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APOSTILA DE METODOLOGIA-1

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA 
 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE 
 
 
 
Prof.: Elaine Linhares de Assis Guerra, MSc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA 
METODOLOGIA CIENTÍFICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
2015 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
O MÉTODO DE ESTUDO EFICIENTE .................................................................................................. 3 
TESTE DE VELOCIDADE EM LEITURA ....................................................................................... 5 
O CONHECIMENTO CIENTÍFICO ........................................................................................................ 6 
ORIENTAÇÕES SOBRE FICHAMENTO .............................................................................................. 8 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................... 13 
a. Referência de livro, manual, enciclopédia, dicionário impressos .................................................. 16 
b. Livro no todo em meio eletrônico (cd ou online) ............................................................................ 16 
c. Monografia, Dissertações ou Teses .............................................................................................. 17 
d. Capítulo, volume, fragmento ou parte de livro impresso .............................................................. 17 
e. Capítulo: meios eletrônicos ........................................................................................................... 17 
f. Material de INTERNET em geral .................................................................................................. 18 
g. Periódicos impressos: revistas, jornais, cadernos (caso sejam usados como um todo e não apenas 
um artigo ou matéria) ........................................................................................................................... 18 
h. Artigo e/ou matéria de revista científica ou periódicos impressos ............................................... 18 
i. Artigo ou matéria de jornal impresso ............................................................................................. 19 
j. Artigos de jornais ou revistas eletrônicas ...................................................................................... 19 
k. Trabalhos apresentados em eventos, congressos ou simpósios: anais, atas, resumos, etc ......... 19 
l. Trabalhos acadêmicos e outros materiais (apostilas, anotações de aula, etc.) ............................. 20 
m. Leis, Portarias e Decretos ............................................................................................................ 20 
n. Observações Gerais ..................................................................................................................... 20 
EXERCÍCIO DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 22 
CITAÇÕES EM DOCUMENTOS ......................................................................................................... 24 
EXERCÍCIO SOBRE NORMAS DE CITAÇÃO .................................................................................... 29 
RESUMO E RESENHA ...................................................................................................................... 30 
TIPOS DE PESQUISA CIENTÍFICA .................................................................................................... 36 
FASES DA PESQUISA CIENTÍFICA ................................................................................................. 39 
NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA .................................................. 44 
REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS .................................... 45 
RELATÓRIOS TÉCNICO-CIENTÍFICOS ............................................................................................. 58 
ARTIGOS CIENTÍFICOS ..................................................................................................................... 60 
 
 
 
3 
O Método de estudo eficiente1 
 
Para que sua atividade de estudo seja eficiente, é preciso que ela envolva os seguintes elementos: 
 Atenção 
 Memória 
 Organização 
 Habilidade de leitura 
 ATENÇÃO 
O estudo é uma atividade que exige concentração. Quanto maior for o interesse, maior a facilidade de 
manter atenção. A capacidade de dirigir a atenção a um determinado objeto ou ação é tão grande que 
pode levar o sujeito a “ficar cego e surdo” ao mundo circundante 
Porém, é sabido que períodos de atenção devem ser alternados com períodos de relaxamento. Em 
média, as pessoas conseguem manter a atenção concentrada por um período de 20 a 40 minutos. Este 
tempo varia em função da motivação e da natureza individual de cada um. 
 MEMÓRIA 
Memorizar é reter de forma significativa um conteúdo inteligível. Memorizar não é a simples repetição de 
conteúdos, pois a este ato dá-se o nome de “decorar”. A memorização possui diversas fases, a saber: 
fixação, conservação, evocação e esquecimento 
Existem também vários tipos de memória: visual, auditiva, motora, afetiva, locativa e nominativa. Cada 
sujeito possui habilidades diferentes no exercício da memorização. Alguns são muito bons em memória 
visual, outros em memória auditiva, por exemplo, mas é importante lembrar que a memorização pode ser 
exercitada e com isto seu desempenho melhora significativamente. 
Normalmente o desenvolvimento da memória exige: repetição, atenção, emoção, interesse e 
identificação com conteúdos anteriores memorizados 
Muitas pessoas utilizam outros mecanismos que podem facilitar a memorização, tais como relacionar 
fatos ou idéias, buscar sentido de causa-efeito, meio-fim, substância-atributo, semelhança 
(pessoa/apelido) ou mesmo contraste (feio/bonito). Outros preferem recorrer às lembranças afetivas. 
 
 
 
1
 Texto preparado pela professora para fins didáticos 
 
 
 
4 
ORGANIZAÇÃO DOS ESTUDOS 
A eficiência de seus estudos depende de sua capacidade de organização. É preciso providenciar: 
◦ Tempo: abrir um espaço na agenda pessoal para se dedicar ao estudo é importantíssimo. 
Recomenda-se habitualidade no horário escolhido, mesmo que seja apenas 30 minutos por dia. 
Para aqueles que afirmam sempre não ter tempo para estudar, lembre-se : “Tempo é questão 
de preferência ou prioridade!” 
◦ Material para leitura e exercícios: material de estudo deve estar disponível e organizado. Muitas 
vezes gasta-se mais tempo procurando o material do que realmente lendo-o. 
◦ Ambiente de estudo: o ideal é que o ambiente seja iluminado, arejado, silencioso e esteja em 
ordem. Porém, nem sempre alcança-se a situação ideal, mas o ser humano é s capaz de se 
adaptar ao que dispõe. 
CUIDADOS NO MOMENTO DA LEITURA 
O método do estudo eficiente recomenda procedimentos que devem ser observados na atividade de 
leitura. São eles: 
◦ Ler pelos significados e não pelo conjunto de palavras 
◦ Não usar movimentos de cabeça 
◦ Ler silenciosamente. Não fazer sub-vocalização ou articular lábios ou língua durante a leitura 
◦ Não ler vagarosamente: quanto mais veloz aleitura, mais se compreende e se fixa a atenção 
◦ Fazer uma primeira leitura exploratória, principalmente se o assunto é desconhecido 
◦ Destacar idéias centrais: pode-se sublinhar o texto e/ou fazer breves anotações ao lado dos 
parágrafos e/ou sinais de dúvida ou importância 
◦ Fazer esquemas e resumos pessoais 
Normalmente o bom leitor possui as seguintes características: 
◦ Têm vários padrões de velocidade 
◦ Não para a primeira leitura para buscar significado das palavras, pois faz isto apenas depois de 
ler todo o texto 
◦ Lê com objetivo pré-determinado 
◦ Avalia o que lê 
◦ Lê título, subtítulos, orelhas, prefácio e apresentaçõesdas obras 
◦ Discute o que lê 
◦ Lê muito e sobre vários assuntos 
◦ Faz fichamento dos textos lidos. 
 
 
 
5 
TESTE DE VELOCIDADE EM LEITURA 
 
Histórico da Segurança Alimentar no Brasil 
 
 
Há uma larga tradição no tratamento da problemática alimentar na América Latina. No Brasil destacam-se as 
análises pioneiras e clássicas de Josué de Castro - um dos fundadores da FAO - sobre o fenômeno da fome, 
ainda na década de 1930. Porém, apenas em 1986, o objetivo da segurança alimentar apareceu, pela primeira 
vez, dentre os elementos definidores de uma proposta de política de abastecimento alimentar. Formulada por 
uma equipe de técnicos a convite do Ministério da Agricultura, ela teve poucas conseqüências práticas à época. 
Nota-se que a utilização da noção de segurança alimentar limitava-se, até então, a avaliar o controle do estado 
nutricional dos indivíduos, sobretudo a desnutrição infantil, sob a égide da Vigilância Alimentar e Nutricional. 
 
 
A concepção adotada atribuía um papel central a auto-suficiência produtiva nacional, porém enfatizando os 
problemas de acesso aos alimentos por insuficiência de renda, o que levou a acrescentar a eqüidade (acesso 
universal) aos quatro atributos da disponibilidade agregada de alimentos básicos - suficiência, estabilidade, 
autonomia e sustentabilidade. A agricultura camponesa figurava como componente estratégico num modelo de 
desenvolvimento com ênfase no mercado interno, sem subestimar a diversificação das exportações e 
valorizando a integração regional. 
 
 
Em 1991, divulgou-se no país uma proposta de uma Política Nacional de Segurança Alimentar, que só foi aceita, 
com algumas restrições, no início de 1993 pelo Governo Itamar Franco como uma das fundamentações para a 
instalação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar (CONSEA). O CONSEA é um órgão de 
aconselhamento da Presidência da República, composto de Ministros de Estado e representantes da sociedade 
civil. Este conselho efetivamente contribuiu para a introdução da questão agroalimentar e da fome como temas 
prioritários na agenda política nacional. 
 
Tornada um objetivo estratégico de governo, a segurança alimentar nuclearia as políticas de produção agro-
alimentar (políticas agrária, de produção agrícola e agroindustrial), comercialização, distribuição e consumo de 
alimentos, com uma perspectiva de descentralização e diferenciação regional. A ampliação do conceito de 
segurança alimentar foi dada pela incorporação da garantia de acesso a alimento seguro (controle de qualidade 
dos alimentos) e em condições adequadas a seu aproveitamento. 
 
