanto na citação no texto como na lista de referências. Doenças como o câncer, hipertensão ou diabetes devem ser consideradas prioritárias (KALACHE, 1986a). No ano de 2025 o Brasil será a sexta população de idosos do mundo, em termos absolutos (KALACHE, 1986b). Kalache (1986a, 1986b) estudou as doenças crônicas na população de idosos brasileiros. Quando for necessário fazer citação de trabalhos do mesmo autor, publicados em diferentes anos, estas são identificadas pelo ano de publicação, em ordem cronológica crescente. Estudos sobre educação e promoção em saúde foram realizados por Candeias (1984, 1988, 1991). Caso ocorra a necessidade de fazer citação de mais de um autor com o mesmo sobrenome e com trabalhos publicados no mesmo ano, estes devem ser diferenciados pelas iniciais do prenome. Caso a obra não tenha autoria, usa-se a primeira palavra do título, seguida de reticências para as chamadas: Trabalhos recentes (PEREIRA, F.A.C, 2000; PEREIRA, M.G., 2000) têm apontado soluções importantes para... 28 Os dados sobre o problema têm sido alarmantes. Há reportagens que apontam um índice de contaminação superior a 40% dos animais existentes na região sul ( LEISHMANIOSE ..., 2015) Havendo coincidência de iniciais de prenome, faz-se a diferenciação colocando-as por extenso. Quando dois ou mais trabalhos com autores diferentes são citados em relação a um mesmo tópico, devem os mesmos ser mencionados em ordem cronológica crescente. Quando a autoria for atribuída a uma entidade ou instituição, cita-se o nome de acordo com a forma em que aparece na lista de referências, podendo ou não ser abreviada. Observe os exemplos a seguir: No texto: O número de crianças obesas no mundo, com idade menor que 5 anos, já chega aos 17,6 milhões (ORGANIZAÇÃO..., 2003). Na lista de referência: ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Doenças crônico- degenerativas e obesidade: estratégia mundial sobre a alimentação saudável, atividade física e saúde. Brasília, DF: Imprensa Nacional, 2003. Aspectos epidemiológicos e doenças relacionadas ao trabalho têm sido estudados por Pedro Caldas (1996) e Paulo Caldas (1996). ou Aspectos epidemiológicos e doenças relacionadas ao trabalho têm sido estudados. (CALDAS, Pedro, 1996; CALDAS, Paulo, 1996). Riscos elevados de câncer de pulmão foram detectados nos trabalhadores da construção civil (SIEMIATICKI et al.,1986; MORABIA et al., 1992; KELLER; HOWE, 1993; MUSCAT et al., 1995; PILKELSTEIN, 1995). Os autores que se dedicam ao estado da influência da internet no meio acadêmico (CUNHA 2000; CIANCONI; MACEDO, 2001; FONTES, 2001; BARRETO, 2002) concordam que os países precisam investir em tecnologia... 29 Exercício sobre Normas de Citação 1. Leia esta página inicial de um texto e faça as correções nas citações dos autores: Sexualidade e Normas de Gênero em Revistas para Adolescentes Brasileiros1 Sexuality and Gender in Magazines for Brazilian Adolescents Daniela Barsotti Santos Introdução Atualmente, os meios de comunicação em massa ganham destaque devido ao aumento da velocidade, abrangência geográfica e variedade com que seus produtos têm circulado por todas as sociedades na modernidade tardia (Camões-Filho, 1990). A mídia pode ser considerada uma forma de poder simbólico conjuntamente às outras formas de poder: econômico, político e coercivo, principalmente militar. Os meios de comunicação conseguem ser a principal forma propagadora de ideologias das camadas dominantes, além de serem reprodutores de jogos de poder que podem aquilatar ou estigmatizar determinados valores ou mesmo segmentos sociais (Siqueira, Gonçalves, Bertolini e Morano, 2002). Entendendo-se por ideologias, nesse caso, os conjuntos de significados e sentidos existentes na vida social que atuam como corpos de idéias de determinados grupos ou camadas sociais; conjunto de crenças orientadas para a ação; e como veículo pelo qual as pessoas entendem os seus mundos (Célio de Castro e Silva, 2002). A mudança da relação tempo-espaço, provocada pelas novas tecnologias e expansão dos meios de comunicação, a globalização e o capitalismo advindos da modernidade tardia modificaram a auto-identidade e a reflexividade do eu. Nesse sentido, as bases de segurança ontológica e de risco, constituintes da identidade, são alteradas de forma dinâmica conforme as próprias relações sociais vão sendo modificadas (GIDDENS, 2006; DUBAR, 2003). A identidade, hoje, não pode mais ser