OBS: O bom leitor lê em torno de 350 palavras por minuto! 
124 
197 
282 
348 
 
 
 
6 
O CONHECIMENTO CIENTÍFICO1 
O conhecimento científico é fático: parte dos fatos, respeita-os e sempre retorna a eles. A ciência procura 
descobrir os fatos tais como eles são independentemente do seu valor emocional ou comercial: a ciência não 
poetiza os fatos. Isto requer curiosidade impessoal, desconfiança pela opinião pré-estabelecida e sensibilidade à 
novidades. 
Por outro lado, o conhecimento científico transcende os fatos: põe de lado os fatos, produz fatos novos e 
explica-os. O senso comum parte dos fatos e atém-se a eles: amiúde, limita-se ao fato isolado, sem correlacioná-
lo com outros ou sem explicá-lo. Pelo contrário, a investigação científica não se limita aos fatos observados: os 
cientistas exprimem a realidade a fim de ir mais além das aparências; recusam a percepção inicial dos fatos 
percebidos, selecionam os que julgam relevantes, controlam fatos e, se possível, os reproduzem para fins de 
experimentos. Inclusive, produzem coisas novas, desde instrumentos até partículas elementares; obtêm novos 
compostos químicos, novas variedades vegetais e animais e, pelo menos em princípio, criam novas regras de 
conduta individual e social. 
Há mais: o conhecimento científico racionaliza a experiência, em vez de se limitar a descrevê-la. A ciência dá 
conta dos fatos, não apenas faz um inventário dos mesmos, mas explica-os por meio de hipóteses ou teorias. 
A investigação científica é especializada, mas esta especialização não impede à formação de campos 
interdisciplinares, como a biofísica, a bioquímica, a psicofisiologia, a psicologia social, a teoria da informação, a 
cibernética ou a investigação operacional. A especialização tende a estreitar a visão do cientista individual e por 
isso deve-se cuidar para não se praticar o "especialismo". 
O conhecimento científico é claro e preciso: os seus problemas são distintos, os seus resultados são claros. A 
ciência torna preciso o que o senso comum conhece de maneira nebulosa. 
O conhecimento científico é comunicável: não é inefável, mas expressável; não é privado, mas público. A 
linguagem científica comunica informações a quem quer que tenha sido preparado para entendê-la. O que é 
inefável pode ser próprio da poesia ou da música, não da ciência, cuja linguagem é informativa e não expressiva 
ou imperativa. 
O conhecimento científico é verificável: deve passar pelo exame da experiência. As suposições científicas 
podem ser cautelosas ou ousadas, simples ou complexas, mas em todos os casos devem ser colocadas à 
prova. O teste das hipóteses fáticas é empírico, isto é, observacional ou experimental. Nem todas as ciências 
podem experimentar; e em certas áreas da astronomia e da economia, ciências sociais ou humanas, alcança-se 
uma grande exatidão com a ajuda das discussões, do princípio da objetividade e do rigor metodológico. 
 
1
 Compilação e adaptação de texto para fins didáticos: 
 BUNGE, M. A ciência e seu método . In: ______. Um outro olhar sobre o mundo. Disponível em 
<http://ocanto.esenviseu.net/index.html>. Acesso em: 24 mar. 2009. 
 
 
 
http://ocanto.esenviseu.net/lexf.htm#facto
 
 
 
7 
A investigação científica é metódica: não é errática, mas sim planejada. Os investigadores não tateiam na 
obscuridade; sabem o que buscam e como o encontrar. A planificação da investigação não exclui o inesperado, 
mas acaba sabendo apropriar-se do imprevisto tomando-o como um novo objeto de estudo ou pelo menos 
como nova variável a ser observada e controlada. Todo o trabalho de investigação se baseia no conhecimento 
anterior e, em particular, nas teorias melhor confirmadas. Mais ainda, a investigação procede de acordo com 
regras e técnicas que se revelaram eficazes no passado, mas que são aperfeiçoadas continuamente, não só à 
luz de novas experiências, mas também de resultados do exame matemático e filosófico. 
O conhecimento científico é sistemático: uma ciência não é um agregado de informações desconexas, mas um 
sistema de idéias ligadas logicamente entre si. Todo o sistema de idéias, caracterizado por um conjunto básico 
(mas refutável) de hipóteses peculiares, e que procura adequar-se a uma classe de fatos, é uma teoria. O caráter 
matemático do conhecimento científico - isto é, o fato de ser fundamentado, ordenado e coerente - é que o torna 
racional. A racionalidade permite que o progresso científico se efetue não só pela acumulação gradual de 
resultados, mas também por revoluções. 
O conhecimento científico é geral: situa os fatos singulares em hipóteses gerais, os enunciados particulares em 
esquemas amplos. O conhecimento científico insere os fatos singulares em regras gerais chamadas "leis 
científicas". Por detrás da fluência ou da desordem das aparências, a ciência descobre os elementos reguladores 
da estrutura e do processo do ser e do devir. 
A ciência é explicativa: tenta explicar os fatos em termos de leis e as leis em termos de princípios. Os cientistas 
não se conformam com descrições pormenorizadas; além de inquirir como são as coisas, procuram responder ao 
por que: por que é que ocorrem os fatos tal como ocorrem e não de outra maneira? . A ciência deduz asproposições relativas aos fatos singulares a partir de leis gerais, e deduz as leis a partir de enunciados mais 
gerais (princípios). 
O conhecimento científico é preditivo: transcende a massa dos fatos de experiência, imaginando como pode ter 
sido o passado e como poderá ser o futuro. A previsão é, em primeiro lugar, uma maneira eficaz de pôr à prova 
as hipóteses; mas também é a chave do controle ou ainda da modificação do curso dos acontecimentos. A 
previsão científica, em contraste com a profecia, funda-se em leis e em informações específicas fidedignas, 
relativas ao estado de coisas atual ou passado. 
A ciência é aberta: praticamente não reconhece barreiras que limitem o conhecimento, exceto as de natureza 
ética. Se o conhecimento não é refutável em princípio, então não pertence à ciência, mas à algum outro campo 
de conhecimento. As noções acerca do meio natural ou social, ou acerca do próprio eu, não são finais; estão 
todas em movimento, todas são falíveis. Sempre é possível surgir uma nova situação (novas informações ou 
novos trabalhos teóricos) em que as idéias, por mais firmemente estabelecidas que pareçam, se revelem 
inadequadas em algum sentido. A ciência carece de axiomas evidentes; inclusive, os princípios mais gerais e 
seguros são postulados, mas podem ser corrigidos ou substituídos. Em virtude do caráter hipotético dos 
enunciados das leis, e da natureza perfectível dos dados empíricos, a ciência não é um sistema dogmático e 
fechado, mas controvertido e aberto. Ou melhor, a ciência é aberta como sistema, porque é falível, por 
conseguinte, capaz de progredir. 
http://ocanto.esenviseu.net/lexs.htm#sistema
http://ocanto.esenviseu.net/lext.htm#teoria
 
 
 
8 
 
ORIENTAÇÕES SOBRE FICHAMENTO1 
 
 
1 Definição 
 
O fichamento é uma forma de investigar que se caracteriza pelo ato de fichar (registrar) todo o material 
necessário à compreensão de um texto ou tema. É uma parte importante na organização da pesquisa de 
documentos, permitindo um fácil acesso aos dados fundamentais para a conclusão do trabalho. Esse trabalho 
facilitará a procura do pesquisador, que terá ao seu alcance as informações coletadas nas bibliotecas públicas 
ou privadas, na Internet, ou mesmo em seu acervo particular, evitando consultas intermináveis e repetitivas a 
respeito de um determinado tema, por não conseguir guardar em sua memória todos os dados aos quais teve 
acesso em leitura anteriores ou por ter o material de leitura registrado de forma indevida. 
Os registros em fichas não são mais feitos necessariamente nas tradicionais folhas pequenas de 
cartolina pautada. Podem ser feitos em folhas de papel comum, cadernos ou, mais modernamente, em bancos 
de dados ou arquivos e pastas eletrônicas. O importante é que eles estejam bem organizados e de acesso fácil 
para que os dados não se percam. Existem alguns tipos básicos de fichamento: o fichamento bibliográfico, o 
fichamento de transcrição, e o fichamento de resumo e o fichamento analítico. 
Cada pesquisador deve avaliar seus objetivos e assim utilizar um ou mais modelos de fichas de leitura, 
conforme suas necessidades e especificidade do estudo ou pesquisa a ser feito 
 
2 Tipologia 
 
2.1 Ficha bibliográfica de autores ou assuntos 
 
Conforme o pesquisador vai tomando contato com o material impresso, deve organizá-lo. Poderá fazê-lo 
através do fichamento bibliográfico por autor ou por assunto, onde ficarão anotados o nome do autor, o título da 
obra, edição, local de publicação, editora, ano da publicação, número do volume se houver mais de um e número 
de páginas. Estas fichas podem se assemelham à lista de referencias bibliográficas construídas ao final de um 
trabalho acadêmico. Aqui elas estão inseridas em um quadro com duas colunas, onde registra-se também o local 
onde se teve acesso ou se guarda o texto referido. Esta é apenas uma sugestão de modelo, não é obrigatório 
esta apresentação gráfica 
Exemplo: 
REPRODUÇÃO ASSISTIDA 
 
 
 
 
 
 
 
OBSERVAÇÃO: Se estas fichas são feitas visando a produção de artigo científico na área biomédica, pode-se usar o sistema de Vancouver 
nas referências e citações. Caso seja em periódicos do campo da Psicologia, pode-se usar o Padrão APA. 
 
 
1
 Texto preparado para fins didáticos pelo professor 
Referência Bibliográfica Disponibilidade 
SCARO, Mônica Sartori. Fertilização assistida: questão aberta. Rio de 
Janeiro: Forense, 1991. 89 p. 
Biblioteca 
RENAULT, Paul. Inseminando: técnicas, acertos e erros. Porto Alegre: 
Artmed, 1998, 134 p. 
Xerox – Pasta 1 
 
 
 
9 
Esse tipo de fichamento é mais utilizado quando se faz uma listagem por assuntos. O assunto deve estar 
encabeçando a ficha (na chamada). Assim, cada assunto estudado pelo pesquisador poderá ter uma ficha 
específica, como se fosse uma lista de bibliografias já consultadas. 
 
2.2 Ficha de transcrição (ou de citação) 
 
Este tipo de fichamento serve para que o pesquisador selecione as passagens que julgar mais 
interessantes no decorrer da obra. É necessário que seja reproduzido fielmente o texto do autor (cópia literal). 
Após a transcrição ou antes dela indica-se a referência bibliográfica completa. Nesta caso, é fundamental usar 
o número de páginas .Esta ficha é muito utilizada por pesquisadoras da área da literatura, pois a reprodução 
fidedigna do autor é importante . 
 Exemplo: 
 
REPRODUÇÃO ASSISTIDA 
 
Obra Comentário pessoal 
SCARPARO, Monica Sartori. Fertilização assistida: questão aberta. Rio de Janeiro: 
Forense Universitária, 1991. 89 p. 
 
A personalidade começa com o nascimento, com a vida, que se verifica 
quando o feto se separa completamente do corpo materno. Neste momento é que pode 
ser objeto de uma proteção jurídica independente da que concerne à mãe. 
(SCARPARO, 1991, p. 40). 
Usar este trecho no 
início da parte 2 do 
desenvolvimento. 
FONTINELLE, Maria do Rosário. Reprodução assistida: aspectos técnicos. Porto 
Alegre: Artmed, 1999, 189 p. 
 