considerada como o estado do que não muda, do que fica sempre igual ou a consciência da persistência da própria personalidade, como definem alguns dicionários. Para Kellner (2001): (...) segundo a perspectiva pós-moderna, à medida que o ritmo, as dimensões e a complexidade das sociedades modernas aumentam a identidade vai se tornando cada vez mais instável e frágil. Nessa situação, problematiza-se a própria noção de identidade, afirmando que ela é um mito ou uma ilusão. Zuman & Mirella (2005) afirmam que as pessoas, em busca de identidade, vêem-se invariavelmente diante da tarefa intimidadora de alcançar o impossível: “Tornamo-nos conscientes de que o ‘pertencimento’ e a ‘identidade’ não têm solidez de uma rocha, não são garantidos para toda a vida, são bastante negociáveis e revogáveis [...]” (p. 17). Assim, torna-se cada vez mais conveniente para as pessoas apoiarem-se em “receitas de estilos de vida” que são produzidas por vários setores da sociedade. Dentre esses, podemos destacar os vários segmentos do mercado que criam e difundem pela mídia verdadeiros manuais de como desenvolver uma auto-identidade “segura” e viver a própria vida. 30 RESUMO E RESENHA Extratos da NBR 6028 (Nov. 2003) Válida a partir de 29.12.2003 A norma da ABNT, NBR 6028 estabelece os requisitos para redação e apresentação de resumos. Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições: A) resumo: Apresentação concisa dos pontos relevantes de um documento. B) resumo crítico: Resumo redigido por especialistas com análise crítica de um documento. Também chamado de resenha. Quando analisa apenas uma determinada edição entre várias, denomina-se recensão. C) resumo indicativo: Indica apenas os pontos principais do documento, não apresentando dados qualitativos, quantitativos etc. De modo geral, não dispensa a consulta ao original. D) resumo informativo: Informa ao leitor finalidades, metodologia, resultados e conclusões do documento, de tal forma que este possa, inclusive, dispensar a consulta ao original. Nos resumos, de maneira geral, deve-se usar uma linguagem clara e objetiva. A primeira frase deve ser significativa, explicando o tema principal do documento. A seguir, deve-se indicar a informação sobre a categoria do tratamento (memória, estudo de caso, análise da situação etc.). Deve-se usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular. Os resumos devem conter palavras-chave. As palavras-chave devem figurar logo abaixo do resumo, antecedidas da expressão Palavras-chave:, separadas entre si por ponto e finalizadas também por ponto. Quanto a sua extensão, os resumos devem ter: a) de 150 a 500 palavras os de trabalhos acadêmicos (teses, dissertações e outros) e relatórios técnico-cientifícos; b) de 100 a 250 palavras os de artigos de periódicos; c) de 50 a 100 palavras os destinados a indicações breves. d) Os resumos críticos ou resenhas, por suas características especiais, não estão sujeitos a limite de palavras. 31 Aprendendo a fazer resenhas Resenha ou Resumo Crítico é a apresentação do conteúdo de uma obra, acompanhada de uma avaliação crítica. Expõe-se claramente e com certos detalhes o conteúdo da obra, o propósito da obra e o método que segue para posteriormente desenvolver uma apreciação crítica do conteúdo, da disposição das partes, do método, de sua forma ou estilo e, se for o caso, da apresentação tipográfica, formulando um conceito do livro. A resenha consiste na leitura, resumo e comentário crítico de um livro ou texto. Para a elaboração do comentário crítico, pode-se utilizar opiniões de diversos autores da comunidade científica sobre a obra ou sobre idéias apresentadas pelo autor lido. Pode-se estabelecer todo tipo de comparação com os enfoques, métodos de investigação e formas de exposição de outros autores. A resenha apresenta as seguintes exigências: 1. Conhecimento completo da obra, não deve se limitar à leitura do índice, prefácio e de um ou outro capítulo ou seção do texto. 2. Competência na matéria exposta no livro ou texto, bem como a respeito do método empregado (sugere-se leituras complementares para se fazer a crítica). 3. Capacidade de juízo crítico para distinguir claramente o essencial do supérfluo. 4. Independência de juízo; o que importa não é saber se as conclusões do autor coincidem com as nossas opiniões, mas se foram deduzidas corretamente. 5. Ética e respeito para com a pessoa do autor e suas intenções. 6. Fidelidade ao pensamento do autor, não falsificando suas opiniões, mas assimilando e comunicando com exatidão suas idéias, para examinar cuidadosamente e com acerto sua posição A resenha envolve duas dimensões. A primeira é uma abordagem objetiva onde se descreve o assunto sem emitir juízo de valor) e a segunda é subjetiva (apreciação crítica onde se evidenciam os juízos de valor de quem está abordando a resenha crítica). 32 Conteúdo da Resenha: A resenha deve ser precedida da referencia do documento, nos termos da ABNT Toda resenha ou resumo crítico deve ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões encontradas no documento lido. Deve-se usar frases concisas, afirmativas e não apenas enumeração de tópicos. Recomenda-se (não é obrigatório) o uso de parágrafo único em resumos ou resenhas. A primeira frase deve ser significativa, expondo de maneira clara e objetiva o tema central do documento lido. Em seguida, deve-se indicar qual o tratamento foi dado a este conteúdo: se experimento científico, se estudo de caso, se pesquisa de campo, etc..) Deve-se usar verbos na voz ativa e na terceira pessoa do singular. Não existe limite de palavras para resumos críticos ou resenhas.O tamanho do resumo é normalizado pela ABNT apenas no caso de resumos que antecedem artigos e trabalhos acadêmicos e não se aplica à resenha ou resumos críticos. A apreciação crítica deve ser feita em termos de concordância ou discordância, levando em consideração a validade ou a aplicabilidade do que foi exposto pelo autor. Para fundamentar a apreciação crítica, deve-se levar em conta a opinião de outros autores da comunidade científica. Veja a seguir exemplos de resenhas. 33 Resenha Marcelo Simão Mercante Saybrook Graduate School Center São Francisco, EUA. mercante@excite.com LABATE, Beatriz; ARAÚJO, Wladimir Sena.O uso ritual da Ayahuasca. Campinas: Mercado das Letras, 2002. O livro apresenta ao público uma coletânea de artigos onde são feitas contribuições significativas no sentido de se perceber a dinâmica física do uso do chá ayahuasca. A obra se inicia com um conjunto de artigos tratando de um tema, sem o qual nenhum trabalho sobre a ayahuasca pode ser bem sucedido: a busca de se compreender como o chá é utilizado na sua fonte, em seus locais de origem, ou seja, os povos indígenas. Este entendimento será certamente útil no momento em que se é trabalhada farmacoquimicamente a planta em questão, pois as comunidades indígenas são as que a mais tempo lidam com o chá, e certamente são as que melhor poderão fornecer informações sobre a bebida e seus efeitos. Um outro tema que já foi tratado exaustivamente dentro de grupos indígenas, e que permeia vários trabalhos a respeito da ayahuasca é a questão da cura: em que níveis ocorre, como é o processo de cura, e como ela é percebida pelos doentes e curadores. No livro a cura aparece de forma mais explícita no artigo de Pelaez e Mabit, mas ela é associada frequentemente aos rituais pelos indígenas. Sabe-se que um bom trabalho antropológico não se faz sem uma boa dose de senso crítico. Esta postura crítica aparece de forma mais contundente nos artigos de MacRae, Balzer e Andrade. Aqui são reexaminadas questões sérias relativas às religiões urbanas que utilizam a ayahuasca de forma mais direta. Tais críticas abrangem temas como a postura de diversas religiões em relação umas às outras, em relação ao “mundo exterior”e à elas mesmas, e passam ainda por um exame agudo da maneira como essas religiões conduzem seus rituais à partir das heranças indígenas. Há no livro momentos de pura instrospecção, feitos através de relatos em “primeira mão”, onde o pesquisador se deixa conduzir pela própria experiência, e se observa a si mesmo (ver Franco & Conceição, e Dias Jr.). Curiosamente, tal postura parece ser inevitável ao se tratar com o tema relacionado aos psicoativos de uma forma geral, e isso pode aparecer com maior ou menor intensidade nos textos produzidos, mas o chá acaba sempre por exercer sua influência sobre o pesquisador, que ao final de um processo de pesquisa, tem a tarefa de retornar ao universo acadêmico para relatar e pensar sobre o que vivenciou. Bioquímica, fisiologia e cultura são aspectos essenciais para se trabalhar com a ayahuasca, seja sob qual perspectiva for – e todos estes aspectos são ampla e consistentemente cobertos pelo livro. Contudo, a “força” da experiência da ayahuasca reside em outro domínio: o espiritual. O