Reprodução Assistida é um conjunto de técnicas, utilizadas por médicos 
especializados, que tem como principal objetivo tentar viabilizar a gestação em 
mulheres com dificuldades de engravidar. Muitas vezes essas dificuldades, até mesmo 
a infertilidade do casal ou um de seus membros, podem trazer sérios prejuízos ao 
relacionamento conjugal. (FONTINELLE, 2001, p. 32) 
Usar este conceito 
no início da 
Introdução 
 
OBSERVAÇÕES: este tipo de ficha pode ser dispensado e substituído pela ficha resumo ou na ficha analítica 
 
 
2.3 Ficha resumo 
 
Uma ficha resumo consiste numa síntese de um livro, capítulo, trecho ou de vários livros com a intenção 
de elaborar um trabalho ordenado de conclusões pessoais. Para fazer uma ficha resumo é necessário: verificar a 
indicação bibliográfica, fazer um esquema e elaborar o resumo propriamente dito. É indicada para estudo de 
um texto com o objetivo de extrair da leitura conhecimentos necessários para uma prova ou registro em banco de 
dados pessoal. 
A indicação bibliográfica mostra a fonte da leitura; o resumo sintetiza o conteúdo da obra em redação do 
próprio fichador e/ou através de transcrições literais, e neste caso, com indicação parentética da(s) página(s); as 
citações dizem respeito às transcrições significativas da obra; a análise crítica do conteúdo lido apresenta as 
apreciações do fichador, através de análise e críticas coerentes e cientificamente responsáveis, sustentadas nas 
idéias do próprio fichador e/ou em outros textos, os quais serão devidamente referenciados conforme ABNT, 
APA ou Vancouver. Pode-se também colocar na ficha ou em notas de rodapés as novas idéias surgidas frente à 
leitura reflexiva. 
 
 
 
10 
Exemplo: 
 
 
 
FICHA RESUMO 
 
SCARPARO, Monica Sartori. Fertilização assistida: questão aberta. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1991. 
189 p. 
 
 
Página Conteúdo Comentário pessoal 
02 – 0406 - 09 
 Os diversos aspectos – biomédicos, psicológicos, bioéticos, 
religiosos e jurídicos – constituem questões fundamentais na 
abordagem das novas práticas conceptivas. A fertilização assistida – 
termo preferível a artificial – ainda é uma questão aberta, suscitando 
debates e polêmicas nos vários países em que é praticada. Devido à 
atualidade do tema e ao significado dos valores éticos e morais 
implicados no processo, torna-se cada vez mais necessária a 
normalização jurídica da matéria, o que só se verificará a partir de 
uma ampla discussão entre os especialistas e a difusão de 
esclarecimentos e informações à opinião pública. É neste sentido que 
a autora salienta que “ [...] a fecundação artificial pressupõe um 
enfoque interdisciplinar que dê cobertura à multiplicidade das 
variáveis e que conduza à convergência para um horizonte amplo a 
ser abrangido pelo conhecimento jurídico.” (SCARPARO, 1991, p.2) 
 
Surgindo para auxiliar os problemas de esterilidade, as tecnologias 
reprodutivas, especialmente a técnica da fecundação “in vitro” com 
transferência embrionária, têm trazido questionamentos diversos. No 
campo jurídico, os progressos não atingiram somente o casamento 
em si mesmo considerado, privilegiando a relação marido e mulher, 
mas afetaram a filiação que vincula uma criança a seu pai e a sua 
mãe. Até que ponto a biotecnologia “age” em benefício da 
humanidade? Quando parar? Surge a verdade afetiva no lugar da 
verdade biológica. No Brasil, percebe-se a lacuna jurídica nesta 
matéria, pois a única norma a respeito é a Resolução nº 1.358/92 do 
Conselho Federal de Medicina. Há uma disparidade entre a Ciência e 
o Direito o que tem gerado insegurança no âmbito familiar já que não 
existe, até o momento, um critério que estabeleça a maternidade e 
paternidade no caso de utilização desta técnica. Diversos 
questionamentos éticos têm sido levantados e a discussão e 
conscientização em matéria reprodutiva deve ser incentivada para 
que os recursos tecnológicos sejam postos realmente em favor de 
toda a humanidade. (SCARPARO, 1991) 
 
 
OBS: O Resumo continua ........... 
Após a leitura chega-
se ao posicionamento de que 
se faz necessária, no Brasil 
como em outras partes do 
mundo, a criação de leis que 
venham a dirimir os possíveis 
conflitos advindos das novas 
técnicas de reprodução 
assistida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBSERVAÇÃO e CRÌTICAS SOBRE A OBRA OU SOBRE AUTOR 
 
Em anexo a obra contém a proteção nacional: Resolução n. 1 do Conselho Nacional de Saúde, de 13 de 
junho de 1988, sobre as Normas de Pesquisa em Saúde; o tema da Constituinte: Projetos de lei nacionais. Além 
disso, traz legislação e jurisprudência internacional: legislação portuguesa, lei espanhola, Recomendação 1.100 
do Conselho da Europa, o caso do Bebê M, estudo do direito comparado. 
O grande trunfo da obra é apresentar uma discussão multidisciplinar e fornecer subsídios jurídicos ao 
leitor 
 
 
 
 
 
11 
 
2.4 Fichas analíticas ou de categorias 
 
Este trabalho pressupõe a anotação dirigida à objetivos específicos de uma pesquisa. É um tipo de fichamento 
indicado para quem vai fazer uma pesquisa científica. Anotação é um procedimento de seleção de dados para 
futura utilização. Uma das características marcantes de uma anotação adequada é permitir a redação posterior 
de um texto. Deste modo, elas não podem ser sintéticas demais, a ponto de serem incompreensíveis. Muitas 
vezes, deseja-se reduzir a informação e usa-se códigos que não são lembrados posteriormente, inviabilizando a 
construção de um texto a partir deles. Estas fichas devem ser feitas em conjunto com as fichas bibliográficas ou 
com uma lista de referências que constará do trabalho final. 
Para tornar o fichamento mais produtivo, apresenta-se um método para tomar notas: 
Antes de começar a tomar nota, é preciso folhear a fonte de referência. É fundamental uma visão do conjunto 
antes de se decidir se a leitura do material é proveitosa. Não pular o resumo, em caso de artigos, ou 
comentários e prefácios em caso de livros. 
Quando se usa fichas analíticas podem-se construir várias fichas ao mesmo tempo. Um mesmo texto poderá ter 
informações úteis a vários assuntos ou categorias analíticas de sua pesquisa e por isto você irá construindo 
várias fichas ao mesmo tempo. É preciso incluir somente um tema em cada ficha. 
No início da ficha, coloca-se o tema na parte superior da ficha e, em seguida, pode-se fazer a descrição do 
conteúdo da obra sobre a temática específica da ficha. É preciso fazer a citação bibliográfica ( o sobrenome, 
ano e página do autor) lembrando que o restante das informações sobre a obra lida podem estar registrado em , 
uma ficha bibliográfica ou lista de referência. 
Na parte de descrição do conteúdo recomenda-se ser objetivo, claro e para isto você pode usar verbos ativos 
(ex: analisa, contém, critica, define, descreve, apresenta, revisa, sugere, assevera, postula, etc.). Veja os 
exemplos a seguir: 
FICHA 1 - PEFIL DOS GARIMPEIROS 
Página Conteúdo Observações pessoais 
 
98 
 
MARCONI, 1999 
Os garimpeiros são economicamente independentes, pois começam a trabalhar 
cedo. Possuem em geral família nuclear. 
 
 
42-43 
 
SERRATO, 2002 
A escolaridade dos garimpeiros é geralmente baixa, mas sua preocupação com os 
filhos e familiares leva a insistência na escolarização, pois aspiram à independência 
para os mesmos e consideram penosa sua atividade. O principal fator da baixa 
escolaridade é a situação econômica, que conduz à atividade remunerada com 
pouca idade. Porém, em média, a escolaridade dos garimpeiros é mais elevada que 
a dos pais. 
 
É a única obra que aborda a 
escolaridade 
OBS: Nas fichas bibliográficas ou na lista de referências, estes autores e suas respectivas obras devem estar presentes, com dados 
completos, no formato ABNT: 
 
 
 
12 
Em outro arquivo eletrônico, novas fichas, usando ainda os mesmos textos. Ver a seguir: 
 
FICHA 2 - RELACIONAMENTOS E INTERAÇÕES SOCIAIS DOS GARIMPEIROS 
Página Conteúdo Observações pessoais 
102 
MARCONI, 1999 
Segundo Marconi (1999) o círculo de amizade entre os garimpeiros é restrito, 
predominando os laços de parentesco e de trabalho. A mulher desempenha papel 
secundário, raramente dirigindo a palavra a homens, com exceção dos parentes. 
 
 
62 
SERRATO, 2002 
O compadrio foi considerado um laço forte entre os garimpeiros estudados por 
Serrato (2002). Este elo une famílias, e se manifesta com clareza na educação das 
crianças, que aprendem a ter respeito aos padrinhos. É quase uma relação de 
parentesco. 
 
 Acrescenta o compadrio 
nas relações de 
parentesco 
43 
MONTEMOR, 2003 
Por viverem isolados nos garimpos, os garimpeiros freqüentemente casam-se cedo 
e não vêem com bons olhos o celibato, considerando a aquisição de uma esposa 
como um ideal que lhes confere prestígio. A mulher é a principal encarregada da 
educação dos filhos, que segue padrões diferentes, conforme o sexo da criança. 
 
 
É a obra que mais fala 
do papel da mulher do 
garimpeiro 
Ainda em outro arquivo: 
FICHA 3 - RELIGIOSIDADE DOS GARIMPEIROS 
Página Conteúdo Observações pessoais 
38 MARCONI, 1999 
Segundo Marconi (1999), em seu estudo, a quase totalidade dos garimpeiros é 
católica (97%), tal como são ou eram seus pais, sendo que as mulheres e filhos 
revelam maior assiduidade aos cultos. Eles mantêm, em suas residências, sinais 
exteriores de suas crenças (imagens de santos e outros objetos). 
 
 
19 MONTEMOR, 2003 
A prática religiosa comum entre os garimpeiros da Serra Leoa está mesclada. Fé no 
catolicismo com crendices. Com freqüência fazem promessas à Nossa Senhora ou 
a outros santos, mas também recorrem a outras formas de negociação com forças 
divinas de origem diferente das católicas. Sua religião é um misto de catolicismo e 
práticas mágicas. 
 
 
Este é o único autor que fala 
do sincretismo religioso. 
 
O leitor/pesquisador pode construir quantasfichas julgar adequado ao seu trabalho de pesquisa.
 
 
 
13 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1 
Extratos relevantes da NBR 6023 (agosto de 2002) 
Válida a partir de 29.09.2002 
 
A Norma NBR 6023 foi elaborada pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas para orientar a 
preparação e compilação de referências de material utilizado para a produção de documentos científicos e 
para a inclusão em bibliografias, resumos e resenhas. 
 