campo onde tais aspectos poderiam ser tratados de forma mais contundente seria o que envolve os estudos 34 da consciência. Aqui haveria a transcendência das formas como o chá é utilizado, e talvez fosse possível perceber mais claramente a articulação entre estas diversas formas. Há o risco de tais estudos se perderem em generalizações desmedidas e juízos de valor, mas aqui entra em cena exatamente o profícuo material disponibilizado no livro. Como faces distintas de uma mesma moeda, “universalização” e “relativização” estão intimamente ligadas, e deveriam se amparar mutuamente. Apenas dois artigos no livro enveredam por este caminho, Shanon, de forma mais contundente, e um pouco mais superficialmente Pelaez. Aliando-se à Shanon, talvez seja possível encontrar uma ligação bastante óbvia com os Arquétipos Junguianos, mas como Shanon mesmo ressalta, haveriam também diferenças. Outros elementos como a capacidade de transformação e os insights filosóficos/existenciais, por exemplo, recebem uma forma cultural, mas seriam elementos constantes nas experiências com a ayahuasca, pertencentes ao reino transpessoal, no sentido de ir além da “persona”. Durante a experiência a persona seria diluída e transformada, havendo então a possibilidade de o indivíduo perceber a si mesmo a partir de novos ângulos. Os diferentes universos vividos pelo sujeito seriam trazidos à consciência do usuário pela “energia” do chá, num processo de revelação, onde então a pessoa “morreria” para que um novo indivíduo renascesse. Enfim, o livro é uma contribuição importante para os estudiosos de várias áreas que se interessam pela antropologia. Palavras-chave: Ayahuasca. Rituais indígenas. Chá psicoativo. . 35 1 Doutorando do Programa de História da USP. funariusp@usp.gov.br Resenha Crítica Pedro Paulo Funari1 CAMARGO, Haroldo Leitão. Patrimônio histórico cultural. 2. ed. São Paulo: Makron, 2004. Haroldo Leitão de Camargo, com sua sólida formação no campo da História e do Turismo, possui larga experiência na área e, por isso, produziu uma pequena pérola sobre um tema de importância capital para o turismo: um estudo histórico sobre o patrimônio e suas relações com o turismo. De fato, num mundo de comunicações instantâneas e de desterritorialização dos serviços, pode-se ter acesso sem necessidade de deslocamentos espaciais a um imenso manancial virtual e ao consumo de tudo que o mundo pode oferecer, da cozinha tailandesa ao artesanato africano. Neste contexto, mais do que nunca, o deslocamento turístico assume significado cultural, pois na origem da viagem está o desejo de conhecer e vivenciar in locco outra cultura. Não se pode, portanto, desvencilhar turismo e cultura, e o livro de Leitão de Camargo representa uma excelente introdução ao tema. Historicamente, sabe-se que o turismo liga-se ao desenvolvimento do capitalismo. O ambiente urbano, resultado da divisão social do trabalho, gerou, também, as oportunidades de evasão, ao menos por parte da elite, em busca do lazer e das viagens. Roma e Londres não eram ou são cidades industriais, mas centros urbanos da sociedade industrial, e estas localidades mostram que o capital transformou a vida urbana não apenas nos centros industriais como, talvez ainda mais, nos centros urbanos ligados ao capital. Neste contexto, surgiram os conceitos de preservação e conservação do patrimônio nacional, no bojo da Revolução Francesa, que viriam a fundar as bases do Patrimônio no Brasil e, também, da própria Humanidade. Registra-se que as viagens culturais são anteriores ao século XVIII, pois desde 1670 já se mencionava o grand tour na literatura. De toda forma, foi a sensibilidade e os olhares britânicos que principiam a inventar o turismo. Para a criação do turismo, dois fatores ligados à revolução industrial devem ser mencionados: as locomotivas e os navios a vapor que, aliados ao telégrafo, constituem atividades de suporte básico, na hospedagem, alimentação, transportes. Os guias turísticos começaram a se difundir a partir da década de 1830. As livrarias em estações de trem, na Inglaterra e França, a partir de 1850. Assim, antes de aprofundar-se sobre o turismo no Brasil, Camargo trata o lazer historicamente, o que faz de seu livro uma obra obrigatória para estudantes interessados em conhecer profundamente a atividade turística. O livro de Haroldo Leitão Camargo mostra como é importante diagnosticar as origens históricas do turismo
Compartilhar