Compreende-se Referências Bibliográficas como o conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados 
de um documento, que permite sua identificação individual por qualquer leitor ou investigador. A referência 
pode aparecer: 
 No rodapé; 
 No fim de texto ou de capítulo; 
 Em lista de referência; 
 Antecedendo resumos e resenhas. 
 
ORIENTAÇÕES GERAIS 
 
 As referências são alinhadas somente à margem esquerda do texto e de forma a se identificar 
individualmente cada documento, em espaço simples, separadas entre si por espaço duplo. 
 O recurso tipográfico (negrito, grifo ou itálico) usado para destacar o elemento título deve ser uniforme 
em todas as referências . 
 Ao optar por elementos ou informações complementares, estes devem ser incluídos em todas as 
referências de uma lista 
 Os prenomes dos autores podem ser redigidos na íntegra ou pode-se optar por colocar apenas as iniciais 
de cada um dos prenomes. A opção escolhida deve ser utilizada em toda obra referenciada na lista de 
dum documento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
1
 Texto preparado para fins didáticos pelo professor. 
 
 
 
14 
CASOS MAIS COMUNS DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
Forma de entrada da obra, artigo ou qualquer documento a ser citado 
 
Quando vamos construir a lista de referencias ao final de um documento científico, ou seja, um trabalho, um 
relatório, um projeto, uma resenha, uma dissertação ou teses, etc. geralmente fazemos a entrAda na lista pelo 
nome(s) do autor(s). A regra de autoria se aplica a qualquer caso abaixo de referencia listados da letra a até a letra 
m. 
 
Devemos usar o último sobrenome do autor e observar algumas particularidades nesta regra. Sempre 
podemos optar por lançar todos os prenomes ou abreviá-los. A regra define que a opção adotada para 
um autor em uma mesma lista deve ser adotada para todos. 
 
Lembrem-se que o nome colocado como entrada na lista de referencia deve ser o nome colocado nas 
citações no texto. 
Vejam o quadro a seguir: 
 
TIPO DE AUTORIA FORMA DE REFERENCIAR 
01 autor pessoal: 
José Maria Soares 
SOARES, J.M. ou 
SOARES, José Maria. 
02 autores pessoais : 
Júlia Lanna 
Maria da Glória Hernandez 
 
 
LANNA, J.; HERNANDEZ, M.G. ou 
LANNA, Júlia; HERNANDEZ, Maria da Glória. 
03 autores pessoais: 
Eder Campos 
Marilena Gontijo 
Adão Reis e Silva 
 
OBS: caso os autores aparecem na obra fora da ordem 
alfabética, mantém-se a ordem apresentada 
 
CAMPOS, E.; GONTIJO, M.; SILVA, A.R. 
Ou 
CAMPOS, Eder; GONTIJO, Marilena; SILVA, Adão Reis. 
 
04 autores pessoais ou mais: 
João Reis Salgado 
Lauro Mendonça 
Mário Lima Santos 
Sandro Pereira 
Jorge Gonçalves Silva 
 
SALGADO, J.R. et al. ou 
SALGADO, João Reis et al. 
 
 
OBS: usa-se o primeiro nome da lista para entrada, seguido 
da expressão et al. ( e outros em latim) 
 
 
 
 
15 
 
TIPO DE AUTORIA FORMA DE REFERENCIAR 
Autor pessoal: Editor, Organizador ou Coordenador 
Selma Camões (Org.) 
Nilza Santos 
Helen Martins 
 
CAMÕES, S. (Org.) ou 
CAMÕES, Selma (Org.) 
Autor Pessoal com particularidades nos sobrenomes 
 Caio Monte Verde 
 Adalto Morais Filho 
 Jaime Ferreira Sobrinho 
 Everton Oliveira-Dias 
 
 MONTE VERDE, Caio. 
 MORAIS FILHO, A. 
 FERREIRA SOBRINHO, Jaime 
 OLIVEIRA-DIAS, E. 
Autor entidade, empresa ou organização: 
 Instituto Moreira Salles 
 Universidade Federal do Paraná. Biblioteca Central. 
 
 Embrapa- Empresa brasileira de pesquisa agropecuária. 
Unidade de pesquisa e apoio. 
 
 INSTITUTO MOREIRA SALLES. 
 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. 
Biblioteca Central. 
 EMBRAPA. Empresa brasileira de pesquisa 
agropecuária. Unidade de pesquisa e apoio. 
Autor órgão público: 
 Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo 
 Supremo Tribunal Federal. 
 Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte. 
 Ministério da Justiça 
 
 SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Meio Ambiente. 
 BRASIL. Supremo Tribunal Federal. 
 BELO HORIZONTE. Secretaria Municipal de Saúde. 
 BRASIL. Ministério da Justiça. 
Legislação 
 Decreto 42.828/98. Governo do Estado de São Paulo. 
 
 Medida Provisória n. 1569/97 – Palácio do Planalto 
 
 Lei Municipal n. 324/12. Prefeitura de Belo Oriente. 
 
 Constituição da República Federativa do Brasil/1988 
 
 SÃO PAULO (Estado). Decreto n.º42.828, de 20 de 
janeiro de 1998. 
 BRASIL, Medida Provisória n.º 1.569, de 11 de 
dezembro de 1997. 
 BELO ORIENTE. Lei n.º 324, de 24 de março de 2012. 
 
 BRASIL. Constituição da República, de 5 de outubro 
de 1988. 
Obra sem autoria 
 Desastre marcam o fim do feriado 
 Atlas mirador internacional. 
 
 DESASTRES marcam o fim do feriado 
 ATLAS Mirador Internacioanl. 
 
 
Simpósios, Congressos, etc. 
 IV Congresso de Iniciação Científica da Una 
 
 20ª Reunião anual da Sociedade Brasileira de Química. 
 
 CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA 
UNA, 4., .... 
 REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA 
DE QUÍMICA, 20., ... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
a. Referência de livro, manual, enciclopédia, dicionário impressos 
 Os elementos essenciais são: autor(es), título e subtítulo (se tiver), edição (exceto a 1ª), local 
(cidade), editora e data de publicação. 
 Não se destaca com negrito, itálico ou sublinhado os subtítulos e sim apenas os títulos 
 Os elementos complementares como nº de ISBN, suplementos inclusos, e até número de paginas são 
opcionais. 
 Observe a norma para até 3 autores, mais de 3 autores e sem autoria 
 ATENÇÃO: O FORMATO PARA CITAR OS AUTORES É VALIDO PARA QUALQUER TIPO DE 
DOCUMENTO A SER CITADO. ASSIM, MESMO QUE O EXEMPLO ESTEJA EM LIVRO OU 
MONOGRAFIA, A REGRA DE AUTORIA SE APLICA A ARTIGOS, CAPÍTULOS, ETC 
LIVRO - 1 autor: 
 
GOMES, Luciano Guimarães. Novela e sociedade no Brasil. 3. ed. Niterói: Pergamo, 1998. 137 p. 
 
LIVRO - Até 3 autores: 
 
PASSOS, L. M. M.; FONSECA, A.; CHAVES, M. Alegria de saber: matemática, segunda série. São 
Paulo: Scipione, 1995. 136 p. 
 
LIVRO - Mais de 3 autores: 
 
URANI, Antônio et al.Constituição de uma matriz de contabilidade social para o Brasil. Brasília, DF: IPEA, 
1994. 
 
LIVRO - Obra sem autoria: 
 
PERFIL da administração pública paulista. 6. ed. São Paulo: Fundação de Cultura, 1994. 317 p. Inclui índice. 
ISBN 85-228-0268-8 
OBS: As informações finais colocadas após o ano são opcionais ( Ex: número total de páginas do livro) 
MANUAL - autor entidade 
SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Coordenadoria de Planejamento Ambiental. Estudo de 
impacto ambiental – EIA : manual de orientação. São Paulo, 1989. 48 p. (Série Manuais). 
 
 
b. Livro no todo em meio eletrônico (cd ou online) 
 
HOUAISS, Antonio (Ed.). Enciclopédia e dicionário digital 98. São Paulo: Delta, 1998. 5 CD-ROM. 
OBS: Veja que em caso de obra de mais de um autor, sendo um deles Editor, Organizador ou Coordenador, cita-se apenas 
este autor e coloca-se seu status entre parênteses ( Ed., Coord. ou Org.) 
 
ALVES, Castro. Navio negreiro. [S.l]: Virtual Books, 2.000. Disponível em: 
<http://www.terra.com.br/virtualbooks/freebook/port/ Lport2/navionegreiro.htm> Acesso em: 10 jan 2002, 16:30 
Obs: a hora é opcional. 
Nota: a expressão [S.l.] significa sine loco, sem local definido. 
 
 
 
 
 
 
 
17 
c. T.C.C, Monografia, Dissertações ou Teses 
 
 Nas teses, dissertações ou outros trabalhos acadêmicosdevem ser indicados em nota o tipo de documento 
(tese, dissertação, trabalho de conclusão de curso etc.), o grau, a vinculação acadêmica, o local e a data da 
defesa, mencionada na folha de aprovação (se houver). 
 
MORGADO, M. L. C. Reimplante dentário. 1990. 51 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização) – 
Faculdade de Odontologia, Universidade Camilo Castelo Branco, São Paulo, 1990. 
 
ARAUJO, U. A. M. Máscaras inteiriças Tukúna: possibilidades de estudo de artefatos de museu para o 
conhecimento do universo indígena. 1985. 102 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Fundação Escola 
de Sociologia e Política de São Paulo, São Paulo, 1986. 
 
ALENTEJO, Eduardo. Catalogação de postais. 1999. Trabalho apresentado como requisito parcial para 
aprovação na Disciplina Catalogação III, Escola de Biblioteconomia, Universidade do Rio de Janeiro, Rio de 
Janeiro, 1999 
 
d. Capítulo, volume, fragmento ou parte de livro impresso 
 
 Elementos essenciais: autor(es) do capítulo, título do capítulo e subtítulo (se tiver), seguidos da expressão 
“In:” autor (es) do livro, título do livro: subtítulo se tiver, cidade: editora, ano. No final da referência, 
deve-se informar a paginação ou outra forma de individualizar a parte referendada (cap. 01). 
 
Com autor do capítulo diferente do autor do livro: 
 
ROMANO, Giovanni. Imagem da juventude na era moderna. In: LEVI, Giuliano; SCHMIDT, Jean. História dos 
jovens. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p.7-16. 
 
Com autor do capítulo igual ao do livro: 
 
SANTOS, F.R. A colonização do Tucujús. In:_____ . História do Amapá. 2.ed. Macapá: Valcan, 1994. cap. 3. 
 
OBS: Os seis toques na tecla do underline após a expressão “In” indicam que o nome do autor do livro é o último nome de 
autor citado. 
 
e. Capítulo: meios eletrônicos 
 
MORFOLOGIA dos artrópodes. In: ENCICLOPÉDIA multimídia dos seres vivos. [S.l.]: Planeta DeAgostini, 
1998. CD-ROM 9. 
OBS: este capítulo e este livro não possuem autor, por isso a entrada é pelo título 
 
POLÍTICA. In: DICIONÁRIO da língua portuguesa. Lisboa: Priberam Informática. 1998. Disponível em: 
<http://www.priberam.pt/dlDLPO>. Acesso em: 8 mar. 1999. 
OBS: as datas de acesso à internet devem ser colocadas conforme modelo acima. O mês sempre abreviado com três letras, 
exceto maio. 
 
 
 
 
 
 
 
18 
f. Material de INTERNET em geral 
 
 Elementos essenciais: autor, título e subtítulo, edição, local, editora, data de publicação, disponível em, 
endereço eletrônico entre brachets < >, acesso em: dia, mês e ano. A hora é opcional. 
 Caso o material não tenha autor pessoal ou institucional, deve-se dar entrada pelo título, conforme 
exemplos anteriores 
 
MUELLER, Suzana Machado. A pesquisa na formação do bibliotecário. Disponível em: 
<http://biblioteconomia.net>. Acesso em: 9 ago. 2000. 
 
ÁCAROS no Estado de São Paulo. In: FUNDAÇÃO TROPICAL DE PESQUISAS E TECNOLOGIA “ANDRÉ 
TOSELLO”. Base de Dados Tropical. 1985. Disponível em: <http://www.bdt.fat.org.br/acaro/sp/>. Acesso em: 
30 ago. 2002. 
 
 
g. Periódicos impressos: revistas, jornais, cadernos (caso sejam usados como um todo e não apenas um 
artigo ou matéria) 
 
 Os elementos essenciais são: título da publicação, local, editora, datas de início e término da 
publicação (se houver): 
SÃO PAULO MEDICAL JOURNAL. São Paulo: Associação Paulista de Medicina, 1941- . Bimensal. ISSN 
0035-0362. 
 
DINHEIRO. São Paulo: Ed. Três, n.148, 28 jun. 2000. 
 
h. Artigo e/ou matéria de revista científica ou periódicos impressos 
 
 Os elementos essenciais são: autores do artigo, título do artigo, título da revista ou da publicação, local 
da publicação, número correspondente ao ano, volume e fascículo, paginação inicial e final , data ou 
intervalo de publicação: 
 
Com autor da matéria/artigo: 
 
GURGEL, Carlos. Reforma do Estado e segurança pública. Revista Política e Administração, Rio de Janeiro, 
ano 11, v. 3, n. 2, p. 15-21, set. 1997. 
 
Sem autor do artigo ou matéria: 
 
VOCÊ sabe controlar seu bolso? Dinheiro: revista semanal de negócios, São Paulo: Ed. Três, n.148, p. 54-55, 
28 jun. 2000. 
 
 
 
19 
 
i. Artigo ou matéria de jornal impresso 
 
 Os elementos essenciais são: autor do artigo ou matéria (se houver), título da matéria, título do jornal, 
local, data do jornal, seção, caderno ou parte do jornal, paginação correspondente. Quando não houver 
seção, caderno ou parte, a paginação do artigo precede a data. 
Sem autoria: 
LAGOS andinos dão banho de beleza. Folha de São Paulo, São Paulo, 28 jun. 1999. Caderno 8, p. 13. 
 
Com autoria: 
LEAL, L. M. Governo estadual fiscaliza com autonomia total. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, p.2, 12 jan. 2002 
 
j. Artigos de jornais ou revistas eletrônicas 
 
VIEIRA, C. L.; LOPES, M. A queda do cometa. Revista Neo Interativa, Rio de Janeiro, n. 2, inverno 1994. 1 
CD-ROM. 
 
RIBEIRO, P. S. G. Adoção à brasileira: uma análise sociojurídica. Revista Dataveni@, São Paulo, ano 3, n. 18, 
ago. 1998. Disponível em: <http://www.datavenia.inf.br/frame.artig.html>. Acesso em: 10 set. 1998. 
 
 
SILVA, Ives Gandra. Pena de morte para o nascituro. O Estado de São Paulo, São Paulo, 19 set 1998. 
Disponível em: <http://www.providafamilia.org/pena_morte_nascituro. htm>. Acesso em: 19 set. 1998. 
 
k. Trabalhos apresentados em eventos, congressos ou simpósios: anais, atas, resumos, etc. 
 Os elementos essenciais são: autores do trabalho, título do trabalho, expressão “In”: NOME DO 
EVENTO, número do evento, ano e local de realização, título do publicação dos trabalhos (anais, 
atas,resumos, etc.), local, editora, datas de publicação (se houver), página inicial e final da parte 
referenciada: 
Impressos: 
BRAYNER, A. R. A.; MEDEIROS, C. B. Incorporação do tempo em SGBD orientado a objetos. In: SIMPÓSIO 
BRASILEIRO DE BANCO DE DADOS, 9, 1994, São Paulo. Anais... São Paulo: USP, 1994. p. 16-29 
 
Em meios eletrônicos: 
GUNCHO, M. R. A educação à distância e a biblioteca universitária. In: SEMINÁRIO DE BIBLIOTECAS 
UNIVERSITÁRIAS, 10, 1998, Fortaleza. Resumos... Fortaleza: TEC. Treina, 1998. 1 CD-ROM. 
 
SILVA, R. N.; OLIVEIRA, R. Os limites pedagógicos do paradigma da qualidade total na educação. In: 
CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife. Anais eletrônicos... Recife: UFPe, 
1996. Disponível em: <http://www. propesq. ufpe.br/ anais/anais/educ/ce04.htm>. Acesso em: 21 jan. 1997. 
 
SABROZA, P. C. Globalização e saúde: impacto nos perfis epidemiológicos das populações. In: CONGRESSO 
BRASILEIRO DE EPIDEMIOLOGIA, 4., 1998, Rio de Janeiro. Anais eletrônicos... Rio de Janeiro: ABRASCO, 
1998. Mesa-redonda. Disponível em: <http://www.abrasco.com.br/epirio98/>. Acesso em: 17 jan. 1999. 
 
 
 
 
20 
l. Trabalhos acadêmicos e outros materiais (apostilas, anotações de aula, etc.) 
 
 Os elementos essenciais são: autor do texto, título da publicação, observações sobre a natureza 
da publicação, instituição a que pertence, local, editora ( se tiver), ano da publicação. 
ALENTEJO, Eduardo. Catalogação de postais. Trabalho apresentado como requisito parcial para aprovação na 
disciplina Catalogação III. Faculdade de Biblioteconomia, Universidade de São Paulo. São Paulo, 1999. 
 
ARAÚJO, Carlos. Apostila de aulas práticas. Apostila para fins didáticos usada na disciplina Quimíca II. 
Faculdade de Saúde. Centro Universitário Libertas. Braúnas, 2007. 55 p. 
 
FONSECA, Clarice. Corretivo de acidez dos solos: o uso de carbonato de cálcio. Anotações em caderno de aulas 
da disciplina Solos II, ministrada pelo Prof. João Luiz Santos. Faculdade de Agronomia. Universidade Federal de 
Viçosa. Viçosa, 2007. 
 
m. Leis, Portarias e Decretos 
 
 Os elementos essenciais são: jurisdição, título numeração, data, dados da publicação. 
 
Impressos: 
BRASIL. Decreto-lei nº 5. 452, de 01 de maio de 1943. Lex: coletânea de legislação. Brasília,D.F.: Congresso 
Nacional, v.7, 1943. 
 
BRASIL. Código civil. 46 ed. S ão Paulo: Saraiva, 1995. 
 
 
MINAS GERAIS. Decreto nº 42.822, de 20 de dezembro de 1997. Dispõe sobre desativação das unidades 
administrativas de órgãos da administração direta. Diário Oficial Minas Gerais, Poder Executivo, Belo 
Horizonte, 22 dez. 1997. Seção 1, p. 34 
 
Em meios eletrônicos: 
 
BRASIL. Lei no 9.887, de 7 de dezembro de 1999. Altera a legislação tributária federal. Diário Oficial [da] 
República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 8 dez. 1999. Disponível em: <http://www.in.gov.br/ 
mp_leis/leis_texto.asp?ld=LEI%209887>. Acesso em: 22 dez. 1999. 
 
BRASIL. Regulamento dos benefícios da previdência social. In: SISLEX: Sistema de Legislação, Jurisprudência 
e Pareceres da Previdência e Assistência Social. [S.l.]: DATAPREV, 1999. 1 CD-ROM. 
 
n. Observações Gerais 
 
 Usa-se [ ] para indicar datas, cidades ou títulos que podem ser determinados, embora não estejam 
registrados no documento ou texto usado. 
 Ex: [1973] data certa, mas não registrada no documento pesquisado; [197-] década provável; 
 [Apostila de química] 
 [São Paulo] 
 
 Quando a data de publicação não puder ser pressumida, utiliza-se a expressão sine die, abreviada, entre 
colchetes [S.d] 
 
 
 
 
21 
 
 A utilização do nome dos meses na forma abreviada, no caso do Português, é feita usando-se as 3 
primeiras letras do mês, seguida de ponto. Exceção apenas para o mês de maio, que deve vir todo por 
extenso. 
 EX: jan.; mar.; maio; ...dez. 
 
 Caso não seja possível determinar o local, utiliza-se a expressão sine loco, abreviada, entre colchetes 
[S.l.]. 
 
 Quando a editora não puder ser identificada, deve-se indicar a expressão sine nomine, abreviada, entre 
colchetes 
[S.n.]. 
 
 Quando o local e o editor não puderem ser identificados na publicação, utilizam-se ambas as expressões, 
abreviadas e entre colchetes [S.l.: S.n.]. 
 
 Edição: Quando houver uma indicação de edição, esta deve ser transcrita, utilizando-se algarismos 
arábicos (e não ordinais) e da palavra edição. Indicam-se, caso houver, acréscimos à edição original (ver 
terceiro exemplo) 
 
 SCHAUM, Daniel. Schaum’s outline of theory and problems. 5. ed. New York: Schaum Publishing, 1956. 204 
p. 
 
PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente. 6. ed. Rio de Janeiro: L. Cristiano, 1995. 219 p. 
 
FRANÇA, Júnia Lessa et al. Manual para normalização de publicações técnico-científicas. 3. ed. rev. e aum. 
Belo Horizonte: Ed. da UFMG, 1996. 
 
 
 No caso de homônimos de cidades, acrescenta-se o nome do estado, do país etc.. Exemplos: 
Viçosa, AL 
Viçosa, MG 
Viçosa, RJ 
 
 Quando houver mais de um local para uma só editora, indica-se o primeiro ou o mais destacado. 
 
 SWOKOWSKI, E. W.; FLORES, V. R. L. F.; MORENO, M. Q. Cálculo de geometria analítica. Tradução de 
Alfredo Alves de Faria. Revisão técnica Antonio Pertence Júnior. 2. ed. São Paulo: Makron Books do Brasil, 
1994. 2 v. 
 
 Quando o documento for publicado em mais de uma unidade física, ou seja, mais de um volume, indica-se a 
quantidade de volumes, seguida da abreviatura v. 
 
 TOURINHO FILHO, F. C. Processo penal. 16. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 1994. 4 v. 
 
 
 
 
22 
Exercício de Referências Bibliográficas 
 
 
 
 
a) Livro consultado ( um autor) 
Título: ALEITAMENTO MATERNO 
Subtítulo: NÃO TEM 
Autores: Selma Brito 
Editora: LTC 
Cidade: Porto Alegre 
Edição: 8ª ed. 
Ano de Publicação: 2014 
Páginas: 398 
 
b) Livro consultado ( até 3 autores) 
Título: ESTUDO DE CASO 
Subtítulo: UMA INICIAÇÃO À CIÊNCA 
Autores: Ivo Coelho e Celma Cannes 
Editora: Melhoramentos 
Cidade: São Paulo 
Edição: 1ª ed. 
Ano de Publicação: 2012 
Páginas: 162 
 
c) Livro consultado (mais de 3 autores) 
Título: Introdução à Análise Quântica 
Autores: Ivna Lancaster; Erick Malhado; Denisl Salvianni; Pedro Demógenes Santos 
Editora: Moderna 
Cidade: São Paulo 
Edição: 9ª ed. 
Ano de Publicação: 2001 
Páginas: 198 
 
 
d) Livro consultado (mais de 3 autores, sendo um deles o coordenador/editor/organizador) 
Título: biotecnologia e aplicações 
Subtítulo: NÃO TEM 
Autores: Ana Braga (Editor.); Roberto Piva; Lena Campos; Marialva Borges 
Editora: MELHORAMENTOS 
Cidade: São Paulo 
Edição: 3ª ed. revista e ampliada 
Ano de Publicação: 2006 
Páginas: 298 
 
e) Capitulo de livro utilizado (não possui autor diferente nos capítulos) 
Título do Livro: Introdução à anatomia humana 
Subtítulo do livro: não tem 
Autor: Sara Dantas Gomes 
Editora: Pearson 
Ano de edição: 1998 
Edição: 1ª ed. 
Cidade: São Paulo 
Título do capitulo: O adolescente 
Subtítulo do capítulo: não tem 
Autor do capítulo: Sara Dantas Gomes 
Número do Capítulo: capítulo 3 
Páginas do livro: 338 páginas 
 
 
f) Capitulo de livro utilizado (com autor diferente nos capítulos) 
Nome do livro: Jovens sem direção 
Autor: Karol Strauss 
Editora: News Books 
Cidade: Nova Iorque 
Ano de edição: 2006 
Título do capítulo: Novas configurações? 
Subtítulo: não tem 
Autor do capítulo: May Semer 
Número do Capítulo: não tem numeração 
Páginas do capítulo: 67 até 92 
Páginas do livro: 218 páginas 
 
 
 
 
 
23 
 
 
g) Artigo de revista (periódico impresso com autor de artigos) 
 
Título da revista : Revista Brasileira de Ergonomia 
Ano: XII 
volume: 05 
Nº: 12 
Cidade da publicação: São Paulo 
Editora: USP 
Data: outubro/ novembro de 2014 
Título do artigo consultado: Cadeiras de trabalho e bancadas suspensas 
Autor do artigo: Pedro Alves 
Páginas do artigo: 13 e 24 
 
h) Artigo de revista (revista eletrônica) 
 
Título da revista : Revista Brasileira de Meterologia 
Subtítulo da revista: não tem 
Volume: 01 
Nº: 25 
Cidade da publicação: Rio de Janeiro 
Editora: não tem 
Data: março/abril/ 2011 
Título do artigo consultado: Acertos e erros da previsão do tempo 
Subtítulo: uma abordagem cultural 
Autor do artigo: Fernanda Rocha; Rosa Lira Nascimento; Renato Ortiz; Ângelo Ortega 
Páginas do artigo: 06 até 13 
Endereço eletrônico: www.revistaciencias/art./324354/ aspx.com.br 
Acessado em 03 de outubro de 2011 
 
i)Matéria de Jornal (sem autor da matéria) 
Título da matéria: Manifestações contra Dilma crescem no país 
Subtítulo : não tem 
Autor da matéria: não tem 
Nome do Jornal: Estado de Minas 
Cidade da publicação: Belo Horizonte 
Data do Jornal: 20 de agosto de 2015 
Editora: não tem 
Páginas da matéria: 02 
 
j)Dissertação 
Título : Degradação Ambiental: um estudo sobre o impacto do crescimento do rebanho bovino 
Autor : Regis Santos 
Nome da Universidade: USP 
Cidade da publicação: São Paulo 
Data: 18 de abril de 2009 
Mestrado em Biologia 
Páginas do documento: 225. 
 
 
 
24 
CITAÇÕES EM DOCUMENTOS1 
(Extratos da NBR 10520 - agosto de 2002) 
Válida a partir de 29.09.2002 
 
A norma NBR 10520 foi elaborada pela ABNT para garantir que as citações de autores respeitem os direitos 
autorais e possam ser claras e identificáveis. A norma entende por citação a menção de uma informação 
extraída de outra fonte. Assim, existem 3 tipos de citação: 
 
a. CITAÇÃO DIRETA: Transcrição textual de parte da obra do autor consultado. 
b. CITAÇÃO INDIRETA: Texto baseado na obra do autor consultado 
c. CITAÇÃO DA CITAÇÃO: Citação direta ou indireta de informação que o leitor não teve 
acesso no texto do autor original 
 
 
As citações podem estar localizadas em várias partes de um documento, ou seja, no corpo do texto ou em notas 
de rodapé. Fica a critério do autor. 
 
REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO DA CITAÇÃO 
 
 Nas citações, as chamadas pelo sobrenome do autor, ou instituição responsável (obras sem autoria) devem ser 
em letras minúscula só com a inicial maiúscula. Quando estiverem citadas entre parênteses, devem ser 
toda em letras maiúsculas. Depois do nome do autor coloca-se só o ano de publicação da obra. 
 Nas citações diretas temos que especificar no texto, o nome do autor, o ano e a página de onde a citação foi 
extraída.Nas citações indiretas, a indicação da página consultada é apenas opcional 
 Vejamos a segui exemplos de citação indireta: 
 
 Conforme classificação proposta por Reiritz (1988), a ironia seria uma forma implícita de 
 hostilidade. 
 
Ou 
A ironia é uma forma implícita de hostilidade (REIRITZ, 1988) 
 
 
 
 
1
 TEXTO PREPARADO PARA FINS DIDÁTICOS PELO PROFESSOR 
 
 
 
25 
 A sociedade dispõe de mecanismos de controle social que podem assumir formas violentas e podem 
ser explícitos ou implícitos. (OLIVEIRA; BRETAS; AIRES, 2007) 
 
 As citações diretas (cópias) com até três linhas, devem estar contidas entre aspas duplas. As aspas simples são 
utilizadas para indicar citação no interior da citação. 
 As citações diretas, no texto, com mais de três linhas, devem ser destacadas com recuo de 4 cm da margem 
esquerda, com letra menor que a do texto utilizado, espaço entrelinhas simples e sem aspas. 
 
 Exemplos de citações diretas de até 3 linhas: 
 
O estudo da psicanálise é bastante complexo. A percepção do inconsciente pode ser dificultada por uma 
série de mecanismos. “Apesar das aparências, a desconstrução da identidade não é imediata e tão 
pouco é entregue gratuitamente em um divã.” (DERRIDA et al., 1967, p.29). 
Obs: No caso são mais de 3 autores e por isto usa-se a expressão em latim et al. ( e outros). Esta regra vale em 
qualquer tipo e tamanho de citação. 
 
 Oliveira e colaboradores (1943, p. 146) afirmam que “[...] a relação da série São Roque com os 
granitos portiróides pequenos é muito clara”. Os autores chamam a atenção dos analistas para a ..... 
 OBS: Nestes casos usa-se aspas e mantém-se o mesmo tamanho e estilo da fonte. Apenas insere-se a citação em seu 
texto. Para suprimir trechos da parte que se quer copiar, usa-se [...]. Observe que foi usada a expressão e colaboradores. 
Ela é possível, quando é citada uma obra que possui mais de 3 autores no texto que você está redigindo. ela substituiu a 
expressão latina et al. Metodologicamente, você poderia também optar por esta versão: Oliveira et al. (1943, p. 146 
 
 
 Exemplo de citação direta com mais de 3 linhas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A diversidade de opções existentes no mercado tem reduzido custos na promoção de eventos. Pode-se destacar 
a utilização em larga escala das chamadas teleconferências. 
 
A telecomunicação permite ao indivíduo participar de um encontro nacional ou regional sem a 
necessidade de deixar seu local de origem. Tipos comuns de teleconferência incluem o uso da televisão, 
telefone, e computador. Através de áudio-conferência, utilizando a companhia local de telefone, um 
sinal de áudio pode ser emitido em um salão de qualquer dimensão. (NICHOLS, 1993, p.181). 
 
Destaca-se que em períodos de crise econômica o fator ‘custo’ do evento torna-se variável fundamental na 
decisão..... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
CITAÇÃO DA CITAÇÃO (apud ): 
 Citação direta ou indireta de um trecho em que não se teve acesso direto. Foi aproveitada a citação já feita 
por um autor anteriormente. 
 Neste caso, utiliza-se a expressão latina apud, ou seu equivalente em português “citado por”, seguida da 
fonte realmente consultada. 
 
EXEMPLO: 
 
 Quando o assunto é produção de conhecimento científico, pode-se afirmar que “ [...] as regras que formam o 
corpo da ciência são públicas. Elas sobrevivem ao cientista que as construiu.” (SKINNER, 1969, p.157 apud ANDREY, 
2000, p.140). 
 
 Xavier (1983) citado por Magila (1989, p.17) conceitua memória como “ [...] a capacidade de alterar o comportamento em 
função de experiências anteriores próprias ou não”. 
 
OBS: Neste exemplo não estava disponível na obra consultada a página da citação do Xavier. 
 
CASOS ESPECIAIS 
Se o texto citado já contiver aspas, estas devem ser substituídas pelo apóstrofo. Veja: 
"[...] pelo menos para quem não está disposto a fazer do ‘calvário’ um meio para dar 
sentido à sua vida" (SIQUEIRA-BATISTA; SCHRAMM, 2005). 
Em caso de transcrições de textos de outros idiomas podem ser mantidas no idioma original ou traduzidas. Em 
ambos os casos, as aspas devem ser mantidas. No caso de se optar pela transcrição da tradução, o texto no 
idioma original pode ser colocado entre colchetes, em nota de rodapé, com chamada por asterisco. 
Texto: 
Para Rowley (2004, p. 1) " [...] o sistema de informação geográfica e a análise espacial 
podem ser aplicados para a identificação de áreas alvo de pneumonia para intervenções 
em saúde pública"
*
. 
Indicado em Nota de rodapé: 
__________________ 
*
[...] The geographical information system and special analysis can be applied to 
discriminate target areas of pneumonia for public health intervention. 
 
 
 
 
27 
Em caso de obras com dois ou três autores, citam-se obrigatoriamente todos, separados por ponto e 
vírgul; , ou se no bojo da frase, com a conjunção “e”: 
Embora o método Kaiser seja pouco conhecido e utilizado, ele foi discutido há aproximadamente 25 anos 
(LÉBART; DREYFEIS, 1972). 
Ou 
Carvalho, Dornelas e Fonseca (2001) caracterizaram o grupo segundo variáveis sociodemográficas. 
 
Quando for necessário citar obras diferentes de um mesmo autor publicadas no mesmo ano, faz-se a 
diferenciação dos autores citados com o uso de letra minúscula, acrescida ao ano da publicação, tanto na 
citação no texto como na lista de referências. 
Doenças como o câncer, hipertensão ou diabetes devem ser consideradas prioritárias 
(KALACHE, 1986a). 
No ano de 2025 o Brasil será a sexta população de idosos do mundo, em termos 
absolutos (KALACHE, 1986b). 
Kalache (1986a, 1986b) estudou as doenças crônicas na população de idosos 
brasileiros. 
 
Quando for necessário fazer citação de trabalhos do mesmo autor, publicados em diferentes anos, estas são 
identificadas pelo ano de publicação, em ordem cronológica crescente. 
Estudos sobre educação e promoção em saúde foram realizados por 
Candeias (1984, 1988, 1991). 
 
Caso ocorra a necessidade de fazer citação de mais de um autor com o mesmo sobrenome e com trabalhos 
publicados no mesmo ano, estes devem ser diferenciados pelas iniciais do prenome. 
 
 
 
Caso a obra não tenha autoria, usa-se a primeira palavra do título, seguida de reticências para as chamadas: 
 
Trabalhos recentes (PEREIRA, F.A.C, 2000; PEREIRA, M.G., 2000) têm 
apontado soluções importantes para... 
 
 
 
28 
Os dados sobre o problema têm sido alarmantes. Há reportagens que apontam um índice de 
contaminação superior a 40% dos animais existentes na região sul ( LEISHMANIOSE ..., 2015) 
 
 
 
 
 
 
Havendo coincidência de iniciais de prenome, faz-se a diferenciação colocando-as por extenso. 
 
 
 
 
 
 
 
Quando dois ou mais trabalhos com autores diferentes são citados em relação a um mesmo tópico, devem os 
mesmos ser mencionados em ordem cronológica crescente. 
Quando a autoria for atribuída a uma entidade ou instituição, cita-se o nome de acordo com a forma em que 
aparece na lista de referências, podendo ou não ser abreviada. Observe os exemplos a seguir: 
No texto: 
O número de crianças obesas no mundo, com idade menor que 5 anos, já chega aos 
17,6 milhões (ORGANIZAÇÃO..., 2003). 
Na lista de referência: 
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Doenças crônico-
degenerativas e obesidade: estratégia mundial sobre a alimentação saudável, 
atividade física e saúde. Brasília, DF: Imprensa Nacional, 2003. 
Aspectos epidemiológicos e doenças relacionadas ao trabalho têm sido 
estudados por Pedro Caldas (1996) e Paulo Caldas (1996). 
ou 
Aspectos epidemiológicos e doenças relacionadas ao trabalho têm sido 
estudados. (CALDAS, Pedro, 1996; CALDAS, Paulo, 1996). 
Riscos elevados de câncer de pulmão foram detectados nos trabalhadores da construção 
civil (SIEMIATICKI et al.,1986; MORABIA et al., 1992; KELLER; HOWE, 1993; 
MUSCAT et al., 1995; PILKELSTEIN, 1995). 
Os autores que se dedicam ao estado da influência da internet no meio acadêmico 
(CUNHA 2000; CIANCONI; MACEDO, 2001; FONTES, 2001; BARRETO, 2002) 
concordam que os países precisam investir em tecnologia... 
 
 
 
29 
 
Exercício sobre Normas de Citação 
1. Leia esta página inicial de um texto e faça as correções nas citações dos autores: 
 
Sexualidade e Normas de Gênero em Revistas para Adolescentes Brasileiros1 
Sexuality and Gender in Magazines for Brazilian Adolescents 
 
Daniela Barsotti Santos 
 
 
Introdução 
 
Atualmente, os meios de comunicação em massa ganham destaque devido ao aumento da velocidade, 
abrangência geográfica e variedade com que seus produtos têm circulado por todas as sociedades na 
modernidade tardia (Camões-Filho, 1990). A mídia pode ser considerada uma forma de poder simbólico 
conjuntamente às outras formas de poder: econômico, político e coercivo, principalmente militar. Os meios de 
comunicação conseguem ser a principal forma propagadora de ideologias das camadas dominantes, além de 
serem reprodutores de jogos de poder que podem aquilatar ou estigmatizar determinados valores ou mesmo 
segmentos sociais (Siqueira, Gonçalves, Bertolini e Morano, 2002). Entendendo-se por ideologias, nesse caso, 
os conjuntos de significados e sentidos existentes na vida social que atuam como corpos de idéias de 
determinados grupos ou camadas sociais; conjunto de crenças orientadas para a ação; e como veículo pelo qual 
as pessoas entendem os seus mundos (Célio de Castro e Silva, 2002). 
 
A mudança da relação tempo-espaço, provocada pelas novas tecnologias e expansão dos meios de 
comunicação, a globalização e o capitalismo advindos da modernidade tardia modificaram a auto-identidade e a 
reflexividade do eu. Nesse sentido, as bases de segurança ontológica e de risco, constituintes da identidade, são 
alteradas de forma dinâmica conforme as próprias relações sociais vão sendo modificadas (GIDDENS, 2006; 
DUBAR, 2003). 
 
A identidade, hoje, não pode mais ser considerada como o estado do que não muda, do que fica sempre igual ou 
a consciência da persistência da própria personalidade, como definem alguns dicionários. Para Kellner (2001): 
(...) segundo a perspectiva pós-moderna, à medida que o 
ritmo, as dimensões e a complexidade das sociedades 
modernas aumentam a identidade vai se tornando cada vez 
mais instável e frágil. Nessa situação, problematiza-se a 
própria noção de identidade, afirmando que ela é um mito 
ou uma ilusão. 
 
Zuman & Mirella (2005) afirmam que as pessoas, em busca de identidade, vêem-se invariavelmente diante da 
tarefa intimidadora de alcançar o impossível: “Tornamo-nos conscientes de que o ‘pertencimento’ e a ‘identidade’ 
não têm solidez de uma rocha, não são garantidos para toda a vida, são bastante negociáveis e revogáveis [...]” 
(p. 17). Assim, torna-se cada vez mais conveniente para as pessoas apoiarem-se em “receitas de estilos de vida” 
que são produzidas por vários setores da sociedade. Dentre esses, podemos destacar os vários segmentos do 
mercado que criam e difundem pela mídia verdadeiros manuais de como desenvolver uma auto-identidade 
“segura” e viver a própria vida. 
 
 
 
30 
RESUMO E RESENHA 
 
Extratos da NBR 6028 (Nov. 2003) 
Válida a partir de 29.12.2003 
 
 
A norma da ABNT, NBR 6028 estabelece os requisitos para redação e apresentação de resumos. 
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições: 
A) resumo: Apresentação concisa dos pontos relevantes de um documento. 
B) resumo crítico: Resumo redigido por especialistas com análise crítica de um documento. 
Também chamado de resenha. Quando analisa apenas uma determinada edição entre várias, 
denomina-se recensão. 
C) resumo indicativo: Indica apenas os pontos principais do documento, não apresentando dados 
qualitativos, quantitativos etc. De modo geral, não dispensa a consulta ao original. 
D) resumo informativo: Informa ao leitor finalidades, metodologia, resultados e conclusões do 
documento, de tal forma que este possa, inclusive, dispensar a consulta ao original. 
 
Nos resumos, de maneira geral, deve-se usar uma linguagem clara e objetiva. A primeira frase deve 
ser significativa, explicando o tema principal do documento. A seguir, deve-se indicar a informação 
sobre a categoria do tratamento (memória, estudo de caso, análise da situação etc.). Deve-se usar o 
verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular. Os resumos devem conter palavras-chave. As 
palavras-chave devem figurar logo abaixo do resumo, antecedidas da expressão Palavras-chave:, 
separadas entre si por ponto e finalizadas também por ponto. 
 
Quanto a sua extensão, os resumos devem ter: 
a) de 150 a 500 palavras os de trabalhos acadêmicos (teses, dissertações e outros) e relatórios 
técnico-cientifícos; 
b) de 100 a 250 palavras os de artigos de periódicos; 
c) de 50 a 100 palavras os destinados a indicações breves. 
d) Os resumos críticos ou resenhas, por suas características especiais, não estão sujeitos a limite de 
palavras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
Aprendendo a fazer resenhas 
 
Resenha ou Resumo Crítico é a apresentação do conteúdo de uma obra, acompanhada de uma 
avaliação crítica. Expõe-se claramente e com certos detalhes o conteúdo da obra, o propósito da obra 
e o método que segue para posteriormente desenvolver uma apreciação crítica do conteúdo, da 
disposição das partes, do método, de sua forma ou estilo e, se for o caso, da apresentação tipográfica, 
formulando um conceito do livro. 
 
A resenha consiste na leitura, resumo e comentário crítico de um livro ou texto. Para a elaboração do 
comentário crítico, pode-se utilizar opiniões de diversos autores da comunidade científica sobre a obra 
ou sobre idéias apresentadas pelo autor lido. Pode-se estabelecer todo tipo de comparação com os 
enfoques, métodos de investigação e formas de exposição de outros autores. 
 
A resenha apresenta as seguintes exigências: 
 
 
1. Conhecimento completo da obra, não deve se limitar à leitura do índice, prefácio e de um ou outro 
capítulo ou seção do texto. 
2. Competência na matéria exposta no livro ou texto, bem como a respeito do método empregado 
(sugere-se leituras complementares para se fazer a crítica). 
3. Capacidade de juízo crítico para distinguir claramente o essencial do supérfluo. 
4. Independência de juízo; o que importa não é saber se as conclusões do autor coincidem com as 
nossas opiniões, mas se foram deduzidas corretamente. 
5. Ética e respeito para com a pessoa do autor e suas intenções. 
6. Fidelidade ao pensamento do autor, não falsificando suas opiniões, mas assimilando e 
comunicando com exatidão suas idéias, para examinar cuidadosamente e com acerto sua posição 
 
 
 
A resenha envolve duas dimensões. A primeira é uma abordagem objetiva onde se descreve o 
assunto sem emitir juízo de valor) e a segunda é subjetiva (apreciação crítica onde se evidenciam os 
juízos de valor de quem está abordando a resenha crítica). 
 
 
 
 
 
 
32 
Conteúdo da Resenha: 
 
 
 A resenha deve ser precedida da referencia do documento, nos termos da ABNT 
 Toda resenha ou resumo crítico deve ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões 
encontradas no documento lido. 
 Deve-se usar frases concisas, afirmativas e não apenas enumeração de tópicos. 
 Recomenda-se (não é obrigatório) o uso de parágrafo único em resumos ou resenhas. 
 A primeira frase deve ser significativa, expondo de maneira clara e objetiva o tema central do 
documento lido. 
 Em seguida, deve-se indicar qual o tratamento foi dado a este conteúdo: se experimento científico, 
se estudo de caso, se pesquisa de campo, etc..) 
 Deve-se usar verbos na voz ativa e na terceira pessoa do singular. 
 Não existe limite de palavras para resumos críticos ou resenhas.O tamanho do resumo é 
normalizado pela ABNT apenas no caso de resumos que antecedem artigos e trabalhos 
acadêmicos e não se aplica à resenha ou resumos críticos. 
 A apreciação crítica deve ser feita em termos de concordância ou discordância, levando em 
consideração a validade ou a aplicabilidade do que foi exposto pelo autor. Para fundamentar a 
apreciação crítica, deve-se levar em conta a opinião de outros autores da comunidade científica. 
 
 
 
Veja a seguir exemplos de resenhas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
Resenha 
 
Marcelo Simão Mercante 
Saybrook Graduate School Center 
São Francisco, EUA. 
mercante@excite.com 
 
 
LABATE, Beatriz; ARAÚJO, Wladimir Sena.O uso ritual da Ayahuasca. Campinas: Mercado das Letras, 2002. 
 
 
 O livro apresenta ao público uma coletânea de artigos onde são feitas contribuições 
significativas no sentido de se perceber a dinâmica física do uso do chá ayahuasca. A obra se inicia 
com um conjunto de artigos tratando de um tema, sem o qual nenhum trabalho sobre a ayahuasca 
pode ser bem sucedido: a busca de se compreender como o chá é utilizado na sua fonte, em seus 
locais de origem, ou seja, os povos indígenas. Este entendimento será certamente útil no momento 
em que se é trabalhada farmacoquimicamente a planta em questão, pois as comunidades indígenas 
são as que a mais tempo lidam com o chá, e certamente são as que melhor poderão fornecer 
informações sobre a bebida e seus efeitos. 
 Um outro tema que já foi tratado exaustivamente dentro de grupos indígenas, e que permeia 
vários trabalhos a respeito da ayahuasca é a questão da cura: em que níveis ocorre, como é o 
processo de cura, e como ela é percebida pelos doentes e curadores. No livro a cura aparece de forma 
mais explícita no artigo de Pelaez e Mabit, mas ela é associada frequentemente aos rituais pelos 
indígenas. 
 Sabe-se que um bom trabalho antropológico não se faz sem uma boa dose de senso crítico. 
Esta postura crítica aparece de forma mais contundente nos artigos de MacRae, Balzer e Andrade. 
Aqui são reexaminadas questões sérias relativas às religiões urbanas que utilizam a ayahuasca de 
forma mais direta. Tais críticas abrangem temas como a postura de diversas religiões em relação 
umas às outras, em relação ao “mundo exterior”e à elas mesmas, e passam ainda por um exame 
agudo da maneira como essas religiões conduzem seus rituais à partir das heranças indígenas. 
 Há no livro momentos de pura instrospecção, feitos através de relatos em “primeira mão”, onde 
o pesquisador se deixa conduzir pela própria experiência, e se observa a si mesmo (ver Franco & 
Conceição, e Dias Jr.). Curiosamente, tal postura parece ser inevitável ao se tratar com o tema 
relacionado aos psicoativos de uma forma geral, e isso pode aparecer com maior ou menor 
intensidade nos textos produzidos, mas o chá acaba sempre por exercer sua influência sobre o 
pesquisador, que ao final de um processo de pesquisa, tem a tarefa de retornar ao universo 
acadêmico para relatar e pensar sobre o que vivenciou. 
 Bioquímica, fisiologia e cultura são aspectos essenciais para se trabalhar com a ayahuasca, 
seja sob qual perspectiva for – e todos estes aspectos são ampla e consistentemente cobertos pelo 
livro. Contudo, a “força” da experiência da ayahuasca reside em outro domínio: o espiritual. O campo 
onde tais aspectos poderiam ser tratados de forma mais contundente seria o que envolve os estudos 
 
 
 
34 
da consciência. Aqui haveria a transcendência das formas como o chá é utilizado, e talvez fosse 
possível perceber mais claramente a articulação entre estas diversas formas. Há o risco de tais 
estudos se perderem em generalizações desmedidas e juízos de valor, mas aqui entra em cena 
exatamente o profícuo material disponibilizado no livro. Como faces distintas de uma mesma moeda, 
“universalização” e “relativização” estão intimamente ligadas, e deveriam se amparar mutuamente. 
Apenas dois artigos no livro enveredam por este caminho, Shanon, de forma mais contundente, e um 
pouco mais superficialmente Pelaez. 
 Aliando-se à Shanon, talvez seja possível encontrar uma ligação bastante óbvia com os 
Arquétipos Junguianos, mas como Shanon mesmo ressalta, haveriam também diferenças. Outros 
elementos como a capacidade de transformação e os insights filosóficos/existenciais, por exemplo, 
recebem uma forma cultural, mas seriam elementos constantes nas experiências com a ayahuasca, 
pertencentes ao reino transpessoal, no sentido de ir além da “persona”. Durante a experiência a 
persona seria diluída e transformada, havendo então a possibilidade de o indivíduo perceber a si 
mesmo a partir de novos ângulos. Os diferentes universos vividos pelo sujeito seriam trazidos à 
consciência do usuário pela “energia” do chá, num processo de revelação, onde então a pessoa 
“morreria” para que um novo indivíduo renascesse. 
 Enfim, o livro é uma contribuição importante para os estudiosos de várias áreas que se 
interessam pela antropologia. 
 
Palavras-chave: Ayahuasca. Rituais indígenas. Chá psicoativo. 
 
. 
 
 
 
 
 
35 
 
1
 Doutorando do Programa de História da USP. funariusp@usp.gov.br 
Resenha Crítica 
Pedro Paulo Funari1 
 
 
 CAMARGO, Haroldo Leitão. Patrimônio histórico cultural. 2. ed. São Paulo: Makron, 2004. 
 
Haroldo Leitão de Camargo, com sua sólida formação no campo da História e do Turismo, possui 
larga experiência na área e, por isso, produziu uma pequena pérola sobre um tema de 
importância capital para o turismo: um estudo histórico sobre o patrimônio e suas relações com o 
turismo. De fato, num mundo de comunicações instantâneas e de desterritorialização dos 
serviços, pode-se ter acesso sem necessidade de deslocamentos espaciais a um imenso 
manancial virtual e ao consumo de tudo que o mundo pode oferecer, da cozinha tailandesa ao 
artesanato africano. Neste contexto, mais do que nunca, o deslocamento turístico assume 
significado cultural, pois na origem da viagem está o desejo de conhecer e vivenciar in locco 
outra cultura. Não se pode, portanto, desvencilhar turismo e cultura, e o livro de Leitão de 
Camargo representa uma excelente introdução ao tema. Historicamente, sabe-se que o turismo 
liga-se ao desenvolvimento do capitalismo. O ambiente urbano, resultado da divisão social do 
trabalho, gerou, também, as oportunidades de evasão, ao menos por parte da elite, em busca do 
lazer e das viagens. Roma e Londres não eram ou são cidades industriais, mas centros urbanos 
da sociedade industrial, e estas localidades mostram que o capital transformou a vida urbana 
não apenas nos centros industriais como, talvez ainda mais, nos centros urbanos ligados ao 
capital. Neste contexto, surgiram os conceitos de preservação e conservação do patrimônio 
nacional, no bojo da Revolução Francesa, que viriam a fundar as bases do Patrimônio no Brasil e, 
também, da própria Humanidade. Registra-se que as viagens culturais são anteriores ao século 
XVIII, pois desde 1670 já se mencionava o grand tour na literatura. De toda forma, foi a 
sensibilidade e os olhares britânicos que principiam a inventar o turismo. Para a criação do 
turismo, dois fatores ligados à revolução industrial devem ser mencionados: as locomotivas e os 
navios a vapor que, aliados ao telégrafo, constituem atividades de suporte básico, na 
hospedagem, alimentação, transportes. Os guias turísticos começaram a se difundir a partir da 
década de 1830. As livrarias em estações de trem, na Inglaterra e França, a partir de 1850. 
Assim, antes de aprofundar-se sobre o turismo no Brasil, Camargo trata o lazer historicamente, o 
que faz de seu livro uma obra obrigatória para estudantes interessados em conhecer 
profundamente a atividade turística. O livro de Haroldo Leitão Camargo mostra como é importante 
diagnosticar as origens históricas do turismo

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